TUBULAÇÃO

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CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO TUBULAÇÃO, ACESSÓRIOS E VÁLVULAS 1 - TUBULAÇÃO 1.1 - Introdução Tubulação é um conduto forçado, destinado ao transporte de fluidos. Uma tubulação é constituída de tubos de tamanhos padronizados colocados em série. Usam-se tubulações para o transporte de todos os fluidos, materiais fluidos com sólidos em suspensão e sólidos fluidizados. 1.2 - Classificação dos tubos Os tubos podem ser: 1.2.1Metálicos a) Ferrosos : - Aço-carbono - Aço-liga - Aço-inoxidivel - Ferro fundido - Ferro forjado b)Não Ferrosos : - Cobre - Alumínio - Chumbo - Níquel - Outros Metais - Ligas 1.2.2 - Não Metálicos - Cimento-amianto - Plástico - Vidro - Cerâmica - Barro Vidrificado PROF.ºRUI MOTA DEPTº DE MANUT. MECÂNICA 1

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materiais para tubulções hidráulicas

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TUBULAO, ACESSRIOS E VLVULAS

CEFET- CENTRO FEDERAL DE EDUCAO TECNOLOGICA

UNIDADE DE ENSINO DE SIMOES FILHO

TUBULAO, ACESSRIOS E VLVULAS1 - TUBULAO1.1- IntroduoTubulao um conduto forado, destinado ao transporte de fluidos. Uma tubulao constituda de tubos de tamanhos padronizados colocados em srie.

Usam-se tubulaes para o transporte de todos os fluidos, materiais fluidos com slidos em suspenso e slidos fluidizados.

1.2 - Classificao dos tubos

Os tubos podem ser:

1.2.1Metlicosa)Ferrosos: - Ao-carbono

- Ao-liga

- Ao-inoxidivel

- Ferro fundido

- Ferro forjado

b)No Ferrosos: - Cobre

- Alumnio - Chumbo

- Nquel

- Outros Metais

- Ligas

1.2.2- No Metlicos

- Cimento-amianto

- Plstico

- Vidro

- Cermica

- Barro Vidrificado

- Borracha

- Concreto

- P V C

Os tubos podem ter revestimentos (externos ou internos) de plstico, borracha, concreto etc., neste caso procura-se utilizar uma camada protetora contra a corroso, em tubos metlicos; como exemplo, tm-se tubulaes para gua salgada, que so geralmente de ao-carbono revestidas internamente com concreto; consegue-se, assim, uma alta resistncia mecnica, aliada a uma alta resistncia corroso e baixo custo.

Os tubos podem ser mistos, isto , constitudos de parte met1ica e parte no metlica; os mangotes de borracha com armao de ferro pertencem a este tipo.

Os tubos podem ser f1exveis e no f1exveis, conforme possam mudar de forma ou no.

Os tubos podem, ainda, ser sem costura ou com costura: neste caso, ou a parede do tubo contnua ou apresenta partes soldadas, dependendo do tipo do processo de fabricao do tubo.

1.3- Bitolas ComerciaisOs tubos de ao so construdos com dimetros desde 1/8 at 30: os de ao inoxidvel existem no mercado em dimetros at 12.

A bitola do tubo coincide com o dimetro externo para tubos acima de 14; no coincide com nenhuma medida do tubo para dimetros menores do que 12 (aproximam-se do dimetro interno).

Os dimetros comerciais so: 1/8, 1/4, 3/8, 1/2, 3/4, 1, 1 1/4, 1 1/2, 2", 3", 4", 6", 8", 10", 12", ...30.

Os tubos acima de 30 so fabricados por encomenda e, norma1mente, pelos processos com costura.

Os tubos de cobre, lato, bronze, alumnio e suas ligas existem em bitolas de 1/4 e 1/2.

Os tubos de chumbo existem em bitolas de 1/4 a 12.

Os tubos de PVC existem em bitolas de 1/4 a 8.

1.4- Espessuras Comerciais

As paredes dos tubos de ao tm espessuras padronizadas. Para o mesmo dimetro pode variar a espessura da parede, de acordo com o trabalho a que se destina a tubu1ao.

A espessura designada por meio dos nmeros 10, 20, 30, 40, 60, 80, 120, 140,

160. Estes nmeros so os Schedule Number, e quanto mais alto o Schedule,

maior ser a espessura da parede do tubo.

Os tubos de metais no ferrosos e outros podem ter padronizaes diferentes: exemplos so os tubos de cobre, bronze, alumnio etc., que podem ser encontrados nos padres K, L, M; o tipo K o mais pesado, ou seja, o de maior espessura nas paredes.

1.5-Usos dos principais tipos

1.5.1- Tubos de ao - carbonoRepresentam a maior parte de todos os tubos fabricados; em uma refinaria constituem a maioria. Tm uso bastante generalizado, feita exceo para produtos corrosivos, altas temperaturas, baixas temperaturas etc.

1.5.2 - Tubos de ao-ligaSo usados para servios especiais tais como altas ou baixas temperaturas, fluidos corrosivos etc.

Os elementos de liga mais usados so:

Cr, Mo- Para altas temperaturas

Ni - para baixas temperaturas

1.5.3 - Tubos de ao-inoxidve1So usados para condies de corroso ainda mais severas do que os de ao - liga.

Tambm o Cr, Mo, Ni entram na composio do ao-inoxidve1, alm de outros.

1.5.4 - Tubos de ferro-fundidoOs tubos de ferro fundido so usados para gua doce e salgada, esgotos etc.; so usados para servios de baixa presso e onde no ocorram grandes esforos mecnicos.

1.5.5- Tubos no met1icos., no ferrosos e ligasFabricam-se tubos de uma grande variedade de ligas de cobre; temos ento, tubos de cobre, lato (Cu-Zn), bronze (Cu-Sn), Monel (Ni-Cu), Admiralty (Cu-Zn-Sn) etc. So usados para steam tracing, ar comprimido, tubos de pequeno dimetro, servios de alta corrosividade etc.

Os tubos de chumbo so utilizados para instalaes auxiliares de gua, esgotos, cidos etc.

Os tubos plsticos, flexveis ou no, aplicam-se queles servios em que se procura obter alta resistncia corroso; apresentam como desvantagens: alto custo, baixa resistncia mecnica, temperatura de trabalho baixa etc.

2 - ACESSRIOS DE TUBULAO2.1- Acessrios de tubulaes

Os acessrios de tubulaes destinam-se s seguintes finalidades:

a) Permitir mudanas de sentido em tubos

Curvas de raio longo de 45, 90 e 180.

Curvas de raio curto de 45, 90 e l80

-Joelhos de 45 e 90

b) Fazer derivaes de tubos

Ts normais, ts de 45, ts de reduo

Cruzetas - Derivao com colar

- Selas - Anel de reforo

c)Permitir mudanas de dimetro em tubos

Redues concntricas

Redues excntricas

Buchas de reduo

c) Ligaes de tubos entre si

Luvas

Unies

Niples

Flanges

e)Fechar extremidades de tubos

Caps ou tampes

Bujes

F1anges cegos

f) Isolar trechos de tubulaes e equipamentos

- Raquete

-figura - oito"

2.2- Meios de Ligao de Tubos

Os diversos meios usados para conectar tubos, servem no s para lig-los entre si, como tambm para ligar os tubos s vlvulas, aos diversos acessrios e a outros equipamentos.

2.2.1- Classificao dos sistemas de ligao de tubosa)Ligaes rosqueadas.

b) Ligaes flangeadas

c)Ligaes soldadas

d)Ligaes de ponta e bolsa

d) Ligaes de compresso.

A escolha do meio de ligao depende de muitos fatores, como sejam: material do tubo, presso, temperatura, fluido que ir circular, dimetro do tubo, segurana, custo, facilidade de desmontagem, localizao etc.

a) Ligaes Rosqueadas: So os mais antigos meios de ligaes usados para tubos.So de baixo custo, de fcil execuo, mas seu uso limitado para pequenos dimetros (at 3), assim mesmo em instalaes domiciliares ou servios secundrios em instalaes industriais, devido facilidade de vazamentos e a pequena resistncia mecnica que apresentam. As roscas so feitas por meio de tarrachas manuais ou motorizadas. So as nicas empregadas em tubos galvanizados.

As varas de tubos so ligadas entre si por meio de luvas ou de unies rosqueadas. As roscas, tanto dos tubos, como das luvas e unies so cnicas, de maneira que com o aperto da rosca, h interferncia metlica entre os fios das roscas, garantindo a vedao.

Orosqueamento enfraquece sempre as paredes dos tubos. Por essa razo, quando h ligaes rosqueadas, usam-se sempre tubos de parede grossa, schedule 80.

conveniente o uso de materiais vedantes, para evitar vazamentos.

Os principais vedantes so:

Pasta de litargrio com leo de linhaa ou glicerina, para vapor, leos e gua.

Zarco com estopa.

Fita de teflon.

b)Ligaes soldadas: O uso das ligaes soldadas cresce continuamente e atua1mente muito usado.

Vantagens do uso da solda:

Boa aparncia;

Resistncia mecnica boa (quase sempre equivalente a do tubo);

Estanqueidade perfeita e permanente;

Facilidade na aplicao do isolamento, quando necessrio;

Nenhuma necessidade de manuteno;

Pequeno peso e consequente simplificao do sistema de suporte;

Menor custo em relao aos flanges para linha de alta presso.

Desvantagens do uso da solda: Dificuldade de desmontagem;

Perigo de utilizao de solda com unidade funcionando:

Dificuldade de equipamento para solda ou de um soldador habilitado.

Tipos de soldas:

- Solda por fuso: de topo

solda de soquete

Solda forte

Solda fraca

O primeiro tipo o mais comum, podendo ser eltrico ou oxi-acetilnica.

Os dois ltimos tipos so processos em que se usa um metal em estado lquido para unir metais slidos no ferrosos. A diferena de um para o outro, que na solda forte a temperatura acima de 450C e na solda fraca a temperatura abaixo de 450C.

c)Ligaes Flangeadas: As ligaes f1angeadas so compostas de 2 flanges, um jogo de parafusos ou estojos com porcas e uma junta.

So usadas, principalmente, para tubos de ao de qualquer classe e para quaisquer presses e temperaturas.

Empregam-se os flanges nas ligaes dos tubos entre si, bem como as vlvulas e equipamentos. No se usa para tubos menores de 2.

Os tipos de flanges encontrados so:

Os flanges acima podem ter os seguintes tipos de faces:

As juntas utilizadas nas ligaes flangeadas podem ser metlicas ou no-metlicas e constituem um selo de vedao eficiente e barato .

Podemos citar como principais tipos aos seguintes:

Vantagens :

- Seu uso facilita a montagem e desmontagem da tubulao;

- No h perigo de acidentes nas montagens;

- Podem ser recuperados para futuro uso.

Desvantagens:

Aumentam o peso da linha;

Necessitam de espao para colocao;

Para alta presso de vapor, quando h necessidade de uso de flanges de ao liga, o seu custo maior do que o da solda;

Custo de manuteno;

Dificultam a aplicao do iso1amento.

d)Ligaes de Ponta e Bolsa: Muito usadas para tubos de ferro fundido e de concreto.

Uma das extremidades do tubo ou do acessrio, tem uma ponta lisa, que encaixa em uma expanso (bolsa) existente na outra extremidade do tubo ou do acessrio. No interior da bolsa coloca-se um material de vedao que pode ser estopa embebida, chumbo derretido, argamassa, massas especiais etc.

e)Ligao de Compresso: So muito usadas para tubos de parede fina, principalmente metlicos, no ferrosos, de pequeno dimetro (at 2).

3- Vlvulas

Vlvulas so dispositivos usados para estabelecer, controlar e interromper a passagem de fluidos em tubulaes. Dentro desse conceito global, as vlvulas podem ter, no entanto, funes e caractersticas especificas que permitem uma classificao segundo seu emprego.

3.1 - Classificao e principais tipos de vlvulas3.1.1- Vlvulas que controlam o fluxo em qualquer direo

a)Vlvulas de bloqueio

- Vlvula gaveta - Vlvula macho

b)Vlvulas de regulagem da fluxo - Vlvula globo - Vlvula de controle - Vlvula de borboleta

3.1.2 Vlvulas que permitem o fluxo em uma s direoa) V1vula de reteno de portinhola

b) Vlvu1a de reteno por levantamento

c) Vlvula de reteno de esfera

3.1.3 -Vlvulas que controlam a presso a montante - ou v1vu1as de segurana, alvio e contra-presso

3.1.4- Vlvulas que controlam a presso a jusante - ou v1vu1as redutoras e reguladoras de presso.

3.2 Detalhes Gerais 3.2.1 Corpo de v1vu1asOcorpo ou carcaa a parte da v1vu1a que se conecta a tubulao e que contm o orifcio de passagem do fluido.

As vlvulas so peas sujeitas a manuteno e por isso devem ser, em princpio, facilmente desmontveis. Tanto as vlvulas rosqueadas como as flangeadas obedecem a esse conceito. No entanto, com o desenvolvimento dos processos de solda, passaram tambm a ser bastante empregadas as vlvulas com extremidades para solda de soquete e para solda de topo. A desmontagem dessas vlvulas bem mais difcil mas, em compensao, no h riscos de vazamentos na tubulao. So os seguintes os principais casos de emprego de cada tipo de extremidade das vlvu1as:

a) Extremidades flangeadasSistema usado em quase todas as vlvulas, de qualquer material, empregados em tubu1aes industriais de mais de 2.

b) Extremidades para solda de soqueteSistema usado principalmente em vlvulas de ao, de menos de 2, onde a solda de topo e ineficiente.

c) Extremidades rosqueadasSistema usado em vlvu1as menores de 4 em tubulaes que no conduzem fluidos corrosivos ou venenosos.

d)Extremidades para solda de topoSistema usado em vlvulas de ao, de mais de 2, em servios com presses muito altas ou com fluidos em que se exija e1iminao absoluta do risco de vazamento.

3.2.2CasteloO castelo a parte da vlvula que suporta e contm as peas mveis de controle do fluxo. O castelo fixado ao corpo de maneira a permitir rpida desmontagem e fcil acesso ao interior da vlvu1a. So trs os meios usuais de ligao do castelo ao corpo:

a)Castelo e corpo rosqueados o sistema mais barato, usado apenas em pequenas vlvulas de baixa presso.

b)Castelo preso ao corpo por uma porca solta ou unioUsado para vlvulas maiores ou para vlvulas pequenas, de alta presso. Permite uma vedao bem melhor que o castelo rosqueado.

c)Castelo flangeadoSistema usado para vlvulas grandes e para qualquer presso, por ser mais robusto e permitir melhor vedao.

3.2.3 Mecanismo Interno e GaxetasOmecanismo mvel interno da vlvula (haste e peas de fechamento) e a sede chama-se "trim" da vlvula. So as peas mais importantes da vlvula, geralmente feitas de materiais de melhor qualidade do que os da carcaa, porque esto sujeitas a grandes esforos e a forte corroso. Devem ter tambm uma usinagem cuidadosa para que a vlvula tenha fechamento estanque.

Na maioria das vlvulas a haste atravessa o castelo, saindo para fora do corpo. Para evitar vazamentos pela haste, existem gaxetas convencionais com sobreposta e parafusos ou com porca de aperto, ou mais raramente, sistemas especiais de vedao como retentores, foles etc. Quando a haste rosqueada (como acontece na maioria das v1vu1as) a rosca deve, de preferncia, estar por fora da gaxeta, para que no haja contato da rosca com o fluido.

Nas vlvu1as pequenas de baixa presso, a rosca costuma ser interna, por dentro da gaxeta, por ser um sistema de construo mais barato.

3.2.4- Meios de operao das v1vulas

H uma variedade multo grande de sistemas usados para a operao das vlvulas:a)Operao manual, por meio de: volante;

alavancas;

engrenagens;

parafusos sem fim

b) Operao motorizada:

hidrulica

pneumtica

eltrica

c)Operao automtica:

pelo prprio fluido;

por meio de molas ou contrapesos;

diferena de presses.

Para operao manual empregam-se volantes e alavancas em vlvulas at12. Para vlvu1as maiores usam-se os sistemas de engrenagens e parafuso sem fim, a fim de suavizar a operao.

Para a operao manual de vlvulas situadas fora do alcance do operador, utilizam-se volantes ou alavancas com correntes ou ainda hastes de extenso.

A operao motorizada empregada apenas nos seguintes casos:

Em vlvu1as comandadas a distncia;

Em vlvulas situadas em posies inacessveis;

Em vlvulas muito grandes, em que seja difcil a operao manual.

Nos sistemas de operao motorizada, hidrulica e pneumtica, a haste de vlvula comandada por um mbolo ou diafragma, sujeito a presso de um lquido ou ar comprimido. O comando hidrulico, mais raro na prtica do que o comando pneumtico, usado quase somente para v1vulas muito grandes.

A operao motorizada pneumtica o sistema mais usado nas vlvulas comandadas por instrumentos automticos. preciso no confundir v1vulas comandadas por instrumentos automticos com vlvulas de operao automtica.

Dois sistemas de operao motorizada eltrica so de uso corrente:

Motor eltrico acionando o volante da vlvula por meio de engrenagens de reduo. Esse sistema usado apenas em v1vulas de grande tamanho para tornar a operao mais fcil e mais rpida.

Solenide, cujo campo magntico movimenta diretamente por atrao, a haste de vlvula. Esse sistema usado apenas para pequenas vlvulas, frequentemente comandadas por rels eltricos ou instrumentos automticos.

3.3- Detalhes Particulares de Cada Tipo de V1vu1as3.3.1 - V1vu1a gaveta.

o tipo de vlvula mais importante e de uso mais generalizado. So utilizadas principalmente em todos os servios de bloqueio nas linhas de gua, leos e lquidos em geral (desde que no sejam muito corrosivos ou volteis), para quaisquer dimetros, e tambm para bloqueio de vapor e ar em linhas de dimetro acima de 8. Em todos esses servios as vlvulas gaveta so usadas para quaisquer presses e temperaturas.

Ofechamento dessas v1vulas feito pelo movimento de uma pea chamada gaveta ou cunha, que se desloca paralelamente ao orifcio da vlvula e perpendicularmente ao sentido de escoamento do fluido.

Quando completamente abertas, a perda de carga causada pelas vlvulas gaveta desprezvel . Essas vlvulas s devem trabalhar completamente abertas ou completamente fechadas, isto , so vlvulas de bloqueio e no de regulagem. Quando parcialmente abertas, causam laminagem da veia fluida, acompanhada de cavitao e violenta eroso.

As vlvulas gaveta dificilmente do um fechamento absolutamente estanque. Por outro lado, na maioria das aplicaes praticas, tal fechamento no necessrio.

A gaveta das vlvulas pode ser em cunha ou paralela.

As gavetas de cunha so de melhor qualidade e do, devido ao da cunha, um fechamento mais seguro do que as gavetas paralelas, embora sejam de construo e manuteno mais difceis.

Empregam-se nas v1vulas gaveta, trs sistemas diferentes de movimentao da haste:

Haste ascendente com rosca externa. o sistema usado nas vlvulas grandes e de boa qua1idade. A haste tem apenas movimento de translao e o volante apenas movimento de rotao, sendo preso ao castelo por uma porca fixa. A rosca da haste externa a vlvula estando assim livre do contato com o fluido. A extenso da haste acima do volante, d uma indicao visual imediata da posio de abertura ou de fechamento da vlvula, sendo essa a principal vantagem desse sistema.

Haste ascendente com rosca interna. a disposio mais usual em vlvulas pequenas, e tambm em vlvu1as grandes de qualidade inferior. A haste, juntamente com o volante, tem movimentos de translao e rotao, estando a haste dentro da vlvu1a.

Haste no ascendente. A haste, juntamente com o volante tem apenas movimento de rotao. Somente a gaveta da vlvu1a que se atarraxa na extremidade da haste tem movimento, de translao. um sistema barato, de construo fcil, usado nas vlvulas pequenas de qualidade inferior.

Em caso de alta presso difcil a operao de uma vlvula gaveta: h casos em que se torna necessrio o uso de chaves apropriadas aplicadas ao volante. H casos em que a vlvula possui um "by-pass; na abertura ou fechamento da vlvu1a utiliza-se o by-pass para evitar alto diferencial de presses na operao.

As gaxetas requerem ateno, porquanto apresentam um pequeno vazamento com o

uso; importante que se d ateno a elas, reapertando-as ou trocando-as em pocas

apropriadas.

- Ao se abrir ou fechar completamente a vlvula, ela pode se trancar, ao final da operao;

existe uma pequena folga que permite inverter ligeiramente o sentido de rotao do

volante, ao final da operao, sem que se altere a posio da gaveta.

Quando a vlvula no est vedando completamente no boa norma forar o seu

fechamento completo; as causas podem ser depsitos na sede, defeito na sede etc, e a

operao indevida pode agravar o problema.

- A m lubrificao ou aperto demasiado das gaxetas, podem acarretar dificuldades na

operao da vlvula; sendo necessrio o uso de chaves para se operar a vlvula, deve-se

cuidar para que no haja quebra de suas partes mveis.

3.3.2 Vlvula machoAplicam-se principalmente nos servios de bloqueio de gases para qualquer dimetro, temperatura ou presso e tambm no bloqueio rpido de gua, vapor e lquidos em geral para pequenos dimetros e baixas presses.

Nessas v1vu1as, o fechamento feito pela rotao de uma pea (macho) existente no interior do corpo da mesma. So vlvulas de fecho rpido, porque bloqueiam com 1/4 de volta do macho ou da haste.

As vlvulas macho so, fundamentalmente, vlvulas de bloqueio. Quando totalmente abertas, a perda de carga mnima e quando parcialmente fechadas a turbulncia impede uma vazo regularizada.

Existem dois tipos gerais de vlvulas macho: com e sem lubrificao.

Nas v1vu1as com lubrificao h um sistema de injeo de lubrificante sob presso, atravs do macho, para melhorar a vedao e evitar que o mesmo fique preso. Essas vlvulas so geralmente empregadas em servios com gases.

As v1vu1as sem lubrificao da boa qualidade, usadas para gases, tm sedes removveis, feitas de material resiliente (teflon, neoprene etc), dando tima vedao estanque.

Uma das variantes da vlvula macho a vlvula de trs ou quatro vias. Essa vlvu1a permite operaes tais como: desviar o fluxo de uma linha para outra, misturar fluxos etc.

3.3.3- Vlvulas GloboNas vlvulas globo o fechamento feito por meio de um tampo que se move contra o orifcio da vlvula, que geralmente est em posio paralela ao sentido do fluxo. As vlvulas globo podem trabalhar em qualquer posio de fechamento, isto , so vlvulas de regulagem. Causam, entretanto, em qualquer posio de fechamento, fortes perdas de carga. As vlvulas globo do um fechamento bem melhor que as vlvulas gaveta, podendo-se conseguir, principalmente em vlvulas pequenas, um fechamento absolutamente estanque.

Variantes da vlvula globo:

- Vlvula nguloEssa vlvula tem os bocais de entrada e sada a 90. Permite perdas de carga menores que a v1vula globo comum, devido posio do orifcio de passagem.

- Vlvula agulhaO tampo nessas vlvulas substitudo por uma pea cnica fina, a agulha, que permite um controle mais delicado da vazo. usado em linhas at 2.

3.3.4 - V1vulas de controleEssas v1vulas so usadas em combinao com instrumentos automticos, e comandadas distncia por esses instrumentos, para controlar a vazo ou a presso de um fluido. A v1vula em si quase semelhante a uma vlvula globo, sendo operada na maioria das vezes por meio de um diafragma sujeito a presso de ar comprimido. H um instrumento automtico que comanda a presso de ar, que por sua vez faz variar a posio de abertura da vlvula. A operao nas v1vulas de controle feita, geralmente, pelo diafragma em um sentido (para abrir ou fechar) e por uma mola regulve1 no outro sentido.

3.3.5 - Vlvula borboletaSo vlvulas usadas para tubulaes de grandes dimetro (acima de 20) e sujeitas a baixas presses, onde. no se exige vedao perfeita. O fechamento da v1vula feito por meio de uma pea circular que pivota em torno de um eixo perpendicular ao sentido de escoamento do fluido.

3.3.6 - V1vula de diafragma

So vlvulas sem gaxetas muito usadas para fluidos perigosos, corrosivos, txicos, inflamveis etc. O fechamento da vlvula feito por meio de um diafragma flexvel que apertado contra a sede.

Omecanismo mvel que controla o diafragma fica completamente fora do contato com o fluido. O corpo da vlvula geralmente, de material no metlico ou metal revestido contra a corroso. O diafragma pode ser de borracha sinttica, neoprene, teflon etc. So empregadas para dimetros de at 6.

3.3.7 - Vlvulas de retenoEssas vlvulas permitem a passagem do fluido apenas em um sentido, fechando-se automaticamente, por diferena de presses exercidas pelo prprio fluido, se houver tendncia inverso no sentido de escoamento. So ,por isso, vlvulas de operao automtica.

Um Caso tpico do uso de vlvulas de reteno na linha de recalque de bombas em paralelo para evitar o retorno do fluido atravs das bombas paradas. Outro casodo uso dessas vlvulas na linha de carregamento de um tanque para evitar um possvel esvaziamento.

Existem trs tipos principais de vlvulas de reteno:

- Vlvula de reteno de portinhola o tipo mais comum de vlvu1a de reteno. O fechamento feito por uma portinhola articulada, que se assenta no orifcio da vlvula.

- Vlvula de reteno de levantamentoO fechamento dessa v1vu1a feito por meio de um tampo, semelhante ao das vlvulas globo, onde uma haste desliza em uma guia interna. Essas vlvulas causam perdas de carga muito grandes e por isso so pouco usadas em linhas de dimetro acima de 6.

- Vlvulas de reteno de esferaSo semelhantes s vlvulas de reteno de levantamento, sendo porm o tampo substitudo por uma esfera. Sistema usado apenas para vlvulas de pequeno dimetro, at 2.

3.3.8 - Vlvulas de Segurana e de AlvioSo vlvulas que controlam a presso a seu montante abrindo-se automaticamente, quando essa presso ultrapassa um determinado valor para o qual a ,vlvula foi ajustada. (set-pressure).

Aconstruo dessas vlvulas semelhante das vlvu1as globo angulares. O tampo mantido fechado contra a sede pela ao de uma mola, com parafuso de regulagem, ou de um contrapeso externo de posio ajustvel. Regula-se a tenso ou a posio do contrapeso, de maneira a se ter a desejada presso de abertura da vlvula.

As vlvulas de mola so as mais comuns. A mola pode ser interna, dentro do castelo da vlvula, ou externa, preferindo-se essa ltima disposio para servios com fluidos corrosivos, muito viscosos, ou gases liquefeitos que possam congelar, prendendo a mola.

Essas vlvulas so chamadas de segurana quando destinadas a trabalhar com fluidos elsticos (vapor, ar, gases) e de alivio quando destinadas a trabalhar com lquidos, que so fluidos incompressveis. A construo das vlvulas de segurana e de alvio basicamente a mesma e a principal diferena reside no perfil da sede e do tampo. Nas v1vulas de segurana, o desenho desses perfis feito de tal forma que a abertura total da vlvula se d imediatamente aps a set-pressure, e o fechamento se faa repentinamente abaixo da "set-pressure. Nas vlvulas de alivio, a abertura gradua1, atingindo o mximo com 110% a 125% da set-pressure".

As vlvulas de segurana costumam ter uma alavanca externa com a qual possvel fazer-se manualmente o disparo da vlvula para teste.

3.3.9- Vlvulas redutoras de pressoSo va1vulas que operam automaticamente, controlando a presso a jusante das mesmas. O ajuste da presso de fechamento conseguido atravs de molas de tenso regulvel.

JOELHO

MACHO E FMEA

NIPLE

BUJO

CABEA QUADRADA

BUJO

CABEA EXAGONAL

BUJO

CABEA REDONDA

TAMPO

BUCHA DE REDUO

MEIA LUVA

LUVA DE REDUO

LUVA

CRUZETA

T

T a 45

JOELHO 45

JOELHO 90

JOELHO 90

SELA

TAMPO

VIROLA PARA FLANGE

T A 45

T DE REDUO

T

JOELHO 180

JOELHO 45

REDUO EXCNTRICA

REDUO CONCNTRICA

CRUZETA

CRUZETA

CURVA 90 COM P

CURVA 45

CURVA 90

REDUO EXCNTRICA

REDUO CONCNTRICA

T A 45

T

ROSQUEADO

ROSCA

SOLDA DE NGULO

SOLDA DE

TOPO

SOBREPOSTO

DE PESCOO

INTEGRAL

SOLDA DE

TOPO

VIROLA

SOLDA EM NGULO

CEGO

SOLTO

DE ENCAIXE

RESSALTO

FACE COM RESSALTO

JUNTA METLICA MACIA

Para flange com face de ressalto

JUNTAS METLICAS FOLHEADAS

JUNTAS PLANAS

FACE MACHO E FMEA

FACE PLANA

FACE PARA JUNTA DE ANEL

FACE DE FLANGE COM VIROLA

Octogonal

Oval

JUNTA DE ANEL

Para flange com face plana

CRUZETA

T

CURVA 45

CURVA 90

PEA DE LIGAO

FLANGE - BOLSA

LUVA

REDUO

T A 45

CONECTOR FMEA

UNIO

CONECTOR MACHO

T

JOELHO 45

JOELHO 90

Castelo

Engrenagens de reduo

Volante

Volante para corrente

Volante

Piso de operao

Flange

Haste de extenso

Vlvula comandada por cilindro hidrulico

Conexes para o lquido acionador

Cilindro hidrulico

Gaxetas

Haste deslizante

Gaveta

Junta

Castelo aparafusado

Gaxetas

Sobreposta

Haste com rosca externa

Sobrecastelo

Volante

Flange

Flange

Sedes

Gaveta

Corpo

Volante

Sobreposta

Porca de aperto

Gaxetas

Castelo rosqueado

Haste com rosca interna

Corpo

Gaveta

Extremos rosqueados

VLVULA MACHO

Rasgos de lubrificao

Orifcio de passagem

Macho

Sedes

Sobreposta

Alavanca de manobra

Engraxadeira

Posio fechada

Posio aberta

VLVULA ESFERA

Macho

Engaxetamento

Orifcio de passagem

Alavanca de manobra

Haste

Posio aberta

Retentores

Esfera

Tampo

Castelo aparafusado

Sobreposta

Haste com rosca externa ascendente

Volante

Sentido do fluxo

Sede

Haste no ascendente com rosca interna

Gaxetas

Porca de aperto

Trajetria do fluido

Tampo

Haste e volante ascendentes com rosca no castelo

Castelo fixo ao corpo com unio roscada

Sede

Agulha

Sede

Trajetria do fluido

Admisso de ar comprimido para fechar a vlvula

Mola calibrada de retorno da haste

Indicador de posio de abertura

Diafragma

Tampes duplos balanceados

Sobreposta

Gaxetas

Borboleta

Diafragma na posio aberta

Diafragma na posio fechada

Portinhola

Haste do obturador

Guia da haste

Porca de regulagem

Bocal de sada

Bocal de entrada

Tampo

PROF RI MOTA

TUBULAES ACESSRIOS E VLVULAS

14PROF.RUI MOTA DEPT DE MANUT. MECNICA