TREINAMENTO ESPORTIVO

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TREINAMENTO ESPORTIVO Conceitos e Aplicabilidade Profª Berlis Ribeiro dos Santos Menossi Disciplina FF113 – Crescimento, maturação e treinamento esportivo Professor Dr. Miguel de Arruda – FEF/UNICAMP

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TREINAMENTO ESPORTIVO. Conceitos e Aplicabilidade Profª Berlis Ribeiro dos Santos Menossi. Disciplina FF113 – Crescimento, maturação e treinamento esportivo Professor Dr. Miguel de Arruda – FEF/UNICAMP. TREINAMENTO ESPORTIVO. Treinamento Esportivo. Histórico (Costa, 1972) Períodos: - PowerPoint PPT Presentation

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TREINAMENTO ESPORTIVO

Conceitos e Aplicabilidade

Profª Berlis Ribeiro dos Santos Menossi

Disciplina FF113 – Crescimento, maturação e treinamento esportivo

Professor Dr. Miguel de Arruda – FEF/UNICAMP

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TREINAMENTO ESPORTIVO

Page 3: TREINAMENTO ESPORTIVO

Treinamento Esportivo

Histórico (Costa, 1972)– Períodos:

da Arte (até 1896) da Improvisação (1896 – 1920) do Empirismo (1920 – 1952) Pré-científico (1952 – 1964) Científico (1964 – 1980) Tecnológico (1980 – 1992) Marketing (desde 1992)

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Treinamento Esportivo

Conceitos Atividade física

Exercício

Treinamento

Treinamento Esportivo

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Treinamento Esportivo

“Preparo físico, técnico-tático, intelectual, psíquico e moral do atleta através de exercícios físicos”. (Matveev, 1972)

“Um processo que favorece alterações positivas de um estado - físico, motor, cognitivo e afetivo”. (Martin, 1977)

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“Repetição sistemática de movimentos que produzem reflexos de adaptação morfológica e funcional, com o objetivo de aumentar o rendimento num determinado espaço de tempo.

No esporte, é determinado pela condição técnica, física, tática, psicológica e intelectual do praticante”. (Barbanti, 2001)

Treinamento Esportivo

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Treinamento esportivo

Princípios

Sobrecarga

Especificidade

Reversibilidade

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Capacidades

Habilidades motoras

Capacidades

condicionantes

Capacidades

coordenativas

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Habilidades motoras Capacidades condicionantes:

1. Resistência

2. ADM - Alongamento

3. Força

4. Velocidade

5. Potência

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Capacidades

Resistência

“Resistência psíquica é a capacidade de um atleta de suportar um estímulo no seu limiar por um determinado período de tempo e a resistência física é a tolerância do organismo e de órgãos isolados ao cansaço”. (Frey, 1977)

“Relação entre a magnitude das reservas energéticas acessíveis para utilização e a velocidade de consumo da energia durante a prática esportiva”. (Menshikov e Volkov, 1990)

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Resistência

- Massa muscular envolvida: geral ou localizada;

- Via energética predominante: aeróbica ou anaeróbica;

- Duração dos esforços: curta, média e longa.

Page 12: TREINAMENTO ESPORTIVO

Resistência

Geral

- Mais de um sétimo a um sexto da musculatura esquelética total;

- Expressa em função do consumo máximo de oxigênio (não depende da modalidade) base l, ll, lll.

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Resistência

Localizada

- Menos de um sétimo a um sexto da musculatura esquelética total;

- Determinada força específica, capacidade anaeróbica, coordenação neuromuscular.

Page 14: TREINAMENTO ESPORTIVO

Resistência

Capacidade

Quantidade total de energia de que se dispõe em uma via metabólica; tempo que um sujeito é capaz de manter uma potência de esforço determinada.

Potência

Maior quantidade de energia por unidade de tempo que se pode produzir através de uma via energética.

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Potência aláctica 0 -10”Máxima degradação de

Pcr

Capacidade aláctica 0 - 20”Máxima duração Pa se

mantém a um nível muito alto

Potência glicolítica 0 - 45”Máximo ritmo de produção

de lactato

Capacidade glicolítica 1’ - 1’30”Duração máxima em que glicólise opera como fonte

principal de energia

Potência aeróbica 2’ - 4’Duração mínima para

alcançar o Vo2máx

Capacidade aeróbica 2’ - 6’Mantém o Vo2máx em um

certo número de repetições

Eficiência aeróbica 10’ - 30’ Steady state

Navarro (1994)

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Resistência

Curta- Estímulos máximo 45”- 2’Média- Estímulos 2’- 8’Longa- Estímulos superiores 8’

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Capacidade aeróbica

- Vo2 10 – 30%

- Vo2máx. 33% em meninas de 8 a 9 anos, corriam 6 a 11Km, 4 a 5 dias semana (Brown, 1972)

- 18 a 20 anos não ativos

- A velocidade de aumento é maior em crianças e adolescentes treinadas (Mirwal et. al.1981)

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Força

“Capacidade de superar a resistência externa à custa dos esforços musculares”. (Verkhoshanski, 2001)

Máxima

“Maior força disponível, que o sistema neuromuscular pode mobilizar através de uma contração máxima voluntária”. (Weineck, 1999)

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Fatores biológicos

- Estrutura das fibras: hipertrofia

- Aspectos neuromusculares: recrutamento

- Fontes energéticas

- Comportamento hormonal

Page 20: TREINAMENTO ESPORTIVO

Força máxima

- Diâmetro das fibras musculares

- Volume muscular

- Composição das fibras

- Coordenação intramuscular

- Motivação

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Força

Força absoluta

Força relativa

Força de velocidade

“Capacidade do sistema neuromuscular de vencer uma resistência em uma maior velocidade de contração possível”. (Harre & Hauptmann, 1991) P = f x dt

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Força

Força explosiva tônica

Força explosiva balística

Força rápida

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Força

Resistência de força

“Capacidade de resistência a fadiga, provocados por componentes de força e sobrecarga em uma modalidade esportiva”. (Matveev, 1983)

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Resistência de Força

Estática

Máxima e submáxima

Resistência dinâmica de força acíclica

Dinâmica

Resistência Estática de Força

Resistênciade

força rápida

Resistência de força máxima e

rápida

Resistência dinâmica de força cíclica

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Velocidade

“É o principal requisito motor, o qual permite tanto a movimentação, quanto a assimilação de outras capacidades do condicionamento - duração e força – e também da coordenação”.(Weineck, 1992)

Formas de velocidade: Puras e complexas

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Velocidade

Puras

Reação

Ação (acíclicos)

Freqüência (cíclicos)

- Dependentes do sistema nervoso central e de fatores genéticos

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Velocidade

Complexas

Velocidade de força: Capacidade de resistir a uma força, a mais alta possível, por um tempo determinado.

Resistência de força rápida (Acíclicos): Capacidade de manutenção da velocidade de contração sob fadiga.

Resistência de velocidade máxima (Cíclicos): Capacidade de resistência sob fadiga, na manutenção da velocidade.

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Treinabilidade velocidade

- Adulto 15 – 20%

- Distribuição dos tipos de fibras

- Organização e inervação das fibras

- Perdas sensíveis com a idade

- Idade ótima pré - escolar e na pré - adolescência

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Flexibilidade

“Amplitude de movimento disponível em

uma ou grupo de articulações” (Cobin,

Powell, Lindsey & Tolson, 1978)

“Capacidade de uma ou mais

articulações, mover-se com fluidez por

toda sua amplitude de movimento”

(Heyward, 1998)

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Fatores influenciadores

- Idade

- Gênero

- Nível habitual de atividade física

- Temperatura

- Horário do dia

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Tipos de alongamento

- Balístico

- Estático

- Passivo

- Ativo

- FNP

Page 32: TREINAMENTO ESPORTIVO

Capacidadescoordenativas

“São capacidades determinadas sobretudo pelo processo de controle dos movimentos que devem ser regulamentados”

(Hirtz, 1981)

“Capacitam o atleta para ações motoras em situações previsíveis e imprevisíveis e para o rápido aprendizado e domínio de movimentos nos esportes” (Frey, 1977)

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Capacidade coordenativas

• Capacidade de diferenciação sensorial

• Capacidade de observação

• Capacidade de representação

• Capacidade de antecipação

• Capacidade de ritmo

• Capacidade de coordenação motora

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Capacidades coordenativas

• Capacidade de controle motor

• Capacidade de reação motora

• Capacidade de expressão motora

“Existe um período ótimo para o desenvolvimento desses capacidades, isso ocorre entre as idades de 7 e 10 anos” (Hirtz & Schielke, 1986)

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Distribuição das capacidades físicas nos períodos sensíveis apropriados (Filin)

Capacidades Períodos sensíveis para o desenvolvimento

(faixas etárias, em anos)

Físicas ♂ ♀ ♂ ♀ ♂ ♀Coordenação 4-6 3-6 8-10 8-10 14-15 13-15

Força 5-7 4-7 9-12 8-13 15-17 14-16

Velocidade 7-9 6-8 13-14 12-13 16-18 14-17

Resistência 8-10 7-9 15-18 14-17 22-25 21-24

Flexibilidade 2-4 2-5 6-8 7-9 10-11 11-12

Page 36: TREINAMENTO ESPORTIVO

Estruturação e periodização

do Treinamento Esportivo

Page 37: TREINAMENTO ESPORTIVO

Meios e métodos dapreparação esportiva

Meios– equipamentos especiais, fatores naturais,

condições sociais, alimentação, recuperação, influências informativas

Métodos

Page 38: TREINAMENTO ESPORTIVO

Periodização

Macrociclos

Mesociclos

Microciclos

Page 39: TREINAMENTO ESPORTIVO

Treinamento Esportivo

na Infância e Adolescência

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Treinamento Esportivo

Principio da individualidade biológica (Dantas, 1995)

Faixa Etária / Maturação / Períodos sensíveis (Weineck, 1991)

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Treinamento Esportivo

Etapas organizacionais do treinamento esportivo para jovens (Filin & Volkov, 1998)

1a – SELEÇÃO DESPORTIVA

2a – ORIENTAÇÃO DESPORTIVA

3a – ESCOLHA DESPORTIVA

Detecção, formação, seleção e promoção de talentos esportivos (Böhme, 2002)

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Treinamento Esportivo

Modelo de formação esportiva a longo prazo (Martin, 1988)

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Formação Básica Geral

TreinamentoBásico

Formação Específica

Alto Nível

Ideal Prática

Geral

Básico

Específica

Alto Nível

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Etapas de preparação a longo prazo (Gomes, 2002)

Preparação preliminar

Especialização inicial

Resultados superiores

Manutenção dos resultados

Especialização profunda

Treinamento Esportivo

Page 44: TREINAMENTO ESPORTIVO

Treinamento Esportivo

Treinamento a Longo Prazo (Böhme, 2002)

Formação Básica Geral Treinamento Específico

– Treinamento básico– Treinamento de síntese– Treinamento de transição

Treinamento de Alto Nível

Page 45: TREINAMENTO ESPORTIVO

Exemplo Treinamento Endurance(Schmolynski, 1992; Zakharov, 1992; Kirsch & Kock, 1983)

Etapa de

Preparação

Faixa

Etária

Métodos de

Preparação

Conteúdos

Preparação

Preliminar 10-12 anos ContínuoCaráter geral e

Corridas duração

Especialização Desportiva Inicial 13-14 anos Contínuo

Aprimor. técnica

Corridas 3-15 km

Treinamento

Profundo 15-16 anosContínuo e

Interv. Extensivo

Vários Km

Corridas Inteval.

Aperfeiçoamento

Desportivo 17-18 anosContínuo e Interv.

Extens. e Intens.

Vários Km

Corridas Inteval.

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Treinamento Esportivo (Martin et al., 1991)

EsporteMasculino Feminino

Início Resultados Início Resultados

Judô 7,1 19,8 8,1 17,9

Atletismo 13,3 19,1 12,6 17,9

Ciclismo 10,6 18,4 11,2 18,1

Remo 14,2 19,4 15,6 20,0

Canoagem 13,1 19,6 12,3 19,0

Natação 9,8 16,9 9,4 15,6

Tênis mesa 7,6 13,6 8,6 14,6

Voleibol 11,6 17,1 12,0 17,1

G.O. 8,9 16,9 7,9 13,3

Saltos Orn. 9,7 17,4 9,3 16,6

Page 47: TREINAMENTO ESPORTIVO

Treinamento Esportivo

Papel das ciências auxiliares do treinamento desportivo na infância e adolescência:MEDICINA FISIOLOGIA

NUTRIÇÃO FISIOTERAPIA

PSICOLOGIA BIOMECÂNICA

CINEANTROPOMETRIA BIOQUÍMICA

GENÉTICA ERGONOMIA

ADMINISTRAÇÃO SOCIOLOGIA

ESTATÍSTICA INFORMÁTICA/T.I.

Page 48: TREINAMENTO ESPORTIVO

Treinamento Esportivo

Comentários Gerais Treinamento a Longo Prazo

– Desenvolvimento biopsicossocial– Teoria e princípios do treinamento– Desenvolvimento– Treinabilidade– Capacidades de desempenho esportivo

Page 49: TREINAMENTO ESPORTIVO

Estudos

Crescimento

Força

Resistência

Resistência, velocidade e força

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Métodos de treinamento

Método de influência prática “programado”– de Duração/Contínuo– Intervalado– de Repetição

Método competitivo Método de jogo Método de influência verbal Métodos de influência demonstrativa

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Mesociclos

I N C O R P O R A Ç Ã O

Incorporação Ordinário Ordinário Recuperação

B Á S I C O (Fase básica e específica)

Ordinário Ordinário Choque Recuperação

E S T A B I L I Z A D O R

Ordinário Ordinário Choque Recuperação

C O N T R O L E

Choque Recuperação Choque Recuperação

P R É – C O M P E T I T I V O

Choque Choque Recuperação Recuperação

C O M P E T I T I V O

R E C U P E R A T I V O

Recuperação Recuperação Ordinário Recuperação

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Microciclos

Microciclos 1 2 3 4 5 6 7

Incorporação 40% 50% 60% 50% 60% 70% X

Ordinário 70% 70% 70% 60% 50% 40% 20%

Pré - 80% 40% 100% 40% 100% 40% 100%

competitivo 80% 70% 60% 50% 40% 90% 100%

Competitivo ... ... ... ... ... ... ...

Choque80% 90% 100% 90% 80% 60% X

80% 90% 80% 60% 90% 100% X

Recuperação 70% 40% 20% 70% 40% 20% X

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Crescimento

Loko et al. Am J Hum Bio, 15: 72-77, 2003.– Avaliar diferenças de idade nas características de crescimento

e capacidades físicas em garotas adolescentes ativas; compara-lás a garotas sedentárias

– 643 garotas ativas; 902 sedentárias (10-17 anos)– Atividade física– Antropometria– Testes motores– Resultados

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Força

Halin et al. Eur J Appl Physiol, 87: 409-415, 2002.– Investigar diferenças na força de braço e as características do

EMG entre rapazes ginastas e não-treinados– 6 ginastas e 6 garotos não-treinados (10,5±0,6 anos)– Antropometria– Teste força e fadiga– EMG– Resultados

Page 55: TREINAMENTO ESPORTIVO

Força

Flanagan et al. RQES, 73(3): 340-344, 2002.– Determinar o efeito do treinamento de força na habilidade de

correr, saltar e arremessar de crianças; determinar os efeitos dos diferentes modelos de treinamento de força na performance.

– 28 garotos e 30 garotas (8-9 anos) – 3 grupos– Treinamento– Teste– Resultados

Page 56: TREINAMENTO ESPORTIVO

Resistência

Faigenbaum et al. JSCR, 15(4): 459-465, 2001.– Examinar os efeitos de 4 protocolos diferentes de treinamento

de resistência em crianças.– 44 garotos e 22 garotas (8,1±1,6 anos)– Grupos– Treinamento– Testes– Resultados

Page 57: TREINAMENTO ESPORTIVO

Resistência, velocidade e força

Häkkinen et al. J Spo Med Phy Fit, 29(1): 27-35, 1989.– Comparar características de performance em atletas pre-

adolescentes treinados em resistência, velocidade e força.– 18 pré-adolescentes (11-13 anos) – 3 grupos– 6 atletas (17 anos) – 1 grupo– Treinamento– Teste– Resultados

Page 58: TREINAMENTO ESPORTIVO

OBRIGADA!

BERLIS RIBEIRO DOS SANTOS MENOSSI

[email protected]