Tribo (ale)

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Ano 2014 #222 R$ 10,00

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PRIVADO$ ZL13

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Ano 2014 #222 R$ 10,00

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Entrevista por: Igor camarinha

Nome: Sergio yuppie

Idade: 26 anos

Tempo de Skate: 15 anos

Patrocínios: V8 Truc ks, Connexion Wheels, Alis, Verdi Skate S hop e Evolua Estúdio.

despontava como skatista amador em 2005. A primeira vez que ouvi falar do Diego, um jovem skatista do interior pau-lista, ele estava sob os cuidados da marca Tomboy em tour pelo Interior Paulista divulgada nas mídias de skate. Os anos passaram e esse nobre skatista veio a se tornar um dos mais talentosos e importantes skatistas profissionais do país.

Dono de um skate diferenciado, técnico e muito cria-tivo, Fiorese é local de Jundiaí -SP e no ano de 2006 disputou seu primeiro campeonato internacional. Par-ticipou do Tampa AM e fechou na 37º Colocação. Anos mais tarde, Fiorese veio a realizar o tão aguar-dado sonho, conhecer o mundo e se profissionalizar.

Em 2010 viria a se tornar campeão de um dos circuitos mais importantes do país na época – O Circuito Universitário de Skate. Até o momento, são três Pro Models lançados, ex-celentes colocações em circuitos Mundiais (2012 – 3º lugar e 2013 4º Lugar), entrevistas, vídeos e duas capas de Revista.

Confira a entrevista exclusiva com o Skatista Profissional Isso continua significando muito para a minha vida, foi um grande aprendizado e crescimento no meu skate, sair remando pelas ruas de Santiago com os meus amigos é tudo o que eu mais queria para a viagem. Sou muito grato a todos que estavam nas sessões e naquela viagem! Fazer a parte no Caos foi o que me motivou a passar para Pro

e filmar cada vez mais na rua. Me divertia muito com as viagens para Volta Redonda, passar os finais de semana na sua casa e andar nas pracinhas da cidade. Sinto falta disso! Quando eu passei para profissional em 2008, a minha ideia era expandir o meu espaço para remar. Sem-pre quis andar em cada país do mundo, e a cada viagem fui ganhando experiências para voltar no ano seguinte.

Naquela época eu saia para filmar e fotografar com o Ivan Cruz, ele era staff da 100%, nós tínhamos uma li-gação muito forte. Ele pegava o trem e ia para Jundiaí fazer as fotos comigo e sempre rendia muito. Em uma dessas sessões fomos para Campinas onde o Stanley apre-sentou o corrimão da capa, foi muita vibe aquele dia! O meu Model pela Anti Action representou muito para mim na época, a transformação de amador para profis-sional, o reconhecimento do meu skate, fez ser o que sou agora. Sou feliz com tudo o que eu vivi e aprendi!

Em 2010 foi um ano que eu consegui realizar alguns sonhos através desses resultados. Quando fiquei em 2º no Mystic, eu peguei a grana da premiação e fui para a casa da Letícia Bufoni em LA, fiquei lá filmando e fazendo fotos com o Fellipe Francisco, foi onde eu comprei meu Mac, fui ao Maloof Money Cup e andei com todos os caras que eu tin- ha vontade de fazer uma sessão!

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Esse começo de 2014 viu surgir na mídia o fenômeno dos “rolezinhos”. A classe média paulistana, então, expôs sua face (quase) oculta: o ódio, expresso através da discriminação e da segregação.

Seja ela racial ou econômico-social, nós conhecemos bem o que é a dis-criminação. Quem viveu o skate nos anos 90 sabe como é ser visto como desajustado ou até mesmo como mar-ginal. Isso também já foi debatido à exaustão, mas vale ressaltar que o skate sempre foi uma miscelânea cul-tural. Apesar de skatistas de diferentes estilos se agruparem em “facções” – “gangueiros”, “daggers”, etc. –, não há atrito entre elas. O skate nos une e atitudes discriminatórias ficam isoladas nas conversas privadas dos membros de cada uma dessas “facções”. O que até é uma espécie de segregação, mas que não se manifesta de forma violenta.

A segregação, diferentemente da dis-criminação, oculta a raiz do problema. Impedindo o contato entre grupos que não se aceitam mutuamente, a segrega-ção torna a discriminação quase invisív-el. Se não há contato entre os grupos que não se aceitam, não há confrontos. Hos-tilizações se tornam episódios isolados. Não que isso resolva problema algum, mas é um paliativo que agrada a muitos. Até que esse paliativo se demonstre falho.

Voltando aos “rolezinhos”, o que me impressionou não foi a atitude ridícula de uma classe média elitista em as-sumir e promover uma segregação social, mas sim o fato de eles defen-derem somente espaços privados.

Um shopping é somente um prédio com centenas de lojas dentro! Mas

parece ser um paraíso para essa classe média que busca lugares “exclusi-vos” e “diferenciados” para se de-fender de uma única coisa: o medo.

A grande mídia vem construindo a ima-gem de que a rua é o território do medo. Nenhum comercial de TV convida seu público-alvo a usar o espaço público. Tudo gira em torno de condomínios res-idenciais fechados, shoppings centers, academias, clubes, restaurantes, boates e tudo o que tenha muros, seguranças armados e pessoas “da mesma classe”.

O terror dos consumidores desse es-tilo de vida é que esses espaços di-tos “exclusivos” sejam invadidos por “gente diferenciada” – termo usado por uma moradora do bairro de Higienópolis, há poucos anos, que se expressava contra a construção de uma estação de metrô no bairro.

Lentamente, a percepção de grande parte da população é de que a rua é um ambiente hostil. E a dedução, pela lógica, é de que quem está nela é a razão dessa hostilidade. Porque a rua é um ambiente incontrolável – você se lembra do que foi dito nessa coluna há exatamente um ano? – ela está sendo abandonada. Não por nós, skatistas, mas por quase todo o resto da sociedade.

Nós sabemos que a rua é a maior ex-pressão de liberdade. Nós temos na rua o nosso segundo lar. O palco onde exi-bimos nossas manobras, onde nos ex-pressamos da maneira mais autêntica. A rua não pode morrer! Salve a rua!

Estar em Maceió (AL) é sempre relembrar tantos bons momentos da infância. Esse é um dos meus monumentos favoritos, mas dessa vez foi uma batalha: primeiro porque queríamos pegar o pôr do sol no primeiro dia e não conseguimos. No segundo dia, que era no fim de semana, acordamos as 05:30 da manhã e, apesar do piso molhado, conseguimos andar. Estar com irmãos só

fez a vibração ser perfeita, valeu Ramon, Mosquito, Charles e Edu por tudo. Bênçãos.

Mais uma vez as andanças do #monu-mental passam pelo Brasil, dessa vez pelo Nordeste, na cidade de Salvador (BA). Esse monumento é uma obra do Artista Plástico Mário Cravo e foi construído no ano de 1983. Desde a primiera vez que vi essa estrutura, ainda criança em 1989, fiquei curioso pra andar nela, mas só em 2011 andei aqui com Ned (Renato Custódio). Um fato curioso é que no ano passado a estrutura (que é de fibra no seu interior) pegou fogo.

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Alguns monumentos ficam muito famosos entre os skatistas, que ao ver uma foto ou uma imagem nos per-guntamos "aonde fica isso?"

Com esse monumento aconteceu o mesmo, e ontem chegamos aqui no fim da tarde com um propósito tentar fazer uma foto para o "Mon-umental" no fim da tarde de um dia de inverno californiano. Esse ol-lie foi logo ao chegar, pra aquecer e aproveitar esse belo fim de tarde