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NDICEIntroduo ..... 1.0. Apresentao do Troiaresort .. 1.1. Localizao 1.2. Projecto Troiaresort . 1.3. Capital 1.4. Actividades e infra-estruturas actuais ... 1.5. Requalificao ambiental e urbanstica 1.6. Estrutura organizacional . 2.0. Sistema de Gesto Ambiental 2.1. Poltica de Ambiente 2.2. Estrutura organizacional . 2.3. mbito 2.4. Breve descrio do Sistema de Gesto Ambiental .... 2.5. Estrutura da documentao 2.6. Gesto ambiental de empreitadas . 3.0. Aspectos ambientais significativos 4.0. Objectivos ambientais . 5.0. Desempenho Ambiental | Indicadores ambientais . Glossrio Verificador Ambiental .. 01 02 02 02 03 04 06 07 08 08 09 09 09 10 10 10 14 16 27 27

O desempenho do turismo e a presena de turistas traduz-se sempre em impactes sobre os recursos, o territrio, o patrimnio, as culturas e as populaes. Porm, a posio competitiva desta indstria, dependendo de mltiplos factores, depende cada vez mais da sua matria-prima, ou seja, dos recursos naturais, do ordenamento do territrio, do patrimnio construdo e da riqueza e diversidade culturais. Estes factores ambientais devem, alis, constituir fontes de vantagem competitiva porque, pela sua prpria natureza, esto protegidos por custos de substituio muito elevados e potenciam, simultaneamente, fortes elementos de diferenciao. Por todas essas razes, o desenvolvimento do Troiaresort, desde a formulao do conceito, elaborao dos planos e projectos e execuo da obras, foi acompanhado por uma prtica de sistemtica avaliao da sustentabilidade das respectivas solues e pela implementao de um sistema de gesto ambiental que, progressivamente, englobou as actividades de explorao e de construo do resort, nas suas vrias vertentes. O fomento da biodiversidade atravs, designadamente, da requalificao do territrio e da diversificao de habitats prioritrios, designadamente atravs da renaturalizao de reas de sapal e da criao de novas zonas hmidas que potenciam a vegetao ripcola, constituem outros tantos objectivos, no quadro da poltica de sustentabilidade do Troiaresort. A excelncia e a requalificao urbansticas foram e so, tambm, objectivos essenciais no desenvolvimento dos planos e projectos. A delimitao de uma centralidade que rene os principais empreendimentos e equipamentos tursticos e a requalificao do restante territrio (nomeadamente atravs de demolies massivas, que incidiram sobre 40% da rea construda) constituram um objectivo central, j conseguido. Finalmente, foi assumida como essencial a transparncia e a informao pblicas sobre o projecto, em todas as suas fases. ONGs, universidades e pblico em geral tiveram permanente acesso informao disponvel e, nomeadamente, discusso pblica dos termos de referncia da avaliao ambiental estratgica do projecto global e dos estudos de impacte ambiental, antes, mesmo, de tal prtica estar legalmente prevista relativamente aos termos de referncia dos estudos de impacte ambiental ou prpria avaliao de planos. A aposta na excelncia ambiental reafirma-se, agora, com o registo do sistema de gesto ambiental do Troiaresort no sistema comunitrio de ecogesto e auditoria (EMAS Eco Management and Audit Scheme), passo que significa a reafirmao dos compromissos j assumidos na poltica de ambiente da Sonae Turismo. Tria, Julho de 2007

Henrique Montelobo Administrador da Sonae Turismo, SGPS, SA

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1. APRESENTAO DO TROIARESORT 1.1. LocalizaoO Troiaresort uma plataforma turstica localizada na extremidade Norte da pennsula de Tria (Carvalhal, Grndola) (Figura 1), correspondendo s Unidades Operativas de Planeamento e Gesto (UNOP) 1, 2, 3 e 4 da rea de Desenvolvimento Turstico (ADT) de Tria (Figura 2), cujo regime de uso do solo foi estabelecido pelo Plano de Urbanizao (PU) de Tria, ratificado pela Resoluo do Conselho de Ministros n. 23/2000, de 6 de Abril, publicada no Dirio da Repblica n 107, de 9 de Maio.

Fig. 1. Vista area da pennsula de Tria.

1.2. Projecto TroiaresortOs primeiros estudos com vista ao projecto Troiaresort iniciaram-se em 1997, aps a celebrao, entre o Estado Portugus e o Grupo Sonae, do Contrato de Compra e Venda dos Crditos sobre a Torralta (aprovado pela Resoluo do Conselho de Ministros n. 173/97, de 15 de Maio e celebrado em 9 de Julho de 1997).

mercados das empresas (reunies, congressos e incentivos), do desporto e do turismo de segunda residncia. Para tanto, identificou-se como necessria uma requalificao ambiental e urbanstica da pennsula, designadamente atravs da delimitao da rea de maior densidade de construo, a Norte (com a consequente demolio de todas as construes fora dessa rea, incluindo os Aparthotis Verdemar e Torre 04) o desenvolvimento de um novo padro urbanstico

Em 1998, desenvolveram-se os estudos necessrios e, em Janeiro de 1999, a Imoareia apresentou ao Governo o projecto do Troiaresort, designado projecto definitivo de investimento, que foi aprovado em finais de 1999.

de baixa densidade, com reduzida impermeabilizao dos solos e tecnologias construtivas amigas do ambiente e a promoo de um sistema de gesto ambiental do territrio englobando as fases de projecto, construo e explorao dos empreendimentos.

O projecto propunha como conceito central para o posicionamento turstico de Tria a criao de um espao de lazer, orientado para as famlias, com uma oferta diversificada de actividades durante todo o ano, que capitalizassem o patrimnio ambiental e cultural da pennsula, complementado por ofertas para os- P2 -

A excelncia ambiental foi assumida, desde o incio, como um objectivo central do projecto. A assessoria ambiental teve um papel decisivo desde a formulao do conceito (cuja expresso territorial foi objecto de uma avaliao ambiental estratgica) e uma

participao activa e permanente em todas as fases do

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. processo, por forma a permitir a considerao da informao e das concluses formuladas, em todas as fases de deciso.

. Das 7 430 camas de capacidade mxima que o PU de Tria admite para o Troiaresort, 29,3% destinam-se a um uso hoteleiro, 49,5% a um uso turstico no hoteleiro (aldeamentos tursticos, moradias tursticas ou

O PU de Tria define o quadro de referncia para o uso do solo e os parmetros urbansticos a que se devem subordinar os instrumentos de gesto territorial subsequentes. A concretizao das operaes

apartamentos tursticos) e 21,2% a um uso no turstico (habitao ou segunda residncia). A capacidade construda ou em vias de construo (loteamento existente na UNOP 2), na rea do Troiaresort, data em que entrou em vigor o PU de Tria, totalizava 4 012 camas, 800 das quais instaladas em edifcios posteriormente demolidos.

urbansticas est dependente da aprovao de Planos de Pormenor para cada uma das UNOP.

D A

B CA. UNOP 1 | Ncleo urbano B. UNOP 2 | Ncleo urbano-turstico C. UNOP 3 | Ncleo do golfe-hotel D. UNOP 4 | Parque cientfico e cultural

Fig. 2. Plano de Urbanizao de Tria (rea Troiaresort).

1.3. CapitalA figura 3 representa a rvore de participaes das empresas do universo Sonae Turismo ligadas plataforma turstica Troiaresort, dominadas pela sociedade Imoareia Investimentos Tursticos, SGPS, SA. Assinale-se que a sociedade identificada como Troiaresort na Figura 3 tem a designao social Troiaresort Investimentos Tursticos, SA e designava-se anteriormente Torralta Club Internacional de Frias, SA.

Fig. 3. rvore de participaes das empresas ligadas ao Troiaresort (Dezembro 2006).

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1.4. Actividades e infra-estruturas actuaisOs equipamentos tursticos existentes em Tria em 2006 eram os seguintes: - 2 aparthotis de 4* (Rosamar e Magnoliamar) e 1 aparthotel de 3* (Tulipamar); apenas o aparthotel Magnoliamar esteve em funcionamento em 2006;

Fig. 5. Praa das Quadras.

Fig. 6. Troia Golf | clubhouse.

Alm dos equipamentos referidos existem alguns servios de apoio, nomeadamente refeitrio, servios administrativos e servios pblicos (banco, correios, GNR).

De

referir

ainda

a

existncia

de

3

praias

concessionadas Tria-Mar, Tria-Bico das Lulas eFig. 4. Aparhotel Magnoliamar | estdio e sala de leitura.

Tria-Gal.

- estabelecimentos de restaurao e bebidas: Praa das Quadras e Restaurante do Golfe; - 1 campo de golfe de 18 buracos (Troia Golf), incluindo edifcios de apoio (clubhouse e edifcio da manuteno);

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Fig. 8. ETAR (tanque de arejamento).

Relativamente aos Resduos Slidos Urbanos (RSU), a sua recolha assegurada pelo sistema municipal, atravs de contentores para resduos indiferenciados e ecopontos. Nas praias a recolha dos RSU assegurada pelo Troiaresort, tendo sido instalados ecopontos de praia (figura 9). Os restantes resduos so encaminhados directamente pela Troiaresort para destinatrios devidamente autorizados (ex: leos usados,Fig. 7. Praias | Tria-Mar e Tria-Bico das Lulas.

lmpadas

fluorescentes,

embalagens

contaminadas,).

Ao nvel das infra-estruturas destacam-se as redes de abastecimento de gua, com captaes localizadas na pennsula de Tria e a rede de drenagem de guas residuais, com tratamento das guas residuais efectuado na Estao de Tratamento de guas Residuais (ETAR) de Tria.

A ETAR existente ser ampliada e remodelada, estando em curso a Avaliao de Impacte Ambiental deste projecto, o qual prev a reutilizao da gua residual tratada para rega.Fig. 9. Ecoponto e cinzeiros de praia - praia Tria-Mar.

No mbito do projecto Troiaresort est programada a instalao de um sistema de contentores que permita a recolha separativa dos diferentes resduos. Os alojamentos e servios sero dotados de sistemas de recolha selectiva, integrados na arquitectura dos espaos exteriores e interiores.

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1.5. Requalificao ambiental e urbansticaA questo ambiental estratgica em Tria, no s porque as condies naturais do territrio constituem de per si uma fonte de vantagem competitiva e um forte elemento de diferenciao, como tambm pela sensibilidade condicionantes do e territrio, alis expressa em pelos

limitaes

impostas

instrumentos de planeamento e gesto territorial, nomeadamente os que regulam a Reserva Natural do Esturio do Sado, a Reserva Ecolgica Nacional (REN) e a orla costeira Sado Sines.Fig. 10. Imploso das Torres Verdemar e T04 (8 de Setembro de 2005).

A ocupao do sector Norte da pennsula de Tria, principalmente na rea a Poente da Estrada Municipal Tria-Comporta apresentava sinais evidentes de degradao, resultantes de intervenes avulsas no passado e do seu posterior abandono.

A implementao do Troiaresort permitir requalificar a componente paisagstica, tanto em termos do ambiente urbano actualmente consolidado (UNOP 1), como de reas urbanizveis que apresentavam uma ocupao desqualificada (UNOPs 2 e 3).

A demolio de duas torres em Setembro de 2005 (figura 10) teve consequncias visuais muito

significativas, quer dentro da rea do Troiaresort, quer a uma escala mais alargada, nomeadamente a partir da margem Norte do esturio do Sado. Simultaneamente, numa viso de conjunto, a interveno prevista permitir uma aproximao paisagem dunar original, reforando o aspecto que mais singularidade confere pennsula de Tria a sua paisagem.

Para alm das torres, as demolies abrangeram um conjunto de edifcios, entre os quais se incluem os complexos de piscinas Bico das Lulas e Gal, edifcios industriais/oficinais obsoletos, rea de restaurao, centro de reunies, entre outros (figura 11).Fig. 11. Torre e edifcio de apoio s piscinas do Bico das Lulas, j demolidos (UNOP 2); edifcio do antigo parque de campismo, a demolir (UNOP 3).

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A actual via de atravessamento da pennsula de Tria ser reabilitada, minimizando-se alteraes ao nvel do traado e da topografia do terreno.

- desincentivo do estacionamento desordenado ao longo da via; - criao de acessos s diferentes UNOPs; e, - implantao de um percurso para pees e bicicletas.

De entre os objectivos pretendidos com a interveno proposta salientam-se os seguintes: - reduo da velocidade de circulao viria para 60 km/h;

1.6. Estrutura organizacionalA estrutura organizacional do Troiaresort integra-se na estrutura organizacional da Sonae Turismo.

Fig. 12. Estrutura organizacional da Sonae Turismo.

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2. SISTEMA DE GESTO AMBIENTALA implementao do Sistema de Gesto Ambiental (SGA) do Troiaresort enquadra-se na poltica de responsabilidade social do Grupo Sonae, constituindo ainda uma recomendao do Estudo de Impacte Ambiental da Marina e novo Cais dos Ferries do Troiaresort.

2.1. Poltica de Ambiente

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2.2. Estrutura organizacionalA responsabilidade pelo estabelecimento, Anualmente estabelecido um Programa de Gesto Ambiental, que contempla os Objectivos e Metas Ambientais, tendo por base os compromissos estabelecidos na Poltica de Ambiente e os aspectos com impacte ambiental significativo. implementao e manuteno do SGA do Representante da Administrao, tendo sido delegada no responsvel da rea Resort Administration a responsabilidade pela gesto operacional do SGA. Foi criado um rgo de gesto ambiental a Comisso de Ambiente constituda pelo Representante da Administrao e pelos responsveis das diferentes reas, com o objectivo de acompanhar a evoluo do SGA. A gesto dos aspectos ambientais significativos efectuada atravs de: - Formao, com o objectivo de garantir competncia aos colaboradores que desempenham tarefas que possam causar impactes ambientais significativos;

2.3. mbitoO SGA tem por mbito o Projecto, Construo e Explorao do Troiaresort, onde se incluem as Actividades de Servios de Alojamento, Restaurao e Lazer.

- Controlo Operacional, existindo procedimentos, instrues e planos documentados, de forma a assegurar que as actividades so realizadas de acordo com o definido; - Preveno e Resposta a Emergncias, tendo sido implementadas instrues de actuao em caso de

2.4. Breve descrio do SGAO SGA encontra-se implementado de acordo com o modelo da norma ISO 14 001:2004, estando certificado pela SGS ICS neste referencial desde Junho de 2005.

emergncia; - Monitorizao, tendo em conta medies exigidas pela legislao, bem como outros indicadores representativos do desempenho ambiental.

A verificao e controlo do SGA assegurada por avaliaes peridicas da conformidade legal e

Em 2006 formalizou-se a incluso dos requisitos do Sistema Comunitrio de Auditoria e Eco-Gesto (EMAS) no SGA. A implementao do SGA foi iniciada com a identificao e avaliao dos aspectos ambientais, directos e indirectos, associados s actividades do Troiaresort, sendo esta informao actualizada em funo do desenvolvimento do projecto (ver ponto 3). Em simultneo foi definida uma metodologia de identificao dos requisitos legais e outros aplicveis em matria de ambiente, que salvaguarda o acesso sistemtico aos requisitos, bem como a determinao da sua aplicabilidade ao Troiaresort.

auditorias internas.

As no conformidades detectadas nas avaliaes de conformidade legal, nas auditorias e as que resultam da monitorizao e controlo operacional so tratadas de acordo com uma metodologia estabelecida, sendo definidas aces correctivas.

Anualmente a Comisso de Ambiente efectua a reviso pela gesto do SGA, com o objectivo de garantir a melhoria continua do SGA e do desempenho ambiental da organizao.

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2.5. Estrutura da documentaoA estrutura documental do SGA encontra-se A verificao das medidas definidas nesses planos assegurada por visitas obra e pela realizao de auditorias internas e externas. esquematizada na figura seguinte.

Manual Procedimentos

REGISTOS

3. ASPECTOS AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOSA avaliao dos aspectos ambientais efectuada com base nos seguintes critrios: - classificao da Severidade (S) (aspectos negativos)/

Instrues de Trabalho Planos e Ajudas Visuais

Benefcio (B) (aspectos positivos), numa escala de 1 a 5, de acordo com a sua magnitude e gravidade; - Frequncia (F) ou Probabilidade (P), numa escala

Fig. 13. Esquema da estrutura documental do SGA.

com a mesma ordem de grandeza.

O conjunto de procedimentos documentados do SGA inclui os considerados necessrios para assegurar o planeamento, a operao e o controlo eficazes dos processos do SGA. Para assegurar a implementao, o controlo operacional e a monitorizao foram definidas instrues, planos e ajudas visuais. Um aspecto ambiental significativo, ou seja, de Considera-se que o critrio severidade/benefcio mais relevante, pelo que a significncia global dos aspectos ambientais dada pela seguinte frmula: 2 x (S/B) + (F/P)

2.6. Gesto ambiental de empreitadasA execuo de empreitadas no mbito do projecto Troiaresort est a ser alvo de especial ateno visando garantir que so minimizados os impactes ambientais associados execuo das mesmas. Em obras de pequena dimenso so transmitidas ao empreiteiro as Normas de Conduta Ambiental para Empreiteiros/Fornecedores. No caso de obras de grande dimenso o empreiteiro responsvel pela implementao Ambiental (PAA). Os PAA so um instrumento de gesto ambiental de carcter operacional, constituindo a cada momento prova do que foi previsto, planeado e executado em matria de gesto ambiental. A sua implementao por parte dos empreiteiros de carcter obrigatrio. do Plano de Acompanhamento

integrao no Sistema de Gesto Ambiental, quando: 2 x (S/B) + (F/P) 8

De seguida, apresentam-se os aspectos ambientais significativos associados ao Troiaresort, bem como a relao entres estes e os objectivos/metas para 2007. Os aspectos ambientais encontram-se divididos em aspectos directos, i.e., os que so directamente controlados pela organizao e aspectos indirectos, i.e., os associados actividade de fornecedores, prestadores de servios e clientes/utentes sobre os quais a organizao exerce influncia. Os impactes ambientais negativos constam nas tabelas a preto e os impactes ambientais positivos constam a cor verde.

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Tabela 1. Aspectos e impactes ambientais directos e relao com objectivos e metas para 2007.

Aspecto AmbientalConsumos de recursos naturais gua

rea

Impacte Ambiental

Objectivos/Metas (2007)Objectivo 1: requalificao ambiental e urbanstica Meta 1: renovao das infra-estruturas Objectivo 3: optimizao do consumo de gua e de electricidade associados rega do Golfe Meta 1: reduo de 15% do consumo de gua (face mdia dos ltimos 3 anos)

Consumo de gua

Golfe Hotelaria Manuteno dos espaos verdes

Depleco do recurso

Objectivo 4: utilizao de equipamentos eficientes em termos ambientais nos novos edifcios Meta 2: utilizao de equipamentos nas unidades de alojamento que satisfaam os requisitos do rtulo ecolgico comunitrio para servios de alojamento turstico em termos de consumo de gua Objectivo 5: diminuio da quantidade de gua captada para rega e diminuio da carga poluente infiltrada no solo Meta 1: reutilizao da gua da ETAR para rega at 30 Jun 2009

Electricidade Objectivo 1: requalificao ambiental e urbanstica Meta 1: renovao das infra-estruturas Objectivo 3: optimizao do consumo de gua e de electricidade associados rega do Golfe Meta 2: reduo de 5% do consumo de electricidade (face mdia dos ltimos 3 anos) Objectivo 4: utilizao de equipamentos eficientes em termos ambientais nos novos edifcios Meta 1: utilizao de equipamentos nas unidades de alojamento turstico que satisfaam os requisitos do rtulo ecolgico comunitrio para servios de alojamento turstico, em termos de consumo de energia

Consumo de electricidade

Hotelaria Golfe Infra-estruturas Servios administrativos

Impacte associado produo de energia elctrica

Produo de Resduos Resduos Slidos Urbanos Resduos Slidos Urbanos Resduos valorizveis Papel/carto Embalagens de vidro Embalagens de plstico e metal Emisses guas residuais Hotelaria Golfe Servios administrativos Hotelaria Golfe Hotelaria Golfe Manuteno Impacte associado ao destino

Impacte associado ao destino

Objectivo 4: utilizao de equipamentos eficientes em termos ambientais nos novos edifcios Meta 3: Instalao de equipamentos para recolha selectiva em 100% das novas unidades

Descarga de guas residuais da ETAR

Todas as reas

Poluio do solo/gua

Objectivo 5: diminuio da quantidade de gua captada para rega e diminuio da carga poluente infiltrada no solo Meta 1: reutilizao da gua da ETAR para rega at 30 Jun 2009 Objectivo 6: melhoria da qualidade das emisses gasosas Meta 1: substituio da caldeira a gasleo por gs propano (Tulipamar)

Emisses Gasosas Emisses associadas s caldeiras Hotelaria Poluio do ar Emisses das viaturas Todas as reas

Objectivo 2: promoo da utilizao de meios de transporte sustentveis Meta 1: existncia de ciclovia ao longo da estrada municipal Tria-Comporta, entre as UNOPs 1 e 6 at 30 Set. 2008

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Tabela 1 (cont.). Aspectos e impactes ambientais directos e relao com objectivos e metas para 2007.

Aspecto AmbientalBiodiversidade

rea

Impacte Ambiental

Objectivos/Metas (2007)Objectivo 8: reposio das rvores abatidas devido ao nemtodo da madeira do pinheiro Meta 1: atingir uma reposio de 100% do total de pinheiros abatidos at Dezembro 2007 Objectivo 7: requalificao ambiental da UNOP 4 Meta 2: alargamento da rea abrangida pelo controlo das accias a 100% da rea da UNOP 4 Meta 3: controlo da doena do nemtodo da madeira do pinheiro Meta 4: controlo das populaes de outros agentes biticos Objectivo 7: requalificao ambiental da UNOP 4 Meta 1: remoo de embarcaes abandonadas da rea da Caldeira Objectivo 1: requalificao ambiental e urbanstica Meta 3: requalificao paisagstica da rea de REN localizada no vrtice NO da pennsula (construo de passadio) Objectivo 10: requalificao da Estao Arqueolgica de Tria Meta 1: valorizao e conservao da Estao Arqueolgica at 2011 Objectivo 9: reduo do risco de incndio associado Mata de Tria Meta 1: reduo da carga combustvel associada rea de vegetao (retamal) da extremidade Norte da UNOP4 at Dezembro 2007 Objectivo 7: requalificao ambiental da UNOP 4 Meta 2: alargamento da rea abrangida pelo controlo das accias a 100% da rea da UNOP 4

Controlo do estado fitosanitrio do pinhal Gesto Florestal Controlo de espcies infestantes e exticas

Melhoria do estado fitossanitrio dos povoamentos de pinheiro bravo e manso* Aumento da biodiversidade* Proteco do coberto vegetal autctone*

Paisagem Presena de embarcaes abandonadas na laguna da Caldeira Ordenamento dos acessos praia Patrimnio Existncia de patrimnio classificado Emergncias / Riscos Estao arqueolgica Valorizao do patrimnio cultural* Gesto Florestal Aspecto visual desagradvel

Praias

Recuperao do sistema dunar*

Probabilidade de incndio

Todas as reas

Poluio do ar/solo/gua Perda de biodiversidade

Derrame de guas residuais Probabilidade de desenvolvimento de Legionella *impactes positivos

Infra-estruturas Hotelaria

Poluio do solo e gua Problemas de sade pblica

Objectivo 1: requalificao ambiental e urbanstica Meta 1: renovao das infra-estruturas Objectivo 1: requalificao ambiental e urbanstica Meta 1: renovao das infra-estruturas

Existem ainda outros aspectos ambientais significativos directos, aos quais no esto associados objectivos de desempenho, havendo no entanto mecanismos de gesto operacional que garantem a gesto do seu impacte ambiental.Tabela 2. Aspectos e impactes ambientais directos cuja gesto efectuada atravs de mecanismos de controlo operacional.

Aspecto AmbientalConsumos de recursos naturais Consumo de gs propano Aplicao de produtos qumicos Aplicao de fertilizantes Aplicao de pesticidas Produo de Resduos Resduos valorizveis Sucata metlica Resduos de equipamentos elctricos e electrnicos Resduos verdes (biomassa) Resduos perigosos Lmpadas fluorescentes Pilhas Embalagens de produtos perigosos Paisagem Refgio de avifauna *impactes positivos Hotelaria Golfe

rea

Impacte AmbientalConsumo de recursos naturais no renovveis

Golfe Manuteno dos espaos verdes

Poluio do solo/gua

Manuteno Hotelaria Manuteno dos espaos verdes Impacte associado ao destino Melhoria da qualidade do solo (por incorporao de biomassa)* Impacte associado ao destino Impacte associado ao destino Aumento da biodiversidade*

Todas as reas Hotelaria Golfe Manuteno dos espaos verdes Golfe

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Tabela 2 (cont.). Aspectos e impactes ambientais directos cuja gesto efectuada atravs de mecanismos de controlo operacional.

Aspecto AmbientalEmergncias / Riscos Derrame de gasleo Fuga de gs propano Fuga de gases de refrigerao (R12 e R22)

reaManuteno Hotelaria Golfe Hotelaria Golfe Servios administrativos

Impacte AmbientalPoluio do solo/gua

Depleo da camada de ozono

Tabela 3. Aspectos e impactes ambientais indirectos e relao com objectivos e metas para 2007.

Aspecto AmbientalConsumos de recursos naturais gua Consumo de gua Electricidade Consumo de electricidade Produo de Resduos Resduos Slidos Urbanos Resduos Slidos Urbanos Resduos valorizveis Papel/carto Embalagens de vidro Embalagens de plstico e metal Emisses guas residuais Descarga de guas residuais associadas s instalaes sanitrias e cozinhas Paisagem Condicionamento dos acessos Pisoteio das dunas pelos utentes

reaObras Bandas e Villas do Mar Obras Bandas e Villas do Mar

Impacte Ambiental

Objectivos/Metas (2007)

Depleco do recurso

Objectivo 1: requalificao ambiental e urbanstica Meta 1: renovao das infra-estruturas Objectivo 1: requalificao ambiental e urbanstica Meta 1: renovao das infra-estruturas

Impacte associado produo de energia elctrica

Bandas e Villas do Mar Praias Estaleiro social Obras Estaleiro social Estaleiro social

Impacte associado ao destino

Objectivo 1: requalificao ambiental e urbanstica Meta 1: renovao das infra-estruturas (instalao de contentores para recolha selectiva)

Impacte associado ao destino

Objectivo 1: requalificao ambiental e urbanstica Meta 1: renovao das infra-estruturas (instalao de contentores para recolha selectiva)

Obras

Poluio do solo e gua

Objectivo 5: diminuio da quantidade de gua captada para rega e diminuio da carga poluente infiltrada no solo Meta 1: reutilizao da gua da ETAR para rega at 30 Jun 2009 Objectivo 1: requalificao ambiental e urbanstica Meta 3: requalificao paisagstica da rea de REN localizada no vrtice NO da pennsula (construo de passadio)

Obras Praias

Incomodidade para os utentes Destruio do coberto vegetal

Existem ainda outros aspectos ambientais significativos indirectos, aos quais no esto associados objectivos de desempenho, havendo no entanto mecanismos de gesto operacional que garantem a gesto do seu impacte ambiental.Tabela 4. Aspectos e impactes ambientais indirectos cuja gesto efectuada atravs de mecanismos de controlo operacional.

Aspecto AmbientalCombustveis Consumo de gasleo Consumo de gs propano Produo de Resduos Resduos valorizveis Sucata metlica Resduos verdes (biomassa) Resduos perigosos leos usados Embalagens de produtos perigosos Rudo Emisso de rudo associado ao funcionamento/movimentao das mquinas e trabalhos de construo. *impactes positivos

reaObras Gesto Florestal Refeitrio Bandas e Villas do Mar

Impacte Ambiental

Consumo de recursos naturais no renovveis

Obras Gesto florestal Obras Obras Manuteno dos espaos verdes

Impacte associado ao destino Melhoria da qualidade do solo (por incorporao de biomassa)* Impacte do transporte e reciclagem (consumo de combustvel e emisses atmosfricas) Impacte associado ao destino

Obras

Incomodidade para a envolvente

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Tabela 4 (cont.). Aspectos e impactes ambientais indirectos cuja gesto efectuada atravs de mecanismos de controlo operacional.

Aspecto AmbientalEmergncias / Riscos Probabilidade de incndio Derrame de substncias perigosas Existncia de solos contaminados Probabilidade de ocorrncia de mar negra

reaObras Bandas e Villas do Mar Obras Praias

Impacte AmbientalPoluio do ar/solo/gua Perda de biodiversidade Poluio do solo/gua e impactes sobre flora/fauna marinha Poluio da gua/areia Perda de biodiversidade

3. OBJECTIVOS AMBIENTAISApresenta-se de seguinte o grau de concretizao do programa de gesto ambiental de 2006.OBJECTIVO 1 METAS Requalificao ambiental e urbanstica das UNOPs 1 e 2 Renovao das infra-estruturas Requalificao dos espaos verdes Reduo do risco de incndio na rea de REN localizada no vrtice NO da pennsula CONCLUSO PREVISTA 31 Dez 2007 31 Dez 2007 31 Dez 2008 30 Jun 2008 31 Dez 2008 30 Jun 2008 31 Dez 2008 31 Jul 2006 31 Jul 2006 30 Jun 2006 Concludo Objectivos plurianuais em curso CONCRETIZAO 2006

ACES Utilizao dos materiais resultantes da reciclagem do beto triturado nas obras de urbanizao Execuo das redes gerais de abastecimento de gua, rega, saneamento, elctrica e de comunicaes Requalificao paisagstica da via principal de Tria Execuo da rede de infra-estruturas da UNOP 1 Requalificao paisagstica da UNOP 1 Execuo da rede de infra-estruturas da UNOP 2 Requalificao paisagstica da UNOP 2 Corte e desvitalizao qumica de accias na rea de REN localizada no vrtice NO da pennsula Controlo do desenvolvimento do eucaliptal na rea de REN localizada no vrtice NO da pennsula Remoo e estilhaamento do material seco existente no solo na rea de REN localizada no vrtice NO da pennsula OBJECTIVO 2 METAS Requalificao ambiental da UNOP 4 Remoo de construes ilegais (envolvente Norte da Caldeira) Corte e desvitalizao qumica de accias 1 fase Controlo do desenvolvimento do eucaliptal 1 fase Controlo da doena do nemtodo da madeira do pinheiro Controlo das populaes de outros agentes biticos Reflorestao do pinhal

ACES Demolio e remoo de construes ilegais Remoo das embarcaes obsoletas da Caldeira, junto s runas Seleco de locais e instalao de ensaios preliminares de avaliao de mtodos de controlo de accias Instalao de ensaios de destruio das toias dos eucaliptos atravs de mtodos biolgicos (inoculao de fungos decompositores) e/ou mtodos bioqumicos Captura dos insectos vectores da doena do nemtodo da madeira do pinheiro atravs de armadilhas iscadas com atractivo Controlo de desfolhadoras do pinheiro (tratamento areo das lagartas da processionria e instalao de armadilhas com feromonas para os adultos) Controlo de sub-corticais do pinheiro (escolitdeos)

CONCLUSO PREVISTA 31 Dez 2006 31 Dez 2006 30 Jun 2006 31 Dez 2006 30 Set 2006 31 Dez 2006 31 Dez 2006

CONCRETIZAO 2006 Adiado

Concludo

Armadilhas Concludo Tratamento areo opo abandonada Concludo

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ACES (CONT.) Instalao de ensaios de adaptabilidade de espcies arbreas e arbustivas em duas parcelas Avaliao dos resultados obtidos nas parcelas de ensaio e re-definio das espcies e quantidades a plantar Definio de tcnicas para produo do endemismo Juniperus navicularis OBJECTIVO 3 META

CONCLUSO PREVISTA 31 Mar 2006 31 Dez 2006 31 Dez 2006

CONCRETIZAO 2006

Concludo

Reposio das rvores abatidas devido ao nemtodo da madeira do pinheiro Atingir uma reposio de 50% do total de pinheiros abatidos at Maro 2007 CONCLUSO PREVISTA 31 Mar 2007 CONCRETIZAO 2006 Concludo

ACO Plantao de pinheiros bravos e mansos OBJECTIVO 4 Optimizao do consumo de gua METAS Remodelao do sistema de rega do Golfe

Impermeabilizao do lago do GolfeACES Execuo do projecto de remodelao do sistema de rega Remodelao do sistema de rega do Golfe Execuo do projecto de impermeabilizao do lago do Golfe Remodelao do sistema de impermeabilizao do lago do Golfe OBJECTIVO 5 METAS ACES Avaliao de Impacte Ambiental da ETAR Remodelao da ETAR OBJECTIVO 6 METAS ACES Aquisio de ecopontos de praia Aquisio de sacos de cores diferenciadas Disponibilizao de contentores de grandes dimenses por parte da Ambilital para colocao dos resduos recolhidos selectivamente nas praias Produo de sinaltica CONCLUSO PREVISTA 31 Dez 2007 31 Dez 2007 CONCRETIZAO 2006 Objectivo plurianual em curso

Diminuio da quantidade de gua captada para rega e diminuio da carga poluente infiltrada no solo Reutilizao da gua da ETAR para rega CONCLUSO PREVISTA 31 Mar 2007 31 Dez 2008 CONCRETIZAO 2006 Objectivo plurianual em curso Objectivo plurianual

Reduo da fraco de resduos indiferenciados provenientes das praias enviados para aterro sanitrio Implementao de recolha selectiva nas praias durante a poca balnear CONCLUSO PREVISTA 15 Mai 2006 31 Mai 2006 Concludo 31 Mai 2006 31 Mai 2006 CONCRETIZAO 2006

OBJECTIVO 7 METAS

Requalificao da Estao Arqueolgica de Tria Delimitao do stio arqueolgico Elaborao e aprovao do Plano de Trabalhos Arqueolgicos (2006-2011) Aces de conservao e manuteno do stio arqueolgico CONCLUSO PREVISTA 31 Jan 2006 15 Mar 2006 Adiado para 2007 31 Dez 2006 31 Jul 2006 Concludo 30 Set 2006 31 Dez 2011 Objectivo plurianual em curso CONCRETIZAO 2006 Concludo

ACES Seleco de equipa para delimitao do stio arqueolgico (mtodo geofsico) Execuo dos trabalhos de prospeco Delimitao do stio arqueolgico (em colaborao com IPPAR e IPA) Apresentao do Plano de Trabalhos Arqueolgicos pela Comisso Cientfica Aprovao do Plano de Trabalhos Arqueolgicos pela IMOAREIA, IPPAR e IPA Execuo do Plano de Trabalhos Arqueolgicos

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5.

DESEMPENHO

AMBIENTAL

|

INDICADORES

AMBIENTAIS

Avaliao de Impacte Ambiental da Marina e do novo Cais dos Ferries do TroiaresortEm 2006 iniciou-se a construo da Marina e do novo Cais dos Ferries do Troiaresort. Estes dois projectos careceram de uma Avaliao de Impacte Ambiental (AIA). Conforme previsto no processo de AIA foi elaborado um programa de monitorizao ambiental dirigido aos indicadores seleccionados para as componentes

ambientais identificadas como de maior sensibilidade. De seguida, apresentam-se os principais resultadosFig. 14. Praia Tria-Mar: passadios sobrelevados construdos em 2000.

referentes ao ano de 2006, para os diferentes descritores.

Qualidade de gua No foram verificados quaisquer impactes decorrentes dos projectos em curso a nvel do aqufero superficial, nomeadamente os decorrentes do efeito das dragagens da bacia da Marina de Tria. Relativamente monitorizao do aqufero profundo, no foram

detectados indcios de sobreexplorao do aqufero.

Dinmica costeira No se verificaram impactes decorrentes dos projectos. Esta evidncia poder estar associada a algumas boas prticas adoptadas em Tria tais como: recurso a construes amovveis e sazonais, construo sobre estacas, preservao e manuteno da duna frontal, preveno de abertura de passagens nas dunas e preservao da vegetao dunar (figura 14).

Alis, a eficcia da maioria destas medidas est patente no crescimento natural e rpido que se continua a detectar no campo dunar que caracteriza o vrtice Noroeste de Tria. Esta tendncia natural de acreco do sistema est traduzida na figura 15, na qual est representada a variao da linha de costa desde 1948.Fig. 15. Variao da linha de costa entre 1948 e 2000.

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Os resultados obtidos na monitorizao do descritor dinmica costeira permitiram definir locais para

reproduo

do

borrelho-de-coleira-interrompida

(Charadrius alexandrinus) espcie protegida pelas Convenes de Berna (Anexo II) e Bona (Anexo II).

realimentao das praias em Tria, nomeadamente, na rea de praia adjacente s runas romanas. O objectivo primordial desta operao a proteco deste monumento nacional, que apresentava sinais evidentes de eroso, promovidos pela aco do rio.

Fig. 17. Pilritos na praia Tria-Mar.

Em relao ao andorinho-plido espcie protegida pela Conveno de Berna (Anexo II) - que ocupava umaFig. 16. Transporte de areia para o enchimento de praia na rea adjacente s runas romanas de Tria.

das torres demolidas em Setembro de 2005, foram instalados abrigos alternativos destinados a albergar esta espcies mas, durante 2006, no foram detectados

Ambientes intertidais De uma forma geral, a variabilidade detectada em 2006, na morfologia de praia e no ambiente sedimentar na faixa entre-mars (intertidal) a inerente dinmica de ambientes costeiros de substrato arenoso. Contudo, detectou-se mais areia do que a expectvel em algumas zonas dessa faixa, possivelmente devido proximidade desta rea aos depsitos temporrios de areias dragadas da obra da Marina.

indcios de ocupao destes locais.

Roazes (golfinhos do Sado) Os resultados de 2006 sugerem a inexistncia de impactes decorrentes das duas primeiras fases de construo da Marina, no tendo sido detectada qualquer alterao comportamental e/ou demogrfica da

populao de golfinhos residente no esturio do Sado.

Avifauna O condicionamento da circulao de veculos

De salientar que as medidas de minimizao incluram um procedimento que tinha como objectivo a interrupo imediata da obra durante a fase da colocao de enrocamento (colocao de pedras que constituem os molhes da marina) caso os roazes se aproximassem, por forma a evitar a potencial coliso destes com as pedras.

motorizados nos caminhos que rodeiam a rea de sapal, conhecida por Caldeira, tem-se revelado importante para a avifauna, evitando a perturbao e consequente abandono do local pelas aves.

No caso da avifauna da praia e dunas, verificou-se que a construo de passadios sobreelevados minimizou a perturbao causada pela circulao dos utentes da praia. No entanto, esta medida no se demonstrou suficiente para permitir a existncia de condies de

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MorcegrioNuma das torres demolidas em 2005 foi encontrada uma colnia de morcegos-rabudo, espcie com estatuto de proteco. Previamente imploso da torre, foi desenhado e construdo um abrigo para alojar a colnia o morcegrio (figura 18), o qual incluiu na sua concepo elementos da torre, assegurando condies para a sua ocupao. Alguns meses depois da imploso, cerca de 20 indivduos foram encontrados no novo abrigo, traduzindo um excelente resultado em termos de ocupao. De referir que a captao AC6, no apresenta dados entre Julho a Setembro de 2005, consequncia da avaria, e necessria substituio, da bomba. Adicionalmente, a captao AC9, no apresenta dados a partir de Novembro de 2005, data em que esta captao foi desactivada devido a problemas estruturais.m32005 2006 limite licena

A anlise do grfico reflecte a sazonalidade tipicamente associada a zonas tursticas, com consumos mais elevados nos meses de Vero. O volume de gua abastecida ao Troiaresort foi determinado pela diferena entre o volume captado e o abastecido a Soltria.

Os grficos representados nas figuras 20.a. a 20.d., dizem respeito ao volume de gua extrada em cada uma das captaes.

120.000

90.000

Fig. 18. Morcegrio.60.000

Captao de guaA gua abastecida ao Troiaresort proveniente de captaes devidamente licenciadas, localizadas a cerca de 9 km da extremidade Norte da pennsula de Tria. Desde 2004, as captaes do Troiaresort, denominadas de AC5, AC6, AC7 e AC9, asseguram tambm o fornecimento de gua ao empreendimento Soltria, cujo sistema gerido pela empresa municipal Infratria. Na figura 19 apresenta-se o volume de gua abastecida ao Troiaresort em 2006.120.000 90.000 m3 2006

30.000

0 Set Mai OutOut

Jul

Ago

Mar

Fig. 20.a Volume de gua captada no furo AC5.120.000 m32005 2006 limite licena

90.000

60.000

30.000

0 Set Mai Jul Ago Jan Mar Abr Jun Nov Fev60.000 30.000 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Nov

Fev

Fig. 20.b Volume de gua captada no furo AC6.

Fig. 19. Volume de gua abastecida ao Troiaresort em 2006. - P18 -

Dez

Dez

Jan

Abr

Jun

TROIARESORT | DECLARAO AMBIENTAL 2007

120.000

m3

Os cerca de 490.000 m3, abastecidos ao golfe em 2005,2005 2006 limite licena

90.000

e cerca de 470.000 m3 abastecidos em 2006, decorrem maioritariamente das necessidades de rega do campo de

60.000

golfe, mas esto tambm associados ao facto de existirem problemas estruturais no sistema de rega e no

30.000

lago. O sistema de rega e o lago do campo de golfe esto envelhecidos, acusando os problemas comuns a camposSet Mai Out Jul Ago Mar Nov Fev Dez Jan Abr Jun

0

de golfe com mais de 20 anos, nomeadamente em termos de perdas de gua associadas s condutas e tela de impermeabilizao do lago. Por forma a melhorar

Fig. 20.c Volume de gua captada no furo AC8.120.000 90.000 60.000 30.000 0 Set Out Ago Mar Nov Fev Dez Mai Jan Abr Jun Jul m32005 limite licena

o desempenho ambiental do campo de golfe est em elaborao o projecto de execuo da remodelao do sistema de rega e do lago, o qual implica a instalao de um novo sistema de rega e a impermeabilizao do lago. As obras permitiro fazer uma gesto mais racional da gua, bem como da electricidade associada ao sistema de bombagem.

Consumo de energia elctricaFig. 20.d Volume de gua captada no furo AC9.

O consumo de energia elctrica do Troiaresort encontrase expresso na figura 22.

Da anlise dos grficos pode verificar-se que os volumes captados em todos os furos foram substancialmente inferiores aos volumes permitidos pelas respectivas licenas. Da gua captada, 48% em 2005 e 42% em 2006, foi gua abastecida ao campo de golfe de Tria. Devido expresso dos consumos de gua associados ao campo de golfe, apresenta-se de seguida o grficoFig. 22. Consumo de electricidade no Troiaresort.450.000 400.000 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 kWh2005 2006

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

correspondente aos mesmos.90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 m32005 2006

semelhana do referido para o consumo de gua, o consumo de energia elctrica em 2005 e 2006 corresponde a realidades distintas, dada a evoluo do projecto Troiaresort.

No que se refere ao consumo de energia elctrica da ETAR de Tria em 2006, de salientar a reduo de c.Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

de 80% face a 2005.

Fig. 21. Volume de gua abastecida ao golfe de Tria.

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Esta reduo deveu-se implementao de um programa de optimizao da ETAR, que implicou, nomeadamente, a automatizao dos arejadores, com consequente reduo do consumo de energia elctrica e melhoria da qualidade gua residual tratada.kW/m3 12 10 8 6 4 2 0 2005 2006

Emisses gasosasO Troiaresort possui 6 caldeiras produo de gua quente s quais esto associadas 5 fontes fixas de emisses gasosas (chamins).Aparthotel N Caldeiras Potncia Combustvel N Chamins Obs. Magnoliamar 2 581,4 kW gs propano duas em servio Rosamar 2 581,4 kW gs propano duas desactivada** Tulipamar 2 348,8 kW gsoleo uma* desactivada

*partilhada **funcionou pontualmente em 2006

Em 2006 foram realizadas duas campanhas com o objectivo de caracterizar as emisses gasosas das fontes de emisso em funcionamento. Os resultados obtidos, bem como os Valores Limite de Emisso (VLE) apresentam-se nas tabelas 5 e 6.

Fig. 23. Consumo de electricidade na ETAR de Tria por volume de gua residual afluente.

Tabela 5. Aparthotel Magnoliamar - anlise quantitativa dos poluentes nas caracterizaes efectuadas. Caldeira Oeste Parmetros Monxido do Carbono (CO) Valor corrigido (8% O2 ref.) xidos de Azoto (NOx) Valor corrigido (8% O2 ref.) Compostos Orgnicos (*) Valor corrigido (8% O2 ref.)* expresso em Carbono Total

Caldeira EsteConcentrao (mg/Nm3)

Concentrao (mg/Nm3)

Set 4 148 44

Dez 34 49 32

VLE 1.000 1.500 50

Set 5 353 20

Dez 38 41 5

VLE 1.000 1.500 50

Tabela 6. Aparthotel Rosamar - anlise quantitativa dos poluentes nas caracterizaes efectuadas. Caldeira Norte Caldeira Sul Concentrao (mg/Nm3) Concentrao (mg/Nm3) Parmetros Monxido do Carbono (CO) Set Dez VLE Set Dez Valor corrigido (8% O2 ref.) 18 34 1.000 7 79 xidos de Azoto (NOx) Valor corrigido (8% O2 ref.) 117 143 1.500 156 225 Compostos Orgnicos (*) Valor corrigido (8% O2 ref.) 12 13 50 82 104* expresso em Carbono Total

VLE 1.000 1.500 50

Da anlise dos resultados obtidos nas duas caracterizaes efectuadas, conclui-se que todos os parmetros apresentam uma concentrao abaixo do VLE. A nica excepo foi para o parmetro Compostos Orgnicos Volteis (COVs) na caldeira Sul do aparthotel Rosamar.- P20 -

No entanto, de acordo com o Decreto-Lei n. 78/2004, de 3 de Abril, este poluente no se encontra sujeito ao VLE, uma vez que regista o caudal mssico inferior ao limiar mssico mnimo e a caracterizao foi efectuada com a instalao a funcionar sua capacidade nominal.

TROIARESORT | DECLARAO AMBIENTAL 2007mgO2 /l 250

guas residuais200

2005

2006

VLE

As guas residuais do Troiaresort so encaminhadas para a ETAR de Tria, cuja descarga se encontra devidamente licenciada pela Comisso de150 100 50 0 Set Ago Abr Out Jan Jun Jul Nov Dez VLEVLE

Coordenao e Desenvolvimento Regional do Alentejo. A ETAR de Tria tem capacidade para 6500

Mar

dcada de 70. A ETAR tem por base um sistema de tratamento biolgico, designado por sistema de lamas activadas por arejamento prolongado, complementado por quatro lagoas de infiltrao/maturao.

Fig. 24.c. Valores de Carncia Qumica de Oxignio (CQO) do efluente da ETAR.mg/l50 2005 40 2006

Os grficos das figuras 24.a a 24.g mostram os valores obtidos para os diferentes parmetros constantes da licena de descarga da ETAR e os respectivos Valores Limite de Emisso (VLE) constantes da licena.14 12 10 8 6 4

30 20 10 0

Fev

Mai

habitantes-equivalente, tendo sido projectada na

< 10 < 10