Treinamento Funcional Benefícios, Métodos e Adaptações

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    Treinamento funcional: benefcios, mtodos e adaptaesEl entrenamiento funcional: beneficios, mtodos y adaptaciones

    *Graduada em Educao Fsica pela Faculdade Adventista de Hortolndia

    **Professor Titular na Faculdade Adventista de Hortolndia(Brasil)

    Joyce de Jesus Silva Oliveira Teotnio*

    Lilian Maria Blumer*

    Mnica da Silva Santos*

    Telmo Bahia Carvalho**

    Helena Brando Viana**[email protected]

    Resumo

    O presente artigo teve como objetivo trazer informaes sobre este mtodo de treinamento (funcional) que a cada dia conquista novos adeptos. Tambmbuscou-se evidenciar informaes sobre a metodologia de treinamento tradicional (resistido) e, atravs de reviso bibliogrfica, realizar um comparativo entre asduas metodologias no que se refere realizao de exerccios em superfcies instveis e estveis. Atravs deste artigo, buscamos unir as informaes descritasacima para que o leitor possa compreender os benefcios que cada metodologia aqui estudada possa trazer ao indivduo praticante, e, ainda, auxiliar profissionaisde Educao Fsica na escolha do mtodo para trabalhar com seus alunos. Unitermos: Treinamento funcional. Treinamento. Fora.

    EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Air es, Ao 17, N 178, Marzo de 2013. http://www.efdeportes.com/

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    Introduo

    Recentemente, o treinamento funcional vem conquistando seu espao dentro de academias e de forma

    personalizada devido a sua forma de aplicao e por auxiliar as pessoas nas suas funes cotidianas. No entanto,esta metodologia de treino no recente, pois, de acordo com Dias (2011) o treinamento funcional originou-se comos profissionais da rea de fisioterapia, j que estes foram os pioneiros no uso de exerccios que simulavam o que ospacientes faziam no seu dia-a-dia no decorrer da terapia, permitindo, assim, um breve retorno sua vida normal e as suas funes habituais aps uma leso ou cirurgia. Dessa forma, foi fundamentado no sucesso obtido na sua aplicao na reabilitao que o programa de treinamento funcional passou a ser empregado em programas decondicionamento fsico, desempenho atltico, bem como para minimizar possveis leses (PRANDI, 2011).

    Sabe-se que o treinamento funcional est amparado na proposta de melhoria de aspectos neurolgicos que conduzem a capacidade funcional do corpo humano, empregando exerccios que estimulem os diferentescomponentes do sistema nervoso, gerando, dessa forma, sua adaptao (SILVA, 2011; CAMPOS e CORAUCCI NETO,

    2004).

    De acordo com Clark (2001 apudDIAS, 2011), os movimentos funcionais referem-se a movimentos associados,multiplanares e que abrangem reduo, estabilizao e produo de fora; ou seja, os exerccios funcionais referem-se a movimentos que empregam mais de uma frao corporal simultaneamente, podendo ser realizado em diversos planos e envolvendo diversas aes musculares (excntrica, concntrica e isomtrica). Em outras palavras, o treinamento funcional trabalha movimentos, e no msculos isoladamente, envolvendo, dessa forma, todas ascapacidades fsicas equilbrio, fora, velocidade, coordenao, flexibilidade e resistncia - de forma integrada pormeio de movimentos multiarticulares e multiplanares e no envolvimento do sistema proprioceptivo, este ltimo, de acordo com Ribeiro (2006 apud SILVA, 2011) relacionado com a sensao de movimento (sinestesia) e posioarticular, sendo que, dentre as principais funes deste sistema, esto a manuteno do equilbrio, a orientao docorpo e a preveno de leses.

    Desta forma, percebe-se que o treinamento funcional envolve movimentos especficos para o desenvolvimento dasatividades da vida diria do indivduo. Sendo assim, esta metodologia de treino possibilita a todos os pblicos o bomcondicionamento das capacidades fsicas, tornando-se possvel, assim, atingir a excelncia no desempenho.

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    Objetivos do treinamento funcional

    Como j foi dito anteriormente, o treinamento funcional explora no somente os msculos, mas tambm os movimentos, este ltimo, com maior enfoque, para que a produo de movimento pelo indivduo seja de formaeficiente.

    O principal objetivo do treinamento funcional promover um resgate da aptido pessoal do indivduo utilizando-sede um planejamento individualizado e personalizado, independente do seu grau de condio fsica e das atividades

    que ele desenvolva, usando exerccios que incluem atividades especficas do indivduo e que transferem seus ganhosde forma eficaz para o seu cotidiano. Portanto, o trabalho com o treinamento funcional prope utilizar-se de todas as capacidades fsicas do indivduo e aprimor-las, sendo que este treinamento ocorre de forma integrada, pois otreinamento funcional v o corpo humano de forma complexa (SILVA, 2011; DELIA; DELIA, 2005 apud RIBEIRO,2006, p. 17).

    Para Dias (2011), o treinamento isolado proporciona resultados em termos de ganho de massa muscular e fora, pois admite, em sua forma de treinamento, que ocorra fadiga muscular; contudo a metodologia do treinamento funcional aproxima-se mais dos movimentos reais, ou seja, dos movimentos realizados de forma habitual e queabrangem a conexo entre os movimentos. Deste modo, esse aspecto atende ao princpio da especificidade, um dosmais importantes princpios do treinamento.

    Desta forma, nota-se como caracterstica do treinamento funcional um maior grau de liberdade de execuo dos movimentos, j que admissvel realizar movimentos em diversas magnitudes, sobretudo se comparados aosexerccios da musculao tradicional. Segundo a literatura possvel apontar o treinamento funcional como flexvel eilimitado, pois apresenta infinitas adaptaes. A realizao de movimentos mltiplos planos tambm apontada comouma das caractersticas deste mtodo de treinamento, j que as atividades funcionais acontecem geralmente em trsplanos e demandam da acelerao, desacelerao e estabilizao dinmica (DIAS, 2011).

    Metodologias do treinamento funcional (TF)

    Dentro do TF podemos verificar as diversas abordagens no que se refere a metodologias. Shimizu (2011) apontaque, atualmente em nosso pas, existem trs linhas metodolgicas que so utilizadas dentro de um TF, que so: TFpara a especificidade esportiva; TF baseado no pilates, possuindo como foco o treinamento do CORE e, por ultimo, TF baseado em exerccios integrados para melhoria das capacidades funcionais. Desta forma, cabe ao professor deEducao Fsica que for prescrever os treinos saber qual das trs linhas de trabalho so a mais adequada para asnecessidades, funcionalidades e objetivos de seu aluno.

    Neste trabalho abordaremos as metodologias propostas por DElia e DElia (2005) e Monteiro e Evangelista (2010).

    A seguir, apontamos a metodologia de DElia e DElia (2005):

    1. Transferncia de treinamento: Onde o grau de similaridade e equiparao entre os exerccios utilizados notreinamento fsico funcional sejam prximos aos movimentos utilizados no cotidiano, pois, quanto maior for

    este grau, maior ser a permuta dos resultados obtidos para a atividade em questo.

    2. Estabilizao: Com o treinamento funcional o atleta recruta mais a musculatura estabilizadora, na qual oindividuo aproveita da estabilidade para conservar o exerccio em pratica atravs do equilbrio.

    3. Desenvolvimento dos padres de movimentos primrios: No treinamento funcional, sete movimentosso considerados como movimentos-chave, sendo tambm considerados como movimentos necessrios para asobrevivncia humana e para a performance esportiva, que so: agachar, avanar, abaixar, puxar, empurrar,girar e levantar.

    4. Desenvolvimento dos fundamentos de movimentos bsicos: existem quatro tipos principais demovimentos bsicos dentro do TF, que so, habilidades locomotoras (como andar, correr...), habilidades no-

    locomotoras ou de estabilidade (como virar-se, torcer, balanar...), habilidades de manipulao (como arremessar, chutar, agarrar...), conscincia de movimento (que corresponde a percepo e resposta s informaes sensoriais necessrias para executar uma tarefa). Estes quatro movimentos bsicos podem serempregados em quaisquer modalidades esportivas e atividades cotidianas.

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    5. Desenvolvimento da conscincia corporal: O treinamento funcional desenvolve diversos aspectos destaconscincia, pois provoca o indivduo em diferentes posies e tarefas, as quais fazem com que o mesmo secompreenda com mais seriedade.

    6. Desenvolvimento das habilidades biomotoras fundamentais: O desenvolvimento da fora, do equilbrio,da resistncia, da coordenao, da velocidade e da flexibilidade indispensvel, sendo que uma habilidade raramente domina um exerccio. Sendo assim, na maioria das vezes, o movimento se origina de umacombinao de uma ou mais habilidades. Dessa forma, o treinamento funcional desenvolve as habilidades deacordo com a seriedade de cada uma delas no esporte ou na atividade especfica, abrangendo tambm a fasede treinamento no qual o indivduo se encontra

    7. Aprimoramento da postura: A postura influencia muito na capacidade e qualidade de movimento eequilbrio. Sendo assim, o treinamento funcional pratica tanto a postura esttica (que corresponde a posioem que o movimento comea e termina) quanto a postura dinmica (capacidade do corpo de alimentar o eixode rotao durante todo o movimento).

    Outra metodologia aqui estudada a apontada por Monteiro e Evangelista (2010), onde, para os autores, uma metodologia de treinamento s pode ser considerada como funcional se o aluno apresentar as seguintescaractersticas:

    Desenvolvimento de capacidades biomotoras ressaltantes - que so: fora, resistncia, potncia,flexibilidade, coordenao, equilbrio, agilidade e velocidade;

    Padro de movimento comparvel a reflexos, ou seja, quando o corpo gera um conjunto de aesreflexas para manuteno da postura quando em superfcies estveis e/ou instveis;

    Sustentao do centro de gravidade sobre sua base de suportecomo componente postural esttico edinmico;

    Compatibilidade com um programa motor generalizado, ou seja, os exerccios considerados comofuncionais utilizam movimentos que tm alta transferncia para o trabalho ou esporte;

    Compatibilidade de cadeia aberta/fechada -a seleo do exerccio pelo treinador deve ser em funo do tipo de cadeia cintica, para que o recrutamento dos msculos e o movimento das articulaes sejamespecficos em relao a tarefa desempenhada;

    Isolamento para integrao, ou seja, treinar a musculatura para que ela colabore na realizao de ummovimento funcional.

    Podemos perceber que ambas metodologias apresentadas acima so semelhantes no que se refere adesenvolvimento de capacidades biomotoras importantes nesta metodologia de treinamento, bem como no centro degravidade do corpo (CORE) e no recrutamento sincronizado dos msculos para o bom desenvolvimento da funodesempenhada na vida diria do indivduo.

    Core Training

    De acordo com Prandi (2011), como elemento do treinamento funcional temos o Core Training, que otreinamento da regio central do corpo. Para Alencar e Matias, 2009; Monteiro e Evangelista, 2010; Santos et al2009 (apud Calvo et al. 2011), o Core se refere ao conjunto de msculos que controlam e oferecem estabilidade aos movimentos da pelve e da coluna lombar, podendo ser identificado como o complexo lombo-plvico, contendo,aproximadamente, 29 msculos. Logo, entende-se que o Corese refere a um programa de treinamento que visa ofortalecimento da regio do corpo onde se localiza o centro de gravidade e o centro de fora, e nessa regio que todos os movimentos que realizamos tm incio. Dessa forma, para Prandi (2011) Torna-se evidente que o fortalecimento do CORE possui bases tericas no tratamento e na preveno de vrias condies msculo

    esquelticas. Quando procuramos no dicionrio o significado da palavra CORE, encontramos como significado ncleo (LONGMAN, 2002); logo, podemos entender por CORE como o mesmo que ncleo do corpo. Deste modo, tendo um ncleofortalecido cria-se a estabilizao imprescindvel para o treinamento funcional a partir do qual os msculos possam

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    realizar a contrao (PRANDI, 2011).

    De acordo com Alencar e Matias, 2009; Monteiro e Evangelista, 2010; Santos et. al2009 (apud Calvo et al.,2011)o Core Training traz uma proposta individualizada nos programas de treinamento convencionais. A aplicao deste mtodo visa estabilizar os msculos do Core e preparar a postura do indivduo para se sujeitar as atividadescotidianas e prticas esportivas. Ou seja, um dos alicerces dessa prtica reside no treinamento de grupos muscularesdo complexo lombo-plvico para determinadas finalidades especficas. Consequentemente, as atividades funcionaispropostas pelo mtodo exigem a conservao do alinhamento postural e do equilbrio dinmico entre as diferentesestruturas do corpo. Logo, o benefcio dessa metodologia de treinamento a conquista de um sistema integralmente

    desenvolvido, promovendo seu funcionamento de maneira eficaz.

    A estabilizao do COREou core stability abordada na literatura de medicina do esporte como competncia decontrole motor e produo fora muscular da coluna lombar, da musculatura plvica e do quadril (LEETUN et al.,2004). Sabe-se que o CORE atua como uma unidade funcional unificada, atravs do qual toda a cadeia cintica operasinergicamente para produzir fora e estabilizar dinamicamente contra uma fora atpica. Dessa forma, o controle docentro de fora promove o alinhamento e o equilbrio postural dinmico no decorrer das atividades funcionais com um menor gasto energtico. Dessa forma, um CORE eficaz promove a manuteno de relaes excelentes de comprimento-tenso dos msculos agonistas e antagonistas do movimento, os quais permitem a manuteno de relaes excelentes de foras vinculadas no complexo lombo-plvico. Isso determina uma boa cintica articulardurante movimentos funcionais e eficcia neuromuscular em toda a cadeia cintica, promovendo o equilbrio de todaa cadeia muscular na execuo de movimentos integrados (MONTEIRO e EVANGELISTA, 2010).

    Treinamento de fora tradicional e TF: comparativo entre as metodologias

    De acordo com Geraldes (2003 apudFARIAS e RODRIGUES, 2009), o treinamento de fora, treinamento contra a resistncia, treinamento resistido ou musculao so termos geralmente usados para apresentar a diversidade de meios e mtodos de treinamento de fora, resistncia ou potncia muscular e eventos de fisiculturismo oulevantamentos de peso. O treinamento de fora no somente abrange o levantamento de pesos, como tambm, ouso de resistncias em mquinas ou elsticos.

    Para Porter et al. (1995 apudTAGLIARI, 2006) o Treinamento Resistido compreende a uma submisso do sistema

    neuromuscular a aplicao de uma sobrecarga progressiva utilizando das contraes musculares prximas a mxima contra uma alta resistncia. Possui como finalidade aumentar a habilidade em realizar contraes mximas ouaumentar a rea de seco transversa da fibra muscular.

    Ainda, de acordo com Fleck e Kraemer (1999 apudTAGLIARI, 2006), o treinamento resistido pode ser definidocomo treinamento de resistncia invarivel ou isotnico, onde a resistncia mantida de forma constante no decorrerda execuo da ao muscular excntrica e concntrica. De forma geral, o treinamento resistido aplicado seguindoum dado numero de series e repeties, em um percentual de intensidade que pode ser denominado a partir do teste de 1RM com distintos tempos de pausa, direcionando o treinamento para o desenvolvimento das diversas modalidades de fora. Alm disso, o treinamento resistido pode ser aplicado em forma de circuito ou comotreinamento concorrente.

    Godoy (1994 apudRIBEIRO, 2006) aborda o treinamento resistido como sendo a atividade fsica executada de forma predominante por meio de exerccios analticos, utilizando resistncias progressivas providas por recursosmateriais, tais como: halteres, barras, anilhas, aglomerados, mdulos, extensores, peas lastradas, o prprio corpoe/ou segmentos, entre outros.

    Segundo Aaberg (2002), o treinamento resistido tem se tornado um dos treinos mais populares em nossocotidiano. No entanto, antigamente somente alguns atletas utilizavam este tipo de metodologia por haverem crenasde que o aumento da massa muscular poderia influenciar na perda da flexibilidade. Mas, com o crescente avano empesquisas na rea, atletas e treinadores foram percebendo os benefcios que algumas metodologias de treinamentopoderiam trazer a seus atletas. Porm, de acordo com o autor, no possvel afirmar que o treinamento resistido v

    de fato aumentar o desempenho atltico do atleta por acreditar na individualidade biolgica de cada um (AABERG,2002).

    Ainda, de acordo com Aaberg (2002), alguns dos principais benefcios do treinamento resistido so:

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    1. Aumento da performance em esportes que exijam do aluno/atleta mais fora, potencia, controle e resistnciafsica;

    2. Significativa reduo do percentual de gordura corporal;

    3. Auxilia o corpo no combate a ao da gravidade e impede adaptaes posturais e funcionais provocadas pelaatrao constante da Terra a qual estamos expostos diariamente;

    4. Desenvolve importante papel no controle a doenas crnicas como Diabetes, Artrite, entre outras.

    No entanto, a estabilidade das superfcies usualmente utilizadas na execuo de exerccios no treinamentotradicional (musculao) pode provocar a diminuio da produo de fora e potncia durante a execuo de sriesem superfcies estveis (McBRIDE et al., 2006 apudMONTEIRO e EVANGELISTA, 2010). Dessa forma, Monteiro e Evangelista (2010) formularam uma tabela comparando os benefcios do treinamento em superfcies estveis einstveis.

    Tabela 1.Comparao de benefcios do treinamento funcional em superfcies instveis x superfcies estveis (MONTEIRO e EVANGELISTA, 2010)

    Varivel Estveis Instveis

    Fora e estabilidade do Core

    Ativao de agonistas Co-ativao de antagonistas

    Produo de fora

    Produo de potncia

    Melhora na propriocepo

    Reabilitao de dores lombares

    Performance esportiva ???

    Fonte: Monteiro e Evangelista (2010)

    Atualmente, a instabilidade tem sido vista como uma grande ferramenta das novas metodologias para promover aumento do recrutamento da musculatura. Dessa forma, os treinos passaram a utilizar cada vez mais suportesinstveis, tais como: bolas, bosu(meia bola com uma superfcie reta de um dos lados), plataformas de instabilidade,discbol, entre outros.

    De acordo com Osti (baseado na entrevista do professor Julio Serro, laboratrio de biomecnica da Universidade de So Paulo, 2011), com esta metodologia de treinamento, percebe-se melhora na fora do core, conjunto demsculos do centro do corpo, o trax, como os msculos do abdome e sustentadores da coluna vertebral; porm,segundo o professor, o que provoca um maior ganho muscular a combinao de estmulos diferentes, onde entra otreinamento funcional.

    A principal vantagem dos treinamentos fundamentados na instabilidade o ganho de propriocepo, que ocorremesmo em atletas. Entende-se por propriocepo como a capacidade de percepo do prprio corpo e correoautomtica de movimentos indesejados. Sendo assim, o treinamento desta aptido essencial para todos em seucotidiano, mais ainda, torna-se primordial para atletas, que para conseguirem obter bons resultados, precisam detreinos com desequilbrios maiores (OSTI, 2011). Seguindo esta linha de raciocnio, Sparkes (2009 apud PORTELA,2010), expe que o treinamento em superfcies instveis para atletas assume carter de extrema importncia por levar em conta que esta metodologia promove melhorias na performance atltica quando os exerccios imitamprecisamente os movimentos desportivos, atendendo, dessa forma, ao princpio da especificidade do treino.

    As musculaturas do abdome e das costas possuem como funo a estabilizao do corpo. Dessa forma, ela maissensvel ao treinamento com instabilidade como o treino funcional. Ento, ao se incluir elementos de instabilidade, possvel aumentar o recrutamento dessas musculaturas estabilizadoras. Desta forma, os exerccios abdominais feitos sobre uma bola sua, por exemplo, despontam resultados melhores que os mesmos exerccios realizados numa estrutura lisa, pois a musculatura abdominal estabilizadora e, ao trabalhar em uma superfcie de desequilbrio,necessita recrutar mais fibras para realizar o mesmo movimento. J a musculao feita com os aparelhos tradicionais

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    restringe a instabilidade para tolerar uma maior carga de trabalho, fortalecendo a musculatura, mas no provoca benefcios na musculatura estabilizadora e na propriocepo (OSTI, 2011). No entanto, o autor concorda que amusculao seja uma metodologia ideal para trabalhos com iniciantes que necessitam aprender os movimentos efortalecer a musculatura.

    Para finalizar, no que se refere ao treino com pesos livres, como anilhas e halteres, Osti (2011) sugere que este tipo de treinamento permite uma maior instabilidade, com um trabalho considervel de costas e abdome paraestabilizar certos movimentos, o que muitas vezes no permite pesos to altos quanto o dos aparelhos. J os treinosfuncionais pregam maior instabilidade, privilegiando a musculatura estabilizadora.

    Consideraes finais

    Diante das informaes expostas acima, podemos concluir que o treinamento funcional e o treinamento resistido possuem benefcios e podem ser exploradas juntas, onde cada metodologia trar ao executor (aluno ou atleta) acrscimos ao seu vocabulrio motor, sendo aplicadas em diferentes estgios de evoluo do aluno. No entanto, podemos perceber que a metodologia funcional vem, dia-a-dia, conquistando mais adeptos devido aos desafios propostos tanto para o aluno quando para o profissional de Educao Fsica no que se refere a equipamentos eexecuo de exerccios, proporcionando ao aluno maiores ganhos de propriocepo corporal, fortalecimento do CORE,dentre outros.

    inegvel que a funcionalidade sempre esteve presente em todos os momentos da evoluo humana. O homem sempre necessitou realizar com eficincia as tarefas do dia-a-dia, garantindo, dessa forma, a sobrevivncia emsituaes muitas vezes adversas. Porm, com a evoluo tecnolgica, a facilidade e o conforto para a realizao de aes que antes eram essencialmente fsicas tornaram o homem menos funcional (CAMPOS e CORAUCCI NETO,2004).

    O treinamento funcional representa uma nova metodologia de condicionamento, norteada pelas leis basais dotreinamento e amparada cientificamente por meio de pesquisa e referncias bibliogrficas em todos os seus pontos principais e, sobretudo, avaliadas extensivamente nas salas de treinamento, onde foi possvel definir suas linhasbsicas. No entanto, a essncia do treinamento funcional est fundamentada no progresso dos aspectos neurolgicosque comprometem a capacidade funcional do corpo humano atravs de treinos estimulantes que desafiam os vrios

    componentes do sistema nervoso e, por isso, geram sua adaptao (CAMPOS e CORAUCCI NETO, 2004; DELIA eDELIA, 2005).

    Dessa forma, entende-se que o treinamento, seja resistido, seja funcional, geraro adaptaes positivas aoorganismo do praticante, desde que estes sejam abordados de forma a atender aos princpios do treinamento, cadaum dentro das suas caractersticas, possibilitando ao praticante melhor qualidade de vida.

    Referncias bibliogrficas

    AABERG, Everett.Conceitos e Tcnicas para o Treinamento Resistido.1 edio, So Paulo: Manole, 2002.

    CAMPOS, Maurcio de Arruda; CORAUCCI NETO, Bruno. Treinamento Funcional Resistido. Rio de Janeiro:Revinter, 2004.

    DIAS, Kalysson Araujo. Treinamento funcional: Um novo conceito de treinamento fsico para Idosos.Cooperativa do Fitness.

    DELIA, Rodrigo; DELIA, Leandro. Treinamento funcional: 7 treinamento de professores e instrutores. So

    Paulo: SESC - Servio Social do Comrcio, 2005.

    FARIAS, Ivan Gabriel da Silva Rodrigues; RODRIGUES, Teresa da Silva. Exerccio resistido: Na sade, nadoena e no envelhecimento. Tese (Especializao), Lins, 2009.

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    LEETUN, Darin T.; IRELAND, Marry Lloyd; WILSON, John T.; BALLANTYNE, Bryon T.; DAVIS, Irene Mc Clay.Core Stability Measures as Risk Factors for Lower Extremity Injury in Athletes. Medicine & Science in Sports &Exercise,Vol. 36, Num. 6, p. 926-934, 2004.

    LONGMAN, Dicionrio Escolar. Ingls Portugus / Portugus Ingls. 2 edio. Pearson Longman, 2009.

    MONTEIRO, Artur Guerrini; EVAGELISTA, Alexandre Lopes.Treinamento Funcional: Uma abordagem prtica.So Paulo: Phorte, 2010.

    OSTI, Leandro. Treinar em cima de superfcies instveis no melhora a fora muscular. Disponvel em: http://acidolatico.wordpress.com/2011/09/18/treinar-em-cima-de-superficies-instaveis-nao-melhora-a-forca-muscular/ Acesso em 15/08/2012.

    PRANDI, Fernanda Rafaela. Treinamento Funcional e CORE TRAINING: Uma Reviso de Literatura. Tese(Graduao) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, 2011.

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    RIBEIRO, Ana Paula de Freitas. A eficincia da especificidade do treinamento funcional resistido. Tese (Psgraduao) - UNIFMU, So Paulo, 2006.

    SILVA, Larissa Xavier Neves. Reviso de literatura acerca do treinamento funcional resistido e seus aspectosmotivacionais em alunos de Personal Training.Disponvel em:

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    TAGLIARI, Mnica. Alteraes Morfo-funcionais decorrentes de diferentes Treinamentos com GinsticaLocalizada na faixa etria de 20-35 anos.Tese (Ps-Graduao), Universidade Federal do Rio Grande do Sul,

    Porto Alegre, 2006.

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