Treinamento Android Embarcado

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Embedded Labworks Por Sergio Prado. São Paulo, Maio de 2013 ® Copyright Embedded Labworks 2004-2013. All rights reserved. Android embarcado

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Treinamento Android Embarcado

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Embedded Labworks

Por Sergio Prado. São Paulo, Maio de 2013® Copyright Embedded Labworks 2004-2013. All rights reserved.

Android embarcado

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SOBRE ESTE DOCUMENTO

✗ Este documento é disponibilizado sob a Licença Creative Commons BY-SA 3.0.http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/legalcode

✗ Os fontes deste documento estão disponíveis em:http://e-labworks.com/treinamentos/android/source

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SOBRE O INSTRUTOR

✗ Sergio Prado tem mais de 17 anos de experiência em desenvolvimento de software para sistemas embarcados, em diversas arquiteturas de CPU (ARM, PPC, MIPS, x86, 68K), atuando em projetos com Linux embarcado e sistemas operacionais de tempo real.

✗ É sócio da Embedded Labworks, onde atua com consultoria, treinamento e desenvolvimento de software para sistemas embarcados:http://e-labworks.com

✗ Mantém um blog pessoal sobre Linux e sistemas embarcados em:http://sergioprado.org

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AGENDA DO TREINAMENTO

✗ DIA 1: Introdução, código-fonte, sistema de build, embarcando o Android, camada nativa.

✗ DIA 2: Processo de inicialização, criação de produtos, desenvolvimento de módulos, framework Android.

✗ DIA 3: System services, aplicações Android, HAL, debugging.

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AMBIENTE DE LABORATÓRIO

/opt/labs/ Ambiente de laboratóriodl/ Aplicações e componentes open­source

que serão usados durante asatividades de laboratório

docs/ Documentaçãoguides/ Guias de consulta (shell, vi, etc)

  hardware/ Documentação do hardware  training/ Slides e atividades de laboratórioex/ Exercícios de laboratóriotools/ Ferramentas de uso geral

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DURANTE O TREINAMENTO

✗ Pergunte...

✗ Expresse seu ponto de vista...

✗ Troque experiências...

✗ Ajude...

✗ Participe!

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Introdução ao sistema operacional Android

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HISTÓRICO

✗ 2003: Começou como uma startup chamada Android Inc. em Palo Alto/CA, focada no desenvolvimento de um sistema operacional aberto para smartphones.

✗ 2005: Android Inc. comprada pelo Google.

✗ 2007: Criada a Open Handset Alliance, um consórcio de empresas com interesse na área mobile (Google, Intel, TI, Qualcomm, Nvidia, Motorola, HTC, Samsung, etc).

✗ 2008: Sai a versão 1.0 do Android.

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VERSÕES

✗ Desde então, todo ano, em torno de duas novas versões são lançadas.

✗ Cada versão tem o nome de uma sobremesa, liberada em ordem alfabética!✗ 2.2 (Frozen Yogurt)

✗ 2.3 (Gingerbread)

✗ 3.0/3.1/3.2 (Honeycomb)

✗ 4.0 (Ice Cream Sandwich)

✗ 4.1/4.2/4.3 (Jelly Bean)

✗ 4.4 (KitKat)

✗ Este treinamento é baseado no Jelly Bean 4.2.

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

✗ Código aberto.

✗ Interface gráfica com uma experiência familiar.

✗ Ecossistema de aplicações disponíveis (aproximadamente 850.000 aplicações em set/2013).

✗ Framework para desenvolvimento de aplicações.

✗ Ambiente de desenvolvimento completo, incluindo IDE, emulador e ferramentas de debugging.

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS (cont.)

✗ Suporte total à tecnologias web via WebKit.

✗ Suporte à hardware:✗ Aceleradores gráficos via OpenGL ES.

✗ Tecnologias de comunicação sem fio (Bluetooth, WiFi, NFC, GSM, CDMA, UMTS, LTE, etc).

✗ Sensores (acelerômetro, giroscópio, compasso, etc).

✗ Etc!

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ANDROID EM SISTEMAS EMBARCADOS

✗ Estas e outras características levaram o Android a ser avaliado e utilizado como sistema operacional em aplicações embarcadas.

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ANDROID OPEN SOURCE PROJECT

✗ O Android é basicamente baseado em dois grandes projetos:✗ Kernel Linux (modificado).

✗ Plataforma Android (AOSP).

✗ A cada versão, o Google libera o código-fonte do projeto através do Android Open Source Project (AOSP).http://source.android.com/

✗ Apenas alguns dispositivos são suportados nativamente pelo AOSP, incluindo os últimos smartphones e tablets de referência do Google (linha Nexus).

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COMUNIDADE

✗ Qualquer um pode contribuir com o projeto, mas a comunidade é bem fechada em torno do Google.https://android-review.googlesource.com

✗ O processo de colaboração é realizado através da ferramenta de revisão de código Gerrit, também criada pelo Google.http://en.wikipedia.org/wiki/Gerrit_(software)

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LICENÇAS

✗ A grande maioria dos pacotes estão sob as licenças permissivas ASL (Apache) e BSD, dando liberdade aos fabricantes de decidirem se desejam liberar o código-fonte alterado (licenças permissivas exigem apenas atribuição de autoria).

✗ Alguns pacotes ainda estão sob as licenças GPL/LGPL (vide diretório external/ no AOSP).

✗ Algumas aplicações do Google são fechadas (Google Play, Gmail, Google Maps, Youtube, etc) e para tê-las você precisa se certificar (ACP).

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CERTIFICAÇÃO

✗ Para que o dispositivo possa ter a marca Android e possa usar as aplicações do Google, é necessário certificá-lo através do Android Compatibility Program (ACP):✗ Compatibility Definition Document (CDD): descreve os requisitos

necessários (software e hardware) para que um dispositivo possa ser considerado compatível com Android.

✗ Compatibility Test Suite (CTS): ferramenta para testes unitários do framework do Android (APIs, Dalvik, permissões, etc), que deve ser realizado no dispositivo.

✗ Cada versão do Android tem os seus documentos! Mais informações no link abaixo:http://source.android.com/compatibility/

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ARQUITETURA LINUX EMBARCADO

Hardware

Bootloader

Linux kernel

Biblioteca C (glibc, eglibc, uclibc, etc)

Biblioteca Biblioteca

Aplicação Aplicação

Sistema GNU/Linux

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ARQUITETURA ANDROID

Hardware

Bootloader

Linux kernel

Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)

Framework (serviços e API)

Aplicação

Plataforma Android

Aplicação Aplicação Aplicação

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COMPONENTES DO SISTEMA

✗ Bootloader depende do fabricante do hardware (U-Boot é comum em plataformas abertas).

✗ Kernel Linux é alterado para suprir as necessidades do Android (IPC, shared memory, power management, etc).

✗ Já o espaço de usuário é totalmente diferente de uma distribuição Linux convencional como o Ubuntu ou o Fedora!

✗ Muitas bibliotecas e aplicações foram reimplementadas por questões de licença (uclibc x bionic, busybox x toolbox, etc).

✗ Todo o framework de desenvolvimento de aplicações é baseado em Java.

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DIAGRAMA DE BLOCOS

Fonte: http://source.android.com

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PORTANDO O ANDROID (PASSO-A-PASSO)

1. Escolher uma plataforma de hardware compatível com os requisitos do Android.

2. Portar o bootloader para a plataforma de desenvolvimento.

3. Portar o kernel Linux para a plataforma de desenvolvimento (com os patches do Android aplicados).

4. Preparar o sistema de build do Android para compilar e gerar uma versão customizada da plataforma Android para o seu hardware.

5. Implementar a camada HAL do Android para os dispositivos de hardware presentes no sistema.

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Código-fonte

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MÁQUINA DE DESENVOLVIMENTO

✗ É recomendado o uso de uma máquina de 64 bits com o Ubuntu 12.04, já que esta é a configuração usada e testada pelo Google, mas o sistema de build deve funcionar em outras máquinas Linux ou MacOS (instalação nativa ou máquina virtual).

✗ É necessário uma máquina com boa capacidade de processamento (ex: Core i7) e com bastante espaço em disco (os fontes do Android 4.2 ocupam 10G de disco, passando de 25G depois de compilado!).

✗ Pré-requisitos de software: git 1.7+, python 2.6/2.7, make 3.81/3.82, JDK 6.

✗ Consulte o link abaixo para instruções mais completas:http://source.android.com/source/initializing.html

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CÓDIGO-FONTE

✗ Instruções sobre a utilização do código-fonte do AOSP em:http://source.android.com/source/index.html

✗ Neste link você vai encontrar detalhes sobre como:✗ Baixar o código-fonte.

✗ Configurar o sistema de build.

✗ Compilar o Android para um dispositivo padrão do Google (últimos smartphones e tablets do mercado).

✗ Testar a imagem gerada no emulador.

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AOSP E REPOSITÓRIOS GIT

✗ O AOSP é versionado pelo Google através do git.

✗ Porém, o projeto é dividido em vários repositórios git (se o projeto fosse gerenciado por apenas um repositório git, seria lento para baixar e difícil de gerenciar!).

✗ Os repositórios git do Android podem ser acessados em:http://android.googlesource.com

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REPOSITÓRIOS GIT

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FERRAMENTA REPO

✗ Para gerenciar as centenas de repositórios git existentes no AOSP, o Google então criou uma ferramenta chamada repo.

✗ Esta ferramenta pode ser baixada do site do Google conforme abaixo:wget http://commondatastorage.googleapis.com/git­repo­downloads/repo

✗ Com o repo é possível baixar e gerenciar uma versão específica do Android, composta por diversos repositórios git, descritos em um arquivo XML (manifest.xml).

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MANIFEST.XML<?xml version="1.0" encoding="UTF­8"?><manifest>

  <remote  name="aosp"           fetch=".."           review="https://android­review.googlesource.com/" />  <default revision="refs/tags/android­4.2.2_r1.1"           remote="aosp"           sync­j="4" />

  <project path="build" name="platform/build" groups="pdk" >    <copyfile src="core/root.mk" dest="Makefile" />  </project>  <project path="abi/cpp" name="platform/abi/cpp" groups="pdk" />  <project path="bionic" name="platform/bionic" groups="pdk" />  <project path="bootable/bootloader/legacy" name="platform/bootable/bootloader/legacy" />  <project path="bootable/diskinstaller" name="platform/bootable/diskinstaller" />  <project path="bootable/recovery" name="platform/bootable/recovery" groups="pdk" />  <project path="cts" name="platform/cts" />  <project path="dalvik" name="platform/dalvik" />  <project path="development" name="platform/development" />  <project path="device/asus/grouper" name="device/asus/grouper" groups="device,grouper" />  <project path="device/asus/tilapia" name="device/asus/tilapia" groups="device,grouper" />

  [...]

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BAIXANDO O AOSP COM O REPO$ repo init ­u https://android.googlesource.com/platform/manifest

$ repo sync[...] Aqui ele vai clonar cada um dos repositórios git!

$ lsabi       dalvik       frameworks       Makefile  prebuiltsbionic    development  gdk              ndk       sdkbootable  device       hardware         out       systembuild     docs         libcore          packagescts       external     libnativehelper  pdk

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OUTROS COMANDOS REPO

✗ repo diff (faz um diff em todos os repositórios git).

✗ repo status (verifica o status de todos os repositórios git).

✗ repo  start (cria um novo branch em um projeto para desenvolvimento).

✗ repo branches (visualizar branches existentes).

✗ repo forall (executa um comando em todos os repositórios git).

✗ repo help (exibe menu completo de opções).

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REPO E COLABORAÇÃO

✗ O Google desenvolveu uma ferramenta chamada Gerrit para facilitar o processo de revisão de código e colaboração.https://android-review.googlesource.com

✗ Através das ferramentas git e repo qualquer pessoa pode contribuir com o desenvolvimento do Android:

✗ Crie um novo branch:$ repo start <nome_do_branch>

✗ Faça os commits com o git.

✗ Suba o código para revisão no Gerrit:$ repo upload

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OUTROS REPOSITÓRIOS ANDROID

✗ O Google AOSP é o repositório principal mas oferece suporte limitado à dispositivos de hardware.

✗ O BSP do fabricante pode fornecer bom suporte mas normalmente é mais desatualizado.

✗ A Linaro (focada em ARM) fornece uma árvore alternativa e atualizada com suporte à um conjunto maior de dispositivos de hardware:https://wiki.linaro.org/Platform/Android

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OUTROS REPOSITÓRIOS ANDROID (cont.)

✗ O Cyanogen Mod possui versões customizadas focada em dispositivos de mercado (smartphones e tablets):http://cyanogenmod.org/

✗ A comunidade de uma determinada plataforma de hardware pode manter uma árvore separada do Android, como por exemplo o Rowboat para os chips Sitara da TI:https://code.google.com/p/rowboat/

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ANDROID PARA A WANDBOARD

$ repo init ­u git://www.wandboard.org/android/manifest.git ­m default.xml 

$ repo sync ­j4[...]

$ lsabi       dalvik       frameworks  libnativehelper  prebuiltsbionic    development  gdk         Makefile         sdkbootable  device       hardware    ndk              systembuild     docs         kernel_imx  packagescts       external     libcore     pdk

✗ Instruções para baixar o código-fonte do Android para a Wandboard no link abaixo:http://www.wandboard.org/index.php/downloads

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DIRETÓRIOS: BOOTLOADER, KERNEL E HAL

✗ bootable/: bootloader de referência e imagem de recovery.

✗ kernel_imx/: kernel para a Wandboard (i.MX6), não existe no AOSP!

✗ hardware/: definição da interface HAL e implementação padrão para alguns dispositivos de hardware.

✗ device/: configurações e componentes específicos dos produtos suportados.

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DIRETÓRIOS: CÓDIGO-FONTE NATIVO

✗ bionic/: biblioteca C padrão do Android.

✗ system/: aplicações e bibliotecas da camada nativa.

✗ external/: projetos externos usados no Android (openssl, webkit, libusb, etc).

✗ abi/: suporte à RTTI (Run-Time Type Identification) para código escrito em C++.

✗ libnativehelper/: biblioteca para interface JNI.

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DIRETÓRIOS: FRAMEWORK E APPS

✗ dalvik/: código-fonte da máquina virtual Dalvik.

✗ libcore/: biblioteca Java (Apache Harmony)

✗ frameworks/: código-fonte do framework do Android.

✗ packages/: aplicações Android.

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DIRETÓRIOS: FERRAMENTAS

✗ ndk/: ferramentas do NDK (Native Development Kit), que possibilita o desenvolvimento de aplicações nativas para o Android.

✗ sdk/: ferrramentas do SDK (Software Development Kit).

✗ pdk/: ferramentas do PDK (Platform Development Kit).

✗ development/: outras ferramentas de desenvolvimento e aplicações de debugging.

✗ cts/: ferramentas do CTS (Compatibility Test Suite).

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DIRETÓRIOS: BUILD e DOCUMENTAÇÃO

✗ build/: scripts, Makefiles e outros componentes do sistema de build.

✗ prebuilts/: binários pré-compilados, incluindo os toolchains.

✗ docs/: conteúdo do site http://source.android.com.

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LABORATÓRIO

Preparando a máquina e baixando o código-fonte

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Sistema de build

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SISTEMAS DE BUILD

✗ Sistemas de build tem dois principais objetivos:✗ Integrar todos os componentes de software de um sistema Linux

(toolchain, bootloader, kernel, filesystem).

✗ Tornar o processo de build reproduzível.

✗ O Linux possui vários sistemas de build disponíveis, como por exemplo o Buildroot, OpenEmbedded e Yocto.

✗ Já o Android tem sua própria solução de sistema de build!

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SISTEMA DE BUILD DO ANDROID

✗ A sistema de build do Android é baseado na conhecida ferramenta make do projeto GNU, onde diversos makefiles (Android.mk) estão espalhados pelos diretórios do código-fonte.

✗ Mas não existe nenhum sistema de configuração para definir o que vai ser compilado, como o menuconfig do Buildroot (kconfig).

✗ A configuração do que será compilado (produto) depende basicamente de variáveis de ambiente do shell.

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ENVSETUP.SH

✗ O primeiro passo para usar o sistema de build é executar o script de configuração do ambiente build/envsetup.sh:

$ source build/envsetup.sh

✗ Este script irá alterar o ambiente corrente do shell, definindo alguns comandos, variáveis de ambiente e macros que serão usadas durante a compilação.

✗ O comando source é necessário para que as alterações aconteçam no ambiente corrente do shell.

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ENVSETUP.SH (cont.)

✗ Alguns comandos criados pelo envsetup.sh no ambiente corrente do shell:

✗ lunch: selecionar o combo (produto e variante) para compilar.

✗ croot: voltar para o diretório principal dos fontes.

✗ godir: ir para o diretório contendo o arquivo especificado.

✗ cgrep: executar um grep em todos os arquivos .c, .cpp e .h.

✗ jgrep: executar um grep em todos os arquivos .java.

✗ resgrep: executar um grep em todos os arquivos .res.

✗ hmm: exibe a lista completa de comandos.

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O PRODUTO

✗ Após executar o script envsetup.sh, o próximo passo é configurar o produto que desejamos compilar.

✗ Um produto no Android esta associado à um conjunto de características específicas, incluindo:

✗ Arquitetura do dispositivo de hardware.

✗ Configurações do sistema.

✗ Conjunto de módulos habilitados (aplicações nativas, bibliotecas nativas, aplicações Android, binários pré-compilados, etc).

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CONFIGURANDO O PRODUTO

✗ A configuração do produto é baseada em algumas variáveis de ambiente que precisam ser definidas, dentre elas:✗ TARGET_PRODUCT: nome do produto.

✗ TARGET_BUILD_VARIANT: variante do produto (eng, user, userdebug). Dentre todos os módulos habilitados para o produto, apenas aqueles correspondentes à variante selecionada serão incluídos na imagem final.

✗ Você pode definir as variáveis de configuração do produto em um arquivo chamado buildspec.mk e salvá-lo no diretório principal dos fontes (vide build/buildspec.mk.default).

✗ Mas a forma mais comum é carregar a configuração do produto através do comando lunch.

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LUNCH$ lunch

You're building on Linux

Lunch menu... pick a combo:     1. full­eng     2. full_x86­eng     3. vbox_x86­eng     4. full_mips­eng     5. full_grouper­userdebug     6. full_tilapia­userdebug     7. imx53_smd­eng     8. imx53_smd­user

Which would you like? [full­eng]

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LUNCH (cont.)

✗ O comando lunch vai exibir uma lista de produtos no formato <produto>­<variante>, também chamado de combo, e o usuário deverá selecionar um destes combos.

✗ É possível também executar o comando lunch passando diretamente o nome do combo:

$ lunch full­eng

✗ Ao selecionar o combo, o comando lunch irá criar as variáveis de ambiente necessárias para a compilação:

$ env | grep "ANDROID\|TARGET"

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COMPILANDO

✗ Para compilar, é só executar o comando make:

$ make

✗ O processo de compilação pode levar algumas horas, dependendo da máquina de build.

✗ Use o parâmetro ­j se necessário para paralelizar o processo de compilação.$ make ­j4

Page 51: Treinamento Android Embarcado

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O QUE FAZ O MAKE?

✗ Os diversos componentes do Android (aplicações, bibliotecas, etc) são divididos em módulos, e cada módulo possui um arquivo Android.mk, contendo suas regras de processamento.

✗ Ao iniciar o processo de compilação, o sistema de build do Android faz uma busca recursiva por todos os arquivos Android.mk.

✗ Caso o módulo correspondente ao Android.mk encontrado esteja habilitado para o produto selecionado, seu conteúdo é adicionado à um arquivo de Makefile integrado.

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O QUE FAZ O MAKE? (cont.)

✗ Após montar este arquivo de Makefile integrado, o sistema de build inicia a compilação através do processamento deste Makefile.

✗ Assim que terminar de compilar todos os módulos descritos neste Makefile, as imagens finais são geradas (ramdisk, system, data).

Page 53: Treinamento Android Embarcado

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DIRETÓRIO OUT

✗ Ao final do processo de compilação, as imagens estarão disponíveis no diretório out/, com os subdiretórios host/ e target/.

✗ No diretório out/host/ temos ferramentas, binários e bibliotecas compiladas para o host (ex: emulator, mke2fs, etc).

✗ No diretório out/target/ temos os binários compilados para o target.

✗ As imagens finais estarão disponíveis no diretório out/target/product/<nome_do_produto>/.

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IMAGENS FINAIS$ ls out/target/product/generic/android­info.txt        installed­files.txt       systemclean_steps.mk          obj                       system.imgdata                    previous_build_config.mk  testdex_bootjars            ramdisk.img               userdata.imghardware­qemu.ini       root                      userdata­qemu.imghardware­qemu.ini.lock  symbols                   userdata­qemu.img.lock

Page 55: Treinamento Android Embarcado

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OUTROS COMANDOS MAKE

✗ Limpar a compilação do produto selecionado:

$ make clean

✗ Limpar a compilação de todos os produtos:

$ make clobber

✗ Limpar apenas o necessário em uma troca de configuração (produto):

$ make installclean

Page 56: Treinamento Android Embarcado

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OUTROS COMANDOS MAKE (cont.)

✗ Exibir os comandos executados durante a compilação:

$ make showcommands

✗ Compilar apenas um módulo:

$ make <module>

✗ Limpar a compilação de um módulo:

$ make clean­<module>

Page 57: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

OUTROS COMANDOS DE COMPILAÇÃO

✗ Compilar o sistema de qualquer diretório:

$ m

✗ Compilar todos os módulos no diretório corrente:

$ mm

✗ Compilar todos os módulos de um diretório específico:

$ mmm <diretório>

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EMULADOR

✗ O Android possui um emulador de dispositivos móveis, capaz de rodar na máquina host e emular o sistema gerado.

✗ Este emulador pode ser compilado através dos produtos full, full_x86 e full_mips.

✗ É capaz de emular a interface com o usuário via monitor, teclado e mouse.

✗ Diversos outros dispositivos de hardware e eventos como coordenadas GPS, recebimento de SMS ou mudança de status da bateria podem ser emulados através de uma conexão telnet.

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Embedded Labworks

EMULADOR (cont.)

✗ Internamente, o emulador do Android é uma interface gráfica desenvolvida em cima do qemu.http://qemu.org

✗ Para compilar uma imagem do Android para o emulador

$ source build/envsetup.sh$ lunch full­eng$ make ­j4

✗ E para executar o emulador:

$ emulator &

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Embedded Labworks

O EMULADOR

Page 61: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

LABORATÓRIO

Compilando o Android e testando no emulador

Page 62: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

Android embarcado

Android embarcado

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ARQUITETURA ANDROID

Hardware

Bootloader

Linux kernel

Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)

Framework (serviços e API)

Aplicação

Plataforma Android

Aplicação Aplicação Aplicação

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HARDWARE

Hardware

Bootloader

Linux kernel

Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)

Framework (serviços e API)

Aplicação

Plataforma Android

Aplicação Aplicação Aplicação

Page 65: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

HARDWARE TÍPICO COM ANDROID

Fonte: http://www.opersys.com/

Page 66: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

CPU

✗ Oficialmente o Android suporta as arquiteturas ARM, x86 e MIPS.

✗ O mais comum é encontrar o Android rodando em plataformas ARM, em específico ARMv7 (Cortex-A8) com um ou mais núcleos rodando acima de 1GHz.

✗ Arquiteturas como x86 e MIPS também são suportadas por outras empresas ou pela comunidade:http://www.android-x86.org/http://developer.mips.com/android/

✗ A partir do Android 4.0, é necessário também uma GPU com suporte à OpenGL ES 2.0.

Page 67: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

MEMÓRIA E ARMAZENAMENTO

✗ Segundo o Google, é necessário no mínimo 340MB de RAM, mas é bem típico um sistema com 1GB.

✗ Para o armazenamento, são necessários 300MB para o sistema, mais 300M para armazenar dados e 1G de armazenamento compartilhado (normalmente no cartão SD) para armazenar dados das aplicações (imagens, vídeos, documentos, etc).

✗ Atualmente, é comum o uso de dispositivos de armazenamento de bloco ao invés de memória flash. O mais comum é utilizar chips eMMC.

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Embedded Labworks

OUTRAS CARACTERÍSTICAS RECOMENDADAS

✗ Display com touchscreen (especificação mínima definida pelo Google: 2,5", 426x320, 16 bits).

✗ Botões de navegação (MENU, HOME, BACK). Os botões também podem ser emulados em software.

✗ Sensores (acelerômetro, magnetrômetro, GPS, giroscópio, etc).

✗ Comunicação wireless (Bluetooth, WiFi, NFC, etc).

Page 69: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

WANDBOARD QUAD

✗ i.MX6 Quad (4 núcleos ARM Cortex-A9) rodando à 1GHz.

✗ 2G de RAM DDR3.

✗ Duas interfaces de cartão SD e uma interface SATA.

✗ Saídas de áudio (comum e S/PDIF) e vídeo HDMI.

✗ Ethernet Gigabit, USB host e OTG, WiFi, Bluetooth, serial, etc.

http://wandboard.org

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Embedded Labworks

DISPLAY E PLACA ADAPTADORA

✗ Display LCD de 7” com resolução de 800x480 (WVGA) da Touch Revolution.

✗ Touchscreen capacitivo.

✗ Placa adaptadora para a Wandboard com suporte ao display de 7” da Touch Revolution e 4 botões.

Page 71: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

REFERÊNCIAS E DOCUMENTAÇÃO

✗ A documentação do hardware esta disponível no ambiente de laboratório em docs/guides:

✗ IMX6DQRM.pdf (datasheet do i.MX6)

✗ WandboardQuadUserguide.pdf (guia de usuário da placa)

✗ FusionTouchDisplayDatasheet.pdf (datasheet do display)

✗ AdapterBoardSchematic.tar.gz (esquemático da placa adaptadora)

✗ Recursos na internet:http://wandboard.org/https://community.freescale.com/

Page 72: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

BOOTLOADER

Hardware

Bootloader

Linux kernel

Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)

Framework (serviços e API)

Aplicação

Plataforma Android

Aplicação Aplicação Aplicação

Page 73: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

BOOTLOADER

✗ O bootloader é o código responsável por:✗ Inicialização básica do hardware.

✗ Carregar outro binário (normalmente um sistema operacional) da memória flash, da rede ou de outro dispositivo de armazenamento não volátil para a RAM.

✗ Passar o controle da CPU para este binário.

✗ Além destas funcionalidades básicas, a maioria dos bootloaders possui uma linha de comandos para a execução de diferentes operações, como verificação de memória, formatação da flash e rotinas de diagnóstico.

Page 74: Treinamento Android Embarcado

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BOOTLOADER NO ANDROID

✗ Não é necessário nenhum trabalho em especial no bootloader para o Android, apenas que ele seja capaz de carregar a imagem do Linux e do ramdisk, e passar o controle da CPU para o kernel.

✗ Normalmente cada fabricante de hardware disponibiliza um bootloader (o U-Boot é padrão em plataformas abertas).

✗ Uma funcionalidade normalmente presente em bootloaders para o Android é o fastboot, um protocolo de comunicação com bootloaders via USB.http://goo.gl/WYyd5

Page 75: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

FASTBOOT

✗ É acessível via ferramenta fastboot.

✗ Possui as seguintes funcionalidades:✗ Transmissão de dados para o bootloader.

✗ Gravação de imagens na flash.

✗ Leitura de variáveis de configuração do bootloader.

✗ Controle da sequência de boot.

Page 76: Treinamento Android Embarcado

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FERRAMENTA FASTBOOT$ fastbootusage: fastboot [ <option> ] <command>

commands:  update <filename>                        reflash device from update.zip  flashall                                 flash boot + recovery + system  flash <partition> [ <filename> ]         write a file to a flash partition  erase <partition>                        erase a flash partition  format <partition>                       format a flash partition   getvar <variable>                        display a bootloader variable  boot <kernel> [ <ramdisk> ]              download and boot kernel  flash:raw boot <kernel> [ <ramdisk> ]    create bootimage and flash it  devices                                  list all connected devices  continue                                 continue with autoboot  reboot                                   reboot device normally  reboot­bootloader                        reboot device into bootloader  help                                     show this help message

Page 77: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

BOOTLOADER NO AOSP

✗ O bootloader não faz parte da plataforma Android, e portanto, não será encontrado no AOSP.

✗ Mas o fabricante do hardware normalmente integra a compilação do bootloader ao sistema de build do Android.

✗ O arquivo build/core/Makefile é alterado para compilar o bootloader.

✗ O código-fonte do bootloader é normalmente disponibilizado em bootable/bootloader.

Page 78: Treinamento Android Embarcado

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KERNEL

Hardware

Bootloader

Linux kernel

Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)

Framework (serviços e API)

Aplicação

Plataforma Android

Aplicação Aplicação Aplicação

Page 79: Treinamento Android Embarcado

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VISÃO GERAL DO KERNEL

Biblioteca C

Hardware

Biblioteca Biblioteca Aplicação User space

Kernel

AplicaçãoAplicação

Chamadas de sistema Notificação de eventosExportação de informações

Gerenciamento do hardware Notificação de eventos

Page 80: Treinamento Android Embarcado

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O KERNEL LINUX NO ANDROID

✗ Assim como fazem as distribuições, o kernel Linux usado no Android é alterado para suprir as necessidades do projeto.

✗ Porém, as mudanças no kernel são tão significativas (centenas de patches) que os componentes de espaço de usuário do Android não funcionarão com um kernel Linux padrão.

✗ No momento, boa parte das alterações já estão integradas à versão oficial do kernel (a maioria em drivers/staging/android), sendo possível subir um sistema Android com uma versão vanilla do kernel.

Page 81: Treinamento Android Embarcado

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BINDER

✗ Mecanismo de IPC/RPC do Android, adicionando ao kernel a capacidade de invocação remota de objetos.

✗ Toda a comunicação entre os serviços do sistema, ou mesmo entre componentes de uma aplicação, acontecem via Binder. Sem ele, o Android não funciona!

✗ O serviço do Binder é exposto para o usuário via /dev/binder, que pode ser acessado através de chamadas ioctl().

Page 82: Treinamento Android Embarcado

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BINDER (cont.)

Binder driver (/dev/binder)

Aplicação Service Manager

Power ManagerActivity ManagerMount Service...

SystemServer

1 234

Page 83: Treinamento Android Embarcado

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ASHMEM

✗ Ashmem (Anonymous Shared Memory) é um mecanismo de compartilhamento de memória entre processos.

✗ Algumas deficiências no mecanismo de compartilhamento de memória padrão do Linux (POSIX SHM), como o vazamento de recursos, levaram a criação deste novo mecanismo pelo Google.ndk/docs/system/libc/SYSV­IPC.html

✗ Por exemplo, esta implementação usa um contador de referência para destruir regiões de memória que não estão mais sendo usadas.

✗ Via interface /dev/ashmem uma aplicação requisita uma região de memória e compartilha com outros processos via Binder.

Page 84: Treinamento Android Embarcado

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WAKELOCKS

✗ Toda CPU moderna possui alguns estados de consumo de energia, que podem ser usados pelo Linux para reduzir o consumo durante a execução do sistema.

✗ Quando você fecha um notebook por exemplo, o kernel coloca o sistema automaticamente no modo suspenso, onde apenas a memória RAM fica alimentada, economizando energia.

✗ Em smartphones não é possível usar a mesma técnica, já que, mesmo com a tela desligada, o smartphone pode estar executando outra função (tocando uma música, instalando uma aplicação, etc).

Page 85: Treinamento Android Embarcado

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WAKELOCKS (cont.)

✗ A resposta do Android para este problema são os wakelocks, onde o usuário (aplicação, driver) utiliza uma API para definir quando o sistema pode entrar no modo de baixo consumo.

✗ O sistema entra em modo de baixo consumo sempre que possível (quando nenhum processo estiver segurando um wakelock).

Page 86: Treinamento Android Embarcado

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WAKELOCKS (cont.)

✗ API em espaço de kernel:

#include <linux/wakelock.h>

void wake_lock_init(struct wakelock *lock, int type,                     const char *name);void wake_lock(struct wake_lock *lock);void wake_unlock(struct wake_lock *lock);void wake_lock_timeout(struct wake_lock *lock, long timeout);void wake_lock_destroy(struct wake_lock *lock);

Page 87: Treinamento Android Embarcado

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WAKELOCKS (cont.)

✗ API em espaço de usuário:

$ echo mylock > /sys/power/wake_lock$ echo mylock > /sys/power/wake_unlock

Page 88: Treinamento Android Embarcado

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ALARM TIMER

✗ O Linux não possui nativamente um mecanismo de timer capaz de acordar o sistema quando o mesmo encontra-se em modo suspenso.

✗ Timers ou HRT (High Resolution Timers) são capazes de acordar um processo, mas não um sistema em modo suspenso.

✗ Um RTC é capaz de acordar um sistema em modo suspenso, mas não um processo.

Page 89: Treinamento Android Embarcado

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ALARM TIMER (cont.)

✗ O alarm timer é um driver do kernel que integra as funcionalidades de RTC e Timer do Linux, sendo capaz de acordar um processo, mesmo com o sistema em modo suspenso.

✗ O acesso é exportado para o usuário através do arquivo /dev/alarm, possibilitando sua configuração através de chamadas ioctl().

Page 90: Treinamento Android Embarcado

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LOW MEMORY KILLER

✗ Quando o sistema fica sem memória, o Linux executa o OOM (Out-of-Memory) Killer, que pode matar alguns processos para liberar memória.

✗ Esse processo não é previsível, e pode matar um processo importante do sistema Android.

✗ O Low Memory Killer é uma implementação que é executada antes do OOM Killer:✗ Leva em consideração a prioridade e a ociosidade do processo antes de

matá-lo.

✗ Notifica a aplicação, possibilitando-a salvar seu estado antes de ser encerrada.

Page 91: Treinamento Android Embarcado

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KLOGGER

✗ Logs são uma ferramenta importante para depurar um sistema, seja durante a execução ou depois que o problema aconteceu.

✗ Em uma distribuição Linux, normalmente dois componentes estão envolvidos no sistema de log:✗ Logs do kernel emitidos via printk() e exibidos via comando dmesg.

✗ Daemon de log do sistema, que gerencia os logs das aplicações via função syslog() e normalmente armazena os logs em /var/log/.

✗ Estes mecanismos podem impactar a performance do sistema:✗ O log via syslog() é realizado através de sockets, gerando trocas de contexto que

pode ser custosas para o sistema.

✗ O log é normalmente salvo em uma unidade de armazenamento de baixa velocidade (disco) ou com limites de escrita (flash).

Page 92: Treinamento Android Embarcado

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KLOGGER (cont.)

✗ O Android implementa um driver do kernel que cria 4 buffers circulares em uma região de memória do kernel.✗ main: buffer principal usado pelas aplicações.

✗ system: buffer de uso interno do sistema.

✗ events: buffer de eventos usado internamente pelo framework do Android.

✗ radio: buffer específico do módulo de radio.

✗ Os logs são expostos para o usuário via /dev/log/, e são acessados normalmente pelas aplicações nativas via liblog.

✗ É possível visualizar os logs com a ferramenta logcat.

Page 93: Treinamento Android Embarcado

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FERRAMENTA LOGCAT$ logcatD/KeyguardViewMediator( 2276): setHidden falseD/KeyguardViewMediator( 2276): setHidden falseI/FlashBarService( 2809): mPkgManagerReceiver : onReceiveD/Launcher.HomeFragment( 2999): onResumeD/MenuAppsGridFragment( 2999): onResumeD/KeyguardViewMediator( 2276): setHidden falseI/power   ( 2276): *** release_dvfs_lock : lockType : 1 E/DataRouter( 1904): After the usb selectW/ActivityManager( 2276): mDVFSLock.release()[...]

Page 94: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

OUTRAS ALTERAÇÕES

✗ Monotonic Event Timestamps: provê na camada de input do kernel um clock monotônico.

✗ Interactive cpufreq governor: gerencia a velocidade da CPU, mantendo-a em um estado de baixo consumo o máximo possível, e aumentando a velocidade da CPU quando o usuário interage com o dispositivo.

✗ Android Gadget Driver: driver para a conexão ADB.

✗ RAM console: mantém o último buffer de log do kernel em /proc/last_kmsg ao reiniciar o sistema.

Page 95: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

OUTRAS ALTERAÇÕES (cont.)

✗ Paranoid networking: adiciona um controle de acesso à rede por aplicação (GID).

✗ Goldfish emulator: suporte ao emulador Goldfish no kernel.

✗ Netfilter: Alterações para permitir contabilização do uso da rede pelas aplicações.

✗ Timed GPIOs: suporte à GPIOs temporizados.

Page 96: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMO ESCOLHER O KERNEL?

✗ Certifique-se de que o fabricante do SoC disponibiliza um porte do kernel Linux com as alterações do Android.

✗ Verifique se existe suporte na comunidade para o seu SoC (Linaro, CyanogenMod, etc).

✗ Contrate ou adquira de uma empresa o BSP Android para a sua plataforma.

✗ Aplique você mesmo os patches do Android no kernel (pode ser necessário algum tipo de adaptação dependendo da versão do kernel).https://android.googlesource.com/kernel/common.git

Page 97: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

KERNEL NO AOSP

✗ O kernel não faz parte da plataforma Android, e portanto, não será encontrado no AOSP.

✗ Mas o fabricante do hardware normalmente integra a compilação do kernel ao sistema de build do Android.

✗ O arquivo build/core/Makefile é alterado para compilar o kernel.

✗ O código-fonte do kernel é normalmente disponibilizado no diretório principal do código-fonte do Android.

Page 98: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

DESENVOLVIMENTO DE DRIVERS

✗ No desenvolvimento de algum driver para uma plataforma que irá rodar o Android, teste e depure em um sistema GNU/Linux comum.

✗ Depois que o driver estiver rodando e funcionando, comece a trabalhar na camada Android.

Page 99: Treinamento Android Embarcado

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ROOTFS

Hardware

Bootloader

Linux kernel

Camada nativa (bibliotecas, daemons e ferramentas)

Framework (serviços e API)

Aplicação

Plataforma Android

Aplicação Aplicação Aplicação

Page 100: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

SISTEMAS DE ARQUIVO

✗ Sistemas de arquivo são usados para organizar dados, de forma hierárquica, em diretórios e arquivos disponíveis em dispositivos de armazenamento (locais ou remotos).

✗ Em sistemas Unix, aplicações e usuários enxergam apenas uma hierarquia única e global de arquivos e diretórios, que podem ser compostos por diferentes sistemas de arquivo.

✗ Um ou mais sistemas de arquivo são montados em locais específicos nesta hierarquia de diretórios.

✗ Quando montamos um sistema de arquivo em um diretório, chamados este diretório de ponto de montagem.

Page 101: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

SISTEMA DE ARQUIVO ROOT

✗ Um sistema de arquivo específico é montado na raiz principal da hierarquia, identificado pelo /.

✗ Este sistema de arquivo é chamado de root ou rootfs.

✗ É responsabilidade do kernel montar o rootfs, de acordo com a opção root passada na linha de comandos do kernel.

Page 102: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

ORGANIZAÇÃO DO ROOTFS

✗ A organização do rootfs em sistemas Linux é padronizada pela Filesystem Hierarcy Standard.http://www.pathname.com/fhs/

✗ A maioria dos sistemas Linux estão de acordo com este padrão:✗ As aplicações esperam este formato.

✗ Facilita o trabalho de usuários e desenvolvedores quando precisam trabalhar com diferentes sistemas Linux.

✗ Mas o Android foge à regra!

Page 103: Treinamento Android Embarcado

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ROOTFS NO ANDROID

✗ O espaço de usuário do Android é composto por 3 principais componentes:

✗ Camada nativa: bibliotecas e aplicações que rodam fora da máquina virtual Java.

✗ Framework Android: serviços do sistema, classes java e API para o desenvolvimento de aplicações.

✗ Aplicações Android.

✗ Estes componentes estão distribuídos em três imagens diferentes (ramdisk, system e userdata), montados respectivamente nos diretórios /, /system e /data.

Page 104: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

IMAGENS ANDROID$ ls out/target/product/wandboard/android­info.txt    obj                      root           u­boot­6quad.binboot.img            previous_build_config.mk symbols        u­boot­6solo.binclean_steps.mk      ramdisk.img              system         u­boot.bindata                ramdisk­recovery.img     system.img     uImageinstalled­files.txt recovery                 test           userdata.imgkernel              recovery.img             u­boot­6dl.bin

Page 105: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

A INICIALIZAÇÃO

✗ No boot, o kernel monta a imagem do RAM disk (rootfs) e executa o processo init.

✗ O init processa os arquivos de configuração, inicializando o sistema e montando os outros sistemas de arquivo:✗ system: binários e bibliotecas nativas, bibliotecas Java, arquivos de

configuração e aplicações padrão (normalmente montado como somente leitura).

✗ data: aplicações instaladas pelo usuário, dados do usuário, etc.

✗ cache: arquivos temporários, downloads em andamento, etc.

✗ sdcard: arquivos e documentos do usuário (vídeos, sons, imagens, etc), normalmente montado com vfat. Não é essencial para o funcionamento do sistema.

Page 106: Treinamento Android Embarcado

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PONTOS DE MONTAGEM

/cache/d/data/system/etc/mnt/root/sbin/storage/vendor/proc/sys/dev/acct

Rootfs (RAM disk)

Kernel Virtual FS

Data Image

SDCARD

procfssysfstmpfscgroup

/anr/app/app-private/backup/dalvik-cache/data/dontpanic/local/misc/property/secure/system

Cache Image

System Image

/app/bin/etc/fonts/framework/lib/usr/xbin

Page 107: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

DIRETÓRIOS ROOTFS

/proc Montado com o sistema de arquivo virtual proc.

/sys Montado com o sistema de arquivo virtual sysfs.

/acct Montado com o sistema de arquivo virtual cgroupfs.

/config Montado com o sistema de arquivo virtual configfs.

/dev Montado com tmpfs e gerenciado pelo ueventd.

/d       Link para o diretório /sys/kernel/debug, onde normalmente fica montado o sistema de arquivo virtual debugfs.

Page 108: Treinamento Android Embarcado

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DIRETÓRIOS ROOTFS (cont.)

/etc Link para /system/etc, contendo arquivos de configuração.

/sbin Contém as aplicações ueventd e adbd.

/mnt Ponto de montagem temporária.

/root Home do usuário root, normalmente vazio no Android.

/vendor Link para /system/vendor, contendo arquivos específicos do fabricante do hardware (opcional).

Page 109: Treinamento Android Embarcado

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DIRETÓRIOS ROOTFS (cont.)

/system    Ponto de montagem para a partição system, onde é montada a imagem system.img.

/data    Ponto de montagem para a partição data, onde é montada a imagem userdata.img.

/storage    Ponto de montagem para o cartão SD (antigamente montado em /sdcard).

/cache    Ponto de montagem para a partição cache, usada para armazenar arquivos temporários, downloads em andamento, etc.

Page 110: Treinamento Android Embarcado

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DIRETÓRIO SYSTEM

/bin Binários instalados no sistema.

/xbin Binários externos (não essenciais ao funcionamento do sistema).

/lib Bibliotecas do sistema.

/framework Arquivos jar do framework Java.

/modules Módulos do kernel.

Page 111: Treinamento Android Embarcado

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DIRETÓRIO SYSTEM (cont.)

/app Aplicações pré-instaladas.

/etc Arquivos de configuração.

/media Arquivos de mídia (animação do boot, etc).

/fonts Fontes instaladas no sistema.

Page 112: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

DIRETÓRIO DATA

/app Diretório de instalação das aplicações.

/app­private Diretório de instalação das aplicações com proteção de cópia habilitada.

/app­asec Aplicações encriptadas.

/data Contém um diretório para cada aplicação instalada (home das aplicações).

Page 113: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

DIRETÓRIO DATA (cont.)

/dalvik­cache Cache da máquina virtual Java.

/local Diretório com permissão de escrita para qualquer usuário.

/property Armazena as propriedades persistentes do sistema.

/system Banco de dados do sistema (contas, lista de aplicações instaladas, etc).

Page 114: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

IMAGENS NO CARTÃO

Sdcard

Cache

Data (data.img)

System (system.img)

Initrd (ramdisk.img) /

/system

/data

/cache

/storage

Read-only

Read-write

BootloaderKernel Linux

raw

Page 115: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

PERMISSÕES

✗ O esquema de segurança do Android é fortemente baseado em credenciais (UID/GUI) e permissões de arquivos e diretórios.

✗ Para incluir um novo usuário/grupo ou alterar a permissão de um arquivo ou diretório, é necessário alterar um arquivo de cabeçalho do sistema:system/core/include/private/android_filesystem_config.h

✗ Este arquivo é processado durante a compilação do Android.

Page 116: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

ANDROID E LINUX LADO-A-LADO

✗ É relativamente fácil colocar um sistema GNU/Linux lado-a-lado com um sistema Android, porque:

✗ A maioria dos diretórios do rootfs são pontos de montagem de um sistema de arquivo virtual ou links para outros diretórios do sistema.

✗ Quase todo o sistema Android esta localizado nos diretórios /system e /data.

Page 117: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

ADB

✗ O ADB (Android Debug Bridge) é uma ferramenta de debugging desenvolvida pelo Google que possibilita o acesso via USB ou TCP/IP à qualquer dispositivo Android.

✗ Com o ADB, dentre outras opções, é possível:✗ Iniciar uma seção do shell.

✗ Ler e copiar arquivos do dispositivo.

✗ Exibir o log do sistema.

✗ Debbuging com GDB ou JDB.

✗ Estudaremos o ADB com mais detalhes na seção de Debugging.

Page 118: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

LABORATÓRIO

Compilando e testando o Android no target

Page 119: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

Android embarcado

Camada nativa

Page 120: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

CAMADA NATIVA

Linux Kernel

Bibliotecas(bionic, etc)

InitToolbox

Daemons nativos

CamadaHAL

Dalvik / Android Runtime / Zygote

System Services

Android API

Aplicações

BibliotecasJava

API

Binder

JNI

System call

Page 121: Treinamento Android Embarcado

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CAMADA NATIVA (cont.)

✗ A camada nativa do Android é composta por todos os componentes do espaço de usuário que rodam fora da máquina virtual Java:

✗ Bibliotecas, incluindo a biblioteca C do sistema (Bionic).

✗ Ferramentas de linha de comando.

✗ Daemons responsáveis por prover determinada funcionalidade ou acesso à determinado recurso do sistema.

✗ Por questões de licença de software, a camada nativa do Android foi praticamente escrita do zero. Em alguns casos, é bastante diferente do que vemos em um sistema Linux tradicional!

Page 122: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

BIBLIOTECAS

✗ A Android possui mais de 200 bibliotecas que podem ser usadas pelas aplicações, todas disponíveis no rootfs em /system/lib:

✗ Algumas bibliotecas são populares em sistemas Linux, como por exemplo libssl, libexpat, libjpeg, libsqlite e libwebcore.

✗ Outras foram reimplementadas com o objetivo de deixar a biblioteca mais leve e simples de usar, como por exemplo a libtinyalsa.

✗ Outras são específicas do Android, como por exemplo libbinder, libutils e liblog.

✗ O código-fonte das bibliotecas esta disponível nos diretórios bionic/, system/core/, external/ e frameworks/base/.

Page 123: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

BIBLIOTECA C

✗ Um dos principais componentes de um sistema Linux é a biblioteca C.

✗ A biblioteca C implementa a API do sistema operacional, provendo uma interface para as aplicações acessarem os serviços do kernel (system calls).

✗ Diversas bibliotecas C estão disponíveis para sistemas Linux, incluindo glibc, eglibc e uClibc.

✗ O Android possui a sua própria biblioteca C, a Bionic!

Page 124: Treinamento Android Embarcado

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BIONIC

✗ Por questões de licença, o Google decidiu não usar as bibliotecas C comuns em sistemas Linux, implementando a Bionic, baseando-se na biblioteca C usada no BSD.

✗ A implementação é simples e leve, e liberada sob a licença BSD (código-fonte em bionic/).

✗ Não possui suporte total à API do padrão POSIX, o que pode dificultar o porte de aplicações Linux nativas para o Android.

✗ Mais informações sobre a Bionic em:http://androidxref.com/4.0.4/xref/ndk/docs/system/libc/OVERVIEW.html

Page 125: Treinamento Android Embarcado

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BUSYBOX

✗ Um sistema Linux requer diversas aplicações básicas como uma aplicação init, um shell e diversas ferramentas para manipular e configurar o sistema.

✗ Normalmente estas aplicações são providas separadamente por diversos pacotes open source (coreutils, bash, grep, sed, tar, wget, modutils, etc), porém:

✗ Estes pacotes não foram desenvolvidos com o conceito de sistemas embarcados em mente.

✗ Seria trabalhoso se fosse necessário compilar separadamente cada um destes pacotes para construir um sistema Linux embarcado.

✗ Em sistemas Linux, o Busybox é uma solução para este problema, integrando diversas ferramentas e aplicações em um único pacote, com foco em sistemas com poucos recursos.

Page 126: Treinamento Android Embarcado

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TOOLBOX

✗ Por questões de licença, o Android implementou uma ferramenta equivalente ao Busybox chamada Toolbox, liberando-a sob a licença BSD.

✗ O código-fonte esta disponível em system/core/toolbox/.

✗ O Toolbox é bem mais limitado quando comparado ao Busybox, mas inclui comandos específicos do Android (getprop, log, etc).

✗ De qualquer forma, o Busybox pode ser integrado e instalado em um sistema Android facilmente.

Page 127: Treinamento Android Embarcado

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COMANDOS BUSYBOXaddgroup,  adduser,  adjtimex,  ar,  arp,  arping,  ash,  awk,  basename,  bbconfig,  bbsh,  brctl, bunzip2,  busybox,  bzcat,  bzip2,  cal,  cat,  catv,  chat,  chattr,  chcon,  chgrp,  chmod,  chown, chpasswd,  chpst,  chroot,  chrt,  chvt,  cksum,  clear,  cmp,  comm,  cp,  cpio,  crond,  crontab, cryptpw,  cttyhack,  cut,  date,  dc,  dd,  deallocvt,  delgroup,  deluser,  depmod,  devfsd,  df, dhcprelay,  diff,  dirname,  dmesg,  dnsd,  dos2unix,  dpkg,  dpkg_deb,  du,  dumpkmap,  dumpleases, e2fsck, echo, ed, egrep, eject, env, envdir, envuidgid, ether_wake, expand, expr, fakeidentd, false, fbset, fbsplash, fdflush, fdformat, fdisk, fetchmail, fgrep, find, findfs, fold, free, freeramdisk,  fsck,  fsck_minix,  ftpget,  ftpput,  fuser,  getenforce,  getopt,  getsebool,  getty, grep, gunzip, gzip, halt, hd, hdparm, head, hexdump, hostid, hostname, httpd, hush, hwclock, id,  ifconfig,  ifdown,  ifenslave,  ifup,  inetd,  init,  inotifyd,  insmod,  install,  ip,  ipaddr, ipcalc,  ipcrm,  ipcs,  iplink,  iproute,  iprule,  iptunnel,  kbd_mode,  kill,  killall,  killall5, klogd,  lash,  last,  length,  less,  linux32,  linux64,  linuxrc,  ln,  load_policy,  loadfont, loadkmap, logger, login, logname, logread, losetup, lpd, lpq, lpr, ls, lsattr, lsmod, lzmacat, makedevs, man, matchpathcon, md5sum, mdev, mesg, microcom, mkdir, mke2fs, mkfifo, mkfs_minix, mknod, mkswap, mktemp, modprobe, more, mount, mountpoint, msh, mt, mv, nameif, nc, netstat, nice, nmeter, nohup, nslookup, od, openvt, parse, passwd, patch, pgrep, pidof, ping, ping6, pipe_progress,  pivot_root,  pkill,  poweroff,  printenv,  printf,  ps,  pscan,  pwd,  raidautorun, rdate,  rdev,  readahead,  readlink,  readprofile,  realpath,  reboot,  renice,  reset,  resize, restorecon,  rm,  rmdir,  rmmod,  route,  rpm,  rpm2cpio,  rtcwake,  run_parts,  runcon,  runlevel, runsv,  runsvdir,  rx,  script,  sed,  selinuxenabled,  sendmail,  seq,  sestatus,  setarch, setconsole,  setenforce,  setfiles,  setfont,  setkeycodes,  setlogcons,  setsebool,  setsid, setuidgid, sh, sha1sum, showkey, slattach, sleep, softlimit, sort, split, start_stop_daemon, stat, strings, stty, su, sulogin, sum, sv, svlogd, swapoff, swapon, switch_root, sync, sysctl, syslogd, tac, tail, tar, taskset, tcpsvd, tee, telnet, telnetd, test, tftp, tftpd, time, top, touch,  tr,  traceroute,  true,  tty,  ttysize,  tune2fs,  udhcpc,  udhcpd,  udpsvd,  umount,  uname, uncompress,  unexpand,  uniq,  unix2dos,  unlzma,  unzip,  uptime,  usleep,  uudecode,  uuencode, vconfig, vi, vlock, watch, watchdog, wc, wget, which, who, whoami, xargs, yes, zcat, zcip

Page 128: Treinamento Android Embarcado

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COMANDOS TOOLBOXls,  mount,  cat,  ps,  kill,  ln,  insmod,  rmmod,  lsmod,  ifconfig, setconsole, rm, mkdir, rmdir, reboot, getevent, sendevent, date, wipe, sync, umount, start, stop, notify, cmp, dmesg, route, hd, dd,  df,  getprop,  setprop,  watchprops,  log,  sleep,  renice, printenv,  smd,  chmod,  chown,  newfs_msdos,  netstat,  ioctl,  mv, schedtop,  top,  iftop,  id,  uptime,  vmstat,  nandread,  ionice, touch, lsof, du, md5

Page 129: Treinamento Android Embarcado

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INIT

✗ A aplicação init é executada pelo kernel logo após montar o sistema de arquivos, sendo responsável pela inicialização do sistema.

✗ Sistemas Linux possuem diversas implementações do processo init, dentre elas sysvinit, systemd e upstart.

✗ O Android possui a sua própria aplicação init!

✗ Estudaremos em detalhes o processo de inicialização do Android mais adiante no treinamento.

Page 130: Treinamento Android Embarcado

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SHELL

✗ O shell do Android é baseado no MirBSD Korn Shell.https://www.mirbsd.org/mksh.htm

✗ Bem mais limitado que o shell que você esta acostumado a usar no desktop!

✗ Documentação pode ser acessada no código-fonte do Android com o comando abaixo:

$ man external/mksh/src/mksh.1

Page 131: Treinamento Android Embarcado

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DAEMONS

✗ Os daemons são processos responsáveis por alguma funcionalidade do sistema:✗ São executados na inicialização pelo processo init.

✗ Rodam em background durante todo o tempo em que o sistema esta funcional.

✗ São capazes de controlar e centralizar o acesso à um recurso do sistema.

✗ No Android, alguns daemons servem de interface entre os serviços do Android (System Services) e os recursos do sistema (gerenciamento da rede, pontos de montagem, instalação de aplicações, etc), provendo segurança no acesso à determinado recurso.

Page 132: Treinamento Android Embarcado

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DAEMONS EM EXECUÇÃO# psUSER     PID   PPID  VSIZE  RSS     WCHAN    PC         NAMEroot      1     0     372    228   800f0f58 0000e890 S /initroot      949   1     356    4     800f0f58 0000e890 S /sbin/ueventdroot      1299  1     300    4     8008e0c0 00019510 S /sbin/watchdogdroot      1311  1     824    484   80045b44 2ab8a9b0 S /system/bin/shsystem    1312  1     892    184   803e275c 2aca3008 S /system/bin/servicemanagerroot      1313  1     4068   744   ffffffff 2ac607d0 S /system/bin/voldroot      1314  1     9688   924   ffffffff 2abd27d0 S /system/bin/netdroot      1315  1     936    232   80414198 2ac3ead4 S /system/bin/debuggerdsystem    1316  1     216852 8276  ffffffff 2ac6e008 S /system/bin/surfaceflingerroot      1317  1     638504 34448 ffffffff 2ac3712c S zygotedrm       1318  1     9000   2996  ffffffff 2acbb008 S /system/bin/drmservermedia     1319  1     207624 6520  ffffffff 2ac3c008 S /system/bin/mediaserverbluetooth 1320  1     1400   488   800f0f58 2ab8bf98 S /system/bin/dbus­daemoninstall   1321  1     904    444   804b91c0 2abfbd98 S /system/bin/installdkeystore  1322  1     1832   684   80414198 2ab36ad4 S /system/bin/keystoreroot      1323  1     2436   692   ffffffff 2abc57d0 S /system/bin/rildmedia_rw  1326  1     4860   164   ffffffff 2abddd98 S /system/bin/sdcardroot      1328  1     6120   932   ffffffff 2ac68760 S /system/bin/ingsvcdroot      1329  1     3448   4     ffffffff 00015f2c S /sbin/adbd

Page 133: Treinamento Android Embarcado

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UEVENTD

✗ O ueventd é responsável pelo gerenciamento da conexão de dispositivos de hardware (device hotplugging).

✗ É o equivalente ao udev ou mdev em um sistema Linux comum.

✗ Princípio básico de funcionamento do ueventd:✗ Recebe eventos de hotplug do kernel.

✗ Processa eventos de acordo com um conjunto de regras em /ueventd.rc e /ueventd.<device_name>.rc.

✗ Cria os arquivos de dispositivo no /dev.

Page 134: Treinamento Android Embarcado

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VOLD

✗ O vold (Volume Daemon) monitora eventos de dispositivos de armazenamento.

✗ É responsável por:✗ Montar automaticamente dispositivos de armazenamento.

✗ Formatar partições em dispositivos de armazenamento.

✗ Arquivo de configuração em /system/etc/vold.fstab (mesmo propósito do /etc/fstab em sistemas Linux).

Page 135: Treinamento Android Embarcado

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RILD

✗ O rild (Radio Interface Layer Daemon) gerencia a comunicação com o chip do modem (voz e dados).

✗ É responsável por:✗ Discar e receber ligações.

✗ Enviar e receber SMS, MMS, etc.

✗ Estabelecer comunicação de dados com a rede GSM, GPRS, etc.

Page 136: Treinamento Android Embarcado

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NETD

✗ O netd (Network Management Service Daemon) é o daemon responsável pelo gerenciamento de conexões de rede (Bluetooth, Wi-Fi, USB, etc).

✗ É responsável por:✗ Gerenciar a configuração de interfaces de rede.

✗ Detectar e estabelecer novas conexões.

✗ Configurar tethering.

✗ Fazer uma conexão PPP.

Page 137: Treinamento Android Embarcado

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INSTALLD

✗ O installd (Install Daemon) é responsável pela instalação e desinstalação de aplicações Android (*.apk).

✗ Também é capaz de verificar integridade dos pacotes, instalar bibliotecas nativas, etc.

Page 138: Treinamento Android Embarcado

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DEBUGGERD

✗ O debuggerd é um daemon de debugging.

✗ É invocado pelo linker da Bionic para fazer análise postmortem de um processo que finalizou de forma inesperada.

✗ Gera um arquivo de debugging em /data/tombstones e possibilita o debug via gdb.

Page 139: Treinamento Android Embarcado

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OUTROS DAEMONS

✗ adbd: daemon para gerenciar a conexão ADB.

✗ system_server: daemon que contém a maioria dos serviços do Android.

✗ servicemanager: responsável pelo gerenciamento da comunicação com o Binder, funcionando como um índice para todos os serviços que usam o Binder no sistema.

✗ mediaserver: responsável pelos serviços de media (audio, video, etc).

✗ keystore: gerencia o armazenamento e acesso à chaves criptográficas, como por exemplo certificados SSL.

Page 140: Treinamento Android Embarcado

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OUTRAS BIBLIOTECAS E APLICAÇÕES

✗ stagefright: biblioteca responsável pela codificação e decodificação de arquivos multimedia (equivalente ao gstreamer).

✗ bluedroid: stack Bluetooth, que serve de interface entre os serviços do Android e a camada HAL de acesso ao hardware.

✗ dalvik: máquina virtual Java, portável e leve, responsável por executar aplicações Android.

✗ app_process: ferramenta capaz de instanciar a Dalvik e executar uma aplicação Java.

Page 141: Treinamento Android Embarcado

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COMANDOS NATIVOS

✗ netcfg: exibir informações e configurar as interfaces de rede.

✗ getprop: listar as propriedades do sistema.

✗ setprop: mudar uma propriedade do sistema.

✗ watchprops: monitorar em tempo-real as propriedades do sistema

✗ getevent: monitorar os eventos de dispositivos de entrada (teclado, touchscreen, mouse, botão, etc).

✗ sendevent: gerar um evento para o sistema.

Page 142: Treinamento Android Embarcado

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COMANDOS NATIVOS (cont.)

✗ start/stop: iniciar/parar serviços.

✗ log: logar uma mensagem no sistema de log do Android.

✗ logcat: exibir o log do sistema.

✗ wipe: apagar a partição system ou data.

✗ logwrapper: permite executar um comando e redirecionar as saídas padrão e de erro para o log do Android.

✗ netcfg: exibir informações e configurar as interfaces de rede.

Page 143: Treinamento Android Embarcado

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A CAMADA HAL

✗ Em sistemas Linux, o acesso à um dispositivo de hardware normalmente é exposto para as aplicações através de entradas no /dev ou /sys.

✗ O Android se baseia em uma camada adicional chamada HAL (Hardware Abstraction Layer) para abstrair o acesso ao hardware pelo seu framework.

✗ Boa parte dos dispositivos suportados pelo Android possuem uma camada HAL, que pode variar em comportamento e interface.

✗ Estudaremos em detalhes a camada HAL mais adiante no treinamento.

Page 144: Treinamento Android Embarcado

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LABORATÓRIO

Usando algumas ferramentas nativas

Page 145: Treinamento Android Embarcado

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Android embarcado

Processo de inicialização

Page 146: Treinamento Android Embarcado

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VISÃO GERAL DO BOOTBootloader

Carrega o kernel para a RAM e inicia

initInicia outros serviços e aplicações

KernelMonta o rootfs indicado por ”root=”

Inicia a aplicação ”init”

Shell Outras aplicações

Rootfs

Page 147: Treinamento Android Embarcado

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A INICIALIZAÇÃO

✗ Após montar o rootfs, o kernel irá tentar executar uma aplicação de inicialização, também chamada de processo init.

✗ Para isso, o kernel tenta executar os binários /sbin/init, /bin/init, /etc/init e /bin/sh.

✗ Você pode passar também o nome do programa de inicialização através do parâmetro init da linha de comandos do kernel.

✗ Normalmente sistemas Android passam para o kernel a aplicação init via parâmetro, conforme abaixo:

init=/init

Page 148: Treinamento Android Embarcado

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MECANISMOS DE INICIALIZAÇÃO

✗ Assim que executado, o processo init é o responsável pela inicialização do restante do sistema.

✗ Existem diferentes mecanismos de inicialização em sistemas Linux, como systemd, upstart, openrc e sysvinit (System V Init).

✗ O Android possui seu próprio mecanismo de inicialização!

Page 149: Treinamento Android Embarcado

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INIT DO ANDROID

✗ O processo init do Android, através de alguns arquivos de configuração, é capaz de:

✗ Configurar o sistema (montar sistemas de arquivo, exportar variáveis de ambiente, criar e definir permissões de arquivos, etc).

✗ Iniciar os daemons e gerenciar sua execução.

✗ Gerenciar eventos de hotplug de dispositivos de hardware (através do ueventd).

✗ Monitorar as propriedades do sistema e executar ações específicas quando uma propriedade for modificada.

Page 150: Treinamento Android Embarcado

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ARQUIVO DE CONFIGURAÇÃO

✗ O arquivo de configuração init.rc é utilizado para flexibilizar o funcionamento da aplicação init do Android.

✗ Outros arquivos de configuração podem ser incluídos com a diretiva import. Exemplo:import /init.usb.rcimport /init.${ro.hardware}.rc

✗ A propriedade ro.hardware é setada pelo processo init lendo do sistema na ordem abaixo:

✗ Variável androidboot.hardware na linha de comandos do kernel.

✗ Campo Hardware do arquivo /proc/cpuinfo.

Page 151: Treinamento Android Embarcado

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ARQUIVOS DE CONFIGURAÇÃO (cont.)

✗ Os arquivos de configuração possuem basicamente dois tipos de declaração:

✗ Ações que podem ser tomadas de acordo com algum evento do sistema:on <trigger>    <command>    <command>

✗ Serviços que são gerenciados pelo init:service <name> <pathname> [ <argument> ]*    <option>    <option>

Page 152: Treinamento Android Embarcado

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SERVIÇOS E AÇÕES

✗ Apenas a declaração de ações resultam na execução de comandos pelo processo init.

✗ A declaração de serviços servem apenas para descrever os serviços, que normalmente são iniciados com os comandos start ou class_start, através de alguma ação disparada por um evento.

✗ São basicamente duas as fontes de eventos que podem disparar uma ação:✗ Triggers pré-definidos de boot (early­init, init, early­fs, fs, post­fs,

early­boot, boot).

✗ Mudança em alguma propriedade do sistema.

Page 153: Treinamento Android Embarcado

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TRIGGERS DE BOOT

✗ Os triggers de boot são eventos gerados automaticamente pelo init no boot do sistema.

✗ Esta é a lista completa de triggers de boot, por ordem de execução:✗ early-init

✗ init

✗ early-fs

✗ fs

✗ post-fs

✗ early-boot

✗ boot

Page 154: Treinamento Android Embarcado

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TRIGGERS DE BOOT (cont.)

✗ Cada ação disparada por um evento (trigger) irá causar a execução de um ou mais comandos:on early­init    write /proc/1/oom_adj ­16    setcon u:r:init:s0    start ueventd

✗ São vários os comandos disponíveis, dentre eles chdir, chmod, chown, class_start, class_stop, copy, export, ifup, insmod, loglevel, mkdir, mount, start, stop, restart.

✗ Uma descrição (desatualizada) dos comandos esta disponível nos fontes em system/core/init/readme.txt.

Page 155: Treinamento Android Embarcado

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SERVIÇOS

✗ Os serviços são daemons iniciados e gerenciados pelo processo init, declarados conforme abaixo:

service <name> <pathname> [ <argument> ]*    <option>    <option>

✗ Esta declaração apenas descreve o serviço, mas não o inicia.

✗ Um serviço é iniciado no disparo de uma ação, através de alguns comandos como o start ou o class_start.

Page 156: Treinamento Android Embarcado

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SERVIÇOS (EXEMPLOS)service surfaceflinger /system/bin/surfaceflinger    class main    user system    group graphics drmrpc    onrestart restart zygote

service adbd /sbin/adbd    class core    socket adbd stream 660 system system    disabled

Page 157: Treinamento Android Embarcado

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OPÇÕES DOS SERVIÇOS

class Classe à que pertence o serviço.

user Usuário do serviço.

group Grupo do serviço.

socket Criar um socket UNIX e passar o descritor ao iniciar o processo.

Page 158: Treinamento Android Embarcado

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OPÇÕES DOS SERVIÇOS (cont.)

disabled Não iniciar automaticamente o serviço com a sua classe, e sim apenas pelo seu nome.

critical Se o serviço reiniciar 5 vezes, reinicia o sistema em modo recovery.

onrestart Executar determinado comando ao reiniciar o serviço.

oneshot Executar apenas uma vez.

Page 159: Treinamento Android Embarcado

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UEVENTD

✗ O daemon ueventd (parte do init) é executado no boot do sistema, sendo o responsável pelo gerenciamento dos eventos de hotplug gerados pelo kernel.

service ueventd /sbin/ueventd    class core    critical    seclabel u:r:ueventd:s0

on early­init    start ueventd

Page 160: Treinamento Android Embarcado

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UEVENTD (cont.)

✗ O ueventd captura os eventos de hotplug e cria ou remove os arquivos de dispositivo no /dev.

✗ Os arquivos de configuração /ueventd.rc e /ueventd.<plat form>.rc são usados para definir as permissões dos arquivos de dispositivos criados.

✗ O campo <platform> no arquivo de configuração é lido do sistema na ordem abaixo:

✗ Variável androidboot.hardware na linha de comandos do kernel.

✗ Campo Hardware do arquivo /proc/cpuinfo.

Page 161: Treinamento Android Embarcado

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EXEMPLO UEVENTD<path>             <permission>  <user>   <group>/dev/null                 0666   root     root/dev/zero                 0666   root     root/dev/full                 0666   root     root/dev/ptmx                 0666   root     root/dev/tty                  0666   root     root/dev/random               0666   root     root/dev/urandom              0666   root     root/dev/ashmem               0666   root     root/dev/binder               0666   root     root/dev/log/*                0666   root     log/dev/snd/dsp              0660   system   audio/dev/snd/dsp1             0660   system   audio/dev/snd/mixer            0660   system   audio/dev/graphics/*           0660   root     graphics

Page 162: Treinamento Android Embarcado

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PROPRIEDADES

✗ Propriedades são configurações globais compartilhadas por todo sistema Android.

✗ As propriedades são armazenadas em arquivos texto e carregadas para a memória RAM no boot do Android:

✗ /system/build.prop: propriedades padrão geradas durante a compilação da imagem (informações do build, configuração da Dalvik, etc).

✗ /default.prop: propriedades padrão adicionais (basicamente configurações do ADB e da interface USB).

Page 163: Treinamento Android Embarcado

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PROPRIEDADES (cont.)

✗ /system/default.prop e /data/local.prop: propriedades específicas da plataforma (opcional).

✗ /data/property: diretório com propriedades criadas ou alteradas em tempo de execução, que persistem durante o boot.

✗ O processo init é o responsável pelo gerenciamento das propriedades, através de um UNIX domain socket em /dev/socket/property_service.

Page 164: Treinamento Android Embarcado

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LISTANDO AS PROPRIEDADES

✗ As propriedades podem ser listadas com o comando getprop:

# getprop[alsa.mixer.capture.headset]: [Capture][dalvik.vm.dexopt­flags]: [m=y][net.hostname]: [android­67af414597e8c083][persist.service.bdroid.bdaddr]: [22:22:da:0a:2d:31][ro.board.platform]: [imx6][ro.boot.hardware]: [freescale][ro.build.date]: [Fri Jun 21 15:01:11 CST 2013][ro.build.product]: [wandboard][ro.build.user]: [root][sys.boot_completed]: [1][wifi.interface]: [wlan0]

Page 165: Treinamento Android Embarcado

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MUDANDO PROPRIEDADES

✗ As propriedades podem ser alteradas em tempo de compilação de diversas formas diferentes:✗ Através da variável PRODUCT_PROPERTY_OVERRIDES na definição do

produto ou no Makefile da aplicação.

✗ Criando o arquivo system.prop no diretório do produto criado.

✗ Alterando o init.rc ou outro arquivo de configuração do init.

✗ Em tempo de execução, as propriedades do sistema podem ser alteradas através da ferramenta setprop.

✗ As propriedades podem também ser monitoradas com o comando watchprops.

Page 166: Treinamento Android Embarcado

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PERMISSÕES

✗ Por padrão, os processos podem apenas ler as propriedades.

✗ A permissão para alteração de propriedades é definida no código-fonte em system/core/init/property_service.c.

/* White list of permissions for setting property services. */struct {    const char *prefix;    unsigned int uid;    unsigned int gid;} property_perms[] = {    { "net.rmnet0.",      AID_RADIO,    0 },    { "net.gprs.",        AID_RADIO,    0 },    { "net.ppp",          AID_RADIO,    0 },    { "ril.",             AID_RADIO,    0 }

Page 167: Treinamento Android Embarcado

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PROPRIEDADES ESPECIAIS

ro.* Propriedades de apenas leitura, só podem ser alteradas na compilação.

persist.* Propriedades armazenadas em /data/property/, cujo valor é mantido no reboot.

ctl.start Propriedade especial usada para iniciar um serviço.

ctl.stop Propriedade especial usada para terminar um serviço.

Page 168: Treinamento Android Embarcado

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PROPRIEDADES NO INIT

✗ O processo init é capaz de gerenciar as propriedades do sistema e tomar ações baseadas nas mudanças destas propriedades.

on property:ro.debuggable=1    start console

service console /system/bin/sh    class core    console    disabled    user shell    group log

Page 169: Treinamento Android Embarcado

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APP_PROCESS

✗ O app_process é uma ferramenta de linha de comando capaz de instanciar uma máquina virtual para executar uma aplicação Java.

✗ Para realizar este trabalho, o app_process utiliza os serviços providos pela Android Runtime, uma biblioteca do sistema chamada libandroid_runtime.so.

✗ Esta biblioteca utiliza os serviços da camada nativa (log, propriedades, etc) para configurar e iniciar a máquina virtual Java.

✗ A implementação de máquina virtual Java utilizada no Android é a Dalvik.

Page 170: Treinamento Android Embarcado

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DALVIK

✗ A Dalvik é uma máquina virtual Java, portável e leve, responsável por executar as aplicações Android.

✗ Projetada para executar várias instancias ao mesmo tempo, consumindo pouca memória.

✗ Duas formas de execução:✗ fast: otimizada para a arquitetura, mas não portável.

✗ portable: toda escrita em C, um pouco lenta, mas funciona em todas as plataformas.

✗ Usa o framework de bibliotecas Java do projeto Apache Harmony.

Page 171: Treinamento Android Embarcado

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ZYGOTE

✗ Na inicialização do sistema, o app_process é utilizado para executar a aplicação Java mais importante do sistema, o Zygote.

service zygote /system/bin/app_process ­Xzygote /system/bin                ­­zygote –start­system­server    class main                   socket zygote stream 660 root system    onrestart write /sys/android_power/request_state wake    onrestart write /sys/power/state on               onrestart restart media    onrestart restart netd

Page 172: Treinamento Android Embarcado

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ZYGOTE (cont.)

✗ O zygote é um dos principais daemons do Android, responsável por:✗ Pré-carregar todas as classes Java em memória.

✗ Iniciar o system server (serviços do sistema Android).

✗ Esperar conexões em um UNIX domain socket (/dev/socket/zygote) para iniciar novas aplicações.

✗ Ao receber a requisição de uma nova aplicação, cria um fork de si mesmo para executá-la.

Page 173: Treinamento Android Embarcado

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SYSTEM SERVER

✗ O system server é um processo separado executado pelo Zygote durante sua inicialização.

✗ Este processo é responsável por registrar a maioria dos serviços Java do sistema, que podem ser usados pelas aplicações através da API do Android.

✗ Um dos serviços registrados, o Activity Manager, termina sua inicialização enviando um Intent do tipo Intent.CATEGORY_HOME, que faz com que a aplicação Launcher seja executada.

Page 174: Treinamento Android Embarcado

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INICIALIZAÇÃO (RESUMIDA)

Kernel Linux

init

init.rc, *.rc

ZygoteSystemServer

app_process

Activity Manager Launcher

C/C++

Java

start(Launcher)

daemons

Power Manager

OutrosServiços

Page 175: Treinamento Android Embarcado

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PROCESSOS NA INICIALIZAÇÃO# psUSER     PID   PPID  VSIZE  RSS     WCHAN    PC         NAMEroot      1     0     372    228   800f0f58 0000e890 S /initroot      949   1     356    4     800f0f58 0000e890 S /sbin/ueventdroot      1315  1     824    492   80045b44 2ac9d9b0 S /system/bin/shsystem    1316  1     892    184   803e275c 2acab008 S /system/bin/servicemanagerroot      1321  1     638504 34440 ffffffff 2abad12c S zygotedrm       1322  1     9004   3000  ffffffff 2acb6008 S /system/bin/drmservermedia     1323  1     208648 6512  ffffffff 2ab48008 S /system/bin/mediaserversystem    1621  1321  914932 43172 ffffffff 2abad008 S system_serveru0_a9     1698  1321  855328 58212 ffffffff 2abadf20 S com.android.systemuiu0_a2     1781  1321  649212 19328 ffffffff 2abadf20 S com.android.inputmethod.latinradio     1792  1321  661760 21868 ffffffff 2abadf20 S com.android.phoneu0_a31    1815  1321  851020 38768 ffffffff 2abadf20 S com.android.launcheru0_a39    1830  1321  646836 15572 ffffffff 2abadf20 S com.android.location.fusedu0_a17    1960  1321  649628 18152 ffffffff 2abadf20 S com.android.providers.calendaru0_a23    1996  1321  657840 19948 ffffffff 2abadf20 S com.android.emailu0_a24    2013  1321  655480 16904 ffffffff 2abadf20 S com.android.exchangeu0_a38    2089  1321  654508 17564 ffffffff 2abadf20 S com.android.calendar

Page 176: Treinamento Android Embarcado

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LABORATÓRIO

Alterando o processo de inicialização do Android

Page 177: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

Android embarcado

Produtos

Page 178: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

PLACAS, DISPOSITIVOS E PRODUTOS

Arquitetura

Placa (hardware)

Dispositivo (periféricos)

Produto (customizações)

Page 179: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

PRODUTO

✗ Um produto define todas as informações necessárias para a compilação de um sistema Android (plataforma de hardware, conjunto de aplicações, customizações, etc).

✗ Por padrão, o AOSP já vem com alguns produtos definidos. Por exemplo, na versão 4.2.2 do Android, são definidos vários produtos para a linha Nexus, além de um produto para a Pandaboard.

✗ Adicionar um produto é normalmente uma das primeiras tarefas ao portar o Android para uma plataforma embarcada.

✗ Os produtos disponíveis podem ser exibidos e selecionados com o comando lunch.

Page 180: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

CRIANDO UM PRODUTO

✗ Para criar um produto é necessário criar um diretório em device/<company>/<device>, onde estarão todos os arquivos de definição do produto.

$ mkdir ­p device/labworks/superdroid/

✗ E depois implementar um arquivo chamado AndroidProducts.mk, que deve incluir o Makefile do seu produto através da variável PRODUCT_MAKEFILES:

PRODUCT_MAKEFILES := \    $(LOCAL_DIR)/full_superdroid.mk

Page 181: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

MAKEFILE DO PRODUTO

✗ O próximo passo é implementar o makefile do produto (no nosso exemplo full_superdroid.mk).

✗ Essa é uma definição mínima do makefile:

$(call inherit­product, $(SRC_TARGET_DIR)/product/full.mk)

PRODUCT_NAME   := full_superdroidPRODUCT_DEVICE := superdroidPRODUCT_MODEL  := Super Android robotPRODUCT_BRAND  := Android

Page 182: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

ADICIONANDO APLICAÇÕES

✗ Neste makefile é necessário definir todas as aplicações que estarão presentes no produto.

✗ Normalmente isso é feito incluindo outro makefile que contém um conjunto de aplicações já pré-definidas, conforme exemplo anterior:

$(call inherit­product, $(SRC_TARGET_DIR)/product/full.mk)

✗ Estes arquivos de makefile pré-configurados estão disponíveis em no código-fonte do sistema de build em build/target/product.

Page 183: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

ADICIONANDO APLICAÇÕES (cont.)

✗ As aplicações também podem ser incluídas no produto através da variável PRODUCT_PACKAGES:

PRODUCT_PACKAGES +=    \    LiveWallpapers     \    Gallery2           \       SoundRecorder      \    Camera             \    Email              \    FSLOta             \    CactusPlayer       \    VideoEditor        \    FSLProfileApp      \    FSLProfileService  \    PinyinIME          

Page 184: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

ADICIONANDO APLICAÇÕES (cont.)

✗ Ao criar um pacote específico para o seu produto, seja uma aplicação Android, biblioteca ou aplicação nativa, coloque-a dentro do diretório do produto criado.

✗ Por exemplo, uma necessidade comum é a implementação de uma aplicação Launcher específica para o seu produto. O código-fonte desta aplicação deve ir dentro do diretório do produto criado.

✗ Isso facilita a manutenção, como por exemplo ao fazer upgrade de versão do Android, já que todas as alterações do seu produto ficam centralizadas em um único diretório.

✗ Veremos como fazer isso mais adiante no treinamento.

Page 185: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COPIANDO ARQUIVOS

✗ Na definição de um produto, é comum a necessidade de copiar algum arquivo diretamente para a imagem final, como por exemplo:

✗ Customização de arquivos de configuração (init.rc, vold.fstab, ueventd.rc).

✗ Inclusão de arquivos binários (firmware, shell scripts, imagem de boot, etc).

Page 186: Treinamento Android Embarcado

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COPIANDO ARQUIVOS (cont.)

✗ Estas customizações podem ser realizadas através da variável PRODUCT_COPY_FILES:

PRODUCT_COPY_FILES += \    device/labworks/superdroid/init.rc:root/init.rc               \    device/labworks/superdroid/vold.fstab:system/etc/vold.fstab   \    device/labworks/superdroid/gpsreset.sh:system/etc/gpsreset.sh

Page 187: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

OVERLAYS

✗ Overlay é um mecanismo que possibilita sobrescrever recursos definidos por uma aplicação sem precisar alterar o código-fonte original.

✗ Os recursos que podem ser sobrescritos incluem:✗ Arquivos de imagens.

✗ Mensagens e strings.

✗ Arquivos de configuração das aplicações.

✗ O overlay somente é possível em arquivos de recursos (*.png, *.xml, etc). Não é possível realizar o overlay de código-fonte!

✗ Veja por exemplo uma implementação de overlay no código-fonte do Android em device/samsung/manta/overlay/.

Page 188: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

OVERLAYS (cont.)

✗ Para realizar o overlay o primeiro passo é criar o diretório overlay com a mesma estrutura de diretórios do código-fonte do Android:

$ tree device/samsung/manta/overlay/ ──├ frameworks

     │ ──└ base         │ ──├ core             │ │ ──└ res                 │ │ ──└ res                     │ │ ──├ values                         │ │ │ ──└ config.xml                     │ │ ──└ xml                         │ │ ──├ power_profile.xml                         │ │ ──└ storage_list.xml

Page 189: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

OVERLAYS (cont.)

✗ E depois declarar o overlay no Makefile do produto usando DEVICE_PACKAGE_OVERLAYS ou PRODUCT_PACKAGE_OVERLAY:

DEVICE_PACKAGE_OVERLAYS := \               device/labworks/superdroid/overlay

✗ Uma lista completa das opções que podem ser usadas no Makefile do produto estão disponíveis no código-fonte do sistema de build em build/core/product.mk.

Page 190: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

DEFININDO PROPRIEDADES

✗ Um produto pode definir ou mudar alguma propriedade padrão do sistema de duas formas:✗ Através da variável PRODUCT_PROPERTY_OVERRIDES no makefile do

produto:

PRODUCT_PROPERTY_OVERRIDES := \                                               net.dns1=8.8.8.8 \                                      net.dns2=8.8.4.4

✗ Definindo as propriedades em um arquivo chamado system.prop e salvá-lo no diretório do produto.

✗ As propriedades definidas ou alteradas serão adicionadas ao arquivo /system/build.prop e carregadas no boot do sistema.

Page 191: Treinamento Android Embarcado

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CONFIGURAÇÃO DA PLACA

✗ Junto com a definição do produto é necessário implementar também o arquivo de definição da placa BoardConfig.mk.

✗ Este arquivo contém informações específicas sobre o hardware (arquitetura da CPU, bootloader, kernel, características do hardware).

✗ Não existe uma documentação completa sobre as variáveis que podem ser definidas, e na maioria das vezes é necessário estudar o código-fonte do sistema de build para entender seu funcionamento (build/core/Makefile).

✗ Veja um exemplo completo no código-fonte do Android em device/samsung/manta/BoardConfig.mk.

Page 192: Treinamento Android Embarcado

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BoardConfig.mk

TARGET_NO_KERNEL := trueTARGET_NO_BOOTLOADER := true

TARGET_ARCH := armTARGET_ARCH_VARIANT := armv7­a­neonTARGET_CPU_ABI := armeabi

BOARD_USES_GENERIC_AUDIO := trueUSE_CAMERA_STUB := true

Page 193: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

OUTRAS VARIÁVEIS

✗ TARGET_EXTRA_CFLAGS: Flags adicionais que serão passadas para o compilador C durante o processo de build.

✗ TARGET_USERIMAGES_USE_EXT4: As imagens geradas serão do tipo EXT4.

✗ TARGET_USERIMAGES_USE_UBIFS: As imagens geradas serão do tipo UBIFS.

✗ TARGET_NO_RECOVERY: Indica se a imagem de recovery deve ser gerada.

✗ BOARD_KERNEL_CMDLINE: Linha de comandos do kernel.

Page 194: Treinamento Android Embarcado

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vendorsetup.sh

✗ Para o produto aparecer no menu do comando lunch, é necessário criar o arquivo vendorsetup.sh e adicionar o produto conforme abaixo:

add_lunch_combo full_superdroid­eng

Page 195: Treinamento Android Embarcado

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RESUMO

✗ Crie o diretório do produto em device/<company>/<device>, e implemente os seguintes arquivos:

✗ AndroidProducts.mk: inclua o Makefile do seu produto.

✗ <product_name>.mk: defina informações gerais sobre o produto (nome, dispositivo, módulos, overlays, etc).

✗ BoardConfig.mk: defina a configuração da plataforma de hardware (arquitetura, bootloader, kernel, etc).

✗ vendorsetup.sh: adicione o produto ao menu do comando lunch.

Page 196: Treinamento Android Embarcado

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LABORATÓRIO

Criando um novo produto

Page 197: Treinamento Android Embarcado

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Android embarcado

Módulos

Page 198: Treinamento Android Embarcado

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MÓDULOS

✗ Todo componente no sistema de build do Android (aplicação nativa, aplicação Android, biblioteca, etc) é chamado de módulo.

✗ As instruções sobre como compilar cada um dos módulos são definidas em arquivos de make nomeados por padrão Android.mk.

✗ O sistema de build do Android possui templates que facilitam o desenvolvimento dos arquivos Android.mk, independente do tipo do módulo.

Page 199: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

EXEMPLOLOCAL_PATH := $(call my­dir)include $(CLEAR_VARS)

LOCAL_SRC_FILES = helloworld.cLOCAL_MODULE = HelloWorldLOCAL_MODULE_TAGS = optional

include $(BUILD_EXECUTABLE)

Page 200: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

EXEMPLO (cont.)

✗ Todas as variáveis são pré-fixadas com LOCAL_*.

✗ LOCAL_PATH indica ao sistema de build a localização do módulo.

✗ include $(CLEAR_VARS) limpa as variáveis que podem ter sido definidas por outros módulos. A lista de variáveis que são limpas podem ser visualizadas em build/core/clear_vars.mk.

✗ LOCAL_SRC_FILES contém a lista de arquivos-fonte que serão compilados.

Page 201: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

EXEMPLO (cont.)

✗ LOCAL_MODULE é o nome do módulo.

✗ LOCAL_MODULE_TAGS classifica o módulo através de uma tag (user, debug, eng, development, optional).

✗ include $(BUILD_EXECUTABLE) indica ao sistema de build que este módulo deve compilado como um binário.

Page 202: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

TEMPLATELOCAL_PATH := $(call my­dir)include $(CLEAR_VARS)

LOCAL_VARIABLE_1 := value_1LOCAL_VARIABLE_2 := value_2...

include $(BUILD_MODULE_TYPE)

Page 203: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

BUILD TYPES

✗ BUILD_EXECUTABLE compila e gera um executável no formato ELF.

✗ BUILD_SHARED_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de forma dinâmica.

✗ BUILD_STATIC_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de forma estática.

✗ BUILD_JAVA_LIBRARY compila e gera uma biblioteca Java (*.jar).

✗ BUILD_STATIC_JAVA_LIBRARY compila e gera uma biblioteca Java de forma estática.

Page 204: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

BUILD TYPES (cont.)

✗ BUILD_RAW_EXECUTABLE compila e gera um binário bare-metal (ex: bootloader).

✗ BUILD_RAW_STATIC_LIBRARY compila e gera uma biblioteca bare-metal.

✗ BUILD_PACKAGE compila e gera uma aplicação Android.

✗ BUILD_PREBUILT instala arquivos pré-compilados no target.

✗ BUILD_MULTI_PREBUILT instala múltiplos arquivos pré-compilados no target.

Page 205: Treinamento Android Embarcado

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BUILD TYPES (cont.)

✗ BUILD_HOST_EXECUTABLE compila e gera um executável para o host.

✗ BUILD_HOST_SHARED_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de forma dinâmica para o host.

✗ BUILD_HOST_STATIC_LIBRARY compila e gera uma biblioteca de forma estática para o host.

✗ BUILD_HOST_JAVA_LIBRARY compila e gera uma biblioteca Java para o host.

✗ BUILD_HOST_PREBUILT instala arquivos pré-compilados no host.

Page 206: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

DIRETÓRIOS DE INSTALAÇÃO

✗ Dependendo do tipo de build, a instalação do módulo é realizada em um determinado diretório:

✗ Executáveis em /system/bin.

✗ Bibliotecas em /system/lib.

✗ Bibliotecas java em /system/framework.

✗ Aplicações Android em /system/app.

✗ É possível mudar o local padrão de instalação do módulo com as variáveis LOCAL_MODULE_PATH ou LOCAL_MODULE_CLASS.

Page 207: Treinamento Android Embarcado

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OUTRAS VARIÁVEIS INTERESSANTES

✗ LOCAL_CFLAGS definem flags extras para o compilador C.

✗ LOCAL_SHARED_LIBRARIES definem a lista de bibliotecas dinâmicas que o módulo depende.

✗ LOCAL_PACKAGE_NAME define o nome de aplicações Android (*.apk).

✗ LOCAL_C_INCLUDES define caminhos adicionais de arquivos de cabeçalho usados pelo módulo.

✗ Uma lista completa de variáveis pode ser obtida em build/core/clear_vars.mk.

✗ Uma documentação (desatualizada) esta disponível no código-fonte em build/core/build­system.html.

Page 208: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

MACROS

✗ Vimos no exemplo o uso da macro my­dir para retornar o diretório corrente da aplicação:

LOCAL_PATH := $(call my­dir)

✗ Várias outras macros estão disponíveis para uso, como por exemplo:✗ all­java­files­under: retorna todos os arquivos java recursivamente, a

partir do diretório passado como parâmetro.

✗ all­subdir­c­files: retorna todos os arquivos C recursivamente, a partir do diretório corrente.

✗ A maioria das macros estão definidas em build/core/definitions.mk.

Page 209: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMPILANDO UM MÓDULO

✗ Para compilar um módulo (do diretório principal do Android):

$ make <module_name>

✗ Para limpar a compilação de um módulo:

$ make clean­<module_name>

✗ Para listar todos os módulos que serão compilados:

$ make modules

Page 210: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMPILANDO UM MÓDULO (cont.)

✗ Após compilar o módulo, os arquivos gerados serão salvos em out/target/product/<product_name>/obj/<module_type>/<module_name>_intermediate.

✗ Porém, a instalação do módulo na imagem final do sistema depende de 3 fatores:

✗ Definição da tag do módulo.

✗ Escolha da variante do produto.

✗ Conteúdo da variável PRODUCT_PACKAGES do produto.

Page 211: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

TAGS

✗ As tags classificam os módulos e estão diretamente ligadas à variante escolhida no comando lunch:

✗ user: build de produção, inclui módulos com a tag user.

✗ userdebug: mesmo que a variante user, mas inclui também módulos com a tag debug, e habilita o ADB por padrão.

✗ eng: mesmo que a variante userdebug, mas inclui também módulos com as tags eng e development.

✗ As tags são definidas através da variável LOCAL_MODULE_TAGS no Android.mk do módulo.

Page 212: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

TAGS (cont.)

✗ Módulos sem tag ou com a tag optional precisam ser incluídos na variável PRODUCT_PACKAGES do produto para serem instalados.

✗ As tags de aplicações Android (*.apk) são ignoradas. As aplicações Android precisam ser incluídas na variável PRODUCT_PACKAGES do produto para serem instaladas.

Page 213: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

DICAS

✗ Implemente novos módulos no diretório do produto em device/<company>/<device>.

✗ Use como padrão em novos módulos a tag optional, não esquecendo de incluir o nome do módulo na variável PRODUCT_PACKAGES do produto.

✗ Na dúvida sobre a implementação de um Android.mk, consulte os diversos exemplos disponíveis no código-fonte do Android, especialmente no diretório external/.

Page 214: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

LABORATÓRIO

Adicionando módulos ao sistema de build

Page 215: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

Android embarcado

Framework Android

Page 216: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

FRAMEWORK ANDROID

Linux Kernel

Bibliotecas(bionic, etc)

InitToolbox

Daemons nativos

CamadaHAL

Dalvik / Android Runtime / Zygote

System Services

Android API

Aplicações

BibliotecasJava

API

Binder

JNI

System call

Page 217: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

O FRAMEWORK

✗ O framework Android é a camada responsável por prover serviços para as aplicações Android.

✗ A maioria dos componentes é baseada em Java.

✗ O framework Android se comunica com a camada nativa via JNI (Java Native Interface).

Page 218: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMPONENTES

✗ Componentes do framework Android:✗ Android Runtime, Dalvik e Zygote.

✗ System Services.

✗ Classes Java do projeto Apache Harmony.

✗ Android API.

✗ Código-fonte em frameworks/, dalvik/ e libcore/.

Page 219: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMPONENTES (cont.)

✗ Já falamos sobre o Android Runtime, Dalvik e Zygote quando estudamos o processo de inicialização do Android.

✗ Falaremos sobre as classes Java e a API do Android quando estudarmos a camada de aplicações do sistema.

✗ Nosso foco nesta seção são os System Services, núcleo do framework Android.

Page 220: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

SYSTEM SERVICES

✗ System Services são os serviços do Android responsáveis por prover funcionalidades para as aplicações. Exemplos:

✗ Power Manager para gerenciamento de energia.

✗ Activity Manager para gerenciamento da execução dos componentes Android.

✗ Package Manager para gerenciamento de pacotes Android (APK).

✗ Location Manager para gerenciamento de localização (ex: GPS).

✗ O Android 4.2 possui em torno de 70 serviços!

Page 221: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

LISTANDO OS SERVIÇOS# service listFound 68 services:0 phone: [com.android.internal.telephony.ITelephony]1 iphonesubinfo: [com.android.internal.telephony.IPhoneSubInfo]2 simphonebook: [com.android.internal.telephony.IIccPhoneBook]3 isms: [com.android.internal.telephony.ISms]4 dreams: [android.service.dreams.IDreamManager]5 commontime_management: []6 samplingprofiler: []7 diskstats: [][...]

Page 222: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

SERVIÇOS E SEUS PROCESSOS

✗ Alguns serviços são processos que rodam nativamente e são executados pelo processo init no boot (Surface Flinger, DRM Server, Media Server).

✗ Mas a maioria dos serviços fazem parte do processo System Server, executado pelo Zygote no boot do sistema.

Page 223: Treinamento Android Embarcado

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SERVIÇOS E SEUS PROCESSOS (cont.)

✗ system_server: processo do System Server, contém boa parte dos serviços do sistema.

✗ mediaserver: processo do Media Server, composto por serviços nativos relacionados ao framework multimídia do Android (Audio Flinger, Media Player Service, Camera Service, etc).

✗ surfaceflinger: processo do Surface Flinger, responsável por desenhar as superfícies das janelas das aplicações que serão exibidas no display.

✗ drmserver: processo do DRM Server, responsável pelo gerenciamento de conteúdos protegidos por direitos autorais.

Page 224: Treinamento Android Embarcado

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INICIALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

Kernel Linux

init

init.rc, *.rc

Zygote

app_process

Activity Manager

Power Manager

...

surfaceflinger

drmserver

mediaserver

system_server

Page 225: Treinamento Android Embarcado

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MECANISMO DE COMUNICAÇÃO

✗ Em sistemas operacionais modernos, cada processo possui seu espaço de endereçamento, provendo segurança e isolamento no acesso aos dados de outros processos.

✗ Por este motivo, para que um processo possa se comunicar com outro processo, é necessário um mecanismo de comunicação entre processos (IPC).

✗ Em sistemas Linux, temos disponíveis vários mecanismos de IPC como pipes, message queues e shared memory.

✗ No Android, o principal mecanismo de comunicação entre processos utilizado é o Binder.

Page 226: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMO FUNCIONA O BINDER?

✗ No começo da inicialização do sistema, o init executa o processo servicemanager (Service Manager).

✗ O Service Manager se registra no Binder (/dev/binder) como seu gerenciador de contexto.

✗ O gerenciador de contexto do Binder serve como um índice para todos os serviços do sistema.

✗ Durante o restante do processo de inicialização, os serviços se registram no Service Manager via Binder.

Page 227: Treinamento Android Embarcado

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INICIALIZAÇÃO DO BINDER

Service Manager System Services

/dev/binder (Binder driver)

1 2

Service Manager se registra no Binder como o gerenciador de contexto.1

2 Os serviços do sistema se registram no gerenciador de contexto.

Page 228: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMUNICAÇÃO VIA BINDER

✗ Quando uma aplicação Android precisa usar um serviço do sistema (ex: wakelock), ela requisita para o Service Manager um ponteiro (handle) para se comunicar com o serviço (ex: Power Manager Service).

✗ Com o ponteiro, a aplicação pode invocar as operações do serviço.

✗ Este mecanismo de comunicação entre processos usando o Binder é totalmente transparente para o desenvolvedor de aplicações, que precisa conhecer apenas a API do Android.

Page 229: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

EXEMPLO (POWER MANAGER SERVICE)PowerManager pm = (PowerManager)                          getSystemService(POWER_SERVICE);

PowerManager.WakeLock wakeLock = pm.newWakeLock(                           PowerManager.FULL_WAKE_LOCK,                          "myWakeLock");

wakeLock.acquire(250);

Page 230: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

DIAGRAMA (POWER MANAGER SERVICE)

Service Manager Power Manager Service

/dev/binder (Binder driver)

Aplicação requisita ponteiro (handle) do serviço para o Service Manager.1

2

Aplicação

1 2

Aplicação usa o ponteiro para acessar as funções providas pelo serviço.

Page 231: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

DOCUMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS

✗ Os serviços do sistema não são muito bem documentados, então para entender seu funcionamento na maioria dos casos você precisa ler o código-fonte!

✗ O código-fonte principal do System Server esta disponível em frameworks/base/services/java/com/android/server/SystemServer.java, e pode ser um começo para você se aventurar nas milhares de linhas de código de cada um dos serviços do Android.

Page 232: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

PROCESSOS INICIADOS NO BOOT

✗ Os serviços do sistema iniciam algumas aplicações automaticamente no boot:

✗ O serviço Input Method Manager inicia todas as aplicações que possuem o filtro de Intent android.view.InputMethod.

✗ Aplicações com o atributo android:persistent="true" são iniciadas automaticamente pelo Activity Manager.

✗ O Activity Manager envia um Intent do tipo Intent.CATEGORY_HOME, onde a aplicação Launcher é executada.

✗ O Activity Manager também envia um Intent do tipo Intent.BOOT_COMPLETED, notificando o sistema que o sistema finalizou o processo de boot.

Page 233: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMANDOS DO FRAMEWORK

app_process inicia uma máquina virtual Dalvik para rodar uma aplicação Java.

service permite interagir com os serviços registrados no sistema.

stagefright permite interagir com o serviço de Media Player.

input permite injetar eventos de input no sistema (teclado, touchscreen, etc).

Page 234: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMANDOS DO FRAMEWORK (cont.)

am permite se comunicar diretamente com o Activity Manager.

pm permite se comunicar diretamente com o Package Manager.

ime permite se comunicar diretamente com o serviço Input Method.

scv permite se comunicar com vários outros serviços (Power Manager, Wifi Manager, conectividade de dados e porta USB).

Page 235: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

MODIFICANDO O FRAMEWORK

✗ A arquitetura do framework Android é bastante monolítica.

✗ Não existe uma forma fácil, via arquivo de configuração ou menu de configuração, de desabilitar um serviço do sistema.

✗ Neste caso, é necessário alterar ou adaptar o código-fonte, o que pode ser bastante trabalhoso.

✗ Mas pode ser um trabalho necessário. Por este motivo, estudaremos como fazer isso mais adiante no treinamento.

Page 236: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

ANDROID SEM O FRAMEWORK?

✗ É possível compilar o Android sem o framework com o comando abaixo:

$ BUILD_TINY_ANDROID=true make ­j16

✗ Serão compilados o init, bionic, adbd, logcat, sh e outros componentes da camada nativa.

✗ Pode ser interessante para realizar testes de drivers ou aplicações compiladas nativamente para o Android.

Page 237: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

LABORATÓRIO

Manipulando o framework Android

Page 238: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

Android embarcado

Estendendo o framework

Page 239: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

POR QUÊ?

✗ Em alguns casos, principalmente quando estamos trabalhando com sistemas embarcados, a API do Android pode não suportar determinado dispositivo de hardware (GPIO, porta serial, E2PROM, etc).

✗ E na ausência de uma API, o modelo de segurança do Android não permite que uma aplicação acesse diretamente um dispositivo de hardware.

✗ Neste caso, a melhor solução é estender o framework do Android, adicionando o suporte ao novo dispositivo de hardware.

Page 240: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

AS CAMADAS

Kernel

HAL

Serviço

API

Aplicação

Kernel space

User space

Binder

JNI

Page 241: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

A APLICAÇÃO

✗ O que queremos é uma aplicação que possa ter acesso ao dispositivo de hardware através de um serviço do sistema:

GPIOManager gpio = (GPIOManager)                    getSystemService(Context.GPIO_SERVICE);gpio.write(GPIO_NUM, value);

Page 242: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

MANAGER

✗ O primeiro passo para estender o framework é criar a classe Manager.

✗ A classe Manager será responsável por fornecer uma API para as aplicações acessarem o dispositivo de hardware.

✗ A classe Manager se comunicará com o serviço via Binder.

✗ As classes Manager são normalmente implementadas em:frameworks/base/core/java/android/os/

frameworks/base/services/java/com/android/server/

Page 243: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

CLASSE MANAGER (EXEMPLO)public class GPIOManager{    IGPIOService mService;

    public GPIOManager(IGPIOService service) {        mService = service;    }

    public int write(int number, int value) {        try {            return mService.set(number, value);        } catch (RemoteException e) {            return 0;        }    }}

Page 244: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

SERVIÇOS

✗ A implementação do serviço se divide em duas partes:✗ A definição de sua interface através da linguagem AIDL.

✗ A implementação do serviço em si.

✗ Boa parte dos serviços estão implementados no código-fonte em frameworks/base/services/.

Page 245: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

AIDL

✗ AIDL é a linguagem usada pelo Android para definir a interface de acesso entre um cliente e um servidor na comunicação via Binder.// IGPIOService.aidlinterface IGPIOService {    int set(int number, int value);}

✗ Uma ferramenta chamada aidl é responsável por converter o arquivo aidl na sua implementação Java, para ser usada tanto pelo cliente (Manager) quanto pelo servidor (Serviço).

✗ Mais informações sobre o aidl na documentação do Google em http://developer.android.com/guide/components/aidl.html.

Page 246: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

SERVIÇO (EXEMPLO)public class GPIOService extends IGPIOService.Stub {

    private static final String TAG = "GPIO";

    public GPIOService(Context context) {        super();        Log.i(TAG, "Service started");    }

    public int set(int number, int value)    {        return set_native(number, value);    }

    private static native int set_native(int number, int value);}

Page 247: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

PROXY E STUB

Manager

Proxy (marshalling)

Binder

Stub (unmarshalling)

Serviço

Kernel

HAL

Serviço

API

Aplicação

Kernel space

User space

Binder

JNI

As classes Proxy e Stub são criadas através da declaração da interface via AIDL.

Page 248: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

JNI

✗ Os serviços que possibilitam o acesso à um dispositivo de hardware utilizam normalmente algumas funções nativas implementadas em C ou C++ para acessar o hardware.

✗ Para implementar este acesso é utilizado o JNI, um framework de desenvolvimento para possibilitar que um código Java possa acessar (e ser acessado) por um código escrito em outras linguagens, como C, C++ e assembly.

✗ No Android, o JNI está implementado na biblioteca libnativehelper.so.

Page 249: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

JNI (EXEMPLO)#include "jni.h"#include "JNIHelp.h"

static int set_native(JNIEnv *env, jobject obj,                       jint number, jint value){    if (gpio_export(number))        return 1;

    if (gpio_set_direction(number, "out"))       return 1;

    return gpio_write(number, value);}

Page 250: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

SERVIÇO DE GPIO

GPIO Driver

HAL (Biblioteca GPIO)

GPIO Service

GPIO Manager

Aplicação

Kernel space

User space

C/C++

Java

Binder

GPIOService.javacom_android_server_GPIOService.cpp

GPIOManager.java

IGPIOService.aidlIGPIOService.java

libgpio.so

Page 251: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

PROBLEMAS EM ESTENDER O FRAMEWORK

✗ Possibilidade de quebrar a API e adicionar algum bug.

✗ Impossibilita a certificação do dispositivo pelo Google (não passará pelo CTS).

✗ É trabalhoso manter e portar as alterações para outras versões do Android.

Page 252: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

SOLUÇÕES ALTERNATIVAS

✗ Serviços podem ser implementados separadamente, através de aplicações standalone (C/C++):frameworks/native/services/surfaceflinger/

✗ Serviços podem também ser implementados dentro de uma aplicação Android:packages/apps/Nfc/

✗ É possível extender a API do Android sem alterar seu framework através de Platform Libraries.device/sample/frameworks/PlatformLibrary/README.txt

✗ E usar um SDK add-on para integrar no Eclipse:device/sample/products/sample_addon.mk

Page 253: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

LABORATÓRIO

Estendendo o framework do Android

Page 254: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

Android embarcado

Aplicações Android

Page 255: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

APLICAÇÕES ANDROID

Linux Kernel

Bibliotecas(bionic, etc)

InitToolbox

Daemons nativos

CamadaHAL

Dalvik / Android Runtime / Zygote

System Services

Android API

Aplicações

BibliotecasJava

API

Binder

JNI

System call

Page 256: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

APLICAÇÕES ANDROID (cont.)

✗ Tudo o que vimos até aqui tem como principal objetivo prover uma infraestrutura completa para o desenvolvimento de aplicações.

✗ Aplicações Android são escritas basicamente em Java, usando o SDK do Google.

✗ São empacotadas em arquivos com extensão apk, contendo o código compilado, dados e recursos usados pela aplicação.

✗ Podem ser instaladas através do Google Play ou manualmente via ADB ou gerenciador de arquivo.

Page 257: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

API ANDROID

✗ Todo o desenvolvimento de aplicações é baseado na API provida pelo Google.

✗ Esta API contém dois principais componentes:✗ Bibliotecas Java: subconjunto de classes Java padrão

implementadas pelo projeto Apache Harmony.

✗ Android API: classes Java do Android.

✗ Toda a documentação da API do Android esta disponível em:http://developer.android.com/reference/packages.html

Page 258: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMPONENTES DAS APLICAÇÕES

✗ As aplicações Android são compostas por 4 tipos diferentes de componentes:

✗ Activities

✗ Services

✗ Broadcast receivers

✗ Content providers

Page 259: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

ACTIVITIES

✗ Activities representam as telas de interface com o usuário (é o mesmo que janelas em sistemas desktop).

✗ Uma aplicação Android normalmente possui diversas Activities, e uma das activities é definida como a principal (main), que é apresentada ao usuário ao executar a aplicação pela primeira vez.

✗ Uma aplicação pode requisitar o uso de uma Activity de outra aplicação. Ex: a aplicação de navegação na Internet pode requisitar o uso da Activity da aplicação de envio de e-mail para compartilhar um link por e-mail.

✗ É o desenvolvedor da aplicação que decide quais activities estarão disponíveis para o sistema.

Page 260: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

BACK STACK

Activity 1

Back Stack

Activity 2

Back Stack

Activity 1

Activity 3

Back Stack

Activity 2

Activity 1

Activity 2

Back Stack

Activity 1

Inicia activity 2 Inicia activity 3 Volta navegação

Activity em foreground

Activity 3Destruída!

Page 261: Treinamento Android Embarcado

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SERVICES

✗ Services (serviços) são componentes que rodam em background e não tem interface com o usuário.

✗ São usados para executar operações demoradas em background ou prover serviços para outras aplicações.

✗ Cuidado para não confundir com os serviços do framework Android!

Page 262: Treinamento Android Embarcado

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SERVICES (cont.)

✗ Um componente pode se comunicar com um serviço de duas formas:

✗ De forma assíncrona, através da função startService(). Desta forma, o serviço não estará ligado ao componente que o criou, e ficará em execução até que ele ou outro componente pare sua execução.

✗ De forma síncrona, através da função bindService(). Desta forma, o serviço estará ligado ao componente que o criou, e será destruído automaticamente quando o componente não existir mais. Esta forma de execução oferece uma interface do tipo cliente/servidor.

Page 263: Treinamento Android Embarcado

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BROADCAST RECEIVERS

✗ Broadcast receivers são componentes que permitem o registro para receber um evento do sistema ou de uma aplicação.

✗ Possuem o mesmo conceito de uma rotina de tratamento de interrupção.

✗ Por exemplo, você pode desenvolver um broadcast receiver para ser notificado quando:

✗ O nível de bateria ficar baixo.

✗ O modo avião for habilitado.

✗ O processo de boot do sistema completar.

Page 264: Treinamento Android Embarcado

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CONTENT PROVIDERS

✗ Content providers são capazer de prover acesso aos dados de forma organizada, similar à um banco de dados relacional.

✗ Um aplicação deve implementar um content provider quando deseja compartilhar dados com outras aplicações.

✗ A maioria das aplicações usam o SQlite para armazenar os dados, mas o desenvolvedor pode usar outros tipos de armazenamento se desejar (memória, disco, rede, etc).

Page 265: Treinamento Android Embarcado

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ARMAZENAMENTO PERSISTENTE

✗ Uma aplicação pode armazenar dados persistentes de diversas formas:✗ Shared preferences: permite armazenar dados no formato chave-valor, em um

arquivo xml no diretório de dados da aplicação.

✗ Internal Storage: permite armazenar qualquer arquivo no diretório de dados da aplicação.

✗ External Storage: permite armazenar qualquer arquivo em um diretório público do sistema (normalmente o sdcard).

✗ SQLite Databases: permite armazenar dados no banco de dados do sistema.

✗ Mais informações em:http://developer.android.com/guide/topics/data/data-storage.html

Page 266: Treinamento Android Embarcado

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ARQUIVO DE MANIFESTO

✗ Toda aplicação possui um arquivo de manifesto no formato XML (AndroidManifest.xml), cujo objetivo é declarar informações sobre a aplicação, dentre elas:

✗ Componentes disponíveis.

✗ Permissões necessárias para executar a aplicação.

✗ Revisão da API.

✗ Características do hardware.

✗ Bibliotecas necessárias.

Page 267: Treinamento Android Embarcado

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ARQUIVO DE MANIFESTO (EXEMPLO)<manifest package="com.example.android.notepad">    <application android:icon="@drawable/app_notes"                 android:label="@string/app_name" >        <activity android:name="NotesList"                  android:label="@string/title_notes_list">            <intent­filter>                <action android:name="android.intent.action.MAIN" />                <category android:name="android.intent.category.LAUNCHER" />            </intent­filter>            <intent­filter>                <action android:name="android.intent.action.VIEW" />                <action android:name="android.intent.action.EDIT" />                <action android:name="android.intent.action.PICK" />                <category android:name="android.intent.category.DEFAULT" />                <data android:mimeType="vnd.android.cursor.dir/vnd.google.note" />            </intent­filter>        </activity>    </application></manifest>

Page 268: Treinamento Android Embarcado

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COMUNICAÇÃO ENTRE COMPONENTES

✗ Uma aplicação pode conter um ou mais componentes.

✗ Um aplicação pode iniciar qualquer componente, incluindo componentes de outras aplicações.

✗ Os componentes se comunicam entre si através de um mecanismo de troca de mensagens chamado intent.

Page 269: Treinamento Android Embarcado

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INTENT

✗ O intent é um mecanismo de comunicação entre os componentes do Android.

✗ Um intent descreve basicamente a intenção de realizar alguma ação.

✗ Por exemplo, a activity de uma aplicação pode enviar um intent para ver um arquivo PDF, implementado por uma activity de outra aplicação.

Page 270: Treinamento Android Embarcado

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INTENT (cont.)

✗ Activities, Services e Broadcast receivers são iniciados através de intents.

✗ Internamente, os intents são implementados via Binder.

✗ Os componentes declaram quais intents são capazes de manipular através do atributo intent­filter do arquivo de manifesto.

✗ Mais informações sobre Intents:http://developer.android.com/guide/components/intents-filters.html

Page 271: Treinamento Android Embarcado

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REGISTRANDO ACTIVITY COMO BROWSER<!­­ AndroidManifest.xml ­­> <activity android:name=".BrowserActivitiy"           android:label="@string/app_name">  <intent­filter>    <action android:name="android.intent.action.VIEW" />    <category android:name="android.intent.category.DEFAULT" />    <data android:scheme="http"/>   </intent­filter></activity>

Page 272: Treinamento Android Embarcado

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EXECUTANDO ACTIVITY DO TIPO BROWSERIntent i = new Intent(Intent.ACTION_VIEW,                      Uri.parse("http://www.sergioprado.org"));startActivity(i);

Page 273: Treinamento Android Embarcado

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DIAGRAMA INTENT

ActivityManager

AplicaçãoAndroid

PackageManager Zygote

AplicaçãoBrowser

1

2 3

4

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RECURSOS

✗ Além do código-fonte, uma aplicação pode conter imagens, vídeos, sons, etc.

✗ E tudo que faz parte do visual da aplicação é mantido separado do código-fonte, como layout das activities, animações, menus, strings, etc.

✗ Estes recursos são armazenados no diretório res/ das aplicações.

✗ Durante a compilação da aplicação, a ferramenta de compilação do Android cria a classe R, possibilitando referenciar cada um dos recursos disponíveis.

Page 275: Treinamento Android Embarcado

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PROCESSOS NO ANDROID

✗ Por padrão no Android, cada componente de uma mesma aplicação roda em um mesmo processo.

✗ Quando o sistema quiser executar um novo componente:✗ Se o processo correspondente ao componente ainda não estiver em

execução, um novo processo será criado.

✗ Caso contrário, o componente será iniciado dentro do processo em execução.

✗ Se necessário, é possível iniciar um componente de uma aplicação em um novo processo com o atributo android:process no arquivo de manifesto.

Page 276: Treinamento Android Embarcado

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THREADS DE EXECUÇÃO

✗ Como uma aplicação Android por padrão possui apenas uma thread de execução, todos os componentes e interações com o usuário são realizadas de forma sequencial.

✗ Por este motivo, uma operação de I/O ou processamento mais longo pode travar a interface com o usuário.

✗ Se a aplicação bloquear por mais de 5 segundos, o sistema irá exibir a mensagem “Application Not Responding” (ANR).

✗ Por este motivo, é aconselhável nestes casos executar operações mais longas em uma thread separada.

Page 277: Treinamento Android Embarcado

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CRIANDO THREADS

✗ Existem duas formas de implementar threads no Android:✗ Usar a implementação de thread padrão do Java, extendendo a

classe Runnable.

✗ Usar a classe AsyncTask do Android (mais fácil de implementar a comunicação com a thread principal da aplicação).

✗ Mais informações em:http://developer.android.com/reference/android/os/AsyncTask.html

Page 278: Treinamento Android Embarcado

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CICLO DE VIDA DA APLICAÇÃO

✗ Um ponto central do Android é que o usuário não deve se preocupar com o gerenciamento e troca de tarefas.

✗ O usuário pode iniciar quantas aplicações quiser e mudar entre elas clicando no botão Home e chaveando entre as tarefas.

✗ Mas após um certo uso, vários processos podem estar em execução, consumindo muitos recursos do sistema.

Page 279: Treinamento Android Embarcado

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CICLO DE VIDA DA APLICAÇÃO (cont.)

✗ Por este motivo, o Android gerencia o ciclo de vida de cada um dos componentes da aplicação, matando processos e liberando recursos conforme necessário.

✗ Mas para este processo funcionar corretamente, o desenvolvedor deve implementar uma série de callbacks para cada componente da aplicação.

✗ Estas callbacks são chamadas de acordo com o evento do ciclo de vida do componente.

✗ Por exemplo, na mudança de foreground para background, a callback Pause() do componente é chamada.

Page 280: Treinamento Android Embarcado

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CICLO DE VIDA DA APLICAÇÃO (DIAGRAMA)

Referência: http://developer.android.com

Page 281: Treinamento Android Embarcado

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GERENCIAMENTO DE MEMÓRIA

✗ Quando o uso de memória estiver alto, o sistema pode decidir matar um processo para liberar memória.

✗ Esta decisão é tomada baseada na importância (prioridade) do processo.

✗ Quando um processo é encerrado, todos seus componentes também são.

Page 282: Treinamento Android Embarcado

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PRIORIDADE DOS PROCESSOS

✗ O sistema define a prioridade de cada processo de acordo com seu status:

✗ Processos rodando em foreground possuem a maior prioridade (activity, service ou broadcast receiver ativo).

✗ Processos visíveis, como uma activity que não esta mais em foreground mas ainda é visível no display.

✗ Serviço iniciado por um processo em background.

✗ Processos em background que não são mais visíveis aos usuários.

✗ Processos vazios (sem componentes).

Page 283: Treinamento Android Embarcado

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SEGURANÇA

✗ Uma vez instaladas, cada aplicação roda em um ambiente separado de outras aplicações:

✗ Cada aplicação roda em uma instância da máquina virtual, isolada de outras aplicações.

✗ O sistema atribui um usuário (UID) e grupo (GID) para cada aplicação.

✗ Estas credenciais são usadas para permitir que as aplicações possam acessar apenas os arquivos que tenham direito.

Page 284: Treinamento Android Embarcado

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SEGURANÇA (cont.)

✗ Para que uma aplicação possa acessar um recurso que não tem permissão diretamente, o desenvolvedor deve declarar as permissões necessárias no arquivo de manifesto da aplicação.

✗ Ao instalar a aplicação, uma mensagem é exibida com as permissões necessárias pela aplicação, e o usuário deve aprovar estas permissões.

✗ Uma lista completa das permissões existentes está disponível em:http://developer.android.com/reference/android/Manifest.permission.html

Page 285: Treinamento Android Embarcado

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PERMISSÕES ...<uses­permission android:name="android.permission.WRITE_SMS" /> <uses­permission android:name="android.permission.READ_SMS" /> <uses­permission android:name="android.permission.RECEIVE_SMS" />...

Page 286: Treinamento Android Embarcado

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PERMISSÕES (cont.)

✗ Quando a aplicação tentar acessar determinado recurso do sistema:

✗ O acesso é realizado através de uma API do sistema.

✗ Esta API se comunica via Binder com o Package Manager para verificar se aquela aplicação tem acesso ao recurso desejado.

✗ Caso afirmativo, a API se comunica com o serviço correspondente via Binder.

✗ Alguns serviços ainda se comunicam com um serviço nativo via UNIX domain socket.

Page 287: Treinamento Android Embarcado

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EXEMPLO PERMISSÃO SMS

Aplicação

Phone Manager PackageManager

HAL (rild)

Kernel

Unix domain Socket

Binder

Binder

23

4

5

Android API

SmsManager.sendTextMessage()1

Page 288: Treinamento Android Embarcado

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NDK

✗ O NDK (Native Development Kit) é um conjunto de ferramentas para o desenvolvimento de aplicações Android em C/C++.

✗ É normalmente utilizado nas seguintes situações:✗ Quando é necessário mais performance (ex: cálculos matemáticos,

jogos, etc).

✗ Para portar rapidamente um código existente (ex: navegador Firefox).

✗ Permite acesso direto à GPU via OpenGL!

✗ Pode ser combinado com o SDK, permitindo ter uma aplicação que usa parte do código em Java e parte em C/C++!

Page 289: Treinamento Android Embarcado

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NDK (cont.)

✗ Também é empacotado igual à uma aplicação (APK), incluindo o arquivo de manifesto.

✗ Apesar do código não ser executado pela Dalvik, todos os mecanismos de segurança são mantidos.

✗ Principais deficiências:✗ Perde portabilidade.

✗ Acesso apenas à uma parte da API do Android.

✗ Não possui a funcionalidade de recursos.

Page 290: Treinamento Android Embarcado

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DISTRIBUINDO APLICAÇÕES

✗ As aplicações podem ser instaladas manualmente, mas normalmente são distribuídas para os usuários através de um repositório de aplicações.

✗ O repositório padrão do Google é o Google Play.

✗ Existem outros repositórios disponíveis como o Amazon App Store.

✗ Nada te impede de criar seu próprio repositório de aplicações!https://f-droid.org/

Page 291: Treinamento Android Embarcado

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FERRAMENTAS E DOCUMENTAÇÃO

✗ Todo o desenvolvimento de aplicações Android é realizado no Eclipse com o plugin ADT instalado e diversas outras ferramentas como o emulador, ADB, etc.

✗ A forma mais fácil de preparar o ambiente é baixar o SDK no link abaixo:http://developer.android.com/sdk/index.html

✗ Toda a documentação da API do Android esta disponível em:http://developer.android.com

✗ Uma nova IDE chamada Android Studio foi anunciada em 2013 (ainda em versão de testes):http://developer.android.com/sdk/installing/studio.html

Page 292: Treinamento Android Embarcado

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LABORATÓRIO

Desenvolvendo aplicações Android

Page 293: Treinamento Android Embarcado

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Android embarcado

Android HAL

Page 294: Treinamento Android Embarcado

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ANDROID HAL

✗ Em sistemas Linux, o acesso à um dispositivo de hardware normalmente é exposto para as aplicações através de entradas no /dev ou no /sys.

✗ O Android se baseia em uma camada adicional chamada HAL (Hardware Abstraction Layer) para abstrair o acesso ao hardware pelo seu framework.

✗ Boa parte dos dispositivos suportados pelo Android possuem uma HAL, que pode variar em comportamento e interface.

Page 295: Treinamento Android Embarcado

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DIAGRAMA HAL

Hardware

CameraDriver

SensorsDrivers

DisplayDrivers ...

System Services

Aplicações e API

Binder

JNI

System call

CameraHAL

SensorsHAL

GraphicsHAL ...

Kernel

Camada nativa

FrameworkAndroid

Hardware

Page 296: Treinamento Android Embarcado

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HARDWARE ABSTRACTION LAYER

✗ A HAL é normalmente implementada pelo fabricante ou pelo AOSP através de bibliotecas compartilhadas (*.so).

✗ Um serviço do sistema (system service) correspondente ao hardware acessado é o responsável por carregar a biblioteca da HAL e utilizar suas funções.

✗ O Android não especifica como a HAL deve ser desenvolvida, apenas que uma API padronizada deve ser provida por ela para ser utilizada pelo sistema.

Page 297: Treinamento Android Embarcado

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HARDWARE ABSTRACTION LAYER (cont.)

✗ Por este motivo, o fabricante pode apenas escrever um driver básico para o hardware (stub) e implementar toda a inteligência do acesso ao dispositivo na HAL.

✗ Desta forma, a licença usada na HAL não precisa ser necessariamente GPL.

Page 298: Treinamento Android Embarcado

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ACESSANDO A HAL

Kernel Linux

Driver

HAL (*.so)

HW Service

System Services

API (android.*)

Aplicações

Kernel space

User space

C

Java

Page 299: Treinamento Android Embarcado

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HARDWARE E HAL

✗ De forma geral, cada tipo de hardware possui um serviço do sistema e uma camada HAL associada à este serviço. Exemplos:

✗ Lights Service e lights HAL.

✗ Wifi Service e wifi HAL.

✗ Sensors Service e sensors HAL.

✗ Power Management Service e power management HAL.

Page 300: Treinamento Android Embarcado

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BIBLIOTECAS DA HAL

✗ As bibliotecas da HAL estão disponíveis em um dos diretórios abaixo:

✗ /vendor/lib/hw

✗ /system/lib/hw

✗ O nome da biblioteca tem o formato <hal>.<device>.so, onde o nome do dispositivo é lido de uma das propriedades abaixo:

✗ ro.hardware

✗ ro.product.board

✗ ro.board.platform

✗ ro.arch

Page 301: Treinamento Android Embarcado

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LISTAGEM HAL# ls /system/lib/hw/                                          audio.a2dp.default.so audio.primary.default.soaudio.primary.imx6.so audio.r_submix.default.soaudio_policy.default.so bluetooth.default.socamera.goldfish.so camera.imx6.sogps.goldfish.so gralloc.default.sogralloc.imx6.so gralloc_viv.imx6.sohwcomposer.imx6.so hwcomposer_viv.imx6.sokeystore.default.so lights.goldfish.solights.imx6.so local_time.default.sopower.default.so power.imx6.sosensors.WANDBOARD.so sensors.goldfish.so

Page 302: Treinamento Android Embarcado

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DESCRIÇÃO DA HAL

✗ audio.primary.<device>.so: camada de áudio, normalmente implementada via camada ALSA do kernel.

✗ gralloc.<device>.so/hwcomposer.<device>.so: camada de vídeo.

✗ camera.<device>.so: acesso à câmera, normalmente (mas não necessariamente) implementado via camada V4L do kernel.

✗ gps.<device>.so: acesso ao GPS, normalmente via serial (tty).

✗ libril.so: acesso ao rádio (voz e dados).

Page 303: Treinamento Android Embarcado

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DESCRIÇÃO DA HAL (cont.)

✗ bluetooth.<device>.so: acesso à interface Bluetooth (até a versão 4.1 usava-se o BlueZ, agora usa-se o bluedroid da Broadcom).

✗ nfc.<device>.so: acesso à interface de comunicação NFC.

✗ lights.<device>.so: controle de LEDS, backlight, etc.

✗ sensors.<device>.so: acesso aos sensores (acelerômetro, giroscópio, magnetômetro, pressão, proximidade, temperatura, etc).

✗ power.<device>.so: responsável pelo gerenciamento de energia.

Page 304: Treinamento Android Embarcado

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IMPLEMENTANDO A HAL

✗ Implementar uma HAL é trabalhoso e envolve conhecer o funcionamento interno dos serviços providos pelo framework do Android.

✗ Por este motivo, se possível, escolha um dispositivo que já possua uma implementação da HAL do Android.

✗ Caso não seja possível, você precisará estudar o funcionamento da HAL correspondente, e ler muito código!

Page 305: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

IMPLEMENTANDO A HAL (cont.)

✗ O código-fonte com a definição da HAL pode ser encontrada no AOSP em hardware/.

✗ As definições das interfaces encontram-se em:✗ hardware/libhardware/include/hardware/

✗ hardware/libhardware_legacy/include/hardware_legacy/

✗ Uma implementação padrão da HAL esta disponível em hardware/libhardware/modules.

Page 306: Treinamento Android Embarcado

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IMPLEMENTANDO A HAL (cont.)

✗ O AOSP inclui o suporte ao hardware de alguns dispositivos de mercado, que pode ser usado como referência para novas implementações.

✗ Veja o diretório device/ no AOSP para alguns exemplos.

✗ Uma visão geral da HAL esta documentada pelo Google no link abaixo:http://source.android.com/devices/index.html

Page 307: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

OUTROS ACESSOS

✗ Nem todo acesso ao hardware necessita de uma camada HAL, por exemplo:

✗ Dispositivos de input (botões, mouse, teclado) são acessados diretamente via /dev/input/.

✗ Dispositivos de rede são acessados normalmente via interface de rede, através de uma conexão via socket com o daemon netd.

✗ Dispositivos de armazenamento (cartão SD) são acessados diretamente via system calls, através de uma conexão via socket com o daemon vold.

✗ O serviço Vibrator acessa diretamente a interface de GPIOs no /sys.

Page 308: Treinamento Android Embarcado

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LABORATÓRIO

Implementando uma interface HAL

Page 309: Treinamento Android Embarcado

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Android embarcado

Debugging

Page 310: Treinamento Android Embarcado

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FERRAMENTAS DO SISTEMA

✗ Várias ferramentas de linha de comando estão disponíveis para ajudar na análise do sistema como um todo.

✗ Algumas ferramentas são comuns em sistemas Linux, outras são específicas do Android.

✗ Elas permitem analisar o funcionamento de uma determinada parte do sistema, como memória, CPU, acesso à rede, etc.

Page 311: Treinamento Android Embarcado

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FERRAMENTAS DO SISTEMA (cont.)

ps listar todos os processos em execução.

top exibir os processos ordenados por consumo de recursos (memória e CPU).

cpustats estatística de uso da(s) CPU(s).

schedtop estatísticas de uso de CPU por processo.

latencytop estatísticas de tempo de latência de cada processo em execução.

Page 312: Treinamento Android Embarcado

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FERRAMENTAS DO SISTEMA (cont.)

procrank exibe uma lista de processos ordenados por consumo de RAM.

procmem informações de uso de memória por determinado processo.

librank exibe lista de processos ordenados por bibliotecas carregadas em RAM.

showmap exibe o mapa de memória de um processo.

strace monitora as chamadas de sistema de uma aplicação.

Page 313: Treinamento Android Embarcado

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LOGCAT

✗ O sistema de logs do Android provê um mecanismo para coletar e visualizar informações do sistema.

✗ Os logs são armazenados em alguns buffers circulares do kernel, e podem ser exibidos com o comando logcat.

✗ Para exibir uma descrição das opções disponíveis:

$ logcat ­­help

Page 314: Treinamento Android Embarcado

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LOG POR BUFFER

✗ O log pode ser filtrado por buffer, conforme abaixo:

$ logcat ­b radio

✗ Os seguintes buffers estão disponíveis:✗ radio: mensagens relacionadas à comunicação com o radio.

✗ events: mensagens do sistema, principalmente relacionada à eventos de hardware.

✗ system: mensagens do sistema, usado principalmente pela camada nativa e pelo framework Android.

✗ main: todo o restante, mas principalmente mensagens de log das aplicações.

Page 315: Treinamento Android Embarcado

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TAG E PRIORIDADE

✗ Os logs são exibidos por tag (identificador do processo) e prioridade:I/ActivityManager(585):  Starting  activity:  Intent  {  action= android.intent.action...}

✗ As seguintes prioridades estão disponíveis (listadas da menor para a maior):

V ­ VerboseD ­ DebugI ­ InfoW ­ WarningE ­ ErrorF ­ FatalS ­ Silent

Page 316: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

FILTRANDO POR TAG E PRIORIDADE

✗ Filtro por tag:

$ logcat ­s ActivityManager

✗ Filtro por tag e prioridade:

$ logcat ­s ActivityManager:I

✗ Filtro por prioridade:

$ logcat ­s *:E

Page 317: Treinamento Android Embarcado

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DUMPSYS

✗ O dumpsys é uma ferramenta capaz de tirar o dump de um ou todos os serviços do sistema, invocando a função dump() implementada pelo serviço.

# dumpsys powerPower Manager State:mIsPowered=true mPowerState=1 mScreenOffTime=46793204 msmPartialCount=1mWakeLockState=SCREEN_ON_BITmUserState=mPowerState=SCREEN_ON_BITmLocks.gather=SCREEN_ON_BITmNextTimeout=94351 now=46880555 ­46786s from now...

Page 318: Treinamento Android Embarcado

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DUMPSTATE

✗ O dumpstate é uma ferramenta capaz de tirar um dump de todo o sistema.

# dumpstate[...]Kernel: Linux version 2.6.29­00261­g0097074­dirty ([email protected]) (gcc version 4.4.0 (GCC) ) #20 Wed Mar 31 09:54:02 PDT 2010Command line: qemu=1 console=ttyS0 android.checkjni=1 android.qemud=ttyS1 android.ndns=1­­­­­­ MEMORY INFO (/proc/meminfo) ­­­­­­MemTotal:94096 kB[...]­­­­­­ CPU INFO (top ­n 1 ­d 1 ­m 30 ­t) ­­­­­­User 2%, System 11%, IOW 33%, IRQ 0%User 3 + Nice 0 + Sys 15 + Idle 67 + IOW 42 + IRQ 0 + SIRQ 0 = 127[...]

Page 319: Treinamento Android Embarcado

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ADB

✗ Normalmente o processo de depuração em sistemas embarcados acontece via porta serial ou JTAG (para depuração em baixo nível).

✗ Esta configuração funciona bem em sistemas embarcados, mas em dispositivos móveis não possuímos normalmente estes tipos de interface.

✗ É por este motivo que o Google desenvolveu o ADB.

Page 320: Treinamento Android Embarcado

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ADB (cont.)

✗ O ADB (Android Debug Bridge) é uma ferramenta de debugging que pode funcionar em conexões USB ou TCP/IP.

✗ É composto por três componentes:✗ Daemon ADB, que roda no target.

✗ Servidor ADB, que roda no host e é responsável pela comunicação com o target.

✗ Cliente ADB, que também roda no host e serve de interface (modo texto) para a execução de comandos no target.

Page 321: Treinamento Android Embarcado

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ARQUITETURA ADB

ADB Server

ADB ClientUsuário

Android Gadget Driver

adbd

Host Target

Page 322: Treinamento Android Embarcado

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COMANDOS ADB

start­server Inicia o servidor ADB no host (normalmente é iniciado automaticamente).

kill­server Mata o servidor ADB no host.

devices Lista os dispositivos acessíveis via ADB.

connect Conecta ao daemon ADB via TCP (porta 5555 por padrão)

disconnect Disconecta do dispositivo.

Page 323: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMANDOS ADB (cont.)

push Copia arquivos do host para o target.

pull Copia arquivos do target para o host.

sync Sincroniza os diretórios system/ e data/.

install Instala um pacote Android (APK) no target.

uninstall Desinstala um pacote Android (APK) do target.

Page 324: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMANDOS ADB (cont.)

logcat Imprime o log do sistema.

shell Executa um comando ou inicia uma seção do shell.

bugreport Gera um relatório de erro do target (status atual, logs, etc).

wait­for­device Bloqueia até que o dispositivo esteja disponível.

Page 325: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMANDOS ADB (cont.)

remount Remonta a partição system/ compermissão de leitura e escrita.

reboot Reinicia o dispositivo (opçõesbootloader e recovery disponíveis).

reboot­bootloader Reinicia o dispositivo no bootloader.

root Reinicia o ADB com permissões de root(apenas se ro.secure=1 e ro.debuggable=1).

Page 326: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

COMANDOS ADB (cont.)

✗ usb Reinicia o daemon ADB para escutar comandos via USB.

✗ tcpip Reinicia o daemon ADB para escutar comandos via TCP.

✗ lolcat Mesmo que adb logcat.

✗ hell Mesmo que adb shell.

Page 327: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

GDB

✗ Com o parâmetro forward do comando ADB é possível redirecionar qualquer porta entre o host e o target, possibilitando por exemplo o debugging com o GDB via ADB!

✗ No target:

# gdbserver :1234 /system/bin/executable

✗ No host:$ adb forward tcp:1234 tcp:1234$ prebuilt/Linux/toolchain­eabi­4.2.1/bin/arm­eabi­gdb \ out/target/product/product­name/symbols/system/bin/executable

Page 328: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

ARQUITETURA ADB E GDB

ADB Server

Usuário

Android Gadget Driver

adbd

Host Target

localhost:1234

gdbserver

localhost:1234

gdb

Page 329: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

DEPURANDO APLICAÇÕES JAVA

✗ Durante a inicialização, o daemon do ADB abre um UNIX domain socket e espera por conexões.

✗ Processos que rodam na Dalvik se registram neste socket, tornando-se visíveis para debugging.

✗ A Dalvik implementa o JDWP (Java Debug Wire Protocol), permitindo usar o debugger Java (jdb) para depurar suas aplicações.

Page 330: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

JDB NA LINHA DE COMANDO

✗ Exiba primeiro a lista de processos Java depuráveis com o comando abaixo:

$ adb jdwp271376...

✗ Crie o redirecionamento para o PID do processo:

$ adb forward tcp:8000 jdwp:376

✗ E inicie o debugger:

$ jdb ­attach localhost:8000

Page 331: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

ARQUITETURA ADB E JDB

ADB Server

Usuário

Android Gadget Driver

adbd

Host Target

jdwp:pid

Processo Java

localhost:8000

jdb

Page 332: Treinamento Android Embarcado

Embedded Labworks

TOMBSTONES

✗ Sempre que um processo encerra abruptamente (crash) no Android, um arquivo especial chamado tombstone é gerado no diretório /data/tombstones/.

✗ Estes arquivos podem ajudar na análise do problema em um componente do sistema (aplicação, framework, biblioteca nativa, etc).

✗ Através dos tombstones, e usando uma ferramenta do toolchain chamada addr2line, conseguimos chegar na linha de código com problema!

Page 333: Treinamento Android Embarcado

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TOMBSTONE (EXEMPLO)*** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** *** ***Build fingerprint: 'unknown'Revision: '405522'pid: 10071, tid: 10071, name: tcpdump  >>> tcpdump <<<signal 11 (SIGSEGV), code 1 (SEGV_MAPERR), fault addr 00000000    r0 ffffffa0  r1 ffffffff  r2 ffffff98  r3 00000000    r4 0002f0e0  r5 7ec459b4  r6 00000001  r7 2abdae14    r8 00000000  r9 00000000  sl 00000000  fp 7ec459ac    ip 2abdaf38  sp 7ec457f8  lr 2ab8e433  pc 2ab8e446  cpsr 60000030    d0  9d2d6d40019b7a7b  d1  0000000000000000    d2  0000000000000000  d3  0000000000000000[...]

backtrace:                                                #00  pc 0004c446  /system/xbin/tcpdump                #01  pc 0001273f  /system/lib/libc.so (__libc_init+38)    #02  pc 0000d1f0  /system/xbin/tcpdump                                                                         stack:                                                 7ec457b8  2acb6041  /system/bin/linker

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ANR

✗ ANR ou "Application Not Responding" é um erro comum em aplicações Android.

✗ A mensagem de ANR é exibida se a Activity em foreground ficar mais de 5 segundos sem responder à um evento de entrada (botão, touch, etc).

✗ Quando a ANR acontece, um log com informações do erro é salvo em /data/anr/traces.txt.

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ANR (EXEMPLO)­­­­­ pid 11663 at 1970­01­02 00:53:03 ­­­­­Cmd line: com.android.development

DALVIK THREADS:(mutexes: tll=0 tsl=0 tscl=0 ghl=0)

"main" prio=5 tid=1 TIMED_WAIT  | group="main" sCount=1 dsCount=0 obj=0x2b6d19a0 self=0x4c8a2010  | sysTid=11663 nice=0 sched=0/0 cgrp=[no­cpu­subsys] handle=716739548  | state=S schedstat=( 0 0 0 ) utm=9 stm=1 core=1  at java.lang.VMThread.sleep(Native Method)  at java.lang.Thread.sleep(Thread.java:1031)  at java.lang.Thread.sleep(Thread.java:1013)  at com.android.development.BadBehaviorActivity$BadService.onStartCommand                                                   (BadBehaviorActivity.java:66)  at android.app.ActivityThread.handleServiceArgs(ActivityThread.java:2656)  at android.app.ActivityThread.access$1900(ActivityThread.java:141)  at android.app.ActivityThread$H.handleMessage(ActivityThread.java:1331)  at android.os.Handler.dispatchMessage(Handler.java:99)  at android.os.Looper.loop(Looper.java:137)

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DEV TOOLS

✗ Dev Tools é uma aplicação disponível no AOSP em development/apps/Development.

✗ Esta aplicação possui diversas ferramentas interessantes para testar e depurar o sistema, incluindo:

✗ Exibição de estatísticas de uso da CPU no display.

✗ Customização do comportamento da GPU.

✗ Exibição de informações sobre o touchscreen no display.

✗ Possibilidade de causar crash ou ANR.

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MONKEY

✗ Monkey é uma ferramenta de linha de comando para ser executada no dispositivo.

✗ É capaz de automatizar a geração de entradas para uma aplicação.

✗ Por exemplo, o comando abaixo é capaz de gerar 50 entradas aleatórias para o navegador:

$ monkey ­p com.android.browser ­v 50

✗ É possível criar scripts com o monkey para automatizar os testes de uma aplicação!

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MONKEYRUNNER

✗ O monkeyrunner é uma ferramenta de linha de comando para o host que permite controlar um target Android.

✗ Provê uma API completa em python para o desenvolvimento de aplicações de controle e teste de um dispositivo Android.

✗ Mais informações no link abaixo:

http://developer.android.com/tools/help/monkeyrunner_concepts.html

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EXEMPLO SCRIPT MONKEYRUNNERfrom com.android.monkeyrunner import MonkeyRunner, MonkeyDevice

device = MonkeyRunner.waitForConnection()

device.installPackage('myproject/bin/MyApplication.apk')

package = 'com.example.android.myapplication'activity = 'com.example.android.myapplication.MainActivity'runComponent = package + '/' + activity

device.startActivity(component=runComponent)

device.press('KEYCODE_MENU', MonkeyDevice.DOWN_AND_UP)

result = device.takeSnapshot()result.writeToFile('myproject/shot1.png','png')

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DDMS

✗ O DDMS (Dalvik Debug Monitor Server) é uma ferramenta de debugging que possibilita, dentre outras tarefas:

✗ Exibir informações e logs dos processos em execução.

✗ Capturar a tela do dispositivo.

✗ Monitorar eventos (SMS, chamadas, localização, etc).

✗ Ele se conecta ao servidor ADB e se comunica com os processos Android através do JDWP.

✗ Esta integrado ao Eclipse através do plugin ADT, acessível em Window > Open Perspective > Other... > DDMS.

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DDMS NO ECLIPSE

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TRACING

✗ A aplicação pode gerar um arquivo com informações de tracing de duas formas:

✗ Automaticamente com a função de profiling do DDMS (método impreciso).

✗ Manualmente através dos métodos startMethodTracing() e stopMethodTracing() da classe Debug.

✗ Através deste log, uma ferramenta chamada traceview é capaz de exibir informações de tracing e profiling da aplicação.

✗ Também através deste log, uma aplicação chamada dmtracedump é capaz de exibir o backtrace de chamadas de função da aplicação.

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TRACEVIEW

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DMTRACEDUMP

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SYSTRACE

✗ O systrace é uma ferramenta desenvolvida em python que permite analisar a performance de uma aplicação ou do sistema como um todo.

✗ Combina um conjunto de informações disponibilizadas pelo kernel para gerar um relatório em HTML sobre o sistema.

✗ Funciona a partir do Android 4.1.

✗ Mais informações no link abaixo:

http://developer.android.com/tools/debugging/systrace.html

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SYSTRACE EM AÇÃO

Fonte: http://developer.android.com/

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LABORATÓRIO

Usando ferramentas de debugging

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Android embarcado

E agora?

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UM RESUMO

✗ Portar o bootloader, de preferência com suporte ao fastboot.

✗ Portar o kernel Linux com os patches do Android.

✗ Sempre que possível, escolha um fabricante de plataforma que tenha o suporte ao Linux, de preferência com os patches do Android aplicados!

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UM RESUMO (cont.)

✗ Criar um produto no AOSP e customizar para a sua plataforma.

✗ Desenvolver e integrar a HAL (de preferência, escolha um hardware com a HAL pronta!).

✗ Desenvolver suas aplicações Android (normalmente o Launcher).

✗ Certificar-se no Google (opcional).

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RECURSOS ONLINE

✗ Android Open Source Project:

https://source.android.com/

✗ Android Developer:

https://developer.android.com/

✗ Android Tools Project Site:

http://tools.android.com/

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RECURSOS ONLINE (cont.)

✗ Embedded Linux Wiki (seção sobre o Android):

http://www.elinux.org/Android_Portal

✗ Linaro Android:

https://wiki.linaro.org/Platform/Android

✗ CyanogenMod:

http://www.cyanogenmod.org/

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RECURSOS ONLINE (cont.)

✗ XDA Developer (seção sobre o Android):

https://www.xda-developers.com/tag/all-android/

✗ Android Builder's Summit vídeos:

http://video.linux.com/

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LIVROS

Embedded AndroidKarim Yaghmour

Learning AndroidMarko Gargenta

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PERGUNTAS OU COMENTÁRIOS FINAIS?

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Por Sergio Prado. São Paulo, Novembro de 2012® Copyright Embedded Labworks 2004-2013. All rights reserved.

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