Tudo sobre as penisulas
Transcript of Tudo sobre as penisulas
Tudo sobre as penisulas
De jessica sofia felipe pereira
• A Península Ibérica é uma zona geográfica do hemisfério norte que está situada na parte mais ocidental do continente europeu, na região do sudoeste, sendo o Cabo da Roca em Portugal o seu ponto mais extremo.
• É a segunda península de maior área, depois da península escandinava e, junto com a península itálica e a península Balcânica, formam o conjunto das três grandes formações peninsulares do continente, no que toca ao setor meridional.
• Seu nome pode ser originário das tribos dos iberos, antigos povos pré-românicos que moravam nesta zona, mas também se deve à designação feita pelos gregos que provavelmente derivaram este nome do rio Ebro (Iberus) para catalogar as tribos que ocuparam os territórios perto deste rio e do Huelva.
• A península Ibérica está situada no sudoeste da Europa. É formada pelos territórios de Gibraltar (cuja soberania pertence ao Reino Unido), Portugal, Espanha, Andorra e uma pequena fração do território da França nas vertentes ocidentais e norte dos Pirenéus, até ao local onde o istmo está situado1 . É a mais ocidental das três grandes penínsulas do sul da Europa, sendo as outras a península Itálica e a península Balcânica. Em área é a segunda maior península da Europa, apenas ultrapassada pela península Escandinava, tendo uma área de cerca de 580 000 km². Formando quase um trapézio, a península liga-se ao resto do continente europeu pelo istmo constituído pela cordilheira dos Pirenéus, sendo rodeada a norte, oeste e parte do sul pelo oceano Atlântico, e a restante costa sul e leste pelo mar Mediterrâneo. Os seus pontos extremos são a ocidente o cabo da Roca, a oriente o cabo de Creus, a sul a ponta de Tarifa e a norte a
• estaca de Bares.
• Com uma altitude média bastante elevada, apresenta predomínio de planaltos rodeados por cadeias de montanhas, e que são atravessados pelos principais rios. Os mais importantes são o rio Tejo, o rio Douro, o rio Guadiana e o rio Guadalquivir, que desaguam no oceano Atlântico, e o rio Ebro, que, por sua vez, desagua no mar Mediterrâneo.
• As elevações mais importantes são a cordilheira Cantábrica, no norte; o sistema Penibético (serra Nevada) e o sistema Bético (serra Morena), no sul; e ainda a cordilheira Central (serra de Guadarrama), de que a serra da Estrela é o prolongamento ocidental. Densamente povoada no litoral, a península Ibérica tem fraca densidade populacional nas regiões interiores. Excepção a esta regra é a região de Madrid, densamente povoada.
• A península Ibérica, ao longo dos tempos, já teve várias designações enquanto era governada por povos distintos. Entre eles, destacam-se os nomes Ibéria e Hispânia. Iberia foi o nome grego dado à península Ibérica, uma vez que eles conheciam somente a parte em torno do rio Ebro. Já Hispania era o nome romano da península.
• A região, depois do período histórico denominado Reconquista, foi-se transformando e os muçulmanos foram expulsos. Portugal como Estado surge em 1143, confirmado, mais tarde, pelo papa Alexandre III pela emissão da bula Manifestis Probatum. 350 anos depois, com o casamento em 1492 entre Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, surge o que depois seria a Espanha.
• No contexto da Península Ibérica, o crescimento desequilibrado e a diferente• potencialidade do fenómeno de desenvolvimento, urbano e rural, têm facilitado a
intensificação • dos processos de despovoamento e as consequentes mutações de organização agrária
e social dos • espaços rurais do interior. Estas problemáticas pronunciam-se em factos de cariz
regional e têm • sido aprofundadas desde tempos bem recentes, pelo agravamento dos desequilíbrios
territoriais, • em que se constata que não são apenas prejudiciais às comunidades locais, dado que,
além da • reflexão de justiça social que pesa necessariamente, também o próprio sistema de• desenvolvimento se revela lento e começa a afectar profundamente as “áreas
deprimidas”, bem • como as mais favorecidas ao provocar um congestionamento e sobrelotação
populacional.
• A tomada de consciência dos factos mencionados, em Portugal, desencadeou-se com maior
• profundidade a partir da integração na União Europeia, com atenção nas perspectivas e modelos
• de ordenamento do território como forma de incentivar um desenvolvimento mais harmonioso no
• contexto nacional. Por seu modo, estes factores fizeram despertar interesse pelas áreas mais
• desfavorecidas, como é o caso das regiões fronteiriças. • Ao aludir o passado apercebe-se que durante séculos, a fronteira
entre Portugal e Espanha • constituiu um elemento conflituoso e até de certo modo um
obstáculo inultrapassável, fazendo
• invalidar a perspectiva social que vigorava nos povos de raia, os quais são detentores de uma
• cultura com raízes comuns, assim como ideologias e valores análogos. Do ponto de vista global
• dos dois países Ibéricos esta cumplicidade tornou-se de reconhecimento público, facto sempre
• manifestado nas vivências, no quotidiano das comunidades, nas relações estreitas e na forte
• cumplicidade estabelecida e confinada às actividades comerciais, implícitas no contrabando e na
• emigração.
• A política da União Europeia tem sido perspectivada e posta em prática numa estratégia
• continuada, no sentido de reduzir o atraso de desenvolvimento das regiões fronteiriças. Esta
• estratégia passa por fomentar e intensificar a cooperação transfronteiriça a diferentes níveis,
• entre eles o internacional, o nacional e o local, através dos programas INTERREG e LEADER, com
• a pretensão de garantir um desenvolvimento sustentado em direcção à construção de um espaço
• europeu mais coeso, social e económico.
• Neste contexto, este estudo incide especificadamente numa análise abrangente de dois
• territórios transfronteiriços, ambos no Noroeste Peninsular. O primeiro de que se fala é Terras de
• Bouro que se insere no Distrito de Braga e o segundo é Lóbios situado na Comarca Baixa Limia,
• pertencente à Província de Ourense. Estes dois territórios de raia juntos e simultaneamente
• separados por uma fronteira, apresentam características próprias da interioridade e do
• isolamento geográfico, contudo o contexto histórico, os relacionamentos antagónicos e a
• cumplicidade entre estes povos, representam factores contributivos para o enraizamento de
• culturas semelhantes, enriquecidas e envolvidas por áreas naturais de extrema apreciação
• nacional e internacional. Não se pode deixar passar o facto de que nestes territórios não existe a
• plenitude de poder de decisão, o seu poder, em parte, está condicionado pelas decisões
• centrais. No conjunto estes factores representam sérios condicionalismos, contribuindo, por si
• só, para um considerável atraso e um baixo índice de desenvolvimento.
• Neste estudo, o papel que concerne à cooperação transfronteiriça revela-se igualmente de
• importância crucial, na medida em que pode moderar os atrasos de desenvolvimento.
• A análise a realizar nos territórios em causa refere-se à vertente de desenvolvimento
• projectada desde a década de 60 à actualidade (ano de 2002). Este período de análise impõe
• como imperativo o papel das administrações públicas locais, entre outros organismos públicos .