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    M|PERGUNTAS FREQUENTES|HOME

    Domingo, 26 de Ju

    Estar seguroFundamentos do seguro

    Risco

    Gerenciar o risco

    Como funcionam os seguros?

    Clculo da probabilidade

    Ajustando o preo pela franquia

    Seguros e finanas

    Riscos segurveis e no segurveis

    1. Risco

    A vida cheia de riscos! A rigor, o ser humano acorda pe la manh e no sabeestar ao final do dia.

    No ditado popular, quem arrisca, petisca. Contudo, em muitos casos, ocorre orisco causa perdas, de vidas ou de propriedades, cujo impacto financeiro neAssim, estritamente falando, risco um evento ou condio incerta, isto , quno ocorrer no futuro, e cuja ocorrncia tem um efeito negativo e que pode seexpresso em termos monetrios.

    Esse evento pode ser totalmente incerto, como a queda de um raio, ou certo,acontecendo em data incerta, como a morte. O impacto financeiro de um sinisatingir milhes de reais e levar a empresa que no se precaveu falncia, ouindivduo a perder parte substancial de um patrimnio que lhe exigiu anos paracumular. nesse momento que o seguro se torna importante.

    O que sinistro?

    o termo utilizado para definir, em qualquer ramo de seguro, o acontecimento do evento incerto previsto (umacoberto no contrato. O termo tem origem no latim sinistra que significa esquerda, como em mo esquerda ou esquerdo, e que era associado, na Antiguidade com situaes ou coisas negativas, maliciosas, danosas, ignomin

    2. Gerenciar o risco

    A inevitvel rea lidade do risco levou a humanidade a procurar gerenciar o risco. Existemvrios modos de faz-lo, a saber:

    Existem vrios modos de faz-lo, a saber:

    Evitar o risco

    o caso do indivduo que, planejando viajar de carro, ao observar os pneus gastos doseu automvel, desiste de viajar.

    Reduzir o Risco

    No caso anterior, o indivduo viaja, mas a uma velocidade baixa de modo a evitar ter de

    mos

    uro

    o de Histria

    ndicadores do mercado

    Pesquisas e Anlises

    s Frequentes

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    frear bruscamente e arriscar uma derrapagem perigosa.

    Correr o risco

    O indivduo que decide correr o risco tem, por sua vez, trs possibilidades degerenci-lo:

    a) Autosseguro: o mtodo pelo qual o indivduo separa ou acumula ummontante em dinheiro para compensar determinada perda potencial que pode sofrer no futuro. O autossegmtodo pouco efetivo, pois a maioria das pessoas no ganha o suficiente para acumular, na quantidade e nnecessrios, os montantes requeridos. Assim, acaba sendo um eufemismo para designar os indivduos quesegurados.

    b) Mutualismo: diviso das perdas entre os interessados. Historicamente, esse foi o comeo do seguro:navegadores se reuniam e estimavam as perdas anuais no patrimnio conjunto (embarcaes e suas cargarepartiam essa perda estimada entre eles, segundo a participao de cada um no patrimnio total.

    Atualmente, o mutual ismo ainda utilizado pelas seguradoras em a lguns pases, mas pouco usado pelosconsumidores. Estes optam por no incorrer nos elevados custos de administrao da modalidade, que exigconhecimento especializado.

    c) Seguro: a opo moderna e mais usada de gerenciamento do risco. Envolve a transferncia do risco dde uma entidade (empresa ou indivduo) para outra entidade (seguradora) que assume os riscos e recebe um prmio. O conjunto dos prmios de vrios riscos, muitos sem sinistro, permite s seguradoras formar repara pagar os sinistros.

    O seguro envolve, ainda, a agregao do risco e diviso das perdas (ou mutualismo), pois as seguradoras ariscos semelhantes em carteiras distintas, de modo a melhor estimar as respectivas perdas e prmios de se

    risco transferido, pois a seguradora tem de arcar com as indenizaes referentes a determinada carteira,quando a soma dos prmios recolhidos for inferior ao valor das indenizaes. Se esse prejuzo ocorrercontinuamente, a seguradora no est sendo bem conduzida: falha na aceitao e no apreamento dos risc

    O que prmio?

    a soma em dinheiro paga pelo segurado ao segurador, para que este assuma a responsabilidade de um deterrisco de perda.

    A palavra vem do latim praemium, juno de prae, recompensa, com o verbo emere, obter. Ateno: em halguma prmio de seguro representa o valor (ligado a loterias, por exemplo) que a seguradora deve ao segura

    3. Como funcionam os seguros?

    O seguro um contrato entre um indivduo ou uma empresa (segurado) e uma seguradora. O segurado paga umchamado prmio e a companhia, em troca, compromete-se pagar a eventual perda financeira correspondente,perodo da aplice.

    O risco transferido do segurado para a seguradora e o documento que formaliza esse contrato se chama aplic

    O princpio da boa-f

    O seguro um contrato inevitavelmente especulativo. A seguradora recebe as informaes do segurado e, comnelas, traa um perfil do risco e calcula a perda esperada e o prmio.

    Se o segurado omite informaes que agravariam o risco, ameaanprejuzo a seguradora, ele falta com o principio da boa-f. O mesmse a empresa, aproveitando-se do desconhecimento da maioria dossegurados a respeito das tecnicalidades do mercado, deliberadamede terminologias vagas na aplice de modo a, por exemplo, escondexcluses.

    Nesses casos, a lei diz que o contrato nulo. A lei impe aos contrdever de obedecer ao principio da boa-f, pois, na falta dele, o acprejuzos de parte a parte levaria a suspeitas generalizadas e, no linviabilizao do prprio mercado.

    Note-se que esse princpio aplicvel a todos os contratos e transaes. Ele probe o agente de esconder da outque sabe confidencialmente, para induzi-la a um negcio que no ocorreria ou ocorreria de modo diverso se esstivesse acesso informao sonegada. E vice-versa.

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    O que so reservas?

    As reservas ou provises so va lores matemat icamente calculados pelas seguradoras,com base nos prmios recebidos dos segurados, para garantia de indenizaes deriscos assumidos.

    Elas indicam o montante de recursos que a empresa deve guardar no presente paracumprir com suas obrigaes no futuro.

    Os dois tipos principais de reservas das companhias de seguros so: reservas desinistros avisados e reservas de prmios no ganhos. Estas ltimas representam a

    parcela do prmio que, na data da apurao ainda no foi ganho. O clculo base depro rata. Para aplice de vigncia anual de 1/24 para o primeiro e para o ltimo msde vigncia, e de 1/12 para os demais meses.

    Por exemplo, aps trs meses do incio de vigncia, a reserva de prmio no ganhorelativa a uma aplice de um ano de vigncia, que custou R$ 1.200,00 de R$ 900,00(2 x 1/24 + 8 x 1/12 = 9/12 = 9/12 x R$ 1.200,00 = R$ 900,00 do prmio), e o prmioganho de R$ 300,00 (R$ 1.200,00 R$ 900,00 = R$ 300,00).

    A reserva de sinistro uma estimat iva do valor do sinistro av isado, corrigido posteriormente pelo valor da indenefetivamente paga. . Dependendo do ramo e do risco, outras reservas podem ser acrescentadas.

    Por exemplo, em aplices que cobrem riscos de baixa frequncia e alta gravidade, pode ser necessrio constituicontra catstrofes, lembrando que as reservas da seguradora se referem s responsabilidades por ela assumidasas responsabilidades resseguradas ou cosseguradas.

    Uma outra reserva muito frequente a de sinistros ocorridos porm no avisados seguradora (IBNR - IncurredReported). Geralmente refere-se a sinistros avisados seguradora no pelo segurado, mas pelo (s) beneficirioterceiros, quando se tratar de seguros de responsabilidade civil.

    As instituies de governo reguladoras do seguro fixam os percentuais mnimos que as seguradoras devem respeconstituio das provises mais importantes.

    O que aplice?

    Aplice um documento emitido pela seguradora, que formaliza a aceitao do risco, objeto do contrato de seg

    Nela devem estar discriminadas todas as condies contratuais, o bem ou a pessoa segurada, as coberturas de rgarantias contratadas, os estipulantes e beneficirios, o valor do prmio, o prazo do contrato e as excluses issituaes em que a indenizao no devida , entre outras informaes.

    A emisso da aplice no d, necessariamente, incio cobertura dbem estar coberto (segurado) assim que o risco tiver sido aceito pseguradora.

    Essa operao poder resultar na emisso de um contrato de segucertificado de cobertura. A aplice ser enviada posteriormente.

    Ao receber a apl ice, importante que o segurado verifique se as ali contidas so as mesmas que informou ao corretor de seguros quassinou o contrato.

    A origem do termo vem do francs police e do italiano polizza, tendo por origem o latim pollicitatio ou promessa, no caso, de pa

    indenizao por perda que teve como contrapartida o pagamento anterior de um prmio.

    O prmio de seguro baseado na quantidade de risco. Riscos baixos pagam prmios baixos e riscos altos pagamaltos, quando aceitos pela seguradora.

    As seguradoras coletam informaes sobre os interessados em contratar o seguro e sobre suas propriedades pardeterminar, o mais precisamente possvel, o montante de risco de perda que est em jogo em cada caso e, da,prmio respectivo.

    Geralmente, a seguradora agrega em uma carteira grande nmero de aplices de um mesmo ramo.

    A prtica do seguro complicada, mas o mecanismo bsico simples.

    Suponha que um segurado pague um prmio de R$ 1.500,00 por uma aplice de seguro de automveis contra rocoliso e danos a terceiros.

    Se no acontecer o sinistro, o segurado no ficar triste por ter pagado os R$ 1.500,00. Afinal, ele despendeu urelativamente pequeno que lhe permitiu se livrar de uma perda potencial grande, do ponto de vista individual.

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    De fato, a seguradora pode ter que pagar R$ 30.000,00 se houver uma coliso com perda total e, quem sabe, Rse da coliso resultar um ferimento traumtico a terceiro.

    O mesmo vale para outras situaes de risco, como por exemplo, uma empresa que est rea lizando investimentelevados e quer se precaver contra riscos de incndio na nova planta.

    Assim, a disponibilidade do seguro incentiva a economia, pois o consumidor tem segurana para adquirir bens demais alto, e o empresrio, por sua vez, confiana para realizar investimentos que podem exigir recursos vultososde terceiros.

    4. Clculo da probabilidade

    Uma seguradora ao assumir o risco de ter de pagar uma indenizao de R$ 30.000,00 contra um prmio de R$ 1precisa analis-lo antes da aceitao. Do ponto de vista da seguradora, o mecanismo envolve:

    a aferio precisa do risco, o que feito por meio de tcnicas de Estatstica;

    a reduo (idealmente, a eliminao) do risco por um processo de agregao e partilha do risco.

    Um exemplo simples de partilhar o risco o cosseguro. Trata-se da repartio de um mesmo risco, de um mesmsegurado, entre duas ou mais seguradoras. Podem ser emitidas tantas aplices quantas forem as seguradoras onica aplice, por uma das seguradoras denominada, nesse caso, seguradora lder. Essa operao no significa q

    vnculo do segurado com cada uma das seguradoras que respondem, isoladamente, pela parcela de responsabiliassumiram perante ele.

    Outra forma de cosseguro aquela realizada por iniciativa do prprio segurado, em seu exclusivo interesse e ninteresse das seguradoras envolvidas. Por exemplo, o segurado deseja dar uma parte do seu seguro para a segugrupo do banco que lhe concedeu um emprstimo,

    As seguradoras tambm util izam dois mecanismos adicionais muito importantes:

    manter em balano volume adequado de capital prprio para suportar perdas alm do esperado (esse tum dos alvos principais das instituies oficiais reguladoras e fiscalizadoras de seguros);

    agregar grande quantidade de riscos similares.

    Suponha que se saiba o seguinte: numa regio e num ano, em mdia, 10%

    dos carros so roubados. No mundo real, o padro de perdas (carrosroubados) instvel. Assim, uma seguradora que segurasse apenas 10carros poderia muito bem achar que h uma possibilidade significativa (de20%, digamos) de dois carros de sua carteira serem roubados. Isso dobrariasuas despesas em indenizaes e, obviamente, desestimularia o negcio.

    Porm, se a seguradora conseguisse reunir e segurar 10 mil carros emcondies de risco similares aos 10 anteriores, ela estaria amparada por umalei da Estatstica que prova que cai para menos de 1% a probabilidade de ossinistros serem o dobro da mdia.

    Mais precisamente, essa lei garante que, quanto maior o numero de carros segurados, mais e mais a mdia da agrupo de carros) se aproximar dos 10%, que vm a ser a mdia de roubos da populao, isto , do total de carregio.

    esse aspecto da teoria de probabilidade que permite seguradora lidar com as variaes nos padres de perd

    existentes no mundo real. Essa lei da Estatstica se chama Lei dos Grandes Nmeros que, junto com o mecanisagregao e partilha dos riscos, torna o seguro possvel e desejvel.

    A seguradora ganha ao explorar o fato de que aquilo que altamente imprevisvel para o indiv duo tambm aprevisvel para grandes amostras de uma populao.

    A Lei dos Grandes Nmeros

    Essa lei, base do seguro, diz o seguinte: Dada uma amostra de observaes independentes e identicamente disde uma varivel aleatria, a mdia da amostra tende a se igualar mdia da populao, na medida em que o nobservaes aumenta.

    O enunciado da lei pode parecer esotrico, mas facilmente ilustrado com o exemplo da mdia de valores que s

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    ao jogar um dado por certo nmero de vezes.

    A mdia da populao (nmeros das seis faces do dado) a mdia terica e assume o valor de 3,5, que vm asoma de 1, 2, 3, 4, 5 e 6, todos com iguais chances de sair, divididos por 6.

    Entretanto, valores bem diferentes de 3,5 podem ocorrer se, digamos, o dado for lanado apenas 20 vezes.

    O que a le i dos grandes nmeros nos garante que, aumentando cada vez mais a amostra (no caso, o nmero lanamentos), o valor cada vez mais se aproxima de 3,5. Voc pode checar isso se tiver pacincia!

    importante notar que a le i dos grandes nmeros s funciona se os eventos forem independentes, ou seja, se ade roubo do meu carro for independente da chance do meu vizinho.

    Isso explica por que as seguradoras procuram espalhar os riscos que esto em zonas geogrficas distintas e ponenhuma seguradora ter uma carteira de incndio baseada apenas em moradores de um nico prdio.

    A seguradora, com base na agregao de riscos e na Lei dos Grandes Nmeros, pode ofertar aplices a custorelativamente baixo.

    Digamos que a seguradora Beta faa seguro contra incndio de 100 mil casas, cada uma valendo R$ 300 mil. Aprobabilidade de uma casa se incendiar de 2 em 1.000 por ano. Assim, o valor esperado anual de despesas coindenizaes para Beta de 0,002 x 100.000 x 300.000, que igual a R$ 60 milhes por ano.

    Se outros R$ 60 milhes forem necessrios para cobrir as despesas de Beta com corretagem de seguros, pessoaadministrativo, impostos e a taxa de lucro que considera adequada, segue-se que o prmio de seguro pago por segurado seria de R$ 1.200,00.

    Note que a parcela do prmio relat iva apenas ao risco de incndio metade disso, R$ 600 para cada segurado.parcela chamada no mercado de seguros de prmio puro de risco, ao qual so somados os demais itens, cha

    carregamento, para formar o prmio comercial ou tota l.

    O segurado compra o seguro pagando mais do que o prmio puro por ser avesso ao risco. Mas, para ele, esse negcio! No nosso exemplo, cada proprietrio se livra de uma perda possvel e catastrfica de R$ 300 mil em troprmio de apenas R$ 1.200,00. Portanto, podemos escrever a equao do prmio de seguro da seguinte forma:

    Prmio comercial = Perda esperada + Despesas + Impostos + Lucro esperado

    Perda esperada = Prmio puro de seguro

    Despesas + Impostos + Lucro esperado = Carregamento

    5. Ajustando o preo pela franquia

    No exemplo acima, o valor do prmio de seguro dado. Na prtica, entretanto, no precisa ser assim. O prmioreduzido pela aceitao de uma franquia.

    A franquia uma coparticipao contratualmente acordada e fixada do segurado no risco e, consequentemevalor da indenizao.

    Tipicamente, quanto maior o valor da franquia, menor o valor do prmio e vice-versa.

    A franquia um mecanismo aberto a qualquer ramo de seguros, mas mui to utilizada nos ramos de automveis

    Quando o veculo segurado sofre danos parciais, a seguradora acionada para arcar com os custos dos reparos.momento, o segurado tambm participa, assumindo uma parte desses custos.

    O segurado que assume uma franquia de R$ 2.000,00, por exemploassumindo a responsabilidade de arcar com as despesas at esse v

    prejuzo for de R$ 5.000,00, o segurado pagar os R$ 2.000,00correspondentes franquia e a seguradora, os R$ 3.000,00 que falt

    O mesmo ocorre no seguro sade, onde a coparticipao atinge decom mdicos, internaes e exames. Esse foi o meio que as seguraencontraram para enfrentar os custos crescentes da Medicina, paraos prmios em patamares razoveis e a oferta de seguros vigente.

    O valor da franquia deve ser motivo de reflexo do segurado. Assimrazovel que um motorista novato escolha uma franquia relativame

    baixa, pois, em geral, estar particularmente exposto ao risco de pequenas batidas.

    Se escolher uma franquia relativamente alta, pode ter de arcar com as despesas de todas essas batidas, o que vno bolso, sem dvida. Com a franquia mais baixa, pagar um prmio um pouco mais caro, mas esse o preo d

    O inverso ocorre com o motorista maduro. A os riscos mais presentes so de roubo ou de uma batida inevitvel

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    grandes propores, com o que se entende como normal que o motorista experiente escolha uma franquia maisportanto, obtenha um prmio relativamente mais barato.

    A franquia pode ser dedutvel ou simples. No primeiro caso, a seguradora obrigada a indenizar somente os valprejuzos que excederem o valor da franquia, que sempre ser deduzido da indenizao total. No segundo caso,seguradora est desobrigada de indenizar quando os prejuzos forem inferiores franquia, mas obrigada a faz-integralmente quando a excederem.

    A franquia mais adotada a dedutvel, utilizada para o seguro do ramo de automvel, por exemplo.

    A franquia pode, ainda, ser facultativa ou obrigatria. Neste caso no cabe alternativa para o usurio seno acesua aplicao tambm se encontra no seguro de automveis.

    6. Seguros e Finanas

    No mercado de seguros, a receita de prmios precede o pagamento de indenizaes, s vezes, em anos. Pense,exemplo, no caso de casais jovens que adquirem seguros de vida ou de sade. A probabilidade de sinistros, nesbem baixa nos primeiros anos de vigncia das aplices.

    Os recursos dos prmios so aplicados nos mercados financeiro e de capitais e, em menor proporo, no mercadimveis. Em consequncia, as seguradoras auferem uma receita adicional, decorrente de operaes financeiras diretamente relacionada ao mercado de seguros.

    Tais receitas tm dupla vantagem:

    para a economia, so recursos que promovem o desenvolvimento dos mercados financeiro e de capitais, fundamental importncia para o crescimento econmico; e

    para o mercado de seguros, so recursos adicionais que as seguradoras podem utilizar na sua capitalizaconsequentemente, aumentar o seu limite de reteno do ramo que opera ou investir em novos recurso tchumanos para o desenvolvimento de novos produtos ou no barateamento dos produtos existentes.

    Isso comumente observado nos mercados competitivos em que o colcho de segurana representado pelas refinanceiras permite s seguradoras melhor administradas reduzir o preo de suas aplices e obter vantagem com

    essa peculiaridade do mercado de seguros que explica tambm a crescente inter-relao das seguradoras combancos. As seguradoras descobriram que podem aumentar a venda de produtos de seguros agregando a eles profinanceiros, e vice-versa, no caso dos bancos, embora sejam proibidas as operaes casadas (de bancos e respeseguradoras do grupo).

    7. Riscos segurveis e no segurveis

    Utilizando o mercado de seguros, uma pessoa pode construir uma rede de proteo bastante efetiva em sua vidpropriedades. Mas nem todos os riscos so segurveis. Pense nos seguintes riscos:

    Voc tem uma carteira de aes e teme que os papis caiam fortemente de valor.

    Voc abriu uma empresa e teme no ser capaz de atingir a taxa de lucro que estimou.

    Voc vai viajar para uma regio conturbada e teme ser vtima de um atentado terrorista.

    Voc precisa tirar certa nota num exame da faculdade e teme no ser capaz de faz-lo.

    Voc vai jogar num cassino e teme perder o dinheiro que reservou para isso.

    Nenhuma seguradora vai se dispor a fazer seguro para esses riscos. Aocontrrio, em todo o mundo, as seguradoras procuram excluir explicitamentedas coberturas os danos resultantes desses eventos. Seja porque so dedifcil previso, seja porque podem ser muito afetados pelas aes dosegurado, ou ainda, porque concentram fortemente os riscos.

    Mais precisamente, as condies necessrias para que um risco sejasegurvel so as seguintes:

    Grande nmero de eventos (Lei dos Grandes Nmeros): j

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    comentamos essa lei da Estatstica, fundamental para a viabilidade dosseguros. Quanto maior o nmero de segurados, maior a estabilidade deresultados de sinistros que uma seguradora pode esperar.

    Eventos independentes entre si (desconcentrao de riscos): para que a Lei dos Grandes Nmeros seja plaplicvel, preciso que os riscos sejam independentes entre si. Nenhuma seguradora formar uma carteiraseguro rural apenas numa regio, ou de seguro de incndio num mesmo prdio.

    Experincia suficiente (clculo correto de probabilidades): pode ser que os eventos sejam independenteshaja grande nmero de interessados no seguro, mas se houver grande imprevisibilidade, como nos casos dou atentados terroristas, o seguro no ser feito, ou estes riscos sero excludos da aplice, que o mais p

    mesmo acontece se no houver suficiente experincia pregressa, que permita aos aturios o clculo mais cprobabilidade de perda.

    Baixa incidncia de risco moral: Risco moral a possibilidade de uma pessoa ou empresa, depois de esegura, comportar-se diferentemente do que faria se estivesse inteiramente exposta ao risco.

    O caso tpico o do indivduo que fez seguro contra roubo de automvel e, depois disso, tornou-se menos vcom seu carro. Ele age assim porque as consequncias negativas do roubo no sero suas, mas de responsda companhia de seguros.

    O risco moral est relacionado chamada assimetria de informao - as seguradoras tm dificuldade de antemo como reagiro seus segurados depois de contratado o seguro.

    De certa maneira, o risco moral existe em maior ou menor grau em todas as carteiras de seguros, mas nosmais extremos, em que a mudana de comportamento previsvel, pode inviabilizar o seguro.

    Ateno:no se deve confundir risco moral - mudana natural de comportamento que aumenta a chance d

    com a fraude, que cria o falso sinistro. Tambm no h correlao com dano mora l que, desvinculado demateriais, toda e qualquer ofensa ou violao aos princpios de ordem moral de um indivduo, referentesliberdade, sua honra, sua pessoa ou sua famlia.

    Baixa incidncia de seleo adversa: a seleo adversa mais um problema decorrente da assimetriainformao. Ela se refere a um processo de mercado em que os resultados ruins so naturalmente seleci(contratados) em detrimento dos bons.

    O caso mais simples de uma populao de, por exemplo, fumantes e no fumantes e uma seguradora deque cobra preos idnticos por no saber diferenciar, a priori, quem pertence a cada grupo.

    Ao fim e ao cabo, os segurados no fumantes desisti ro do seguro, pois vo perceber que esto bancandosegurados fumantes e, portanto, pagando um preo mais caro pelo seu risco especfico.

    E a seguradora, ao reajustar para cima o prmio, pode verificar que a aplice se tornou invendvel. Novamseleo adversa um risco em todos os ramos de seguros, mas onde ela se tornar dominante, pode tornar

    no segurvel.

    Alguns riscos no segurveis so importantes para a economia como um todo. Nesses casos, os governos costuassumi-los, estabelecendo os chamados seguros sociais, de interesse geral. o caso do seguro agrcola, geralmgarantido pelo governo. Em alguns pases, assumido por seguradora nica.

    Outros seguros sociais, por exemplo, so o seguro-desemprego e os sistemas estatais de previdncia e assistnc

    No seguro-desemprego, observa-se concentrao de riscos, porque o desemprego costuma evoluir em ondas perque afetam grande nmero de trabalhadores ao mesmo tempo.

    Nos sistemas de previdncia e assistncia social, o principal problema a seleo adversa, ou seja, a maioria dosegurados constitui risco elevado e no suportaria prmios fixados com parmetros de mercado.

    O que faz o aturio?

    O aturio o profissional que calcula o impacto financeiro do risco e da incerteza. Ele pesquisa e analisa dados pestimar a probabilidade e o custo provvel da ocorrncia de eventos como morte, doena, ferimento, invalidez ode propriedade.

    De posse desses dados, o aturio cumpre sua funo clssica, que a de calcular os prmios e as reservas paraque cobrem vrios riscos.

    Os aturios igualmente calculam as contribuies financeiras que os indivduoaos fundos de penso, que so exigidas para produzir renda de aposentadoriaaconselhar a empresa sobre a maneira como ela deve investir os recursos parmximo de rentabilidade de seus investimentos luz dos riscos potenciais.

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    Um bom aturio precisa estar familiarizado com ampla gama de assuntos. Deprecisa ter profundo conhecimento do clculo de probabilidades e de matemtfinanceira, mas tambm de economia, finanas e dos negcios prprios do meseguros.

    Os aturios so essenciais para a indstria de seguros, previdncia complementar aberta e capitalizao, seja coempregados ou como consultores.

    Outros setores tambm necessitam de seus servios, como por exemplo, as agncias governamentais que admisistemas estatais de previdncia e assistncia social.

    Recentemente, houve expanso do campo da aturia para incluir gesto de at ivos de investimento, em funo d

    convergncia das reas de finanas e gesto de riscos com a cincia atuarial.

    Atualmente, portanto, os aturios trabalham tambm como gerentes de risco e anali stas de investimento. No Brprofisso regulamentada pelo Decreto-Lei n 66.408, de 1970, e normas complementares.

    Para exercer a profisso de aturio necessrio ser graduado em Cincias Atuariais e estar inscrito no Institutode Aturia (IBA) que, em 2005, instituiu uma prova de habilitao para seus novos membros.

    omosco de histria

    indicadores do mercado

    , pesquisas e anlisesas Frequenteso cobre?entos do seguroa do mercado

    e segurotncia dos corretores de seguroradoras e as regulamentaes de mercado

    io

    o! Aconteceu um sinistro

    o de contedo

    TUDOSOBRESEGUROS dez/2013

    Indivduos

    Viso geralAutomveisVida

    Acidentes pessoaisPrevidncia complementar abertaPrevidncia socialSadeResidencialResponsabilidade civilPrestamistaFiana LocatciaOutros segurosDPEMCarta verdeDesempregoSeguro de acidentes do trabalhoCapitalizaoMicrosseguros

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