Trovas ao pé da ponte

30

Click here to load reader

Transcript of Trovas ao pé da ponte

Page 1: Trovas ao pé da ponte

Trovas ao Pé da Ponte

Marina Gaspar San’ tanna

Page 2: Trovas ao pé da ponte

PortoO Creador escolheuonde havia mais ternurae ao Porto ofereceuA Capital da Cultura.

Page 3: Trovas ao pé da ponte

PortoO Bolhão, bem visitado,tem movimento constante.O Douro é bem agitado,nesse Porto exuberante!

Page 4: Trovas ao pé da ponte

PortuguesesSe ao vento a roupa se agitanos varais dos lusitanos,no mar um veleiro grita:-somos a luz dos mundanos!-

Page 5: Trovas ao pé da ponte

LisboaLisboa, veleiro antigo,em Belém eternizado.Velejou o braço amigopara o mundo desbravado.

Page 6: Trovas ao pé da ponte

LisboaA Torre, de renda pura,em marfim escultural,é o que Belém seguraRendeiras de Portugal!

Page 7: Trovas ao pé da ponte

PortuguesesEsse povo valorizao que é primordial,por isso ele rebatizaos nomes em Portugal..

Page 8: Trovas ao pé da ponte

CamõesCamões, na escola eu li,senti-me agraciada,logo vi que havia aliepopéia iluminada!

Page 9: Trovas ao pé da ponte

PortuguesesNa limpeza do bugalho,para humildade plantar,movimentam o trabalhopara a paz perpetuar.

Page 10: Trovas ao pé da ponte

AmaranteSão Gonçalo, sou visita,em sua terra sagrada,mas meu coração habitadentro de sua morada.

Page 11: Trovas ao pé da ponte

Amarante

São Gonçalo

Ser poeta eu gostaria.Todo um dia na semana te cantar eu poderia,ao Pé da Ponte Romana.

Page 12: Trovas ao pé da ponte

AmaranteDê licença, de Pascoaes,quero entrar nas poesias,namorar os olivais,cumprimentar as Marias.

Page 13: Trovas ao pé da ponte

Portugal

Não precisavam pedir:-mulher, não seja francesa-não há medida a mediruma mulher portuguesa.

Cobrindo a nora com ouro,a sogra a recebe bem;será a matriz do tesourodo todo que a sogra tem.

Page 14: Trovas ao pé da ponte

PortuguesaTodo amor, que brinda a gente,nos comove se é leal.Sabe amar, integralmente,a mulher de Portugal.

Page 15: Trovas ao pé da ponte

AboadelaNo Outeiro o verde reina,com as vides debruçadassobre a portinha serena,onde o rebanho chegava.

Page 16: Trovas ao pé da ponte

AboadelaO campanário era assim:seu Antônio na janelae o sino tocou p’ra mim,na matriz de Aboadela.

Page 17: Trovas ao pé da ponte

Aboadela

Se retornas de além-mara rever sonho deixado,não deves desanimar,reviverás consolado.

Page 18: Trovas ao pé da ponte

AboadelaTirei do tempo a idadeque na levada encontreie p’ra matar a saudade,peguei a roupa e lavei.

Page 19: Trovas ao pé da ponte

PortugalPovo que lavas no rio,não deixe a água levardos portugueses o briode Professores do Mar!

Page 20: Trovas ao pé da ponte

AmaranteSempre ganhava a sobrar,quando ia lá na feira;não me deixavam pagaro biscoito da Teixeira.

A vendedora, partindo,gosta de cobrar pouquinho.Agradecendo sorrindo,nos traz outro pedacinho.

Page 21: Trovas ao pé da ponte

Amarante

O latoeiro, bem cedo,

inicia sua lidana gruta, sob o rochedo,

enaltece sua vidaA sorte manda escolher

um ofício, a meu dispor.

Como esse quero ser

o latoeiro do amor.

Page 22: Trovas ao pé da ponte

FátimaQuando Fátima cantava,só o sol apareceu,como um flash que filmavaa ações dos filhos seus.

Page 23: Trovas ao pé da ponte

AlentejoO Alentejo pintandoeste cenário tão lindo:as cegonhas se aninhandoe os sobreiros sorrindo.

Page 24: Trovas ao pé da ponte

AlgarveAlgarve na ribanceira,tudo é branco, interessante;o culto é da padroeiraSenhora dos Navegantes.

Page 25: Trovas ao pé da ponte

Évora-ArraiolosArraiolos, moças belas,puxam linhas, com desvelo;são bordadeiras singelascurvadas sobre o novelo.

Page 26: Trovas ao pé da ponte

Brasil-PortugalDe Arraiolos me lembrando,querendo ser bordadeira,sinto e vou cristalizandoa arte luso-brasileira.

Page 27: Trovas ao pé da ponte

Portugueses

Não vive sem uniãoa paz que lhes dá guarida;diz ser nó, sustentaçãonos alicerces da vida.

Page 28: Trovas ao pé da ponte

AboadelaMinha mãe, que foi pastora,nos campos de Aboadela,quis fazer-me professoraa versejar para ela.

Page 29: Trovas ao pé da ponte

BrasilO meu pai, que estava alerta,reconheceu o sinal:-essa veia de poetavocê tem de Portugal!-

Page 30: Trovas ao pé da ponte

Trovas ao Pé da Ponte• Direitos reservados à Marina Gaspar Sant’Anna. (Cordeiro-RJ)• ISBN 250-269-445-429• Formatação: Cláudio Alves Pimentel (Cordeiro-RJ)• Arte em pintura: Cubismo cristal da autora do livro• Fotos da autora• Figuras da Internet• Trovas inspiradas na viagem de Marina a Portugal, junho de 2001.• Música Amor a Portugal na voz de Dulce Pontes• Letra da música: João Mendonça e Zeca Medeiros• Padrinhos do livro: Comendador , Sr. José de Abreu (Portugal) e Sandro Sá

Lemos (Brasil).

Cordeiro, 24 de março de 2011.