Tubulações

26
ANA CAROLINA SALDANHA ANA CRISTINA VIEIRA BÁRBARA FERREIRA BRUNO NUNES TUBULAÇÕES RIO DE JANEIRO - RJ NOVEMBRO 2012

Transcript of Tubulações

ANA CAROLINA SALDANHA

ANA CRISTINA VIEIRA

BÁRBARA FERREIRA

BRUNO NUNES

TUBULAÇÕES

RIO DE JANEIRO - RJ

NOVEMBRO 2012

ANA CAROLINA SALDANHA

ANA CRISTINA VIEIRA

BÁRBARA FERREIRA

BRUNO NUNES

TUBULAÇÕES

RIO DE JANEIRO - RJ

NOVEMBRO 2012

Trabalho realizado por Ana

Carolina Saldanha, Ana Cristina

Vieira, Bárbara Ferreira, Bruno

Nunes, graduandos do 4°

período do curso de Tecnologia

em Construção Naval, para a

obtenção de média na 2ª

avaliação de Construção Naval

I.

SUMÁRIO

RESUMO..................................................................................................................... 4

1. TUBULAÇÕES ........................................................................................................ 6 1.2 MÉTODOS DE FABRICAÇÃO DE TUBOS ..................................................... 6 1.2.1 FABRICAÇÃO DE TUBOS SEM COSTURA ............................................ 6 1.2.2 FABRICAÇÃO DE TUBOS COM COSTURA ........................................... 7 2. MATERIAIS UTILIZADOS ....................................................................................... 8 3. APLICAÇÕES ....................................................................................................... 12 4. PADRÕES DIMENSIONAIS .................................................................................. 15 4. NORMA ASTM ................................................................................................ 15 4. NORMA DIN 2394 .......................................................................................... 16 5. TRATAMENTOS ................................................................................................... 18 5.1. PINTURAS DAS TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS .......................................... 18 5.2. PRÉ-MONTAGEM DASPEÇAS DE TUBULAÇÃO...................................... 19 5.3. LIMPEZA DAS TUBULAÇÕES ................................................................... 22 5.3.1 PIG’S ....................................................................................................... 24 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 25 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 26

4

RESUMO O trabalho a seguir visa explicitar, de forma breve e prática, O trabalho a seguir visa

explicitar, de forma breve e prática, o uso das tubulações não só no âmbito

naval,com de forma geral. Assim, serão apresentados os tipos, suas características,

aplicações, etc.

5

1. TUBULAÇÕES

Tubulações é o nome dado ao conjunto de tubos, acessórios, válvulas e dispositivos

que participam de um processo em uma área ou unidade, constituindo uma de suas

partes mais importantes. Eles compõem, juntamente com os equipamentos como

torres, permutadores, tanques e bombas, um complexo necessário ao

funcionamento de uma unidade de processo. Este é, pois, o assunto de que

trataremos neste primeiro bloco de estudos. Lembramos que, devido à grande

variedade dos acessórios.

TUBOS

Os tubos são elementos vazados, normalmente de forma cilíndrica e seção

constante, utilizados no transporte de fluidos, os quais podem ser líquidos, gasosos

ou mistos.

Para auxiliar o deslocamento dos fluidos entre os equipamentos (vasos, torres,

permutadores etc.) e para os tanques de armazenamento, ao final do processo, são

utilizadas máquinas como bombas e compressores.

6

1.2 METODOS DE FABRICAÇÃO DE TUBOS

Há duas grandes classes de fabricação de tubos: as em costura e a com costura.

Vejamos, então, o que caracteriza cada um desses métodos.

1.2.1 FABRICAÇÃO DE TUBOS SEM COSTURA

Diz-se que um tubo é sem costura quando ele é fabricado sem emendas

longitudinais ou transversais. Os processos industriais de fabricação dos tubos sem

costura são em número de quatro: fundição, forjamento, extrusão e laminação, que

descreve remosa seguir. Por meio desses processos, os tubos tomam-se de

qualidade superior e próprios para juntar em pressões elevadas .

•Fundição

O tubo é fabrica do em um molde no qual o material é despejado em estado líquido.

Ao se solidificar, o tubo estará com sua forma definida. Por esse processo são

fabricados tubos de ferro fundido, de barro, borrachas, concretos etc.

•Forjamento

É um processo de pouca aplicação, em que um lingote de aço aquecido ao rubro é

martelado contra um mandril central, até que a forma e a espessura desejada seja

mobtidas. Durante a martelagem, o lingote vai aumentando o comprimento.

•Extrusão

O material emestado pastoso é pressionado por êmbolo através de um furo de uma

matriz e porforado mandril. Ao sair, ele já tem a forma de tubo. Após essa operação

o tubo, ainda curto, passa por laminadores que vão dando as formas e dimensões

definitivas. Por extrusão fabricam-se tubos de pequenos diâmetros, como os de

alumínio, cobre, chumbo e plástico.

•Laminação

É o processo de fabricação mais importante dos tubos sem costura, que consiste em

passar um lingote de aço aquecido a 1200°C um laminador. O lingote, ao passar

entre os rolos do laminador, é prensado fortemente, ao mesmo tempo que um

mandril abre um furo, transformando-o em tubo.

7

1.2.2 FABRICAÇÃO DE TUBOS COM COSTURA

Os tubos com costura são fabricados pelos processos de soldagem, a partir de

chapas enroladas. Esses tipos de tubos, apesar de possuírem menor resistência que

os sem costura, são de uso mais frequente, pelo fato de terem um custo mais baixo,

devido à facilidade do processo de soldagem. Por meio da soldagem os tubos

podem ser fabrica dos de dois modos distintos:

enrolando uma chapa em espiral e soldando a emenda (em espiral);

enrolando (por calandragem) a chapa no sentido longitudinal e soldando a

emenda (longitudinal).

Dentre os processos de fabricação dos tubos soldados, a soldagem a arco elétrico é

a mais utilizada. Por esse processo, o calor para produzir a fusão do metal de base

(tubo)é gerado por arco elétrico produzido entre dois eletrodos, ou entre um eletrodo

e a peça que está sendo soldada. A soldagem é utilizada na fabricação dos tubos e

também na montagem das tubulações. Os processos de soldagem industrial são

automatizados ou semi-automatizados, sendo a solda manual raramente utilizada.

Dentre esses processos, os mais importantes são:

soldagem com eletrodo revestido;

soldagem com arco submerso;

soldagem com gás inerte e eletrodo de tungstênio –TIG e MIG/MAG.

8

2. MATERIAIS UTILIZADOS

O materiais utilizados para tubulações são vários. Cada um deles é usado

especificamente para um tipo de aplicação e sua escolha é extremamente

complicada, até porque deve-se levar em consideração a pressão e a temperatura

de trabalho o qual o mesmo será submetido.

A.S.T.M (American Society for Testing and Materials) classifica mais de 500 tipos de

materiais utilizados. Os principais são:

TUBOS METALICOS

TUBOS NÃO METÁLICOS

MATERIAIS PLÁSTICOS

Cimento amianto Cloreto de Poli-Vinil (PVC)

Concreto armado Polietileno

Barro vibrado Acrílicos

Borracha Acetato de celulose

Vidro Epóxi

Cerâmica , porcelana, etc. Poliésteres

Fenólicos

FERROSOS NÃO FERROSOS

Aços carbono Cobre

Aços liga Latões

Aços inox Cupro-Níquel

Ferro fundido Alumínio

Ferro forjado Níquel e ligas

Ferro ligado Metal monel

Ferro modular Chumbo

Titânio, Zircônio

9

TUBOS DE AÇO COM REVESTIMENTO INTERNO DE:

Zinco

Materiais plásticos

Elastômeros (borracha), ebonite, asfalto

Concreto

Vidro, porcelana, etc

Na área naval, as tubulações são bastante utilizadas não somente dentro de

embarcações. Existem os dutos marinhos e os Risers. A diferença entre um e outro

é que os dutos marinhos são fixados ao solo marinho enquanto os risers ligam a

cabeça dos poços de petróleo à uma unidade produtiva na superfície do mar. Esses

risers podem ser metálicos, mas também podem ser fabricados com materiais

compósitos, que é o resultados da combinação de dois ou mais materiais distintos

que atuam em conjunto e mantêm suas caracterísiticas individuais.

10

Embora a fabricação de tubos empregue mais de 200 tipos de materiais, somente

uns 40 tipos são utilizados na produção comercial. Os tubos mais usados são os de

materiais ferrosos como o aço-carbono, o aço-liga e o aço inoxidável. Os tubos de

ferro fundido são restritos às instalações de utilidade como de água e esgoto.

O aço carbono é uma liga de ferro de carbono. A percentagem de carbono, que

pode variar de 0,15 a 0,5%, determina o grau de dureza do aço. Quanto maior a

percentagem de carbono na liga, maior será a dureza e também maior a dificuldade

de soldagem do aço. E a soldagem é um dos processos de maior utilização na união

de tubos a acessórios. Nas indústrias de processamento, principalmente nas

petroquímicas e petrolíferas, os tubos de aço-carbono são os mais utilizados, devido

às suas excelentes qualidades mecânicas, à boa soldabilidade e ao baixo custo.

Além disso, eles podem trabalhar com água, vapor condensado, gás e óleo a

pressões e temperaturas elevadas.

Mas o aço-carbono também apresenta algumas restrições. Em temperaturas abaixo

de 30°C, ele se torna quebradiço. E, acima de 500°C, está sujeito a deformações

lentas. Outras desvantagens são abaixa resistência a fluidos e à corrosão, quando

exposto a ambiente úmido. Quando é necessária a utilização de tubulações nessas

situações, o projeto estabelece a utilização de aços-ligas ou inoxidáveis. Os aços-

ligas e os inoxidáveis podem conter cromo, níquel, molibdênio ou titânio, dificultando

a ação dos agentes que atacam o aço. Outra modalidade de defesa contra esses

agentes é a utilização de tubos galvanizados, desde que os projetistas assim o

determinem.

No caso do alumínio, os tubos produzidos com esse material são empregados para

troca de calor e os tubos de chumbo são utilizados em tubulações de esgoto sem

pressão.

Já os tubos de plástico têm utilização em casos de baixa temperatura e pressão,

uma vez que apresentam a vantagem de serem de baixo peso, baixo custo e de

grande resistência a muitos produtos corrosivos, quando comparados a materiais

metálicos. Dizemos que, em geral, os plásticos substituem os metais onde eles são

fortemente atacados.

Os ácidos diluídos, por exemplo, não atacamos plásticos, mas afetam fortemente os

metais. Já os álcalis concentrados, no entanto, atacamos plásticos, mas não afetam

muitos os metais. No caso dos componentes de produtos do petróleo, por exemplo,

eles podem ser conduzidos por tubos metálicos, mas nem todos por tubos plásticos.

11

A escolha do material empregado nos tubos está diretamente relacionada ao projeto

e às características das variáveis do processo como: pressão, temperatura, vazão,

viscosidade e outros. Os fatores que também influenciam na escolha dos materiais

dos tubos são a segurança, as cargas mecânicas, a corrosão e os custos, entre

outros.

12

3. APLICAÇÕES

As tubulações podem ser aplicadas de várias formas na indústria.Existem as:

▪Tubulações de Processo: Tubulações cuja finalidade é o processamento na

indústria, seja armazenagem ou distribuição dos fluidos.

Por exemplo, as tubulações de óleos em refinarias, terminais e instalações de

armazenagem ou distribuição de produtos de petróleo, tubulações de vapor em

centrais termelétricas,tubulações de produtos químicos em indústrias químicas etc.

▪Tubulações de Utilidades: as tubulações em geral em todas as indústrias que se

dedicam a outras atividades. As tubulações de utilidades podem servir não só ao

funcionamento da indústria propriamente dita (sistemas de refrigeração,

aquecimento, vapor para acionamento de máquinas etc.), como também a outras

finalidades normais ou eventuais, tais como: manutenção,limpeza, combate a

incêndio etc. Costumam constituir tubulações de utilidades as redes de água doce,

água salgada,vapor, condensado e ar comprimido, nas indústrias em geral.

Há vários outros tipos de tubulações utilizadas. Como por exemplo, as tubulações de

instrumentação, de transmissão hidráulica,de drenagem,etc. Elas podem ser

classificadas da seguinte forma:

13

As tubulações industriais podem ser classificadas quanto ao fluido que elas

conduzem.

●Tubulações para Água:

Água doce

- Água potável;

- Água para alimentação de Caldeiras

- Água;

Água salgada

Água de incêndio

Água de irrigação

●Tubulações para Vapor:

Vapor superaquecido

Vapor exausto

Vapor saturado

Condensado

●Tubulações para Óleo:

Petróleo Cru

Produtos intermediários e finais de petróleo

Óleos vegetais

Óleos hidráulicos

●Tubulações para Ar:

Ar comprimido industrial

Ar comprimido de instrumentação

●Tubulações para Gases:

Gás de iluminação

Gás natural

Gás de petróleo, Gás de síntese

Gás de alto-forno

Co2, Hidrogênio,oxigênio, etc.

14

●Tubulações para Drenagem e Esgotos:

Esgoto pluvial, lama de drenagem

Esgoto industrial

Esgoto sanitário

Gases residuais

Drenagem de emergência

●Tubulações para Fluidos Diversos:

Produtos alimentares

- bebidas;

- xaropes;

- óleos e gorduras comestíveis;

Produtos petroquímicos

Tintas,resinas, vernizes, solventes, etc.

Misturas refrigerantes

Pasta de papel

Produtos químicos diversos

- ácidos, álcalis, enxofre fundido

- amônia, álcool

- cloro, ureia, soda

- sabões,etc.

15

4. PADRÕES DIMENSIONAIS

4.1. NORMAS ASTM

A aplicação desta norma é feita em tubos utilizados na condução de líquidos, gases,

vapores, ar comprimido, etc. Tubos esses testados por ensaio elétrico não

destrutivo.

As dimensões do diâmentro externo e da parede são tabeladas.O comprimento

normal de fabricação é 6000 mm com tolerância de + ou - 120 mm,

admitindo máximo de 10% de tubos com comprimentos menores.

DIÃMETRO EXTERNO

Até 48,3 mm (1.1/2) + ou – 0,40 mm

60,3 mm (2) ou maiores + ou – 1%

ESPESSURA DA PAREDE

Espessura mínima = Espessura niminal – 12,5%

- COMPOSIÇÃO QUÍMICA

GRAU DO AÇO COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM %

Abreviatura C máx Mn Máx P Máx S Máx Cu Máx Cr Máx

GRAU A 0,25 0,95 0,05 0,045 0,50 0,40

GRAU B 0,30 1,20 0,05 0,045 0,50 0,40

- PROPRIEDADES MECÂNICAS

GRAU DO AÇO RESISTENCIA À

TRAÇÃO (Mpa)

mín

LIMITE DE

ESCOAMENTO

(Mpa) mín

ALONGAMENTO

EM % mín

GRAU A 330 205 30

GRAU B 415 240 23

16

4.2. NORMAS DIN 2394

Esta norma é utilizada em tubos para fins mecânicos, onde é importante a exatidão

dimensional e o aspecto da superfície. Estes são utilizados nas indústrias de

autopeças,bicicletas, movéis,eletrodomésticos,etc. Normalmento o material utilizado

é SAE1008/12 podendo ser utilizados outros tipos de aço, mediante a um pedido. Os

tubos podem passar por ensaios elétricos não destrutivos ou ensaios hidrostáticos.

Em geral os tubos são fornecidos no comprimento de 6000 +/- 120mm para

comprimentos fixos, tolerâncias de ( - 0 +100mm).

DIÂMETRO EXTERNO

10,00 a 19,05mm + ou – 0,12

20,70 a 31,75mm + ou – 0,15

33,70 a 44,45mm + ou – 0,20

47,60 a 57,15mm + ou – 0,30

60,30 a 88,90mm + ou – 0,40

90,00 a 101,60mm + ou – 0,50

114,30 a 127,00mm + ou – 0,60

139,70 a 168,30mm + ou – 1,20

- COMPOSIÇÃO QUÍMICA

GRAU DO AÇO COMPOSIÇÃO QUÍMICA EM %

Abreviatura Similar

SAE

C máx Si Máx Mn Máx P Máx S Máx Al Máx

RSt 34,2 1008/10 0,15 0,30 0,60 0,025 0,025 0,2

RSt 37,2 1012/15 0,17 0,30 0,70 0,025 0,025 0,2

St 44,2 1020/21 0,21 0,30 1,10 0,025 0,025 0,2

St 52,3 1022 0,22 0,55 1,60 0,025 0,025 0,2

17

- PROPRIEDADES MECÂNICAS

GRAU DO AÇO ESTADO DE FORNECIMENTO

Abreviatura Similar

SAE

BK GBK NBK

RT Mpa

mín

A %

mín

RT Mpa

mín

A %

mín

RT Mpa

mín

LE

Mpa

Mín

A %

mín

RSt 34,2 1008/10 330 8 300 28 310 a

410

205 28

RSt 37,2 1012/15 390 7 315 25 340 a

470

235 25

St 44,2 1020/21 440 6 390 21 410 a

540

255 21

St 52,3 1022 540 5 490 22 490 a

630

355 22

18

5. TRATAMENTOS

5.1. PINTURA DAS TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS

Todas as tubulações de aço-carbono, de aços-liga e de ferro, não enterradas e

que não tenham isolamento térmico externo, devem obrigatoriamente receber

algum tipo de pintura.

A norma NB-54, da ABNT, recomenda o uso das seguintes cores para a

identificação de tubulações:

verde : água.

brando : vapor.

azul : ar comprimido.

alumínio : combustíveis gasosos ou líquidos de baixa viscosidade.

preto : combustíveis e inflamáveis de alta viscosidade.

vermelho : sistema de combate a incêncio.

amarelo : gases em geral.

laranja : ácidos.

lilás : álcalis.

cinza-claro : vácuo.

castanho : outros fluidos não especificados.

As cores de identificação podem ser pintadas na tubulação toda, ou apenas em

faixas de espaço em espaço.

19

5.2. PRÉ-MONTAGEM DAS PEÇAS DE TUBULAÇÃO

Em montagens de tubulações industriais é usual fazer-se o que se denomina "pré-

montagem de peças de tubulação", que consiste na montagem prévia de

subconjuntos compostos de certo número de pedaços de tubo reto e de conexões

(flanges, reduções, três, curvas, curvas em gomos, colares, derivações soldadas,

tampões etc.). Cada um desses subconjuntos denomina-se "peça" (spool).

A pré-montagem de peças de tubulação aplica-se às tubulações metálicas, com

soldas de topo, e eventualmente às tubulações de plásticos reforçados (tubos

"FRP"). Para tubulações enterradas, de qualquer material, não se faz pré-montagem,

que também não é usual para tubulações de 2", ou menores. Em princípio, devem

ser pré-montadas peças abrangendo a maior parte possível de todo sistema de

tubulações a ser montado, para simplificar o serviço global de montagem, reduzindo

ao mínimo a soldagem e montagem no local da obra.

Antes de iniciar a pré-montagem é necessário um cuidadoso trabalho de preparação

dos materiais, que consiste na verificação e classificação de todos os componentes

que vão ser utilizados (tubos, flanges, conexões etc.), seguidas da limpeza externa e

interna, para remover ferrugem, tintas, terra e outros materiais estranhos, e da

verificação do tipo de material.

Essa verificação consiste em determinar o tipo exato de material de cada

componente utilizado, um por um, para certificar se está de acordo com o

especificado no projeto.

É fácil perceber as graves consequências que podem decorrer de um engano de

materiais, e esses enganos são muito possíveis de acontecer, ainda que sejam

tornados todos os cuidados no recebimento e estocagem dos materiais. Daí a

necessidade dessa verificação do tipo de material em cada componente utilizado.

Para evitar toda a possibilidade do uso indevido de um material no lugar de outro,

recomenda-se que a verificação seja feita depois da ajustagem das peças, e

imediatamente antes da soldagem.

20

Antes de ser iniciada a montagem de qualquer sistema de tubulações devem ser -

ou devem já estar - instalados sobre as suas bases todos os equipamentos ligados à

rede de tubulações; vasos, tanques, reatores, trocadores de calor, bombas,

compressores etc., nota-se que todos os equipamentos devem ter bases próprias,

não se admitindo que fiquem pendurados ou suportados pelas tubulações.

Todos esses equipamentos devem ser colocados em suas posições exatas, depois

de alinhados e nivelados, devendo a sua locação em planta e em elevação ser

cuidadosamente verificada por meio de instrumentos de topografia, corrigindo-se

previamente, se necessário, qualquer erro que seja observado. É muito importante o

máximo rigor e precisão nessa locação, porque os bocais desses equipamentos,

onde se ligam as tubulações, servirão de pontos de partida e de orientação para

toda a montagem futura dos tubos, e, assim, um pequeno desvio que haja na

posição de qualquer equipamento poderá resultar em grave erro na posição das

tubulações.

Antes de ser iniciada a montagem deve ser feita a limpeza de todas as peças pré-

montadas e de todos os componentes avulsos (varas de tubos, válvulas etc.) bem

como a inspeção dimensional das peças pré-montadas para verificar e corrigir

possíveis erros de montagem e danos durante a estocagem e transporte.

Na montagem de tubulações e necessário que seja observado com o maior rigor

possível o alinhamento entre as varas de tubo e as peças pré-montadas.

Esse alinhamento deve ser mantido até que sejam completadas todas as soldas.

Se todo sistema de suportes já estiver completamente pronto e perfeitamente

alinhado e nivelado, o alinhamento dos tubos é relativamente fácil de ser

conseguido, bastando colocar as varas de tubo e peças pré-montadas nos

respectivos suportes. Mesmo assim haverá quase sempre necessidade de

construção de escoramentos provisórios para a sustentação de pequenas peças que

não tenham suportes próprios, ou para auxiliar a sustentação de outras peças.

Para a montagem de tubulações com isolamento térmico, devem ainda ser

colocados, sobre os suportes definitivos, calços provisórios com a altura dos patins,

para que as tubulações fiquem na elevação correta.

21

Os escoramentos provisórios devem ser seguros e bastante robustos para não

fletirem com o peso das tubulações, fazendo com que fiquem fora da elevação de

projeto. Esses escoramentos costumam ser feitos de madeira ou de perfis e tubos

de aço; nesse ultimo caso podem ser ponteados com solda entre si ou nos tubos a

sustentar, para melhorar a rigidez e segurança.

É muito importante que em nenhuma ocasião, durante a montagem, se tenham

tubos ou outras peças em posição não suportada, fazendo peso ou introduzindo

momentos sobre bocais de vasos, tanques, equipamentos, válvulas etc. Esses

esforços, ainda que se exerçam por pouco tempo, podem causar danos

consideráveis.

Em qualquer serviço de montagem de tubulações devem evidentemente ser

observadas todas as normas de segurança para se evitar acidentes. No caso

particular de obras em instalações onde existam (ou possam existir) líquidos ou

gases infamáveis explosivos, ou capazes de formar misturas detonantes, devesse

tomar o máximo cuidado com os riscos de incêndio e de explosão. Os serviços de

solda, de maçarico, ou quaisquer outros serviços de chama aberta, só podem ser

feitos depois de expressamente autorizados pelo inspetor de segurança, que dará

um certificado da inexistência de condições de explosões no local, ou recomendará

as precauções que forem necessárias.

22

5.3. LIMPEZA DAS TUBULAÇÕES

Depois de terminada a montagem deve-se fazer a limpeza interna completa das

tubulações, para remover depósitos de ferrugem, pontas de elétrodos, salpicos de

solda, poeiras, rebarbas e outros detritos, antes da entrada em operação do sistema.

Essa limpeza é geralmente feita pelo bombeamento continuo de água até que a

água saia completamente limpa. Por precaução adicional, colocam-se filtros

provisórios de tela na entrada das bombas, compressores, medidores e outros

equipamentos, para evitar a entrada de detritos, durante os primeiros períodos de

operação do sistema. A água empregada na limpeza deve ser doce, limpa e não

poluída; para tubulações de aços inoxidáveis deve ser exigido que a água não tenha

concentração de cloretos acima de 30 ppm.

Antes da limpeza, devem ser retiradas da tubulação as válvulas de retenção e de

controle, placas de orifício, separadores de linha, e também as válvulas de

segurança e de alívio; essas peças devem ser limpas em separado, e substituídas

provisoriamente na tubulação, onde possível e necessário, por pedaços curtos de

tubo com os extremos flangeados ("carretéis", como são chamados).

No caso de tubulações para gases, principalmente quando de grande diâmetro,

deve, ser verificado no projeto se os suportes podem resistir ao peso da tubulação

cheia de água, ou se é necessária a construção de escoramentos provisórios. Nas

tubulações ligadas a compressores, depois da limpeza usual com água, deve-se

fazer uma segunda limpeza com ar comprimido, para remover os restos de água ou

de umidade. Em casos especiais de tubulações em que, devido ao material ou ao

serviço, a presença ou vestígios de água não possam ser permitidos, a limpeza

devera ser feita apenas com ar comprimido.

Em lugar da limpeza convencional acima descrita, a limpeza das tubulações também

pode ser feita simplesmente por meio de um "pig" (êmbolo) especial que desliza por

dentro da tubulação acionado pela pressão da água, e em cuja passagem vai

carregando detritos e corpos estranhos existentes.

23

Quando devido à natureza do serviço houver necessidade de uma limpeza mais

perfeita, pode-se recorrer à limpeza mecânica e à limpeza química. A limpeza

mecânica é feita por meio de escovas rotativas, elétricas ou de ar comprimido.

Pode também ser feita manualmente, em tubos de grande diâmetro, nos quais seja

possível a entrada de pessoas. A limpeza química consiste na circulação de

soluções especiais de detergentes, ácidos ou soda cáustica, conforme o material do

tubo e o grau de limpeza desejado. A solução química deve ser depois

completamente removida por meio de água, vapor ou ar comprimido.

As tubulações destinadas a água potável devem sofrer uma desinfecção feita com

uma solução contendo no mínimo 50 mg/litro de cloro, durante pelo menos 3 horas.

A desinfecção deve ser repetida até que a análise bacteriológica não acuse mais

qualquer contaminação.

24

5.3.1 PIGs

Existem no mercado diferentes métodos de limpeza e inspeção de dutos, dentre

elas, a utilização de um instrumento especial, o PIG, é considerado, hoje, o

procedimento mais seguro e mais utilizado.

PIG nada mais é que um dispositivo que é inserido no duto e que viaja livremente,

dirigido pelo próprio fluxo (água, gás ou seu próprio fluído).

Entretanto os PIGs são utilizados para outras funções além de limpeza de

tubulações. Os PIGs também são utilizados no tratamento de tubulações, no

monitoramento, na inspeção de falhas e corrosão. Segue abaixo algumas de suas

funções:

- Separação de produtos;

- Limpeza os depósitos e os restos;

- Localização de obstruções;

- Remoção de líquidos;

- Remoção de gás;

- Medições da geometria da tubulação;

- Inspeção interna;

- Revestimento de diâmetro interno;

- Inibição de corrosão;

- Melhoraria da eficiência do fluxo.

Diferentes Tipos de PIGs

25

CONCLUSÃO

As tubulações possuem um papel grandioso na indústria, independentemente qual

seja ela, naval, automobilística, etc.

Suas caracterísiticas, dimensões, composição química, são de extrema importância

já que, no resultado final do trabalho, cada uma delas terá uma propriedade

diferente. Após a análise de especialistas, cada tipo de tubulação terá uma

finalidade. Por isso as normas devem ser seguidas a risca e seu processamento e

fabricação também.

26

REFERÊNCIAS

TELLES, Pedro C. Silva. Tubulações Industriais: materiais, projeto,

montagem. 10.ed. Rio de Janeiro: LTC,2003

CPM – Programa de Certificação Pessoal de Caldeiraria – Tubulação Industrial.

SENAI – ES.

SLIDESHARE.NET - Tubulações industriais SENAI

acessado em: 8/11/12

Site: http://www.gruporoosevelt.com.br/montagem/jateamento-e-pintura-interna-de-

tubos/

Acessado em: 05/11/12

Mundo Geo.

Disponível em: http://mundogeo.com/blog/2000/01/01/reabilitacao-de-dutos-e-omeio-

ambiente/

Acessado em: 06/11/12

Site: http://www.cpti.cetuc.puc-rio.br/projetos/p/17/

Acessado em: 08/11/12