Tua Palavra - Diocese de...

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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT A Serviço das Comunidades Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXI - 310 | SETEMBRO DE 2015 Tua Palavra é lampada para os meus pés e luz para o meu caminho Salmo 119,105

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A Serviço das Comunidades

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

CORREIOSMITRA

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXI - 310 | SETEMBRO DE 2015

Tua Palavraé lampada para os meus pés

e luz para o meu caminhoSalmo 119,105

Dom José Lanza Neto

2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Editorial

A Voz do Pastor

ExpedienteDiretor geralDOM JOSÉ LANZA NETOEditorPADRE CLAYTON BUENO MENDONÇAJornalista Responsável ALEXANDRE ANTONIO DE OLIVEIRA - MTB: MG 14.265 JPRevisãoJANE MARTINS E ROSINEI PAPI DEI AGNOLIProjeto grá�co e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - bananacanelaedesign.com.br (35) 3713-6160

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃOTiragem3.950 EXEMPLARES

RedaçãoRua Francisco Ribeiro do Vale, 242 – Centro CEP: 37.800-000 – Guaxupé (MG)Telefone(35) 3551.1013E-mail [email protected] Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.Uma Publicação da Diocese de Guaxupéwww.guaxupe.org.br

Nestes últimos tempos, tem-se fa-lado do primado e da centralidade da Palavra de Deus. Nunca é demais propagar, intimar e levar as pessoas a vivenciá-la e testemunhá-la. Já tive-mos momentos e tempos fortes com o propósito de ajudar as pessoas a ter intimidade no manuseio da Bíblia. Sem a Palavra de Deus somos como um car-ro sem faróis. Daí nos alimentamos da mesa da palavra de Deus e da mesa da eucaristia. O Cristo é a palavra revelada, o Cristo é a palavra feito pão, “ sem mim nada podeis”.

Nosso povo é de uma sabedoria

muito grande. Por ocasião do nosso pri-meiro retiro diocesano das Santas Mis-sões Populares, quando traçamos os três objetivos que iriam nortear nossa caminhada, logo surgiu a preocupação de colocar a palavra de Deus em evi-dência, assim afirmamos: transformar cada paróquia em comunidade acolhe-dora, unida, solidária, missionária e mi-sericordiosa. Comunidade que estude e encarne o Evangelho, para redescobrir o sentido da vida, indo ao encontro dos afastados e dos necessitados. Em nos-sa 2ª Carta Pastoral, damos destaque no entendimento de que o caminho

seguro para eliminarmos o mal é a prá-tica do Evangelho de Jesus Cristo em nossas famílias, comunidades e toda sociedade. O evangelho precisa ser lido, estudado, meditado e vivenciado por cada um e por todos. Na dinâmica das Santas Missões Populares, já nos foi proposto o estudo do Evangelho de Mateus e, para este ano, o estudo do Evangelho de Marcos. O material é popular, em forma de novena, nove en-contros proporcionando o estudo de uma forma simples e fácil.

A Palavra de Deus toca nosso cora-ção, nossa vida, é como a chuva, fecun-

da a terra do coração humano. Muitas vezes precisamos de orientações e fun-damentação no conhecimento da Pa-lavra, pois podem acontecer desvios e mal-entendidos. Como a vida, às vezes achamos que sabemos tudo, mas pre-cisamos de ajuda, de orientação diante dos apelos e desafios da vida. Quantas vezes ficamos na encruzilhada da vida, esperando por alguém a nos orientar. Que a palavra de Deus incida em nós como em Maria: faça-se em mim se-gundo a Tua palavra.

“Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor!”

O mês de setembro chega trazendo a Primavera no hemisfério sul e, junto com a beleza dessa estação, o tema da Sagra-da Escritura. Ciente de que a Bíblia pre-cisa ser mais valorizada pelos fiéis cató-licos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), desde 1971, adota este mês como o «Mês da Bíblia». Setembro foi escolhido em razão da festa de são Jerônimo (340-420), celebrada no dia 30.

Propondo um livro – ou parte dele – para ser estudado e refletido a cada ano, o Mês da Bíblia tem contribuído eficaz-mente para o crescimento da animação

bíblica das pastorais. O tema sugerido para esse ano é «Discípulos Missionários a partir do Evangelho de João», sob a pers-pectiva do discipulado missionário, con-forme o enfoque do projeto de evange-lização: «O Brasil na Missão Continental». O tema escolhido fundamenta-se nos cinco aspectos essenciais do processo do discipulado: o encontro com Jesus Cristo, a conversão, o seguimento, a comunhão fraterna e a missão. O lema indicado pela Comissão Bíblico-Catequético da CNBB é «Permanecei no Meu amor para dar mui-tos frutos» (cf. Jo 15,9-16).

Ao celebrar o Mês da Bíblia, a Igreja convida os fiéis a conhecerem mais pro-fundamente a Palavra de Deus, a amá-la cada vez mais, e a fazer dela, a cada dia, uma leitura meditada e rezada. É essen-cial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar solida-mente firmado em Cristo e poder teste-munhá-lo no mundo, tão necessitado de sua presença.

O Documento de Aparecida (DAp)

afirma que a Sagrada Escritura é um dos «Lugares de encontro com Jesus Cristo». O encontro com Cristo, graças à ação do Espírito Santo, realiza-se na fé recebida e vivida na Igreja. Assim diz o mencionado documento: «Encontramos Jesus na Sa-grada Escritura, lida na Igreja. A Sagrada Escritura, Palavra de Deus escrita por ins-piração do Espírito Santo, é, com a Tradi-ção, fonte de vida para a Igreja e alma de sua ação evangelizadora» (n.247). Para ser discípulo missionário de Jesus Cristo é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar o compromisso missioná-rio e toda a vida cristã na rocha da Palavra de Deus.

O papa Bento XVI, na Exortação Apos-tólica Pós-Sinodal Verbum Domini, ensi-na que «A Palavra divina introduz cada um de nós no diálogo com o Senhor: o Deus que fala ensina-nos como podemos falar com Ele. Neste diálogo com Deus, compreendemo-nos a nós mesmos e en-contramos respostas para as perguntas

“Desconhecer as Escrituras é desconhecer o próprio Cristo” - São Jerônimo

« Santo Livro, Santo Livro! Louvado seja Deus por seus autores. Louvado seja Deus por seus leitores.

Santo Livro, Santo Livro! Santo Livro que me ensina a contemplar.

Santo Livro, Santo Livro! Santo Livro que me ensina a caminhar. »

Pe. Zezinho

mais profundas que habitam no nosso coração. De fato, a Palavra de Deus não se contrapõe ao homem, nem mortifica os seus anseios verdadeiros; pelo contrá-rio, ilumina-os, purifica-os e realiza-os. Na realidade, toda a economia da salvação mostra-nos que Deus fala e intervém na história a favor do homem e da sua sal-vação integral. Como é importante, para o nosso tempo, descobrir que só Deus responde à sede que está no coração de cada homem!» (cf. n.23 e n.24). Palavras de salvação somente o céu tem para dar. Por isso meu coração se abre para escu-tar!

Neste mês, o jornal COMUNHÃO aborda a temática da Sagrada Escritura. No espaço «Bíblia», o autor discorre sobre como era a pregação antes dos Evange-lhos serem escritos. Em «Liturgia», o lei-tor poderá conferir que a homilia deverá sempre estar a serviço da Palavra procla-mada.

Boa leitura!

3Setembro/2015

Opinião

VISÃO GERAL DAS NOVAS DIRETRIZESA Conferência Nacional dos Bispos

do Brasil (CNBB), reunida em sua 53ª Assembleia Geral, fez a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizado-ra da Igreja no Brasil para o quadriênio 2015-2019. As novas diretrizes, além de serem uma continuidade com relação às diretrizes anteriores (2011-2015), se orientaram à luz da Exortação Apostó-lica Evangelii Gaudium, sobre o anúncio do Evangelho no mundo de hoje, como continua com a ênfase nas cinco urgên-cias da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil.

1 - O que continua com relação às di-retrizes anteriores?

a) O “Objetivo Geral” da Ação Evan-gelizadora foi conservado quase to-talmente. O único elemento novo é um acréscimo na sessão eclesiológi-ca. Ao “discípula, missionária e pro-fética” com que o objetivo anterior caracterizava a Igreja, juntou-se o “misericordiosa”. É uma resposta do episcopado do Brasil aos objetivos do Ano Santo da Misericórdia, pro-clamado pelo papa Francisco.b) A estrutura do documento foi mantida até o capítulo quarto: Par-tir de Jesus Cristo (cap. I), Marcas de nosso tempo (cap. II), Urgências na Ação Evangelizadora (cap. III) e Pers-pectivas de ação (cap. IV). A estrutu-ra dos capítulos III e IV foram tam-bém mantidas. Eles são organizados a partir das cinco urgências e as cor-respondentes propostas de ação.c) Entre as fontes magisteriais das atuais diretrizes se verifica, também, uma significativa continuidade na importância que têm o Documento de Aparecida e a Exortação Apostó-lica pós-sinodal Verbum Domini.d) O estilo da linguagem é o mesmo adotado ordinariamente nos docu-mentos da CNBB, de cunho pasto-ral, evitando-se expressões de difícil compreensão. Também por moti-vo pastoral, citam-se os principais textos do Magistério da Igreja que servem de fundamentação. Essas citações visam a tornar acessíveis esses textos às pessoas que teriam dificuldade em encontrá-los de ou-tro modo.e) Na redação das Diretrizes atuais, 12 números das anteriores foram mantidos inteiramente. Outros 51 foram mantidos parcialmente

2. O que há de novo nas Diretrizes aprovadas?

Sem contar os 68 novos parágrafos e alguns aspectos gráficos para ajudar na melhor compreensão do texto, merece destaque o acolhimento do Magistério do papa Francisco, prin-cipalmente a Exortação Apostólica

Evangelii Gaudium. É também sig-nificativo o acolhimento dos temas presentes nos discursos do papa aos Bispos durante a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro (aos Bispos do Brasil e aos dirigentes do CELAM) e na Bula Misericordiae Vul-tus. Embora suas citações não sejam muito numerosas, são importantes para as novas diretrizes. No entanto, o Jubileu Extraordinário da Miseri-córdia, o Jubileu de Ouro do Concí-lio Vaticano II, o Ano da Vida Consa-grada, o Ano da Paz e os 300 Anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida são acontecimentos ecle-siais cuja referência é muito signifi-cativa para aspectos novos das atu-ais diretrizes.

3. Quais as novidades no conteúdo das Diretrizes?

No capítulo I (Partir de Jesus Cristo) se encontram a cristologia e a eclesiolo-gia do documento:

• Na Cristologia, à ênfase nas atitu-des de “gratuidade” e “alteridade”, juntou-se, como ênfase principal, a temática do “Reino de Deus” e sua centralidade na vida, na pre-gação e nos sinais realizados por Jesus Cristo. Inseriu-se, também, uma reflexão trinitária que des-taca a missão do Filho e do Espí-rito Santo como manifestação do amor do Pai, que quer a salvação de todos.

• Na Eclesiologia, a ação evangeli-zadora é apresentada como con-sequência da fidelidade da Igreja a Jesus Cristo, o que implica tam-bém a sua relação com o Reino de Deus e com o mistério da Santís-sima Trindade. A missão da Igreja é continuação da missão de Cristo. Ela existe no mundo como “íco-ne da Trindade”, para anunciar o Reino de Deus e testemunhá-lo. Acolhe-se, ainda, a ênfase do Papa Francisco em uma Igreja “em sa-ída”, “casa aberta do Pai”, “miseri-

cordiosa”, que continuamente se renova em vista da missão que lhe foi confiada.

No capítulo II (Marcas de nosso tempo), a análise do contexto, no qual a Igreja é chamada a cumprir sua missão evangelizadora, é feita numa perspec-tiva pastoral, à luz do Evangelho, como discernimento dos sinais dos tempos. A mudança de época é mantida como ca-racterística global de “leitura” das carac-terísticas de nosso tempo. Procurou-se acolher a reflexão que o Papa Francisco faz da globalização, especialmente a constatação da “globalização da indi-ferença” e urgente necessidade de “glo-balização da solidariedade”. Na análise do desafio pastoral que as tendências culturais representam (individualismo, fundamentalismo, relativismo e outros reducionismos), se explicita que o crité-rio principal é antropológico. À luz do Evangelho e de sua rica Tradição, a Igre-ja anuncia uma antropologia integral.

Os capítulos III e IV (Urgências na Ação Evangelizadora e Perspectivas de ação), como já dito, foram reestrutura-dos. Entre os temas novos acolhidos, ou aspectos novos de temas presentes nas diretrizes anteriores, se destacam:

• A centralidade do querigma e a missão como paradigma de toda a ação eclesial;

• A inspiração catecumenal da cate-quese e sua relação com a liturgia;

• O desafio pastoral e social repre-sentado pela Amazônia.

As Indicações de operacionaliza-ção (Anexo) receberam uma redação inteiramente nova. Seu objetivo é ofe-recer orientações metodológicas gerais em vista da elaboração dos planos de pastoral. Em oito passos elas procuram abranger todo o processo de planeja-mento, da execução do plano diocesano de pastoral e de sua contínua avaliação.

Concluindo, podemos afirmar que as novas Diretrizes Gerais são uma con-tinuidade dos apelos do Documento de Aparecida e das Urgências da Ação Evan-gelizadora da Igreja no Brasil, que preci-sam continuar lutando pastoralmente por muitas realidades que ainda não conseguimos vencer. Os direcionamen-tos do papa Francisco por uma pastoral mais integral e missionária tocou o co-ração dos bispos do Brasil por uma ação mais planejada no propósito de manter vida e dignidade para todos. Contudo, o grande apelo das Novas Diretrizes é por uma Igreja em estado permanente de Missão, como apontam as cinco Urgên-cias e o Jubileu da Misericórdia.

Por padre Henrique Neveston da SilvaCoordenador Diocesano de Pastoral e

Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, em Cabo Verde (MG)

4 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

No início do mês de agosto a Igreja celebra a memória de São Domingos de Gusmão e a comunidade paroquial de São Domingos, em Poços de Caldas, reúne, anualmente, para festejar seu patrono realizando o tríduo em agra-decimento e louvor a Deus pelo legado por ele deixado.

Ao iniciar este período festivo, na Celebração Eucarística do dia 05, em sua homilia, padre Rodrigo Papi – que já esteve à frente da paróquia e atualmen-te é pároco da Paróquia São Sebastião em São Sebastião do Paraíso – reforçou o valor da família e a centralidade da vida em Jesus Cristo. No segundo dia, 06, a celebração foi presidida por padre Renato Gonçalves, pároco da Paróquia Sagrada Família, de Carmo do Rio Cla-ro, que refletiu sobre a importância do silêncio.

“Quem quiser ser meu discípulo tome sua a cruz e me siga” foi a exorta-

No dia 27 de setembro, será realiza-do no ginásio poliesportivo de Guaxu-pé a 4ª edição do Encontro Diocesano do Movimento TLC (Treinamento de Li-derança Cristã) da Diocese de Guaxupé. O objetivo do evento é promover a tro-ca de experiências entre cerca de 500 jovens que são esperados.

O TLC é um instrumento de evange-lização para jovens, oferecendo a opor-tunidade de uma resposta pronta e ge-nerosa à voz de Cristo. Não é um retiro, mas um modo de formar comunidades de amor e caridade, onde a juventude

ção feita pelo pároco da comunidade, padre José Augusto, no dia 07, encer-rando a festa do padroeiro que culmi-nou com a solene Celebração Eucarísti-ca, no dia 08. Esta última celebração foi presidida pelo bispo diocesano, dom José Lanza Neto, que, com sua presen-ça, fortaleceu a unidade paroquial e o elo diocesano. Ao final da Celebração Eucarística, crianças da Catequese In-fantil, em forma de jogral, narraram bre-vemente, a trajetória de São Domingos que, com sua dedicação aos pobres, à oração e à pregação, foi um marco na história da Igreja.

Este incansável presbítero, para so-correr aos necessitados, se despojava de seus objetos. Segundo relatos, em prantos, clamava a Deus pelos pecado-res. Para propagação da Boa Nova, per-corria longos caminhos a pé.

Com informações de Marisa Moraes de Oliveira

Notícias

Paróquia São Domingos festeja seu padroeiro

Movimento TLC terá Encontro Diocesano

Fiéis participam ativamente do tríduo de São Domingos de Gusmão

Aproximadamente 400 Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística estiveram presentes no encontro do setor Alfenas

Foto: Ana Lúcia Carlini Scassiotti

Foto: Padre Benedito Clímaco Passospossa seguir as propostas feitas pelo Mestre.

Na década de 70, aconteceu na Dio-cese de Guaxupé, o 1° TLC, realizado no atual prédio da Cúria, em Guaxupé. Atualmente, o TLC tem lideranças atu-antes nas paróquias de 12 cidades da diocese. São elas: Areado, Alterosa, Bo-telhos, Cabo Verde, Cavacos, Guaxupé, Juruaia, Muzambinho, Nova Resende, São Pedro da União, São Sebastião do Paraíso, Poços de Caldas e Palmeiral.

Fonte: www.guaxupe.org.br No domingo, 16 de agosto, foi re-alizado em Machado, o encontro dos Ministros Extraordinários da Comu-nhão Eucarística (MECEs) do Setor Alfenas. Os organizadores do evento se esforçaram em proporcionar um aprofundamento para o trabalho e a missão dos MECEs em suas comuni-dades, exercidos sempre com carida-de e simplicidade.

O tema do encontro, “Eu vim para servir”, seguiu a temática da Campa-nha da Fraternidade deste ano, além das orientações do papa Francisco, que exorta os fiéis católicos a serem “uma Igreja em Saída”, com um modo alegre e simples de se colocar a ser-viço da sociedade.

Uma síntese das pregações do evento se concentra no exemplo do papa, os pregadores se inspiraram numa Igreja preocupada com os po-bres, uma Igreja samaritana. Com uma boa participação dos ministros, quase 400 participantes, as diversas funções e organização da celebração eucarística se dividiram entre as pa-róquias.

Entre os palestrantes do encon-tro, estiveram o padre Ronaldo Pas-

MECEs se reúnem em Machado para encontro setorial

sos, reitor do Seminário Santo Antô-nio em Pouso Alegre, que falou sobre a temática central do encontro, e Dione Piza, seminarista da Teologia, comentando a importância do teste-munho do cristão na sociedade. Pa-dre Edimar Mendes Xavier, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo em Paraguaçu, conduziu a Adoração Eucarística.

Responsável pelos MECEs do se-tor e coordenador do encontro, pa-dre Benedito Clímaco Passos, fez a abertura oficial e a oração inicial, acolhendo a todos os participantes. O presidente da Celebração Euca-rística que concluiu o encontro foi o padre Pedro Alcides de Sousa, admi-nistrador paroquial da Paróquia San-to Antônio e Sagrada Família em Ma-chado. Participaram da celebração, padre Edimar Mendes, padre Márcio Alves Pereira, vigário paroquial da Paróquia Sagrada Família e Santo An-tônio de Machado, padre Benedito, também pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus.

Com informações do padre Benedito Clímaco Passos

5Setembro/2015

Em clima festivo, a Paróquia San-ta Rita de Nova Resende celebrou no domingo, 16 de agosto, 200 anos de evangelização. Durante a Celebração Eucarística das 19 horas, fiéis de toda a comunidade paroquial lotaram a igreja matriz e algumas dependências do sa-lão paroquial, onde os que lá estavam puderam acompanhar toda a celebra-ção. Aproximadamente mil pessoas es-tiveram presentes. Padres e religiosas, filhos e filhas de Nova Resende, parti-ciparam das comemorações. Dom José Lanza Neto presidiu essa celebração. Atividades diversas foram realizadas neste período: uma exposição de fotos; a reinauguração de um antigo ginásio da paróquia, o Centro de Pastoral Paro-quial Padre José Luiz Gonzaga do Pra-do; teatros e apresentações musicais e a tradicional Festa de Santa Rita.

Durante a celebração foram lem-brados os nomes de todos os padres e religiosas que trabalharam na comuni-dade durante esse período. Dom José

No dia 2 de agosto, foi realizada na Associação Rainha da Paz, em Petúnia, a Assembleia Diocesana da Renovação Carismática Católica (RCC). Membros do conselho diocesano e dos conse-lhos setoriais do movimento se reuni-ram para um momento de orientações sobre eleições e também para estudar a segunda Carta Pastoral, enviada re-centemente pelo bispo da Diocese de Guaxupé, dom José Lanza Neto, aos seus diocesanos.

O coordenador diocesano de pas-toral, padre Henrique Neveston, esteve presente na assembleia, dando algu-mas orientações. Os carismáticos foram

Poços de Caldas receberá no dia 6 de setembro um grande evento para toda a juventude da cidade e da região. Trata-se do AVIVA JOVEM, promovido pela juventude da Paróquia São Sebas-tião. O evento acontecerá a partir das 9h, no Parque José Afonso Junqueira (atrás do Palace Cassino). O objetivo é avivar a força da juventude católica.

O encontro terá pregações, anima-ções, teatros e muita música! A Celebra-ção Eucarística será às 16 horas. À noite, acontecerão dois shows: Missionário Shalom, criado em 1998 com instru-mentos de evangelização para os tem-pos de hoje; e Ana Gabriela, uma jovem que usa de sua voz para levar a Palavra de Deus a todos os povos.

A entrada no evento será gratuita e haverá praça de alimentação no local.

Paróquia de Nova Resende celebra 200 anos de evangelização

RCC estuda Carta Pastoral de Dom Lanza durante assembleia

Aviva Jovem impulsionará juventude em Poços de Caldas

Cerca de mil fiéis participaram das festividades da paróquia

Membros do conselho diocesano e dos conselhos setoriais da RCC estudaram atentamente a segunda Carta Pastoral do bispo diocesano

Foto: Pascom da Paróquia Santa Rita de Nova Resende

Foto: RCC Diocese de Guaxupé

Lanza, durante a homilia, disse que a festa de 200 anos exige de todos uma atenção maior para com a evangeliza-

ção. Ele ainda lembrou a necessidade de não perder a memória, de sentir-se parte da história de um povo de fé, de

estabelecer relações que mereçam a saudade futura.

Padre José Luiz Gonzaga do Prado, que há 45 anos está na paróquia, foi homenageado pelo bispo. “Padre José Luiz é memória viva, exemplo de coe-rência, ele é um sinal de que não pode-mos deixar perder nos dias de hoje: a lucidez do evangelho e da realidade.”

Ao final da celebração, padre Gilvair Messias, pároco desta paróquia, profe-riu a leitura do Auto de Ereção da Cape-la de Santa Rita, datado de 14 de agos-to de 1815, seguida pela oração e hino à Santa Rita. Após a celebração, a co-munidade dirigiu-se ao salão paroquial, onde foi servido um bolo de aniversário e feita uma exposição de fotos da histó-ria da vida eclesial novaresendense.

Em 2017, no dia 21 de janeiro, a co-munidade celebrará 150 anos de pa-róquia, instituída canonicamente pelo bispado de São Paulo.

Fonte: Pascom da Paróquia Santa Rita de Nova Resende

divididos em grupos para facilitar o es-tudo e a interpretação da carta que se refere ao pedido de unidade e obediên-cia feito pelo bispo aos padres e leigos.

Sobre as eleições que serão realiza-das ainda neste ano na diocese e seto-res, o coordenador diocesano da RCC, Claudio Cardoso, pediu que todos que irão votar se coloquem em oração para que a vontade do Senhor prevaleça. Neste ano, a eleição para a coordena-ção diocesana da RCC será realizada em Guaxupé no dia 14 de novembro. As datas para as eleições nos setores tam-bém já foram definidas.

Fonte: RCC Diocese de Guaxupé

Fonte: www.guaxupe.org.br

6 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Notícias

Por ocasião da memória de São João Maria Vianney, padroeiro dos padres, no dia 4 de agosto todo o clero dio-cesano foi convidado a participar das celebrações pelo do Dia do Padre. Pres-bíteros de todos os setores diocesanos puderam se organizar para rezar juntos e confraternizar nesta data.

Os presbíteros do setor Poços de Caldas participaram de uma celebração na Basílica Nossa Senhora da Saúde, logo pela manhã. Nessa Celebração Eu-carística, presidida pelo padre Francis-co Carlos Pereira, pároco da Basílica, um grande número de fiéis se fez presente.

No mesmo período, padres dos se-tores de Passos, Cássia e São Sebastião

A Pastoral da Criança da Diocese de Guaxupé realizou sua Assembleia Dio-cesana entre os dias 24 e 26 de julho, em Poços de Caldas, na casa de retiros da Paróquia São Sebastião. O evento contou com a participação de coorde-nadores de Ramos e Comunidades de toda a diocese.

Alguns padres participaram do en-contro e puderam partilhar suas con-tribuições com os agentes. Da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Poços de Caldas, padre Hiansen Vieira Franco de-senvolveu com os participantes os de-safios da fé no século XXI, destacando a Exortação Apostólica Evangelii Gau-dium, do papa Francisco. A importância das pastorais sociais foi abordada pelo padre Edilson Silva, da Arquidiocese de

Entre os dias 14 e 16 de agosto, o Se-minário Diocesano São José, em Gua-xupé, promoveu a segunda edição do encontro vocacional. Mais de 40 voca-cionados participaram das atividades, um importante momento de conheci-mento e partilha. O encontro vocacio-nal é voltado para jovens que já fazem o acompanhamento vocacional pela diocese e se encontram no ensino mé-dio ou em etapas superiores de ensino.

Na sexta-feira, após cadastramento e hospedagem, aconteceu a abertu-ra oficial com o jantar. Houve então a dinâmica de apresentação, com brin-cadeiras para aproximar os jovens. Os padres Eder Carlos e José Hamilton se apresentaram e desejaram boas vindas.

Ainda no primeiro dia do evento, foi realizada a procissão vocacional refletindo a vida dos santos: São Ma-ximiliano, São João Bosco, São Pio de Pietrelcina e São Filipe Nery. Alguns se-minaristas apresentaram o testemunho e a resposta vocacional destes santos.

Dia do Padre é celebrado em toda a Diocese de Guaxupé

Pastoral da Criança realiza assembleia e promove reestruturação

Seminário Diocesano promove II encontro vocacional

do Paraíso se concentraram em Itaú de Minas para a celebração, presidida pelo padre Luís Lemos. Os padres do setor Guaxupé se reuniram durante o dia para confraternização e, à noite, ce-lebraram junto com o bispo diocesano na Catedral Diocesana. Esse dia de ora-ções pelos padres demonstra a impor-tância não só para eles, mas também, para toda a comunidade, pois, através do exercício do ministério presbiteral, a Igreja se faz presente nas comunidades, transmitindo os ensinamentos de Cris-to, sempre em comunhão com a Igreja, Povo de Deus, e com o Bispo.

Fonte: Pascom Diocese de Guaxupé Padres do setor Poços celebraram a Eucaristia na Basílica Nossa Senhora da Saúde

Coordenadores de Ramos e Comunidades de toda a diocese participaram da Assembleia Diocesana da Pastoral da Criançasana da Pastoral da Criança

Foto: Pascom da Paróquia São Judas Tadeu de Poços de Caldas

Foto: Arquivo da Pastoral da Criança

Foto: Pascom do Seminário Diocesano São José

Uberaba, valorizando as riquezas conti-das nas Diretrizes Gerais da Ação Evan-gelizadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Aos agentes foi exor-tado que se envolvessem na missão da Igreja com convicção, assumindo as características de uma Igreja da Miseri-córdia.

O encontro possibilitou a reestrutu-ração da pastoral, que passa a ser divi-dida em duas regiões, Norte e Sul, com o objetivo de aprimorar as atividades. A proposta foi aprovada pela coordena-ção de Minas Gerais e pela coordena-ção regional, além de apresentada ao Conselho Diocesano de Pastoral, apro-vada com unanimidade.

Por Pedro Alexandre Neto

O segundo dia começou com ora-ção, seguida da palestra assessorada pelo padre José Hamilton de Castro, reitor do Seminário, com o tema “Vo-cação e Maturidade humana”. A psicó-loga Neusa Figueiredo, trabalhou com os jovens o tema “Auto-conhecimento

43 jovens que fazem o acompanhamento vocacional pela diocese participaram do encontro

e discernimento vocacional”, uma for-mação humano-afetiva para os voca-cionados. O bispo diocesano, dom José Lanza Neto, também esteve presente, acolheu e incentivou os participantes a responderem com mais amor e perse-verança ao chamado de Deus.

No último dia, padre Clayton Bueno Mendonça falou sobre “Vocação, dom de Deus” e destacou “Deus nos ama e nos chama! O chamado é bondade de Deus em nossa existência; é pela sua Graça e pela sua misericórdia que so-mos chamados”.

Fernando Coradini, de Monte Santo de Minas, foi um dos participantes. Ele comentou que foi um grande momen-to de partilha sobre a história vocacio-nal de cada um. “Pudemos aprofundar no bom discernimento deste chama-do, bem como daquilo que o Senhor Deus nos pede, para que permaneça-mos nesta santa perseverança cada dia, correspondendo para a vida da graça”, afirmou.

O encontro contou ainda com mui-tos testemunhos e momentos de espi-ritualidade como Adoração Eucarística e Celebração Eucarística.

Com informações do seminarista Rhilton Roger Candido Marques

7Setembro/2015

A Diocese de Guaxupé, através do Se-tor Famílias e da Pastoral da Comunica-ção, realizou nos meses de julho e agosto as coletivas de imprensa para divulgar a Semana Nacional da Família. O bispo, dom José Lanza Neto, e os padres Sidney da Silva, coordenador do Setor Famílias, e Sandro Henrique, coordenador dioce-sano da Pascom, iniciaram na terça (28/7) em Passos, o itinerário de divulgação e promoção desta importante semana.

Acolhidos pelos padres da cidade Robison Inácio, pároco da Paróquia São Benedito, e Ailton Goulart, pároco do Santuário Nossa Senhora da Penha, os representantes da Diocese falaram com jornalistas de duas emissoras de rádio da cidade e membros paroquiais do Encon-tro de Casais com Cristo, no Centro de Pastoral da Paróquia São Benedito.

Em uma apresentação dinâmica e atenta ao tema “Família: chamada a servir na Igreja e na Sociedade” e com o lema “Eu e minha casa serviremos ao Senhor!”, o bispo fez uma referência à cidade mi-neira de Três Corações, aludindo que a família pertence a três corações: “a família está no coração das pessoas, no coração da Igreja e no coração da Sociedade”.

O coordenador diocesano do Setor Famílias lembrou que seguindo as pala-vras do papa Francisco, “devemos encon-trar caminhos positivos que fortaleçam a família”. Disse, ainda, que segundo o papa, “família é possível e é de Deus”.

Cinco cidades recebem coletivas de imprensa sobre Semana da Família

Setor Famílias e Pastoral da Comunicação promoveram coletivas de imprensa na diocese

Presbíteros e consagrados do setor Passos celebraram dom da vida consagrada

Foto: Arquivo Diocese

Foto: Irmã Edna Maria Alves

No dia 29 de julho, a coletiva de im-prensa sobre a Semana da Família foi realizada em Poços de Caldas. O bispo diocesano apresentou o tema e o lema desse ano. A coletiva aconteceu no salão da Paróquia Sagrado Coração de Jesus.

Foi um momento de partilha e infor-mação junto à imprensa e fiéis da cidade. Além de jornalistas de diversos meios como televisão, rádio e jornal, represen-tantes de diversas pastorais marcaram presença. Autoridades municipais como o prefeito Eloísio Lourenço, o vice Nizar Elkatib e alguns vereadores também acompanharam a visita do bispo.

Em sua fala, dom Lanza explicou sobre o subsídio a ser utilizado nos encontros

da Semana da Família, entre os dias 09 e 15 de agosto, em comunhão com toda Igreja do Brasil. Todas as 86 paróquias da Diocese de Guaxupé são chamadas a promover atividades para reflexão do tema: ‘Família: chamada a servir na Igre-ja e na sociedade’ e do lema: ‘Eu e minha casa serviremos o Senhor’ (Js 24,15).

O bispo também destacou a impor-tância do sacramento do matrimônio. “Hoje em dia, muitas pessoas estão se ca-sando já pensando que se não der certo separa. Precisamos ensinar nossas crian-ças e os nossos jovens sobre o significado do sacramento do matrimônio, de se for-mar uma família. Eles não entendem essa importância porque não foram ensina-

dos. Creio muito que as crianças de hoje são, de fato, o verdadeiro futuro da nossa Igreja. Elas estão atentas a tudo”, afirmou

Na quinta (30), a coletiva foi no au-ditório do salão paroquial “Padre José Grimminck” da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Alfenas. A entrevista con-tou com presença do bispo diocesano e dos padres Sandro Henrique, Sidney Sil-va Carvalho e Reinaldo Marques Rezen-de, pároco da mencionada paróquia. A entrevista contou com a participação de diversos meios de comunicação da cida-de. Dom José Lanza deu início à coletiva, falando sobre a importância da família como coração da Igreja e ressaltou a ne-cessidade de se valorizar a família como um todo a exemplo da Sagrada Família.

Padre Sidney comentou o Sínodo dos Bispos para a Família e os desafios pasto-rais da Igreja na atualidade. Para o pároco, padre Reinaldo, a família é a célula-mãe da sociedade e berço das vocações, por isso deve-se amar e defender a família. Na conclusão, o casal, formado por Régis e Iza, deu um testemunho de vida ma-trimonial, fortalecida pela existência dos filhos, como grande motivo de alegrias e bênçãos em sua vida.

As coletivas foram realizadas ainda no dia 31 de agosto em São Sebastião do Paraíso e no Centro Universitário da Fun-dação Educacional Guaxupé (Unifeg), em Guaxupé, no dia 6 de agosto.

O Ministério de Música e Artes da Renovação Carismática Católica (RCC) do setor Passos realizará no mês de setembro cinco apresentações de um musical sobre a vida de São Pio de Pie-trelcina. O evento acontecerá no Teatro Rotary, na cidade de Passos.

A primeira apresentação será reali-zada no dia 25, às 21h. No sábado, 26, terá duas apresentações: às 18h e às 21h. No domingo, 27, o musical será exibido também às 18h e às 21h. Cada apresentação terá, em média, uma hora e trinta minutos de duração.

O musical é inspirado na apresen-

No dia 14 de agosto, no Carmelo São José, na cidade de Passos, os pres-bíteros e consagrados do setor Passos se reuniram para celebrar a Eucaristia, agradecendo ao Senhor pelo dom da vida consagrada.

Após a Celebração Eucarística hou-ve um momento de confraternização com um almoço. “Em nome dos religio-

Passos terá apresentaçõesde musical sobre São Pio

Sacerdotes e religiosos do Setor Passos celebram a comunhão

tação de mesmo nome da Toca de As-sis, transmitido pela TV Canção Nova. O objetivo é proporcionar lazer para a comunidade, através da arte católica, mostrando a vida de um dos grandes nomes da história recente da Igreja.

Os ingressos custam R$15,00 e serão vendidos nos Grupos de Oração de Pas-sos, Alpinópolis, São José da Barra, São João Batista do Glória, Itaú de Minas e Fortaleza de Minas. A renda será rever-tida para aquisição da aparelhagem de som utilizada nos eventos da RCC do Setor Passos.

Fonte: RCC Guaxupé

sos do setor Passos, nossos agradeci-mentos a Pastoral Presbiteral do setor, pelo gesto tão significativo de carinho por nós religiosos e religiosas. Que o Senhor sempre nos confirme no amor, na fidelidade e na unidade”, agradeceu irmã Edna, religiosa da Congregação Fi-lhas do Divino Zelo.

Com informações da irmã Edna Maria Alves

8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

REPORTAGEM

Evangelizar pelas ondas da Rádio Neste mês de setembro, no dia 25,

comemora-se o dia Mundial do Rádio. O Jornal Comunhão (JC) entrevistou padre Sandro Henrique, diretor da Rádio da Família, Pároco do Santuá-

rio de Santa Rita, em Cássia (MG), e coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação, que fala sobre este importante meio de evangelização. A Diocese de Guaxupé conta com as Rá-

dios da Família 820 AM, Difusora 1510 AM e Progresso 1530 AM. Estas emis-soras são importantes veículos de comunicação social e passam por di-ficuldades financeiras, como foi abor-

dado no artigo ao lado. Leia, a seguir, a entrevista com Padre Sandro, que fala um pouco mais sobre rádio e sua preocupação quanto à manutenção dos canais oficiais de nossa diocese.

JC: Padre Sandro, como foi a participa-ção no 9º Mutirão Brasileiro de Comu-nicação?Padre Sandro: Eu posso dizer que foi uma experiência enriquecedora. O 9º Mutirão, que aconteceu em Vitória (ES), foi o segundo que participei. O primei-ro aconteceu na cidade de Natal (RN). Neste encontro, feito por muitas mãos, reúnem-se pessoas do Brasil inteiro e que atuam nas várias áreas da Comu-nicação: radialistas, jornalistas, bispos, padres e agentes da Pastoral da Comu-nicação de várias paróquias e comu-nidades. É maravilhoso o contato com profissionais diversos e agentes da Pas-com.

JC: E sua relação com a rádio, de onde vem?Padre Sandro: Minha história com a rá-dio é interessante. Na Semana Santa de 1997, Padre Ronaldo Rocha e o prefei-to Denílson, em Conceição Aparecida, implantaram uma rádio comunitária. Era sábado, véspera do Domingo de Ramos. Todos felizes em montar o equi-pamento e colocar em funcionamento a Rádio Espaço FM, que funcionaria nas dependências da sacristia da igreja ma-triz. Quando tudo estava pronto, fun-cionando, veio um problema: quem se-ria o locutor. Pensaram em quase tudo, mas se esqueceram de arrumar os locu-tores. Como eu estava lá para a Semana Santa, me colocaram para fazer locução em vários horários. Sem conhecimento da área, assumi o desafio. E vi que foi muito bom. Depois, falava através do rádio em celebrações e eventos religio-sos da paróquia. Mas, foi em 2003 que assumi um trabalho mais específico. Alessandro Calixto me chamou para fa-zer um programa na Rádio da Família. Por um ano, todos os domingos, das 18h às 20h, eu falava com as famílias. Depois houve um distanciamento, vol-tando em 2011 a apresentar, em um dia da semana, o Lira Evangélica, programa diário que é feito cada dia por um pa-dre. Entre idas e vindas, sempre estive ligado ao rádio. Agradeço imensamen-te a Alessandro Calixto por acreditar em mim e nunca desistir de me ver na rádio. Ainda hoje é um grande parceiro. JC: A rádio ainda é um bom veiculo para a difusão de informação. Quais as vantagens do uso da rádio?Padre Sandro: Para mim, a rádio é um dos melhores veículos de comunica-ção. Tanto que estamos planejando um plano diocesano de comunicação que

socorra as emissoras de nossa diocese. Numa época de convergência, em que um sistema de comunicação utiliza de várias plataformas de interação e co-municação com as pessoas e de modo massificante, a rádio é personalista sem deixar de incentivar a unidade das pes-soas. A rádio tem o poder de falar com a pessoa e levá-la a desenvolver sua imaginação e, desta, a fundamentar sua realidade. Confesso que amo essa possibilidade de comunicação. Vejo, a cada semana, que devemos ter uma preocupação maior. Tendo em vista essa realidade, concluí, em 2014, uma Pós-Graduação em Cultura e Meios de Comunicação, junto às irmãs Paulinas e à PUC/SP. No período da Pós, fiz labo-ratório de rádio e vi a grandeza e a im-portância deste veículo. Sempre vamos descobrindo algo novo de um sistema de comunicação que já teve sua mor-te decretada. Venha o que vier, a rádio sempre será um ótimo meio de comu-nicação, pois envolve o ouvinte e o tra-ta como pessoa. JC: E como é ser comunicador católi-co? E qual o papel do sacerdote na co-municação?Padre Sandro: Deus é comunicador em sua essência. A criação humana foi ali-cerçada pela capacidade de transmitir ao outro, vida, sonhos, projetos. O co-municador católico tem a missão de transmitir, com meios e com a própria

vida, o projeto do Reinado de Deus. Nesta época de grande desenvolvimen-to na comunicação, num ambiente em que se privilegia a pessoa, o sacerdote deve privilegiar a comunhão entre as pessoas, sendo ele um elo, uma ponte.

JC: Com as novas mídias e plataformas digitais, o processo de comunicação precisa ser repensado?Padre Sandro: Aprendi no Muticom que o problema da ética, ou a crise éti-ca que vivemos hoje na sociedade, não tem sua origem, ou mesmo seu agra-vamento, nos meios, mas, sim, no ser humano. Padre Gildásio Mendes, um padre salesiano que pesquisa sobre as novas mídias e suas influências na vida humana, diz que uma pessoa que pra-tica o mal nas redes sociais é má por sua própria condição. Os meios podem prejudicar, mas não estão na origem do problema. E vi que o diálogo continua sendo a ferramenta mais adequada para encontrar caminhos que ajudem numa comunicação que promova, de-fenda e salve a VIDA.

JC: A relação Igreja-Comunicação sofre modificações. Anunciar a Boa Nova, Jesus Cristo, em um mundo mais midiático ficou mais fácil?Padre Sandro: Acredito que corro o risco de ser mal interpretado. Anunciar Jesus Cristo não é fácil. Requer, além de conteúdo, vivência e testemunho. Exi-

ge que cada anunciador da Boa Nova saiba dialogar com as diferentes cultu-ras e perceber nelas o que há do proje-to de Jesus. Com as novas mídias não é diferente. O desafio que nos é imposto é que o contexto, o pano de fundo em que a realidade midiática se fundamen-ta, é plural e extremamente provisório. Cabe aos evangelizadores da nova hora perceber por onde e como adentrar nos “novos areópagos”, como nos lem-bra São João Paulo II.

JC: Quais são os desafios enfrentados na coordenação diocesana da Pasto-ral da Comunicação?Padre Sandro: Estou muito feliz em es-tar vivendo esse momento como mem-bro da Pastoral da Comunicação. Iniciei como coordenador em janeiro deste ano, assumindo das mãos do padre Rodrigo Papi, que assumiu do padre Gilvair, que foi e continuará a ser um verdadeiro bandeirante. Ele iniciou os trabalhos há 6 anos. Eu quero continu-ar seu trabalho, fortalecendo a comuni-cação na Diocese. Precisamos ajudar as pessoas a assumirem uma identidade diocesana. Por participarmos de uma diocese extensa e populosa, a tendên-cia é que as pessoas fortaleçam sua identidade paroquial, que não está er-rada. Mas pertencemos a uma Diocese, próxima de celebrar 100 anos de histó-ria, e as pessoas precisam saber e sen-tir que fazem parte desta história, que hoje, nós, quase 1milhão de católicos espalhados pelo sul/sudoeste de Minas Gerais, somos os protagonistas desta história.

Por Alessandro Calixto

“Minha história com a rádio é interessante. Na Semana

Santa de 1997, Padre Ronaldo Rocha e o prefeito

Denílson, em Conceição Aparecida, implantaram uma

rádio comunitária.”

“( . . . )a rádio é um dos melhores veículos de comunicação.”

9Setembro/2015

O Diretório de Comunicação (DC) da Igreja no Brasil tem início com a seguinte frase: “A Igreja existe para evangelizar. Em meio às alegrias e esperanças, tristezas e angústias do ser humano de cada tempo, notadamente dos que sofrem, ela anun-cia, por palavras e ações, Jesus Cristo, Ca-minho, Verdade e Vida. Ele enche nossos corações e nos impele a envangelizar” (DC n. 1). O papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (EG) n. 264 afirma que “a primeira motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus, aquela experiência de sermos sal-vos por Ele, que nos impele a amá-Lo cada vez mais. Um amor que não sentisse a ne-cessidade de falar da pessoa amada, de apresentá-la, de torná-la conhecida, que amor seria? Se não sentimos o desejo in-tenso de comunicar Jesus, precisamos nos deter em oração para lhe pedir que volte a cativar-nos. Precisamos implorar a cada dia, pedir sua graça para que abra o nosso coração frio e sacuda nossa vida tíbia e su-perficial” (EG 264).

Com essa introdução que retrata a missão da Igreja e o que move o crente a evangelizar, apresentamos o papel do Rádio na propagação da Boa Nova que é Jesus Cristo. Segundo o manual do labora-tório de Rádio do SEPAC/Paulinas, “o rádio nasceu num momento profícuo para o surgimento e desenvolvimento dos meios tecnológicos.” O manual ainda afirma: “o rádio inaugura uma nova era, passando a contribuir com os ideais de universaliza-ção e identidade de vários povos e nações” (SEPAC 2012, p. 9). Mais para frente o ma-terial das Paulinas apresenta o rádio como a tecnologia que contribui para o desper-tar da imaginação do ouvinte. “Por se tra-tar de um meio “Cego”, a sua linguagem estimula a imaginação, envolve o ouvinte convidando-o a participar da mensagem através de um diálogo mental”(Sepac 2012, p. 24).

Você que está lendo este artigo pode ter a tentação de perguntar o que tem haver uma coisa com a outra. Podemos dizer que tem tudo haver. Rádio e evan-gelização são parceiros, um ajuda o outro a chegar na imaginação e no coração das pessoas a mensagem de libertação. Jesus

A Rádio na Evangelização

deixou um mandato para seu discípulos: “Ide por toda a Terra e fazei discípulos meus todos os povos...” (Mt 28,19). Nesta expressão que resume o primeiro parágra-fo do nosso texto, está subjacente a ideia de comunicação. Comunicar, convencer e incluir os ouvintes desta animadora men-sagem que é o Evangelho ao projeto de Jesus.

Ao longo dos anos, os discípulos de Jesus utilizaram das variadas formas de comunicação para facilitar a propagação e compreensão da Boa Nova. Na segunda metade do século XIX, o padreLandell de Moura,no Brasil, sem ter reconhecimento oficial, realiza as primeiras transmissões com o telefone sem fio, iniciando o que chegaria a ser uma comunicação interpla-netária como se dá com o Rádio nas ondas tropicais. O rádio usa de uma linguagem pessoal. Ele não fala para uma massa de milhares de ouvintes, e sim para um único ouvinte. Portanto, dirije-se a ele de forma direta, no singular. Em vez de explorar a emoção alienada, oferece valores de vida que emocionam.

Na Era de ouro do Rádio, muitas dioce-ses e paróquias perceberam a importância radiofônica para a evangelização e forma-ção humana do povo, principalmente dos mais simples, e não mediram esforços para obterem concessões para suas Igrejas. No Nordeste, muitas Rádios foram canais de formação para muitas pessoas. Em Mosso-ró, Rio Grande do Norte, a Fundação San-ta Luzia de Mossoró é a mantenedora da Rádio Rural de Mossoró. Segundo o site da Diocese desta cidade, há 49 anos come-çava o trabalho de evangelização através do Rádio. “Tudo começou nos primeiros anos da década de 60, quando os Bispos do Nordeste do Brasil decidiram assumir um Programa de Educação de Base para o meio Rural, através do Rádio, programa esse que seria executado pelo Movimen-to de Educação de Base, por meio das Escolas Radiofônicas.A nossa Diocese de Guaxupé não ficou para trás. Nesse perío-do de efervescência doRádio, anos 30, 40 e 50, conseguimos concessões de Rádio em Machado, Carmo do Rio Claro, Mon-te Santo de Minas, Poços de Caldas e São Sebastião do Paraíso. Havia, por parte dos

padres radialistas, cônego Walter, monse-nhor Mário Pio, monsenhor Trajano Barro-co, padre Romeu José de Miranda, monse-nhor Mancini e monsenhor Hilário Pardini, entre outros, uma preocupação de fazer chegar na casa de todos a formação, in-formação e evangelização. Havia uma mobilização por parte de todos para que a comunicação radiofônica ajudasse na formação humana e religiosa das pessoas, principalmente do povo da roça que não tinha acesso a tantas informações.

O tempo passou, chegou a televisão. Com a sua presença, o receptor não mais só ouvia, mas também via aquele que emitia a mensagem. Muitos especialistas da área de comunicação disseram que havia chegado o fim para o Rádio. Aquele tempo áureo, de vida financeira estabi-lizada começa a dar espaço para a crise. As concessões era na sua maioria em On-das Médias, as tradicionais AM e surge as concessões de Frequência Modulada, as famosas FM. Qualidade em som e capaci-dade atingir não só o povo do interior, mas a todas as camadas da sociedade. A irmã mais nova toma espaço e, junto com a TV, afasta as rádios AM para um terceiro pos-to. Hoje as rádios de concessões em ondas medias sobrevivem a custa de muitos es-forços.

Na Diocese de Guaxupé nós temos três emissoras de rádio com concessões AM. Rádio Difusora de Carmo do Rio Cla-ro, Rádio Progresso de Monte Santo de Minas e Rádio da Família de São Sebastião do Paraíso. Todas estas três emissoras são frutos de trabalho de padres que acredi-tavam na comunicação através do rádio para levar às pessoas formação, informa-ção e fé. Há também rádios comunitárias e educativas, com frequência modulada, em que suas associações trabalham em favor da evangelização, como é o caso da Rádio Montana FM de Monte Belo, a Rádio Vida Nova de Itaú de Minas e Nossa Missão de Passos, entre outras. Sem citar as inúmeras web rádios presentes nas pa-

róquias e demais emissoras seculares que em muitas atividades da Diocese se unem para a transmissão. No entanto, o que nos causa maiores preocupações é que as três emissoras AM passam por graves crises financeiras, não conseguindo levar adiante a manutenção dos trabalhos. Por incrível que pareça, esses três canais de co-municação, que temos a certeza, está no coração do povo de Carmo do Rio Claro, Monte Santo e Paraíso, estão precisando de ajuda.

Em que você, leitor(a) – bispos, padres, religiosos, seminaristas e fiéis leigos – des-te artigo pode ajudar?

Em primeiro lugar, acreditar que a emissora de sua cidade ou próxima da sua cidade é um bem importantíssimo para a evangelização.

Segundo, você pode ser parceiro(a) destas emissoras atuando como divulga-dores de seus trabalhos.

E em terceiro, sendo você um peque-no ou grande empresário na cidade onde atua uma dessas emissoras, serem ami-gos/anunciantes.

Não vamos que esquecer que somos Igreja e como parte desta família, somos chamados a evangelizar. O papa nos lem-bra no início deste artigo que devemos anunciar com amor. É com amor ao que fazemos e sabendo do imenso bem que o rádio faz para as pessoas, que assumimos o propósito de realizarmos trabalhos de gestão e reorganização de cada emissora. Mas também a missão de anunciar e pro-mover o conhecimento delas e assim en-contrarmos parceiros (ouvintes, anuncian-tes) que ajudem a manter nossos veículos de pé e anunciando o evangelho como sempre fizeram.

Por padre Sandro Henrique Almeida Santos pároco do Santuário de Santa Rita, em Cássia.

É sacerdote, radialista, entusiasta dos meios de comunicação. Atualmente é coordenador

diocesano da pastoral da comunicação e diretor geral da Rádio da Família 820 AM

Fotos: Junior Bianchini

Dom Lanza visita os estúdios da Rádio da Família e fala sobre sua segunda carta pastoral

Estúdio da Rádio da Família em São Sebastião do Paraíso

10 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Liturgia

Homilia: “Conversa familiar”

Eu vim para escutarTua palavra, tua palavra,

tua palavra de amoreu gosto de escutar

Tua palavra, tua palavra, tua palavra de amor

eu quero entender melhorTua palavra, tua palavra,

tua palavra de amoro mundo ainda vai viver

Tua palavra, tua palavra, tua palavra de amor

Pe. Zezinho

A palavra homilia origina-se do termo grego ὁμιλία (omi-lia) que, por sua vez, pode ser entendido como “conversa fa-miliar”. Sendo assim, a homilia, precisamente no âmbito reli-gioso, é o constante exercício de manifestar, “familiarmente”, a mensagem da Palavra de Deus contida nos textos das Sagradas Escrituras.

Sabemos que a íntima re-lação entre a Mesa da Palavra e a Mesa da Eucaristia foi o elemento fundante da liturgia cristã-católica, que resultou na eficácia da ação homilética de estar sempre a serviço dessas duas realidades, culminando no importante papel de uma contínua ponte entre o Pão da Palavra e o Pão Eucaristizado, realidade única da entrega do Cristo pela vida da humanidade, atualizada liturgicamente pela comunidade celebrativa.

Apoiando-nos na letra da música de Padre Zezinho, que não so-mente ilustra este artigo, mas nos im-pulsiona a uma realidade maior, pode-ríamos analisar os quatro passos que a Palavra de Deus deseja fazer na vida da comunidade.

Eu vim para escutarA primeira postura dos membros de

uma assembleia litúrgica é a abertura à escuta da Palavra anunciada. A par-tir dessa afirmação, lembramos que a palavra obediência, muitas vezes mal interpretada, traz consigo um profun-do significado. Tal termo nasce de uma expressão latina ab audire (escutar), apontando-nos o belo significado de “dar ouvidos”, “escutar bem”. Sem dúvi-da alguma, o maior exemplo de obedi-ência, na Bíblia, é Jesus Cristo. Dentre vários textos bíblicos, vejamos a Carta de São Paulo aos Filipenses 2,8: “e, acha-do na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”. Portanto, pe-rante a Palavra proclamada, nossa pri-meira atitude deverá ser a de escuta ao que Deus quer falar através das Sagra-das Escrituras.

Eu gosto de escutarPrecisamos desenvolver, em nossas

comunidades, o gosto pela escuta da Palavra de Deus, revelada na pessoa de Jesus Cristo. Para isso, o zelo pela equi-pe de proclamadores deverá ser uma prioridade em nossas liturgias. Outro elemento vital é a motivação ao silêncio que, por sua vez, não poderá ser enten-dido como ausência de sons ou ruídos, mas como uma atitude contemplativa perante o anúncio do texto bíblico.

Eu quero entender melhorAqui se encontra a árdua tarefa de

oportunizar à assembleia o entendi-mento da Palavra de Deus. Daí a impor-tância de a homilia ser aquilo que ela sempre se propôs a ser: “conversa fami-liar”. Para que isso ocorra, o pregador tem a missão de aguçar a inteligência de seus ouvintes. Inteligência, não en-tendida como mero acúmulo de conte-údos estudados, mas como aquilo que o termo se propõe a ser: inter (entre) le-gere (escolher, ler). Sendo assim, inteli-gente é aquele que foi despertado para “ler, escolher” o que está por dentro de uma realidade muito maior do que

ele imagina. Nesse sentido, nos ensina o frei carmelita Carlos Mesters, em seu livro: “Por trás das palavras”. Precisamos aprender a fugir do fundamentalismo bíblico, pois ele nos distancia, cada vez mais, do fundamental: a mensagem de salvação presente na poesia bíblica.

A homilia deverá sempre estar a ser-viço da Palavra proclamada, tendo a ta-refa de trazer, para o hoje, a mensagem concentrada nas Sagradas Escrituras. Para que isso aconteça, o primeiro ouvi-do a estar aberto deverá ser o daquele que fará a homilia. Porém, muitas ve-zes, percebemos discursos e falas total-mente desconectados daquilo que foi anunciado na Mesa da Palavra. Muitas homilias são meros discursos que falam aquilo que a Palavra de Deus nunca quis dizer. O essencial da homilia está em instruir, edificar e santificar o povo nos mistérios de sua fé. Pois, assim nos ensina a Constituição Sacrosanctum Concilium: a homilia não é um ato iso-lado, ou algo que separe a Liturgia da Palavra da Liturgia Eucarística, mas, ao contrário, deverá haver uma íntima co-municação entre ambas (cf. n.35). Nes-ta perspectiva, papa Francisco, em sua

Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (A alegria do Evange-lho), demonstra sua preocupa-ção com o Ministério da Palavra, principalmente em relação aos ministros ordenados: “A homilia é o ponto de comparação para avaliar a proximidade e a capaci-dade de encontro de um Pastor com seu povo. De fato, sabemos que os fiéis lhe dão muita im-portância e, muitas vezes, tanto eles como os próprios ministros ordenados sofrem: uns a ouvir e os outros a pregar. É triste que assim seja” (n.135).

O mundo ainda vai viverApós os três passos em re-

lação à Palavra de Deus, es-peramos chegar à prática da mensagem evangélica, que foi escutada e, através da homilia, procurou ser entendida. Não podemos compreender esses quatro passos (escutar, gostar, entender e praticar) de maneira isolada, pois, cada um, mesmo tendo sua função específica, possui uma constante relação entre os demais, uma vez que eles estão voltados a uma mes-ma fonte: a Palavra.

Por meio daquele que profe-re, a homilia deverá manifestar a voz do Pai, encarnada no Fi-lho pela ação do Espírito Santo que, por excelência, exercerá o importante papel de evidenciar a fecundidade da Semente da

Palavra: produzir constantes frutos. A intimidade com as Sagradas Escrituras, bem como com a assembleia, será o canal necessário na busca do cerne da homilia: conversa familiar entre o Cria-dor e suas criaturas, que quer fazer do pregador um instrumento vivo e eficaz na ação evangelizadora da Igreja. Para que isso aconteça, o assunto primor-dial da “prosa familiar” não deverá ser outra coisa a não ser a Palavra de Deus, que não deseja ser somente ouvida e entendida, mas praticada por seus ou-vintes. Para que isso ocorra, cabe ao ouvinte não somente ouvir e entender, mas vivenciar a mensagem escutada e entendida. Porém, sem um processo constante de metanóia (termo grego que significa: meta “mudança” + nóia cabeça, mentalidade), a Palavra corre-rá o risco de ser um mero discurso sem vida. O Criador deseja, através do texto sagrado, gerar uma conversão de vida em seus ouvintes para sermos, cada vez mais, imagem e semelhança Dele.

Por padre Robervam Martins de OliveiraPároco da Paróquia Nossa Senhora Apa-

recida, em Serrania (MG)

11Setembro/2015

Bíblia

O EVANGELHO ANTES DOS EVANGELHOS

O autor do terceiro Evangelho, Lucas, começa contando como es-creveu o Evangelho. Diz que muitos já haviam tentado escrever aquilo que Jesus fez e falou, baseados no que diziam os que foram “testemu-nhas oculares”, os discípulos de Je-sus, e que se tornaram “ministros da Palavra”, isto é, pregadores que di-vulgavam a fé em Jesus.

Segundo a hipótese aceita comu-mente, a fase da simples tradição oral, a transmissão de boca em boca, durou cerca de vinte anos. Quando os ex-companheiros de Jesus come-çaram a morrer é que outros tiveram o pensamento de escrever o que eles contavam.

O evangelista só se baseou nes-ses escritos para fazer uma história completa, os Evangelhos que en-contramos na Bíblia. A pergunta é: nós podemos saber como era essa pregação antes de os Evangelhos serem escritos?

O EvangelhoO Apóstolo Paulo foi persegui-

dor dos cristãos, queria acabar com aquela loucura de dizer que Jesus, um crucificado, era o Cristo ou Mes-sias, a salvação que Deus mandou para a humanidade. Para ele, fariseu observante, um crucificado é um

amaldiçoado por Deus (Dt 21,22-23). Seria um insulto à Bíblia e ao próprio Deus dizer que um maldito é a bênção de Deus.

Mas um dia caiu a ficha, ele viu Jesus ressuscitado e entendeu que Deus aprovou aquela morte. O cru-cificado como o pior dos homens é a salvação de Deus para a humani-dade toda, não só para os judeus, que esperavam a vinda do Cristo ou Messias. Paulo estava longe de Jeru-salém onde moravam os Apóstolos, mas não foi lá perguntar nada nem pedir licença a ninguém, começou imediatamente a pregar aos não ju-deus.

Evangelho, que quer dizer ‘boa notícia’, era uma palavra usada pelo Império Romano para falar da che-gada do poder de Roma como se fos-se a salvação. Paulo usa essa palavra para falar da pregação sobre Jesus. Isso, mais de vinte anos antes de se escreverem os atuais Evangelhos. Nos primeiros versículos do capítulo 15 da Primeira Carta aos Coríntios, ele diz qual é o seu Evangelho, di-ferente do evangelho do Império. A Boa Notícia é que Jesus foi crucifi-cado, mas Deus o ressuscitou, apro-vando sua morte em conformidade com as Escrituras judaicas.

As primeiras pregaçõesO livro dos Atos dos Apóstolos,

apesar de ter sido escrito mais de cinquenta anos depois dos aconte-cimentos, resume bem como foi a pregação primitiva, que serviu de base para os primeiros escritos e depois para os evangelhos atuais. É aquilo que Paulo dizia: Deus ressus-citou Jesus, aprovando, assim, sua morte.

A primeira pregação de Pedro (At 2,22-36) já diz que os milagres eram sinais de que Deus estava com Je-sus, mas que eles (os judeus) o cru-cificaram, mas Deus o ressuscitou e fez dele o Messias e Salvador, e que tudo isso está de acordo com suas antigas Escrituras. Os Apóstolos são testemunhas da Ressurreição.

Pouco adiante (At 3,12-26), outro discurso colocado na boca de Pedro diz praticamente a mesma coisa, apenas insistindo um pouco mais em como a morte de cruz estava de acordo com as Escrituras dos Pro-fetas antigos. Encontramos basica-mente a mesma coisa em At 4,8-12 em At 5,29-33 e em At 10,34-43.

Detalhes que Paulo adiantaO Apóstolo escreveu bem antes

dos Evangelistas. Deve ter termi-nado de ditar sua última carta (Ro-

manos) no início do ano 58. O Evan-gelho mais antigo (Marcos) é de 67 ou 68. Mas Paulo diz algumas coisas que depois encontramos nos Evan-gelhos.

Na Carta aos Gálatas ele conta que, três anos depois da conversão, foi a Jerusalém estar com Pedro e que ficou com ele por quinze dias. Que será que eles conversaram?

Na Primeira Carta aos Coríntios, no capítulo 7, versículo 10, ele diz que o Senhor (Jesus), não ele, Paulo, manda que marido e mulher não se separem. Como ele ficou sabendo disso se os Evangelhos ainda não estavam escritos?

No capítulo 9 da mesma Carta aos Coríntios, no versículo 14, ele diz que o Senhor estabeleceu que os que pregam o Evangelho devem viver do Evangelho. Quem terá dito isso a ele se os Evangelhos ainda não haviam sido escritos?

Assim, o Evangelho primeiro foi vivido, depois foi falado, depois foi sendo escrito aos poucos, até cada evangelista organizar um escrito completo, de acordo com a realida-de de sua comunidade.Por padre José Luiz Gonzaga do Prado,

biblista, escritor e professor na Faculdade Católica de Pouso Alegre.

Reside em Nova Resende

12 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Comunicações

Agenda Pastoral de Setembro

Comemorações de Setembro

2 Diocese: Reunião dos Juízes Auditores da Câmara Eclesiástica em Guaxupé3 Diocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em Guaxupé4-6 Visita Pastoral na Paróquia Divino Espírito Santo em Delfinópolis9 Setor Passos: Reunião dos Presbíteros em Itaú de Minas10 Setor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros em Bom Jesus da Penha13 Diocese: Encontrão Diocesano do TLC em Guaxupé Celebração do 15º Aniversário do Santuário - Mãe Rainha14 Setores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros na Paróquia Nossa Senhora do Carmo em Paraguaçu Data de falecimento do 8º Bispo Diocesano – Dom José Mauro Pereira Bastos, CP (2006)15 Festa de Nossa Senhora das Dores, Padroeira da Diocese16 Setor Poços: Reunião dos Presbíteros em Bandeira do Sul17 Diocese: Encontro Diocesano de Secretários (as) em Guaxupé Setores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros em Cássia

Natalício01 - Padre Donizete de Brito05 - Padre José Ronaldo Rocha 06 - Monsenhor Hilário Pardini

15 - Padre Carlos Miranda Ordenação11 Padre Claiton Ramos13 Padre Glauco Siqueira dos Santos15 Padre Benedito Donizetti Vieira

19 Dom José Lanza Neto (episcopal)28 Padre Pedro Alcides de Souza

18-20 Visita Pastoral na Paróquia Nossa Senhora de Sion em São Sebastião do Paraíso19 Setores Guaxupé, Passos e Paraíso: Reunião de Coordenadores Paroquiais de Catequese Setores Missionários: Reunião com os formadores das SMP Aniversário de Ordenação Episcopal de Dom José Lanza (2004)19-20 Encontro de formação para núcleos de Grupo de Oração - RCC20 Setores Poços, Alfenas, Areado e Cássia: Reunião de Coordenadores Paroquiais de Catequese26 Diocese: Reunião da Coordenação Diocesana da Formação de Leigos em Guaxupé Reunião com os Agentes do SAV em Guaxupé Reunião do Setor Famílias em Guaxupé Reunião do Conselho Diocesano do ECC em Ibiraci27 Diocese: 6º Encontro Diocesano dos Grupos de Reflexão em Guaxupé Assembleia Diocesana do Cursilho em Guaxupé

Cúria

BENS CULTURAIS DA IGREJA

A comissão de Bens Culturais da Igreja, Regional Leste II da Confe-rência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), presidida por dom Gil Antô-nio Moreira, arcebispo metropolitano de Juiz de Fora (MG), nos presenteou com o seu “Vade-Mécum”, expressão de origem latina que significa “vai comigo”. É um livro de bolso que as pessoas costumam carregar.

Este livro intitulado “Bens Cultu-rais da Igreja – Conservação – Preser-vação – Orientações” tem como autor o Prof. Dr. Ivo Porto de Menezes (que tive a sorte de ser seu aluno), talvez seja o primeiro arquiteto a se preo-cupar com documentos do Concílio Vaticano II no Brasil, com várias pu-blicações na área de arte e arquite-tura sacra, bem como na preservação dos bens culturais da Igreja.

Iniciamos neste número do Jornal Comunhão, uma série de publica-ções de pequenos trechos extraídos do Vade-Mécum, com intenção de auxiliar párocos e profissionais das paróquias, para que possam iniciar o processo de inventariação – preser-vação, do patrimônio cultural e artís-tico da Diocese de Guaxupé.

ABRANGÊNCIAOs bens culturais da Igreja abran-

gem não somente a arquitetura dos imóveis (catedrais, matrizes, igrejas, capelas, conventos, mosteiros, pas-sos, oratórios), mas todas as edifica-ções dedicadas ao culto – BENS IMÓ-VEIS.

Igualmente, as manifestações da arte sacra, constituída pelas escultu-ras (imagens em especial), pinturas, mobiliário e artes decorativas, altares e seus retábulos, alfaias, vasos sa-grados, púlpitos ou ambões, órgãos, concebidas para o uso no culto – BENS MÓVEIS.

Os ritos, especialmente criados para o culto, pertencem, sem dúvida, aos seus bens culturais, assim como às diversas manifestações de religio-sidade do povo fiel, como as procis-sões, liturgia, congados etc, partidos da manifestação de fé – BENS IMATE-RIAIS.

Cumpre ainda lembrar aqueles bens produzidos no seio da fé, escri-tos em função da fé e da piedade ou do culto, abrangendo os manuscritos e livros – ARQUIVO DOCUMENTAL – BIBLIOTECAS ECLESIÁSTICAS.

Muitos destes bens, por circuns-tâncias diversas, deixaram de fazer parte do acervo vivo e de uso atual do culto. Entretanto, recebendo uma benção especial ou consagrados, não deixam de ser bens da Igreja, pelo que devem ser cuidadosamente con-

servados e restaurados, formando acervo dos MUSEUSECLESIÁSTICOS.

Por Antônio Fernando dos Anjos Abrão Consultor de Arquitetura e Arte Sacra da

Diocese de Guaxupé