Trocas Metodológicas

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Diadema / SP Diadema / SP “O que mata um jardim não é o abandono, O que mata o jardim é esse olhar vazio de quem por ele passa indiferente.” (Mário Quintana)

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projeto “Heranças: Valores Civilizatórios Afro-Brasileiros” realizado na E.M Mário Quintana. A importância do trabalho foi reconhecida recentemente no CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades) quando o projeto ganhou o primeiro lugar da 4ª edição do Prêmio “Educar para a Igualdade Racial”.

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Diadema / SPDiadema / SP

“O que mata um jardim não é o abandono,

O que mata o jardim é esse olhar vazio de quem por ele passa indiferente.”

(Mário Quintana)

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EE Mário Quintana EE Mário Quintana

Trocas MetodológicasTrocas Metodológicas

20082008

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– “Nós professores somos, na verdade, contadores de história “Griots”. Contamos a história da humanidade para nossos alunos, só que a história que nós contamos, não é a história de um só povo. Temos a missão de contar a história de muitos povos, em tempos diferentes, e que também tiveram modos diferentes de viver”.

(LOPES, 2001)

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Desafios Encontrados:Desafios Encontrados:• Envolver crianças, pais e profissionais da escola nas atividades

do projeto para conhecer, vivenciar e divulgar os valores civilizatórios afro-brasileiros, com o intuito de romper com a visão preconceituosa que se tem do continente africano, e intervir nas atitudes que ocorrem no dia-a-dia.

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Estratégias Utilizadas:Estratégias Utilizadas: • Levar para a sala uma variedade de livros que retratam a cultura

africana, disponibilizar para serem manuseados pelas crianças a fim de despertar nelas o interesse pelo tema. Organizar leituras diárias seguidas de rodas de conversa, permitindo que as crianças expressem sua vivência em relação ao tema.

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• As leituras e os vídeos utilizados muitas vezes foram dramatizados, ilustrados com colagens e produzidos telas, utilizando diferentes propostas e uso de materiais.

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• Montamos painéis com as atividades realizadas na sala e fotos das crianças, que puderam contar o desenrolar do projeto para os pais.

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• Outras estratégias foram desfiles com roupas afros, visita ao museu afro, muita contação de história, brincadeiras com o corpo, jogos e músicas.

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As ações Práticas:As ações Práticas:• Nós professores iniciamos com reflexão, discussão e

pesquisas sobre as questões de cunho racial, nos momentos coletivos, por meio da projeção de vídeos, leituras de textos, dinâmicas, jogos e confecção de materiais como: blocões, bonecas, fantoches e brinquedos. Nesse processo incluímos crianças, pais e outros profissionais.

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• Coletamos livros que retratavam a cultura africana e fizemos leitura permanente com diferentes recursos e materiais em diferentes espaços. Construindo textos coletivos, ilustrando histórias, organizando oficinas para confecção de bonecas negras, as quais foram muito utilizadas nas brincadeiras.

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As conquistas As conquistas Alcançadas:Alcançadas:

• Os professores ficaram mais atentos ao selecionar os conteúdos, leituras e imagens que estavam apresentando para as crianças. Exercitando uma escuta mais apurada, intervindo em brincadeiras preconceituosas.

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• As crianças não têm mais vergonha de falar de sua cor, querem ser protagonistas nas histórias, identificam-se com as personagens, e se alegram ao ver seus rostos expostos representando os valores civilizatórios. E muitas vezes entervêem em situações preconceituosas.

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Valores CivilizatóriosValores Civilizatórios

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COMPARTRILHAR 2007

EMEB “LOPES TROVÃO”

Histórias e Leituras:

“Resgatando a Nossa Identidade e Cultura”

“A principal função de toda atividade cultural é produzir produtos coletivos.”

JEROME BRUNER

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NUTRIÇÃO LITERÁRIA

BERIMBAU

RAQUEL COELHO

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JUSTIFICATIVAJUSTIFICATIVAO projeto surgiu pela necessidade de discutir e intervir

nas questões étnicas raciais que permeiam o espaço escolar. Essa necessidade foi reforçada quando nos deparamos com uma situação conflitante entre uma mãe e uma criança, em que a mãe, muito alterada, questionava o porquê do mesmo ter chamado sua filha de “negra”, se ele também era negro.

Aquele momento foi crucial, não podíamos nos calar, mas também não sabíamos como agir. Tentamos acalmá-la dizendo que ficaríamos atentos e não permitiríamos que a filha ou outras crianças fossem discriminadas pelos outros.

E a forma que escolhemos para resolver aquela situação e tantos outros conflitos foi por meio do projeto envolvendo a literatura.

Esse fato nos reporta ao que diz Cavalleiro... “Encontramos na escola fartas experiências que levam ao entendimento de uma “superioridade” branca e de uma “inferioridade” negra”.

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OBJETIVOOBJETIVOO projeto teve como objetivo primordial o

incentivo a leitura, melhorar a auto-estima, reconhecer o racismo e opor-se a ele, valorizar os diversos papéis que os africanos e os afro-descendentes assumiram na História do Brasil, mostrar os heróis negros brasileiros que participaram dessa história e assim, levando a criança a perceber, sentir e reconhecer que os africanos contribuíram com sua cultura, seus conhecimentos, sua língua para a construção da sociedade brasileira.

Na busca de atendermos as necessidades pontuais das crianças, concebendo-as como seres completos, estabelecemos outros objetivos e os mesmos colocados na ficha de rendimento.

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PRINCIPAIS ATIVIDADESPRINCIPAIS ATIVIDADES A Menina Bonita do Laço de Fita – Ana Maria Machado

O Presente de Ossanha – Joel Rufino dos Santos

A Botija de Ouro – Joel Rufino dos Santos

Apreciação e Indicação de Leituras

O Que é Unidade na Diversidade?

Jornal Mural

Confecção de Bonecas e Brinquedos

Apresentações

Projeção de Filmes

Audição de Músicas

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METODOLOGIAMETODOLOGIAO projeto foi desenvolvido por meio de:

Leituras Compartilhadas

Rodas de Conversas

Ilustração de Livros

Oficinas

Dinâmicas

Entrevistas

Debates e Discussões

Pesquisas

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AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO Observação Registro Ficha de rendimento Auto-avaliação

Constatamos o crescimento das crianças em relação ao respeito, tendo coragem de relatar fatos que aconteciam em relação ao preconceito e racismo, ficando felizes ao ver a sua história sendo discutida e melhorarando a auto-estima, em muitos momentos queriam representar os personagens da história e não tinham vergonha de pintar os desenhos com cores escuras (preto, marrom).

Os professores também cresceram em relação à cultura africana, não tendo mais medo de conversar sobre o assunto e trocar idéias e experiências sobre o racismo e o preconceito.

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.

Para odiar, as pessoas precisam aprender a odiar, e, se aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar.”

NELSON MANDELA

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FOTOGRAFIASFOTOGRAFIAS

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BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIACAVALLEIRO, E. Do Silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo

preconceito e discriminação racial na educação infantil. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

MEC, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana. Brasília – 2003.

MEC, Ministério da Educação. – SECAD - Educação Africanidades Brasil / livro do aluno.

Revista do professor, Porto Alegre 19 (74): 26-31, abril/junho de 2003.

Município de São Bernardo do Campo. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Proposta Curricular da Prefeitura de São Bernardo do Campo. Rettec Artes Gráficas. São Bernardo do Campo 2004.

_____1° Compêndio das Orientações Pedagógicas e Administrativas que subsidiam as escolas de Ensino Fundamental da Rede Municipal de São Bernardo do Campo.

Sites Utilizados:www.unidadenadiversidade.org.br – Junho-Outubro/2006www.acordacultura.org.br – Maio-Outubro/2006www.ceert.org.br/ - Abril/Julho/2006

OUTROS SITES!!!

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Sites InteressantesSites Interessantes• www.acordacultura.org.br

• www.ceert.org.br

• www.unidadenadiversidade.org.br

• Proposta Curricular de Diadema

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Jogos InfantisJogos Infantishttp://www.terravista.pt/Bilene/5148/jogo.htmlhttp://www.terrabrasileira.net/folclore/manifesto/jogos.html

Danças e FestasDanças e Festashttp://www.amazonia.com.br/folclore/danca4.asphttp://www.ogirassol.com.br/coracao/tocantins-nossacultura.htmhttp://www.comp.ufla.br/~cap/projeto_pluralidade_cultural_folclore.pdfhttp://capoeira_regional.vilabol.uol.com.br/index.htmlhttp://www.cotianet.com.br/map/cong1.htmhttp://www.brazilsite.com.br/folclore/folguedos/folg03.htmhttp://jangadabrasil.com.br/dezembro52/cn52120c.htmhttp://www.softline.com.br/capoeira/

LínguaLínguahttp://www.filologia.org.br/revista/artigo/2(5)21-46.htmlhttp://www.soutomaior.eti.br/mario/paginas/dic_n.htmhttp://www.geocities.com/ail_br/contribuicaodolexicoindigena.html

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AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO

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