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MÓDULO 3 – GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA SETOR DE TRANSPORTE DE CARGAS TÓPICO I – GESTÃO DO CUSTO E FORMAÇÃO DE PREÇOS VERSÃO 3

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MÓDULO 3 – GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

SETOR DE TRANSPORTE DE CARGAS

TÓPICO I – GESTÃO DO CUSTO E FORMAÇÃO DE PREÇOS

VERSÃO 3

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2

SUMÁRIO

UNIDADE 01

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 09

2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS...................................................................... 10

2.1 CONCEITO DE CUSTO / CUSTO OPERACIONAL......................................... 10

2.2 CUSTOS DIRETOS.......................................................................................... 12

2.3 CUSTOS DIRETOS FIXOS.............................................................................. 12

2.4 CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS...................................................................... 13

2.5 CUSTOS INDIRETOS OU ADMINISTRATIVOS.............................................. 14

3. CUSTOS COMO INDICADORES....................................................................... 15

4. CONCLUSÃO..................................................................................................... 17

5. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 21

UNIDADE 02 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 24

2. DETALHAMENTO E CÁLCULO DOS CUSTOS OPERACIONAIS.................. 25

2.1 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS......................................... 27

2.2 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS................................................. 30

2.3 CÁLCULO DO TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS......................................... 35

2.4 CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS........................................................ 37

2.5. CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E DOS

IMPOSTOS...................................................................................................

39

2.6 REMUNERAÇÃO DO CAPITAL..................................................................... 41

2.7 CUSTO DE OPORTUNIDADE DO CAPITAL................................................. 42

2.8 CÁLCULO DO LUCRO LÍQUIDO................................................................... 44

2.9 IMPOSTOS FEDERAIS E ESTADUAIS......................................................... 45

2.10 PREÇO MÍNIMO DE VENDA DOS SERVIÇOS........................................... 46

3. OBJETOS DE CUSTOS................................................................................... 96

3.1 CONHECIMENTOS DE FRETES................................................................... 97

3.2 MANIFESTOS DE CARGAS.......................................................................... 98

4. MODELO DE CÁLCULO.................................................................................. 98

5. FORMAÇÃO DO PREÇO................................................................................. 99

��������3. CONCLUSÃO..................................................................................................

��������50

��������4. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................

��������56

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3

5.1 Custeamento Padrão.............................................................................. 100

5.2 Método com base no custo pleno (custo por absorção)....... 101

6. CONCLUSÃO........................................................................................... 7. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 57

UNIDADE 03

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 59

2. SISTEMA DE CONTROLE DE CUSTOS OPERACIONAIS............................... 60

3. CONTROLE DE CUSTOS.................................................................................. 61

3.1 ITENS DE CUSTO OPERACIONAL A CONTROLAR...................................... 61

3.2. CENTRO DE CUSTOS.................................................................................... 62

4. FORMULÁRIOS DE CONTROLE....................................................................... 62

4.1 FORMULÁRIOS GERAIS E DE CADASTRO................................................... 62

4.2 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES... 63

4.3 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE PNEUS................................................. 67

4.4 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE PEÇAS E OFICINAS............................ 69

4.5 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE REBOQUES E SEMI-REBOQUES......... 71

4.6 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE CUSTOS INDIRETOS OU

ADMINISTRATIVOS...............................................................................................

72

4.7 FORMULÁRIOS AUXILIARES.......................................................................... 73

5. CONCLUSÃO..................................................................................................... 74

6. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 80

UNIDADE 04

1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 83

2. RELATÓRIOS DE DESEMPENHO.................................................................... 83

3. TECNOLOGIAS DE APOIO AO EMPRESÁRIO................................................. 85

3.1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE CUSTOS OPERACIONAIS............................... 86

4. CONCLUSÃO..................................................................................................... 90

5. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 93

ESTUDO DE CASO – TÓPICO I............................................................. 111

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4

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Tabela 1. Características da Empresa e da Frota.................................................. 26

Tabela 2. Custos Diretos Variáveis........................................................................ 28

Tabela 3. Custos Diretos Fixos.............................................................................. 32

Tabela 4. Custos Diretos........................................................................................ 36

Tabela 5. Custos Indiretos..................................................................................... 38

Tabela 6. Custos Operacionais antes do lucro e dos impostos............................. 40

Tabela 7. Cálculo do preço mínimo de venda........................................................ 47

Tabela 8. Exemplo de Relatório de Custos por Veículo........................................ 84

Tabela 9. Exemplo de Relatório de Custos da Frota............................................ 85

Tabela 10. Custo por Absorção............................................................................. 103

Tabela 11. Cálculo dos impostos e do lucro líquido.............................................. 105

��������UNIDADE 05

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5

ÍCONES

Atividade em grupo/

Verificação de

Aprendizagem

Comentários

Conceitos e

definições

Exemplo

Exercício de Fixação

Glossário

Importante

Momento do Vídeo

Para saber mais

Recapitulando

Reflexão

Curiosidades

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6

TÓPICO I – GESTÃO DO CUSTO E FORMAÇÃO DE PREÇOS

O objetivo deste tópico é habilitar os profissionais a identificar, mensurar e controlar

os principais custos existentes em uma empresa de transporte de cargas. Neste

tópico os profissionais deverão ser capacitados a utilizar um modelo para cálculo e

definição do preço dos serviços de transporte de carga.

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UNIDADE 01

CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS

APRESENTAÇÃO

Nesta unidade você vai começar a entender os custos. Administrar custos é uma das

tarefas mais importantes que um dirigente desempenha ou supervisiona, pois dela

dependem os resultados financeiros da empresa.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Aprender o que é custo;

• Aprender quais os tipos de custos;

• Compreender por que é importante conhecer e controlar os custos;

• Aprender a administrar os custos na atividade de transporte de cargas.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 09

2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS....................................................................... 10

2.1 CONCEITO DE CUSTO / CUSTO OPERACIONAL......................................... 10

2.2 CUSTOS DIRETOS.......................................................................................... 12

2.3 CUSTOS DIRETOS FIXOS.............................................................................. 12

2.4 CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS...................................................................... 13

2.5 CUSTOS INDIRETOS OU ADMINISTRATIVOS.............................................. 14

3. CUSTOS COMO INDICADORES....................................................................... 15

4. CONCLUSÃO..................................................................................................... 17

5. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 21

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ATIVIDADE 011

VÍDEO 01 2

1. INTRODUÇÃO

Quando vivíamos em uma época de inflação alta, com mercados isolados e sem as

facilidades de informação que temos agora, conhecer e administrar custos não era

importante. Bastava ter uma idéia aproximada de custos, acrescentar uma boa

margem de ganho e, assim, formar o preço de venda de um produto ou serviço.

Naquela época isso era possível porque a inflação desorganizava o mercado. Os

preços mudavam a toda hora e, assim, era impossível memorizar os preços para

poder comparar com os da concorrência.

1 As instruções a respeito do desenvolvimento e aplicação desta atividade e das demais estarão

contidas no Manual do Orientador. 2 As instruções a respeito da utilização do Vídeo estarão contidas no Manual do Orientador.

��������A alguns anos atrás, q

��������tão

��������Deste modo, mesmo que você pagasse caro aos seus fornecedores, não administrasse corretamente seus custos e praticasse um preço exagerado, acabava encontrando compradores. Assim, apesar de adotarem práticas gerenciais inadequadas, grande parte das empresas conseguia manter seus clientes, em virtude da alta inflação e da concorrência não tão forte então existente. ¶

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10

Hoje, não adianta formar seu preço com base em “custos mais margem”. Se a

concorrência tiver um preço menor com a mesma qualidade, você simplesmente não

vai vender. Ficará fora do mercado. Os preços estão mais estáveis e as

comunicações facilitam a comparação entre os preços para os consumidores, ao

mesmo tempo em que abrem o mercado para a participação de fornecedores cada

vez mais distantes do mercado consumidor. Além disso, a concorrência aumenta a

cada dia e, quanto maior é a concorrência, menores são as margens.

Resumindo: a) quem comanda o preço é o mercado;

b) o aumento da concorrência força a redução das margens de lucro.

Nessa situação, o que resta a você fazer para continuar no mercado?

Administrar eficientemente os custos, buscando reduzi-los constantemente para

garantir seu ganho sem comprometer a qualidade dos bens ou serviços oferecidos

aos clientes.

2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS

2.1 CONCEITO DE CUSTO / CUSTO OPERACIONAL

A contabilidade faz uma diferença muito precisa entre o que é gasto, despesa, custo

ou investimento. Esta diferença técnica diz respeito, principalmente, ao momento em

que a movimentação de dinheiro se realiza: se na compra, na produção ou na venda

do produto. Embora muito útil à contabilidade, especialmente nas indústrias, essa

distinção pode ser um pouco confusa e desnecessária para a gestão de custos.

Para gerenciar os custos de uma empresa a contento é preciso ter uma noção clara

do que é custo:

��������Esta situação mudou radicalmente a partir da estabilização econômica e do crescimento da concorrência em todos os setores produtivos, fatos que induziram o aumento de eficiência em toda a economia. Com isto, as empresas viram-se obrigadas, porém, a se tornarem mais eficientes. Para alcançar tal intento, a manutenção de um controle e de uma gestão eficaz dos custos é fundamental.

��������uma empresa

�������� de lucro

��������esta empresa

��������Estará

��������Assim, a formação do preço depende do mercado.

�������� de lucro

��������define

��������. Entretanto, a redução de custos deve ocorrer

��������o comprometimento da

��������indiferente

��������é necessário, inicialmente, que se tenha

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11

Custo é todo o gasto realizado na compra de bens e serviços necessários

à realização das atividades da empresa.

Em outras palavras, custo é todo o gasto necessário à operação da empresa. Esses

custos são também chamados de custos operacionais. Diferem dos custos ou

despesas não operacionais, isto é, aqueles que não têm relação com a atividade da

empresa, como taxa de cadastro bancário, impostos sobre propriedade, imóvel etc.

Fica fácil notar que os custos não-operacionais não dependem, geralmente, da

vontade ou da ação do administrador: você deve concentrar a sua ação na

administração dos custos operacionais.

No caso de uma transportadora de cargas - ETC, que é um tipo de empresa

prestadora de serviços, cabe usar a seguinte definição de custo operacional:

Custo operacional de uma empresa transportadora de cargas é todo o

gasto realizado para comprar bens e contratar serviços necessários para a

realização do serviço de transporte de cargas.

Existem diferentes tipos de custos. Os custos operacionais que você irá administrar

dividem-se em custos diretos e custos indiretos. E ainda, em fixos e variáveis.

��������dos objetivos

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VARIÁVEIS

DIRETOS

CUSTOS FIXOS

INDIRETOS

2.2 CUSTOS DIRETOS

Custos diretos são aqueles que se identificam, diretamente, com a

prestação do serviço, neste caso, o transporte de cargas. Por exemplo, a compra de

veículos, pneus, combustíveis, lubrificantes, os salários de motoristas e mecânicos,

etc.

2.3 CUSTOS DIRETOS FIXOS

Custos diretos fixos permanecem fixos apesar das variações normais no

nível de atividade. Por exemplo: as prestações dos veículos e os salários e encargos

dos motoristas contratados permanecem fixos, independentemente da empresa

estar com muita ou com pouca atividade.

É mais difícil saber quanto um determinado serviço consumiu de um recurso que tem

custo direto fixo, pois esse custo não depende da quilometragem percorrida ou da

quantidade de carga transportada. Para calcular quanto do custo direto fixo cada

serviço realizado consumiu, você precisará criar regras. Como os custos fixos não

correspondem especificamente a “este” ou “aquele” serviço realizado pela empresa,

o seu valor total deve ser distribuído proporcionalmente entre todos os serviços

executados. Um serviço de transporte a uma grande distância, por exemplo, deve

consumir uma parte maior do salário do motorista contratado que um serviço menor.

Para fazer esta distribuição de maneira correta e eficiente você poderá usar uma

ferramenta chamada rateio, que quer dizer distribuição. O rateio necessita de um

��������dentre outros

��������são aqueles que

�������� nas empresas

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critério para ser aplicado. No caso da sua empresa, pode ser a quantidade de

quilômetros rodados para a realização dos serviços durante um mês de atividade.

Você verá como fazer o rateio na próxima unidade.

Por exemplo, manutenção preventiva, manutenção corretiva, depreciação

de veículo e salário do supervisor de frota, são considerados custos fixos por

contribuírem para a realização de mais de um serviço e não variarem conforme o

número de serviços ou quilômetros rodados.

2.4 CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS

Os custos diretos variáveis dependem do nível de atividade da empresa:

aumentam quando a atividade aumenta e diminuem quando a atividade diminui. Por

exemplo: os gastos com combustíveis, lubrificantes, peças e ferramentas.

É o tipo de custo mais simples de identificar. Geralmente corresponde a valores

gastos na compra de materiais usados na realização dos serviços e no pagamento

da mão-de-obra diretamente envolvida na sua execução que não é contratada da

empresa, como carregadores e motoristas terceirizados.

Observando os itens usados para a execução dos serviços realizados pela

sua empresa, você vai perceber que alguns deles dependem do volume

(quantidade) de serviços prestados em cada período (mês) para a atribuição de seus

valores. Por exemplo, combustível, pedágio, manutenção corretiva, seguro de carga

e material para embalagem terão seus valores alterados conforme o número de

serviços ou de quilômetros que a sua empresa realizar dentro de um determinado

período, pois são custos diretos variáveis.

��������aprenderá a executar

��������a

��������a

��������a

��������o

��������crescem

��������reduzem

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2.5 CUSTOS INDIRETOS OU ADMINISTRATIVOS

Custos indiretos são aqueles que, embora não se identifiquem diretamente

com a atividade de transporte de cargas, são necessários ao funcionamento da

empresa, como os salários e encargos sociais da administração, os gastos com

telefone, com o aluguel de escritórios e armazéns, com publicidade e impostos.

Os custos indiretos também não dependem do nível de atividade da empresa. Por

isso, às vezes, por conveniência, podem ser agrupados aos custos diretos fixos.

Os custos da estrutura administrativa da empresa, por exemplo, são custos

indiretos: honorários contábeis, água / luz / telefone, pro labore + encargos, material

de expediente, aluguel, salário da administração + encargos, publicidade e

propaganda. Estes custos terão valores fixos, pois não dependem do volume de

atividades realizadas pela empresa em um determinado período: aluguel da sala em

que a administração da empresa está instalada não muda com a quantidade de

serviços que a empresa presta a cada mês.

Neste momento você deve estar se perguntando: Por que é importante saber tudo

isso?

É impossível administrar bem uma empresa sem conhecer corretamente

os seus custos, pois os custos são indicadores muito importantes. Os indicadores

servem para mostrar o desempenho da sua empresa. Por isso, são instrumentos

muito valiosos que ajudam você a administrá-la. REESCREVER. NÃO FICOU BOM

��������O conhecimento dos custos é tão importante que uma empresa dificilmente sobreviverá sem dominá-lo. O custo operacional é um importante indicador e, a partir dele, é possível construir outros indicadores. Os

��������os

��������mais

��������para a gestão estratégica,

�������� administrativa e financeira da sua empresa.

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3. CUSTOS COMO INDICADORES

Um indicador é um valor que mostra o estado ou o nível de um

determinado item que precisa ser controlado. Por exemplo: o consumo de

combustível por quilômetro rodado é um indicador. Com ele, você pode comparar o

consumo de combustível da sua frota com o gasto de outras frotas parecidas (você

consegue essa informação nas publicações sobre transportes). Com esse indicador,

você pode avaliar se as medidas administrativas tomadas para economizar

combustível estão dando resultado, comparando o consumo antes e depois de

tomar essas medidas.

Os indicadores mostram como está a saúde da empresa. Eles informam a todos que

nela trabalham como estão se saindo no trabalho, ao longo do tempo e em relação à

concorrência. Com isto, permitem uma administração eficiente das receitas, dos

custos e, portanto, do lucro da empresa..

O conhecimento dos custos operacionais é indispensável para o

gerenciamento da função transporte. Praticamente, toda decisão ou estudo técnico

envolvendo transporte passa por uma avaliação de custos.

Veja a seguir algumas atividades na área de transporte, onde o conhecimento do

custo é indispensável:

• Programas de "Renovação de Frota”;

• Decisão entre o uso de "Frota Própria ou Contratada”;

• Escolha do veículo adequado (Especificação Técnica de Veículos);

• Definição entre "Manutenção Própria ou Terceirizada”;

VERIFICAR SE AS ATIVIDADES DESTACADOS EM VERMELHO SÃO

REALMENTE PROCESSOS. PARECE-ME QUE NA REALIDADE SÃO TOMADAS

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��������retrata

��������Ele permite

��������de uma empresa

��������transportadoras semelhantes

��������que pode ser obtida

��������Os indicadores permitem verificar, ainda

�������� Para isso, basta comparar o consumo de combustível por quilômetro rodado dos meses posteriores às ações de melhoria executadas com o obtido em meses anteriores a estas ações.

��������tornam possível analisar a

��������va

��������i

��������de uma

��������, garantindo sua sobrevivência.

��������sobre processos

��������A adoção de indicadores, por sua vez, é decisiva o acompanhamento e controle efetivo dos recursos, na identificação de perdas e na avaliação de melhorias dos processos na área de transporte.3 (DEFINIR PROCESSO)

��������Vale destacar os principais processos, dentre os existentes

��������.

��������São eles:

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DE DECISÃO (EVENTUAS) QUE DEPENDEM DE DETERMINADOS

PROCESSOS. REVER ESTES EXEMPLOS.

• Estudos de "Dimensionamento de Frota”;

• Elaboração de orçamentos;

• Composição dos preços de fretes.

Segundo a Fundação para o Prêmio Nacional de Qualidade - FPNQ

(1995), os indicadores são fundamentais e possuem as seguintes características:

• Estão ligados ao conceito de qualidade centrada no cliente, devendo ser gerados a

partir de suas necessidades e expectativas;

• Possibilitam o desdobramento das metas do negócio, assegurando que as melhorias

em cada unidade contribuirão para o propósito global;

• Devem estar associados a áreas cujos desempenhos causem maior impacto no

negócio. Dão suporte à análise crítica dos resultados e à tomada de decisões;

• Viabilizam e encorajam a busca da melhoria contínua. Possibilitam a comparação

com referenciais de excelência, contribuindo para possibilidades mais amplas de

melhorias.

Os indicadores são usados para controlar e melhorar a qualidade e o desempenho de

produtos (bens / serviços) e processos. A apuração dos resultados através de

indicadores permite avaliar o desempenho em relação à meta e a outros referenciais,

possibilitando o controle e a tomada de decisão gerencial.4

4. CONCLUSÃO

A classificação de cada um dos componentes da relação de itens de custo é que vai

definir o verdadeiro custo operacional da sua empresa. Esse valor é o ponto de

partida para o sucesso do seu negócio.

Tem-se, a seguir, um Quadro-Resumo, contendo os principais conceitos vistos nesta

unidade:

4 BARRETO (1999).

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��������¶

�������� ��������������

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QUADRO-RESUMO

Indicador: recurso administrativo utilizado para medir desempenho.

Rateio: distribuição proporcional de valores ou itens.

Custo direto: o custo diretamente relacionado com a produção de um bem ou serviço.

Custo direto fixo: o custo diretamente relacionado com a produção de um bem ou serviço, mas não

se identifica com o bem ou serviço. Por exemplo: custo de seguro total dos veículos da frota em

março de 2004.

Custo direto variável: o custo diretamente relacionado com a produção de um bem ou serviço que

se identifica totalmente com o bem ou serviço. Por exemplo: custo de combustível do serviço de

transporte de 15 toneladas de laranja para o Porto de Paranaguá em 15 de março de 2004.

Custo indireto: o custo necessário à produção de um bem ou serviço que não está diretamente

relacionado com a sua produção. Por exemplo: salário e encargos da secretária da diretoria.

Custo operacional: custo necessário à operação ou funcionamento de uma empresa.

��������o

�������� de determinado processo

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO5

Em frases curtas, responda:

1. O que você entende por custo?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Resposta: Custo é todo o gasto realizado na compra de bens e serviços necessários

à realização do objetivo da empresa.

2. De acordo com o que você estudou até agora, responda: qual é a

importância da identificação dos custos de uma atividade empresarial?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Resposta: Os custos são um indicador decisivo no controle dos recursos, na

identificação de perdas e na avaliação de melhorias dos processos na atividade

empresarial.

3. Você é o analista de custos de sua empresa. Como você classificaria os

custos? Explique a diferença entre os t ipos de custos.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Resposta: Os custos se dividem, inicialmente, em operacionais - que são

necessários à atividade da empresa - e não-operacionais - que não são necessários

à atividade que a empresa desenvolve. Os custos operacionais dividem-se em

diretos e indiretos. Os custos diretos têm relação direta com a atividade empresarial;

5 As respostas dos exercícios de fixação (em vermelho neste material) e as instruções para aplicação

das verificações de aprendizagem estarão contidas no Manual do Orientador.

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19

os indiretos são necessários ao funcionamento da empresa, mas não têm relação

direta com a sua atividade principal. Finalmente, os custos diretos se dividem em

fixos e variáveis. Os fixos não variam com o nível das atividades operacionais da

empresa e os variáveis aumentam quando as atividades aumentam e diminuem

quando elas diminuem.

4. Classif ique os itens abaixo relacionados em Custo Direto Fixo – CDF,

Custo Direto Variável – CDV e Custo Indireto – CI, em uma Empresa

Transportadora de Cargas:

( CI ) Água / Luz / Telefone

( CI ) Salários da Administração + Encargos

( CDV ) Caixas de Papelão

( CDV ) Pneus e Extintores de Incêndio

( CI ) Cartões de Visita

( CDV ) Combustível

( CDF ) Lona

( CDV ) Papel Bolha

( CDF ) Seguro de Frota

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20

VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

Você vai usar os dados a seguir para calcular o custo operacional e para formar o

preço de venda dos serviços da sua empresa na próxima unidade. Forme um grupo

com os seus colegas e, juntos, classifiquem esses custos usando os conceitos que

aprenderam:

Veículo (CDF)

Máquinas, instalações e equipamentos (CDF)

Combustível (CDV)

Lubrificante (CDV)

Pneu novo (CDV)

Recapagem (CDV)

Câmara nova (CDV)

Protetor de câmara novo (CDV)

Mão-de-obra de manutenção corretiva (terceirizada) (CDV)

Manutenção preventiva (própria) (CDF)

IPVA + Seguro Obrigatório (CDF)

Seguro total da frota (CDF)

Salário dos motoristas (CDF)

Encargos sociais dos motoristas (CDF)

Salário do Supervisor (CDF)

Encargos Sociais do Supervisor (CDF)

Salários do Pessoal Administrativo (CI)

Encargos Sociais do Pessoal Administrativo (CI)

Pró-labore da Diretoria (CI)

Juros (CI)

Depreciação da frota (CDF)

Depreciação de Máquinas, Instalações e Equipamentos (CDF)

Despesas Gerais (CI)

Pedágio (CDV)

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21

5. BIBLIOGRAFIA

BARRETO, J. R. F. Indicadores da função transporte para empresas de utility:

um estudo de caso. Dissertação de Mestrado em Engenharia da Produção.

Florianópolis: UFSC, 1999. Disponível em:

http://www.eps.ufsc.br/disserta99/barreto/. Acesso em: 18/03/2004, 16:03h.

MARTINS, E.. Contabilidade de custos. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.

VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São Paulo: Pioneira,

1997.

FPNQ, Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Indicadores de

desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995.

RIBEIRO, R. G. Contribuição metodológica para o cálculo dos custos do

transporte coletivo urbano de baixa capacidade operado por cooperativas.

Goiânia, UFG, 2001. Disponível em:

http://www.ucg.br/Institutos/nucleos/nupenge/pdf/Renato_Ribeiro.pdf. Acesso em:

18/03/2004, 16:21h.

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22

UNIDADE 02

DETALHAMENTO DOS CUSTOS, MODELO DE CÁLCULO E

FORMAÇÃO DE PREÇO

APRESENTAÇÃO

Na unidade anterior você conheceu os tipos de custos existentes. Nesta unidade,

você vai aprender a classificar os custos por tipo e a usar essa classificação para

ajudar a controlar os seus custos com eficiência. Controlando os custos de maneira

eficiente, você também pode controlar os seus ganhos para formar o seu Preço

Mínimo de Venda. O Preço Mínimo de Venda é um indicador importante que irá

ajudá-lo a estabelecer o preço dos seus serviços. Com ele, você terá mais

segurança para negociar preços com os seus clientes e para conquistar e manter o

seu espaço no mercado. (Mal escrito, confuso e repetit ivo. Refazer.)

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conhecer os principais custos e aprender a calculá-los;

• Aprender a calcular o custo operacional, o lucro líquido, e a

remuneração de capital;

• Aprender a calcular a depreciação;

• Aprender a calcular o preço mínimo de venda dos serviços;.

• Atribuir preços de serviços compatíveis com o mercado. ��� ������ �$��������������"#�

��������conhecemos

��������vamos aprender a efetuar a sua classificação. Isto é para que se possa controlar os custos

��������Quando se c

��������forma

�������� são garantidos

��������p

��������m

��������v

��������pode-se brigar

��������melhor por um

�������� Além disso, conhecendo os custos, a empresa pode formar melhor seu preço mínimo de venda, indispensável na hora de negociar preços com clientes.

Page 23: TRC adm fin 1

23

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 24

2. DETALHAMENTO E CÁLCULO DOS CUSTOS OPERACIONAIS.................. 25

2.1 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS......................................... 27

2.2 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS................................................. 30

2.3 CÁLCULO DO TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS......................................... 35

2.4 CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS........................................................ 37

2.5. CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E DOS

IMPOSTOS...................................................................................................

39

2.6 REMUNERAÇÃO DO CAPITAL..................................................................... 41

2.7 CUSTO DE OPORTUNIDADE DO CAPITAL................................................. 42

2.8 CÁLCULO DO LUCRO LÍQUIDO................................................................... 44

2.9 IMPOSTOS FEDERAIS E ESTADUAIS......................................................... 45

2.10 PREÇO MÍNIMO DE VENDA DOS SERVIÇOS........................................... 46

3. OBJETOS DE CUSTOS...............................................................................

3.1 CONHECIMENTOS DE FRETES................................................................

3.2 MANIFESTOS DE CARGAS........................................................................

4. MODELO DE CÁLCULO..................................................................................

5. FORMAÇÃO DO PREÇO.................................................................................

5.1 CUSTEAMENTO PADRÃO............................................................................

5.2 MÉTODO COM BASE NO CUSTO PLENO (CUSTO POR ABSORÇÃO)....

6. CONCLUSÃO...................................................................................................

7. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................

��������3. CONCLUSÃO..................................................................................................

��������50

��������4. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................

��������56

��������4

��������5

Page 24: TRC adm fin 1

24

ATIVIDADE 02

1. INTRODUÇÃO

Você irá aprender a identificar e detalhar os custos de uma empresa do setor de

transporte de cargas. Para facilitar a compreensão, vamos trabalhar com os dados

de uma empresa imaginária. O objetivo é calcular o custo operacional desta

empresa e, a partir dele, formar o seu preço mínimo de venda. Começaremos

levantando os itens que compõem a cesta de custos, atribuindo valores para cada

um dos itens levantados.

Para chegarmos ao custo operacional e, com ele, ao preço mínimo de venda, iremos

percorrer o seguinte caminho:

(não entendi o objetivo das marcas de revisão a seguir, uma vez que os termos

assinalados estão descritos na unidade anterior)

I - Calcular os custos diretos variáveis;

II - Fazer o rateio dos custos diretos fixos;

III - Calcular a depreciação;

IV - Calcular o total dos custos diretos;

V - Fazer o rateio dos custos indiretos;

VI - Calcular os custos operacionais, somando custos diretos e indiretos (custos

operacionais: custos diretos + custos indiretos);

VII - Calcular a remuneração do capital;

VIII - Calcular o lucro líquido;

IX - Calcular os descontos dos impostos federais e estaduais

X - Calcular o preço mínimo de venda dos serviços.

��������; e

Page 25: TRC adm fin 1

25

2. DETALHAMENTO E CÁLCULO DOS CUSTOS OPERACIONAIS

Para calcular os custos operacionais, é necessário, primeiramente, fazer o

detalhamento de todos os custos de sua empresa.

Detalhar os custos é identificar cada item que provocou gastos da

empresa (por exemplo: combustível), descrever o item (por exemplo: óleo diesel), o

preço de compra de cada unidade do item (por exemplo: R$ 1,14/l), o número de

unidades compradas (por exemplo: 9.900 l) e o valor total da compra (R$ 11.286,00).

Após rigoroso levantamento na sua empresa, de revistas especializadas, dos dados

da concorrência e dos manuais de fabricantes de veículos e peças, você obtém os

dados da sua empresa e da frota. Vamos supor que você realizou o levantamento e

obteve os dados anotados na Tabela 1.

Page 26: TRC adm fin 1

26

Tabela 1. Características da Empresa e da Frota

Características da empresa e da frota

Número de veículos da frota: 02

Tipo de veículo: Caminhão pesado

Preço do veículo novo: 140.000,00

Tara: 8.000 kg

Carga: 14.000 kg

Número de eixos por veículo: 03

Número de pneus por veículo: 10

Utilização média anual (km) 216.000

Utilização média anual (h) 4.320

Máquinas, instalações e equipamentos (R$) 40.000,00

Custo do combustível (óleo Diesel) (R$/l) 1,14

Custo do lubrificante (R$/l) 6,70

Custo do pneu novo (R$/u) 940,00

Custo da recapagem (R$/u) 240,00

Custo da câmara nova (R$/u) 46,00

Custo do protetor de câmara novo (R$/u) 23,00

Custo da mão-de-obra de manutenção corretiva (R$/h) 40,00

Manutenção preventiva (R$/ano) 6.000,00

IPVA + Seguro Obrigatório da frota (R$/ano) 1.500,00

Seguro total da frota (R$/ano) 2.800,00

Salário dos motoristas (R$/anox2) 28.608,00

Encargos sociais dos motoristas (% do salário) 68,42

Salário do Supervisor (R$/ano) 16.800,00

Encargos Sociais Supervisor (% do salário) 68,42

Salários do Pessoal Administrativo (R$/ano) 15.960,00

Encargos Sociais do Pessoal Administrativo (% sal.) 65,05

Pró-labore da Diretoria (R$/ano) 66.650,00

Taxa anual de juros (%) 24,0

Consumo de combustível (km/l) 1,8181

Consumo de lubrificantes (km/l) 300,0

Vida útil dos pneus com recapagens (km) 130.000

Número de recapagens (u) 3

Page 27: TRC adm fin 1

27

Consumo de serviços de manutenção da frota (h/mês) 9,36

Consumo de peças de manutenção da frota (R$/mês) 840,00

Depreciação anual da frota (% do valor de aquisição) 20,0

Vida útil da frota (a) 5

Valor Residual da Frota (% do valor de aquisição) 20,0

Depreciação anual de Máquinas, Instalações e Equipamentos (% do

valor de aquisição).

10,0

Número de lavagens por veículo e por ano 60

Custo médio da lavagem do caminhão 30,00

Vida útil de Máquinas, Instalações e Equipamentos (a) 10

Valor residual de Máquinas, Instalações e Equipamentos 0,00

Despesas Gerais (R$/a) 5.200,00

Valor médio do pedágio (R$) 15,00

Média de quilômetros por cobrança de pedágio (km) 129

Os valores deverão ser organizados em tabelas, segundo a classificação dos custos

estudada na unidade anterior (custos diretos, custos indiretos etc) e analisando

cuidadosamente todos os gastos da empresa.

2.1 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS

Primeiramente, temos que detalhar os Custos Diretos Variáveis (CDV), aqueles

relacionados diretamente com a operação (o uso) dos dois caminhões,. Para isso,

vamos transportar os dados da Tabela 1 para a Tabela 2.

Custo direto variável é o custo diretamente relacionado

com a produção de um bem ou serviço que se identifica totalmente

com o bem ou serviço. Por exemplo: custo de combustível do serviço

de transporte de 15 toneladas de laranja para o Porto de Paranaguá

em 15 de março de 2004.

��������- CDV

�������� da empresa

�������� na Tabela 2

��������tanto

��������serão usados

��������obtidos no levantamento realizado anteriormente

Page 28: TRC adm fin 1

28

Tabela 2. Custos Diretos Variáveis

CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS

Descrição Unidade QuantidadeValor

Unitário Valor TotalRateio

(R$/km)Rateio (R$/h)

Combustível litro 9900 1,14 11.286,00 0,63 31,35 Lubrificantes litro 60 6,70 402,08 0,02 1,12 Lavagens un 10 30,00 300,00 0,02 0,83 Pneus un 2,77 950,00 2.630,77 0,15 7,31 Câmaras e protetores un 8,31 69,00 573,23 0,03 1,59 Recapagens un 8,31 240,00 1.993,85 0,11 5,54 Pedágio v. médio 140 15,00 2.100,00 0,12 5,83 Manutenção Corretiva - Peças e Acessórios estimado 840,00 0,05 2,33 Manutenção Corretiva - Mão de Obra h 9,36 40,00 374,40 0,02 1,04 Seguro de carga t 40 35,00 1.400,00 0,08 3,89 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 21.900,33 1,22 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 21.900,33 60,83

Page 29: TRC adm fin 1

29

O custo de mão-de-obra de manutenção corretiva foi lançado como custo

variável, porque foi considerado que o serviço será realizado por terceiros. Como a

necessidade de manutenção corretiva geralmente ocorre em viagens, dificilmente

será possível realizá-la em oficina própria. Quando realizados em oficina própria,

esses custos são fixos, pois os salários dos mecânicos são devidos,

independentemente de trabalharem ou não.

Nas duas últimas colunas, foi efetuado o cálculo unitário, dividindo o total dos custos

diretos variáveis pela estimativa da quilometragem percorrida, e, também, pelo

número de horas trabalhadas no mês, chegando ao valor de R$ 1,22 de custos

diretos variáveis por km rodado e a R$ 60,83 de custos diretos variáveis por hora

trabalhada. Esses são indicadores importantes, pois permitem que você calcule os

custos diretos variáveis de qualquer serviço, bastando apenas multiplicá-los pela

quilometragem percorrida ou pelo número de horas trabalhadas.

Para calcular o custo direto variável, que se relaciona diretamente com a operação

dos caminhões, você precisa, primeiro, fazer uma estimativa da quilometragem que

os seus veículos vão percorrer e do número de horas que vão trabalhar no mês.

Neste exemplo, a utilização média anual de dois caminhões (216.000 km e 4.320h),

obtida no levantamento efetuado, foi dividida por 12, para fazer uma estimativa

mensal (18.000 km e 360h). Esses são os principais parâmetros que você vai usar

para calcular os custos variáveis. Como você já calculou (na Tabela 2) os principais

custos e consumos por unidade, basta multiplicá-los pelo total de unidades.

Por exemplo: cálculo do custo de pedágio

Previsão do total de tarifas: ____quilometragem total___ = 18000 = 140

Quilometragem por cobrança 129

Custo do pedágio: total de tarifas x preço médio da tarifa = 140 x 15,00 = R$ 2.100

��������se

��������deve

��������usados

��������já foi feito o levantamento dos

��������quilômetro

��������quilômetros percorridos

�������� consumidas

Page 30: TRC adm fin 1

30

Essas informações são úteis, mas, por enquanto, foram apurados

somente os custos diretos variáveis. Porém, você sabe que a atividade também

consome custos diretos fixos, aqueles que atendem a mais de um produto ou serviço

e independem do nível de atividade, como, por exemplo, o IPVA, o seguro

obrigatório ou o salário do Supervisor.

2.2 CÁLCULO DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS

Na apuração dos Custos Diretos Fixos (CDF), o caminho é inverso do que foi feito

nos custos diretos variáveis. Aqui, você tem o total do custo por mês e basta dividir

esse total pela sua estimativa de quilometragem mensal para conseguir o custo por

quilômetro.

CDV: custo por quilômetro x quilometragem = custo total

CDF: custo total / quilometragem = custo por quilômetro

Assim, para lançar os custos diretos fixos mensais – CDF(m) é preciso realizar o

rateio6 do total dos custos diretos fixos anuais – CDF(a) Você fará isso dividindo

esses custos pela quilometragem total percorrida no ano – km (a) e multiplicando o

resultado pela quilometragem percorrida no mês – km (m).

CDF(m) = CDF(a) x km(m)

km(a)

6 Rateio: distribuição proporcional de valores ou itens.

��������- CDF

��������custos

��������diretos

��������fixos

��������deve

��������considerando, para tanto, a quilometragem percorrida em cada mês e a distância total percorrida ao longo do ano.

��������Isso é necessário para que se mantenha a base de cálculo mensal.

Page 31: TRC adm fin 1

31

Neste exemplo, como se trata de uma projeção, vamos considerar que a

quilometragem mensal percorrida (18.000 km) é igual à quilometragem anual

(216.000 km) dividida por doze (meses), embora na prática a quilometragem mensal

possa variar de um mês para outro. Assim, o rateio dos custos diretos fixos anuais é

calculado assim:

CDF(m) = CDF(a) x 18000 , que podemos simplificar por 18000:

216000

CDF(m) = CDF(a) x 1

12

Dessa forma, vamos simplesmente dividir os custos diretos fixos anuais por 12

(meses) e os custos diretos fixos mensais ficam sendo, no nosso exemplo, 1/12 (um

doze avos) dos custos fixos anuais.

Page 32: TRC adm fin 1

32

Tabela 3. Custos Diretos Fixos

CUSTOS DIRETOS FIXOS

Descrição Unidade Quantidade Valor AnualValor

MensalRateio

(R$/km)Rateio (R$/h)

Manutenção Preventiva R$/ano 1/12 6.000,00 500,00 0,03 1,39 IPVA+Seguro Obrigatório R$/ano 1/12 1.500,00 125,00 0,01 0,35 Seguro Total da Frota R$/ano 1/12 2.800,00 233,33 0,01 0,65 Salário dos Motoristas R$/ano 1/12 28.608,00 2.384,00 0,13 6,62 Encargos Sociais dos Motoristas R$/ano 1/12 19.573,59 1.631,13 0,09 4,53 Salário do Supervisor R$/ano 1/12 16.800,00 1.400,00 0,08 3,89 Encargos Sociais do Supervisor R$/ano 1/12 11.494,56 957,88 0,05 2,66 Depreciação dos veículos R$/ano 1/12 41.600,00 3.466,67 0,19 9,63 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS 10.698,01 0,59 29,72 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 10.698,01 0,59 Estimativa de horas trabalhadas/mês h 360 10.698,01 29,72

Substituir por :

Valor Anual ok

Substituir por :

Valor Mensal ok

Page 33: TRC adm fin 1

33

DEPRECIAÇÃO. CONCEITO E MÉTODOS DE CÁLCULO

Você observou que um dos componentes dos custos diretos fixos é a

depreciação dos veículos. Mas, o que é depreciação e como é calculada?

Os bens de uso da empresa – veículos, móveis, máquinas etc. – irão perder valor

pelo desgaste natural, resultante do seu uso diário. Como se trata de uma empresa

do setor de transporte de cargas, teremos como principais itens a serem

depreciados, os seus veículos. A depreciação é considerada um custo, porque

teremos que gastar este valor para repor os bens que forem sendo depreciados.

Mesmo com a reposição dos bens à medida que se depreciam totalmente, os gastos

com a reposição devem ser distribuídos ao longo do tempo para que não tenhamos

uma concentração de custos no mês em que acontecer a reposição, já que os bens

serão usados durante muito tempo.

O cálculo da depreciação pode ser feito por vários métodos. Alguns são

complicados, como o método exponencial e o método da soma dos dígitos dos anos.

No entanto, existe um método mais simples de calcular a depreciação: o método da

taxa média ou método linear, que não é tão exato, mas fornece resultados razoáveis

e é legalmente aceito pela Receita Federal.

MÉTODO LINEAR

Baseia–se na vida útil do bem. Assim, se um determinado bem tem vida útil de 5

anos, isso quer dizer que ele irá se depreciar totalmente nesse prazo, quando

deixará (teoricamente) de ser útil e poderá ser vendido pelo seu Valor Residual

(VR). Valor residual é, portanto, o valor pelo qual o bem pode ser vendido depois

que deixou de ser útil para a empresa, pelo desgaste normal. A diferença entre o

Valor de Compra (VC) e o Valor Residual (VR) é o Valor a Depreciar (VD):

��������A.

��������ocorrerá

��������ça

��������mais complexos

��������que apesar de não refletir o valor depreciado do bem com tanta precisão, conduz a bons resultados e é uma forma legalmente aceita de se calcular a depreciação.

��������usado para a finalidade para a qual foi adquirido

�������� decorrente do seu uso

Page 34: TRC adm fin 1

34

VD = VC - VR

Para calcular a quota anual de depreciação (Qd), que é o resultado da distribuição

da depreciação ao longo da vida útil do bem, no método linear, você deve dividir o

valor a depreciar (VD) pela vida útil (n) do bem:

Qd = VD ou Qd = VC - VR

n n

Sabendo qual a vida útil do bem, você pode calcular facilmente a quota anual de

depreciação em porcentagem, ou taxa de depreciação.

Usando, por exemplo, a vida útil de 5 anos:

Qd = VD, o que é o mesmo que escrever Qd = VD x 1 ou, também:

5 5

Qd = VD x 0,20 ou, ainda: Qd = VD x 20%

Assim, você sabe que o produto deve depreciar 20 % (vinte por cento) do valor por

ano.

Page 35: TRC adm fin 1

35

Existem, basicamente, dois conceitos de depreciação: a depreciação real

e a depreciação contábil. É fácil perceber que a depreciação contábil nem sempre

coincide com o valor da depreciação real do bem, que vai depender de vários

fatores, como as condições de utilização, que podem variar de empresa para

empresa, de fabricante para fabricante, etc. Assim, embora a Receita Federal

publique periodicamente o prazo de vida útil aceitável, em condições normais ou

médias, para cada espécie de bem, você, como contribuinte, tem o direito de

computar a quota mais adequada às condições de depreciação de seus bens, desde

que prove esta adequação quando adotar forma diferente, usando, por exemplo, os

outros métodos de depreciação.

As taxas mais comuns se depreciação são: 20% (5 anos de depreciação) para

veículos; 10% (10 anos de depreciação) para equipamentos, máquinas, móveis,

utensílios e instalações; 4% (25 anos de depreciação) para edifícios e construções.

No caso da sua empresa, você previu que os veículos poderão ser vendidos, após

cinco anos, pelo valor residual correspondente a 20% (vinte por cento) do valor de

compra. Assim, você calculou a quota anual de depreciação dos veículos dessa

maneira:

VR = 260.000,00 x 20% = 52.000,00

Qd = 260.000 – 52.000 = 41.600,00

5

2.3 CÁLCULO DO TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS

Agora você pode calcular o total dos custos diretos, somando os custos diretos

variáveis com os fixos:

��������podemos

��������va

��������i

��������a partir da

��������d

��������e

Page 36: TRC adm fin 1

36

Tabela 4. Custos Diretos

CUSTOS DIRETOS

DescriçãoUnidad

eQuan- tidade

Valor Unitário Valor Total

Rateio (R$/km)

Rateio (R$/h)

TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS 10.698,01 0,59 29,72 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS 32.598,34 1,81 90,55 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 32.598,34 1,81 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 32.598,34 90,55

Page 37: TRC adm fin 1

37

2.4 CÁLCULO DOS CUSTOS INDIRETOS

Apurados os custos diretos da atividade da empresa, é preciso conhecer os custos

indiretos necessários à administração (inclusive o seu pró-labore7, se é você que vai

gerenciar a empresa).

Os custos indiretos também são custos fixos, pois ocorrem independente

da empresa estar ou não trabalhando. Assim, também serão rateados pela

quilometragem percorrida no mês.

Novamente, vamos imaginar que uma empresa percorre a mesma

quilometragem em todos os meses e vamos dividir os custos indiretos anuais por 12

para apurar os custos indiretos mensais (doze meses no ano, um doze avos por

mês, como fizemos no cálculo dos Custos Diretos Fixos).

7 Pró-labore: conta de despesa onde se registram os valores retirados pelos sócios de uma empresa

em pagamento de serviços, eventuais ou extraordinários, por eles prestados à firma, instituição ou

empresa.

Page 38: TRC adm fin 1

38

Tabela 5. Custos Indiretos

CUSTOS INDIRETOS

Descrição UnidadeQuantida-

deValor

Unitário Valor TotalRateio

(R$/km)Rateio (R$/h)

Salários do Pessoal Administrativo R$/ano 1/12 15.960,00 1.330,00 0,07 3,69 Encargos Sociais do P. Administrativo R$/ano 1/12 10.381,98 865,17 0,05 2,40 Pro-Labore da Diretoria R$/ano 1/12 66.650,00 5.554,17 0,31 15,43 Despesas Gerais R$/ano 1/12 5.200,00 433,33 0,02 1,20 Depreciação de Máquinas, Instalações e Equipamentos R$/ano 1/12 4.000,00 333,33 0,02 0,93 TOTAL DOS CUSTOS INDIRETOS 8.516,00 0,47 23,66 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 8.516,00 0,47 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 8.516,00 23,66

Page 39: TRC adm fin 1

39

Com o que já sabemos, e levando em conta que a Receita Federal admite a vida útil

de dez anos para máquinas e equipamentos, fica fácil calcular a quota anual de

depreciação desses bens (10% em cada ano). A depreciação total para máquinas e

equipamentos é igual ao seu valor de compra, já que, no exemplo, se considera que

o seu valor residual é igual zero. Assim, você terá, na linha da tabela correspondente

a Depreciação de Máquinas, Instalações e Equipamentos e a Quota de Depreciação

Anual desses bens:

Qd(a) = 40000 x 10% = R$ 4.000,00

Dividindo esse valor por 12, você obtém a Quota de Depreciação Mensal:

Qd(m) = 4.000 / 12 = R$ 333,33

2.5 CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E DOS IMPOSTOS

Agora, somando os custos diretos e indiretos, teremos o total dos custos

operacionais antes do lucro e dos impostos:

��������um

Page 40: TRC adm fin 1

40

Tabela 6. Custos Operacionais antes do lucro e dos impostos

Descrição UnidadeQuan- tidade

Valor Unitário Valor Total

Rateio (R$/km)

Rateio (R$/h)

TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS 32.598,34 1,81 90,55 TOTAL DOS CUSTOS INDIRETOS 8.516,00 0,47 23,66 TOTAL DOS CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DE LUCRO E IMPOSTOS 41.114,34 2,28 114,21 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 41.114,34 2,28 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 41.114,34 114,21

Page 41: TRC adm fin 1

41

Agora que já sabemos quais são os custos operacionais, é preciso calcular o lucro

mínimo e os impostos para formar o Preço Mínimo de Venda que pode ser praticado

pela empresa. Quando estamos lendo um relatório contábil, que reflete o que já

ocorreu, o Preço de Venda já é conhecido e dele são deduzidos os impostos e os

custos para calcular o lucro. Como estamos trabalhando em uma projeção para o

futuro, o Preço de Venda ainda não é conhecido, e é justamente este valor que

queremos descobrir. Assim, o lucro não pode ser calculado com base no resultado

das vendas.

É preciso que se projete o lucro que se deseja para, então, calcular o seu

Preço de Venda e os impostos. Se projetarmos o mínimo de lucro que esperamos

conseguir, teremos como resultado o menor preço de venda praticado, o Preço

Mínimo de Venda.

Mas, qual é o mínimo de lucro que a empresa gostaria de receber? Bem, a resposta

correta é: o lucro que remunere o capital investido na empresa.

2.6 REMUNERAÇÃO DO CAPITAL

Imagine que você consiga um emprego que pague o mesmo valor

recebido de pró-labore na sua empresa. Você poderia pensar da seguinte maneira:

- É bem melhor assim... Não preciso investir meu capital na compra de veículos,

máquinas, equipamentos ou instalações e fico com este capital disponível para usar

como bem entender! Posso aplicar no mercado financeiro e receber todo o mês um

rendimento, sem precisar me incomodar com a administração e os riscos da

empresa própria.

��������da

��������Veja a seguir como o lucro remunera o capital investido na empresa. ¶

Page 42: TRC adm fin 1

42

Mas, o que faz você continuar com o capital investido na sua empresa? É a

esperança de ganhar mais investindo seu capital na empresa do que aplicando no

mercado financeiro.

Assim, se você consegue um emprego que garante o equivalente ao seu

pró-labore, e a melhor alternativa de aplicação do seu capital no mercado financeiro

remunera o seu capital a 12% ao ano, só faz sentido continuar investindo na

empresa se ela conseguir remunerar o seu capital com mais do que 12% ao ano.

2.7 CUSTO DE OPORTUNIDADE DO CAPITAL

Não aproveitar a oportunidade de aplicar o seu capital a 12% ao ano no mercado

financeiro representa um custo correspondente a essa remuneração. Por isso, esses

12% recebem o nome de custo de oportunidade. Como o capital é seu, o nome

completo é custo de oportunidade do capital próprio. O seu preço de venda tem que

cobrir, no mínimo, esse custo para que a empresa remunere o seu capital da mesma

forma que o mercado financeiro: com esse preço, a sua empresa e o mercado

financeiro empatam na remuneração do seu capital.

Imagine, agora, que o capital não fosse seu. Que você o tivesse

emprestado de um amigo, de investidores ou de outra empresa que cobrasse 10%

ao ano. Certamente esse amigo, esses investidores ou essa empresa têm outras

alternativas para aplicar o seu capital, também. Assim, a remuneração desse capital

representa o custo de oportunidade do capital de terceiros.

Lembre-se de que remunerar o capital investido é, também, um custo que deve ser

incluído no preço dos bens ou serviços prestados. É comum que o capital investido

em uma empresa seja uma soma de capital próprio com capital de terceiros. Nesse

caso, como calcularíamos a remuneração que cobre o custo desse capital?

��������obter um ganho maior

��������no lugar de aplicar

��������investindo

��������com

��������(oferecer um lucro) acima deste valor

��������e

Page 43: TRC adm fin 1

43

O custo do capital deve ser uma média entre o custo de oportunidade do

capital próprio e o custo de oportunidade do capital de terceiros.

Como as quantidades de capital próprio e de terceiros geralmente são diferentes,

cada custo tem o peso da quantidade de capital que representa na média. Assim, o

cálculo dessa média é feito pela média aritmética ponderada, ou média aritmética

por pesos, e o custo do capital é chamado de Custo Médio Ponderado do Capital

(CMPC).

Chamando cada custo de capital pelas letras C1, C2, C3 e assim por diante, e os

valores investidos correspondentes de V1, V2, V3 etc., você deve multiplicar cada

custo pelo capital correspondente, somar esses produtos e dividir o resultado pelo

total do capital investido (que é a soma de todos os valores investidos) para obter o

CMPC(o que significa?ver parágrafo anterior). Assim:

C1 x V1 = ...............

C2 x V2 = ...............

C3 x V3 = ...............

............. = ...............

_______

SOMA : (V1 + V2 + V3 + ...) = CMPC

O Custo Médio Ponderado do Capital (CMPC) é o custo para a sua empresa, em

percentagem, do capital investido nela. É quanto a sua empresa precisa pagar aos

donos desse capital para que eles continuem investindo na sua empresa.

Se você está acostumado com fórmulas matemáticas, o cálculo do CMPC(o que

significa CMPC?) pode ser representado assim:

CMPC = C1 x V1 + C2 x V2 + C3 x V3 + ...

V1 + V2 + V3 + ...

��������custo

��������médio

��������ponderado

��������capital

Page 44: TRC adm fin 1

44

Some, agora o total do capital investido na sua empresa:

Veículos R$ 260.000,00

Máquinas, instalações e equipamentos R$ 40.000,00

Total investido R$ 300.000,00

Suponha que, do total, R$ 200.000,00 representem capital próprio e que os R$

100.000,00 restantes tenham sido investidos pelo seu amigo. Lembre-se de que

você pode investir o seu capital a 12% ao ano e que o seu amigo espera receber

10% ao ano. O custo do capital (CMPC) da sua empresa será:

12% x 200.000,00 = 24000

10% x 100.000,00 = 10000

34000 : (300.000,00) = 0,1133 = 11,33% (CMPC)

Ou, usando a fórmula,

CMPC = (200000 x 12%) + (100000 x 10%) = 0,1133 = 11,33%

(200000 + 100000)

Agora você sabe que o seu lucro líquido deve corresponder, no mínimo, a 11,33%

do capital investido na empresa, do contrário, após remunerar o capital de terceiros,

não vai sobrar o suficiente para remunerar o seu capital a 12% ao ano.

Assim, para calcular o seu Preço Mínimo de Venda, é necessário acrescentar um

Lucro Líquido suficiente para remunerar o capital investido na empresa a 11,33%.

Veja agora, como calcular esse Lucro Líquido.

2.8 CÁLCULO DO LUCRO LÍQUIDO

��������Neste caso, seria mais interessante aceitar o emprego que lhe foi oferecido.¶

Page 45: TRC adm fin 1

45

Como já foi visto no cálculo dos custos operacionais antes dos lucros e dos

impostos, você precisa projetar o seu Lucro Líquido para calcular o Preço Mínimo de

Venda.

Já vimos que o seu lucro líquido (LL) deve corresponder, no mínimo, a 11,33% do

capital investido na empresa. O cálculo é simples:

LL = 300.000 x 11,33% = 33.990,00

É importante lembrar que estamos trabalhando em uma base mensal. Assim, para

compor o nosso preço de venda, vamos dividir esse lucro por 12, representando a

parcela mensal de lucro líquido:

LL(m) = 33990 : 12 = 2.832,50

Quando conhecemos o Lucro Líquido e o Investimento Total realizado na empresa,

podemos calcular a porcentagem invertendo a fórmula. Essa porcentagem é um

indicador muito importante na Administração Financeira e é chamado de Retorno

Sobre o Investimento (ROI), que mede a remuneração do capital investido na

empresa:

ROI = LL = 33990 = 0,1133 = 11,33%

IT 300000

Finalmente, para formar o seu Preço Mínimo de Venda, é necessário que você

inclua a parte destinada a pagar os impostos que são calculados sobre esse preço.

2.9 IMPOSTOS FEDERAIS E ESTADUAIS

Já temos o total dos custos da atividade (representado pelos custos diretos

variáveis, custos diretos fixos, custos indiretos e lucro). Falta agora calcular a parte

do governo, ou seja, os impostos.

Page 46: TRC adm fin 1

46

Vamos considerar que a sua empresa está enquadrada no regime do Simples

Federal, com uma alíquota intermediária de imposto de 5,4% sobre o faturamento

total e que a tributação estadual (ICMS) é de 18%, também sobre o faturamento

total.

Porém, você ainda não sabe qual vai ser o seu faturamento total projetado. Como

calcular, então, esses impostos?

Bem, você sabe que tem que reservar 23,4% (5,4% + 18%) do faturamento total

para pagar os impostos federais e estaduais. Assim, sobram 76,6% (100% - 23,4%)

do faturamento total para pagar todos os custos e mais o lucro desejado.

Com base nesses dados, você já pode calcular o faturamento total mínimo (FT) que

a sua empresa deve ter por mês e, portanto, o seu preço mínimo para pagar todos

os custos, todos os impostos, remunerar o capital de terceiros e garantir a

remuneração mínima aceitável para o seu capital:

Custos Operacionais Antes de Lucro e Impostos: 41.114,34

Parcela mensal de Lucro Líquido: 2.832,50

Venda dos Serviços Antes de Impostos: 43.946,84

Page 47: TRC adm fin 1

47

Aplicando uma regra de três simples:

43.946,84 = FT

76,6% 100,0%

76,6 x FT = 43.946,84 x 100

FT = 43946,84 x 100 = 57.371,85

76,6

O seu faturamento total mínimo por mês deve ser, então, de R$ 57.371,85. A partir

deste valor, você pode calcular os impostos:

SIMPLES: 57371,85 x 5,4% = 3.098,08

ICMS: 57371,85 x 18% = 10.326,93

TOTAL DE IMPOSTOS: 13.425,01

2.10 PREÇO MÍNIMO DE VENDA DOS SERVIÇOS

Os dados obtidos por meio dos cálculos efetuados até agora permitem-nos conhecer

outros indicadores importantes.

Page 48: TRC adm fin 1

48

Tabela 7. Cálculo do preço mínimo de venda

CÁLCULO DO PREÇO MÍNIMO DE VENDA

Descrição UnidadeQuan- tidade

Participa-ção (%)

Valor Mensal

Rateio (R$/km)

Rateio (R$/h)

TOTAL DOS CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E IMPOSTOS 71,66% 41.114,34 2,28 114,21 IMPOSTOS 23,40% 13.425,01 0,75 37,29 SIMPLES 5,40% 3.098,08 0,17 8,61 ICMS 18,00% 10.326,93 0,57 28,69 LUCRO LÍQUIDO 4,94% 2.832,50 0,16 7,87 FATURAMENTO TOTAL MÍNIMO 57.371,85 3,19 159,37 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 57.371,85 3,19 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 57.371,85 159,37

Page 49: TRC adm fin 1

49

Observe e analise com cuidado a tabela apresentada. Ela traz informações

indispensáveis para o sucesso da sua empresa.

- Na coluna “ Participação (%)” , temos a porcentagem que cada um desses

itens representa do faturamento total mínimo mensal (o mínimo para a

empresa remunerar o seu capital conforme o esperado). Calcula-se essas

porcentagens dividindo cada valor da coluna “Valor Mensal” pelo

Faturamento Total Mínimo e multiplicando o resultado por 100 (cem). Note

que, nessa situação, o Lucro Líquido corresponde a 4,94% do Faturamento

Total: de cada R$ 100,00 que você fatura, você tem R$ 4,94 de Lucro

Líquido.

Não entendi o motivo da marca de revisão

- Outra informação importante é o custo de cada item por quilômetro (coluna

“Rateio (R$/km)”) ou por hora (coluna “Rateio (R$/h)”) na situação de

faturamento mínimo.

Idem

A informação mais importante da tabela apresentada, no

entanto, é quanto você deve cobrar, ou seja:

- no mínimo, R$ 3,19 por quilômetro rodado ou;

- se preferir (para serviços em regiões de muito tráfego), R$ 159,37 por

hora de trabalho.

Com base nesses indicadores, você pode estabelecer o seu Preço

Mínimo de Venda de cada serviço, multiplicando R$ 3,19 pela

quilometragem percorrida ou R$ 159,37 por hora trabalhada. Faça os dois

cálculos e compare com os preços praticados pela concorrência.

Você tem, a seguir, um Quadro-Resumo contendo os principais conceitos

vistos até aqui: ��������nesta unidade

Page 50: TRC adm fin 1

50

QUADRO-RESUMO

Depreciação: Perda de valor de um bem pelo desgaste decorrente de sua utilização normal.

Vida Útil: Prazo em que um bem se deprecia totalmente, perdendo sua utilidade para a

empresa. Geralmente é expresso em anos.

Quota de Depreciação: Valor que o bem deprecia por período, geralmente anual.

Depreciação Real: Perda real do valor de um bem pelo desgaste, em condições normais de

uso.

Depreciação Contábil: Perda do valor de um bem a ser lançada contabilmente, conforme

normas estabelecidas pela Receita Federal.

Remuneração do Capital: Parcela de juros que o aplicador espera receber pela utilização do

seu capital.

Custo de Oportunidade: Remuneração que se deixa de receber por não escolher

determinada alternativa de investimento.

Custo do Capital: A remuneração devida por uma empresa ao capital nela investido.

Retorno Sobre Investimento: Remuneração paga por uma empresa ao capital nela investido.

Page 51: TRC adm fin 1

51

COM AS MODIFICAÇÕES REQUERIDAS PELO REVISOR ESTA UNIDADE, QUE RESULTA DA UNIÃO DAS UNIDADES 02 E 05, FICOU MUITO EXTENSA. ASSIM, RESOLVI DEIXAR OS EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO E A VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM NO LOCAL ORIGINAL, PROPORCIONANDO UMA “PAUSA” NESSA UNIDADE. SE NECESSÁRIO, BASTA TRANSPORTÁ-LOS PARA O FINAL DA UNIDADE, ACRESCENTANDO-OS AOS LÁ EXISTENTES.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1) Efetue o rateio dos custos diretos fixos anuais, usando os dados

da tabela a seguir:

CDF(a) km(a) km(m) CDF(m)25.000,00 200.000 18.000 2.250 4.500,00 180.000 17.250 431

18.600,00 210.000 16.500 1.461 35.000,00 150.000 25.000 5.833 80.000,00 90.000 9.000 8.000 60.600,00 120.000 15.000 7.575

120.000,00 84.000 10.000 14.286 100.000,00 100.000 10.000 10.000 84.000,00 95.000 8.500 7.516 18.000,00 80.000 10.000 2.250

Resposta: Em vermelho na coluna correspondente.

2) Calcule a depreciação mensal dos veículos listados, sabendo que a

Receita Federal estabelece sua vida útil em cinco anos:

a) Valor de Aquisição: R$ 130.000,00; Valor Residual: 10% do V.A.

b) Valor de Aquisição: R$ 275.000,00; Valor Residual: R$ 75.000,00

c) Valor de Aquisição: R$ 80.000,00; Valor Residual: R$ 0,00

d) Valor de Aquisição: R$ 40.500,00; Valor Residual: 11,11% do V.A.

e) Valor de Aquisição: R$ 142.780,00; Valor Residual: R$ 22.280,00

Respostas: a) R$ 1.950,00; b) R$ 3.333,33; c) R$ 1.333,33; d) R$ 600,01; e)

R$ 2.008,33

3) Com base nos dados da tabela a seguir, calcule o CMPC para cada

uma dessas empresas:

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��������3. CONCLUSÃO¶

��������Como você viu, da correta definição e apuração dos itens de custos depende a formação do preço dos seus serviços. Trabalhando com os seus custos fixos e variáveis e com a expectativa de remuneração do seu capital e do capital dos demais investidores é possível estabelecer o Preço Mínimo de Venda, que é um indicador importantíssimo para orientar a negociação dos seus contratos. Você pode até fechar contratos com preço inferior, pois eles ajudarão a cobrir os seus custos fixos, mas se fizer isso sempre, estará perdendo dinheiro ou, pior, comprometendo a saúde financeira da sua empresa.¶

�������� ��������������

Page 52: TRC adm fin 1

52

EmpresaCapital do

investidor 1

Custo de oportunidade do capital do investidor 1

Capital do investidor 2

Custo de oportunidade do capital do investidor 2

Capital do investidor 3

Custo de oportunidade do capital do investidor 3

A 100.000,00 10,0% 80.000,00 12,0% 60.000,00 15,0%B 50.000,00 12,0% 50.000,00 12,0% 50.000,00 12,0%C 80.000,00 10,0% 60.000,00 10,0% 40.000,00 10,0%D 70.000,00 10,0% 70.000,00 12,0% 70.000,00 14,0%E 150.000,00 10,0% 100.000,00 15,0% - -F 200.000,00 12,0% - - - -G 120.000,00 8,0% 80.000,00 12,0% - -H 20.000,00 10,0% 30.000,00 12,0% 40.000,00 14,0%I 20.000,00 14,0% 30.000,00 12,0% 40.000,00 10,0%J 100.000,00 12,0% 10.000,00 24,0% - -

Respostas: Empresa A: 11,9%; Empresa B: 12,0%; Empresa C: 10,0%;

Empresa D: 12,0%; Empresa E: 12,0%; Empresa F: 12,0%; Empresa G:

9,6%; Empresa H: 12,4%; Empresa I: 11,3%; Empresa J: 13,1%

Page 53: TRC adm fin 1

53

VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

Forme um pequeno grupo e discuta com seus colegas as seguintes

questões:

1) O que acontece com o Lucro Líquido quando o Faturamento Total de

um mês fica abaixo do Faturamento Total Mínimo projetado? O que fazer

para corrigir essa situação?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Resposta: O Lucro Líquido não é suficiente para remunerar o capital investido

na empresa. É necessário aumentar o número de cargas transportadas ou

reduzir custos fixos (diretos ou indiretos)

2) O que acontece com o Lucro Líquido quando o Faturamento Total de

um mês fica acima do Faturamento Total Mínimo projetado, sem que ocorra

alteração na carteira de custos? Nessa situação o que acontece com a

remuneração do Capital de Terceiros? E com a remuneração do Capital

Próprio?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Resposta: O Lucro Líquido aumenta e, com ele, aumenta a remuneração do

Capital de Terceiros e do Capital Próprio.

3) O que acontece com o valor dos Custos Variáveis/km quando a

empresa trabalha menos?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Resposta: Os Custos Variáveis por quilômetro não se alteram.

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Page 54: TRC adm fin 1

54

4) O que acontece com o valor dos Custos Fixos/km quando a empresa

trabalha menos?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Resposta: Os Custos Fixos por quilômetro aumentam.

5) O que acontece com o valor dos Custos Indiretos/km quando a

empresa trabalha menos?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Resposta: Os Custos Indiretos por quilômetro aumentam.

6) O que acontece com o valor dos Custos Variáveis/km quando a

empresa trabalha mais?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Resposta: Os Custos Variáveis por quilômetro não se alteram.

7) O que acontece com o valor dos Custos Fixos/km quando a empresa

trabalha mais?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Resposta: Os Custos Fixos por quilômetro diminuem.

8) O que acontece com o valor dos Custos Indiretos/km quando a

empresa trabalha mais?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

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Page 55: TRC adm fin 1

55

Resposta: Os Custos Indiretos por quilômetro diminuem.

9) O que deve acontecer com o Lucro Líquido quando a empresa

trabalha mais sem alterar os custos fixos e os custos indiretos?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Resposta: O Lucro Líquido deve aumentar.

��� ���������������������������1��������� ������������������������� ������ �! ����������"#�����+��(��.���%�����������& ������!��� ��������& �������������/�����)��� �"#����*����(�/�����������������(�/�����)��� �"0�������(/����)��� �"#����� �!�����#�������'(�������(�/����

Page 56: TRC adm fin 1

56

3. OBJETOS DE CUSTOS

Os objetos de custos são as menores unidades de trabalho cujo custo se

deseja conhecer e controlar. Para uma empresa pequena, por exemplo, pode

ser suficiente conhecer e controlar o custo médio mensal de manutenção

corretiva de sua frota, englobando peças e mão-de-obra. Para essa empresa,

o custo médio mensal de manutenção corretiva é um objeto de custo. Para

outra empresa, de grande porte, pode ser necessário controlar o custo de

cada peça, cada unidade de material de consumo e o custo-hora de mão de

obra, pois o seu consumo desses itens é muito grande. Para essa empresa,

por exemplo, o custo do rolamento do eixo dianteiro pode ser um objeto de

custo.

Como você viu, o nível de detalhamento desejado depende do porte da

empresa e da precisão que a empresa quer do seu sistema de custos, o que

vai variar de empresa para empresa. Assim, atividades como a hora de mão-

de-obra para reparar pneus ou itens como a palheta do limpador de pára-

brisas podem ser objetos de custo para uma empresa, se for importante para

ela conhecer e controlar esses custos.

Os objetos de custos presentes em todos os sistemas são os bens e serviços

produzidos por uma empresa, pois é para conhecer o valor desses bens e

serviços que se constitui um sistema de custos.

(CONFUSO. EXPLICAR MELHOR. REESCREVER)ok

"Objeto de custo é qualquer cliente, produto, serviço, contrato,

projeto ou outra unidade de trabalho para os quais uma mensuração

��������

Page 57: TRC adm fin 1

57

separada/isolada de custos é desejada”.8 Pq a mensuração isolada é

desejada ou necessária? Justificar.

Para controlar o custo de um objeto, é necessário medir esse custo, isolando-

o dos demais. Se a sua empresa tem um grande consumo de platôs de

embreagem, você vai precisar medir esse custo para controlá-lo. Para isso,

terá que isolar o custo do platô dos custos do sistema de embreagem

completo.

No caso das empresas de transporte de cargas, os objetos de custo mais

importantes são os serviços de transporte. O registro desses serviços é feito

em dois tipos de documentos:

• Os Conhecimentos de Fretes;

• Os Manifestos de Cargas.

Os Conhecimentos de Fretes equivalem às Notas Fiscais e registram o

custo de um serviço prestado a um determinado cliente. Já os Manifestos de

Cargas registram o custo de um serviço prestado por um determinado

veículo. Como um veículo pode transportar cargas para diversos clientes, o

Manifesto de Carga de um veículo pode englobar diversos Conhecimentos

de Fretes dos clientes para quem o veículo está transportando.

O funcionamento do segmento de transportes de cargas depende dos objetos

de custos definidos de forma direta e indireta, apresentados a seguir:

3.1 CONHECIMENTOS DE FRETES

8 PLAYER et al. (1997, p.214).

��� �������$��������������"#�

Page 58: TRC adm fin 1

58

Os documentos utilizados no segmento de transportes, para avaliar

a receita dos negócios efetuados e calcular os impostos gerados por essa

receita são os Conhecimentos de Fretes, que equivalem às Notas Fiscais.

A partir dos Conhecimentos de Fretes é possível conhecer:

• A Receita dos Fretes por Negócio / Cliente /Serviço;

• Os Impostos separados da Receita – ICMS, PIS / COFINS.

3.2 MANIFESTOS DE CARGAS

Para a formação dos custos diretos envolvidos na movimentação

das cargas, os documentos utilizados são os Manifestos de Cargas,

equivalentes à(s) Ordem(ns) de Serviço(s).

Na avaliação dos custos de transportes, estes dois conceitos são importantes

pelo seguinte:

Por exemplo, ao realizarmos a avaliação de um carregamento em

um caminhão, não devemos esquecer que, se ele transportar cargas

fracionadas, terá, em sua carreta/baú, produtos/mercadorias de vários

clientes, ou seja, terá vários Conhecimentos de Fretes. Para cada um dos

clientes foi emitido um Conhecimento que gerará uma receita individual. Em

contrapartida, a Ordem de Serviço para este caminhão trabalhar será

somente uma, respaldada no Manifesto de Carga. Então, o custo deste

veículo deverá ser apropriado a vários clientes se quisermos saber qual a

margem de contribuição de cada negócio/cliente.

��� �������$��������������"#�

Page 59: TRC adm fin 1

59

4. MODELO DE CÁLCULO

Para aproveitar bem todos os dados encontrados no cálculo dos custos

operacionais e na formação do seu preço de venda, você precisa conhecer

alguns sistemas de custeio.

Sistemas de custeio são os diferentes métodos usados

para apropriar os custos a um determinado bem ou serviço. Você verá, a

seguir, os sistemas de custeio por absorção e padrão, usados na apuração e

cálculo de custos para a formação do preço de venda.

Vamos utilizar um modelo básico para o cálculo dos custos a fim de construir

indicadores adequados à realidade do mercado, que ajudem você a tomar

decisões corretas e seguras.

5. FORMAÇÃO DO PREÇO

São os valores envolvidos na formação do preço dos serviços que os tornam

competitivos ou não no mercado consumidor. Você já conhece os

componentes necessários para a formação dos preços da sua empresa,

vistos nas unidades anteriores, quando você elaborou a relação dos itens que

compõem os seus custos e quando classificou cada um deles em diretos

variáveis, diretos fixos e indiretos. (Isto não é um conceito. Ademais, o

texto está fraco). (Quem classificou o texto acima como conceito não fui

eu. Não cabe a mim a diagramação do conteúdo. Além disso, “ o texto

está fraco” é mais uma marca de revisão, como tantas, não explicativa

que carrega juízo de valor do revisor, sem que haja qualquer indicativo

competente de solução. O que seria um “ texto forte” para esse revisor?

A alteração da diagramação, sem separar o texto acima do parágrafo

seguinte deve ser suficiente para resolver o problema.

Você pode, agora, trabalhar com esses componentes e seus valores para

formar um preço para os seus serviços que atenda às necessidades da

��������

Page 60: TRC adm fin 1

60

empresa e que seja competitivo no mercado. Para poder utilizar esses dados,

você vai conhecer alguns métodos que vão facilitar os seus cálculos.

São vários os métodos utilizados para determinar o preço de venda baseado

nos custos, por exemplo:

• Método com base no custo pleno (custo por absorção);

• Método com base no custo de transformação;

• Método com base no custo variável (direto);

• Método com base no rendimento sobre o capital empregado;

• Método com base no custo por atividade.

Estes métodos levarão em consideração os seguintes aspectos:

a) Atendimento a diversas faixas do mercado;

b) Concorrência e competição positivas;

c) Fixação do lucro compatível com o investimento e a remuneração do

capital investido.

A escolha por este ou aquele método vai depender de vários fatores, como o

porte, as características operacionais e a conveniência da sua empresa.

Na área de transportes de cargas, é importante conhecermos a aplicabilidade

de dois métodos básicos de custeamento ou custeio, pois são simples de

usar e bastante difundidos. São eles:

• Custeamento Padrão;

• Custeamento por Absorção.

5.1 CUSTEAMENTO PADRÃO

Neste método, você não apropria os custos pelo seu valor efetivo ou real,

mas sim por uma estimativa do valor que deveriam ter, chamada de Custo

Padrão. Você pode usar esses valores para comparação com os seus custos

ou para realizar estimativas de custo. No entanto, embora possa ajudá-lo a

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��������sistema

Page 61: TRC adm fin 1

61

gerenciar os custos da sua empresa, para efeitos fiscais você terá que

declarar os seus custos reais com base em outro método, pois o Custo

Padrão não é aceito pela legislação do Imposto de Renda. O Custo Padrão é,

assim, uma ferramenta de controle gerencial simples e de fácil aplicação que

pode ser usada juntamente com outro método de custeio que a sua empresa

adotar.

Por exemplo, você pode tomar como base ou como padrão os

custos publicados nas revistas de transporte e comparar os custos da sua

empresa com aqueles padrões. Com isso, você já pode fazer um controle dos

seus custos. Você pode considerar como padrão, por exemplo, o consumo de

combustível por quilômetro em operação, especificado pelo fabricante do seu

caminhão. Comparando com o consumo real desse caminhão, você pode

saber se ele está consumindo acima do padrão e tomar as medidas que

julgar necessárias para corrigir isso.

5.2 MÉTODO COM BASE NO CUSTO PLENO (CUSTO POR ABSORÇÃO)

Este método considera, como custo dos serviços prestados todos

os gastos incorridos no período a ser estudado, sejam eles Diretos (Fixos e

Variáveis) ou Indiretos. Este método de cálculo e controle de custos é o único

aceito no Brasil pela legislação do Imposto de Renda. Para o

desenvolvimento e aplicação deste método, você deve apresentar os custos

na forma de mapa ou planilha.

Você lembra do exemplo da unidade anterior, onde efetuou o

cálculo de todos os custos incidentes na atividade, fazendo o rateio dos

custos diretos fixos e indiretos com base nos quilômetros rodados? Para isso

você utilizou este método.

Page 62: TRC adm fin 1

62

Nele, o preço de venda é igual ao total dos custos de produção do serviço

(diretos variáveis), mais uma porcentagem para cobrir os custos diretos fixos

e indiretos e proporcionar uma margem desejada de lucro. Usando o exemplo

da Tabela 2 já apresentada:

Imagine, agora, que o mercado pratique um preço de venda médio de R$

3,50/km. Com esse preço, sua Margem de Contribuição por Quilômetro será:

MC(R$/km) = PV(R$/km) – CDV(R$/km)

PV(R$/km) = 3,50

CDV(R$/km) = 1,22 (Total dos Custos Diretos Variáveis – Tabela 1)

MC(R$/km) = 3,50 – 1,22 = R$ 2,28/km

Este resultado significa que, de cada R$ 3,50 que você cobra por quilômetro

rodado, R$ 2,28 são destinados a cobrir todos os custos fixos (diretos fixos e

indiretos), impostos e ainda formar o lucro que você terá.

Se você preferir usar o indicador R$/h, praticando o preço de venda de R$

175,00 por hora trabalhada, sua Margem de Contribuição por Hora

Trabalhada, será:

MC(R$/h) = PV(R$/h) – CDV(R$/h)

CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS

Descrição Unidade QuantidadeValor

Unitário Valor TotalRateio

(R$/km)Rateio (R$/h)

Combustível litro 9900 1,14 11.286,00 0,63 31,35 Lubrificantes litro 60 6,70 402,08 0,02 1,12 Lavagens un 10 30,00 300,00 0,02 0,83 Pneus un 2,77 950,00 2.630,77 0,15 7,31 Câmaras e protetores un 8,31 69,00 573,23 0,03 1,59 Recapagens un 8,31 240,00 1.993,85 0,11 5,54 Pedágio v. médio 140 15,00 2.100,00 0,12 5,83 Manutenção Corretiva - Peças e Acessórios estimado 840,00 0,05 2,33 Manutenção Corretiva - Mão de Obra h 9,36 40,00 374,40 0,02 1,04 Seguro de carga t 40 35,00 1.400,00 0,08 3,89 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 21.900,33 1,22 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 21.900,33 60,83

Page 63: TRC adm fin 1

63

PV(R$/h) = 175,00

CDV(R$/h) = 60,83 (Total dos Custos Diretos Variáveis – Tabela 2)

MC(R$/km) = 175,00 – 60,83 = R$ 114,17/km (indicar na Tabela Rateio)

Este resultado significa que, de cada R$ 175,00 que você cobra por hora

trabalhada, R$ 60,83 são destinados para cobrir todos os custos fixos (diretos

fixos e indiretos), impostos e ainda formar o lucro que você terá.

Você pode organizar os dados na tabela a seguir:

Tabela 10. Custo por Absorção

CUSTO POR ABSORÇÃO

Descrição Unidade Quantida-

deValor

Unitário Valor Total Rateio

(R$/km) Rateio (R$/h)

TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 41.099,67 2,28 114,17 PREÇO DE VENDA DOS SERVIÇOS 63.000,00 3,50 175,00 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 63.000,00 3,50 Estimativa de horas trabalhadas/mês h 360 63.000,00 175,00

Para você saber qual é a porcentagem da sua Margem de Contribuição

sobre os Preços de Venda, basta dividir a Margem de Contribuição por

Quilômetro pelo Preço de Venda dos Serviços por Quilômetro e multiplicar o

resultado por 100 (cem):

MC(%) = MC(R$/km) – 1 = 2,28 x 100 = 0,65 x 100 = 65%

PVS(R$/km) 3,50

Page 64: TRC adm fin 1

64

É claro que você consegue o mesmo resultado usando a Margem

de Contribuição por Hora Trabalhada e o Preço de Venda dos Serviços por

Hora Trabalhada. O resultado significa que cerca de 65% do seu preço de

venda é destinado a cobrir todos os custos fixos (diretos fixos e indiretos),

impostos e ainda formar o lucro que você terá.

Note que o Preço de Venda dos Serviços praticado pelo mercado é maior

que o Preço Mínimo de Venda, de R$ 3,19/km que você calculou na Tabela 7

da Unidade 2:

Page 65: TRC adm fin 1

65

CÁLCULO DO PREÇO MÍNIMO DE VENDA

Descrição UnidadeQuan- tidade

Participa-ção (%)

Valor Mensal

Rateio (R$/km)

Rateio (R$/h)

TOTAL DOS CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E IMPOSTOS 71,66% 41.114,34 2,28 114,21 IMPOSTOS 23,40% 13.425,01 0,75 37,29 SIMPLES 5,40% 3.098,08 0,17 8,61 ICMS 18,00% 10.326,93 0,57 28,69

LUCRO LÍQUIDO 4,94% 2.832,50 0,16 7,87 FATURAMENTO TOTAL MÍNIMO 57.371,85 3,19 159,37 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 57.371,85 3,19

Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 57.371,85 159,37

Você pode usar esse novo preço de venda para verificar o impacto nos

impostos e no seu Lucro Líquido, construindo a tabela:

Page 66: TRC adm fin 1

66

Tabela 11. Cálculo dos impostos e do lucro líquido

CÁLCULO DOS IMPOSTOS E DO LUCRO LÍQUIDO

Descrição UnidadeQuan- tidade

Participa-ção (%) Valor Mensal

Rateio (R$/km)

Rateio (R$/h)

FATURAMENTO TOTAL 100,0% 63.000,00 3,50 175,00 CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 34,8% (21.900,33) (1,22) (60,83) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 65,2% 41.099,67 2,28 114,17 CUSTOS DIRETOS FIXOS 17,0% (10.698,01) (0,59) (29,72) CUSTOS INDIRETOS 13,5% (8.516,00) (0,47) (23,66) LUCRO LÍQUIDO 34,7% 21.885,66 1,22 60,79 IMPOSTOS 23,4% 14.742,00 0,82 40,95 SIMPLES 5,4% 3.402,00 0,19 9,45 ICMS 18,0% 11.340,00 0,63 31,50 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 21.885,66 1,22 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 21.885,66 60,79

Page 67: TRC adm fin 1

67

Como você percebeu, seus lucros aumentaram! Você viu na unidade 2 que,

para remunerar adequadamente o capital investido na sua empresa, você

precisava gerar um Lucro Líquido de, no mínimo, R$ 2.832,50 por mês, o que

significava praticar um preço por km de R$ 3,19, com a estimativa de 18.000

km/mês.

Neste exemplo, você conseguiu praticar um preço por km de R$ 3,50,

mantendo a estimativa de 18.000 km/ mês, não alterando, assim, os custos

operacionais. Com isso, conseguiu um Lucro Líquido de R$ 21.885,66 no

mês! Se todos os meses fossem iguais, sua empresa teria um lucro de R$

262.627,92 no ano e o Retorno sobre o Investimento da Empresa, seria:

ROI = LL = 262.627,92 = 0,8754 = 87,54% ao ano

IT 300.000,00

Page 68: TRC adm fin 1

68

6. CONCLUSÃO

Como você viu, da correta definição e apuração dos itens de custos depende

a formação do preço dos seus serviços. Trabalhando com os seus custos

fixos e variáveis e com a expectativa de remuneração do seu capital e do

capital dos demais investidores é possível estabelecer o Preço Mínimo de

Venda, que é um indicador importantíssimo para orientar a negociação dos

seus contratos. Você pode até fechar contratos com preço inferior, pois eles

ajudarão a cobrir os seus custos fixos, mas se fizer isso sempre, estará

perdendo dinheiro ou, pior, comprometendo a saúde financeira da sua

empresa.

Para calcular o Preço de Venda que atenda às suas necessidades, você

pode usar alguns métodos, como o método do Custo Pleno ou Por Absorção.

Além de aceito pela legislação, este método é muito útil para cálculos

rápidos. Por exemplo, se você sabe que com uma Margem de Contribuição

de cerca de 65% do Preço de Venda consegue cobrir todos os seus custos

fixos e ainda ter um Lucro Líquido de cerca de 35%, tem um grande aliado

em decisões de contratação de serviços com preços competitivos.

Page 69: TRC adm fin 1

69

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Quais são os objetos de custo de maior interesse para o Transporte

de Cargas?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

____________________________________________________________

Resposta: Os Conhecimentos de Fretes e o Manifesto de Cargas.

2. O que é Custo Padrão?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

____________________________________________________________

Resposta: É o custo de um determinado item obtido da concorrência, nas

publicações especializadas ou das planilhas dos órgãos concedentes e que é

utilizado como padrão para comparar com os custos reais da empresa.

3. Como funciona o Sistema de Custos Por Absorção?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

____________________________________________________________

Resposta: Considera como custo dos serviços prestados todos os gastos

incorridos no período a ser estudado, sejam eles Diretos (Fixos e Variáveis)

ou Indiretos.

Page 70: TRC adm fin 1

70

VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

1. Para que serve o Preço Mínimo de Venda?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Resposta: Como parâmetro para negociação de tarifas e para orientar a

participação em concorrências.

2. O que significa a Margem de Contribuição?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

____________________________________________________________

Resposta: É a parte do Preço de Venda destinada a cobrir os custos fixos

diretos e indiretos e a remunerar o capital investido (gerar lucro).

3. O que quer dizer ROI? O que significa?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

____________________________________________________________

Resposta: ROI é a sigla, em inglês, do Retorno Sobre o Investimento. O ROI

representa a rentabilidade do capital investido na empresa.

Page 71: TRC adm fin 1

71

7. BIBLIOGRAFIA

ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. São Paulo, Atlas, 2003.

BARRETO, J. R. F. Indicadores da função transporte para empresas de

util ity: um estudo de caso. Dissertação de Mestrado em Engenharia da

Produção. Florianópolis: UFSC, 1999. Disponível em:

http://www.eps.ufsc.br/disserta99/barreto/. Acesso em: 18/03/2004, 16:03h.

CASTRO NETO, J. C. P. O custo de oportunidade da concessão do

sistema rodoviário para as empresas transportadoras de cargas: o caso

do Estado do Paraná. Dissertação de Mestrado em Administração e Gestão

Financeira. Universidade de Extremadura - UEx (Espanha), FAESP/IPCA:

UEx, 2001. Disponível em: http://www.fesppr.br/~candido/mestrado/. Acesso

em: 19/03/2004, 14:30h.

FPNQ, Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Indicadores de

desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995.

GIENTORSKI, L. C. Modelo de Sistema de Custeio Para o Transporte

Rodoviário de Cargas in III Congresso Brasileiro de Gestão Estratégica de

Custos: a gestão estratégica de custos associados aos programas de

qualidade, produtividade e reengenharia. Curitiba, UFPR, 1996.

MARTINS, E. Contabilidade de custos. 6 ed. São Paulo: Atlas, 1998.

MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas - Controle de

Custo Operacional. Gerência de Marketing, 1988.

PLAYER, S. et al. ABM: lições do campo de batalha. São Paulo, Makron

Books, 1997.

RIBEIRO, R. G. Contribuição metodológica para o cálculo dos custos do

transporte coletivo urbano de baixa capacidade operado por

cooperativas. Goiânia, UFG, 2001. Disponível em:

http://www.ucg.br/Institutos/nucleos/nupenge/pdf/Renato_Ribeiro.pdf. Acesso

em: 18/03/2004, 16:21h.

UELZE, R. Transporte e Frotas. São Paulo: Pioneira, 1978.

VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São Paulo:

Pioneira, 1997.

��������¶��������������

4. BIBLIOGRAFIA

��������ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. São Paulo, Atlas, 2003. ¶BARRETO, J. R. F. Indicadores da função transporte para empresas de utility: um estudo de caso. Dissertação de Mestrado em Engenharia da Produção. Florianópolis: UFSC, 1999. Disponível em: http://www.eps.ufsc.br/disserta99/barreto/. Acesso em: 18/03/2004, 16:03h.¶CASTRO NETO, J. C. P. O custo de oportunidade da concessão do sistema rodoviário para as empresas transportadoras de cargas: o caso do Estado do Paraná. Dissertação de Mestrado em Administração e Gestão Financeira. Universidade de Extremadura - UEx (Espanha), FAESP/IPCA: UEx, 2001. Disponível em: http://www.fesppr.br/~candido/mestrado/. Acesso em: 19/03/2004, 14:30h.¶FPNQ, Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Indicadores de desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995. ¶MARTINS, E. Contabi lidade de custos. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.¶RIBEIRO, R. G. Contribuição metodológica para o cálculo dos custos do transporte coletivo urbano de baixa capacidade operado por cooperativas. Goiânia, UFG, 2001. Disponível em: http://www.ucg.br/Institutos/nucleos/nupenge/pdf/Renato_Ribeiro.pdf. Acesso em: 18/03/2004, 16:21h.¶VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São Paulo: Pioneira, 1997.

Page 72: TRC adm fin 1

72

ESTA SEGUNDA PARTE É A ANTIGA UNIDADE 05, QUE FOI JUNTADA

À UNIDADE 02, COMO SOLICITADO PELO REVISOR.

Page 73: TRC adm fin 1

73

UNIDADE 03

CONTROLE DE CUSTOS

APRESENTAÇÃO

Na unidade anterior aprendemos a classificar e calcular custos para formar o

preço mínimo de venda dos serviços. Vimos como é importante controlar os

custos, para garantir o seu retorno ou o retorno dos acionistas. Nesta

unidade, você aprenderá a construir as ferramentas para controlar esses

custos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Elaborar um Sistema de Controle de Custos Operacionais.

Page 74: TRC adm fin 1

74

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 59

2. SISTEMA DE CONTROLE DE CUSTOS OPERACIONAIS............................... 60

3. CONTROLE DE CUSTOS.................................................................................. 61

3.1 ITENS DE CUSTO OPERACIONAL A CONTROLAR...................................... 61

3.2. CENTRO DE CUSTOS.................................................................................... 62

4. FORMULÁRIOS DE CONTROLE....................................................................... 62

4.1 FORMULÁRIOS GERAIS E DE CADASTRO................................................... 62

4.2 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES... 63

4.3 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE PNEUS................................................. 67

4.4 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE PEÇAS E OFICINAS............................ 69

4.5 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE REBOQUES E SEMI-REBOQUES......... 71

4.6 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE CUSTOS INDIRETOS OU

ADMINISTRATIVOS...............................................................................................

72

4.7 FORMULÁRIOS AUXILIARES.......................................................................... 73

5. CONCLUSÃO..................................................................................................... 74

6. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 80

Page 75: TRC adm fin 1

75

ATIVIDADE 03

1. INTRODUÇÃO

O controle dos custos é essencial para manter a saúde financeira da

empresa. Você pode ter uma política comercial agressiva, um ótimo

atendimento ao cliente e funcionários atenciosos e competentes, mas nada

disso adiantará se você não controlar eficientemente os custos, pois, do

contrário, a sobrevivência da empresa estará ameaçada.

.

Você já sabe que conhecer os custos operacionais é indispensável para o

sucesso da sua empresa, pois permite:

• tomar decisões sobre alternativas de investimentos, como decidir

entre o aluguel ou a compra de veículos;

• determinar o momento de substituir um veículo ou equipamento;

• selecionar a categoria de veículo mais apropriada às condições

operacionais de sua empresa;

• escolher entre realizar ou terceirizar serviços;

• determinar indicadores de desempenho e produtividade, detectar

variações nesses padrões e reduzir custos;

• avaliar a situação financeira e de mercado da sua empresa e

determinar sua política de mercado, de preços e de financiamento aos

clientes.

O controle representa um custo adicional, mas facilmente

recuperado se a administração estiver bem preparada para analisar

corretamente os dados obtidos.

��� ��������������������������11����3�� ������!������/(�����5��������������� ������ �! ���������"#���$�������& �������������,1�����)��� �"#����*����+�2�����������������+�2�����)��� �"0�����#������+�2����

��������O controle de custos envolve uma série de variáveis (quilometragem percorrida, condições de operação, manutenção do veículo, ambiente de trabalho, qualificação do motorista, etc.), o que torna impraticável calcular o custo operacional de uma empresa, ou a média do custo operacional de várias empresas, e considerá-lo como custo padrão. As condições de operação são muito diferentes de empresa para empresa

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Page 76: TRC adm fin 1

76

2. SISTEMA DE CONTROLE DE CUSTOS OPERACIONAIS

Com um Sistema de Controle de Custos eficiente implantado em sua

empresa, você consegue respostas para várias questões, como:

• qual é o padrão de consumo de combustível dos veículos em

determinada rota;

• qual é o padrão de consumo de óleo lubrificante de determinada

categoria de veículo;

• qual o nível de custos administrativos adequado ao tamanho da sua

frota;

• qual o pneu que apresenta o melhor desempenho operacional;

• por que certo tipo de veículo apresenta um custo de manutenção maior

que o de outros veículos da mesma categoria;

• qual o nível de utilização que justifica a terceirização ou instalação de

manutenção própria;

• como você deve compor seu estoque de peças de reposição;

• que modelo de veículo apresenta o menor custo operacional em certas

condições de operação.

Para implantar um Sistema de Controle de Custos Operacionais, você vai

precisar:

• fazer um levantamento completo e rigoroso dos custos operacionais da

sua empresa;

• criar e instalar uma estrutura administrativa adequada;

• contratar e treinar pessoal competente;

• decidir-se pela compra de um Sistema de Controle de Custos

informatizado ou pelo desenvolvimento de um sistema próprio,

informatizado ou manual.

2.1 REQUISITOS BÁSICOS DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE CUSTOS

Um Sistema de Controle de Custos não pode deixar de atender aos

seguintes requisitos:

��� ��������������������������+/�����5��������������� ������ �! ���������"#���$�������& �������������,1�����)��� �"#����*����+�2�����������������+�2�����)��� �"0�����#������+�2����

��� ��������������������������+/�����5��������������� ������ �! ���������"#���$�������& �������������,1�����)��� �"#����*����+�2�����������������+�2�����)��� �"0�����#������+�2����

��������<#>em qual filial compensaria implantar um sistema próprio de abastecimento em função do volume de combustível consumido mensalmente; ¶

��������índice

��������a

Page 77: TRC adm fin 1

77

Confiabilidade: O sistema deve ser testado mensalmente, não sendo

admitidas dúvidas sobre a confiabilidade dos resultados apresentados.

Objetividade: Os relatórios gerados devem ser simples e objetivos, facilitando

sua leitura e interpretação pelos gestores.

Oportunidade: Os relatórios deverão estar disponíveis no exato momento em

que forem necessários.

Utilidade: O Sistema de Controle de Custos deverá gerar uma economia

anual maior que o orçamento anual do Centro de Controle de Custos.

3. CONTROLE DE CUSTOS

3.1 ITENS DE CUSTO OPERACIONAL A CONTROLAR

Na unidade anterior estudamos quais os principais itens que compõem os

custos operacionais e como eles se dividem:

Custos Diretos

Fixos: depreciação, salários, seguros, remuneração de capital,

licenciamento, etc.

Variáveis: combustível, lubrificantes, pneus, peças de reposição e

manutenção, materiais de consumo.

Custos Indiretos ou Administrativos

Salários do pessoal de armazém e escritório, honorários da diretoria,

encargos sociais, materiais auxiliares, correio, telefone-fax, gratificações,

prêmios e comissões, despesas com promoção, propaganda e

publicidade, impostos e taxas, despesas com reposição de móveis e

utensílios, despesas financeiras, serviços prestados por terceiros, aluguel

de armazém e escritórios.

Page 78: TRC adm fin 1

78

3.2 CENTRO DE CUSTOS

O Centro de Custos é o setor de uma empresa responsável por

coletar, calcular, organizar e fornecer informações precisas e atualizadas

sobre todos os custos da empresa. A centralização do controle de custos

agiliza o fluxo de informações, permitindo que as decisões sejam tomadas de

forma eficiente.

4. FORMULÁRIOS DE CONTROLE

Cada empresa pode desenvolver formulários próprios de Controle de Custos

que sejam mais convenientes às suas necessidades. A seguir, serão

apresentados alguns formulários que poderão servir de modelo para sua

empresa.

4.1 FORMULARIOS GERAIS E DE CADASTRO

ACRESCENTAR EM CADA FORMULÁRIO SEU OBJETIVO

(PARA O QUE SERVE?)

VHV - Histórico do Veículo

Conteúdo: dados técnicos e comerciais e referência do veículo.

Origem dos dados: Certificado e Nota Fiscal (Fornecedor)

Tratamento dos dados: Contabilidade

Destino dos dados: VQG – Quadro Geral de Custos Por Veículo

(Centro de Custos).

Atualização: na compra, na baixa e nas alterações no veículo.

Vida útil: vida útil do veículo.

Objetivo: cadastrar o veículo no sistema de controle.

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��������certificado e nota fiscal.

��������

Page 79: TRC adm fin 1

79

VDV - Depreciação do Veículo

Conteúdo: valor de compra, depreciações e valor residual.

Origem dos dados: nota fiscal (Fornecedor).

Tratamento dos dados: Contabilidade

Destino dos dados: VQG – Quadro Geral de Custos Por Veículo

(Gerência/Diretoria).

FCC – Quadro Comparativo de Custos da Frota

(Gerência/Diretoria)Atualização: na compra, anual e na baixa do

veículo.

Vida útil: vida útil do veículo.

Objetivo: registrar os cálculos anuais de depreciação do veículo

RHS - Salários do Pessoal

Conteúdo: relação de pessoal, salários, encargos sociais, custo

/ hora da mão-de-obra.

Origem e tratamento dos dados:Setor de pessoal.

Destino dos dados: VQG - Quadro Geral de Custos por

Veículo.(Centro de Custos).

Atualização: mensal.

Vida útil: permanente.

Objetivo: registrar os salários e custos de mão-de-obra.

4.2 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE COMBUSTÍVEL E

LUBRIFICANTES

É um conjunto de formulários que permite controlar o consumo de

combustíveis e lubrificantes e a construção de indicadores de consumo para

controle, como por exemplo, o consumo de combustível por quilômetro de um

determinado veículo.

��������e contabilidade

��������Centro de Custos.

��������¶

�������� setor

Page 80: TRC adm fin 1

80

VAS - Autorização de Abastecimentos e Serviços do

Veículo

Conteúdo: referência do veículo, hodômetro, litros de

combustível, litros de lubrificante, lavagens, valor, borracharia e

outros serviços, identificação do posto próprio ou conveniado.

Origem dos dados: postos de combustível próprios e

conveniados.

Coleta dos dados: motorista

Destino dos dados: VCL - Controle Diário de Abastecimento de

Combustível e de Óleo do Motor.(Manutenção)

VDM - Controle Diário do Óleo do Diferencial e do Óleo da

Caixa de Mudanças.(Manutenção)

Atualização: diária.

Vida útil: mensal.

Objetivo: registrar os abastecimentos e serviços do veículo em

postos próprios e conveniados

SAL - Relatório do Posto de Abastecimento e Lubrif icação

Conteúdo: identificação do posto próprio ou conveniado,

referências dos veículos, combustível, lubrificante do motor,

lubrificante do diferencial, lubrificante da caixa de mudanças.

Origem dos dados: postos de combustível próprios e

conveniados.

Coleta dos dados: motorista

Destino dos dados: VCL - Controle Diário de Abastecimento de

Combustível e de Óleo do Motor. (Manutenção)

VDM - Controle Diário do Óleo do

Diferencial e do Óleo da Caixa de Mudanças. (Manutenção)

Atualização: diária.

Vida útil: mensal.

Objetivo: registrar os abastecimentos e serviços prestados pelo

posto próprio à frota

��������postos de combustível conveniados.

��������responsável pelo posto.

Page 81: TRC adm fin 1

81

VRV - Relatório de Viagem do Veículo

Conteúdo: ocorrências em viagem: quilometragem,

abastecimentos, lavagens, lubrificações e manutenção, com os

respectivos valores e número da Nota Fiscal.

Origem dos dados: postos não conveniados.

Coleta dos dados: motorista.

Destino dos dados: VCL - Controle Diário de Abastecimento de

Combustível e de Óleo do Motor. (Manutenção)

VDM - Controle Diário do Óleo do Diferencial

e do Óleo da Caixa de Mudanças. (Manutenção)

RCQ - Controle de Quilometragem dos

Semi-Reboques e dos Reboques. (Manutenção)

Atualização: permanente.

Vida útil: duração da viagem.

Objetivo: registrar os abastecimentos e serviços do veículo em

postos não-conveniados

��������¶��������������

��������VAS - Autorização de Abastecimentos e Serviços do Veículo¶

Conteúdo: identificação do posto próprio ou conveniado, referência do veículo, combustível, lubrificante do motor, lubrificante do diferencial, lubrificante da caixa de mudanças, hodômetro.¶

Origem dos dados: motorista.¶

Destino dos dados: VCL - Controle Diário de Abastecimento de Combustível e de Óleo do Motor.¶

Atualização: diária.¶

Vida útil: diária.¶

Page 82: TRC adm fin 1

82

VCL - Controle Diário de Abastecimento de Combustível e

de Óleo do Motor

Conteúdo: identificação do posto, referência do veículo,

combustível, lubrificante do motor, hodômetro.

Origem dos dados: VRV - Relatório de Viagem do Veículo

(motorista).

VAS - Autorização de Abastecimentos e

Serviços do Veículo (posto próprio ou conveniado).

SAL - Relatório do Posto de Abastecimento

e Lubrificação (posto próprio ou conveniado).

Tratamento dos dados: Manutenção

Destino dos dados: ACL - Análise Mensal de Consumo de

Combustível e de Óleo do Motor (Centro de Custos).

Atualização: diária.

Vida útil: diária.

Objetivo: registrar e controlar o consumo de combustível e de

óleo do motor do veículo.

VDM - Controle Diário do Óleo do Diferencial e do Óleo da

Caixa de Mudanças

Conteúdo: identificação do posto, referência do veículo,

lubrificante do diferencial, lubrificante da caixa de mudanças,

hodômetro.

Origem dos dados: VRV - Relatório de Viagem do Veículo

(motorista).

VAS - Autorização de Abastecimentos e

Serviços do Veículo (posto próprio ou conveniado).

SAL - Relatório do Posto de Abastecimento

e Lubrificação (posto próprio ou conveniado).

VRP - Requisição de Peças do Veículo

(oficina).

Tratamento dos dados: Manutenção

��������¶

Page 83: TRC adm fin 1

83

Destino dos dados: ADM - Análise Mensal do Consumo de Óleo

do Diferencial e de Óleo da Caixa de Mudanças (Centro de

Custos).

Atualização: diária.Vida útil: diária.

Objetivo: registrar e controlar o consumo de óleo do diferencial e

de óleo da caixa de mudanças do veículo.

A. LEVANTAMENTO DE DADOS DAS TROCAS DE ÓLEO

ACL – Análise Mensal de Consumo de Combustível e de Óleo do

Motor

Conteúdo: identificação dos postos, referências dos veículos,

combustível, lubrificante do motor.

Origem dos dados: VCL – Controle Diário de Abastecimento de

Combustível e de Óleo do Motor (Manutenção).

Tratamento dos dados: Centro de Custos

Destino dos dados: VQG – Quadro Geral de Custos por Veículo

(Gerência/Diretoria).

FCC – Quadro Comparativo de Custos da Frota

(Gerência/Diretoria).

Atualização: mensal.

Vida útil: anual.

Objetivo: registrar e controlar o consumo de combustível e de óleo do

motor da frota.

ADM – Análise Mensal do Consumo de Óleo do Diferencial e de

Óleo da Caixa de Mudanças

Conteúdo: identificação dos postos, referências dos veículos,

lubrificante do diferencial, lubrificante da caixa de mudanças.

Origem dos dados: VDM – Controle Diário do Óleo do Diferencial e do

Óleo da Caixa de Mudanças (Manutenção).

Tratamento dos dados: Centro de Custos

��������¶

Page 84: TRC adm fin 1

84

Destino dos dados: VQG – Quadro Geral de Custos por Veículo

(Gerência/Diretoria).

FCC – Quadro Comparativo de Custos da Frota

(Gerência/Diretoria).

Atualização: mensal.Vida útil: mensal.

Objetivo: registrar e controlar o consumo de óleo do diferencial e de

óleo da caixa de mudanças da frota.

4.3 FORMULÁRIOS DE CONTROLE DE PNEUS

O conjunto de formulários apresentado a seguir permite estabelecer o

planejamento da compra, utilização e manutenção dos pneus e controlar sua

utilização.

��������¶

Page 85: TRC adm fin 1

85

PCI - Controle Individual dos Pneus

Conteúdo: histórico do pneu, registro, dados de instalação, ,

valores, hodômetro.

Origem dos dados: Nota Fiscal (Fornecedor).

Coleta dos dados: Oficina.

Destino dos dados: PCE - Custo Estimado por Pneu e por

Quilômetro(Manutenção).

PLV - Localização dos Pneus por Veículo (Manutenção).

Atualização: na compra, por ocorrência e na baixa.

Vida útil: vida útil do pneu.

Objetivo: registrar o histórico do pneu.

PFT - Ficha de Troca do Pneu

Conteúdo: referência do pneu, movimentação e hodômetro.

Origem dos dados: borracharias.

Coleta dos dados: motorista

Destino dos dados: PCE - Custo Estimado por Pneu e por

Quilômetro (Manutenção). PLV - Localização

dos Pneus por Veículo (Manutenção).

Atualização: por movimentação.

Vida útil: vida útil do pneu.

Objetivo: registrar as movimentações do pneu.

PLV - Localização dos Pneus por Veículo

Conteúdo: referência do veículo, referências dos pneus,

localização dos pneus (inclusive estepe) no veículo.

Origem dos dados: PFT - Ficha de Troca do Pneu (Oficina).

PCI - Controle Individual dos Pneus (Oficina).

Tratamento dos dados: Manutenção

Destino dos dados: PCV - Custo Estimado Mensal de Pneus por

Veículo (Centro de Custos).

Atualização: por ocorrência.

Vida útil: vida útil do pneu.

Objetivo: registrar a localização dos pneus por veículo.

��������da vida útil

��������ocorrências

��������nota fiscal.

��������.

��������¶¶¶

��������motorista

�������� PCI - Controle Individual dos Pneus.

��������¶

Page 86: TRC adm fin 1

86

Page 87: TRC adm fin 1

87

PCE - Custo Estimado de Pneus por Quilômetro e por Pneu

Conteúdo: referência do pneu, ocorrências, custo, hodômetro.

Origem dos dados: PCI - Controle Individual dos Pneus (Oficina).

PFT - Ficha de Troca do Pneu.

Tratamento dos dados: Manutenção.

Destino dos dados: PCV - Custo Estimado Mensal de Pneus por

Veículo (Centro de Custos).

Atualização: mensal.

Vida útil: vida útil do pneu.

Objetivo: registrar e controlar a evolução do custo do pneu ao

longo de sua vida útil.

PCV - Custo Estimado Mensal de Pneus por Veículo

Conteúdo: referência do veículo, referências dos pneus,

ocorrência, custo, hodômetro.

Origem dos dados: PCE - Custo Estimado de Pneus, por

Quilômetro e por Tipo de Pneu (Manutenção).

PLV - Localização dos Pneus por Veículo

(Manutenção).

Tratamento dos dados: Centro de Custos.

Destino dos dados: VQG – Quadro Geral de Custos por Veículo

(Gerência/Diretoria).

FCC - Quadro Comparativo de Custos da Frota

(Gerência/Diretoria).

Atualização: mensal.

Vida útil: vida útil do veículo.

Objetivo: registrar e controlar mensalmente a evolução do custo

dos pneus por veículo.

4.4 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE PEÇAS E OFICINAS

Page 88: TRC adm fin 1

88

Sobre manutenção em peças e oficinas, existem formulários apropriados que

permitem a análise de dados, tais como o tempo médio de parada em oficina,

dimensionamento da oficina em função da frota, custo-hora das oficinas

próprias e de terceiros, etc.

Os formulários para controle de peças e oficinas podem ser os seguintes:

VRP - Requisição de Peças do Veículo

Conteúdo: referência do veículo, referência da peça, data,

hodômetro.

Origem dos dados: Nota Fiscal (Fornecedor)

Coleta dos Dados: Oficina.

Destino dos dados: OOS - Ordem de Serviço

(Manutenção).Atualização: por ocorrência.

Vida útil: vida útil do veículo.

Objetivo: registrar e controlar o consumo de peças de reposição

do veículo.

OOS - Ordem de Serviço

Conteúdo: referência do veículo, discriminação do serviço, data,

hodômetro, custo.

Origem dos dados: VRP - Requisição de Peças do Veículo

(Oficina).

OMC – Materiais de Consumo da Oficina (Oficina)

Tratamento dos dados: Manutenção

Destino dos dados: AMR - Análise do Total de Despesas com

Manutenção e Reparos (Centro de Custos).

Atualização: por ocorrência.

Vida útil: duração da ocorrência.

Objetivo: registrar e controlar o consumo de serviços de

manutenção e reparos do veículo.

��������OFE - Ficha de Estoque.

��������¶

��������oficina.¶

��������OFE - Ficha de Estoque.

Page 89: TRC adm fin 1

89

OMC - Materiais de Consumo

Conteúdo: especificação dos materiais de consumo da oficina.

Origem dos dados: Nota Fiscal (Fornecedor)

Coleta dos dados: Oficina.

Destino dos dados: OOS - Ordem de Serviço (Manutenção).

Atualização: mensal.

Vida útil: mensal.

Objetivo: registrar e controlar o consumo de materiais pela

oficina.

��������oficina

��������VQG - Quadro Geral de Custos por Veículo.¶ FCC - Quadro Comparativo de Custos da Frota.

��������RQG - Quadro Geral de Custos do Reboque ou semi-reboque.

Page 90: TRC adm fin 1

90

AMR - Análise do Total de Despesas com Manutenção e

Reparos

Conteúdo: registro dos veículos, discriminação dos serviços,

data, hodômetro, custo.

Origem dos dados: OOS - Ordem de Serviço (Manutenção).

Tratamento dos dados: Centro de CustosDestino dos dados:

VQG – Quadro Geral de Custos por Veículo (Gerência/Diretoria).

FCC - Quadro Comparativo de Custos da Frota

(Gerência/Diretoria)

Atualização: mensal.

Vida útil: mensal.

Objetivo: registrar e controlar a evolução das despesas com

manutenção e reparos da frota.

4.5 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE REBOQUES E SEMI-REBOQUES

Existem modelos de formulários para levantar informações sobre os custos e

a utilização de reboques e equipamentos, como por exemplo:

RCQ - Controle de Quilometragem dos Reboques e dos

Semi-Reboques

Conteúdo: referência do veículo, referência do reboque ou

semi-reboque, hodômetro, lavagens, lubrificações e

manutenção, com os respectivos valores.

Origem dos dados: VRV - Relatório de Viagem do Veículo

(motorista).

Tratamento dos dados: Manutenção.

Destino dos dados: RQG - Quadro Geral de Custos do

Reboque ou semi-reboque (Centro de Custos).

Atualização: diária.

Vida útil: vida útil do reboque.

��������

��������¶

��������Centro de Custos.

Page 91: TRC adm fin 1

91

Objetivo: registrar a utilização e manutenção de reboques e

semi-reboques por veículo.

Page 92: TRC adm fin 1

92

A. LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE A QUILOMETRAGEM DE

REBOQUES E SEMI-REBOQUES

RQG - Quadro Geral de Custos do Reboque ou Semi-

reboque

Conteúdo: registro dos veículos que operaram o reboque ou

semi-reboque, referência do reboque ou semi-reboque,

hodômetro dos veículos que operaram o reboque ou semi-

reboque, lavagens, lubrificações e manutenção, com os

respectivos valores.

Origem dos dados: RCQ - Controle de Quilometragem dos

Semi-Reboques e dos Reboques (Manutenção). Tratamento

dos dados: Centro de Custos.

Destino dos dados: VQG - Quadro Geral de Custos por Veículo

(Gerência/Diretoria).

FCC – Quadro Comparativo de Custos da Frota

(Gerência/Diretoria).

Atualização: mensal.

Vida útil: vida útil do reboque ou semi-reboque.

Objetivo: registrar e controlar a utilização e os custos mensais

de manutenção do reboque ou semi-reboque.

CRIAR UMA FIGURA QUE RETRATE O FLUXO DAS

INFORMAÇÕES COLETADAS POR MEIO DOS FORMULÁRIOS,

INCLUINDO SETORES ENVOLVIDOS NA COLETA, TRATAMENTO E USO

DAS INFORMAÇÕES. EXPLICAR A FIGURA.

Com esses formulários, você poderá estabelecer o fluxo de

informações do seu Sistema de Controle de Custos Operacionais da maneira

descrita na Figura X.

Page 93: TRC adm fin 1

93

Setor de Pessoal

Fornecedor Posto não-conveniado

NF NF

Posto próprio ou

conveniado Oficina

Motorista

VRV

Manutenção

VRV SAL VAS

OMC PCI PFT VRP

OOS PCE PLV VCL VDM RCQ

Contabilidade Centro de custos

RHS VDV VHV

AMR ACL ADM PCV RQG

Supervisão Diretoria

VQG FCC

Figura X: Fluxo de Informações do Sistema de Controle de Custos

��������Gerência

Page 94: TRC adm fin 1

94

4.6 FORMULÁRIO DE CONTROLE DE CUSTOS INDIRETOS OU

ADMINISTRATIVOS

Os formulários vistos anteriormente servem para você controlar os custos

diretos variáveis e fixos. Você pode criar formulários para identificar os custos

indiretos ou administrativos e apropriar para cada veículo da frota, tratando-

os como custos diretos, mas é complicado, trabalhoso e inexato.

Imagine, por exemplo, como seria complicado identificar a

quantidade de trabalho da secretária da diretoria que deveria ser apropriada

ao custo do veículo X, ou quanto das despesas com energia elétrica

pertencem ao veículo Y.

Uma forma de resolver esse problema é calcular a porcentagem que o total

de custos indiretos representa dos custos diretos da frota e aplicar essa

porcentagem sobre os custos diretos de cada veículo, o que é muito mais

simples e dá o mesmo resultado.

Por exemplo: imagine que sua empresa gastou, em um

determinado período (vamos supor, nos últimos seis meses) R$ 1.000.000,00

com custos diretos e R$ 750.000,00 com custos indiretos. Pelo histórico da

sua empresa, os custos indiretos costumam representar 75% dos custos

diretos (750.000 é 75% de 1.000.000). Assim, se um determinado veículo

gasta R$ 40.000,00 por mês com custos diretos (que você apropria

diretamente ao veículo, pois é fácil saber quanto ele gasta de combustível,

lubrificantes etc.), basta acrescentar R$ 30.000,00 de custos indiretos

(30.000 é 75% de 40.000) para ter o custo operacional mensal do veículo:

40.000 + 30.000 = R$ 70.000,00.

��������¶

Page 95: TRC adm fin 1

95

4.7 FORMULÁRIOS AUXILIARES

Você poderá utilizar os formulários a seguir para auxiliar a organização e o

Controle de Custos da empresa.

OFE - Ficha de Estoque: possibilita o controle de estoque,

peças e valores.

FRS - Relatório de Socorro: fornece dados sobre despesas e

tempo gasto com atendimento de veículos avariados fora da

oficina.

FFP - Ficha de Prateleira: fornece dados de movimentação de

peças do estoque.

Page 96: TRC adm fin 1

96

A. FICHAS DE CADASTRO E HISTÓRICO DE MANUTENÇÃO DE

COMPONENTES

CHM - Ficha de Cadastro e Histórico de Manutenção de

Motor.

CHB - Ficha de Cadastro e Histórico de Manutenção de

Bomba injetora.

CHC - Ficha de Cadastro e Histórico de Manutenção de

Caixa de mudanças.

CHD - Ficha de Cadastro e Histórico de Manutenção de

Diferencial.

5. CONCLUSÃO

Um Sistema de Controle de Custos reúne para você as informações sobre

cada veículo, sobre o seu desempenho econômico e da frota, ajudando-o a

tomar decisões ágeis e corretas. Conhecendo todos os custos e a receita

gerada por veículo, você pode medir a sua rentabilidade e, assim, decidir

quando substituí-lo.

Como elemento gerador de receita, o veículo é o centro das atenções nas

empresas de transporte. É claro, porém, que você precisa controlar também

os custos indiretos, como aluguel, água, energia, etc., que fazem parte da

administração de qualquer empresa.

��������¶

Page 97: TRC adm fin 1

97

QUADRO-RESUMO Sistema de Controle de Custos: Conjunto de formulários, procedimentos e relatórios,

manuais ou eletrônicos, que têm o objetivo de coletar, armazenar, organizar e apresentar

informações atualizadas, claras e precisas sobre todos os custos da empresa.

Centro de Custos: Setor técnico-administrativo responsável pela gestão do Sistema de

Controle de Custos.

Formulário: Ficha manual ou eletrônica para registro de dados e informações organizadas.

Relatório: Documento de apresentação de informações consolidadas e de resultados gerais

organizados em tabelas, gráficos e índices.

Page 98: TRC adm fin 1

98

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1) Desenhe o layout (formato, dimensões e distribuição básica das

informações) dos formulários de controle de custos da sua empresa.

2) Com base no layout que você desenvolveu e nas informações obtidas

nessa unidade, desenhe o formulário PLV - Localização dos Pneus por

Veículo da sua empresa.

PROPOSTA DE SOLUÇÕES

1)NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA

01/01ELABOR. APROV.

SIGLALOGO

TÍTULO

��������<#>Elabore um diagrama do fluxo de informações do Subsistema de Controle de Custos de Pneus da sua empresa (de onde vêm e para onde vão as informações, que setor alimenta o formulário e que formulário é usado).¶(MUITO PROVAVELMENTE OS ALUNOS NÃO TÊM A MÍNIMA IDÉIA DO QUE É UM DIAGRANA DE FLUXO. O AUTOR TEM DUAS OPÇÕES: APRESENTAR O TÓPICO EM QUESTÃO OU RETIRAR ESTE EXERCÍCIO)¶¶

Page 99: TRC adm fin 1

99

2)

NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA

10/5/2004 01/01ELABOR. APROV.

TRANSREFERÊNCIA DO VEÍCULO: ATUALIZAÇÃO:

LOCALIZAÇÃO

1DE 1DD

2EE 2EI 2DI 2DE3EE 3EI 3DI 3DE

1EE 1ED

PNEU_____/_____/_____

ESQUEMAREFERÊNCIA

TÍTULO

PLV - LOCALIZAÇÃO DE PNEUS POR VEÍCULO

FC-003 1DMC DCC

3) Subsistema de Controle de Custos de Pneus Fluxo de Informações

NF PCE

Nota Fiscal

Custo Estimado por Pneu e por Quilômetro

(Fornecedor) PCI (Manutenção) PCV FCC Controle

Individual dos Pneus

Custo Estimado Mensal de Pneus Por

Veículo Quadro Comparativo de Custos da Frota

(Oficina) (Centro de Custos) (Gerência/Diretoria) PFT PLV

Ficha de Troca de Pneu

Localização dos Pneus por Veículo

(Oficina) (Manutenção)

��������

3)Subsistema de Controle de Custos de PneusFluxo de Informações

NF

Nota Fiscal

(Fornecedor)

PFT

Ficha de Troca de Pneu

(Motorista)

Page 100: TRC adm fin 1

100

VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

1) Organize a estrutura do Centro de Custos da sua empresa (recursos

humanos, equipamentos, instalações e software).

2) Faça um orçamento anual para o Centro de Custos da sua empresa.

3) Estabeleça os requisitos básicos (suas exigências mínimas sobre o

funcionamento) do Sistema de Controle de Custos Operacionais da sua

empresa.

PROPOSTA DE SOLUÇÕES

1)

ESTRUTURA DO CENTRO DE CUSTOSRecursos Humanos

1 Chefe de custos1 Assistente de custos2 Auxiliares de custos

Equipamentos4 Mesas4 Cadeiras4 Computadores on-line2 ImpressorasMaterial de escritório

Instalações1 Sala (40 m2)Rede compartilhada1 Linha telefônicaInstalações elétricasAcabamento

SoftwareSoftware de controle de redeWindowsOfficeSoftware específico

Page 101: TRC adm fin 1

101

2)

ORÇAMENTO ANUAL DO CENTRO DE CUSTOSItem Unitário Quantidade Total

Recursos Humanos 156.294,25 Salário Chefe de custos 3.000,00 13,33 39.990,00 Encargos Chefe de custos 67,50% 26.993,25 Salário Assistente de custos 2.000,00 13,33 26.660,00 Encargos Assistente de custos 67,50% 17.995,50 Salário Auxiliar de custos 1.000,00 26,66 26.660,00 Encargos Auxiliar de custos 67,50% 17.995,50

Equipamentos (Depreciação anual) 2.300,00 Mesas 20,00 4 80,00 Cadeiras 5,00 4 20,00 Computadores 500,00 4 2.000,00 Impressoras 50,00 2 100,00 Material de escritório 100,00 (estimado) 100,00

Instalações 10.160,00 Sala - Valor locatício (m2) 120,00 40 4.800,00 Sala - Impostos (m2) 3,00 40 120,00 Rede compartilhada (ponto) 120,00 4 480,00 Linha telefônica (ramais) 300,00 2 600,00 Instalações elétricas (ponto) 250,00 16 4.000,00 Acabamento 160,00 (estimado) 160,00

Software (Custo anualizado do compartilhamento) 2.500,00 Software de controle de rede 300,00 1 300,00 Windows 500,00 1 500,00 Office 500,00 1 500,00 Software específico 1.200,00 1 1.200,00

SOMA 171.254,25

3)

Requisitos Básicos do Sistema de Controle de Custos:

Confiabilidade: O sistema deve ser testado mensalmente, não sendo

admitidas dúvidas sobre a confiabilidade dos resultados apresentados.

Objetividade: Os relatórios gerados devem ser simples e objetivos, facilitando

sua leitura e interpretação pelos gestores.

Oportunidade: Os relatórios deverão estar disponíveis no exato momento em

que forem necessários.

Utilidade: O Sistema de Controle de Custos deverá gerar uma economia

anual maior que o orçamento anual do Centro de Controle de Custos.

OK

��������(INSERIR ESTA RESPOSTA NO TEXTO)

Page 102: TRC adm fin 1

102

Page 103: TRC adm fin 1

103

6. BIBLIOGRAFIA

FPNQ, Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Indicadores de

desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995.

MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas - Controle de

Custo Operacional. Gerência de Marketing, 1988.

UELZE, R. Transporte e Frotas. São Paulo: Pioneira, 1978.

VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São Paulo:

Pioneira, 1997.

Page 104: TRC adm fin 1

104

UNIDADE 04

RELATÓRIOS DE DESEMPENHO E TECNOLOGIAS DE

APOIO AO EMPRESÁRIO

APRESENTAÇÃO

Na unidade anterior você viu um exemplo de como criar um sistema de

controle de custos operacionais. O objetivo desse sistema é fornecer a você

informações úteis e exatas, apresentadas em Relatórios de Desempenho.

Você precisará adaptar esses relatórios para o sistema de controle que

implantar na sua empresa. Na verdade, você deve começar o sistema de

controle pelo projeto dos relatórios. Escolha quais as informações que são

importantes para a sua empresa, e defina quais os relatórios desejados e

quais informações devem conter. Depois é que voc~e cria as fichas de

controle que vão coletar os dados para alimentar o sistema e gerar esses

relatórios.

Nesta unidade você verá alguns exemplos de relatórios. Você conhecerá,

também, alguns métodos de cálculo de custos operacionais mais sofisticados

usados pelas grandes empresas de transporte.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Estruturar um relatório de desempenho, a partir de um Sistema

de Controle de Custos;

• Conhecer os tipos de tecnologias existentes para apoio às

atividades de transporte de cargas.

��� ��������� ��

��� ��������������������������21����3�� ������!�������+�����-����������������� �����& �����������+�/�����)��� �"#����*����(��(����������������(��(����)��� �"0�����#������(��(���

��������Identificando

��������você define

��������são necessários

��������são criadas

Page 105: TRC adm fin 1

105

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 83

2. RELATÓRIOS DE DESEMPENHO.................................................................... 83

3. TECNOLOGIAS DE APOIO AO EMPRESÁRIO................................................. 85

3.1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE CUSTOS OPERACIONAIS............................... 86

4. CONCLUSÃO..................................................................................................... 90

5. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 93

ESTUDO DE CASO – TÓPICO I............................................................................

Page 106: TRC adm fin 1

106

ATIVIDADE 04

1. INTRODUÇÃO

O grande desenvolvimento tecnológico das últimas décadas vem colocando à

disposição dos empresários diversas ferramentas úteis que facilitam o seu

trabalho, independente do setor em que atuam. Essas ferramentas ajudam

bastante a organizar os dados da sua empresa de maneira que você consiga

informações úteis para a administrá-la. Essas informações são organizadas

em Relatórios de Desempenho, Nesta unidade você verá como construir

Relatórios de Desempenho que atendam às necessidades da sua empresa.

Verá, também, quais são as tecnologias usadas para apoiar o seu trabalho

como empresário.(Esta parte do texto ficou fraca e sem conexão com a

frase inicial. Reescrever)

2. RELATÓRIOS DE DESEMPENHO

É importante conhecer os dados referentes ao desempenho das atividades

de uma empresa. Porém, não tem sentido implantar os formulários de

controle para coletar os dados, se eles não o ajudarem a tomar as decisões

necessárias para administrar a empresa. Para que sejam úteis, esses dados

devem ser tratados. Isso que quer dizer que devem ser organizados para

que se transformem em informações. Além disso, devem ser tratados de

uma maneira que permita a sua comparação com outros dados para você

poder avaliar o seu desempenho em relação a outras situações e ao longo

do tempo. Os dados organizados dessa maneira formam um Relatório de

Desempenho. Por exemplo: saber que o Veículo “A” consumiu 500 litros de

óleo diesel no mês passado é um dado. Saber que, nesse período o veículo

rodou 2.000 quilômetros é outro dado. Uma maneira simples de tratar esses

dados é dividir a quilometragem percorrida pela quantidade consumida de

��������,

��������que vêm contribuindo e facilitando

��������Nesta unidade vamos descrever a conceituação pertinente a este tema, visto que Relatórios de Desempenho devem atender a necessidades particulares de cada empresa. Portanto, a criação de Relatórios de Desempenho deve estar moldada às necessidades gerenciais de cada empresa.

��������No entanto, a análise isolada destes dados, sem um tratamento prévio, dificilmente trará subsídios para uma tomada de decisão adequada.

Page 107: TRC adm fin 1

107

óleo diesel para saber que o veículo “A” consumiu, em média, um litro de óleo

diesel para cada quatro quilômetros percorridos. Essa é uma informação

importante. Se você tiver essa informação organizada em um relatório que

mostre o consumo do veículo “B”, do mesmo modelo, no mês passado, você

poderá comparar o desempenho do veículo “A” com o do veículo “ B” . Você

poderá ter no relatório, também, o consumo da sua frota nos últimos meses,

podendo comparar o desempenho do consumo desses veículos ao longo do

tempo. Conhecendo o preço do litro de óleo diesel, é fácil tratar os dados

calculando o custo de combustível, total e por quilômetro, desses veículos e

da frota. Essas informações organizadas formam um Relatório de

Desempenho que pode ajudá-lo a tomar decisões sobre a manutenção ou

substituição desses veículos, escolha de fornecedores de veículos e de

combustível, formação do preço de venda dos seus serviços, etc. É

importante que você tenha certeza de que os dados foram coletados

corretamente, para não ser conduzido a uma decisão errada. Assim, para

obter as informações realmente necessárias para administrar uma empresa,

é necessário que os dados coletados nos diferentes formulários de controle

sejam agrupados e organizados de maneira clara e eficiente, gerando

informações úteis, seguras e confiáveis.

Os Relatórios de Desempenho devem conter informações úteis e

fáceis de compreender que relacionem as informações operacionais com as

informações sobre o resultado financeiro da empresa. (CONFUSO.

REESCREVER.)ok

Nesses relatórios, você poderá ter indicadores de desempenho para cada

tipo de veículo ou para toda a frota, comparar esses indicadores com o

desempenho de cada veículo e identificar o perfil de operação e de

manutenção da sua frota, facilitando o seu gerenciamento.

��������As informações ficam mais fáceis de ser compreendidas, se forem relacionadas com os números correspondentes à parte operacional e com o resultado financeiro obtido.

Page 108: TRC adm fin 1

108

Veja, a seguir, alguns exemplos de relatório que você pode

construir, a partir dos formulários estudados na unidade anterior:

Tabela 8. Exemplo de Relatório de Custos por Veículo

VQG - Quadro Geral de Custos por Veículo

Conteúdo Características e histórico de custos do

veículo.

Origem dos dados Manutenção:

ACL - Análise Mensal de Consumo de

Combustível e de Óleo do Motor.

ADM - Análise Mensal do Consumo de

Óleo do Diferencial e de Óleo da Caixa de

Mudanças.

AMR - Análise do Total de Despesas com

Manutenção e Reparos

PCV – Custo Estimado Mensal de Pneus

Por Veículo

RQG - Quadro Geral de Custos do

Reboque ou semi-reboque.

Tratamento dos dados Centro de Custos

Destino dos dados FCC - Quadro Comparativo de Custos da

Frota.

Atualização Mensal

Vida útil Vida útil do veículo

��������OMC - Materiais de Consumo.¶

��������RHS - Salários do Pessoal.

��������mensal

Page 109: TRC adm fin 1

109

Tabela 9. Exemplo de Relatório de Custos da Frota

FCC - Quadro Comparativo de Custos da Frota

Conteúdo Características e histórico de custos

da frota.

Origem dos dados Centro de Custos:

VQG - Quadro Geral de Custos por

Veículo.

Destino dos dados Gerência/Diretoria

Atualização Mensal.

Vida útil Indeterminada.

3. TECNOLOGIAS DE APOIO AO EMPRESÁRIO

Os recursos tecnológicos disponíveis atualmente, aliados à coleta e

tratamento eficiente dos dados, facilitam as rotinas do empresário, pois

fornecem informações em tempo real, o que traz segurança e agilidade ao

processo de tomada de decisão. É importante que você se mantenha

atualizado, pois sempre estão surgindo novos recursos tecnológicos que

podem ser muito úteis para ajudá-lo a administrar a sua empresa e a

acompanhar o seu crescimento.

APRESENTAR EXEMPLO

Por exemplo, um computador pessoal e uma planilha eletrônica podem

ajudá-lo a conseguir em algumas horas informações que você demoraria dias

para calcular “na ponta do lápis”, perdendo um tempo precioso que poderia

ser ocupado em outras atividades importantes. Além disso, o que adiantaria

para você descobrir, hoje, qual foi o consumo, três meses atrás, de um

veículo que foi para a retífica no mês passado? Isso sem falar na

confiabilidade dos cálculos.

Os formulários de controle e os relatórios de desempenho apresentados

nesta unidade e na anterior podem ser montados em planilha eletrônica,

oferecendo um sistema simples e eficiente de controlar os custos

��������Centro de Custos.

��������Mesmo empresas que possuem frotas pequenas dependem, em grande parte, do conhecimento atualizado sobre os recursos tecnológicos disponíveis no mercado para expandir suas operações.

��������¶

Page 110: TRC adm fin 1

110

operacionais da sua frota e produzir os relatórios de desempenho que você

desejar.

As revistas especializadas no transporte de cargas são excelentes fontes de

informações nessa área e apresentam, freqüentemente, matérias sobre

novos equipamentos e sistemas informatizados de gerenciamento

empresarial, rastreamento de veículos por satélite, sem falar no CTF –

Controle Total de Frota, que permite que valores gastos com combustíveis

durante as prestações dos serviços sejam pagos diretamente pela empresa,

reduzindo a circulação de dinheiro nas viagens.

��������Em empresas de grande porte, com frotas muito grandes, o cálculo dos custos operacionais pela apropriação direta a cada veículo pode se tornar impraticável ou excessivamente caro. (HEIN??? QUAL A RELAÇÃO COM PARÁGRAFO ANTERIOR??? EXPLICAR MELHOR E REESCREVER)¶

Imagine, por exemplo, o trabalho que daria coletar, calcular e apropriar os custos de combustível de uma frota de dois mil veículos distribuídos pelas regiões Sul e Sudeste. Existem, no entanto, alguns sistemas computadorizados que substituem a apropriação direta e que acabam sendo vantajosos para essas empresas, pois o custo de sua implantação e operação fica diluído pelo número de veículos da frota. Esses sistemas fazem todos os cálculos e geram automaticamente os Relatórios de Desempenho, baseados em Métodos de Análise de Custos Operacionais que veremos a seguir.¶¶3.1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE CUSTOS OPERACIONAIS 9¶¶<sp>Os métodos mais utilizados para análise de custos operacionais de transportes são: o Método dos Custos Médios Desagregados, o Método do Comprimento Virtual e o Método HDM-VOC.10 ¶

A. MÉTODO DOS CUSTOS MÉDIOS DESAGREGADOS¶O Método dos Custos Médios Desagregados baseia-se na utilização de parâmetros médios de consumo divulgados por revistas especializadas no setor de transportes que podem ser substituídos por parâmetros específicos da frota estudada. ¶¶Em geral, este método é utilizado pelas empresas do setor de transporte rodoviário de cargas com o auxílio do aplicativo Trans System (TS), que incorpora um banco de dados, com os parâmetros médios utilizados pelo método, e organiza as entradas de dados e relatórios sem, no entanto, incorporar novas sistemáticas de cálculo ou <<<�=�>

Page 111: TRC adm fin 1

111

QUAL É A REAL UTILIDADE DOS MÉTODOS APRESENTADOS NO ITEM

3.1? SERVEM DE ALGUMA FORMA PARA O DONO DE UMA EMPRESA

DE TRANSPORTE? DEVE-SE LEMBRAR QUE O TRABALHO DESTINA-

SE AOS PEQUENOS EMPRESÁRIOS PROPRIETÁRIOS DE

TRANSPORTADORAS DE CARGAS!!!

4. CONCLUSÃO

Os relatórios de desempenho servem para organizar as informações que

você precisa para tomar as decisões que vão afetar a vida da sua empresa.

Não é demais lembrar a importância da confiabilidade dos dados e

apresentados. Um relatório precisa ser claro, ter as informações necessárias

e estar disponível e atualizado no momento necessário.

(PÉSSIMO. REESCREVER.) REVISORES EFETIVAMENTE

QUALIFICADOS COSTUMAM EMITIR COMENTÁRIOS ÚTEIS E

EDUCADOS, AGINDO COM ELEGÃNCIA E COM RESPEITO

PROFISSIONAL)

Com os exemplos e informações apresentados você poderá criar os seus

próprios relatórios de desempenho.

��������fornecem

��������necessárias para

��������possa

��������São várias as tecnologias e sistemas computacionais que buscam auxiliar você na administração da sua empresa, para diversos tamanhos de empresa e com uma grande variação de preços. Conheça todos que puder, especialmente os que estão funcionando bem, depois escolha o que se adapta melhor às suas necessidades. Ou, então, desenvolva o seu próprio sistema com os conhecimentos que você já adquiriu.

Page 112: TRC adm fin 1

112

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

MODIFICAR O TIPO DE EXERCÍCIOS USADO. (VARIAR) OK

1) Assinale, abaixo, com um “ D” o que for dado e com um “ I” o que for

informação

( ) Quantidade de litros de óleo lubrificante consumidos no mês;

( ) Toneladas de carga transportada;

( ) Quilometragem média percorrida por viagem;

( ) Quilometragem média percorrida por litro de combustível;

( ) Consumo médio de óleo lubrificante por tonelada-quilômetro;

( ) Número de pneus descartados no mês;

( ) Número de diárias de motorista pagas no mês;

( ) Total de salários e encargos mensais do pessoal administrativo;

( ) Quilometragem média de durabilidade do pneu do modelo “X”;

( ) Custo médio de salários e encargos do pessoal administrativo por

quilômetro;

Resposta: D;D;I;I;I;D;D;D;I;I. (observar que o que é informação para um setor

pode ser dado para outro)

2) De onde vêm as informações que aparecem em um Relatório de

Desempenho?

______________________________________________________________

______________________________________________________________

______________________________________________________________

Resposta: Dos dados sobre a frota preenchidos nas fichas de controle de

custos.

3) Relacione a coluna da esquerda com a da direita:

1 – Coleta dos dados ( ) Gerência/Diretoria

2 – Tratamento dos dados ( ) Área operacional

3 – Uso das informações ( ) Área técnica

��������Para que servem os Relatórios de Desempenho?

��������Para obter informações claras e precisas sobre a frota de forma a apoiar as decisões administrativas.

��������O que deve estar escrito em um Relatório de Desempenho?

Page 113: TRC adm fin 1

113

Resposta: 3;1;2.��������Informações claras e precisas na forma de indicadores sobre o desempenho, a movimentação e os custos dos veículos da frota e dos seus componentes.

Page 114: TRC adm fin 1

114

VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

1) Com base nos exercícios da unidade passada, use o mesmo layout para

construir os Relatórios de Desempenho da sua empresa.

2) Faça uma relação das decisões que você poderá tomar com base nesses

relatórios.

PROPOSTA DE SOLUÇÃO

NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA

10/5/2004 01/01ELABOR. APROV.

TRANSREFERÊNCIA DO VEÍCULO: ATUALIZAÇÃO:

Custo no mês Mês anterior Variação (%) Média 12m Variação (%)

Óleo do Motor

1DCC DIR

_____/_____/_____

TÍTULO

VQG - Quadro Geral de Custos por Veículo

QG-003

Item

Custo Estimado de PneusTOTAL DO VEÍCULO

Óleo de DiferencialOleo de Caixa de MudançasMateriais de Consumo

Combustível

NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA

10/5/2004 01/01ELABOR. APROV.

TRANS______/___Custo no mês Mês anterior Variação (%) Média 12m Variação (%)

1DCC DIR

TÍTULO

FCC - Quadro Comparativo de Custos

da FrotaMÊS/ANO:

QC-003

TOTAL DA FROTANº VEÍCULOS NA FROTA

TOTAL POR VEÍCULO

_____/_____/_____ATUALIZAÇÃO:

Oleo de Caixa de MudançasMateriais de ConsumoCusto Estimado de Pneus

ItemCombustívelÓleo do MotorÓleo de Diferencial

Page 115: TRC adm fin 1

115

5. BIBLIOGRAFIA

CASTRO NETO, J. C. P. O custo de oportunidade da concessão do

sistema rodoviário para as empresas transportadoras de cargas: o caso

do Estado do Paraná. Dissertação de Mestrado em Administração e Gestão

Financeira. Universidade de Extremadura - UEx (Espanha), FAESP/IPCA:

UEx, 2001. Disponível em: http://www.fesppr.br/~candido/mestrado/. Acesso

em: 19/03/2004, 14:30h.

FPNQ, Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Indicadores de

desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995.

MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas - Controle de

Custo Operacional. Gerência de Marketing, 1988.

UELZE, R. Transporte e Frotas. São Paulo: Pioneira, 1978.

VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São Paulo:

Pioneira, 1997.

Page 116: TRC adm fin 1

116

ESTUDO DE CASO – TÓPICO I

Com os dados de custos da Unidade 02 considere que foram percorridos

24.000 km, consumidos 6.000 litros de combustível, que o preço de venda foi

de R$ 3,20/km e determine os novos custos variáveis, a margem de

contribuição em valor e em percentagem, o preço de venda da hora

trabalhada, e o Lucro Líquido gerado.

SOLUÇÃO:

CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS

Descrição Unidade Quantidade

Valor Unitário

Valor Total Rateio (R$/km)

Rateio (R$/h)

Combustível litro 60

1,14

68,40 0,00285 0,01140

Lubrificantes litro 10 6,70

67,00 0,00279 0,01117

Lavagens un 10 23,00

230,00 0,00958 0,03833

Pneus un 2,77 6,70

18,56 0,00077 0,00309

Câmaras e protetores un 8,31 286,00

2.376,66 0,09903 0,39611

Recapagens un 8,31 940,00

7.811,40 0,32548 1,30190

Pedágio v.médio 140 15,00

2.100,00 0,08750 0,35000

Manutenção Corretiva - Peças e Acessórios estimado

840,00 0,03500 0,14000

Manutenção Corretiva - Mão de Obra h 9,36 40,00

374,40 0,01560 0,06240

Seguro de carga t 40 35,00

1.400,00 0,05833 0,23333

TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 15.286,42 0,63693 2,54774

Estimativa de quilometragem mensal km 24000 15.286,42 0,63693

Estimativa de horas trabalhadas/mês h 6000 15.286,42 2,54774

Page 117: TRC adm fin 1

117

CUSTOS DIRETOS FIXOS

Descrição Unidade Quantidade Valor Anual Valor Mensal Rateio(*)

(R$/km)

Rateio(*)

(R$/h)

Manutenção Preventiva R$/ano

1/12

6.000,00

500,00

0,0208

0,0833

IPVA+Seguro Obrigatório R$/ano

1/12

1.500,00

125,00

0,0052

0,0208

Seguro Total da Frota R$/ano

1/12

2.800,00

233,33

0,0097

0,0389

Salário dos Motoristas R$/ano

1/12

28.608,00

2.384,00

0,0993

0,3973

Encargos Sociais dos Motoristas R$/ano

1/12

19.573,59

1.631,13

0,0680

0,2719

Salário do Supervisor R$/ano

1/12

16.800,00

1.400,00

0,0583

0,2333

Encargos Sociais do Supervisor R$/ano

1/12

11.494,56

957,88

0,0399

0,1596

Depreciação dos veículos R$/ano

1/12

41.600,00

3.466,67

0,1444

0,5778

TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS

FIXOS

10.698,01

0,4458

1,7830

Estimativa de quilometragem mensal km 24000

10.698,01

0,4458

Estimativa de horas trabalhadas/mês h 6000

10.698,01

1,7830

(*) Os valores rateados foram calculados com 04 (quatro) casas de cimais porque alguns itens ficaram abaixo de

R$ 0,01 (um centavo) por quilômetro.

CUSTOS DIRETOS

Descrição Unida

de

Quan-

tidade

Valor

Unitário

Valor Total Rateio

(R$/km)

Rateio

(R$/h)

TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 15.286,42

0,64

2,55

TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS FIXOS 10.698,01

0,45

1,78

TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS 25.984,43

1,08

4,33

Estimativa de quilometragem mensal km 24000 25.984,43

1,08

Estimativa de horas trabalhadas/mês h 6000 25.984,43

4,33

Page 118: TRC adm fin 1

118

CUSTOS INDIRETOS

Descrição Unidade Quantida-

de

Valor Anual Valor

Mensal

Rateio

(R$/km)

Rateio

(R$/h)

Salários do Pessoal Administrativo

$/ano 1/12

15.960,00

1.330,00 0,06

0,22

Encargos Sociais do P. Administrativo

$/ano 1/12

10.381,98

865,17 0,04

0,14

Pro-Labore da Diretoria

$/ano 1/12

66.650,00

5.554,17 0,23

0,93

Despesas Gerais

$/ano 1/12

5.200,00

433,33 0,02

0,07

Depreciação de Máquinas, Instalações e

Equipamentos $/ano 1/12

4.000,00

333,33 0,01

0,06

TOTAL DOS CUSTOS INDIRETOS

8.516,00 0,35

1,42

Estimativa de quilometragem mensal km 24000

8.516,00 0,35

Estimativa de horas trabalhadas/mês 6000

8.516,00

1,42

CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DE LUCRO E IMPOSTOS

Descrição Unidade Quan-

tidade

Valor

Unitário

Valor Total Rateio

(R$/km)

Rateio

(R$/h)

TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS 25.984,43

1,08

4,33

TOTAL DOS CUSTOS INDIRETOS 8.516,00

0,35

1,42

TOTAL DOS CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DE LUCRO E IMPOSTOS 34.500,43

1,44

5,75

Estimativa de quilometragem mensal km 24000 34.500,43

1,44

Estimativa de horas trabalhadas/mês h 6000 34.500,43

5,75

Page 119: TRC adm fin 1

119

CÁLCULO DOS IMPOSTOS E DO LUCRO LÍQUIDO

Descrição Unidade Quan-

tidade

Participa-

ção (%)

Valor Mensal Rateio

(R$/km)

Rateio

(R$/h)

FATURAMENTO TOTAL 100,0%

76.800,00 3,20

12,80

CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 19,9%

(15.286,42) (0,64)

(2,55)

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 80,1%

61.513,58 2,56

10,25

CUSTOS DIRETOS FIXOS 13,9%

(10.698,01) (0,45)

(1,78)

CUSTOS INDIRETOS 11,1%

(8.516,00) (0,35)

(1,42)

LUCRO LÍQUIDO 55,1%

42.299,57 1,76

7,05

IMPOSTOS 10,4%

7.987,20 0,33

1,33

SIMPLES 5,4%

4.147,20 0,17

0,69

ISS 5,0%

3.840,00 0,16

0,64

Estimativa de quilometragem mensal km 24000

42.299,57 1,76

Estimativa de horas trabalhadas/mês h 6000

42.299,57

7,05 ��������¶

Page 120: TRC adm fin 1

120

��������¶¶ESTA UNIDADE É BASTANTE SEMELHANTE À SEGUNDA, INCLUSIVE COM VÁRIAS TÓPICOS COMUNS. DIANTE DESTA SITUAÇÃO, GOSTARIA QUE AS DUAS UNIDADES FOSSEM UNIDAS. O CONTEUDISTA DEVERÁ TER O CUIDADO DE PRESERVAR A SEQUÊNCIA LÓGICA DO TEXTO E APRESENTAR EXPLICAÇÕES MAIS COMPLETAS DOS CONCEITOS DA UNIDADE 05.

��������UNIDADE 05¶MODELO DE CÁLCULO E FORMAÇÃO DE PREÇO¶¶APRESENTAÇÃO¶De posse dos conhecimentos que você obteve nas unidades anteriores, você irá, agora, aprender a estabelecer o preço dos seus serviços de acordo com o mercado, utilizando um indicador importante - o Preço Mínimo de Venda que você já aprendeu a calcular na Unidade 2.¶¶¶OBJETIVOS ESPECÍFICOS¶Realizar os cálculos de custos da atividade de transportes de cargas;¶Atribuir preços de serviços compatíveis com o mercado.¶¶

��������������SUMÁRIO¶¶1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... <<<�=+>

Page 121: TRC adm fin 1

�������������������� ���� ������ �!"�#"$��%�#�&��

Em empresas de grande porte, com frotas muito grandes, o cálculo dos

custos operacionais pela apropriação direta a cada veículo pode se tornar

impraticável ou excessivamente caro. (HEIN??? QUAL A RELAÇÃO COM

PARÁGRAFO ANTERIOR??? EXPLICAR MELHOR E REESCREVER)

Imagine, por exemplo, o trabalho que daria coletar, calcular e

apropriar os custos de combustível de uma frota de dois mil veículos

distribuídos pelas regiões Sul e Sudeste. Existem, no entanto, alguns

sistemas computadorizados que substituem a apropriação direta e que

acabam sendo vantajosos para essas empresas, pois o custo de sua

implantação e operação fica diluído pelo número de veículos da frota. Esses

sistemas fazem todos os cálculos e geram automaticamente os Relatórios de

Desempenho, baseados em Métodos de Análise de Custos Operacionais que

veremos a seguir.

3.1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE CUSTOS OPERACIONAIS 1

Os métodos mais utilizados para análise de custos operacionais de

transportes são: o Método dos Custos Médios Desagregados, o Método do

Comprimento Virtual e o Método HDM-VOC.2

A. MÉTODO DOS CUSTOS MÉDIOS DESAGREGADOS

O Método dos Custos Médios Desagregados baseia-se na utilização de

parâmetros médios de consumo divulgados por revistas especializadas no

setor de transportes que podem ser substituídos por parâmetros específicos

da frota estudada.

1 CASTRO NETO. 2001, P. 25-28. 2 VALENTE et al (1997).

Page 122: TRC adm fin 1

Em geral, este método é utilizado pelas empresas do setor de transporte

rodoviário de cargas com o auxílio do aplicativo Trans System (TS), que

incorpora um banco de dados, com os parâmetros médios utilizados pelo

método, e organiza as entradas de dados e relatórios sem, no entanto,

incorporar novas sistemáticas de cálculo ou modelos de análise.

(SUPERFICIAL. EXPLICAR MELHOR – INCLUIR APENAS NO MATERIAL

DO INSTRUTOR)

Este método possui a restrição de não levar em conta as

características dos trechos rodoviários utilizados, não registrando, assim, a

sensibilidade dos custos às alterações dessas características.

B. MÉTODO DO COMPRIMENTO VIRTUAL

Este método consiste no cálculo do parâmetro de Comprimento Virtual, que

corresponde à extensão de Rodovia Ideal equivalente, em custo operacional,

a um determinado trecho rodoviário, sujeito a certas características

condicionantes.

Rodovia Ideal é conceituada como sendo uma “rodovia em nível,

tangente e pavimentada, em boas condições de conservação”. 3

As características condicionantes utilizadas pelo modelo são:

3 VALENTE et al (p.89).

Page 123: TRC adm fin 1

velocidade operacional no trecho;

rampas ou aclives;

contra-rampas ou declives;

tipo de superfície de rolamento (pavimentada, revestida ou de terra);

estado de conservação da pista de rolamento (bom, regular ou ruim);

curvas horizontais com raio = 100m;

lombadas e depressões;

resistência lateral (leve, média ou pesada);

pontes com largura inferior a 5m.

O modelo utiliza, também, fatores virtuais para custo operacional, traçado e

inclinação, os quais são fatores de correlação entre as condicionantes da

rodovia em estudo e a rodovia virtual.

Embora este modelo contemple o estudo da sensibilidade dos

custos operacionais às condições e características das rodovias, um outro

método, o HDM, mais completo e atual, o vem substituindo, sendo seu uso

bastante difundido em estudos de viabilidade econômica de projetos

rodoviários.4

C. MÉTODO HDM – VOC

O Método HDM é resultante da coleta de parâmetros rodoviários através de

uma ampla rede de pesquisadores financiada pelo Banco Mundial em

diversos países e durante um longo período.

Entre outras vantagens, este método resulta de pesquisas realizadas, em

grande parte, no Brasil, especialmente na sua versão III, que incorpora o

4 CASTRO NETO (p. 26).

Page 124: TRC adm fin 1

módulo específico para cálculo de custos operacionais de transportes – VOC

- Vehicle Operating Costs (Custos Operacionais de Veículos).

Embora tenha havido o lançamento de uma versão mais recente em 1995, o

HDM-Q, esta versão agrega dados de outros países, reduzindo o peso das

características rodoviárias brasileiras no cálculo de seus parâmetros e inter-

relações. Além disso, a versão disponível de 1995 não apresenta o módulo

VOC, sendo, assim, inútil para este trabalho.

Já o módulo VOC utilizado para a análise, na sua versão IV, utiliza

parâmetros específicos da malha e da frota rodoviária brasileira. Os

parâmetros utilizados pelo modelo são os seguintes:

Características das rodovias:

- Tipo de superfície (pavimentada/não pavimentada)

- Irregularidade média (IRI) (m / km)

- Gradiente positivo médio (%)

- Gradiente negativo médio (%)

- Proporção de aclives (%)

- Curvatura horizontal média (graus / km)

- Superelevação média (fração)

- Altitude do terreno (m)

- Número efetivo de pistas (1-uma/0-mais de uma)

Características dos veículos:

- Preço do veículo novo (R$)

- Custo do combustível (R$/litro)

- Custo dos lubrificantes (R$/litro)

- Custo do pneu novo (R$/litro)

- Custo do tempo da equipe (R$/hora)

- Custo da demora do passageiro (R$/hora)

- Custo do trabalho de manutenção(R$/hora)

Page 125: TRC adm fin 1

- Custo do atraso da carga (R$/hora)

- Taxa anual de juros (%)

- Margem bruta por veículo-km (R$)

- Velocidade média do veículo (km/h)

�������$��$��������� ���� ������ $$"�#"$��%�$�%��

UNIDADE 05

MODELO DE CÁLCULO E FORMAÇÃO DE PREÇO

APRESENTAÇÃO

De posse dos conhecimentos que você obteve nas unidades

anteriores, você irá, agora, aprender a estabelecer o preço dos seus serviços

de acordo com o mercado, utilizando um indicador importante - o Preço

Mínimo de Venda que você já aprendeu a calcular na Unidade 2.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Realizar os cálculos de custos da atividade de transportes de cargas;

Atribuir preços de serviços compatíveis com o mercado.

SUMÁRIO

1.

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 6

2. OBJETOS DE

CUSTOS..................................................................................... 6

2.1 CONHECIMENTOS DE

FRETES..................................................................... 7

2.2 MANIFESTOS DE

CARGAS............................................................................. 8

3. MODELO DE

CÁLCULO..................................................................................... 8

Page 126: TRC adm fin 1

4. FORMAÇÃO DO

PREÇO................................................................................... 9

4.1 Custeamento

Padrão.............................................................................. 00

4.2 Método com base no custo pleno (custo por absorção).......

01

5.

CONCLUSÃO..................................................................................................... 07

6.

BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 10

ESTUDO DE CASO – TÓPICO

I............................................................................ 11

ATIVIDADE 05

1. INTRODUÇÃO

A correta definição dos preços de sua atividade é fundamental para a

competitividade e crescimento da sua empresa no mercado. Você verá, nesta

unidade, os principais conceitos e técnicas necessários à formação de

preços.

2. OBJETOS DE CUSTOS

Os objetos de custos são, geralmente, os bens e serviços produzidos

por uma empresa. Porém, certas atividades podem, eventualmente, se

constituir em objetos de custo. Da mesma forma, clientes, fornecedores,

contratos, projetos etc. podem ser considerados objetos de custo.

(CONFUSO. EXPLICAR MELHOR. REESCREVER)

Page 127: TRC adm fin 1

"Objeto de custo é qualquer cliente, produto, serviço,

contrato, projeto ou outra unidade de trabalho para os quais uma mensuração

separada/isolada de custos é desejada”.5 Pq a mensuração isolada é

desejada ou necessária? Justificar.

No caso das empresas de transporte de cargas, os objetos de custo

são os serviços de transporte. Esses serviços exigem a utilização de dois

tipos de documentos, basicamente:

Conhecimentos de Fretes;

Manifestos de Cargas.

Os Conhecimentos de Fretes equivalem às Notas Fiscais e definem

os custos (registram o custo – o que define o custo são outros a fatores....) de

um serviço prestado a um determinado cliente. Já os Manifestos de Cargas

definem os custos (registram o custo – o que define o custo são outros a

fatores....) de um serviço prestado por um determinado veículo. Como um

veículo pode transportar cargas para diversos clientes, o Manifesto de Carga

de um veículo pode corresponder (englobar) diversos Conhecimentos de

Fretes dos clientes para quem o veículo está transportando.

O funcionamento do segmento de transportes de cargas depende

dos objetos de custos definidos de forma direta e indireta, apresentados a

seguir6:

2.1 CONHECIMENTOS DE FRETES

5 PLAYER et al. (1997, p.214). 6 GIENTORSKI, 1996.

Page 128: TRC adm fin 1

No segmento de Transportes, para avaliação da Receita

dos negócios efetuados (Receita obtida e impostos gerados pela Receita),

trabalha-se, normalmente, com a emissão de documentos geradores desta

Receita, que se chamam Conhecimentos de Fretes, e são equivalentes a

Notas Fiscais. (CONFUSO, RUIM E REPETIDO).

Itens obtidos a partir dos Conhecimentos:

Receita dos Fretes por Negócio / Cliente /Serviço;

Impostos sem a Receita – ICMS, PIS / COFINS.

2.2 MANIFESTOS DE CARGAS

Já para a formação dos custos diretos envolvidos na

movimentação das cargas, os documentos utilizados são os Manifestos de

Cargas, equivalentes a Ordem(ns) de Serviço(s).

Na avaliação dos custos de transportes, estes dois conceitos são

importantes pelo seguinte:

Por exemplo, ao realizarmos a avaliação de um

carregamento em um caminhão, não devemos esquecer que, se ele

transportar cargas fracionadas, terá, em sua carreta/baú,

produtos/mercadorias de vários clientes, ou seja, terá vários Conhecimentos

de Fretes. Para cada um dos clientes foi emitido um Conhecimento que

gerará uma receita individual. Em contrapartida, a Ordem de Serviço para

este caminhão trabalhar será somente uma, respaldada no Manifesto de

Page 129: TRC adm fin 1

Carga. Então, o custo deste veículo deverá ser apropriado a vários clientes

se quisermos saber qual a margem de contribuição de cada negócio/cliente.

3. Modelo de Cálculo

Para aproveitar bem todos os dados encontrados no cálculo dos

custos operacionais e na formação do seu preço de venda, você precisa

conhecer alguns sistemas de custeio.

Sistemas de custeio são os diferentes métodos usados

para apropriar os custos a um determinado bem ou serviço. Você verá, a

seguir, os sistemas de custeio por absorção e padrão, usados na apuração e

cálculo de custos para a formação do preço de venda e que já foram

mencionados na Unidade 03.

Vamos utilizar um modelo básico para o cálculo dos custos a fim de

construir indicadores adequados à realidade do mercado, que ajudem você a

tomar decisões corretas e seguras.

4. Formação do Preço

São os valores envolvidos na formação do preço dos

serviços que os tornam competitivos ou não no mercado consumidor. Você já

conhece os componentes necessários para a formação dos preços da sua

empresa, vistos nas unidades anteriores, quando você elaborou a relação

dos itens que compõem os seus custos e quando classificou cada um deles

em diretos variáveis, diretos fixos e indiretos. (Isto não é um conceito.

Ademais, o texto está fraco).

Você pode, agora, trabalhar com esses componentes e seus valores

para formar um preço para os seus serviços que atenda às necessidades da

empresa e que seja competitivo no mercado. Para poder utilizar esses dados,

você precisa conhecer algumas técnicas básicas (Que técnicas? Citar.) que

Page 130: TRC adm fin 1

vão facilitar os seus cálculos. Estas técnicas levarão em consideração os

seguintes aspectos:

ATENDIMENTO A DIVERSAS FAIXAS DO MERCADO;

Concorrência e competição positivas;

Fixação do lucro compatível com o investimento e a remuneração do

capital investido.

São vários os métodos utilizados para determinar o preço de venda

baseado nos custos, por exemplo:

Método com base no custo pleno (custo por absorção);

Método com base no custo de transformação;

Método com base no custo variável (direto);

Método com base no rendimento sobre o capital empregado;

Método com base no custo por atividade.

A escolha por este ou aquele método vai depender de vários fatores,

como o porte, as características operacionais e a conveniência da sua

empresa.

Na área de transportes de cargas, é importante conhecermos a

aplicabilidade de dois sistemas básicos de custeamento, pois são simples de

usar e bastante difundidos. São eles:

Custeamento Padrão;

Custeamento por Absorção.

4.1 Custeamento Padrão

Neste sistema, você não apropria os custos pelo seu valor efetivo ou

real, mas sim por uma estimativa do valor que deveriam ter, chamada de

Custo Padrão. Esses valores podem ser usados independente do modelo de

custeio que a sua empresa adotar. Esta técnica, apesar de não ser aceita

pela legislação do Imposto de Renda, é uma ferramenta de controle gerencial

Page 131: TRC adm fin 1

simples e de fácil aplicação. Ela pode ajudá-lo a gerenciar os custos da sua

empresa, mas, para efeitos fiscais, você terá que declarar os seus custos

reais.

Por exemplo, você pode tomar como base ou como padrão

os custos publicados nas revistas de transporte e comparar os custos da sua

empresa com aqueles padrões. Com isso, você já pode fazer um controle dos

seus custos. Você pode considerar como padrão, por exemplo, o consumo de

combustível por quilômetro em operação, especificado pelo fabricante do seu

caminhão. Comparando com o consumo real desse caminhão, você pode

saber se ele está consumindo acima do padrão e tomar as medidas que

julgar necessárias para corrigir isso.

Método com base no custo pleno (custo por absorção)

Este método considera, como custo dos serviços prestados

todos os gastos incorridos no período a ser estudado, sejam eles Diretos

(Fixos e Variáveis) ou Indiretos. Este método de cálculo e controle de custos

é o único aceito no Brasil pela legislação do Imposto de Renda. Para o

desenvolvimento e aplicação desta técnica, você deve apresentar os custos

na forma de mapa ou planilha.

Você lembra do exemplo da unidade anterior, onde

efetuou o cálculo de todos os custos incidentes na atividade, fazendo o rateio

dos custos diretos fixos e indiretos com base nos quilômetros rodados? Para

isso você utilizou este método.

Nele, o preço de venda é igual ao total dos custos de produção do

serviço (diretos variáveis), mais uma porcentagem para cobrir os custos

diretos fixos e indiretos e proporcionar uma margem desejada de lucro.

Usando o exemplo da Tabela 2 já apresentada:

Page 132: TRC adm fin 1

Imagine, agora, que o mercado pratique um preço de venda médio de

R$ 3,50/km. Com esse preço, sua Margem de Contribuição por Quilômetro

será:

MC(R$/km) = PV(R$/km) – CDV(R$/km)

PV(R$/km) = 3,50

CDV(R$/km) = 1,22 (Total dos Custos Diretos Variáveis – Tabela 1)

MC(R$/km) = 3,50 – 1,22 = R$ 2,28/km

Este resultado significa que, de cada R$ 3,50 que você cobra por

quilômetro rodado, R$ 2,28 são destinados a cobrir todos os custos fixos

(diretos fixos e indiretos), impostos e ainda formar o lucro que você terá.

Se você preferir usar o indicador R$/h, praticando o preço de venda

de R$ 175,00 por hora trabalhada, sua Margem de Contribuição por Hora

Trabalhada, será:

MC(R$/H) = PV(R$/H) – CDV(R$/H)

PV(R$/h) = 175,00

CDV(R$/h) = 60,83 (Total dos Custos Diretos Variáveis – Tabela 2)

MC(R$/km) = 175,00 – 60,83 = R$ 114,17/km (indicar na Tabela

Rateio)

CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS

Descrição Unidade QuantidadeValor

Unitário Valor TotalRateio

(R$/km)Rateio (R$/h)

Combustível litro 9900 1,14 11.286,00 0,63 31,35 Lubrificantes litro 60 6,70 402,08 0,02 1,12 Lavagens un 10 30,00 300,00 0,02 0,83 Pneus un 2,77 950,00 2.630,77 0,15 7,31 Câmaras e protetores un 8,31 69,00 573,23 0,03 1,59 Recapagens un 8,31 240,00 1.993,85 0,11 5,54 Pedágio v. médio 140 15,00 2.100,00 0,12 5,83 Manutenção Corretiva - Peças e Acessórios estimado 840,00 0,05 2,33 Manutenção Corretiva - Mão de Obra h 9,36 40,00 374,40 0,02 1,04 Seguro de carga t 40 35,00 1.400,00 0,08 3,89 TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 21.900,33 1,22

Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 21.900,33 60,83

Page 133: TRC adm fin 1

Este resultado significa que, de cada R$ 175,00 que você cobra por

hora trabalhada, R$ 60,83 são destinados para cobrir todos os custos fixos

(diretos fixos e indiretos), impostos e ainda formar o lucro que você terá.

VOCÊ PODE ORGANIZAR OS DADOS NA TABELA A SEGUIR:

Tabela 10. Custo por Absorção

CUSTO POR ABSORÇÃO

Descrição Unidade Quantida-

deValor

Unitário Valor Total Rateio

(R$/km) Rateio (R$/h)

TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 21.900,33 1,22 60,83 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 41.099,67 2,28 114,17 PREÇO DE VENDA DOS SERVIÇOS 63.000,00 3,50 175,00 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 63.000,00 3,50 Estimativa de horas trabalhadas/mês h 360 63.000,00 175,00

Para você saber qual é a porcentagem da sua Margem de

Contribuição sobre os Preços de Venda, basta dividir a Margem de

Contribuição por Quilômetro pelo Preço de Venda dos Serviços por

Quilômetro e multiplicar o resultado por 100 (cem):

MC(%) = MC(R$/km) – 1 = 2,28 x 100 = 0,65 x 100 = 65%

PVS(R$/km) 3,50

É claro que você consegue o mesmo resultado usando a

Margem de Contribuição por Hora Trabalhada e o Preço de Venda dos

Serviços por Hora Trabalhada. O resultado significa que cerca de 65% do seu

Page 134: TRC adm fin 1

preço de venda é destinado a cobrir todos os custos fixos (diretos fixos e

indiretos), impostos e ainda formar o lucro que você terá.

Note que o Preço de Venda dos Serviços praticado pelo mercado é

maior que o Preço Mínimo de Venda, de R$ 3,19/km que você calculou na

Tabela 7 da Unidade 2:

Page 135: TRC adm fin 1

CÁLCULO DO PREÇO MÍNIMO DE VENDA

Descrição UnidadeQuan- tidade

Participa-ção (%)

Valor Mensal

Rateio (R$/km)

Rateio (R$/h)

TOTAL DOS CUSTOS OPERACIONAIS ANTES DO LUCRO E IMPOSTOS 71,66% 41.114,34 2,28 114,21 IMPOSTOS 23,40% 13.425,01 0,75 37,29 SIMPLES 5,40% 3.098,08 0,17 8,61 ICMS 18,00% 10.326,93 0,57 28,69 LUCRO LÍQUIDO 4,94% 2.832,50 0,16 7,87 FATURAMENTO TOTAL MÍNIMO 57.371,85 3,19 159,37 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 57.371,85 3,19

Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 57.371,85 159,37

Você pode usar esse novo preço de venda para verificar o impacto

nos impostos e no seu Lucro Líquido, construindo a tabela:

Page 136: TRC adm fin 1

Tabela 11. Cálculo dos impostos e do lucro líquido

CÁLCULO DOS IMPOSTOS E DO LUCRO LÍQUIDO

Descrição UnidadeQuan- tidade

Participa-ção (%) Valor Mensal

Rateio (R$/km)

Rateio (R$/h)

FATURAMENTO TOTAL 100,0% 63.000,00 3,50 175,00 CUSTOS DIRETOS VARIÁVEIS 34,8% (21.900,33) (1,22) (60,83) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 65,2% 41.099,67 2,28 114,17 CUSTOS DIRETOS FIXOS 17,0% (10.698,01) (0,59) (29,72) CUSTOS INDIRETOS 13,5% (8.516,00) (0,47) (23,66) LUCRO LÍQUIDO 34,7% 21.885,66 1,22 60,79 IMPOSTOS 23,4% 14.742,00 0,82 40,95 SIMPLES 5,4% 3.402,00 0,19 9,45 ICMS 18,0% 11.340,00 0,63 31,50 Estimativa de quilometragem mensal km 18000 21.885,66 1,22 Estimativa de horas trabalhadas por mês h 360 21.885,66 60,79

Page 137: TRC adm fin 1

Como você percebeu, seus lucros aumentaram! Você viu na unidade 2

que, para remunerar adequadamente o capital investido na sua empresa, você

precisava gerar um Lucro Líquido de, no mínimo, R$ 2.832,50 por mês, o que

significava praticar um preço por km de R$ 3,19, com a estimativa de 18.000

km/mês.

Neste exemplo, você conseguiu praticar um preço por km de R$ 3,50,

mantendo a estimativa de 18.000 km/ mês, não alterando, assim, os custos

operacionais. Com isso, conseguiu um Lucro Líquido de R$ 21.885,66 no mês!

Se todos os meses fossem iguais, sua empresa teria um lucro de R$

262.627,92 no ano e o Retorno sobre o Investimento da Empresa, seria:

ROI = LL = 262.627,92 = 0,8754 = 87,54% ao ano

IT 300.000,00

5. CONCLUSÃO

Este método é muito utilizado para cálculos rápidos, pois, se você sabe

que com uma Margem de Contribuição de cerca de 65% do Preço de Venda

consegue cobrir todos os seus custos fixos e ainda ter um Lucro Líquido de

cerca de 35%, tem um grande aliado em decisões de contratação de serviços

com preços competitivos.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Quais são os objetos de custo de maior interesse para o Transporte

de Cargas?

Page 138: TRC adm fin 1

_________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_

Resposta: Os Conhecimentos de Fretes e o Manifesto de Cargas.

2. O que é Custo Padrão?

_________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_

Resposta: É o custo de um determinado item obtido da concorrência,

nas publicações especializadas ou das planilhas dos órgãos concedentes e

que é utilizado como padrão para comparar com os custos reais da empresa.

3. Como funciona o Sistema de Custos Por Absorção?

_________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_

Resposta: Considera como custo dos serviços prestados todos os

gastos incorridos no período a ser estudado, sejam eles Diretos (Fixos e

Variáveis) ou Indiretos.

VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

1. Para que serve o Preço Mínimo de Venda?

_________________________________________________________

_______________________________________________________________

Page 139: TRC adm fin 1

_______________________________________________________________

___

Resposta: Como parâmetro para negociação de tarifas e para orientar

a participação em concorrências.

2. O que significa a Margem de Contribuição?

_________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_

Resposta: É a parte do Preço de Venda destinada a cobrir os custos

fixos diretos e indiretos e a remunerar o capital investido (gerar lucro).

3. O que quer dizer ROI? O que significa?

_________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_

Resposta: ROI é a sigla, em inglês, do Retorno Sobre o Investimento.

O ROI representa a rentabilidade do capital investido na empresa.

6. BIBLIOGRAFIA

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2003.

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utility: um estudo de caso. Dissertação de Mestrado em Engenharia da

Produção. Florianópolis: UFSC, 1999. Disponível em:

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sistema rodoviário para as empresas transportadoras de cargas: o caso do

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19/03/2004, 14:30h.

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desempenho. São Paulo: FPNQ, 1995.

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Rodoviário de Cargas in III Congresso Brasileiro de Gestão Estratégica de

Custos: a gestão estratégica de custos associados aos programas de

qualidade, produtividade e reengenharia. Curitiba, UFPR, 1996.

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MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas - Controle

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http://www.ucg.br/Institutos/nucleos/nupenge/pdf/Renato_Ribeiro.pdf. Acesso

em: 18/03/2004, 16:21h.

UELZE, R. Transporte e Frotas. São Paulo: Pioneira, 1978.

VALENTE, A. M. et al. Gerenciamento de transporte e frotas. São

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