Trilhas e perspectivas juan

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Trilhas e Perspectivas na Educação Ambiental: Eu, o Outro e o Mundo JUAN MARO KERSUL DE CARVALHO Setembro de 2014 Mario Vilela (2004) O Elo do 47 Cromossomos

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Trilhas e Perceptivas - Mesa Redonda Curso Criação de Valor Sustentável e Gestão Participativa

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Trilhas e Perspectivas na Educação Ambiental: Eu, o Outro e o Mundo

JUAN MARO KERSUL DE CARVALHO

Setembro de 2014

Mario Vilela (2004) O Elo do 47 Cromossomos

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Homo sapiens sapiens e Homo faber : Uma perspectiva do saber e do fazer.

Jota César (2009) O Fogo da Pamonhada

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Leite (2001) Criadores de Cultura, Artefatos...

Vitória Basaia (2006) Arqueologia Urbana

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diarioinsano.com.br (2012) A Cauda Humana bemditaspalavras.blogspot.com (2012) Bansky

Leite (2001) Noosfera

Salm (2003) Modifica, interfere, Constrói

Programas Mentais

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Pró Jovem Jaciara (2012) O Vale das Perdidas

Depois do programa realizado e incorporado ao indivíduo (por tentativa, erros e acertos) e ao corpo social (por transmissão simbólica), este pode ser associado a outros programas, criando assim uma rede entre técnica, sentimento e conhecimento, a porção faber interagindo com a porção sapiens e ludens, formando cultura.

(FUTUYMA, 1997) – Evolução Cultural

Vertical Horizontal

(ODENT, 1981) Memória Cultural

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Charles Chaplin (1936) Tempos Modernos Zinha Kersul (2004) Casal Apaixonado

“Sociedade do Conhecimento e da Comunicação”, a nossa sociedade atual, produtora de incomunicação e solidão. (BOFF, 2004)

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Homo demens: Um caminho para

barbárie?

Edgar Morin Leonardo Boff

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Deus proveria a falta. Esta

mentalidade fez com que se pensasse que todas as

coisas poderiam ser eternas, ou substituídas por outras de igual utilidade ou

valor.

escrevivemos.blogspot.com (2012) Henfil (1989)

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Bosi (1986) uma sociedade onde a cultura de massa é baseada no consumismo não pode cuidar do mundo, pois sua relação com todos os objetos e seres é a de esgotamento, consumação, em uma relação puramente econômica.

A perda acelerada de espécies de seres vivos está diretamente ligada ao crescimento e às capacidades tecnológicas da população humana.

Industrialização crescente Poluição, Armas

Nos transformou em um dos grandes catalisadores de extinção de espécies vivas. (RICKLEFS, 1996)

Vivemos, pois então, em uma sociedade ocidental onde a exploração da natureza e dos próprios humanos, assim como o distanciamento do outro e a degradação das relações humanas e a solidão parecem se afirmar como elementos culturais fortes.

Quando a Marca da Cultura é forte as idéias discordantes são facilmente reprimidas.... Morin (2005)

conhecerahistoria12.blogspot.com (2012)

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Diminuição do espaço de ludicidade. O Caso de uma Mãe

Esta forma nova de “ser” pode nos levar a este sentimento de estranheza

Somos seres relacionais, precisamos do outro para inclusive afirmar nossa própria existência.

Leite (2001) nos diz que quando nos tornamos estranhos a nós mesmos e aos outros podemos nos conduzir ao medo, à morte, à destruição, à falta de amorosidade, de afetividade e de tudo o que distancia, desintegra e degrada tanto a sociedade quanto o ambiente físico.

Zinha Kersul (2005) A Roda

BRINCO + AR

VÍNCULO (ELO) ATMOSFERA

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69 Woodstock Movimento

ambientalista, década de 70 e 80

Estocolmo (72) Belgrado (75)

Tibilisi (77) Rio (92)

Johannesburg (2012)

V Fórum Brasileiro de Educação Ambiental

AEA – Arte e

Educação Ambiental

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1977 - Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (Tibilisi-

Geórgia), promovida pela UNESCO e o Programa das Nações Unidas

para o Meio Ambiente - PNUMA., foram elaborados , objetivos, princípios ,

estratégias e recomendações para educação ambiental, surgindo critérios

orientadores para o desenvolvimento da proposta que segundo Lima,

(1999) , a educação deve:

ser atividade continua, acompanhando o cidadão em todas as fases

de sua vida;

ter caráter interdisciplinar, integrando o conhecimento de diferentes

áreas;

ter um perfil pluridimensional, associando os aspectos econômico,

político, cultural, social e ecológico da questão ambiental;

ser voltada para a participação social e para a solução dos problemas

ambientais;

visar a mudança de valores, atitudes e comportamento sociais ( DIAS,

1994).

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De acordo com Sato (2005) os principais objetivos da Educação Ambiental são

classificados em:

1 Sensibilização - constitui-se como o processo de alerta e representa o primeiro

passo para alcançar o apoio da comunidade ao projeto;

2 Compreensão - significa o conhecimento dos componentes e dos mecanismos

que regem os sistemas naturais;

3 Responsabilidade - concernente ao processo de tomada de consciência e

reconhecimento do ser humano como principal protagonista;

4 Competência - diz respeito a capacidade de avaliar e agir efetivamente no

sistema;

5 Cidadania -processo de participação ativa para resgatar direitos e promover uma

nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade. Foto: Izan Peterlle

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Para perceber a Complexidade

Visão Poliocular

Valor do Cuidado,

Da Solidariedade,

Da Participação

Social

Do Direito à

Diversidade e da

Sustentabilidade

Socioambiental

Educação Ambiental Transformadora e Emancipatória

educação cidadã, responsável, crítica e participativa, que

possibilite a tomada de decisões transformadoras a partir

do ambiente no qual as pessoas se inserem, em um

processo educacional que supere a dissociação entre

sociedade e natureza. (DCNEA)

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O professor deve inserir a dimensão ambiental dentro do contexto local,

sempre construindo modelos através da realidade e pelas experiências dos

próprios alunos (Piaget, 1978), que são a família, os locais preferidos de

passeios, os jogos, os locais de brincadeira, os animais domésticos ou as

árvores presentes nos arredores das escolas, entre outros.

freep

ik.co

m

Perspectivas da Educação Ambiental

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Foto: M. Jaber

Metodologias e Recomendações

A coerência e a boa seleção dos

materiais didáticos, particularmente dos

Livros Didáticos.

A promoção da discussão nas salas de

aulas, debatendo os problemas

conflitantes em vez de ignorá-los.

O respeito às diversas formas de

opiniões dos alunos, centralizando o

tema e não a figura do professor.

A não neutralidade da Educação, uma

vez que não existem pessoas neutras.

A promoção de alternativas aos

problemas ambientais, discutindo um

gerenciamento adequado..

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Foto: M. Jaber

O envolvimento da comunidade e

experiências pessoais dos alunos,

construindo Os conhecimentos no

processo ensino-aprendizado.

A utilização de jogos, simulações,

teatros e outras novas metodologias

que auxiliam na familiarização dos

estudantes com os problemas

ambientais.

A promoção de trabalhos de campo,

sempre na perspectiva interdisciplinar.

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EU, OUTRO e O MUNDO

Vitória Basaia, 2011

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Primeira etapa partimos do EU,

buscando o ENGAJAMENTO individual.

O exercício da Pegada Ecológica

pretende incitar a reflexão sobre as

marcas que deixamos no mundo devido

à satisfação de nossas necessidades e

desejos. Por meio de exercício de

memória recuperamos nossa história, a

história de nossa família e dos nossos

antepassados na relação com o

ambiente.

Pegada ecológica

Biografia ecológica

Eu

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Foto

: C

I B

rasil

Etapa 02 caminhamos até o

OUTRO, ou os outros com quem

convivemos, em busca do

exercício da

RESPONSABILIDADE. Somos

chamados a perceber o território

escola: o nível de cuidado com o

local, bem como os pactos e

diretrizes firmados por meio do

Projeto Político-Pedagógico.

PPP

Com-vida

Outro

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Mundo

Etapa 3 projetamos para perceber o MUNDO

e adentramos as múltiplas possibilidades de

atuação na busca da SUSTENTABILIDADE.

Conheceremos um cardápio de ecotécnicas.

Pensando um projeto de mudança, temos

como produto esperado desse módulo a

elaboração de uma proposta concreta de

intervenção na realidade escolar.

Projeto Escola Sustentável

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PARTICIPAÇÃO SOCIAL

CIDADANIA

Política

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“Não existe a célula sozinha. Ela é parte de um tecido, que

é parte de um órgão, que é parte de um organismo, que é parte de um nicho ecológico,

que é parte de um ecossistema, que é parte do planeta Terra, que é parte do Sistema Solar, que é parte de uma galáxia, que é parte do

cosmos, que é uma expressão das expressões do mistério. Tudo tem a ver com tudo”.

Leonardo Boff (1997)

SEDTUR (2008)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENJAMIM, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação [tradução de Marcus Vinicius Mazzari; direção da coleção Fanny Abramovich]. São Paulo: Summus, 1984 BOFF, L. Saber cuidar: Ética do humano – compaixão pela terra. 10ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. BOSSI, E. Cultura de Massa e Cultura Popular: Leituras de Operárias. 6ª ed. Petrópolis: Vozes, 1986. CARVALHO, J. M. K. O Ambiente Lúdico do Cáritas Pirinéu: um estudo de caso. Cuiabá: UFMT / IE, 2005. CHIZZOTTI, A. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4ª.ed. – São Paulo : Cortez, 2000. FOLSCHEID D. E WUNEMBURGER J. J. Metodologia Filosófica 2ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 2002. FUTUYMA, D. J. Biologia Evolutiva. 2ª ed. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética/CNPQ, 1997 HUIZINGA, J.. Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura; Tradução de João Paulo Monteiro. São Paulo: Perspectiva, 1988. LEITE, J. C. NATUREZA E CULTURA: estranhamentos e conexões, Tese (Doutorado) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica. São Paulo: PUC-SP, 2001. LIMA, G. F. C. Questão ambiental e educação: contribuições para o debate. Ambiente & Sociedade, NEPAM/UNICAMP, Campinas, ano II, nº 5, 135-153, 1999. LIMA, G. F. C. Formação e dinâmica do campo da educação ambiental no Brasil: emergência, identidades, desafios. Tese (Doutorado ) - SP : Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, 2005. LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, sexta reimpressão, 2003. MAFFESOLI, Michel. O tempo das tribos: O declínio do individualismo nas Sociedades de massa. 3ª ed. – Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002. MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2ª ed. Brasília DF: UNESCO, 2000. MORIN, E. Educação na Era Planetária. Conferência na Universidade São Marcos, São Paulo, Brasil, 2005. MORIN, E. Ciência com Consciência. Tradução de Maria D. Alexandre e Maria Alice Sampaio Doria – Ed. Revista e modificada pelo autor – 10ª ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. MORIN, E. Por uma Educação que responda aos desafios do Século XXI. Conferência. Rio de Janeiro: Ensino Médio Inovador - SESC RJ, 2010. MORIN, E. e KERN, A. B. Terra Pátria. 3ª ed. Porto Alegre: Sulina, 2002. ODENT, M. Gênese do Homem Ecológico. São Paulo: Tao, 1982. REIGOTA. Meio Ambiente e Representação Social. 4ª. ed. São Paulo: Cortez, 2001. RICKLEFS, R. E. A Economia da Natureza. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996 SALM R. A ecologia energética e a guerra no Oriente Médio Correio da Cidadania-Especial ed. 338 Disponível em: http://www2.correiocidadania.com.br/ed338 Acesso em: Julho de 2009. SATO, M. Debatendo os desafios da Educação Ambiental. In: Revista Eletrônica de Educação Ambiental. Rio Grande: Mestrado em Educação Ambiental, FURG, 2001, p. R15 –R34. SATO, M. Apaixonadamente Pesquisadora em Educação Ambiental. Cadernos de Educação Ambiental. Rio Claro: UNESP, 2002 SATO, M.; MEDEIROS, H. O verde e amarelo da Educação Ambiental. IN: Revista Brasileira de Educação Ambiental. Nº1 (nov. 2004) Brasília:Rede Brasileira de Educação Ambiental, 2004. p.108-111 STAKE, Robert. Pesquisa qualitativa/naturalista: problemas epistemológicos. Educação e seleção: revista da Fundação Carlos Chagas, São Paulo, n. 7, jun. 1983. p. 1927