Tribuna Bancária n° 356

3
TRIBUNA Bancária Sindicato dos Bancários de Niterói e Região www.bancariosnit.org.br Ano LII – Nº 356 – 13 de fevereiro de 2012 Sindicato fecha mais de 30 agências do Itaú Protesto contra demissões aconteceu em Niterói e São Gonçalo O Sindicato dos Bancários de Niterói e regiões realizou no mês de janeiro duas gran- des paralisações que chamou a atenção da imprensa, de clien- tes e, principalmente, da dire- toria do banco Itaú. O motivo é o alto número de demissões praticado pela instituição. Fo- ram mais 30 agências fechadas em Niterói e São Gonçalo. Esta foi a primeira grande manifes- tação no Estado em 2012. As interrupções no atendi- mento aconteceram nos dias 25 e 26 de janeiro, em Nite- rói e São Gonçalo/Alcântara, respectivamente. Em Niterói, 12 agências bancárias do Itaú foram fechadas no centro da cidade. A paralisação ocorreu durante todo o dia. Já em São Gonçalo, foram mais de 20 agên- cias paradas com cartazes escritos “Estamos em greve”. Em toda ma- nifestação diretores do Seeb-Nite- rói conduziram os protestos que ocorreram de forma pacífica e com adesão da categoria. Nos últimos meses o Itaú ele- vou o número de dispensas de fun- cionários sem justificativas reais para as demissões. A atitude do banco espalha o medo e o receio dos bancários, desestruturando fa- mílias inteiras e deixando a mercê da sorte funcionários que dedica- ram anos de suas vidas à institui- ção. Há casos de bancários que chegavam a ter cerca de 30 anos de serviços dedicados ao banco. A diretoria do Seeb-Niterói não se conforma com a prática abusiva do Itaú e, por isso, resol- veu protestar. O Sindicato consi- dera intransigente e sem critérios a política abusiva de demissões pra- ticada pelo Itaú sem justificativas. “Pressão psicológica, metas abusivas, pouca mão-de-obra, sobrecarga de trabalho e não va- lorização do empregado compro- Foto: Willian Chaves Maior agência do Itáu no Centro de Niterói ficou fechada durante todo o dia O presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e re- giões, Fabiano Júnior, se reu- niu com diretores de Recursos Humanos do Itaú na sede ad- ministrativa da instituição em São Paulo no início de feve- reiro para discutir as paralisa- ções promovidas pela entidade em São Gonçalo e Niterói em janeiro em protesto contra as demissões abusivas cometidas pelo banco. O convite foi re- sultado da ação do Sindicato. O saldo do encontro foi uma declaração do Itaú que ad- mitiu que na área operacional houve corte efetivo, sem repo- sição, devido a diminuição de serviços com a perda do con- trato com o Governo do Esta- do do Rio e de que não haverá mais reduções por este motivo. O banco salientou ainda que as demissões futuras serão desli- gamentos normais como sempre fizeram os bancos. Ex: pedido de demissão, relatório ou por baixo desempenho. Diferentemente do que foi feito nos últimos dois me- ses. Já na área comercial, o Itaú assegurou que haverá reposições. “A reunião em São Paulo foi importante, fruto das grandes pa- ralisações feitas pela direção do Seeb-Niterói, pois sem elas não te- ria se aberto este canal de negocia- ção. A posição do Sindicato depois desse pronunciamento do banco é acompanhar de perto, dia a dia. E caso o banco volte a demitir fare- mos um novo movimento de pa- ralisação ainda maior”, declarou Fabiano Júnior. ITAÚ chama Sindicato para discutir dispensas Paralisação repercutiu na imprensa metem o serviço prestado ao cliente e provoca lesões e do- enças nos trabalhadores. Onde está o lado social da instituição que gasta absurdos em pu- blicidade demonstrando ser comprometida?”, posição da diretoria. www.bancariosnit.org.br

description

Edição Fevereiro 2012

Transcript of Tribuna Bancária n° 356

Page 1: Tribuna Bancária n° 356

TRIBUNABancáriaSindicato dos Bancários de Niterói e Região www.bancariosnit.org.br

Ano LII – Nº 356 – 13 de fevereiro de 2012

Sindicato fecha mais de 30 agências do ItaúProtesto contra demissões aconteceu em Niterói e São Gonçalo

O Sindicato dos Bancários de Niterói e regiões realizou no mês de janeiro duas gran-des paralisações que chamou a atenção da imprensa, de clien-tes e, principalmente, da dire-toria do banco Itaú. O motivo é o alto número de demissões praticado pela instituição. Fo-ram mais 30 agências fechadas em Niterói e São Gonçalo. Esta foi a primeira grande manifes-tação no Estado em 2012.

As interrupções no atendi-mento aconteceram nos dias 25 e 26 de janeiro, em Nite-rói e São Gonçalo/Alcântara, respectivamente. Em Niterói, 12 agências bancárias do Itaú foram fechadas no centro da cidade. A paralisação ocorreu durante todo o dia. Já em São

Gonçalo, foram mais de 20 agên-cias paradas com cartazes escritos “Estamos em greve”. Em toda ma-nifestação diretores do Seeb-Nite-rói conduziram os protestos que ocorreram de forma pacífica e com adesão da categoria.

Nos últimos meses o Itaú ele-vou o número de dispensas de fun-cionários sem justificativas reais para as demissões. A atitude do banco espalha o medo e o receio dos bancários, desestruturando fa-mílias inteiras e deixando a mercê da sorte funcionários que dedica-ram anos de suas vidas à institui-ção. Há casos de bancários que chegavam a ter cerca de 30 anos de serviços dedicados ao banco.

A diretoria do Seeb-Niterói não se conforma com a prática abusiva do Itaú e, por isso, resol-

veu protestar. O Sindicato consi-dera intransigente e sem critérios a política abusiva de demissões pra-ticada pelo Itaú sem justificativas.

“Pressão psicológica, metas abusivas, pouca mão-de-obra, sobrecarga de trabalho e não va-lorização do empregado compro-

Foto: Willian Chaves

Maior agência do Itáu no Centro de Niterói ficou fechada durante todo o dia

O presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e re-giões, Fabiano Júnior, se reu-niu com diretores de Recursos Humanos do Itaú na sede ad-ministrativa da instituição em São Paulo no início de feve-reiro para discutir as paralisa-ções promovidas pela entidade em São Gonçalo e Niterói em janeiro em protesto contra as demissões abusivas cometidas pelo banco. O convite foi re-sultado da ação do Sindicato.

O saldo do encontro foi uma declaração do Itaú que ad-mitiu que na área operacional houve corte efetivo, sem repo-sição, devido a diminuição de serviços com a perda do con-trato com o Governo do Esta-do do Rio e de que não haverá

mais reduções por este motivo. O banco salientou ainda que

as demissões futuras serão desli-gamentos normais como sempre fizeram os bancos. Ex: pedido de demissão, relatório ou por baixo desempenho. Diferentemente do que foi feito nos últimos dois me-ses. Já na área comercial, o Itaú assegurou que haverá reposições.

“A reunião em São Paulo foi importante, fruto das grandes pa-ralisações feitas pela direção do Seeb-Niterói, pois sem elas não te-ria se aberto este canal de negocia-ção. A posição do Sindicato depois desse pronunciamento do banco é acompanhar de perto, dia a dia. E caso o banco volte a demitir fare-mos um novo movimento de pa-ralisação ainda maior”, declarou Fabiano Júnior.

ITAÚ chama Sindicato para discutir dispensas Paralisação repercutiu

na imprensa

metem o serviço prestado ao cliente e provoca lesões e do-enças nos trabalhadores. Onde está o lado social da instituição que gasta absurdos em pu-blicidade demonstrando ser comprometida?”, posição da diretoria.

www.bancariosnit.org.br

Page 2: Tribuna Bancária n° 356

Sindicato dos Bancários de Niterói e RegiãoTRIBUNABancária TRIBUNABancáriaSindicato dos Bancários de Niterói e Região2 3Jurídico devolve emprego a bancários

Sindicato dos Bancários de Niterói e Regiões

Sede: Rua Maestro Felício Toledo, 495, sobreloja, Centro, Niterói, CEP 24.030-105 - Tel/fax: (21) 2717-2157Subsede: Avenida Júlia Kubitschek, 16, sala 215, Parque Riviera, Cabo Frio, CEP 28905-000 - Tel/fax: (22) 2643-4317e-mail: [email protected] Resp.: Willian Chaves (MTb 12.704)Projeto gráfico: Marcio Maturana (MTb 17625)Impressão: Gráfica Porciúncula (3 mil exemplares)

TRIBUNABancária

Sites de bancos são atacados

por hackers

Novo plano de previdência do HSBC exclui quem ganha menos de R$ 3.500

O HSBC deu mais um exem-plo de que não valoriza seus funcionários. A direção do ban-co inglês lançou um novo plano de previdência corporativa que beneficia somente os bancários com rendimentos acima de R$ 3.500.

Pelo plano antigo, que continua ativo, o trabalhador pode con-tribuir mensalmente com até 12%, mas o banco limita sua con-tribuição em 0,5%.

Já no novo, váli-do apenas para quem ganha mais de R$ 3.500, o banco contri-bui no mínimo com o mesmo valor de con-tribuição do funcio-nário, mas pode chegar a 140%, dependendo do tempo de casa do empregado.

“Com até quatro anos de em-

presa, a contribuição do banco é de 100%, o mesmo valor que é depositado pelo bancário; com cinco a 14 anos, é de 120%, e com mais de 15 anos de HSBC, o banco entra com 140%”, informa o Seeb-São Paulo.

O problema é que ao incluir apenas funcionários com certo patamar de salário, o HSBC ex-clui a maioria de seus emprega-

dos. O Seeb-Niterói compartilha das opiniões dos sindicatos dos bancários de outras regiões que o banco não pode discriminar os empregados que ganham salários menores e defende que o HSBC amplie as vantagens do novo pla-

no para todos.No anúncio do

novo plano na pági-na interna do banco, o HSBC estampou: “Por que estamos fa-zendo isso? Sabemos que saúde, família e tranquilidade finan-ceira são temas prio-ritários na vida de qualquer pessoa. E queremos que a nos-sa equipe esteja bem, hoje e amanhã, por-

que precisamos estar bem para proporcionar aos nossos clientes uma excelente experiência”.

Hoje, a média salarial do HSBC, uma das menores entre os bancos no Brasil, é de R$ 2.800, o que implica que a maio-ria de seus funcionários ficará de fora do novo plano de aposen-tadoria. O lançamento da nova política de previdência do HSBC aconteceu sem nenhum debate com as entidades representativas da categoria.

O final do mês de janeiro e início de fevereiro foi mar-cado por invasão de hackers às páginas na internet de ins-tituições financeiras no Brasil. Os alvos foram Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, HSBC e até o Banco Central. O grupo ha-cker Anonymous assina a au-toria dos ataques publicando mensagens no Twitter como: “alvo de testes antes”. “Ape-nas um teste rápido”.

A maioria dos bancos não assumiu que a página na web tenha sido hackeada e afirmou que a instabilidade ocorreu pelo aumento no volume de acessos aos sites. O Itaú afir-mou que o site apenas passou por uma instabilidade tempo-rária e o Banco do Brasil ficou fora do ar. O HSBC também ficou inacessível. Já o Bra-desco afirmou que teve uma sobrecarga acima do normal, mas não confirmou que sofreu ataques.

Embora não confirmados pelas instituições, o Anony-mous anunciou num micro-blog que realizaria ataques a vários sites de bancos brasi-leiros.

Os indicadores econômicos foram altamente positivos para os bolsos dos banqueiros no ano passado. Os lucros aumentaram consideravelmente mais uma vez, consequência da elevação da abertura de contas e também do volume de dinheiro empresta-do. Já para os bancários, os indi-cadores mostram apenas mais e mais trabalho.

De acordo com os dados mais atualizados dos balanços divul-gados pelos próprios bancos, o lucro total dos seis maiores do setor – Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Santander e Safra – foi de R$ 38,8 bilhões entre janeiro e setembro do ano passa-do. Valor 18,17% maior do que o mesmo período para 2010.

Os empregos, no entanto,

Bancos lucram cada vez mais e contratam cada vez menos

caminham em rumo contrário. Segundo dados do Caged (Ca-dastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministé-rio do Trabalho e Emprego, em 2010 o saldo de contratações de trabalhadores de instituições financeiras foi de 34 mil. Em 2011, porém, caiu para 31,2 mil, ou seja, 8,14% menor.

Em relação ao total de traba-lhadores nas instituições finan-ceiras, as 31,2 mil contratações representam aumento de 5%, abaixo da média nacional, de 5,41%. Abaixo também em rela-ção à extração mineral, aumen-to de 10%, da construção civil (8,78%) e do comércio (5,61%).

As instituições financeiras também fizeram feio na compa-ração com a média geral da ca-tegoria serviços, na qual estão

incluídas, que ficou em 6,43%. Vale reforçar que os bancos fo-ram os campeões de lucros nos nove primeiros meses do ano passado.

Dinheiro os bancos têm para contratar e os números compro-vam. De acordo com o Dieese, somente com o que arrecadam com tarifas os bancos pagam toda a folha de pessoal e ainda sobra. A Caixa, por exemplo, paga 1,1 folha. O Santander, 1,66. Nos outros bancos, o nú-mero varia entre 1,24 e 1,39.

Vale ressaltar que a dívida está concentrada nos bancos privados, já que nos bancos pú-blicos está havendo contratação: o Banco do Brasil está promo-vendo concurso e na Caixa serão pelo menos 5 mil novas vagas até o fim do ano.

Fonte: Dieese e Seeb-SP

A atuação firme e combativa do Sindi-cato resultou em novos cancelamentos de demissões e reintegrações de funcionários. A permanente luta contra as demissões sem justificativas plausíveis do Departamento Jurídico e da Secretaria de Saúde tem cres-cido a cada ano e obtido resultados vitorio-sos juntos à categoria.

Não só os protestos, mas também as de-dicações da diretoria em garantir o emprego de funcionários que dedicaram uma vida inteira aos serviços dos bancos têm seus méritos reconhecidos pelos bancários. As negociações com os superiores dos bancos permitem a recondução de profissionais de-mitidos sem justificativas aceitáveis. Com isso, a segurança para a família é resgatada permitindo novos anseios e perspectivas. Em outros casos, entra em cena o Depar-tamento Jurídico da entidade que busca na Justiça a garantia dos direitos dos trabalha-dores.

Após um mês ter ocorrido sua demis-

são, Fátima Regina da Cruz Lopes, da agência 6030 Itaú – Barcas em Niterói teve sua dispensa cancelada graças a atuação da diretoria do Sin-dicato. Fátima tem 25 anos de banco e ocupa o cargo de Gerente de Pessoa Jurídica. Ela foi demitida em oito de dezembro de 2011.

Luciano Almeida Cunha também recebeu a boa notícia da garantia de sua permanência no trabalho na sede no Sindicato. Luciano foi de-mitido no dia 30 de novembro do ano passado. Ele tem 30 anos de trabalho dedicados a servir o Itaú e ocupa o cargo de Gerente de Plataforma EMP4. Ele foi comunicado no dia 13 de janeiro de sua volta ao trabalho.

O Seeb-Niterói e regiões ainda conquistououtras vitórias como a reintegração de Aloísio

Rodrigues Bravo na agência 4848 do Itaú em Bacaxá, Saquarema. Ele é Chefe de Serviço Bancário. Destaque para a atuação da diretoria da entidade na subsede em Cabo Frio.

Também em Rio Bonito, o bancário Rafa-el Pereira de Lima foi reintegrado ao trabalho

Aloísio foi reintegrado no Itaú em Bacaxá, Saquarema

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) pretende mudar a súmula que trata do sobre-aviso. Os ministros devem considerar que o uso de meios eletrônicos será válido para caracterizar esse tipo de regime pelo qual o trabalhador fica de prontidão esperando ser convocado para executar tarefas pedidas pela empresa. Com isso, o empregado pas-saria a ser remunerado por esse período.

Até o fim do ano passado, prevaleceu no TST a tese de que o uso de aparelhos de comunicação pelo empregado - telefone celular ou pager -não eram suficientes para caracterizar o sobreaviso. O tribunal sempre considerou que o trabalhador não permane-ce em sua residência aguardando, a qual-quer momento, convocação para o serviço.

Foram tantas decisões neste sentido que, em 24 de maio de 2011, o TST aprovou a Súmula nº 428. O texto diz que “o uso de aparelho de intercomunicação, a exemplo de BIP, pager ou aparelho celular, pelo em-

por decisão da 1ª Vara do Trabalho de Ita-boraí, após atuação do Departamento Jurí-dico do Sindicato. Rafael, que reassumiu o posto no mesmo dia, ocupava vaga do PNE na agência do Itaú em Rio Bonito e havia sido demitido sem justa causa em agosto de 2010. Ele foi acompanhado das diretoras do Seeb-Niterói, Haidêe Antunes Rosa (Dep-to. Jurídco) e Simone Torres (Secretaria de Saúde).

CLT: regras do sobreaviso devem ser alteradas pelo TSTpregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso”.

Agora, esse texto terá de ser revisto. Isso porque a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 12.551, de 15 de dezembro, com enten-dimento contrário ao que dispôs a súmula do TST.

A lei determinou que as empresas não de-vem mais distinguir se os funcionários estão realizando o serviço na sede das companhias ou a distância para efeitos de reconhecimento de direitos trabalhistas. Entre esses direitos está o de sobreaviso.

A Lei nº 12.551 passou a dizer que o traba-lho realizado a distancia é tempo de serviço

e afetou diretamente os casos em que o fun-cionário, após executar a sua jornada de traba-lho, fica à disposição para atender a um novo serviço para a companhia.

O TST terá de definir outras questões e con-siderar pelo menos três hipóteses. A primeira seria entender que a hora de serviço à dispo-

sição da empresa deve ser paga como so-breaviso. Se essa hipótese prevalecer, o trabalhador receberia pelo período, à equi-valência de um terço do salário. A segunda hipótese seria a de considerar como hora normal de trabalho. A terceira seria a de não pagar nada pelo serviço à disposição.

O estudo de cada meio de comunicação para definir quais podem ser utilizados para o sobreaviso deverá ser avaliado. Será ana-lisada a situação de quem fica à disposição da empresa por celular, pager, e-mail, tele-fone fixo etc.

A Confederação Nacional dos Trabalha-dores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pensa que os torpedos, telefonemas e e--mails enviados por gestores das empresas fora da jornada de trabalho são efetivamente formas de trabalho a distância, devendo ser remunerados.

Fonte: Juliano Basile - Valor Econô-mico

Fátima Regina da Cruz Lopes, 25 anos de banco

Rafael já voltou ao trabalho em Rio Bonito

Luciano tem 30 anos de banco e foi reintegrado

Page 3: Tribuna Bancária n° 356

4 TRIBUNABancária Sindicato dos Bancários de Niterói e Região

Sindicato reverte seis justas causas em Alcântara

Mais uma vitória do Sin-dicato dos Bancários de Ni-terói e regiões. A diretoria da entidade fechou a agência do Itaú da Rua Alfredo Backer em Alcântara, São Gonçalo, no dia seis de janeiro. O moti-vo do protesto foi a demissão

de seis funcionários daquela agência. Graças a atuação rá-pida e forte da diretoria, após o dia de intervenção, o banco chamou o Sindicato para uma negociação que resultou no cancelamento de todas as jus-tas causas.

e o expediente interrompido. Apenas os caixas eletrônicos permaneceram funcionando.

A força, coragem, união e consistência em seus atos resultaram em mais uma con-quista e demonstraram o po-der da categoria de batalhar contra os abusos dos banquei-ros.

O Itaú, apesar dos altos ín-dices de lucros, tem mantido uma política de demissões e banalização da justa causa. As medidas refletem diretamente na vida de todos os bancários que trabalham inseguros nas agências. Em 2011, a insti-tuição foi a que mais rece-beu reclamações no Procon e no Banco Central. Reflexo de uma política de pressão e maus tratos aos seus funcio-nários.

Mais uma reintegração realizada através da intervenção do Dep. Jurídico

Foto: Arquivo

Agência do Bradesco é fechadapor falta de condições de trabalho

As demissões ocorreram com o banco alegando justa causa. Ao tomar conhecimen-to dos fatos, o Sindicato pas-sou a investigar quais os reais motivos das dispensas. Com isso, sem respaldo nem base legal para manter a decisão, a diretoria do Sindicato dos Bancários de Niterói decidiu pela paralisação das ativida-des da agência, que é umas das maiores da região de Al-cântara, onde funcionava o antigo Banerj.

Durante todo o dia direto-res permaneceram na porta da agência orientando os clientes e justificando o fechamento do banco. Outra agência, tam-bém naquela região foi para-lisada. O Itaú que funciona dentro do Hipermercado As-saí teve suas portas lacradas

Diretores do Sindicato dos Bancários de Niterói e regiões estiveram em Alcântara, São Gonçalo, no dia 17 de janei-ro, para impedir a abertura da agência Alcântara do Bradesco. O motivo foi falta de condições para trabalhar no local que ficou alagado após uma tromba d’água

que caiu sobre a cidade.No fim da tarde, o banco já

havia regularizado a situação. O atendimento aos clientes fi-cou interrompido. Os bancários afirmaram a impossibilidade de trabalhar dentro da agência que voltou ao funcionamento normal no dia seguinte.

Diretores do Sindicato dos Bancários de Niterói constan-temente visitam agências em várias localidades. Itaboraí, Ma-ricá, Niterói e São Gonçalo fo-ram alvos de fiscalização pelos dirigentes em janeiro. Qualquer irregularidade é comunicada à gerência da unidade que tem um prazo para regularização.

Condições de trabalho é pressuposto da Consolidação das Leis do Trabalho e garantia fundamental para o desempenho da atividade laboral. Higiene, ar condicionado, móveis e outros itens são avaliados.

Qualquer bancário, sindicali-zado ou não, pode denunciar ao Sindicato todo tipo de falta de condição encontrada sem preci-sar se identificar qualquer tempo. Basta acessar o site da entidade www.bancariosnit.org.br e buscar pelos links para denún-cias ou através do email: [email protected] .

Diretores do Seeb-Niterói foram até agência do Bradesco

Novo convênio

odontológico em Itaboraí

O Seeb-Niterói firmou novo convênio para atendi-mento odontológico aos seus associados e dependentes em Itaboraí.

A clínica Endo-Clin, da Dra. Pâmella Lacerda da Cos-ta, é a mais nova parceira da entidade e os bancários têm desconto de 15% nos proce-dimentos.

Os atendimentos aconte-cem no centro da cidade de segunda à sexta-feira, das 08:00hs às 20:00hs e sábados de 08:00 às 13:00.

Confira o endereço:

Rua Desembargador Fer-reira Pinto, 427 Sala 01Centro – Itaboraí/RJTel.: 2635-2663