Turismo - Manual Do Formador
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As Implicações da Internet na
realidade do Negócio Turístico
e os Desafios Tecnológicos do
Futuro Próximo
GUIA DO FORMADOR
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TURISMO E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
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© 2005 CNS Aveiro Lda. – todos os direitos reservados.
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Introdução Este é um manual de pendor técnico concebido para apoio à
actividade do formador, incluindo, no âmbito desta componente
do projecto:
� Textos de enquadramento e exploratórios da
matéria disseminada nos recursos online e nos
textos do Manual do Participante;
� Orientações metodológicas e pedagógicas;
� Um conjunto adicional de exercícios e a resolução
de todos os exercícios/desafios propostos ao
longo do processo formativo, e incluindo os do
Manual do Participante.
O Manual do Formador apresenta alguns conteúdos comuns
com o Manual do Participante, noutra perspectiva, e conteúdos
adicionais ou exclusivos, como os referentes a “Exploração
Adicional” e as “Respostas e Soluções Propostas” para os
exercícios do Manual do Participantes e do meio online.
Avançamos já a seguir, por uma questão de arrumação de
conteúdos, para os aspectos mais relevantes em função das aulas
previstas e da sua respectiva condução. Destacamos os conceitos
e sínteses mais importantes, enquadramos a formação proposta
no recurso disponível online, exploramos temas importantes e
tentamos perceber as grandes linhas de orientação, prioridades e
pontos de vista dos principais investigadores. Nas últimas
páginas do manual poderá consultar mais considerações de
enquadramento, incluindo sobre o perfil de formador adequado
neste âmbito.
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COMPETITIVIDADE EXACERBADA O Turismo, contrariamente ao que se possa eventualmente
pensar, não é um sector (ou, como também é designado
vulgarmente, uma indústria) nem de pequenos valores nem de
pequeno valor. De facto, tem mesmo um peso substancial na
economia de qualquer país, nomeadamente no nosso, onde
atinge uma relevância digna de nota e da maior atenção. O
sector do Turismo é mesmo um dos mais importantes,
representando (no ano de 2003 e de acordo com valores de
Novembro de 2004 do INE1 e da DGTurismo) 8% do PIB e
absorvendo cerca de 10% dos postos de trabalho nacionais.
Entraram em Portugal em 2003 cerca de 27,5 milhões de
visitantes, 11,7 milhões dos quais turistas (entendem-se como
turistas os visitantes que permaneceram no território pelo menos
uma noite). Vemos então que realmente o sector do Turismo é
de uma significativa relevância económica e exerce,
transversalmente, influências sobre muitas outras áreas
económicas.
Do ponto de vista de profissionais do sector, não é também e
apenas aquele óbvio grupo de actividades de ligadas
directamente ao negócio da hotelaria e/ou restauração. Apesar
de não completamente incorrecta, essa é apenas a noção mais
superficial. A realidade é bastante mais abrangente e o conceito
mais profundo e complexo do que se possa inicialmente
imaginar.
Este sector apresenta um número de postos de trabalho elevado,
distribuídos por um conjunto bastante vasto de actividades cujo
intuito e funcionamento se centra, evidentemente, nos serviços
prestados directa ou indirectamente a visitantes.
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Esse conjunto de actividades inclui, sem dúvida, os hotéis e
restaurantes mas de forma nenhuma se limita a estes. De facto,
há uma lista significativa de empresas, instituições, organismos
e mesmo profissionais liberais cujas actividades se podem
estruturar, de uma forma simples e despretensiosa, em 7 áreas
distintas mas fortemente interrelacionadas (sem qualquer
ordenação especial):
� Acomodação / hospedagem;
� Atracções turísticas / recursos naturais;
� Ocupação de tempos livres / actividades lúdicas;
� Operadores;
� Transportes / deslocações;
� Marketing / distribuição / vendas;
� Organismos e instituições de regulação;
� Actividades de comércio e serviços diversos.
Baseando-nos apenas nesta estrutura básica, chega-se
rapidamente à conclusão que existe uma miríade de pontos de
vista, posicionamentos, interesses e abordagens envolvidos neste
negócio do Turismo. Cada uma das actividades (quer se
encaixem com naturalidade nesta estrutura ou nem tanto) é
afectada de maneira diferente, por factores diferentes e em
intensidades também diferentes. Ora, aceitando o pressuposto
que o “produto” que é vendido ao visitante assenta sempre no
âmbito de funcionamento de várias destas actividades
simultaneamente então torna-se muito claro que, tendo cada
uma das actividades uma abrangência definida e objectivos
específicos, para que o objectivo global de prestação de um
serviço de qualidade ao visitante seja atingido, todas elas,
independentemente do seu posicionamento, deverão interagir
da forma mais eficiente e rápida possível.
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Estamos então a falar de uma estrutura de interacções flexível
que se pode descrever como uma rede e que apresenta alguma
complexidade na sua composição e dinâmica. Nesta rede, os
elementos internos (as actividades do sector) simultaneamente
afectam e são afectados por todos os outros. Por outro lado, o
sector como um todo influencia e é influenciado também por
factores externos. Ao longo dos anos, esses factores de diversas
naturezas (políticos, financeiros, geográficos, tecnológicos,
ambientais, etc.) vêm afectando esta rede obrigando os
elementos que a constituem a adaptações mais ou menos
radicais. A influência destes factores reflecte-se na forma como
os elementos se posicionam e operam dentro do seu âmbito.
Muitas vezes obrigam também a que alguns desses elementos
passem a interagir com outros que não seriam até à altura os
seus habituais. Essas adaptações podem sentir-se de forma mais
forte ou notória em algumas actividades mas em última
instância afectam inevitavelmente a rede como um todo. Nos
últimos anos, tem-se constatado que esta rede não só tem
mudado em termos de comportamento como também em
constituição, pelo aparecimento de novos elementos que trazem
mais-valias próprias e que impõem novas dinâmicas de
funcionamento. Podemos assim dizer que de uma maneira geral,
esta rede exibe algumas das características que se podem
observar num organismo vivo: é dinâmica, é adaptável e está em
constante evolução.
Não vamos neste documento tentar abordar todos os factores
que influenciam esta indústria porque seria no mínimo uma
tarefa longa e árdua. Vamos no entanto tentar enquadrar na
medida do possível um deles e o seu impacto no sector do
Turismo. Pode-se eventualmente questionar se este será o mais
importante mas penso que concordarão que é um dos mais
determinantes: o factor tecnológico.
A tecnologia, de uma maneira geral, esteve sempre intimamente
relacionada com a necessidade constante e imperiosa de manter
e, se possível, aumentar a competitividade perante mercados em
mudança. No sector do Turismo este relacionamento mantém-se
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e não é, de maneira nenhuma, diferente. O sector do Turismo
necessita, e cada vez mais, de ferramentas e abordagens
inovadoras que apresentem respostas eficazes a todas as antigas
e (teremos oportunidade de ver mais tarde!) novas faces da
concorrência. Neste sentido, a tecnologia vem, ao longo dos anos
e de forma recorrente, a por um lado provocar e por outro
suportar as mutações e adaptações a que este sector tem estado
sujeito. É natural que isto se continue a verificar no futuro já que
se trata de um processo normal de evolução contínua. O impacto
que a tecnologia tem sobre cada actividade do sector é, no
entanto, diferente em cada uma delas, com características e
intensidades diferentes, pelo que não vamos tentar estudar o
impacto deste factor em todos os elementos da rede. Vamos
apenas focar um pouco sobre aqueles directamente envolvidos
na viagem (o transporte propriamente dito), o local de destino e
a região em que este se insere. Especificamente: companhias
aéreas, unidades hoteleiras e Regiões de Turismo�.
A tecnologia, nas suas diversas facetas, teve nos últimos anos, e
cada vez mais, um impacto forte na forma como cada um de nós,
a nível individual, executa as suas tarefas diárias, sejam estas de
que naturezas forem. Esta calma revolução (Patrick Mendis3)
que disseminou as novas tecnologias de uma forma sem
qualquer precedente, transformou muitos aspectos da nossa
vida, tanto a nível pessoal como profissional. As alterações
tecnológicas foram e continuam a ser globais em âmbito e
alcançam todas as pessoas, quer estas se apercebam disso ou
não. Inevitavelmente, todas as alterações na maneira de viver e
trabalhar dos indivíduos provocam também alterações em todas
as estruturas colectivas que com estes interagem e em que estes
se inserem. Ora, o sector do Turismo é, como alguém disse,
“uma indústria para pessoas”. Daí que não poderia nunca deixar
de ser afectado fortemente por alterações naquilo que é de facto
o tecido da actividade, ou seja, as pessoas. E estas vêm �����������������������������������������������<�A+�3�!��+2��7�!8+9:� ++�%+�*�"*-��%+�3�3���-��,N4"�*��%�?2���*24��,�����-%��%2�-��%��%"���C%�5��-�;+-�*%�3%+��+,*-��%+�>�%+����+%�3����%,����-%2�-��?�"�4�%3��3%+�,�-�*�%"�3%3+�-�;+-�*%+�3��,%-��2B������+-B��*���*"-�%"���%-�%"�����?%3���3%+�����-%�A+��3��*-��%+�3%�,�";-�*%�3�!��+2���� ���� %-��*L�I�3�+�R� ��(++����3F�-��3�G+-5���%�J����+�3%3�3���J��I%�M"%�3��
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gradualmente a exigir cada vez mais diversidade de oferta, mais
eficácia e rapidez de resposta às necessidades, melhor qualidade
geral do serviço prestado, e claro, tudo isso a preços mais
reduzidos do que nunca.
É então compreensível que nos últimos anos a palavra-chave
tenha passado rápida e decididamente a ser “competitividade”.
Tendo em conta esse objectivo geral, tem-se vindo a observar
uma onda de criação e/ou reforço de todos os meios que
permitam ao sector reagir e evoluir de forma sustentável.
No caso específico de Portugal, os poderes e capacidade de
intervenção dos organismos de Estado relacionados ao Turismo
têm sido revistos. Por exemplo, a Direcção Geral de Turismo foi
objecto no início do ano de 2004 de uma reestruturação. Esta
visou dotá-la de uma estrutura mais ágil e flexível no sentido de
um aumento de eficiência na resposta às solicitações que lhe são
dirigidas. Os serviços integrados na administração indirecta do
Estado (IFTUR�, ITP�, RT’s) assim como o ICEP� têm também
assumido um papel preponderante no fortalecimento,
dinamização e promoção deste sector.
A nível comunitário internacional, a mesma preocupação tem
vindo a manifestar-se pela criação e reforço de meios e
iniciativas que se centrem nas realidades comunitárias do
Turismo. No âmbito das Nações Unidas existe, por exemplo, a
WTO (World Tourism Organization) que é o organismo máximo
internacional do sector do Turismo. Visa servir de fórum de
discussão global para assuntos relacionados com Turismo e
como fonte de know-how do sector. Esta agência tem um papel
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preponderante na promoção e desenvolvimento responsável e
sustentável do sector do Turismo, de um ponto de vista
comunitário e global mas em particular nos países ditos em vias
de desenvolvimento. De uma forma geral, promove também o
cumprimento e respeito pelos direitos humanos e tenta fomentar
a criação e definição de um código global de ética no Turismo,
para que os países membros possam maximizar os impactos
económico, social e cultural positivos do Turismo, enquanto
minimizam os impactos sociais e ambientais negativos.
Paralelamente, a nível internacional, mas desta feita no sector
privado têm também surgido organismos e sistemas de critérios
de avaliação que visam posicionar cada país e/ou região no que
diz respeito à sua capacidade de competir num mercado de
Turismo cada vez mais aberto e global. Uma das iniciativas, por
exemplo, é o WTTC (World Travel & Tourism Council�) do qual
faz parte, entre muitas outras individualidades, Manuel
Fernando Espírito Santo (vice-presidente da empresa ES
Turismo�). Este tipo de organismos visa sensibilizar os
intervenientes no sector para os diversos desafios e questões que
actualmente se colocam. Visam também criar uma estrutura
criteriosa de trabalho que permita avaliar as situações de
competitividade a nível da indústria de Turismo e viagens em
cada país. Os critérios essenciais avaliados são:
� Competitividade de preços;
� Componente humana do Turismo;
� Infra-estrutura;
� Ambiente;
� Tecnologia;
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� Recursos humanos;
� Abertura de mercado;
� Realidade social.
Pretende-se que esta estrutura seja o mais fiável e precisa
possível no sentido de ser adoptada como referência para
definição e implementação de estratégias de desenvolvimento
por parte dos governos interessados. O WTTC existe há menos
de 5 anos mas desde a sua criação tem recolhido informação
sobre inúmeros países, que podem inclusive ser comparados no
que o WTTC chama de “monitor de competitividade”. Esta
informação é tratada de acordo com os critérios e metodologias
base da estrutura de trabalho e podem ser analisados na sua
forma original (tabelas numéricas) ou visualmente na forma de
gráficos, por país ou em bloco.
A indústria do Turismo vê-se assim hoje em dia a par com uma
necessidade imperiosa de equiparar a diversidade, o preço e em
última análise a qualidade da sua oferta com as características
apresentadas pela sua concorrência, que é agora mais
abrangente e agressiva do que nunca. O desenvolvimento
tecnológico, especialmente na área das comunicações e Internet,
possibilita neste momento uma muito maior aproximação e
interacção entre os elementos que operam no sector de Turismo.
Mas para além disso aproxima o próprio turista9 (talvez
desconfortavelmente, do ponto de vista dos prestadores de
serviços10) das origens dos serviços que tradicionalmente lhe
são propostos nos pacotes de viagens. Ou seja, o turista tem hoje
em dia a hipótese de consultar e eventualmente até contratar
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directamente, por exemplo, o hotel onde pretende ficar alojado
ou mesmo comparar o custo daquele hotel com o de outro na
zona. Por outro lado, o hotel, que até então pode eventualmente
ter apenas contrato com um operador, pode vir a constatar que
tem melhores resultados operando independentemente ou com
outros operadores. Tudo é possível quando todos os
intervenientes deste processo estão próximos em termos de
informação e dispõe das mesmas ferramentas. É precisamente
esse cenário que as novas tecnologias vêm vindo a estabelecer. A
Internet, especificamente, veio lançar alguma luz sobre um certo
obscurantismo no qual sempre residiu a natureza de todos os
negócios. “O segredo é a alma do negócio” é uma expressão que
continua válida mas num mundo onde o nosso cliente pode
descobrir com facilidade quem são os nossos fornecedores e com
a mesma facilidade lidar directamente com eles (mesmo que
estejam a milhares de quilómetros de distância) convém que
consigamos oferecer alguma mais-valia significativa porque
corremos o sério risco de ser eliminados do processo. De uma
maneira geral, não resta espaço para qualquer táctica e/ou
estratégia por parte de quem opera nesta área senão aquela que
se focar na necessidade de um aumento dramático de
competitividade, num mercado maior, de clientes mais
exigentes, melhor informados e de cada vez mais concorrentes
com produtos semelhantes ou mesmo idênticos.
É inevitável que períodos de grande mudança suscitem
sentimentos de algum receio e apreensão, mas as mudanças nem
sempre significam transições para pior. Não esquecer que os
benefícios tecnológicos não se manifestam só para os turistas e
que a tecnologia tem também tendência a dinamizar e
diversificar (e muito) as possibilidades de todas as actividades
de Turismo. As estratégias dos fornecedores deste tipo de
serviços devem, porém, ter em conta que o leque de potenciais
clientes é agora muito superior, apesar de eventualmente as
abordagens e os meios utilizados terem que ser diferentes do
que antes eram.
B2C (“Business to
Consumer”): Expressão que
representa a relação estabelecida
entre empresas e consumidores
finais, para efeitos de venda de
produtos, serviços ou informação.
Vem cada vez mais a assumir
uma abrangência de significado
mais limitada ao canal on-line
dessa interacção
B2B (“Business to Business”):
Expressão que representa a
relação estabelecida entre
empresas, para efeitos de venda
de produtos, serviços ou
informação. Vem cada vez mais a
assumir uma abrangência de
significado mais limitada ao canal
on-line dessa interacção.
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Temos até agora falado sobre o impacto das tecnologias em geral
na relação turista/prestador de serviços (B2C). Mas há também
considerações a ter no que diz respeito às relações que se
estabelecem entre os diversos prestadores de serviços (B2B). Em
termos de fornecimentos, as alterações tecnológicas e a
obtenção/difusão fácil de informação podem dar lugar a
optimizações de custos. Podem também permitir identificar e
mesmo estabelecer com mais facilidade novas potenciais
parcerias, eventualmente com mais-valias antes inexistentes ou
pouco viáveis. Por exemplo, quando o avanço da tecnologia
possibilita o desenvolvimento
de áreas como a de
transportes, esta vai ter a
possibilidade de optimizar
custos, diversificar serviços e
destinos, eventualmente a
preços mais baratos do que
antes e isso vai apelar a um
número crescente de novos
utilizadores e a maior
consumo de viagens. E se
houver mais destinos, e mais
baratos, maior a oferta e maior
o apelo aos consumidores.
Mais consumidores e viagens significam, claro, mais turistas.
Mais turistas significam mais negócio para os outros
intervenientes na indústria. O conceito de que “tudo está ligado
com tudo o resto”, existente em algumas áreas científicas, parece
ganhar validade adicional no âmbito do Turismo. O “jogo” do
Turismo continua basicamente o mesmo mas é agora mais
abrangente, mais exigente, com mais clientes, mais concorrentes,
de maior risco e com um potencial de retorno igualmente
superior.
Em conclusão, todos os elementos da rede “Turismo” têm neste
momento ferramentas de acesso à informação que abrem
perspectivas tanto na área de aquisição como na da prestação de
O conceito de que “tudo
está ligado com tudo o
resto”, existente em
algumas áreas científicas,
parece ganhar validade
adicional no âmbito do
Turismo
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serviços. Isto tem um efeito normalizador do mercado, no
sentido em que torna a oferta mais parecida (dentro dos mesmos
parâmetros) e torna muito fácil encontrar, por comparação, os
melhores negócios. A única forma de se combater este efeito e
reagir efectivamente no sentido de um aumento de
competitividade é orientar o negócio e as bases para a sua
sustentabilidade para soluções inovadoras, através da
estruturação de uma oferta claramente diferenciadora e de uma
capacidade de comunicação adequada. Como sempre, para se
poder conceber e implementar uma estratégia para reagir e tirar
proveito de situações de mudança, convém observar o que se
vem passando na área em questão nos últimos anos, quais os
factores mais influentes, o seu impacto e as reacções que
provocou nos que viram a sua actividade influenciada. Nas
próximas secções vamos tentar enquadrar algumas das situações
mais representativas dos últimos anos no que diz respeito
precisamente a isso.
1.1 O embaratecimento de custos de deslocação
A tecnologia, especialmente a Internet, tem-nos vindo a permitir
individualmente definir planos e objectivos mais precisos,
ambiciosos, exóticos e por vezes distantes no que diz respeito ás
nossas necessidades de deslocação de lazer ou negócios. A
Internet veio assim colocar nas nossas mãos, com toda a
facilidade, a possibilidade de obter rapidamente informação
sobre todo o vasto leque de ofertas que cumpram os nossos
requisitos. Mas nada disso teria qualquer impacto se para além
da diversidade de ofertas a que temos agora acesso fácil pela net
e da inerente criação do desejo (motivador de qualquer
aquisição) não tivessem ocorrido alterações a nível de custos de
deslocação. Afinal de contas, a nossa mente pode já estar de
férias por antecipação mas convenhamos que o corpo precisa
ainda de ser transportado e isso geralmente significa custos. E
isto aplica-se a todos os meios de transporte, sejam eles
terrestres, marítimos ou aéreos. Apesar dos dois primeiros terem
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também vindo a sofrer alterações mais ou menos semelhantes
nos últimos anos e apresentarem agora uma oferta muito mais
abrangente e barata, foi no último, os transportes aéreos, que
mais se sentiram os efeitos de mudança.
1.1 .1 O CA S O C O NCR ET O DAS LOW-COS TS AÉRE AS (LCA’S) NA EUR O PA
Em Abril de 1997, a indústria de transportes aéreos europeia foi
liberalizada, seguindo novas normas e regras em sintonia com os
princípios de um mercado livre. O período pós-liberalização foi
marcado por uma melhoria significativa da qualidade dos
serviços, um aumento drástico de destinos de vôo e uma
igualmente dramática descida de preços. Tínhamos entrado na
era das LCAs (Low Cost Airlines, ou muito simplesmente, low-
costs). Os métodos de trabalho deste tipo de companhias foram
inicialmente objecto de muita polémica e simultaneamente
muito descrédito por parte das companhias ditas tradicionais��
mas o tempo tem vindo a mudar muitas opiniões e as empresas
que arriscaram a sua própria existência no mercado para
implementar tácticas radicais de negócio conquistaram o seu
lugar ao Sol. Prova disso são os casos de retumbante sucesso de
companhias aéreas como a RyanAir, Go, Southwest ou EasyJet.
Para viajantes habituados a serviços de mais-valia, o conceito
low-cost vai provocar arrepios mas para aqueles com
orçamentos limitados e pouco dados a extravagâncias, abriram-
se muitas portas. E como vamos poder ver pelas estatísticas de
vendas de passagens de algumas low-costs, estes últimos
viajantes não são tão poucos como se possa pensar.
Mas afinal em que consiste o conceito low-cost nos transportes
aéreos? Este conceito baseia-se na premissa de que o objectivo
puro, primário e único de um vôo comercial é o transporte de
um ponto A para um ponto B, pelo valor mais barato possível,
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LCAs (Low Cost Airlines):
Companhia Aéreas de Baixo
custo. O objectivo puro, primário
e único de um vôo comercial é o
transporte de um ponto A para
um ponto B, pelo valor mais
barato possível, cumprindo
todavia todas as condições base
de segurança impostas pela
regulamentação em vigor. Por
exemplo, o luxo, o conforto, o
status, a alimentação, etc., são
considerados acessórios
perfeitamente dispensáveis que
encarecem o serviço e não
beneficiam em nada o
cumprimento do objectivo
primário. São companhias no-
frills.
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cumprindo todavia todas as condições base de segurança
impostas pela regulamentação em vigor. Qualquer outra
consideração como, por exemplo, o luxo, o conforto, o status, a
alimentação, etc., são considerados acessórios perfeitamente
dispensáveis que encarecem o serviço e não beneficiam em nada
o cumprimento do objectivo primário. Estes acessórios são os
vulgarmente denominados frills (livremente traduzido será
qualquer coisa como floreados), o que faz das companhias low-
cost também companhias no-frills. As companhias aéreas que
decidem adoptar este modelo de negócio recorrem a algumas
políticas e directivas de trabalho comuns que visam atingir uma
estrutura leve, eficiente e rentável, baseando-se em preços
comparativamente irrisórios
(quando contrapostos com os
oferecidos por companhias
tradicionais).
1.1 .1 .1 LCA’S: CARAC TERÍ S TIC AS GERA IS
Bilhetes
As particularidades das
companhias low-cost
começam logo na fase de
aquisição dos bilhetes. Mais
precisamente nos balcões de
venda e nos próprios bilhetes.
É que pode dar-se o caso de
nenhum dos dois existir. Mas
então se não existem balcões
da companhia onde se possam
comprar bilhetes até porque não existem bilhetes, como é que o
sistema funciona? É simples. As low-costs, procuram a redução
de custos, adoptaram esquemas inovadores que combinam
cadeias de distribuição convencionais com métodos de
distribuição suportados quase exclusivamente por meios
tecnológicos, nomeadamente o telefone e a Internet. Assim,
As low-costs adoptaram
esquemas inovadores que
combinam cadeias de
distribuição convencionais
com métodos de
distribuição suportados
quase exclusivamente por
meios tecnológicos,
nomeadamente o telefone e
a Internet.
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nestas companhias, não nos podemos deslocar a um qualquer
dos seus balcões e comprar um bilhete (no sentido físico do
objecto, em papel). Primeiro temos que entender que nas low-
costs o conceito físico de bilhete foi eliminado, não existe. As
low-costs em geral preferem não emitir fisicamente os bilhetes, o
que obrigaria a uma estrutura de suporte à emissão e impressão,
com todos os custos associados. E nas low-costs custos é o que se
tenta precisamente evitar. As companhias low-cost priviligiam a
Internet e o sistema de vendas por telefone como canais de
distribuição, portanto, o objecto “bilhete” não existe no conceito
low-cost. Para fazermos então a aquisição da viagem, podemos
fazer a reserva via Internet (geralmente no website da
companhia), por telefone ou através de uma agência de viagens
on-line. A distinção entre agência de viagens on-line e uma
agência de viagens convencional não é muito linear como vamos
ter oportunidade de constatar mais tarde neste documento, já
que estamos a assistir hoje em dia a uma mistura destes tipos de
elementos e ao surgimento de variantes que operam no mesmo
âmbito. Mas para já, vamos assumir como “agência de viagens
convencional” os profissionais de Turismo humanos com que
costumamos lidar cara-a-cara e as “agências on-line” todas as
que operam via electrónica, de forma geralmente impessoal.
Continuando, é numa destas vertentes que vamos ter que
efectuar a compra do vôo e não pessoalmente na companhia
aérea, que assim não necessita de estruturas de suporte a este
tipo de serviço. Concluindo, as únicas coisas de que precisamos
para embarcar é o número de referência da aquisição e um
documento oficial de identificação, como o passaporte. Resta
também indicar que estas companhias operam com base em
sistemas de “yield management” e que estes fazem variar o
preço das passagens dependendo da análise em tempo real de
factores envolventes, por exemplo, a procura e factores
estatísticos relacionados com a sazonalidade. Esta é uma
característica fundamental das companhias low-cost e falaremos
mais sobre isto em secções posteriores deste documento.
yield management:
implementado de forma pioneira
pela indústria aérea nos anos 80
e que consiste basicamente na
flutuação do valor de um produto
ou serviço consoante a flutuação
da sua procura ao longo do
tempo, em períodos de análise
muito reduzidos (às vezes de
uma hora para outra)
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Check-In
Em companhias low-cost o check-in pode revelar-se uma
verdadeira batalha pelo conforto durante a viagem. Isto se
estivermos abituados a ter com antecedência o nosso lugar
reservado no avião. É que nas low-costs, a reserva de lugares
fixos não existe. Esta política promove a chegada antecipada dos
viajantes para efectuar o check-in. Quem chegar mais cedo,
escolhe os melhores lugares no avião, pelo que a maioria das
pessoas procura chegar o mais cedo possível. Isso implica que
haverá menos hipóteses de atraso quando chegar a hora do
avião partir. O avião, sempre na óptica de trabalho contínuo,
precisa assim de menos tempo em cada aeroporto antes de partir
novamente. Menos atrasos no levantamento, menos taxas de
ocupação no aeroporto. Menos perdas de tempo, mais tempo
útil de voo diário, mais voos. Por outro lado, maiores
amplitudes de tempo para efectuar o check-in dos passageiros
permite menor concentração de trabalho no balcão da
companhia. Daí, menos custos de atendimento e processamento
de bagagens. As bagagens são um outro ponto interessante, que
está também intimamente ligado ao transporte de carga, em
geral. As low-costs tendem a não praticar o transporte de carga
porque acarreta tempos adicionais de permanência em cada
aeroporto para cargas e descargas e envolve um maior consumo
de combustível por vôo. Escusado será dizer que os pesos
máximos de bagagem aplicados pelas low-costs são os
escrupulosamente definidos na lei.
Equipamento
A escolha de equipamento é um dos principais factores em que
se focam as low-costs. Em particular, como é evidente, os
próprios aviões. Estes são escolhidos criteriosamente dentro da
oferta que melhor estiver colocada num sistema de avaliação em
que são ponderados critérios como a segurança e robustez de
construção, os custos de aquisição e posterior manutenção, a
durabilidade, as implicações de treino e formação de recursos
humanos, a polivalência de configurações, etc. Não esquecer que
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à luz do conceito low-cost, estes aviões vão ter que suportar
utilizações intensas e mesmo assim manter o serviço de acordo
com as normas de segurança que regem o sector e que são
inflexíveis, como se pode compreender. Só com uma utilização
intensa, ou seja, muitos vôos em pouco tempo, com o máximo de
pessoas possível, se vai conseguir atingir rentabilidade
praticando preços muito reduzidos. E sendo assim os aviões têm
que ser adquiridos tendo em conta o tipo de utilização a que vão
estar sujeitos. A flexibilidade de configurações internas das
aeronaves escolhidas é também um factor determinante porque
a ideia geral é levar o máximo de pessoas possível em cada vôo,
daí que o avião deve permitir a existência de um número de
assentos necessariamente superior ao utilizado por companhias
aéreas tradicionais. Na realidade, o espaço por pessoa,
considerado factor de diferenciação pela positiva nas
companhias tradicionais, é pura e simplesmente reduzido ao
limite mínimo imposto por lei nas low-costs. Menos espaço
individual, mais assentos, mais pessoas, mais receitas.
Tripulações
Os recursos humanos são uma questão sensível em todas as
empresas. Nas low-costs, mais ainda porque as tripulações são
recursos extremamente caros, não só a nível de remunerações
mas também a nível de custos de formação prévios e contínuos.
Espera-se portanto dos aviões escolhidos (voltando um pouco
atrás) que não necessitem de tripulações demasiado grandes. As
tripulações são recursos caros e daí que se o avião, para cumprir
normalmente com a sua missão, necessitar de menos pessoas na
tripulação, isso permite uma redução de custos. Escusado será
dizer que menos tripulação liberta espaço para mais assentos…
Mas para além disso, e no sentido de cumprir com
regulamentações que regem os períodos de trabalho das
tripulações, se o avião permitir tripulações mais pequenas, pode-
-se com o mesmo investimento em recursos humanos ter mais
tripulações, que podem fazer mais turnos de vôo. Daí, mais vôos
e maior rentabilidade. Um avião parado é um avião que não está
a dar lucro. Resta apenas indicar que é comum para os membros
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das tripulações terem várias responsabilidades, por exemplo, o
pessoal de assistência a bordo está, em muitos caso, também
responsável pelo controle de entradas ou pelo apoio ao check-in.
Catering e serviços similares
O viajante que der muito valor a pequenas atenções durante o
voo, como por exemplo uma refeição reparadora ou uma bebida
reconfortante, pode esquecer, na maioria das low-costs não
existe serviço de catering. Mas pior ainda será se, nas poucas
low-costs que têm de facto catering, estiver à espera de que as
refeições e bebidas estejam incluídas no preço do bilhete (mesmo
em voos mais longos). Aí pode também esquecer já as
companhias low-cost. Pois é, nada de serviços de alimentação
em voos low-cost (pelo menos gratuitos). A alimentação implica
custos em fornecimentos de catering, equipamentos internos nos
aviões para suporte ao serviço, tripulações maiores por vôo,
custos superiores em limpezas, perda de espaço interno e perdas
de tempo entre vôos em cada aeroporto para cargas, descargas e
limpeza. Tudo isto se reflecte nos preços dos bilhetes. Se vai
optar por este tipo de vôos, coma qualquer coisa antes porque
nas low-costs, alimentação ou é um conceito inexistente ou vai
ter que pagar separadamente por estas mordomias.
Locais de partida e chegada
Outro factor que caracteriza este modelo de negócio são os locais
de partida e chegada seleccionados para as diferentes rotas que a
companhia adoptou. Um dos custos associados com a actividade
de companhias aéreas são as taxas de utilização de aeroportos,
que necessariamente, como qualquer outro custo, têm que ser
incorporadas no valor do preço final de venda ao público. Daí
que este tipo de companhias aéreas selecciona criteriosamente os
aeroportos que utiliza, de acordo com os valores praticados.
Também entram na equação critérios como a distância a que o
aeroporto de destino fica dos centros populacionais de relevo na
zona. As low-costs tendem a escolher aeroportos menores nas
imediações dos centros populacionais porque as suas taxas são
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muito menores do que grandes e movimentados aeroportos
situados nesses centros. Este factor tem um impacto interessante
na dinamização turística de zonas anteriormente consideradas
como destinos de segunda escolha.
1.1 .1 .2 LCA’S: TE NDÊ N CIAS D E FU TURO
Apesar de o conceito low-cost indicar que as viagens aéreas se
estão gradualmente a tornar num produto mais do que num
serviço, há quem teorize que não passa de uma fase num
processo global de evolução que tem ciclos e pontos de viragem
e que todas as revoluções no mercado tendem em última
instância a normalizá-lo.
Numa fase inicial o modelo de negócios low-cost advoga o
aligeiramento e simplificação do serviço de transportes aéreos
no sentido de cada vez mais o serviço prestado coincidir com o
já indicado objectivo primário, a deslocação de um ponto A para
um ponto B. Conforme isso vai acontecendo nas companhias
aderentes ao modelo, estas passam a entrar em concorrência
com as chamadas companhias tradicionais.
As companhias tradicionais apostam na diferenciação não
baseada exclusivamente no custo das passagens ou seja
associando características de serviço diversas ao objectivo
primário. Estamos a falar de todas as pequenas atenções com as
quais nos viemos a familiarizar ao longo dos anos e que estão
ainda embebidas de certa forma na nossa noção de viagem
aérea. As tais refeições e bebidas gratuitas, os auscultadores que
depois podemos levar connosco, as partições internas dos aviões
para diferentes classes com benefícios próprios como o maior
espaço individual, etc, são exemplos dessas características que
marcam a diferença entre companhias aéreas tradicionais. E são
esses factores a que prestamos atenção quando vamos
seleccionar uma dessas companhias para uma viagem. Mas
quando entramos no campo das low-costs o cenário muda
radicalmente e aí há uma outra perspectiva em acção. Será que
todos os outros factores de diferenciação conseguem justificar
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um preço muito superior ao das low-costs ? Começa aí um
dilema. A carteira ou o conforto ? A viagem ou o destino ? É
que quando se poupa na viagem, sobra para gastar no destino.
Não se podendo dar ao luxo de ignorar o fenómeno low-cost, as
companhias tradicionais reagem de maneiras diferentes
tentando minimizar o impacto nas vendas e nas quotas de
mercado. O facto é que, mesmo em períodos complicados, as
low-costs sobrevivem e isso diz alguma coisa sobre a eficácia do
modelo. Por exemplo, de 2001 a 2003, período que marcou a
indústria aérea negativamente pelo terrorismo, pelos conflitos
armados e pelo SARS��, as companhias tradicionais sofreram, de
uma maneira geral, pesadas perdas enquanto as low-costs
mantiveram a sua posição mais ou menos inalterada. Como
forma de combater este fenómeno, algumas companhias
tradicionais optaram por criar as suas próprias low-costs, como
por exemplo, a Buzz (da KLM), a GoFly (da British Airways) e a
Ted (da United Airlines). Na maioria dos casos encontraram no
entanto um problema inesperado: a chamada canibalização do
negócio base (“core business”). Ou seja, os serviços de baixo
custo prestados pelas low-costs retiravam quota de mercado às
suas congéneres tradicionais (da mesma empresa). Uma
excepção é a BMIbaby (da British Midland) que consegue
manter rentavelmente a coexistência com a empresa mãe. No
Canadá, a Air Canada teve sérias dificuldades em competir com
as low-costs WestJet, CanJet e Jetsgo, apesar de dominar
anteriormente o mercado. Em 2003 teve que ser colocada num
programa de protecção económica contra falências mas
conseguiu recuperar em 2004. Na Finlândia, a reação da Finnair
foi mais contundente e arriscada: baixaram de tal forma os
preços que a concorrente low-cost Flying Finn foi forçada a
cessar operações. Na Austrália, a Qantas criou duas subsidiárias
low-cost (JetStar e Australian Airlines) compartimentando assim
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a sua actividade por tipos de voo. Já na Nova Zelândia, a Air
New Zealand optou por simplesmente comprar a sua
concorrente low-cost, Freedom Air, em vez de tentar concorrer
com ela. Em 2005, foi criada em Singapura a primeira low-cost,
Valuair, o que se reflectiu na criação por parte da líder de
mercado Singapore Airlines de uma nova low-cost, Tiger
Airways. Ainda em Singapura e para não ficar atrás na corrida, a
Qantas investe em mais uma low-cost, Jetstar Asia Airways,
sedeada em Singapura e destinada a voos na Ásia.
Escusado será dizer que a criação de tantas low-costs reduz as
quotas de mercado de todas as empresas. O mercado não cresce
de um dia para o outro. Sendo assim, as companhias, sejam
tradicionais ou low-cost, entram numa desenfreada onda de
concorrência para evitar que os custos cubram as receitas.
Conforme a oferta das diversas empresas vai baixando de preço,
as características dos serviços se vão homogeneizando e os
valores praticados se vão tornando muito similares passamos a
ter aquilo a que os especialistas de marketing chamam um
cenário de “diferenciação negligenciável”. Segundo especialistas
em comportamentos de mercado, os cenários de diferenciação
negligenciável levam a competições ferozes no campo dos custos
e preços de produtos. Estas nunca são benéficas nem saudáveis
para as empresas. É neste ponto que há quem pense que virá
uma segunda fase do fenómeno low-cost e que reflecte uma
orientação do modelo no sentido inverso (posicionamento de
tendência up-market��). A situação aqui pode obrigar as diversas
empresas, no sentido de manter competitividade, a apostar nos
factores de diferenciação tradicionais, ou seja, promoções,
ofertas, conforto, enfim, tudo aquilo que temos vindo a falar
como sendo os acessórios dispensáveis do modelo low-cost. Esta
segunda fase é, para já, apenas uma teoria mas a realidade é que
muitas low-costs estão, entre outras coisas, a oferecer milhões de
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passagens aéreas gratuitas por mês. E “gratuito” não é uma
palavra facilmente aplicável numa frase sobre low-costs. No
entanto, há de facto indicadores que fazem pensar numa
tendência up-market no seio das companhias low-cost, para
fazerem face à concorrência gerada pela criação constante de
novas companhias aéreas do mesmo modelo e pelas companhias
tradicionais que reagem à situação reduzindo custos. Por
exemplo, a America West Airlines passou a oferecer uma
variante de serviço com características semelhantes ao voo em
primeira classe. A JetBlue Airways, por seu lado, inseriu a
televisão por satélite nos seus voos. A RyanAir, para maximizar
as reduções de custos e assim baixar ainda mais os preços das
passagens anunciou em 2004 que iria retirar dos seus aviões os
bancos reclináveis, os estores das janelas, as coberturas em pano
doas apoios da cabeça e os bolsos dos assentos. Aparentemente
assiste-se numas empresas ao aprofundar do conceito low-cost,
levando-o a novas e mais espartanas realidades e noutras ao
afastamento do modelo low-cost em que se basearam
inicialmente. Por seu lado, as companhias tradicionais assumem
algumas tácticas típicas do modelo low-cost. Este factor,
conjugado com o aparecimento de inúmeras companhias novas,
resulta num cenário de autêntica carnificina no mercado aéreo,
do qual só sobrevivem aparentemente as empresas mais fortes e
claro, os viajantes, que são os principais beneficiários.
Resumindo: o modelo low-cost está em mutação, ora num
sentido down-market (por parte das companhias tradicionais e
low-costs mais empenhadas no modelo original) ora num
sentido oposto up-market (por parte de empresas low-cost que
decidem oferecer mais-valias típicas de companhias
tradicionais). Como esta situação vai parar, é o que todos
gostávamos de saber. Uma indicação no entanto: algumas
companhias low-cost, como por exemplo a RyanAir, a Zoom
Airlines e a ATA Airlines já estão a apostar nos voos
transatlanticos, pelo que vamos ver novos episódios desta saga.
Por exemplo, vai ser interessante ver como esquemas de
compartimentação de voos por distância (em que as empresas
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mãe –tradicionais- ficam com os voos de longa distancia e as
subsidiárias low-cost se encarregam dos pequenos voos
domésticos) vão reagir quando as low-costs entrarem no campo
dos voos de longa distância com preços igualmente low-cost.
1.1 .1 .3 LCA’S: EMPR E SAS DE RE FE RÊ NCIA
Em seguida vamos ver alguns exemplos do que foi o percurso
de algumas low-costs áereas. Não havendo possibilidade de se
determinar quem de facto criou o modelo se a Pacific Southwest
Airlines se a Southwesr Airlines, fica aqui a referência a estas
duas companhias aéreas (apesar de serem norte-americanas e
não europeias) como forma de enquadrar o fenómeno europeu
que se seguiria.
Pacific Southwest Airlines
Empresa fundada por Kenny
e Jean
Friedkin, a PSA iniciou a sua
actividade em 1949, com
apenas um avião DC-3 e
efectuando um voo semanal
entre San Diego (EUA) e e
Burbank (EUA). Tão poucos
eram os recursos económicos desta companhia que o primeiro
local para efectuação de reservas era não mais do que uma
latrina (literalmente, não se trata de um comentário jocoso!)
adquirida a um negociante de excedentes de guerra e adaptada
para servir de escritório de reservas. Por altura da liberalização
do mercado aéreo doméstico nos Estados Unidos (1978), a PSA
envolve-se em intensas guerras de preços com as companhias
concorrentes da altura (Air California, Western Airlines e United
Airlines). Nessa altura decide implementar um sistema
automático de emissão de passagens aéreas e instala máquinas
de check-in em vários aeroportos. Com a aquisição de pequenos
Em 1978 a PSA decide
implementar um sistema
automático de emissão de
passagens aéreas e instala
máquinas de check-in em
vários aeroportos.
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jactos Bae 146 passa a efectuar voos regulares para pequenos
aeroportos, na tentativa de reduzir custos. Em 1986, dois
grandes concorrentes da PSA (Air California e Western Airlines)
são adquiridos por uma parceria entre a Delta Airlines e a
American Airlines. Uma hora depois desse negócio ser público,
a PSA funde-se com a USAir (United States Airways), sendo o
processo de fusão completado em 1987. A empresa deixou
formalmente de existir e a rede de equipamentos e serviços foi
desintegrada ou incorporada na USAir.
De uma maneira geral, a PSA foi conhecida por ser uma
empresa versátil e imaginativa, assim como pelo seu sentido de
humor: o seu slogan era “PSA – A companhia aérea mais
simpática do Mundo” e a frota exibia um enorme sorriso
pintado no “nariz” dos aviões. Curiosamente, talvez por ter
deixado saudades nas equipas de manutenção (agora da USAir),
desde a incorporação da PSA na USAir, muitos aviões desta
última aparecem misteriosamente pintados com o característico
sorriso. É nesta companhia que Herbert Kelleher (fundador da
Southwest Airlines em 1971) é suposto ter-se inspirado para
conceber o modelo aplicado na sua companhia. Daí a discórdia
sobre quem merece crédito pelo modelo low-cost.
Southwest Airlines
A SWA foi criada em 1971, por Herbert D. Kelleher e Rollin
King, que pretendiam criar uma companhia aérea diferente,
barata, eficiente e que permitisse aos passageiros chegar
atempadamente e sem preocupações aos seus empregos. A SWA
é hoje em dia uma das maiores companhias aéreas americanas,
transportando 70 milhões de passageiros por ano para 59 das
maiores cidades americanas, com 2900 vôos diários. Emprega
32000 pessoas e possui uma frota de cerca de 400 modernas
aeronaves. Obtém lucros de 442 milhões de dólares (2003).
Esta empresa teve uma abordagem pioneira que se caracterizou
por medidas e decisões que mais tarde evoluiriam no sentido de
reflectirem o que foi dito na secção anterior deste documento.
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Deslocação de rotas para aeroportos secundários, descida do
preço das passagens, grande diversidade de pequenas rotas com
vôos ponto-a-ponto, introdução de métodos automáticos de
venda de bilhetes (máquinas de venda automática em 10
cidades), preocupação
constante com clientes e a
satisfação destes, introdução
do conceito dos vôos sem
bilhete, criação de website
para vendas directas online,
criação de quiosques para
implementação de check-in
self-service (não assistido).
Resumindo e concluindo, a
SWA foi a pioneira no que
viria a ser chamado modelo low-cost (apesar de haver discórdia
sobre este assunto). Para isso contribuiu também, e fortemente, a
conjuntura legal nos EUA cujas circunstâncias só seriam
igualadas na Europa anos mais tarde. De notar que nos EUA o
sector do transporte aéreo doméstico foi liberalizado em 1978,
ao contrário da Europa que passou pelo mesmo processo apenas
em 1997.
RyanAir
Esta companhia aérea irlandesa foi fundada em 1985, começou
com um único avião de 15 lugares, percorrendo diariamente
apenas uma pequena rota entre Irlanda e Inglaterra, em
aeroportos secundários. Em fins dos anos 80, entra em cena um
jovem licenciado da Universidade de Trinity (Dublin, Irlanda). O
seu nome era Michael O’Leary e tornar-se-ia uma referência
incontornável no fenómeno “low-fares / no-frills” nos anos que
se seguiriam e até hoje. A sua entrada nesta empresa familiar
visava descobrir uma forma de aumentar a rentabilidade da
companhia que atravessava um mau período. Em 1991, O’Leary,
atento ao sucesso obtido em 20 anos (desde 1971) pela
SouthWest Airlines (SWA, Estados Unidos) e intrigado pelo
modelo de negócios inovador que aí tinha sido aplicado, decide
A SWA introduziu o
conceito dos vôos sem
bilhete, e a criação de
website para vendas
directas online.
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deslocar-se a Dallas, nos Estados Unidos e falar com o guru da
SWA, Herbert D. Kelleher. Volta com uma nova visão sobre
como ganhar dinheiro baixando preços e enchendo voos. Em
1995, 10 anos passados desde a fundação da companhia, esta já
se tinha assumido como a maior companhia aérea na rota
Dublin - Londres assim como a maior companhia irlandesa em
todas as rotas que percorria, com 2.25 milhões de passageiros
por ano. Neste momento, a RyanAir tem 12 bases de operações,
209 rotas para 93 destinos em 19 países europeus. Emprega cerca
de 2000 pessoas e apresentava, em final de 2003, 239 milhões de
Euros de lucro. Transportou, em 2004, 23.1 milhões de
passageiros.
O génio no topo deste percurso é Michael O’Leary. Este
revolucionou o mercado aéreo doméstico europeu, aplicando
um modelo já em prática nos Estados Unidos mas adaptando-o à
realidade europeia. Ao longo do processo criou nos utilizadores
o hábito das viagens baratas, comprou concorrentes e contribuiu
para que algumas companhias altamente subsidiadas pelos
respectivos governos fossem levadas à falência (por exemplo,
Sabena e SwissAir).
Em Fevereiro de 2004 a RyanAir anunciava que iria retirar da
sua frota de Boeings todos os bolsos dos assentos, os encostos de
cabeça, as persianas das janelas e os assentos reclináveis. A ideia,
como sempre, é reduzir custos. Decididamente, as companhias
low-cost não são para todos, mas há quem não considere sequer
voar de outra forma. “Foi fantástico. Comprámos massa fresca
de manhã, à noite cozinhámo-la para os nossos amigos. O
bilhete foi mais barato do que uma chávena de café.” diz
Colman O’Gorman, um psicólogo irlandês depois de ter passado
um fim-de-semana em Bolonha, Itália. Voou na RyanAir em
2004 com um bilhete de ida-e-volta no valor de cerca de 5
dólares. A RyanAir afirma que o objectivo até 2010 vai ser
conseguir oferecer 50% de todos os bilhetes gratuitamente, á
excepção das taxas, em vez dos actuais 20%.
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Em 2004, muito devido aos custos crescentes de combustível, á
competição feroz e ao impacto do terrorismo mundial no
volume de vendas, muitas companhias registaram perdas
significativas de receitas. A RyanAir, tal como muitas das suas
concorrentes, foca a sua atenção nos serviços não directamente
relacionados com o voo, como sejam o aluguer de viaturas e
booking de estadas em hotéis, os seguros de voo ou mesmo os
pequenos empréstimos. Este tipo de serviços contribui
obviamente com receitas auxiliares. Paralelamente enceta
políticas promocionais de concessão de passagens aéreas
gratuitas tentando revitalizar a procura e evitar a todo o custo os
lugares vazios nos aviões. Estas passagens gratuitas chegam a
atingir os 25% do total de vendas da empresa, pelo que outras
companhias, nomeadamente a EasyJet atacam na imprensa com
insinuações de que a RyanAir só pode estar desesperada para
fazer este tipo de promoções a esta escala.
easyJet
A easyJet foi fundada em 1995 por
Stelios Haji-Ioannou (então com
apenas 28 anos) e a sua missão, tal como indicado no website
desta, é “providenciar aos viajantes serviços aéreos ponto-a-
ponto, seguros e de valor acrescentado”. A ideia por trás da
fundação desta empresa foi, como seria de esperar, a prestação
de serviços ao nível do transporte aéreo europeu a baixo custo e
começou desde logo com um sistema de reservas de voos por
telefone. O modelo foi inspirado no sucesso da SouthWest.
O slogan sui generis que procurava demarcar a empresa das
restantes e posicionar a sua actividade de forma clara e
inequívoca foi “Voos tão baratos como um par de calças de
ganga!”.
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A empresa inicia assim a sua actividade em apenas algumas
rotas dentro do território britânico, usando dois Boeing 737-200
alugados e de uma maneira geral subcontratando todo o tipo de
recursos, quer materiais quer humanos, tomando a forma
daquilo que se poderia chamar uma “transportadora virtual”.
Em Abril de 1996 (apenas um ano depois do início de
actividade) a empresa adquire em 100% o seu primeiro avião e
abre a sua primeira rota internacional, de Londres a
Amesterdão. No final desse mesmo ano abre rotas adicionais
para Nice e Barcelona, partindo de Londres (aeroporto de
Luton). Em Abril de 1997, ano da liberalização do mercado aéreo
europeu, a easyJet inaugura o seu website, ainda que só para
efeitos informativos. No fim desse mesmo ano, a easyJet
encomenda 12 novos Boeing 737-300 para entrega em 2000 e
inicia actividade na Suíça. Em Março de 1998 adquire 40% da
transportadora aérea charter suíça TEA Basel AG pela módica
quantia de 3 milhões de
francos suíços
(aproximadamente 4,5
milhões de dólares, segundo
valores de câmbio de 1998 do
website x-rates.com��). Um
mês depois o website da
empresa, até então apenas
informativo, inaugura o
serviço de marcação on-line
de voos, continuando
paralelamente o serviço via
telefone. Em Julho desse
mesmo ano a easyJet
encomenda mais 15 novos
Boeing 737-300 com um preço
de aquisição total de cerca de
500 milhões de dólares. E
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A Easyjet toma forma
daquilo a poderíamos
chamar “transportadora
virtual”
Inaugura o seu Website em
1997 informativo e em 1998
inaugura o serviço de
marcação on-line de voos,
continuando paralelamente
o serviço via telefone
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estamos ainda nos primeiros 4 anos!
Em 1998 Stelios fundou o easyGroup, uma empresa privada de
capital detido em 100% por este e que desde então controla e
zela pela gestão de todas as empresas do grupo (e que são
actualmente muitas). Stelios e a sua família, apesar de
considerarem a easyJet como o estandarte empresarial do grupo,
investiram ao longo dos anos na fundação de inúmeras outras
empresas nas mais diversas actividades mas mantendo como
mote a prestação de serviços de qualidade a baixo preço e
sempre focando serviços em áreas de alguma forma
complementares ao Turismo. Exemplos dessas empresas são: a
easyInternetCafe (serviços de internet a baixo custo),
easyCar.com (aluguer de
viaturas a baixo custo),
easyMoney (serviços
financeiros), easyHotel
(hotelaria a baixo custo),
easyBus (rotas londrinas de
autocarro a baixo custo),
easyCruise (cruzeiros no
mediterrâneo a baixo custo),
easyMobile (telecomunicações
a baixo custo) etc. Na
realidade há bastante mais
empresas, todas elas
controladas centralmente pela
easyGroup mas com equipas
de gestão autónomas.
Em Outubro de 1999, o
website da easyJet passa a
barreira do milhão de
passagens vendidas on-line,
apenas um ano depois do
início deste serviço. Em Março de 2000 a easyJet baixa ainda
Um factor determinante
deste sucesso foi o
posicionamento a nível de
novas tecnologias que
sempre foi forte
praticamente desde a
fundação da empresa,
nomeadamente a nível de
presença na net. O website
absorve actualmente de
80% a 95% (!) do total de
vendas de passagens da
easyJet. �
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mais o preço das passagens, abaixo de qualquer outra
companhia aérea, incluindo a RyanAir de Michael O’Leary com
quem Stelios mantém relações de feroz competitividade, não
sendo invulgares os “piropos” (à falta de melhor termo) que
ambos trocam constantemente nos meios de comunicação social
e que, como alguém disse, “fariam corar um marinheiro”. A
meio de 2000 o website da easyJet sobe aos 2 milhões de
passagens vendidas e é efectuada a encomenda de mais 17
aviões Boeing, completando-se agora uma impressionante frota
de 44 novas aeronaves. No final deste ano o website atingiria os
4 milhões de passagens vendidas, um autêntico monumento ao
poder da Internet na venda de passagens aéreas, principalmente
tendo em consideração a percentagem das passagens vendidas
on-line sobre o total da empresa: uns estrondosos e inequívocos
85%. Em Dezembro de 2000, o website é lançado também em
espanhol.
Actualmente (dados de 2004), a easyJet emprega 3345 pessoas,
mantém uma frota moderna de 114 aeronaves (serão 164 se
considerarmos as encomendas já efectuadas mas não entregues),
transporta 24,3 milhões de passageiros e gera uma receita total
de cerca de 690 milhões de euros com um lucro anual de cerca
de 42,9 milhões de euros. Um factor determinante deste sucesso
foi o posicionamento a nível de novas tecnologias que sempre
foi forte praticamente desde a fundação da empresa,
nomeadamente a nível de presença na net. O website sempre foi
visto como o canal de distribuição de eleição e a easyJet sempre
encetou esforços promocionais significativos para incentivar este
canal. E parece ter surtido efeito já que o website absorve
actualmente de 80% a 95% (!) do total de vendas de passagens da
easyJet. Numa indústria em que cerca de 20% dos custos se
centra na emissão e distribuição de bilhetes, a recusa da easyJet
em marcar passagens através de agências de viagem e o
incentivo intenso do uso da Internet visam uma redução drástica
de custos e conseguem-na de facto. Um outro factor
determinante foi a aplicação do conceito de “yield management”
implementado de forma pioneira pela indústria aérea nos anos
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80 e que consiste basicamente na flutuação do valor de um
produto ou serviço consoante a flutuação da sua procura ao
longo do tempo, em períodos de análise muito reduzidos (às
vezes de uma hora para outra). No caso das low-costs aéreas, o
“yield management” é considerado por Stelios como “o sistema
mais simples e eficaz do mundo”. Segundo este sistema, um
vendedor pode ajustar dinamicamente o preço do seu
produto/serviço conforme a procura que ele tiver, o que
significa que do ponto de vista do comprador, em alturas
diferentes pode obter o tal produto/serviço por valores às vezes
incrivelmente diferentes. Obtém-se assim o que se chama de
“elasticidade de preços”. E num sistema assim tão fluido e
dinâmico só um suporte tecnológico igualmente fluido e
dinâmico permite conseguir resultados positivos. Daí a aposta
forte na internet. De registar
que Stelios aplicou à internet e
o conceito de “yield
management” em todas as
empresas que criou. Por
exemplo, na easyInternetCafe
o valor de acesso à net é
variável ao longo do dia, mais
caro nas horas de pico e mais
barato nas restantes. Um
contrato gigantesco de hardware e software com a Hewlett-
Packard garante a análise em tempo-real da procura e respectivo
ajuste automático de preços.
1.1 .2 O M ODE LO LOW-COS T EM OUTROS T IP O S D E TRA NS P ORTE
O modelo low-cost, apesar de ter tido a sua génese no seio da
indústria de transportes aéreos, rapidamente foi adoptado por
outras indústrias, estando já a ser aplicado por várias empresas
noutros meios de transporte como os autocarros, os paquetes e
os comboios. O modelo foi mantido nestas companhias mais ou
menos inalterado, mantendo fundamentalmente as
A Easyjet aplicou à internet
e o conceito de “yield
management” em todas as
suas empresas
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características low-cost que já foram apresentadas no caso das
companhias aéreas.
Aluguer de viaturas:
easyCar (http://www.easy-car.com)
Autocarros:
easyBus (http://www.easybus.co.uk/)
MegaBus (http://www.megabus.com)
Cruzeiros:
easyCruise (http://www.easycruise.com/)
1.2 O modelo low-cost em outras áreas de actividade
E se pensa que o conceito low-cost se fica pelo transporte, está
enganado. Os méritos do modelo low-cost atraíram a atenção de
empresários de todos os quadrantes geográficos e áreas de
actividade.
Hotéis:
easyHotel (http://www.easyhotel.com/)
Comunicações e Internet:
easyInternetCafe (http://www.easyinternetcafe.com/)
easyMobile (https://www.easymobile.com/)
Bancos:
easyMoney (http://www.easymoney.com/)
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Entretenimento :
easyCinema (�--,:QQ...�%+M*��2%�*�2Q)
easyMusic (�--,:QQ...�%+M2+�*�*�2Q)
Outros:
easyPizza (�--,+:QQ��3�+���3�-%"L��-Q%+M,�CC%Q.4Q)
easy4men (�--,:QQ...�%+M�2��*�2Q)
easyWatch (http://www.easywatch.com/)
1.3 A Internet e o advento das oportunidades last-minute - Enquadramento geral
Há não muito tempo, o conceito de decisão de viagem de última
hora não significava necessariamente que demorasse apenas
uma hora entre a decisão de viajar e a conclusão prática do
processo. Era apenas uma expressão e na realidade não
significava mesmo nada disso. Na prática, até há uns anos atrás,
se por qualquer motivo decidíssemos viajar num ímpeto de
momento, o nosso entusiasmo correria o sério risco de esmorecer
ou mesmo desaparecer quando se debatesse com o atrito
causado por períodos longos a falar com o agente de viagens, a
confirmar destinos, trocar opiniões, verificar vagas e reservas em
hotéis, confirmar a disponibilidade de lugares em diversas
companhias aéreas, comparar preços, etc. Estamos a falar de um
processo que não demoraria menos de 10 horas e envolveria
inevitavelmente valores mais elevados do que normalmente
exigiria uma situação em que se tratasse deste assunto com
algum tempo de antecedência. Hoje em dia, não vamos ao
exagero de dizer que entre a decisão de viajar e o sentarmo-nos
no avião está apenas uma hora mas a realidade do processo está,
isso sim, muito mais em sintonia com o conceito de viagem por
impulso do que alguma vez esteve. Nos últimos anos, todo um
conjunto de novas possibilidades se abriu para o viajante que
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não pode (ou não gosta) de fazer planos com grande
antecedência. A tecnologia
permite hoje em dia aos
diversos operadores que
prestam serviços no ramo do
Turismo a disponibilização
de negócios de última hora (e
não só!) aos seus clientes
com uma eficiência sem
precedentes. Evidentemente,
no meio deste fenómeno está
a Internet. A Internet
aproximou o comprador e o
vendedor de tal forma e com
tamanha eficiência que
quando se fala em
oportunidades de última hora, podemos estar mesmo a falar da
próxima hora. Oportunidades de viagens a baixo custo para
destinos diversos, no próximo fim-de-semana, amanhã ou com o
avião a levantar voo daqui a 3 horas são exemplos daquilo que
passaremos simplesmente a designar por oportunidades last-
minute.
Estas oportunidades surgem sempre a partir do momento que os
fornecedores decidem “despejar” para o mercado, o mais rápido
possível, o inventário em risco de não ser vendido. No entanto,
cada tipo de inventário e fornecedor tem timings que variam e
que se deve ter em conta. Por exemplo, os fornecedores de
cruzeiros começam a mover o seu inventário 30 a 45 dias antes
das partidas agendadas. Os fornecedores de pacotes de viagens
em voos charter começam a negociar 30 dias antes das partidas.
Companhias aéreas e hotéis começam campanhas de descontos 2
a 3 semanas antes das datas estabelecidas e o processo decorre
rápida e dinamicamente até ao último minuto (negócios ao
chegar ao hotel ou aeroporto não são invulgares). De notar que o
fenómeno last-minute ocorre com mais intensidade nas
companhias aéreas mas regista-se também actualmente a nível
A Internet aproximou o
comprador e o vendedor de
tal forma e com tamanha
eficiência que quando se
fala em oportunidades de
última hora, podemos estar
mesmo a falar da próxima
hora
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de outros serviços e meios de transporte (alojamento, cruzeiros
marítimos, etc.). Nada disto seria possível se a tecnologia não
tivesse vindo agilizar os processos de negócio e as comunicações
entre as diversas partes. Ainda e sempre a tecnologia,
nomeadamente a Internet, simultaneamente como catalisador e
suporte da mudança.
Todo o fenómeno last-minute começa a desenrolar-se quando,
em alturas que variam de empresa para empresa, estas se
apercebem de um determinado número de lugares que não
foram vendidos e que de dia para dia correm cada vez mais o
risco de não o serem (denominam-se por isso “lugares de risco”
ou, como alguns críticos chamam, “inventário em desespero”).
Neste período, que nas companhias aéreas vai dos 45 dias
anteriores ao voo até, em alguns casos, à própria hora de
partida, estas colocam os lugares de risco à venda por valores
baixos e que vão variando conforme a procura e a aproximação
gradual da hora de voo. Algumas companhias fazem-no
abertamente, outras optam por manter o processo mais ou
menos discreto. O modelo de gestão que faz variar preços de
produtos e serviços dinamicamente, por análise (geralmente em
tempo real) de factores envolventes chama-se “yield
management”�� ou “return management” e é hoje em dia
utilizado em muitas áreas de actividade, mas voltaremos a esta
questão mais tarde.
Este processo de colocação no mercado de passagens a preços
muito reduzidos ou mesmo gratuitos é muitas vezes chamado
de “fire sale” devido à natureza intensa e rápida do processo de
venda. Este pode acontecer em nome próprio (quando as
companhias aéreas usam os seus próprios websites, por
exemplo) ou então uma outra maneira de pôr os lugares vagos
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“Fire sale”: processo de venda
intenso e rápido.
“Dynamic packaging”:
aglomerar de forma não
especificada as passagens com
outros serviços, geralmente
hospedagem e aluguer de
viaturas.
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em movimento a baixos preços, sem que o público se aperceba
claramente da queda de valor, é aglomerando de forma não
especificada as passagens com outros serviços, geralmente
hospedagem e aluguer de viaturas. Este método é geralmente
denominado de “dynamic packaging”. Neste caso, as
companhias vendem os seus lugares em risco a operadores de
Turismo (sejam eles tradicionais ou on-line) onde o valor da
passagem é “escondido” dentro de um pacote de serviços com
um preço global. A situação mais comum é mesmo as
companhias cederem esses lugares a uma nova geração de
distribuidores, denominados “consolidadores” ou
“distribuidores opacos”. Os consolidadores adquirem por
contrato ou pontualmente, grande parte ou mesmo todos os
lugares de risco de cada uma das companhias aéreas.
Evidentemente, compram por valores muito inferiores ao preço
normal de venda ao público, colocam uma pequena margem
(para que o valor final dos bilhetes continue, mesmo assim,
muito abaixo do valor de mercado) e vendem essas passagens à
última hora, separadamente ou em pacotes last-minute, obtendo
evidentemente lucro no processo. Geralmente este contrato com
as companhias aéreas é feito de tal forma que o viajante só sabe
realmente qual é a companhia em que vai viajar na hora da
viagem. Isso porque de uma maneira geral, as companhias
aéreas não gostam que os passageiros saibam a que ponto
chegam as disparidades de preços de passagens quando o
fenómeno last-minute entra em acção. Este processo visa em
última instância preencher os lugares no avião e origina muitas
vezes que dois passageiros que voam lado a lado e tenham
respectivamente reservado as suas passagens com 2 meses de
antecedência e com 1 semana, tenham no entanto pago quantias
significativamente diferentes.
O paradoxo a registar é que a reserva last-minute de um dos
passageiros, ao invés de lhe provocar custos adicionais (como
sempre aconteceu) lhe permitiu desta feita poupanças
substanciais. Um comentário jocoso publicado num website de
dicas sobre o fenómeno last-minute nas passagens aéreas dizia:
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“A melhor maneira de se provocar uma briga num avião é
deixar passageiros que vão lado a lado conversar…”. Este tipo
de situação pode por exemplo acontecer também com os quartos
de hotéis, negócio que exibe o mesmo fenómeno last-minute.
Não será muito raro acontecer que um quarto saia mais barato
para quem reservou à última hora do que para quem reservou
com antecedência. Mas esta é a natureza dos “last-minute
deals”. Daí que, compreendendo e aceitando os riscos,
limitações e condicionantes deste tipo de “pechinchas”, se
conseguem por vezes pacotes de viagens verdadeiramente
surpreendentes.
1.3 .1 AS O POR TUNI DAD E S LA S T-MINU TE E OS D I FERE N TE S TI P OS D E WE BS ITE
A Internet, como sabemos, provocou uma ruptura intensa com o
passado no que diz respeito a métodos e ferramentas de trabalho
na área do Turismo. Ao longo do tempo tem-se verificado uma
transição gradual para canais de distribuição com um cariz mais
tecnológico. No entanto, houve e continua a haver diferentes
abordagens sobre como isso deve ser feito e consequentemente
surgiram tipos de websites
diferentes, que abordam
necessidades e requisitos
diferentes. Convém por isso
lançar alguma luz sobre os
diferentes tipos de websites
que existem e tentar
organizá-los, ainda que de
forma básica, para que
possamos começar a
entender a estrutura
tecnológica que suporta o
fenómeno last-minute.
Sendo assim vejamos o
assunto do ponto de vista
do potencial comprador de
Ao longo do tempo tem-se
verificado uma transição
gradual para canais de
distribuição com um cariz
mais tecnológico. Houve e
continua a haver diferentes
abordagens e
consequentemente
surgiram tipos de websites
diferentes
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um qualquer pacote de viagens. De notar que existem muitos
outros serviços que poderiam ser especificados e para os quais
existem websites especializados. Por exemplo, o aluguer de
viaturas, a marcação de guias, os seguros de viagem, etc.. Vamos
no entanto tentar focar apenas na viagem em si e no alojamento.
O destino
De uma maneira geral, nesta fase temos dois cenários possíveis:
ou sabemos já mais ou menos para que tipo de ambiente ou
destino queremos ir (praia, campo, montanha…) ou então somos
o típico viajante last-minute e aí não estamos muito empenhados
em ir para um sítio específico, dependerá do que aparecer. De
qualquer das formas, existem websites que se especializaram na
informação sobre viagens e regiões. Podemos ler sobre certos
destinos, organizados por país ou por tipo de ambiente ou
objectivo de viagem, saber o que pessoas que experimentaram
têm a dizer sobre o assunto, se gostaram, o que fazer, o que
evitar. Este tipo de websites é eminentemente social e permite a
troca de informações entre
viajantes (ou candidatos a
isso) sobre destinos
específicos ou tipos de
viagem. É comum existirem
fóruns de discussão, salas de
chat e blogs onde pode haver
interacção entre pessoas sobre
este tipo de temas. Encontra-
se também nestes websites
todo o tipo de documentação
sobre viagens, guias,
contactos, organismos, etc.
Referências incontornáveis
são o “Fodors Travel Guides”
(...�(�3��+�*�2), o
“Frommers Travel Guides”
(...�(��22�+�*�2), o
“Lonely Planet”
Websites estritamente
sociais. Podemos ler sobre
certos destinos,
organizados por país ou por
tipo de ambiente ou
objectivo de viagem, saber
o que pessoas que
experimentaram têm a dizer
sobre o assunto, se
gostaram, o que fazer, o
que evitar
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(www.lonelyplanet.com) ou o Trip Advisor
(www.tripadvisor.com) mas muitos outros existem para que
possamos decidir para onde queremos ir e verificar se realmente
vale a pena. De uma maneira geral podemos e devemos
consultar o nosso agente de viagens também para nos prestar
este tipo de informações e opiniões mas nos websites
encontraremos seguramente uma maior abrangência de opiniões
que permitirá chegar a uma decisão com mais “alicerces”.
Adicionalmente, há ainda outro tipo de websites que devemos
consultar para recolha de informação quando já temos uma ideia
do sítio para onde queremos ir e que são os websites dos
organismos oficiais responsáveis pela promoção da zona ou
região que pretendemos visitar. Para localizar estes websites
usar o “Tourism Offices Worldwide Directory”
(www.towd.com)?
Agora que sabemos para onde vamos, temos que saber se o
nosso orçamento chega e para isso precisamos saber quanto nos
vai custar a viagem. Claro que o nosso agente de viagens
também nos dirá isto mas vamos primeiro ver o que se arranja
na net. Aqui temos vários tipos de websites que podemos usar
para recolher preços e condições para a nossa viagem,
dependendo da abordagem á compra que decidirmos adoptar.
Se quisermos arriscar a compra não integrada de todos os
serviços que vamos precisar, ou seja, comprar a passagem num
sítio, o alojamento noutro e o aluguer de viatura e restantes
serviços noutro, tudo em separado e independentemente então
temos que considerar os websites dos fornecedores desses
serviços na sua origem. Ou seja (focando apenas na viagem e
hospedagem, para facilitar) temos que visitar os websites das
companhias aéreas (assumindo que a viagem vai ser via aérea) e
da indústria hoteleira (hotéis, pensões, pousadas…).
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Compra separada: as passagens
Devemos visitar websites de companhias aéreas que disponham
de sistema de reserva (booking) on-line. Exemplos disso, no caso
de viagens na Europa, são: RyanAir (...��M%�%���*�2),
EasyJet (...�%+MF-�*�2) ou Virgin Express (www.virgin-
express.com). Temos evidentemente que seleccionar as
companhias que prestam serviços na nossa área de partida e no
destino pretendido. Depois de decidirmos qual a melhor
proposta para chegar ao nosso destino, ficamos a saber quanto
custa o voo e quando é a partida e a chegada. A abordagem
típica do viajante last-minute seria primeiro determinar o
destino e custo e depois ficar a saber as datas de partida e
chegada, mas podemos claro, seleccionar tendo em conta alguns
parâmetros temporais previamente estabelecidos. Uma coisa a
ter em atenção é o fenómeno last-minute. O valor que se
determinou agora para o voo pode ser muito menor amanhã.
Por outro lado pode também ser maior... É crucial estar-se atento
ás oportunidades last-minute que são publicadas nos próprios
websites das companhias aéreas. Os outros websites que
devemos consultar para descobrir negócios de passagens são os
dos consolidadores, por exemplo, Orbitz (...���4�-C�*�2),
Expedia (...��,3�%�*�2) ou CheapTickets
(...�*�%,-�*L-+�*�2). Estes compram geralmente blocos
de lugares de risco às
companhias aéreas e têm
assim bons negócios de última
hora. Ocasionalmente, se a
situação fôr propícia a isso,
pode-se também ter em
consideração os websites de
leilões (temáticos ao Turismo
ou generalistas) como por
exemplo o E-Bay (www.e-
bay.com), o SkyAuction
(www.skyauction.com) ou o
LuxuryLink
Websites consolidadores.
Estes compram geralmente
blocos de lugares de risco
às companhias aéreas e
têm assim bons negócios
de última hora.
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(www.luxurylink.com). Se estivermos dispostos ao que pode ser
uma batalha de ofertas até à última hora, estes sites podem
providenciar-nos bons negócios. Há também alguns websites
com funcionamentos invulgares e que podem ser também de
considerar. Por exemplo, o Priceline (www.priceline.com) ou
HotWire (weww.hotwire.com), apesar de não serem websites
de leilões têm um sistema (chamado “Name Your Price”) que
nos permite indicar para onde queremos ir e qual o preço
máximo que estamos dispostos a pagar. O sistema devolve-nos
imediatamente as possibilidades de alojamento que obedecem
aos nossos critérios e executa a reserva se assim o pretendermos.
Finalmente, há alguns websites que representam
transportadoras e que procuram gerar simbioses entre a
necessidade de transportar
determinada coisa
(geralmente documentos) e o
desejo dos viajantes de ir para
determinado sítio a preços
reduzidos. Por exemplo, no
Reino Unido existe a
“International Association of
Air Travel Couriers”
(www.aircourier.co.uk) que
permite aos associados viajar
com as passagens aéreas
internacionais mais baratas
(até 75% de desconto sobre o
valor publicado, em certos
casos). Em contrapartida, o
viajante leva documentos
urgentes (“legítimos e de empresas legítimas”, lê-se no website!)
para empresas nos destinos, podendo fazer o que bem entender
após a entrega.
Compra separada: o alojamento
Nesta fase sabemos então para onde vamos, em que companhia
e quando é o voo. Sabendo isso podemos passar aos hotéis. Na
Websites agregadores. São
portais de recolha
automática de informação.
Recolhem informação da
net sobre temas
específicos, neste caso o
Turismo, e apresentam-na
de forma agregada ao
utilizador.
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net podemos encontrar os websites da maioria dos hotéis e o
processo é o mesmo. Temos que visitar os websites dos hotéis
que se localizam a uma distância razoável da zona para onde
vamos viajar e que têm sistemas de reservas on-line, seja no
website do hotel de destino especificamente ou no website da
cadeia a que pertence (e que geralmente centraliza os sistemas
de reservas). Sabendo as datas da viagem podemos consultar os
diversos websites para saber se há vagas e quanto custa a estada.
Atenção ás variações de preços last-minute que também aqui se
aplicam e são publicados nos websites. No que diz respeito aos
websites de cada um dos fornecedores de alojamento, não há
muito mais a dizer. No entanto, com o surgimento de novas
tecnologias de pesquisa e catalogação de conteúdos surgiram
também outros tipos de websites que podem ajudar-nos nesta
fase de selecção do hotel: os chamados websites agregadores. Os
websites agregadores, como por exemplo, o Kayak
(www.kayak.com) ou o FareChase (www.farechase.com) são
portais de recolha automática de informação. Ou seja, recolhem
informação da net sobre temas específicos, neste caso o Turismo,
e apresentam-na de forma agregada ao utilizador. Pode dizer-se
que são os Google’s do Turismo (www.google.com). Nestes sites
podemos, entre outras coisas, pesquisar hotéis na zona de
destino que pretendemos, saber logo o preço por noite, ver como
está o tempo nessa zona e seguir o link para as reservas. Os já
referidos websites das agências, os consolidadores
(nomeadamente os especializados em alojamento como o
LateRooms – www.laterooms.com) e os sites do tipo “Name
Your Price” devem também ser consultados para efeitos de
alojamento porque têm também ofertas nesta área.
Mas por outro lado, se optarmos por tentar encontrar o pacote
de viagens perfeito para os nossos requisitos há outros websites
que podem ser ferramentas excelentes para esse efeito. Para
além disso, podemos não ter tempo para todas estas coisas e
querer saber logo que pacotes last-minute existem e ter tudo
incluído, optando assim por uma compra integrada.
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Compra integrada: passagens e alojamento
Se queremos então tudo na rapidez e simplicidade de um pacote
predefinido então podemos e devemos dar uma olhada aos
pacotes oferecidos nos websites próprios das agências de
viagens tradicionais ou nos portais de viagens (as agências de
viagens on-line). Paralelamente, devemos dar uma olhada aos já
referidos websites de consolidadores (portais de viagens,
websites de leilões, websites “Name Your Price”…). Para além
dos outros exemplos já referidos, outros muito conhecidos
portais de viagens last-minute são o LastMinute
(www.lastminute.com), o Site59 (www.site59.com) e o
Travelocity (www.travelocity.com). Os sites agregadores
(Kayak, Mobissimo, FareChase, TravelZoo, …) podem também
ajudar a identificar pacotes last-minute rapidamente e de uma
forma mais abrangente. Não custa nada dar uma olhada
também a websites de certa forma invulgares como o
AirToursCancellations
(http://www.airtourscancellations.co.uk/) que apresenta
pacotes last-minute que foram cancelados e estão assim à venda
ainda mais baratos.
Como dá para perceber, a realidade de ferramentas on-line na
área do Turismo (e focando só nas passagens e alojamento de
uma forma superficial) é complexa e cheia de variações e
sobreposição de funções. No meio disto tudo continua ainda o
agente de viagens como detentor de experiência e meio de
ligação entre viajantes e fornecedores. Existem muitas
ferramentas on-line que aparentam substituir completamente o
factor humano mas a realidade é que o agente de viagens
continua com uma posição forte no processo, principalmente no
que diz respeito à transferência de conhecimentos, opiniões e
acima de tudo como garante do processo. A tecnologia está
longe de ser uma alternativa real aos humanos e vai existir
sempre uma relação próxima entre o especialista da área e as
ferramentas on-line. Sendo assim, o uso destes websites deve ser
complementar ao serviço prestado pelo agente de viagens, por
muitos motivos mas também porque ainda há muitas
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oportunidades last-minute que não são do conhecimento
público. Os fornecedores apresentam muitas oportunidades
apenas aos canais de distribuição tradicionais. As agências
(algumas pelo menos) têm acesso a sistemas informáticos
proprietários agregadores denominados GDS (Global
Distribution Systems) como por exemplo o Galileo
(�--,:QQ...�*�3%�--3+�*�2Q<%"�"�Q), Sabre
(http://www.sabre-holdings.com/), Amadeus
(http://www.amadeus.com/ ) ou WorldSpan
(http://www.worldspan.com/) onde podem eventualmente
arranjar pacotes last-minute ou outros serviços a preços
melhores do que nos websites de que temos vindo a falar. É
assim de considerar também a possibilidade de que a melhor
oportunidade last-minute seja a do agente de viagens, pelo que
deve ser sempre consultado antes de se tomar decisões.
O viajante e as oportunidades last-minute
Tudo isto soa realmente muito bem, mas se está a planear
alguma viagem para breve, não corra já para o seu computador
para ver que oportunidades existem para si. É que há algumas
coisas adicionais que deve saber sobre o fenómeno dos pacotes
de viagens last-minute. Para o viajante, as oportunidades last-
minute podem assumir facetas diferentes, umas tremendamente
positivas, outras com impactos nem sempre tão bons como se
possa pensar e convém por isso saber-se à partida com o que se
pode contar.
As oportunidades last-minute são, de uma maneira geral, uma
excelente forma de viajar, principalmente quando o orçamento
disponível não é o nosso ponto forte. Se gostamos de viajar, se
temos um certo sentido de aventura, não somos muito exigentes,
não temos como critério rígido um determinado destino ou
parâmetros temporais demasiado apertados, então estas
oportunidades são mesmo de considerar. Efectivamente são
mesmo um maná de possibilidades para fins-de-semana de
descanso ou romance, férias de curta duração, viagens de
comemoração de aniversários, enfim, a imaginação é o limite.
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Estas viagens, apesar do conceito não ter muito a ver com a
Física nem com a série StarTrek, são muitas vezes denominadas
de “viagens espontâneas”, expressão que de certa forma ilustra
com alguma acuidade a natureza deste tipo de viagens e de
viajantes. E esta nova moda (?), que ameaça estar cá para ficar,
dinamizou não só o viajante e a sua postura para com os seus
tempos livres mas também o próprio negócio do Turismo como
um todo, que agora apresenta uma quantidade espantosa de
pacotes de viagens de fim-de-semana (e não só!) para destinos
inusitados e a preços igualmente surpreendentes. Pacotes de
viagens para aniversários, luas-de-mel, bodas e casamentos
entraram decididamente no leque de serviços que nos é
apresentado e podem ser encontrados em qualquer website de
viagens e Turismo e claro, no seu agente de viagens. O slogan do
website Site59.com, um dos mais conhecidos consolidadores
americanos na Internet (grupo Travelocity), é de certa forma
representativo desta nova atitude para com as viagens: “A travel
site for spontaneous souls based on mood”.
Mas há que ter em consciência que as noções românticas de
viagens, locais exuberantes, pessoas interessantes e destinos
exóticos que estes pacotes evocam podem esvanecer-se com uma
velocidade espantosa quando as duras realidades em que nos
podemos envolver ao embarcar neste tipo de viagens nos
acordam abruptamente. Como em qualquer tipo de viagem, nem
sempre as coisas correm bem. E quando optamos por pacotes
last-minute, como em tudo na vida, temos que estar
mentalmente preparados para a eventualidade de alguma
contrariedade surgir. Daí que informarmo-nos previamente
pode evitar dissabores e aborrecimentos.
Para começar, há a questão da dinâmica fluida e volátil deste
tipo de oportunidades. Umas vezes conseguimos apanhar uma,
no meio de muitas, outras vezes não as há (ou pelo menos, não
com os nossos critérios mínimos). Outras vezes esperámos
demasiado e as nossas “pechinchas” foram aproveitadas por
outros. Portanto, se da nossa partida ou chegada depende
qualquer coisa mais importante do que a nossa paciência, mais
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vale reservar com antecedência e não arriscar. As viagens de
negócios ou, por qualquer motivo, de responsabilidade
acrescida, não devem depender de oportunidades last-minute.
Quando de facto conseguimos localizar alternativas ao nosso
gosto (pelo menos aparentemente!) convém estar atento para o
facto de que muitas vezes os pacotes last-minute são uma
composição dos factores mais fracos e de menor qualidade de
outros pacotes mais caros. Por exemplo, podem ser compostos
de passagens aéreas que, apesar de baratas, nos vão sujeitar aos
mais desconfortáveis lugares do avião (os que não foram
vendidos!), o que pode seriamente prejudicar o espírito bem-
disposto e aventureiro com que se iniciaram os planos,
principalmente quando se trata de viagens de alguma duração.
No que diz respeito aos custos convém também ter a certeza que
não existem outras despesas escondidas por trás daquilo que
parece uma grande “pechincha”. Por exemplo, o pacote pode ser
muito barato porque inclui uma estada no pior hotel da cidade
ou naquele que mais longe das zonas interessantes fica. Pode até
dar-se o caso de o hotel ser aceitável mas estar reservado o pior
quarto do hotel, juntinho à piscina das crianças ou partilhando
paredes com a discoteca. E claro, depois de lá chegar e se
aperceber que o cenário não corresponde ás suas expectativas,
fazer um upgrade ou mudar para outro hotel pode ser um
problema sério de custos.
Para além disso, a não ser no caso de querer ficar para sempre,
convém ter a noção de quanto custa a viagem de regresso
porque pode eventualmente não estar incluída e ser cara. Ainda
relativamente a custos, convém saber no momento de
adquirirmos o pacote se de facto vamos usá-lo. É que na maioria
dos casos, os pacotes last-minute não são reembolsáveis. E para
o caso de tudo correr bem e no fim querer ficar mais uns dias,
informe-se previamente do custo de extensão da estada. Tendo-
se informado minimamente, podemos eliminar logo à partida
alguns dos potenciais problemas e aborrecimentos.
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De uma maneira geral, há alguns
princípios/regras/dicas/truques (o que lhe quiserem chamar) a
considerar quando pretendemos viajar dentro do âmbito last-
minute, para que o façamos informadamente e com o melhor
negócio possível:
� Subscreva as mailing-lists e newsletters dos
operadores de Turismo. Apesar de corrermos o
risco de ser assoberbados de propostas de
viagens, receber regularmente as novidades
destes websites por correio electrónico é sempre
uma maneira cómoda de sabermos as
oportunidades que existem e os negócios que se
podem arranjar. Para além disso há alguns
websites em que por fazermos parte dos
subscritores, temos automaticamente direito a
uma percentagem de desconto.
� Seja exaustivo. Não se deixe encantar pela
primeira oferta last-minute que encontrar. Seja
perseverante e pesquise em várias fontes. Fale
com o seu agente de viagens e apresente-lhe o
que já descobriu. Há muitos negócios last-minute
que só o seu agente poderá apresentar-lhe. De
uma maneira geral, tenha a certeza de que tudo
está claro, para que não surjam surpresas e
custos inesperados. Já agora, verifique se não terá
por acaso direito a condições especiais como por
exemplo descontos de viajante regular (“frequent
flyer miles”) ou descontos especiais para crianças
ou idosos. Saber também se existem descontos
para viagens de família ou em grupo.
� Seja flexível. Evite períodos de férias e feriados
sempre que possível. Há muito mais procura
nesses períodos, o que aumenta a volatilidade
das ofertas last-minute e diminui a probabilidade
de se encontrarem bons preços. Se possível, tente
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marcar viagens no meio da semana porque os
voos vão menos cheios e há maior probabilidade
de se conseguirem bons descontos.
� Informe-se. Leia os websites de informação de
Turismo e todas as publicações que conseguir,
nomeadamente aquelas da sua zona porque vão
ter informações de última hora que lhe podem
ser úteis. Os consolidadores publicam muitas
oportunidades last-minute nas secções de
Turismo dos jornais locais. Convém sempre
consultar também toda a informação sobre a
zona para onde pretende viajar, pode poupar-lhe
muito trabalho e aborrecimentos assim como
tornar a sua estada mais interessante.
� Ponha os websites a trabalhar para si. Use os
sistemas de pesquisa nos websites agregadores
para tentar reunir informação mais rápido.
Pesquise as ofertas dos websites que lhe
permitem definir um limite máximo de preço
(“name your price”) e se possível, defina na sua
conta pessoal que deve ser contactado por
correio electrónico logo que apareça uma
proposta. Em todos os websites que o permitam,
defina alertas para pacotes que lhe interessem
para que os websites o contactem por correio
electrónico assim que os preços last-minute
atingirem os seus parâmetros de orçamento.
� Regateie e negoceie. Peça sempre um desconto
ou melhores condições, mesmo que seja via
website. Fale com o seu agente de viagens e veja
se ele consegue um negócio melhor, mostrando-
lhe o que já conseguiu na net. Se não conseguir
melhor preço pode pelo menos ser-lhe oferecido
algum extra que valha a pena, melhores lugares
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no avião, um upgrade de quarto, aluguer de
viatura mais barato, etc.
� Se é flexível no que pretende, reserve o mais
tarde possível. Quando procurar um negócio
last-minute, vá vendo as ofertas que mais lhe
interessam e esteja atento ao preço. Conforme o
tempo vai avançando essas ofertas vão mudando
de preço e podem baixar significativamente. No
entanto, esteja atento porque depois de uma
baixa significativa de preços, as ofertas são
arrebatadas com muita rapidez e pode perder a
sua oportunidade. Por outro lado, as ofertas
podem ser arrebatadas por outros antes de
realmente baixarem de preço. Esteja portanto
atento à disponibilidade de lugares e à tendência
das vendas.
� Se tem alguma ideia fixa quanto ao destino ou
hotel, reserve o mais cedo possível. No caso de
estar determinado a ir para um sítio específico,
saiba que alguns dos melhores negócios se obtêm
reservando cedo. As reservas com antecedência
têm por vezes descontos substanciais e são muito
mais seguras quando se quer ir para um sítio
determinado ou numa altura determinada.
� Saiba que mais barato nem sempre significa
melhor. Poupar em tudo pode custar-lhe
conforto e comodidade. Avalie exactamente
aquilo onde é seguro poupar porque o sucesso da
sua viagem pode depender disso.
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1.4 O acesso eficiente à informação
É facilmente perceptível que todos estes novos mecanismos de
interacção entre viajantes e fornecedores de serviços de Turismo
trabalham sobre um elemento básico comum: a informação. O
conceito de informação é
bastante difícil de definir,
registando-se curiosamente
que muitos dicionários não
têm sequer uma definição.
Outros apresentam várias
possíveis. Não parece haver,
portanto, consenso sobre qual
será a definição mais
completa ou absoluta ou
mesmo se há uma. No
entanto, podemos dizer que,
de uma maneira geral e sem
qualquer pretensão de
acuidade científica, o conceito
de informação tem a ver com
criação, difusão e recolha de
dados. Estes, quando tratados
e analisados à luz de
determinados parâmetros
convertem-se numa
ferramenta útil para resolver
problemas ou entender
situações: a informação. A
informação é, em última
análise, uma ferramenta e,
hoje em dia e cada vez mais,
também uma mercadoria: usa-se, compra-se, vende-se,
armazena-se, tem validade, tem valor, adquire-se, transmite-se,
protege-se, enfim… Não é por acaso que expressões como “auto-
estrada da informação”, “sistemas de informação” ou
“tecnologias de informação” existem, sendo familiares mesmo
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para quem não faz ideia do que essas expressões significam. E
no Turismo a informação (nas suas vertentes de acuidade,
relevância, actualidade e rapidez de divulgação/obtenção) é
mesmo uma das pedras basilares do negócio. Os viajantes
precisam de recolher informação sobre os serviços e
fornecedores de Turismo que existem e estes necessitam
divulgar o máximo de informação possível sobre os serviços que
prestam. E isto da forma mais rápida e eficiente possível. É do
foro do senso comum e portanto não será novidade para
ninguém que, num mundo de mudanças rápidas, quem
conseguir dominar o desafio da informação terá mais e melhores
oportunidades de atingir os seus objectivos. E isto não só do
ponto de vista do fornecedor que necessita vender os seus
produtos mas também do lado do viajante que necessita saber
quais são os produtos que existem e que melhor se ajustam ás
suas necessidades e orçamento.
Este fluxo que é, então, a informação de Turismo é suportado
hoje em dia quase exclusivamente por tecnologia, já que esta é a
única forma viável de responder convenientemente aos
requisitos do cliente e de lhe providenciar toda a informação
relevante o mais rápido possível. Se cada vez que sistemas de
gestão como o “yield management / return management”
exigem um ajuste de preços nos produtos/serviços tivéssemos
que mandar a tipografia fazer novas brochuras ou tivéssemos
que passar a tarde a enviar faxes para os nossos parceiros e
clientes a informar das alterações… bem, escusado será dizer
que o cenário seria muito diferente e muito do que se faz hoje
em dia não seria possível. Sendo assim, é claro que também o
“yield management” não existiria sequer se não fossem as
possibilidades que a tecnologia oferece hoje em dia. A tecnologia
é o factor que suporta operacionalmente o negócio e influencia-o
fortemente não só porque permite agilizar e optimizar recursos e
processos mas também porque simplesmente permite que se
façam as mesmas coisas de novas e mais eficientes maneiras. Por
outro lado, essas novas possibilidades são de tal forma
aproveitadas e exploradas, no sentido de se atingirem níveis de
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serviço superiores e vantagens competitivas, que a própria
tecnologia é forçada a mudar para responder aos requisitos.
Estamos portanto a falar de um ciclo infinito de influência
mútua entre a tecnologia e o negócio. Na realidade, hoje em dia
quase não faz sentido tentar distingui-los. A tecnologia faz parte
inequívoca e integrante da grande maioria dos negócios e o do
Turismo será mesmo um caso digno de análise. O conceito de
tecnologia no Turismo está também fortemente relacionado com
o novo perfil do consumidor de serviços e produtos de Turismo,
que não é agora, o que sempre tinha sido. Não sabemos
exactamente se terão sido as evoluções tecnológicas que
permitiram ou provocaram uma mudança nesse perfil ou se terá
sido uma nova postura por parte do consumidor a exigir
mudanças tecnológicas para permitir satisfazer requisitos mais
exigentes. Para o efeito, também não será muito relevante. O
facto permanece no entanto o mesmo: o novo consumidor de
Turismo é cada vez mais um ávido consumidor e utilizador de
tecnologia. E esse utilizador está hoje inserido, como alguém
disse, numa “nova ordem económica internacional” e num
“novo paradigma civilizacional” marcados e dominados por
uma forte necessidade de mobilidade e conectividade.
Para lançarmos um olhar
breve sobre a maneira como
as pessoas, especificamente os
viajantes, acedem e usam a
informação que os
fornecedores disponibilizam,
talvez seja melhor dividir este
assunto em 3 áreas
fundamentais:
� a) Que equipamentos
são mais usados para
aceder à informação
de Turismo?
� b) Que tipos de
A Internet obviamente já
teve o seu impacto na
indústria aérea e os
equipamentos portáteis
estão a tornar-se parte
integrante do processo de
reserva e aquisição de
viagens.
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conexões à net são utilizados a partir desses
equipamentos?
� c) Que tipos de interfaces nos são
disponibilizados pelos fornecedores da
informação para que a possamos usar?
Equipamentos terminais
De uma forma geral, a Internet é o nome pelo qual agrupamos
todo um conjunto de serviços, como o correio electrónico e os
websites (a web, propriamente dita). Para além destes há uma
grande quantidade de outros que podem ou não ser de
utilização comum para os diversos cibernautas. Até há uns anos
atrás, a Internet tinha uma abrangência própria e estava por
assim dizer numa situação ou estatuto mais ou menos estanque
e destacado, tal como muitas outras coisas na nossa vida. Cada
uso tinha o seu equipamento e um sítio associado para se
efectuar. Mas então, o que aconteceu? Como é que chegámos
dessa situação até ao aparente caos actual em que se pode aceder
a serviços da net a partir da aparelhagem, ver a nossa posição
GPS usando o rádio do carro, fazer chamadas telefónicas do PC,
aceder a websites pela televisão, ver televisão no relógio de
pulso e receber emails nas nossas agendas electrónicas? Pois é,
quando hoje queremos comprar um telefone, não basta saber se
queremos um telefone fixo ou móvel, temos que saber também
se é mesmo um telefone que queremos. É que hoje em dia não
basta dizer que determinado equipamento permite efectuar
chamadas telefónicas para que imediatamente se assuma que
estamos falar realmente de um telefone. Pode ser um PDA, pode
ser um Smartphone, pode ser um PC, qualquer um deles faz
chamadas telefónicas para além de todas as coisas adicionais que
cada um deles faz além disso.
Sendo assim, a nossa pequena mas determinada afirmação de
domínio e confiança “pelo menos o PC eu domino!” parece de
alguma forma ter perdido algum do seu impacto e acutilância. O
facto é que as indústrias da informação, das comunicações e do
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entretenimento sofreram elas próprias severos e radicais
processos de mudança nos últimos anos, tentando acompanhar
as necessidades de um consumidor com um ritmo de vida e
trabalho rápidos e de grande exigência. Nós queremos receber o
nosso email em qualquer lado, queremos aceder à internet em
qualquer lado, queremos aproveitar melhor o nosso tempo,
queremos comprar coisas sem ir às lojas, queremos ouvir música
em qualquer altura e em qualquer lado, queremos estar
contactáveis sempre e, acima de tudo, não queremos transportar
equipamentos específicos de cada uma destas coisas!!! E quando
há clientes que querem, logo há indústrias que fazem. E é o que
tem vindo a acontecer nestas indústrias ao longo dos últimos
anos, num processo cuja tendência é actualmente apelidada “de
convergência”. Evidentemente o nome deriva do facto de cada
vez mais se concentrarem muitas funções num mesmo aparelho.
Daí que não é de admirar que quando se vai a um qualquer
estabelecimento, nomeadamente grandes superfícies, a secção de
electrónica de consumo seja hoje em dia bastante mais destacada
do que alguma vez o foi e a quantidade de engenhocas com que
nos tentam aliciar é espantosa. Temos todos os tipos de
equipamentos electrónicos multi-funcionais possíveis e
imagináveis, que combinam, uns melhor do que outros, o
trabalho com o entretenimento, as comunicações com as
aplicações de escritório, etc. Para além de termos disponíveis
estes equipamentos que integram cada um a sua própria
combinação de funções, podemos hoje em dia nós próprios optar
por separar essas funções em vários equipamentos, mantendo
sempre a comunicação entre eles, para, por exemplo,
sincronização de agendas. E quando falamos de comunicação
não estamos a falar de existirem cabos para os interligar mas sim
de comunicações sem fios (“wireless”) por Wi-Fi, BlueTooth ou
infravermelhos (este último em vias de se tornar obsoleto). Não
há assim qualquer distinção entre estes equipamentos no que diz
respeito ao seu propósito: destinam-se de uma forma geral ao
uso diário, seja entretenimento ou trabalho. Temos telemóveis,
câmaras digitais, computadores portáteis, PDAs e PocketPCs,
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leitores de MP3, combinações disto tudo, enfim, um mundo de
engenhocas.
Se estão a pensar “Mas o que é que isto tem a ver com o negócio
do Turismo?” então será melhor prestar mais atenção. É que a
tendência é mesmo todos estarmos ligados à net, sempre a partir
dos mais variados equipamentos. Com tamanha comodidade de
acesso à informação, a net está
a tornar-se inevitavelmente o
primeiro e às vezes último
lugar onde os potenciais
viajantes vão procurar
informação. Sendo assim, os
negócios de Turismo que não
estiverem solidamente
estabelecidos na net (em
exclusivo ou de forma
complementar) estarão
certamente a assumir desde
logo uma posição de
desvantagem e a passar para
segundo plano relativamente
aos seus potenciais clientes. E
não é só o mercado do
Turismo que está a passar por
esta situação. Muitos outros, como o mercado imobiliário, o
mercado automóvel, etc., já sentiram a pressão da concorrência
on-line e a necessidade imperativa de aí estar presente, onde os
potenciais clientes agora estão. No fundo, trata-se mesmo de
uma questão simples de estar onde os clientes estão. Se os
viajantes recorrem à net como principal fonte de informação e
mesmo para a própria aquisição de serviços então será
conveniente saber como estes acedem à Internet, porque o
fazem, como interagir com eles e como maximizar a exposição a
estes. Acima de tudo, estar presente activamente na Internet. Se
o cliente prefere a Internet para recolha de informação e vai
gastar o seu dinheiro em quem lá estiver então a Internet não
No acesso à informação a
net está a tornar-se
inevitavelmente o primeiro e
às vezes último lugar onde
os potenciais viajantes vão
procurar informação. É
então conveniente saber
como os viajantes se ligam
à net �
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pode ser descurada como canal de distribuição por nenhum
fornecedor. Daí que entender, ainda que superficialmente, os
factores que possibilitam ao cliente estar on-line e de facto
preferir este meio a qualquer outro, é um primeiro passo para
ajustar estratégias de negócio a esta nova situação.
Sendo assim, para os não muito familiarizados com todas estas
novas engenhocas, vamos fazer uma pequena passagem por
algumas delas e suas características, apenas para transmitir uma
visão geral da quantidade de alternativas de que o viajante
dispõe hoje em dia para chegar às fontes de informação de
Turismo (e não só).
PDA’s (Personal Digital Assistants ou PocketPC’s)
Os PDAs começaram, nos primórdios da tecnologia (leia-se, há
poucos anos atrás!) por serem pouco mais do que calculadoras
glorificadas com algumas funções adicionais. Como em tudo,
foram-se acrescentando tantas funções adicionais que se
converteu na versão electrónica da agenda tradicional e em 1996
foi lançado aquele que pode realmente ser chamado o primeiro
PDA (por alusão ao cargo humano de assistente): o PalmPilot.
Neste momento, um PDA é uma versão (muito!) reduzida de um
computador, onde podemos ter a funcionar software mais ou
menos equivalente ao que temos no nosso PC. Por exemplo,
podemos ter software de edição de documentos, agendas de
contactos, calculadora, folhas de cálculo, leitores de formatos
multimédia (áudio e vídeo), etc. Paralelamente, com os
acessórios necessários ou em parceria com outros equipamentos
(telemóvel, por exemplo) podemos aceder à Internet, enviar e
receber email, ver a nossa localização por GPS, fazer chamadas
telefónicas, vídeo-conferências, etc. Este equipamento é uma
plataforma para instalação de software e alguns acessórios de
hardware que pode operacionalizar muitas funções. O princípio
é muito semelhante ao do PC normal, onde existe um sistema
operativo que pode servir de base a outras aplicações. Claro que
o sistema operativo nos PDA’s é uma versão reduzida e as
capacidades do equipamento são também muito mais limitadas
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do que um PC. Não é de todo pretendido substituir o
computador mas sim servir de alternativa rápida para situações
onde não dispomos (ou não necessitamos) de outros recursos. A
sua capacidade de instalação de novas aplicações, acoplagem de
periféricos e a possibilidade de uso dos protocolos de
comunicações locais mais recentes (BlueTooth, por exemplo) dá-
lhe bastante potencial de estabelecimento de parcerias
funcionais com outros equipamentos que disponham dos
mesmos protocolos.
Há, de uma maneira geral, dois tipos de PDA’s, os “hand-held”
e os “palm-sized”. Estes diferem basicamente no tamanho,
sendo o segundo um pouco maior e geralmente com um teclado
(miniatura) real (por oposição ao virtual, que existe apenas no
ecrã do PDA).
No meu caso específico, a minha ferramenta de trabalho diário,
passando a publicidade, é um portátil Toshiba Satellite Pro mas
adquiri há algum tempo um PDA Asus MyPal A620BT que
comunica com o portátil por BlueTooth. O sistema operativo do
PDA é o Windows PocketPC 2003, o que significa que disponho
das aplicações do pacote Microsoft Office (em versão PocketPC,
claro). Isso permite que tenha no meu PDA cópias sincronizadas
de documentos do Word e Excel, que uso e altero todos os dias
no meu portátil. Também o correio electrónico do Outlook do
portátil e toda a sua informação (mensagens, tarefas, contactos,
etc.) é sincronizado, bi-direccionalmente, com o PDA. Na prática
este poupa-me muito tempo em algumas tarefas rotineiras, como
verificação de servidores, troca de emails, envio de propostas
comerciais de última hora, preparação das tarefas do dia
seguinte, etc. Isto sem ter que ir ao escritório e mesmo sem
necessidade de ter o portátil ligado. No meu caso específico, o
portátil, o PDA e o telemóvel (Sony Ericsson T610) comunicam
continuamente por BlueTooth, sincronizando todas as
informações que eu desejar e que o equipamento permita. Por
exemplo, os contactos que tenho no Outlook do portátil
propagam-se bi-direccionalmente entre os 3 aparelhos.
Adicionalmente, com aparelhos como os PDAs e dispondo dos
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mais recentes protocolos de comunicações locais (como o
BlueTooth) podem-se estabelecer parcerias funcionais entre
parte dos equipamentos de que dispomos (ou seja, estabelecem-
se parcerias específicas entre equipamentos, não precisam todos
de prestar os mesmos serviços). Por exemplo, no meu caso como
não preciso de enviar SMS’s pelo portátil e não gosto
particularmente de enviar pelo telemóvel, decidi adquirir uma
aplicação adicional para o PDA que me permite enviar SMS’s
muito mais confortavelmente, com base numa lista de
destinatários seleccionados a partir da agenda do Outlook e
usando para envio uma parceria estabelecida com o telemóvel.
Ou seja, o meu SMS é escrito no PDA (através de um interface
muito mais user-friendly do que no telemóvel), os destinatários
são seleccionados da lista do Outlook e o envio é efectuado pelo
telemóvel. Paralelamente, todos os SMS’s que chegam ao
telemóvel são imediatamente sincronizados para o PDA,
podendo ser lidos e geridos aí. Uma alternativa a esta parceria
com o telemóvel seria adquirir, por exemplo, uma placa GSM
para o PDA, o que equivaleria a dizer que o telemóvel tinha sido
incorporado no PDA. Estes são apenas exemplos dos cenários
que cada utilizador pode implementar quando tenta ajustar a
utilização dos PDA’s à sua situação específica. Tendo o
telemóvel e o PDA à mão, posso aceder à net em qualquer sítio
(desde que o telemóvel tenha sinal, isto é!) o que me permite
também estar em movimento e ainda assim tratar de algum
assunto que seja necessário.
Os PDAs são um dos aparelhos de electrónica de consumo que
mais se vendeu e vende de toda a história do equipamento
electrónico. Há no entanto quem afirme que os PDA’s são
apenas uma transição e que como tal, são uma tecnologia já
morta. O futuro, dizem, está agora nos SmartPhones.
SmartPhones
Os SmartPhones desenvolveram-se mais ou menos da mesma
forma que os PDA’s mas a partir de uma base forte nas
comunicações de voz. Ou seja, os SmartPhones possuem todas
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as características de um telemóvel mas potenciadas pela
capacidade de gestão de informação dos PDA’s. Há quem
defenda a ideia de que os SmartPhones são os dignos sucessores
dos PDA’s e que superarão em muito as suas taxas de
penetração de mercado, tendo em conta que conseguem oferecer
as mais-valias destes a um público que já utiliza constantemente
os telemóveis pelo que não são adversos à ideia de ter um muito
mais poderoso. Aliás, estudos efectuados a esse nível indicam
que aparentemente e cada vez mais o mercado dos SmartPhones
está a entrar em colisão com o mercado dos PDA’s. Lentamente
vai-se configurando um cenário de transição a favor dos
primeiros, apesar de também se notar uma reestruturação do
conceito dos PDA’s no sentido de se concentrarem mais nas
características dos SmartPhones, o que indica que
eventualmente o processo vai terminar em produtos muito
semelhantes. Entretanto, empresas como a Sony já abandonaram
o mercado dos PDA’s e outras, como a Hewlett-Packard e a
Palm estão empenhadas em dotar os seus PDAs de
características Smartphone. A grande força destes é
evidentemente a integração física, ou seja, um nível ainda maior
de convergência que parece agradar à maioria das pessoas, já
que estas não gostam de andar carregadas. Tendo alternativa,
ninguém quer andar com o PDA num bolso e o telemóvel
noutro. No entanto, o grande argumento contrário é o facto de
que os SmartPhones são maiores e mais pesados do que
qualquer telemóvel, que chegam de facto a ser bastante
pequenos. Os números mostram no entanto que a tendência é
clara, os SmartPhones são o futuro (o que em assuntos
tecnológicos se deve ler: “até coisa melhor aparecer e pode ser já
amanhã”).
GPS (Global Positioning System) e IVIS (In-Vehicle
Information Systems)
A ideia de que cada vez mais estamos a caminhar para um
cenário de comunicação total, em que podemos aceder à Internet
e restantes serviços em qualquer lado e a qualquer altura, é
agora corroborada pelo facto de que a própria indústria
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automóvel está a incorporar fortemente especialidades de outras
áreas, nomeadamente a informática, as comunicações e o
entretenimento. Isto significa que cada vez mais o automóvel se
torna uma extensão de nossa casa e/ou do nosso escritório, onde
podemos continuar a usufruir de todas as comodidades e
funcionalidades de comunicação. A indústria automóvel tenta
incorporar tecnologias de outras áreas, explorando as suas mais-
valias próprias mas também as possibilidades que estas trazem
para funções internas dos automóveis.
Nesta área, podemos começar por registar que os PDA’s e
SmartPhones têm disponíveis para aquisição kits para
montagem de suportes em automóvel. Instalando um PDA ou
um SmartPhone num automóvel, podemos não só utilizar as
funções usuais destes equipamentos (receber email, consultar
documentos, aceder à Internet, etc.), como também aproveitar
possibilidades directamente relacionadas com o automóvel e sua
função. Nesse sentido existem soluções de hardware/software
dedicadas ás necessidades e requisitos específicos de quem se
desloca (ou mesmo viaja) de automóvel. Sendo este obviamente
conotado com a ideia de deslocações e viagens, foram, por
exemplo, desenvolvidas soluções de GPS especificamente
destinadas a PDA’s e SmartPhones, que funcionam com
tecnologia de comunicação local BlueTooth e que nos dão a
possibilidade de vermos constantemente actualizada a nossa
localização num mapa, com bastante precisão. Podemos definir e
seguir uma rota, tendo sempre o PDA a indicar-nos a direcção a
seguir (visualmente ou mesmo por voz). Ao longo do caminho
podemos verificar o trânsito e efectuar alterações à rota
estabelecida, podemos localizar o restaurante mais próximo, etc.
Estes sistemas de GPS podem usar informação localmente
armazenada ou então consultar a Internet para actualizações de
sistema (mapas, vozes, etc.). O sistema pode inclusivamente
consultar (em tempo real na Internet ou localmente) bases de
dados como a ViaMichelin (ww.viamichelin.com) que indicam
informações como os melhores restaurantes no nosso caminho,
sugerem monumentos a visitar, indicam rotas de menor trânsito,
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sugerem rotas de interesse natural, sítios onde podemos parar o
automóvel para descansar ou dormir (parques de
estacionamento) ou hotéis para passar a noite. Num nível ainda
superior de integração no automóvel, há ainda disponíveis no
mercado sistemas GPS especificamente concebidos para
instalação em automóveis e que já vêm de série em muitos
modelos.
Com as diversas parcerias estabelecidas entre fabricantes de
automóveis e especialistas de outras áreas surgem todos os dias
novos produtos para aplicação em automóveis, podendo mesmo
serem todos controlados centralmente por uma rede local (LAN)
de computadores. Empresas como a CarTFT (www.cartft.com)
ou a KarPC (www.karpc.com) já comercializam sistemas
informáticos especialmente concebidos para aplicação em
automóveis e que gerem muitas novas funcionalidades nestes,
das comunicações áudio e vídeo até aos jogos on-line, internet e
muito mais.
iTV (TV Interactiva)
A TV Interactiva tem gradualmente vindo a tornar-se uma noção
que nos é cada vez mais familiar. Desde há muito tempo que a
televisão assumiu o seu lugar no nosso dia-a-dia e está
certamente presente na esmagadora maioria dos nossos lares,
consumindo todos os dias algumas horas do nosso tempo e do
da nossa família. De há uns anos para cá, os fornecedores de
serviços e nomeadamente as grandes cadeias de televisão têm
vindo a despender enormes quantias na investigação e testes de
um sistema bidireccional que permita muito maior
interactividade entre os divulgadores da informação e os seus
receptores, ou seja, os telespectadores. Tendo havido já várias
incursões pela implementação prática destes sistemas, não tem
havido muito sucesso. Actualmente no entanto a situação
tecnológica e a predisposição das pessoas relativamente à
tecnologia parecem, segundo especialistas da área, augurar
mudanças neste ramo, onde se continua a investir fortemente.
Estudos indicam que a utilização do computador pessoal em
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casa se tem localizado na mesma divisão em que geralmente
também se encontra a televisão. Ou seja, muitos lares
apresentam na sala tanto a televisão como o computador, o que
parece indicar que a convergência entre estes dois equipamentos
num outro que consiga de alguma forma concentrar as suas
funcionalidades pode ser uma realidade bem sucedida em
breve. Já existem testes práticos bem sucedidos no que diz
respeito a programas interactivos, nomeadamente a nível de
jogos on-line e comércio electrónico em tempo real (no meio dos
programas tradicionais). As redes de televisão por cabo têm sido
instrumentais nos testes no terreno e são pioneiras na aplicação
das tecnologias a que agora damos o nome de iTV (Televisão
Interactiva). Empresas dedicadas à infra-estrutura tecnológica de
suporte à iTV e empresas dedicadas à geração de conteúdos
programáticos especificamente pensados para iTV têm surgido
em muitos países, potenciados e animados pelos casos de
sucesso registados em países como o Reino Unido, onde
iniciativas como a SkyDigital têm obtido resultados muito
animadores que têm motivado o constante investimento nesta
área.
De uma maneira geral, o utilizador de um sistema de iTV tem
agora possibilidades que em plataformas unidireccionais de
difusão de conteúdos, como a TV tradicional, não são possíveis.
Por exemplo, a possibilidade de ver transmitidos determinados
programas, a horas definidas pelo utilizador (transmissão on-
demand). Durante um qualquer programa, o utilizador vai
poder ler mais sobre um determinado tópico que esteja a ser
falado ou debatido. Vai poder participar activamente e em
tempo real nas discussões que estiverem a ter lugar num
qualquer programa que lhe interesse. Para além disso, a
plataforma de iTV vai disponibilizar diversos interfaces para
aplicações de todas as naturezas: home-banking, email,
navegação pela internet, vídeo-chamadas, formação on-line com
vídeo bidireccional, eCommerce, portais de serviços (como o
Turismo), etc. Tal como os outros meios de acesso interactivo a
informação de Turismo (e não só), este não deve ser descurado
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como novo canal de distribuição que é, até porque inúmeros
especialistas como Graham Cook (thomascook.com) têm
previsto uma curva de aprendizagem muito menor na iTV do
que em outras tecnologias. O potencial de penetração do iTV no
mercado do Turismo é grande e prevê-se que o impacto se note
rapidamente nos próximos anos. Empresas como a IAC
(...��%*�*�2), detentoras de subsidiárias como a Expedia
(...��,3�%�*�2) ou a TripAdvisor
(...�-��,%3��+���*�2), já se estão a posicionar também na
iTV com projectos como a TVTravelShop (especificamente
direccionada para utilizadores de iTV). O conhecido grupo
LastMinute (www.lastminute.com) também já investiu em
parcerias com a SkyActive para disponibilizar os seus conteúdos
via iTV.
Entretenimento
Também na área do entretenimento se nota a força do processo
tecnológico de convergência e a tendência para mesmo nesta
área estarmos em contacto constante com outras pessoas. A
indústria do entretenimento (nas suas diversas facetas: música,
cinema, jogos, etc.) tem mantido a sua vitalidade e gerado
volumes de facturação espantosos. Neste últimos anos, uma
quantidade impressionante de formatos de música e vídeo
surgiram, novos suportes físicos para esses formatos foram
lançados, surgiram novas e revolucionárias plataformas de jogos
com capacidades de inter conectividade acompanhadas de
novos jogos que exploram as suas capacidades e potencial. Se
bem que a ligação desta área ao ramo do Turismo seja um pouco
menos óbvia do que outras, não deixa de ser no entanto
importante registar a tendência já que de certa forma ilustra
também uma mudança de costumes e hábitos por parte de uma
geração que consome em grandes quantidades tudo o que fôr
tecnologia. Isto pode indicar assim que o futuro do negócio do
Turismo (como o de outros) passará por compreender e ajustar o
negócio a este novo tipo de utilizador, habituado a aceder
eficientemente a todo o tipo de informação.
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Os amantes da música têm hoje em dia a possibilidade de
usufruírem da sua música preferida em qualquer lugar já que
devido ao aparecimento de formatos digitais altamente
comprimidos e a inúmeros equipamentos electrónicos portáteis
de reprodução de áudio e vídeo, estes podem transportar
consigo horas e horas de música em topo de qualidade. Os
equipamentos de reprodução podem opcionalmente permitir o
acesso à Internet para que o utilizador possa adquirir mais
música dos seus produtores preferidos a qualquer altura.
Adicionalmente, o equipamento permite a disponibilização de
informação adicional sobre a faixa que se está a ouvir ou mesmo
sobre o grupo ou artista que se encontra a actuar, já que alguns
desses equipamentos podem aceder a bases de dados na net
para recolha de informação geral. Alguns equipamentos podem
até reproduzir formatos vídeo, pelo que permitem a visualização
por exemplo de concertos ou mesmo filmes, em qualquer lugar e
altura. De notar que o ponto forte deste equipamento portátil
não é só a capacidade de comunicação wireless, o tamanho e
peso reduzidos e a qualidade de reprodução. A isto temos que
adicionar a capacidade de armazenamento insuspeita que chega
em certos modelos aos 20GB.
Dentro da área do entretenimento temos também as consolas de
jogos que cada vez mais se afirmam como uma referência de
sucesso e com uma abrangência global que gera volumes de
facturação na ordem dos biliões de dólares. A indústria dos
jogos electrónicos tem também gradualmente adquirido uma
nova faceta comunitária em que os jogos, devido à constante
evolução das comunicações, se desenrolam em ambientes
virtuais dos quais fazem parte jogadores que estão on-line e
distribuídos geograficamente. O binómio jogador/computador
ou jogador/consola ganhou uma nova dimensão. O inimigo que
estamos a abater pode ser a personagem de um jogador que está
on-line no outro lado do planeta. A equipa com quem estamos a
disputar um jogo de futebol pode estar a ser gerida por uma
pessoa real, um outro jogador. Os jogos são agora desenvolvidos
para tirar proveito de características inovadoras e que permitem
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colaboração. Existem jogos em que podemos reunir uma equipa
de jogadores reais para jogar contra outra equipa de jogadores
reais (ou contra uma equipa controlada por inteligência artificial
se assim o preferirmos). A ideia geral é que certos jogos
passaram a ganhar uma dimensão planetária e um realismo
adicional, pelo facto de, apesar de a acção se desenrolar num
plano imaginário e assim virtual, os personagens poderem de
facto reflectir decisões de jogo tomadas por humanos, o que
torna as coisas um pouco mais interessantes. Os produtores de
plataformas lançaram novos equipamentos estes últimos anos
que visam reflectir os avanços tecnológicos informáticos e de
comunicações. Adicionalmente, estão a dotar estas plataformas
de capacidades que visam a sua integração fácil com outros
acessórios e muitas têm também a capacidade de lidar com os
mais recentes formatos áudio e vídeo, pelo que apresentam uma
dupla funcionalidade: a de consola de jogos e equipamento de
reprodução multimédia. Por outro lado os produtores dos
próprios jogos conceberam jogos inovadores, cada vez mais
realistas, que aproveitam ao máximo as possibilidades das novas
plataformas. Se antes existiam comunidades de jogadores, agora
que os personagens ganharam uma dimensão humana mais
acentuada, esse fenómeno passou também a uma nova fase,
existindo mesmo jogos, nomeadamente os de estilo RPG (role-
playing) em que se formaram autênticos clãs, que chegam a
exibir características que mimetizam as relações sociais reais, por
exemplo, a colaboração espontânea para defesa do território. Do
sucesso retumbante desta indústria podemos tirar também
algumas conclusões sobre o perfil de utilizador que se configura
para o futuro e que é de um ávido consumidor de tecnologia,
habituado a lidar com comunicações e que vai exigir o acesso
rápido e eficiente a tudo. De registar também que os principais
operadores por trás desta indústria vêm de campos diversos
(Sony, Microsoft, Nintendo, entre outros).
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1.4 .1 T IP OS DE CON E XÕ ES (EM REDE LOCAL OU À IN TERNE T)
Agora que falámos sobre quais os equipamentos mais recentes
que podem permitir ao utilizador chegar à informação, podemos
falar um pouco sobre as diferentes tecnologias de comunicação
que permitem a esses equipamentos estabelecer conexões entre
si ou com servidores de acesso à net. Não é objectivo deste
documento uma incursão exaustiva aos pormenores técnicos
destas conexões e sim apenas dar uma ideia geral da diversidade
de conexões que existem.
De facto, hoje em dia, existem fundamentalmente 4 tipos de
suportes para conexões em rede e/ou ligações à Internet:
� Linha telefónica (fixa e móvel);
� Wi-Fi (wireless);
� Ethernet;
� Cabo (cable modem).
Há no entanto que registar também a existência de outros menos
vulgares e usados em situações muito específicas, como:
� Rede eléctrica
� Bluetooth
� Infravermelhos
� HomePNA
É também de registar que as
configurações de rede
adoptadas por cada empresa
ou particular podem combinar
os diversos métodos de
conexão, dependendo da
situação e/ou orçamento
disponível.
As ligações por linha
telefónica são mais vulgares
no campo das redes
distribuídas e, claro, no
estabelecimento de ligações
à Internet.
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Linha telefónica (fixa)
As ligações por linha telefónica são muito comuns hoje em dia e
destinam-se, geralmente, a interligar computadores distantes ou
a interligar duas ou mais redes locais distantes entre si. As
ligações por linha telefónica são mais vulgares no campo das
redes distribuídas e, claro, no estabelecimento de ligações à
Internet. As conexões via linha telefónica podem ter naturezas e
características diversas, apesar de serem via o mesmo meio
físico, a linha telefónica. Existem as conexões analógicas (já
obsoletas) e as conexões digitais (ISDN ou ADSL). As conexões
ISDN (Integrated Services Digital Network) (ou RDIS, em
português) referem-se à utilização em simultâneo da mesma
cablagem telefónica para chamadas tradicionais de voz e
conexões de dados. A velocidade de transferência superior e a
possibilidade de vários tipos de utilizações em simultâneo são o
que faz o ISDN diferente das mais antigas conexões analógicas.
Uma tecnologia mais recente e mais poderosa é o ADSL (ou
apenas DSL). O ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line) é
uma ligação de alta velocidade (também chamada por vezes
“broadband”) que utiliza a mesma linha telefónica que o ISDN,
a maneira como o faz é que a torna distinta. Uma ligação à
Internet por ADSL é muito mais rápida do que uma ligação
ISDN.
Em redes empresariais, é comum ver ligações ADSL a suportar o
acesso da rede local à Internet. Na realidade, apesar de o tráfego
de entrada e saída em ligações ADSL serem assimétricos (ou
seja, a velocidade de entrada de dados é diferente da de saída) e
de a eficácia de entrega de informação nestas ligações variar ao
longo do tempo e conforme a distância ao fornecedor do serviço,
há muitas empresas que possuem servidores (geralmente pouco
críticos) disponíveis permanentemente a partir da Internet. Ou
seja, a ligação ADSL suporta não só o acesso de dentro para fora
como também o contrário, permitindo por exemplo o alojamento
de conteúdos web (a qualidade é no entanto algo duvidosa e
inconstante).
ISDN (Integrated Services
Digital Network) (RDIS, em
português): conexões que
referem-se à utilização em
simultâneo da mesma cablagem
telefónica para chamadas
tradicionais de voz e conexões de
dados
ADSL (Asymmetric Digital
Subscriber Line): é uma ligação
de alta velocidade (também
chamada por vezes “broadband”)
que utiliza a mesma linha
telefónica que o ISDN,
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Em utilizações de cariz particular via linha telefónica, as ligações
analógicas e ISDN estão a cair em desuso, em prol das ligações
ADSL, mais rápidas e menos intrusivas no uso da linha
telefónica.
Em viagem podemos eventualmente necessitar de ligar à
Internet. Se dispusermos de um modem ISDN portátil (externo,
USB, por exemplo) ou uma placa ISDN (interna) podemos usar
para isso o nosso portátil (ou qualquer outro equipamento com
essa capacidade) em qualquer sítio em que tenhamos disponível
uma linha telefónica (e se tivermos uma conta de acesso global
no nosso fornecedor de acesso à net). Quanto a ligarmos via
ADSL a coisa complica-se um pouco porque não existem
modems internos ADSL e os externos não são portáteis. O ADSL
não é portanto um modo de conexão muito apropriado para
comunicações em viagem.
Linha telefónica (móvel)
Escusado será falarmos da penetração de mercado que os
telemóveis tiveram ao longo dos anos. Na realidade tornaram-se
uma ferramenta de uso diário para a grande maioria das
pessoas. Em cerca de 80% de todos os países com sistemas de
comunicação móveis, a tecnologia de comunicações standard é o
GSM (Global Standard for Mobile). Lado a lado com esta
tecnologia temos o GPRS (General Packet Radio Service) que não
é mais do que o protocolo responsável agora pelas comunicações
GSM de dados. Até ao aparecimento do GPRS, as ligações à
Internet via GSM eram muito lentas, apesar de funcionarem
perfeitamente. Não eram no entanto muito práticas para
utilizações intensivas ou de grande volume de tráfego. Com o
surgimento do GPRS, as velocidades de transferência subiram
dos 9kbps até aos 115kbps, que não sendo uma velocidade
espectacular quando comparadas com outras tecnologias,
representa no entanto uma ferramenta já muito útil para quem
viaja e não só. Não esquecer que a rede GSM cobre praticamente
o mundo inteiro e sendo assim, se temos sinal no telemóvel, há
uma alta probabilidade de podermos aceder à Internet. Ainda
GSM (Global Standard for
Mobile): tecnologia de
comunicações standard para
comunicações móveis.
GPRS (General Packet Radio
Service): protocolo responsável
agora pelas comunicações GSM
de dados.
UMTS (Universal Mobile
Telecommunications System):
O ainda só proposto standard de
terceira geração (3G) destinado à
transmissão em alta velocidade
de texto, voz digital, vídeo e
multimédia.
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mais recentemente foram desenvolvidos esforços no sentido de
conceber/definir um novo standard de comunicação baseado no
GSM e ao qual foi dado o nome de UMTS (Universal Mobile
Telecommunications System). O UMTS é o (ainda só proposto)
standard de terceira geração (3G) destinado à transmissão em
alta velocidade de texto, voz digital, vídeo e multimédia. A
velocidade máxima pode atingir uns espantosos 2Mbps. O
UMTS ainda não está disponível de forma global mas como está
a ser patrocinado e apoiado por muitos dos maiores operadores
de comunicações do mundo, o futuro passará por estar
disponível em qualquer lado. A partir desse momento, o
utilizador do telemóvel (ou do portátil, se tiver uma placa
UMTS) vai poder dispor dos mesmos serviços, a alta velocidade
em qualquer lado, sejam suportados por sistemas terrestres ou
via satélite. Os telemóveis passarão a ser completa e
definitivamente 3G, ao contrário dos actuais que ainda lidam
com os sistemas novos e antigos, por uma questão de
portabilidade e compatibilidade.
Este tipo de comunicações é vocacionado fundamentalmente
para as necessidades de quem está em movimento, que assim
pode estar contactável e on-line em qualquer sítio. O viajante é
assim o utilizador típico e não ficando dependente do facto de
encontrar hotel com ligação à Internet ou algum hotspot. Para
onde leva o telemóvel (ou a placa UMTS), vai a sua ligação à net.
Não sendo muito direccionada a redes locais empresariais, está
no entanto a ganhar relevância para optimizar o desempenho de
recursos humanos em movimento no seio das empresas, por
exemplo, os comerciais, os técnicos em deslocações de apoio a
clientes, os motoristas de camião (ou outro tipo de frota), etc. A
nível de administração e outros cargos de gestão (e não só) que
necessitem estar sempre contactáveis também se nota uma forte
adesão a comunicações baseadas em UMTS.
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Wi-Fi (wireless)
As redes Wi-Fi estão a ganhar gradualmente terreno no que diz
respeito ao estabelecimento de redes e conexões em geral. A
grande característica que a demarca de outras soluções é
obviamente o dispensar de cabos entre os equipamentos a
interligar, ou seja, a simplicidade de estabelecimento físico da
rede. Toda a comunicação é feita sem fios, por sinais de rádio,
daí o nome Wi-Fi (Wireless Fidelity). A rede mais simples que se
pode imaginar deste tipo é constituída por apenas 2
computadores, cada um com uma placa de rede Wi-Fi.
Configurações muito comuns em empresas hoje em dia são
aquelas que se baseiam em redes locais Ethernet com um ponto
partilhado de acesso à Internet que estabelece ligações a esta por
Wi-Fi. Ou seja, os computadores comunicam localmente entre si
por Ethernet mas quando acedem à Internet fazem-no através de
um equipamento (PC vulgar com placa Wi-Fi ou equipamento
dedicado ao efeito, como um router) que estabelece a ligação via
Wi-Fi. Configurações de redes mais recentes ainda mas pouco
difundidas (devido a questões de segurança mas também pela
ainda pouca divulgação da própria tecnologia) podem ser as
totalmente suportadas por Wi-Fi. Ou seja, a própria rede local
comunica via Wi-Fi.
No caso do indivíduo que se encontre fora do seu local de
trabalho (em casa ou em viagem) e que disponha de uma placa
Wi-Fi, poderá aceder à Internet se estiver próximo de um
hotspot e dispuser de uma conta no fornecedor de acesso à
Internet que o mantém. Um hotspot é basicamente um
receptor/transmissor de rádio que é capaz de aceitar conexões
de até várias centenas de utilizadores Wi-Fi e possibilitar o seu
acesso à Internet. É também por vezes chamado de WAP
(Wireless Access Point). Como se trata de uma tecnologia
recente, há ainda relativamente poucos hotspots disponíveis mas
encontram-se com facilidade em grandes superfícies comerciais,
aeroportos, estações de comboios, bibliotecas e de uma maneira
geral em todas as grandes cidades e centros populacionais. Se
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estivermos no raio de acção de um hotspot público mas não
dispusermos de conta de acesso, podemos sempre procurar um
cibercafé que suporte ligações Wi-Fi à sua rede local e por
intermédio desta poderemos aceder à Internet. Não é também
fora do vulgar encontrar hotéis com hotspots locais que
fornecem o serviço de acesso à net aos seus clientes.
Começa também a ser comum o estabelecimento de pequenas
redes locais nas próprias residências dos utilizadores. A
configuração comum de uma destas pequenas redes caseiras é
existir um equipamento específico Wi-Fi que liga à Internet (via
Wi-Fi também ou usando um outro tipo de ligação como o
ADSL) e ao qual por sua vez podemos estabelecer ligações locais
com um PC ou um portátil que disponham de placas Wi-Fi. A
vantagem é evidente: podemos ter o router Wi-Fi na sala e andar
com o portátil pela casa sem perder a ligação à Internet e assim
podendo trabalhar em qualquer lado da casa, sempre sem fios,
desde que nos mantenhamos no raio de acção do router (que
varia de equipamento para equipamento mas que é geralmente
suficiente para cobrir a grande maioria das casas). Resta apenas
indicar que o router de que estamos a falar é basicamente um
hotspot caseiro.
Ethernet
As conexões Ethernet são ainda as mais populares quando se
fala de estabelecer redes de computadores (ou qualquer outro
tipo de equipamento terminal com capacidade de conexão).
Podem ser tão simples como 2 computadores, cada um com uma
placa de rede Ethernet e um cabo a ligá-los ou então muito
complexa, por exemplo no caso de grandes organizações com
milhares de computadores distribuídos geograficamente. As
conexões Ethernet são de longe as mais rápidas podendo
actualmente atingir os 100Mbps e não existe limite no que diz
respeito a computadores que podem operar numa rede Ethernet.
A dificuldade de configuração de uma destas redes vai
aumentando com a complexidade e dimensão geral da rede que
se pretende implementar. O custo associado varia também de
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acordo com a proximidade (física) dos computadores a serem
interligados.
Do ponto de vista de acesso à Internet (a maior rede de todas), as
redes Ethernet podem ter pontos de conexão a esta que são
partilhados por todos os computadores que fazem parte desta. É
muito comum hoje em dia, nomeadamente em empresas, a
implementação de redes Ethernet locais. Nessas redes há
geralmente um equipamento (pode ser um computador vulgar
com um modem ou um equipamento dedicado especificamente
à partilha de conexões, como um router) que é usado pelos
computadores da rede para acesso à Internet. Há assim neste
exemplo de configuração de rede (há muitas mais
possibilidades) uma rede local com um ponto de acesso à net,
que é partilhado pelos computadores que dela fazem parte. Esse
equipamento específico liga a rede local (neste caso, Ethernet) à
Internet, permitindo aos computadores locais acederem a todos
os conteúdos da web e restantes serviços. A conexão que o
equipamento de ligação à Internet efectua pode não ser, e
geralmente não é, suportada por Ethernet e sim por outros tipos
de conexão como o ADSL ou Wi-Fi.
No caso do indivíduo que se encontre em viagem e dispõe de
um portátil apenas com uma placa Ethernet, este deverá
procurar uma rede local Ethernet onde possa conectar, com a
ajuda de um cabo, o seu portátil. Hoje em dia, todos os
cibercafés dispõem de fichas locais para conexões Ethernet no
sentido de permitir o acesso a quem só dispuser dessa
tecnologia. Há também hotéis que dispõe de redes locais às
quais nos podemos conectar se tivermos uma placa de rede
Ethernet.
Cabo (cable modem)
Tendo sido concebida pensando originalmente nos utilizadores
caseiros que já dispunham de ligação por cabo para recepção
dos canais de televisão, este modo de conexão à Internet
transpôs também o seu âmbito para o mundo empresarial. As
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ligações à Internet por Cable Modem, denominadas
vulgarmente como ligações por cabo, baseiam-se na utilização
de um modem específico que aproveita as frequências não
utilizadas no cabo de recepção dos canais de televisão para a
transmissão e recepção de dados. Este tipo de ligações compete
assim com outras como, por exemplo, o ISDN ou o ADSL.
Este tipo de ligações não tem nada de portátil, pelo que só tem
realmente sentido considerá-la para casa ou para empresas que
estejam a considerar ter também recepção de canais de televisão
(ou não tenham acesso a outros modos de conexão na área onde
estão sedeados).
Outros:
WiMAX
O WiMAX é uma tecnologia de comunicações sem fios de longo
alcance, que não foi pensada para competir com o Wi-Fi mas sim
como complementar a este. O WiMAX aumenta o alcance do Wi-
Fi a uma escala muito superior. O Wi-Fi foi concebido para a
implementação de redes locais (LAN’s) enquanto o WiMAX foi
pensado para redes metropolitanas (MAN’s), sendo assim de
muito maior abrangência mas mantendo o modo de
funcionamento típico do Wi-Fi. Espera-se que a partir de 2006
esta tecnologia venha já incorporada em todos os novos
equipamentos portáteis, podendo assim os utilizadores destes
deslocar-se facilmente dentro de grandes zonas urbanas sem
nunca perder uma conexão de grande velocidade à Internet,
mesmo ao ar livre.
BlueTooth
BlueTooth é uma tecnologia para estabelecimento de
comunicações de curta distância entre equipamentos de
naturezas diversas, que podem ir dos PC’s aos PDA’s, passando
pelos SmartPhones e respectivos auriculares. As comunicações
BlueTooth são wireless (sem fios, portanto), funcionam numa
frequência standard de ondas rádio e pode ligar vários
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equipamentos ao mesmo tempo, desde que estejam dentro do
limite de alcance (que é circular, até um máximo de 10 metros).
Apenas como curiosidade, o nome BlueTooth deriva de Harald
Bluetooth, rei da Dinamarca no século X e que conseguiu unir a
Dinamarca de então com parte da Noruega, implantando o
Cristianismo nessa zona do planeta.
UltraWideBand (UWB)
O UWB é uma tecnologia de comunicações sem fios, de curta
distância, tal como o BlueTooth, e complementa outras
tecnologias de comunicações sem fios de maior alcance como o
Wi-Fi e o WiMAX. Esta tecnologia foi inicialmente desenvolvida
para comunicações seguras militares e foi recentemente liberada
para uso geral. É particularmente adequada para
estabelecimento de comunicações locais entre PC’s, telefones e
equipamento de electrónica de consumo em geral. O UWB lida
particularmente bem com aplicações que necessitem de uma
grande largura de banda, como por exemplo, streams de vídeo e
áudio. Como opera a um nível que outros sistemas interpretam
como ruído, não interfere com outros sistemas de rádio como
telefones móveis ou sem fios. Presentemente, está a haver uma
conjunção de esforços entre as associações para o
desenvolvimento do BlueTooth e as correspondentes do UWB, o
que se pensa poder resultar em breve num novo standard para
tecnologia sem fios de curto alcance e de grande velocidade.
Uma das possibilidades que se pensa que esta tecnologia poderá
vir a trazer é o equivalente wireless do interface USB. Já todos
estamos habituados ao interface USB dos periféricos (pelo
menos os mais recentes) que podem ser conectados e detectados
a qualquer altura, mesmo depois do PC estar ligado.
Impressoras e muitos outros periféricos usam este interface, que
é o mais bem sucedido e bem aceite de sempre. O UWB promete
uma nova geração USB, mas desta feita wireless. Ou seja, bastará
a qualquer equipamento com UWB, por exemplo, uma
impressora, estar próximo do nosso computador para poder ser
detectado e utilizado, numa ligação local com velocidades muito
semelhantes, senão superiores, a uma conexão por cabo USB.
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Infravermelhos
Semelhante, em âmbito, aos BlueTooth, este tipo de meio de
comunicação entre equipamentos baseia-se num standard
denominado IrDA (Infrared Data Association) que assenta na
transmissão de um raio de luz de baixa frequência entre um
emissor e receptor capazes de interpretar as variações e assim
comunicar. O emissor e receptor devem ser colocados frente a
frente porque o raio de infravermelhos tem um único sentido e
direcção. Este tipo de comunicação liga apenas 2 equipamentos
de cada vez.
HomePNA (Home PhoneLine Network)
No estabelecimento de redes, nomeadamente a nível de redes
locais caseiras, podemos considerar estabelecê-la com base na
cablagem telefónica local. Este sistema, denominado HomePNA,
é muito invulgar mas permite que equipamentos que
disponham de placas de rede que respeitem o protocolo HPNA
possam ser interligados usando a cablagem telefónica existente.
Por exemplo, se em casa, todos os compartimentos têm uma
ficha telefónica, podemos pôr computadores em vários sítios da
casa e estabelecer uma rede entre eles. É uma tecnologia muito
pouco comum mas existem no mercado muitos equipamentos
de produtores respeitados e muita documentação sobre como
implementar. A última revisão do protocolo por trás deste tipo
de redes, o HPNA 3.0, garante taxas de transferência de dados
localmente a chegar aos 128Mbps.
Rede eléctrica (Power Line Network)
Este tipo de redes é semelhante ao anterior mas com base na
cablagem eléctrica. É também bastante mais lento na
transmissão de dados, com taxas de apenas 14Mbps (registe-se
no entanto que a esmagadora maioria das vulgares placas de
rede Ethernet ainda são a 10Mbps – as mais recentes atingem já
os 100Mbps ou 1Gbps).
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1.4 .2 IN TE R FACES DE S TINADOS AO C ON SUM ID OR FI NAL
Quando se fala de interfaces destinados ao consumidor final,
estamos a falar quase exclusivamente de interfaces web, ou seja,
websites. De uma maneira geral, podemos tentar (porque não é
um processo pacífico) estruturar os websites dentro das
seguintes categorias (sem nenhuma ordenação especial):
� - Websites institucionais (websites próprios de
companhias aéreas, hotéis, seguradoras, agências
de viagens, etc.);
� - Websites de consolidadores (websites de venda
de oportunidades last-minute resultantes de
compras em bloco de inventário de risco);
� - Portais de viagens (websites de venda de
pacotes de viagens on-line, ou seja, agências
“virtuais” de viagens);
� - Websites de leilões (websites onde se leiloam
pacotes de viagem);
� - Websites “name your price” (websites que
misturam o conceito de agregação de informação
com a venda de serviços de Turismo onde
podemos definir o preço máximo de compra);
� -Websites agregadores (websites de pesquisa
automática que recolhem informação temática de
Turismo e que de uma maneira geral linkam essa
informação aos fornecedores de serviços com
sistemas de reservas);
� - Websites de organismos oficiais (websites onde
se pode encontrar informação oficial sobre as
zonas que pretendemos visitar);
� - Websites informativos (websites de informação
gerada não automaticamente, de cariz social, que
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visam dar dicas/ajuda/ideias/documentação e
de uma maneira geral servir de plataforma de
interacção entre viajantes);
� - Motores de pesquisa, catalogadores e
indexadores (portais de informação generalistas e
que abordam também questões ligadas a
Turismo).
O problema nesta classificação é que apesar de contribuir com
alguma ordenação, ainda que básica, dos tipos de websites, não
representa a 100% a realidade na Internet. O facto é que muitos
websites não pertencem apenas a uma destas categorias e sim a
várias. E de website para website, mesmo reduzindo o nosso
âmbito para os websites de Turismo, regista-se que cada um
deles pertence a várias categorias e estas nem sempre coincidem
entre si. Sendo assim é difícil por vezes conseguir posicionar
claramente cada website, mesmo restringindo a nossa
observação a uma área de actividade única, como o Turismo. Por
exemplo, não é invulgar que websites agregadores sejam
também consolidadores ou websites de hotéis tenham também
leilões ou ainda websites de companhias aéreas oferecerem
pacotes de viagens integrados…
1.5 O Turismo como a actividade económica mais globalizada
A expressão “globalização” refere-se de uma forma geral, ao
crescente fluxo de bens, serviços e capital que se regista a nível
mundial. Por outro lado, muito por influência da tecnologia,
“globalização” significa também que se está a observar um
esbatimento (no sentido prático) dos obstáculos e dificuldades
que normalmente se apresentam nos relacionamentos entre
países. Estes, numa política de globalização, tendem a passar
para segundo plano considerações e decisões individuais em
prol de uma economia global e assim mais abrangente. Esta
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mudança de postura obriga inevitavelmente a ajustes internos
em cada sector económico, por vezes muito significativos, que
não sendo efectuados, fazem com que os sectores em questão
corram o risco de perder competitividade face aos seus
equivalentes mundiais,
relevância face aos outros
sectores da sua economia
nacional e de uma forma geral
estagnar. A indústria do
Turismo esteve (e está ainda)
também a passar por este tipo
de ajustes, sendo no entanto já
considerada uma actividade
económica das mais
globalizadas. O Turismo é
hoje em dia o principal sector
económico em muitos países e
é o de maior crescimento, a
nível mundial, em termos de
receitas e criação de postos de
trabalho.
O sector turístico está
inegavelmente ligado às
tecnologias de informação e
comunicação em geral e à
Internet em particular. Para
além de outras implicações
isto significa que entre o
comprador e o produto estão
agora apenas alguns clicks de distância, o que contribui para um
aumento do desejo de compra e um reforço psicológico da
confiança do comprador na transacção que vai efectuar. O sector
turístico é hoje em dia considerado um dos mais globalizados
em virtude, precisamente, da disponibilidade de informação e
da facilidade com que se pode aceder a ela. Da conjugação
destes factores com outros como por exemplo a redução
O sector turístico está
inegavelmente ligado às
tecnologias de informação e
comunicação em geral e à
Internet em particular. Para
além de outras implicações
isto significa que entre o
comprador e o produto
estão agora apenas alguns
clicks de distância, o que
contribui para um aumento
do desejo de compra e um
reforço psicológico da
confiança do comprador na
transacção que vai efectuar �
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exponencial do custo de transporte que se tem vindo a verificar
(em particular, como já vimos, na indústria de transportes
aéreos) resulta uma combinação singular de características que
muito poucas outras indústrias exibem. O sector turístico é dos
poucos em que se podem observar padrões onde o consumidor
compra sem ver, paga antes de consumir e para usufruir do bem
(ou serviço) tem que se deslocar para junto deste. Sendo assim,
podemos assumir que os consumidores de Turismo podem ser
originários de um qualquer país ou zona geográfica, o que
significa que o mercado alvo do sector do Turismo é,
basicamente, toda a gente. Mas se todos esses potenciais
consumidores conseguem aceder a toda a informação que
querem e precisam para tomar decisões e investir o seu dinheiro,
então também temos que aceitar o facto de que todos os outros
mercados são nossos concorrentes. O mercado de potenciais
consumidores é global mas a oferta a que estes estão expostos
também o é. Soa um pouco ameaçador mas é, de qualquer
forma, um facto incontornável: o Turismo é agora, mais do que
nunca, um negócio global. E como negócio global que é, mesmo
ao nível regional (de menor abrangência) é afectado por muito
do que acontece no mundo. Terrorismo, surtos de doenças,
flutuações do preço de combustíveis, conflitos armados, tensões
políticas, grandes eventos desportivos, fenómenos naturais de
larga escala, etc., tudo influencia de uma forma ou outra o sector
turístico. Poder-se-ia pensar que o facto de este sector estar
sujeito a tantos factores de influência externa o tornasse
particularmente instável ou de alguma forma menos sólido e
apelativo mas, na realidade, não. Confere-lhe de facto uma
natureza fluida e altamente mutável mas dá-lhe também uma
resistência notável a contrariedades e problemas. Os anglo-
saxónicos dizem mesmo que a indústria turística é a mais
resistente (“resilient”) do mundo. Nada a pára, tal é a sede das
pessoas de viajar, conhecer e experimentar coisas novas. E essa
sede, nutrida e potenciada pela tal abundância de informação e
facilidade na sua obtenção, faz com que certos eventos mundiais
possam ser contrabalançados, atenuando eventuais impactos
mais nefastos. Sempre que eventos de alguma magnitude
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ocorrem, isso afecta os fluxos de Turismo internacionais e as
economias individuais de cada país envolvido no processo. E
isto pode acontecer por influência directa do evento em si (por
exemplo, os fluxos acrescidos de Turismo associado a eventos
desportivos como o campeonato mundial de futebol) ou como
consequência indirecta destes (por exemplo, a afluência de
turistas à Tailândia no período posterior ao maremoto que
assolou a região em Dezembro de 2004).
O Turismo está intimamente relacionado com todos os eventos
que afectam cada país, de forma positiva ou negativa, país este
entendido como entidade única e individual mas acima de tudo
como parte integrante de uma comunidade internacional
(mesmo mundial) com a qual
mantém laços de inúmeras
naturezas (relações
comerciais, diplomáticas,
estratégicas, económicas,
políticas…). Todos os factores
que afectem
significativamente um
determinado país, afectarão
inevitavelmente a
comunidade em que este está
inserido. Sendo assim, tem
havido esforços por parte dos
organismos internacionais no
sentido de fazer convergir
para um nível também internacional a organização, gestão e
implementação do sector do Turismo, que é assim abordado
como uma actividade mundial e que afecta toda a gente. Este
processo envolve grandes ajustes por parte de todos os
envolvidos e tem gerado muita controvérsia. A natureza rápida
da economia mundial obriga, como já se disse, o Turismo a
efectuar uma adaptação rápida a uma nova situação, a novas
maneiras de trabalhar, ou seja, uma nova realidade. O facto de
cada vez mais o Turismo ser visto como recurso estratégico
A natureza rápida da
economia mundial obriga,
como já se disse, o Turismo
a efectuar uma adaptação
rápida a uma nova situação,
a novas maneiras de
trabalhar �
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fundamental por parte dos governos de cada país impulsiona-os
a efectuar grandes investimentos em infra-estruturas, marketing
e formação de forma a valorizar e potenciar o que cada país tem
para oferecer. No entanto, o desenvolvimento do Turismo é
visto muitas vezes como apenas uma ferramenta para a
promoção da actividade económica geral de cada país e que se
reflecte em todos os sectores deste. Cada governo tenta melhorar
e explorar ao máximo cada foco potencial de interesse turístico,
tentando fomentar a criação de postos de trabalho, aumentar
receitas e atrair investimento estrangeiro. Mas a forma como isto
é feito pode ter consequências pesadas a nível ambiental e
mesmo social que inevitavelmente acabarão por se reflectir a
nível económico também. Questões como “sustentabilidade”,
“biodiversidade”, “direitos humanos”, “ética no Turismo”,
“responsabilidade social” e “acentuação de desigualdades”
passam a estar na ordem do dia. No sentido de se tentar
estabelecer uma plataforma para que se possam colher os
proveitos de uma indústria considerada “em vias de mudança e
crescimento” (MSNBC, Newsweek) tentando minimizar
impactos menos positivos, organismos como o WTTC (“World
Travel and Tourism Council”) e o WTO (“World Tourism
Organization”) têm vindo a desenvolver esforços para definição
de estruturas e princípios de trabalho para o sector do Turismo
que definam directivas e políticas gerais.
Como o WTTC publicou, esta estrutura é estratégica para
assegurar que o fenómeno do Turismo funcione para toda a
gente. A “Blueprint For New Tourism”, como foi apelidada a
sua abordagem, promove o Turismo como uma parceria, com
resultados consistentes que compatibilizam as necessidades das
diversas economias, autoridades (locais e regionais) e
comunidades locais com as dos profissionais da área. As 3
directivas fundamentais a implementar, de acordo com a infra-
estrutura proposta pelo WTTC, são:
� os governos aceitarem e reconhecerem o sector
do Turismo como uma prioridade de topo;
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� encontrar um equilíbrio entre o negócio, as
pessoas, a cultura e o ambiente e finalmente;
� a procura em conjunto de soluções de
crescimento e prosperidade de longo termo.
O Turismo, caso não seja planeado e gerido responsavelmente,
pode ter uma influência negativa a nível cultural, ambiental e
social. No entanto, segundo o WTO, este pode e deve ser uma
ferramenta valiosíssima a favor das comunidades locais, criando
postos de trabalho, gerando valor, combatendo a pobreza e de
uma forma geral contribuindo para a qualidade de vida das
comunidades. Nesse espírito, o WTO tem contribuído ao longo
dos anos para as políticas das Nações Unidas, incentivando o
Turismo sustentável e responsável como forma de combate à
pobreza, particularmente no que diz respeito a países pouco
desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Nesse sentido
criou por exemplo a Fundação ST-EP (“Sustainable Tourism –
Eliminating Poverty”) que visa até 2015 atrair investimentos no
valor de 100 milhões de dólares para financiar 5000 projectos
específicos. O WTO encara também o Turismo como uma forma
de reforçar laços amistosos entre as nações, o que contribui para
um ambiente de estabilidade e paz, elemento fundamental para
o progresso e desenvolvimento.
1.6 A necessidade imperiosa de factores de especificidade e diferenciamento
Já tivemos oportunidade de ver que no sector do Turismo se
estão a verificar enormes mudanças a todos os níveis e uma das
consequências é que hoje em dia se torna muito difícil para um
consumidor conseguir identificar factores de clara diferenciação
entre todos os potenciais fornecedores, que são geralmente
muitos. Temos assim em perspectiva um cenário de
diferenciação negligenciável que já marcou fortemente, por
exemplo, as LCA’s (“low cost airlines”). Sendo assim, se no
passado poderiam eventualmente não ter um papel tão
preponderante e crucial, as estratégias de marketing são agora
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um dos factores chave, mesmo críticos, para o sucesso de uma
qualquer actividade na área do Turismo. Hoje em dia não só o
produto deve ser trabalhado a nível de imagem de forma a
explorar e expor as suas características próprias distintas como
também se deve trabalhar no sentido de se conseguir uma
diferenciação menos palpável, ao nível do domínio subjectivo e
psicológico dos corações e mentes do consumidor (Madigan
Pratt, ...�2%3�<%�,�%--�*�2). A combinação destes factores
numa estratégia de marketing bem elaborada deve resultar na
percepção por parte dos consumidores das diferenças do nosso
produto relativamente aos outros. E aí chegamos a uma
vantagem competitiva.
Posicionamento
Segundo Pratt, mais do que tecnologia de ponta para chegar ao
consumidor da maneira correcta tem que haver uma clara e
subjacente preocupação com o posicionamento da marca. O
posicionamento da marca adiciona um objectivo intangível às
campanhas de marketing, procurando que todos os produtos,
quaisquer que eles sejam, sejam avaliados de uma forma já de
inicio diferente pelo simples facto de existirem debaixo do
“guarda-chuva” de confiança e respeito de uma marca bem
posicionada. O posicionamento não é só a descrição do nosso
produto ou a identificação do nosso mercado-alvo ou mesmo o
slogan da nossa campanha. O conceito é um dos mais básicos no
campo do marketing e é também a mais básica declaração de
estratégia da empresa. O posicionamento estabelece as bases e
directivas pelas quais se vão guiar os processos de
comercialização e mesmo desenvolvimento do produto. Para se
atingir o posicionamento correcto há no entanto que considerar
vários factores:
Compreender a concorrência
Quem é a nossa concorrência? Geralmente não é a que pensamos
e sim a que os nossos clientes pensam que é. Neste campo a
percepção de concorrência dos nossos clientes é muito mais
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importante do que a nossa. Os nossos concorrentes são todos
aqueles a quem o nosso cliente se pode dirigir para adquirir todo
o tipo de serviços de Turismo que de outra forma poderiam ser
fornecidos por nós. Não cometer o erro de achar que a
concorrência são só os fornecedores dos mesmos serviços que
prestamos. Ter em mente que o cliente pode optar por produtos
substitutos, cujos fornecedores são assim nossos concorrentes
também.
Identificação de pontos de diferença
Identificar os pontos em que o nosso produto é
significativamente diferente dos outros é por vezes difícil. No
entanto, não nos devemos limitar a listar todas as características
possíveis e imaginárias do nosso produto, o que geralmente é
feito na maioria das brochuras de Turismo. De uma maneira
geral, aquilo a que queremos dar ênfase é ao benefício específico
que queremos que o nosso cliente fixe em mente quando opta
por nós. Por exemplo, se queremos focar a excelente
gastronomia do restaurante do hotel, devemos dar ênfase a esse
pormenor específico e não listar tudo e mais alguma coisa. Os
clientes que procuram hotéis com bons restaurantes vão
seleccionar entre aqueles que focaram esse factor e ignorar hotéis
que incluíram essa característica numa lista de muitas outras
características.
Mercado-alvo
Quem queremos que sejam os nossos clientes? A definição do
nosso mercado-alvo deve ter em consideração os pontos de
diferença mais precisos e persuasivos que identificámos no
nosso produto. Depois definimos qual deles permite atingir o
maior mercado possível de potenciais clientes. Deve haver a
preocupação de seleccionarmos um mercado-alvo ao qual
possamos apelar facilmente com os nossos mais objectivos
pontos de diferença. Se o mercado-alvo fôr demasiado grande,
corremos o risco de não conseguir apelar a todos com os pontos
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de diferença que nos são mais significativos e que nos
diferenciam dos restantes produtos.
Conceito (“rationale”)
Depois de ter a concorrência, os pontos de diferença e o
mercado-alvo definidos, podemos passar ao desenvolvimento
do conceito. Isto implica a definição de propriedades e
características do nosso produto que suportam o nosso
posicionamento. Basicamente é a descrição do conceito geral do
produto e permite explicar o benefício que oferecemos.
Declaração de posicionamento
Agora precisamos sublimar numa única declaração todo o
conceito do nosso produto para que toda as pessoas envolvidas
no marketing compreendam o posicionamento e o usem para
publicitar o produto. Por exemplo, uma declaração de
posicionamento que a Madigan Pratt ajudou as Ilhas Cayman a
definir é “Para os viajantes sofisticados, as Ilhas Cayman são a
experiência de férias num clima quente que providencia o
máximo em relaxamento”. A ideia era que os potenciais clientes
associassem as férias nas Ilhas Cayman ao conceito simples de
relaxamento, que está na base de muitas decisões de viagem.
Gestão do relacionamento com clientes (CRM)
Tal como Pratt indica, os pontos de diferença do produto e o
nosso posicionamento de marca são essenciais para o sucesso.
No entanto, hoje em dia, outros factores menos tangíveis são
igualmente importantes para nos diferenciarmos dos restantes
concorrentes e dos seus produtos. Trata-se do processo de
entender o cliente, saber como este procede a uma decisão de
compra, o que influencia essa decisão e quais os factores de
relacionamento que o mantém nosso cliente no futuro. Trata-se
de gerir efectivamente um relacionamento com o cliente que visa
apelar a um sentido de lealdade por parte deste. Grandes
corporações em todo o tipo de actividades, estão a agora a
transferir a sua actuação para um modo de negócio menos
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centrado na transacção única e de elevada rentabilidade para a
gestão de um relacionamento contínuo com o cliente ao longo do
qual se podem efectuar muitas transacções. O nome do jogo é
agora a gestão de relações e não a de transacções. Conforme se
vão procedendo a transições para situações por exemplo em que
o cliente tem um cartão da empresa que lhe dá vantagens na
compra de serviços ou então em vez de pagar por compra
subscreve o serviço pagando um montante determinado fixo por
mês há todo um conjunto de informação sobre o cliente que as
empresas vão descobrindo e analisando e à qual antes não tinha
acesso porque a interacção com o cliente se resumia na maior
parte dos casos a uma transacção apenas. Fidelizando o cliente
com estratégias que o motivam a comprar sempre os nossos
produtos consegue-se também saber que tipo de produtos este
tem mais tendência a adquirir, em que alturas, quais são os
gostos pessoais, as características de serviço que mais lhe
agradam, em que tipo de canal de distribuição prefere recolher
informação e efectuar aquisições, etc. Toda esta informação
permite às empresas conhecer melhor os clientes, de forma
quantitativa e qualitativa e assim prever o seu comportamento
de consumo. Isto consegue-se com uma combinação de
estratégias de marketing e tecnologia. O objectivo é claro:
aumentar a relevância e uso dos produtos e serviços de uma
empresa. As empresas que conseguem com sucesso estabelecer a
transição para este tipo de modo de operar são o que se pode
chamar de empresas realmente centradas no consumidor.
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Exercícios de Aplicação - Resoluções
Competitividade Exacerbada
QUES TÕ E S:
1. Os avanços tecnológicos na área das comunicações tiveram e continuam a ter um grande impacto em quais das seguintes situações (no âmbito dos serviços de Turismo)?
a. Relacionamento do consumidor com os produtores b. Relacionamento do consumidor com os intermediários
(retalho) c. Relacionamento dos produtores com os intermediários d. Relacionamento dos intermediários com o consumidor e. Relacionamento entre consumidores f. Todos os indicados �2. A disseminação e fácil acesso à tecnologia ao serviço do Turismo
(em todas as suas vertentes) provocou e continua a provocar quais dos seguintes efeitos?
�a. Mudança de perfil de utilizador b. Necessidade de estratégias de diferenciação por parte de
fornecedores c. Aumento da procura d. Aumento de concorrência e. Normalização e banalização da oferta f. Todos os indicados �3. As grandes mudanças que se têm vindo a verificar no sector do
Turismo começaram com alterações significativas nos modelos de negócio e administração de empresas de alguns sectores chave. De quais falamos?
a. Telecomunicações b. Metalurgia c. Marketing d. Transportes e. Informática f. Hotelaria 4. O embaratecimento dos custos de transporte está intimamente
relacionado com um um modelo de negócios inovador. De qual falamos?
a. Distribuição geográfica de pontos de venda b. Modelos em economia de escala
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c. Sistemas de informação geográfica d. Gestão de retorno ou “yield management” e. Modelo low-cost f. Todos os indicados 5. Em companhias aéreas que praticam o modelo low-cost (LCAs), há
uma particular preocupação em equiparar ofertas com as companhias do tipo flag carrier, com modelos de negócio mais convencionais.
a. É verdade. As LCAs focam com particular atenção
pormenores como as refeições e o espaço disponível, de forma a equipararem-se ao oferecido em companhias flag carrier.
b. É falso, as LCAs querem disponibilizar uma oferta mais completa e rica em características do que as flag carriers, minimizando o custo para o cliente.
c. É verdade, as LCAs tentam oferecer o máximo de conforto e regalias aos seus clientes, praticando até preços mais elevados do que as flag carriers e posicionando-se num mercado alvo de maior capacidade económica.
d. É falso, as LCAs focam fundamentalmente a sua atenção no preço e na optimização de custos e cortam em praticamente tudo que é regalia.
e. É verdade, as LCAs procuram ter sempre as mesmas rotas e destinos que as flag carriers mas a preços muito mais baixos.
f. É falso, as LCAs só operam em rotas em que não há serviços fornecidos por flag carriers.
6. Indique quais das seguintes empresas implementaram
notoriamente o conceito low-cost. a. Exxon b. British Airways c. EasyJet d. Emporio Armani e. Pizza Hut f. RyanAir 7. O fenómeno last-minute diz respeito a: a. Método de trabalho pouco aconselhável em que se deixa
tudo para a última. b. A cultura da pressa e do ritmo acelerado a que estamos
expostos. c. A escolha dos destinos de férias no último dia de trabalho. d. Fenómeno de valorização súbita de alguns tipos de acções
que ocorre todos os dias nas Bolsas, no último minuto de expediente.
e. Fenómeno de selecção e aquisição rápida de serviços de Turismo
f. Colocação no mercado de pacotes de Turismo de última hora a preços excepcionais para escoamento de inventário
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8. O processo de esperar pelas ofertas de última hora a preços sensacionais, ou seja, o fenómeno last-minute, é adequado tanto para turismo de recreio como de negócios.
a. É verdade. Os preços baixos que se conseguem são
especialmente importantes para negócios onde a regularidade das viagens exige controle de custos.
b. É falso. A natureza imprevísivel do fenómeno last-minute não é compatível com compromissos rígidos de negócios ou de períodos específicos de férias.
c. É verdade. Compensa sempre esperar pelas ofertas last-minute, que sempre aparecem e com preços a uma fracção do normal.
d. É falso. Os negócios de última hora são mais adequados para quem tenha flexibilidade em todos os aspectos: destino, alojamento, datas e meios de transporte.
e. É verdade. Em qualquer situação deve-se sempre ter calma e esperar pelos negócios de última hora.
f. É falso. O fenómeno last-minute só é adequado para viagens de negócio.
DESA FIO S: 9. A indústria de Turismo e Viagens está, hoje mais do que nunca,
sob criteriosa observação de diversos organismos nacionais e internacionais. Um deles, o WTTC (World Travel & Tourism Council), um organismo do sector privado, estabeleceu uma estrutura de trabalho internacional com objectivos e critérios gerais bem definidos. Em que consiste esta estrutura, quais os seus objectivos e quais os critérios gerais aplicados?
R: O WTTC e a estrutura geral de trabalho que têm vindo a
constituir visam a monitorização e fomento da capacidade competitiva da indústria de Turismo e Viagens (nas suas facetas nacionais e internacionais) face a um mercado em mutação e cada vez mais agressivo. Visam também criar uma plataforma criteriosa de trabalho associativo que permita avaliar as situações de competitividade a nível da indústria de Turismo e Viagens em cada país. Os critérios usados para avaliação das diversas situações são: competitividade de preços, componente humana do Turismo, infra-estrutura, ambiente, tecnologia, recursos humanos, abertura de mercado e realidade social.
10. Todas as entidades envolvidas no fornecimento de serviços do
sector do Turismo têm acesso hoje em dia na sua grande maioria às mesmas tecnologias e ferramentas. A tecnologia tem vindo a ter portanto um efeito normalizador da oferta, no sentido em que a torna mais parecida e indiferenciável. Indique qual a postura mais aconselhável para combater este efeito.
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R: A postura mais aconselhável para se combater este efeito e reagir efectivamente no sentido de um aumento de competitividade é orientar o negócio e as bases para a sua sustentabilidade para soluções inovadoras, através da estruturação de uma oferta claramente diferenciadora e de uma capacidade de comunicação adequada, sustentadas pela tecnologia que mais agilização de processos e flexibilidade permitir.
11. É um facto que a Internet veio para ficar no sector do Turismo
(assim como em muitos outros, eventualmente todos). Dentro do espectro de websites que se podem encontrar, cada um deles tentando à sua maneira potenciar posturas de negócio diferentes, há algumas características comuns que nos permitem estabelecer uma segmentação (ainda que discutível). Indique alguns dos segmentos em que se podem agrupar os websites ligados ao sector do Turismo.
R: Websites institucionais, websites de consolidadores, websites
de leilões, portais de viagens, websites de agregadores, websites “name your own price”, websites de organismos oficiais, websites informativos, motores de pesquisa, catalogadores e indexadores.
12. Qual a principal dificuldade que se coloca quando se deseja
segmentar os websites do sector de Turismo tendo em consideração os seus propósitos e funcionalidades?
R: A principal dificuldade é a sobreposição de categorias. O
facto é que muitos websites não pertencem apenas a uma destas categorias e sim a várias. E de website para website, mesmo reduzindo o nosso âmbito para os websites de Turismo, regista-se que cada um deles pertence a várias categorias e estas nem sempre coincidem entre si. Sendo assim é difícil por vezes conseguir posicionar claramente cada website, mesmo restringindo a nossa observação a uma área de actividade única, como o Turismo.
13. Dados os novos desafios que são colocados à indústria do Turismo
actualmente, qual é na sua opinião a importância do marketing no processo de alavancagem da competitividade do sector?
R: Se no passado poderiam eventualmente não ter um papel tão
preponderante e crucial, as estratégias de marketing são agora um dos factores chave, mesmo críticos, para o sucesso de uma qualquer actividade na área do Turismo. Hoje em dia não só o produto deve ser trabalhado a nível de imagem de forma a explorar e expor as suas características próprias distintas como também se deve trabalhar no sentido de se conseguir uma diferenciação menos palpável, ao nível do domínio subjectivo e psicológico dos corações e mentes do consumidor. A combinação destes factores numa estratégia de marketing bem elaborada deve resultar na percepção por parte dos consumidores das diferenças do nosso produto
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relativamente aos outros. E aí chegamos a uma vantagem competitiva.
14. Se as estratégias de marketing são essenciais para se atingir os
segmentos desejados de clientes da forma correcta, que papel pensa que terão os métodos de gestão de relacionamento na manutenção dos clientes num mercado extremamente competitivo como o do Turismo?
R: Os pontos de diferença do produto e o nosso posicionamento
de marca são essenciais para o sucesso. No entanto, hoje em dia, outros factores menos tangíveis são igualmente importantes para nos diferenciarmos dos restantes concorrentes e dos seus produtos. Trata-se do processo de entender o cliente, saber como este procede a uma decisão de compra, o que influencia essa decisão e quais os factores de relacionamento que o mantém nosso cliente no futuro. Trata-se de gerir efectivamente um relacionamento com o cliente que visa apelar a um sentido de lealdade por parte deste. O nome do jogo é agora a gestão de relações e não a de transacções.
B2C - Business to Consumer):
QUES TÕ E S: 1. Indique quais das seguintes transacções comerciais podem ser
consideradas como fazendo parte de uma relação do tipo B2C: a. Comprar 1 kg de açúcar no supermercado para o café matinal b. Comprar 100 Kg de açúcar no armazém para fazer e vender
bolos c. Comprar 2 ovos na mercearia para a omolete do jantar d. Comprar 100 bolos na panificadora para distribuição nacional e. Vender bolos mais baratos aos empregados da empresa f. Vender um bolo a um cliente de balcão 2. Os websites competitivos a nível de Turismo devem ter quais das
seguintes características? a. Grande oferta de produtos/serviços b. Uma maneira fácil de se encontrar a informação que
pretendemos c. Jogos em Flash d. Descrição resumida dos produtos para não ser preciso ler
muito e. Não ter fotos dos produtos para a consulta ser mais rápida f. Permitir a selecção de produtos e a sua aquisição num
processo único on-line
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3. Que razões podem haver para uma empresa desenvolver o seu próprio website e o seu próprio sistema de reservas on-line (em vez de usar um sistema comercial pré-elaborado)?
a. Para ocupar o tempo b. Para aumentar o controle sobre o ciclo de vida dos produtos c. Para aumentar a rapidez de actualização dos conteúdos do
website d. Para integração de forma mais adequada aos processos
internos e. Para arranjar despesas e assim diminuir a massa tributável f. Para disporem de uma ferramenta essencial para o
cumprimento de objectivos 4. Quais das presenças na web indicadas são grandes referências em
termos de leilões de Turismo on-line (entenda-se, as leiloeiras que operam excusivamente na Internet)?
a. Playboy b. Portugal Telecom c. Christie’s d. eBay Travel e. LuxuryLink f. SkyAuctions 5. Em quais das actividades indicadas já se aplica hoje em dia o
conceito de “yield management”? a. Tabacarias (quiosques) b. Máquinas de vender tabaco c. Máquinas de vending de produtos alimentares d. Cibercafés e. Transportes aéreos low-cost f. Alojamento (hotéis)
DESA FIO S: 6. Em que consiste o termo B2C? R: B2C (Business to Consumer) é o termo utilizado para designar
as transacções comerciais efectuadas via um canal de venda directo entre uma empresa e um consumidor final. Podendo ser aplicado em situações tradicionais de venda directa ao consumidor, este termo é no entanto conotado mais fortemente com transacções comerciais efectuadas via canais de venda de produtos (ou serviços) suportados fortemente por tecnologias de informação, especialmente meios electrónicos como a Internet.
7. No caso do Turismo, a reflexão mais notória de B2C nos websites é
o sistema de reservas on-line. O que entende por sistema de
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reservas on-line e como vê a relação destes com a necessidade de factores de diferenciação por parte dos operadores de turismo?
R: Os sistemas de reservas on-line são um dos factores mais
facilmente identificáveis de diferenciação entre fornecedores de produtos e serviços de Turismo. A natureza rápida do mercado de turismo e a exigência crescente por parte do novo perfil de consumidor tem vindo a acentuar a importância de dar todas as ferramentas ao potencial cliente para que ele conclua o negócio adquirindo de forma imediata o produto ou serviço que pretende. Existindo uma míriade de fornecedores on-line, o consumidor procurará sempre aqueles em que tenha o maior controlo sobre todo o processo desde a selecção até ao pagamento.
8. Qual a relevância dos leilões on-line no sector de Turismo hoje em
dia? R: A relevância começa a fazer-se notar nos resultados obtidos
por empresas como o eBay. Desde que foi fundado em 1995, o e-Bay disponibilizou uma poderosa platforma para a venda de produtos e serviços para uma comunidade gigantesca de indíviduos e empresas. No caso específico das empresas, o fenómeno é tão surpreendente que chega a haver empresas cujo canal inteiro de vendas é suportado exclusivamente pela plataforma eBay. Todos os dias, milhões de itens são negociados e vendidos no eBay, distribuidos por uma variedade enorme de categorias e classificações. O portal é um dos únicos mega-projectos na Internet a ter continuamente lucro desde o dia de criação.
9. Em que consiste o conceito dos leilões em reverso e como se
designa normalmente? R: Os leilões em reverso é um nome alternativo dado ao sistema
“Name Your Own Price” inventado pela Walker Digital e que deu origem a uma das maiores referências de serviços de Turismo na Internet: o portal Priceline. Os leilões em reverso são também apelidados tecnicamente de “Demand Collection System” e possibilita aos compradores a aquisição via web de produtos e serviços de turismo a preços muito competitivos enquanto permite também aos vendedores um aumento significativo de vendas. Nos leilões em reverso, em vez de ser o vendedor a definir o preço de reserva mínimo que aceita, é o consumidor que define o preço máximo que está disposto a pagar. O leilão é feito entre vendedores e não entre compradores.
10. O que entende por “yield management” e em que medida está
relacionado com o sector de Turismo? R: “Yield Management” (“Return Management” ou “Revenue
Management”) é por definição o modelo de gestão que visa compreender, antecipar e reagir a comportamentos de
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consumo no sentido de maximizar receitas. Este modelo é geralmente suportado por sistemas informáticos (ditos “de Yield Management”) nomeadamente na Internet. Estes sistemas informáticos monitoram periodicamente as transações de compra e venda de produtos e serviços já efectuadas ou a ser efectuadas no futuro e podem também tomar em consideração factores estatísticos, como por exemplo, padrões de venda sazonais (que podem influenciar os comportamentos de consumo) para determinar qual a procura futura e o preço adequado para os produtos, de forma a maximizar receitas. Estes sistemas são hoje utilizados por empresas em muitas áreas de actividade, das companhias aéreas aos cibercafés e são muito vulgares em companhias aéreas low-cost.
Desafios do Futuro Próximo
QUES TÕ E S: 1. A designação Wi-Fi é utilizada relativamente a quais dos conceitos
indicados? a. Qualidade de som b. Programas de rádio c. Compressão em formato MP3 d. Conexões BlueTooth e. Comunicações sem fios f. Windows Files 2. Indique quais das seguintes operações são facilmente associadas à
função dos CMSs? a. Mudança dos contactos da empresa no website b. Criação de contas de correio electrónico c. Registo de domínios d. Gestão de pagamentos on-line e. Criação e alteração de fichas de produto no website f. Mudanças a nível de branding 3. Quais das seguintes marcas são CMSs? a. Mambo b. Serena c. Wiki d. Word e. Paypal f. AOL
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4. Uma estratégia de fidelização visa prioritariamente: a. Angariar clientes em segmentos específicos de mercado b. Divulgar a cultura cubana c. Divulgar a marca e produtos da empresa d. Aumentar o valor das transacções comerciais com clientes e. Fomentar o estabelecimento de uma boa relação com cada
cliente f. Impedir contratualmente o cliente de mudar de fornecedor 5. Que tipos de actividades e empresas estão hoje em dia a aplicar
activamente tácticas de gestão de relacionamento? a. Cadeias de pronto-a-vestir b. Vendedores de hardware c. Vendedores de viaturas d. Portais de serviços turísticos e. Restaurantes f. Publicações
DESA FIO S: 6. Qual a relação entre a tecnologia de comunicações Wi-Fi e a
redefinição do perfil típico de consumidor de serviços de Turismo? R: Para inúmeras pessoas no planeta, grupo que apresenta uma
tendência de crescimento exponencial (nomeadamente nas camadas mais jovens), a ligação à net é uma constante 24 horas por dia e não é resultante de um acto pontual e consciente de querer estar “ligado”. O “estar ligado” é uma situação tão constante e natural como a necessidade de respirar. Segundo estudos recentes, a nova geração é constituída por jovens super informados, sempre ligados, sempre em interacção e comunicação, altamente pró-tecnologia, altamente interventivos na sociedade. Para estes jovens “estar ligado” não é um acto pontual, é uma maneira de viver e acima de tudo, é considerado essencial para se sentirem integrados em vibrantes comunidades que eles próprios criam e que não estão limitadas ou constrangidas por fronteiras físicas ou geográficas. O avanço das tecnologias de comunicações sem fios veio potenciar esta tendência, retirando constrições físicas à adopção destas maneiras de viver e de interagir. Esta geração é o perfil de consumidor para o qual a indústria do Turismo se deve preparar.
7. Qual a real abrangência das tecnologias de comunicação wireless a
nível da globalidade das pessoas? R: O desenvolvimento de comunicações wireless eficientes tem
vindo a transformar a maneira como comunicamos e de uma maneira geral, vivemos. A disseminação da comunicação
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wireless tem sido rápida, como se pode sentir na área dos telemóveis, onde a taxa de penetração nos mercados é elevadíssima, com os utilizadores (de todas as camadas etárias) a comprar sucessivas gerações de telemóveis, por vezes possuindo vários em simultâneo. De 1978 a 2000 o número de subscritores de serviços wireless subiu aos 500 milhões a nível mundial. Dois anos depois era 1 bilião. A IDC (International Data Corporation) estima que haja hoje em dia cerca de 1.5 biliões de utilizadores de serviços wireless, 250 milhões dos quais com acesso contínuo à Internet. A tendência é mais rápida do que a rádio ou a TV alguma vez foram.
8. O que entende por CMS? R: Os sistemas de gestão de conteúdos web são designados
vulgarmente por CMSs (Content Management Systems). De uma maneira muito simples, um CMS é um sistema que nos permite controlar os conteúdos que disponibilizamos no nosso website. Um website não é o mesmo que uma brochura, mas a informação contida nele desactualiza-se à mesma velocidade. Sendo assim, necessitamos de adoptar ferramentas que agilizem o processo de criação e manutenção de contéudos on-line.
9. Como entende a relação entre as estratégias de fidelização e os
resultados operacionais das empresas? R: Uma das chaves para a expansão das organizações é a
capacidade de superar as expectativas dos clientes, criando laços de lealdade. A aquisição de um bem ou serviço envolve mais do que suprir uma necessidade: envolve desejo e emoções. As empresas que estiverem conscientes deste diferencial e preparados para oferecer aquela “mais-valia” inesperada, possuirão uma forte vantagem competitiva no mercado. Para isso, conhecer a fundo os gostos do consumidor e adoptar práticas de marketing de relacionamento devem ser as principais ferramentas para as empresas garantirem a conquista de novos clientes mas acima de tudo, para os manterem. Há portanto uma ligação directa entre as estratégias de fidelização e os resultados operacionais das empresas, tanto a curto como a longo prazo.
10. Acredita que hoje em dia o conceito de que no Turismo o cliente
vem ter connosco sem ser preciso grande esforço é válido? R: De maneira nenhuma. Como já tivemos oportunidade de
referir várias vezes, o mercado-alvo do Turismo é agora maior e diferente do que era antes. A concorrência é agora também muito superior e vinda de quadrantes de actividade e zonas geográficas que antes não seriam consideradas. Para que se consiga atingir objectivos neste tipo de cenário tem que se delinear uma estratégia de negócio sólida, bem trabalhada, que tome em consideração e fomente o
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conhecimento profundo do perfil do consumidor, reconheça os potenciais concorrentes e ajuste os produtos e serviços prestados a esta nova configuração de factores.
11. O que entende por sistemas de informação geográfica? R: Um Sistema de Informação Geográfica (SIG ou GIS -
Geographic Information System, do acrónimo inglês) é um sistema de �%�3.%�, +�(-.%�, informação espacial e procedimentos computacionais, que permite e facilita a análise, gestão ou representação do espaço e dos fenómenos que nele ocorrem. São exemplos de informação geográfica os mapas topográficos digitalizados, as imagens de satélite, os mapas baseados em fotografias aéreas e os modelos de elevação do terreno.
QUES TÕ E S: 1. Um PESI, tem como objectivo a obtenção de um marco de
referência para o desempenho de sistemas de informação. Uma das afirmações abaixo não faz parte deste marco de referência. Qual?
a. Uma descrição da Situação Actual; b. Um conjunto de Modelos que constituem a arquitectura da
informação; c. Uma proposta de projectos a implementar nos próximos
anos; d. Um estudo de processos da organização incluídos no âmbito
do PESI; e. Uma proposta de calendário para a execução dos projectos
eleitos; f. A avaliação dos recursos necessários para os projectos a
implementar no próximo ano
2. O objectivo da actividade “Início do Projecto” é determinar as razões da necessidade da sua concretização. Alguma(s) das afirmações abaixo não faz(em) parte do contexto desta actividade. Qual(ais)? a. Obtém-se uma descrição Geral do PESI; b. Identificam-se os objectivos estratégicos que assistem ao
PESI; c. Identificam-se os requisitos da informação e elabora-se um
modelo de informação que represente as várias entidades envolvidas no estudo, assim como as relações entre elas;
d. Identificam-se os factores críticos de sucesso e os participantes no PESI; estudo de processos da organização incluídos no âmbito do PESI;
e. Estudam-se os processos da organização envolvidos no PESI, através de sessões de trabalho com os interlocutores.
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3. Na actividade “Definição e Organização do PESI” o objectivo final é especificar os requisitos de informação da organização e obter um modelo de informação que os complemente
a. Verdadeiro; b. Falso.
N.B.: O objectivo desta actividade consiste em determinar a
necessidade do Plano de Sistemas de Informação e concretizar o arranque formal do mesmo, com o apoio do nível mais alto da organização.
4. Complete a seguinte afirmação com a alínea correcta.
A metodologia PESI disponibiliza um conjunto: �a. De técnicas e métodos de concretização e conceptualização
de arquitecturas de Sistemas de Informação. b. De tecnologias para modelar os processos de negócio. c. De métodos para implementar ERP/CRM na organização. d. De modelos de Arquitecturas para suportar a arquitectura da
tecnologia. �
5. Das seguintes opções escolha a correcta.
A perspectiva do plano PESI deve ser: a. Estratégica; b. Operacional; c. Tecnológica; d. Funcional; e. a, b; f. c, d; g. a, c; h. Nenhuma das anteriores.
�6. Na actividade “Estudo da Informação Relevante”, o objectivo
principal consiste em recolher e analisar todos os antecedentes gerais que podem afectar os processos e as unidades organizativas envolvidas no PESI, bem como os resultados do mesmo.
a. Verdadeira; b. Falsa;
�7. A qual das actividades do PESI abaixo indicadas corresponde o
seguinte objectivo: obtenção de uma avaliação da situação actual à margem dos requisitos do catálogo, com base nos critérios relativos a facilidade de manutenção, documentação, flexibilidade, facilidade de uso.
a. Identificação de Requisitos; b. Estudo da Informação Relevante; c. Desenho do Modelo de Sistema de Informação; d. Estudo do Sistema de Informação Actual;
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e. Nenhum dos anteriores. �
8. Na actividade PESI 06 – Desenho do Modelo de Sistema de Informação, são levadas a efeito algumas tarefas e produzidas entregas enquanto documentos a apresentar como “output”, nomeadamente o documento de visão dos princípios de gestão dos SI/TI. Das afirmações abaixo, escolha aquela(s) que indica(m) que outros documentos constituem também “output” desta actividade:
a. Arquitectura tecnológica; catálogo de projectos candidatos; b. Sumário estratégico e operacional; catálogo de recursos de
informação; c. Arquitectura da informação crítica; arquitectura da
informação de suporte; d. Visão da arquitectura da informação de suporte; visão da
arquitectura da informação crítica; e. Catálogo de projectos candidatos; arquitectura de aplicações 9. Na definição do plano de acção – actividade PESI 08, definem-se os
projectos e acções a efectuar para a implementação dos modelos de informação e de sistemas de informação, determinados nas actividades “Identificação de Requisitos” (PESI 4) e “Desenho do Modelo de Sistemas de Informação” (PESI 6), com a arquitectura tecnológica proposta na actividade “Definição da Arquitectura Tecnológica” (PESI 7). O conjunto destes três modelos constitui a arquitectura de aplicações.
a. Verdadeira; b. Falsa;
�N.B.: O conjunto destes três modelos constitui a arquitectura
de informação e não, apenas a arquitectura de aplicações.
10. Na actividade PESI 09 – Revisão e Aprovação, existe um conjunto de tarefas associadas, das seguintes que são apresentadas identifique a que falta.
a. Convocatória da Apresentação; b. Avaliação e Melhoria da Proposta; c. Fecho PESI
Notas Explicativas e Enquadramento Os utilizadores principais do projecto vertente são os
profissionais do sector de turismo no país. São dezenas de
milhar de portugueses, cujo trabalho diário e conhecimento de
causa são essenciais ao sucesso do Turismo nacional.
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Outro grupo de utilizadores relevante, embora em número
naturalmente muito mais reduzido, são os gestores e quadros
superiores de gestão e organização de empresas, entidades e
projectos do sector do Turismo.
Finalmente, no âmbito dos “utilizadores intermédios”, refira-se
que este projecto deverá ser um instrumento de trabalho indis-
pensável para:
� as entidades formadoras portuguesas, públicas e
privadas, que promovem acções de formação no
âmbito da formação em Sistemas de Informação
e em Tecnologias de Informação e Comunicação,
graças ao contributo de um instrumento
inovador e adaptado às necessidades de
formação concretas destes profissionais,
contribuindo para a consolidação e evolução dos
perfis de formação, na perspectiva do seu
permanente ajustamento ao mercado de
emprego;
� as empresas, nomeadamente as de média e
grande dimensão, que apresentem no seu
portfólio actividade turística ou que sirvam
empresas e entidades do sector, que possuem
aqui uma forma de melhorar a qualidade dos
seus serviços, no quadro da utilização de
instrumentos inovadores e adaptados às suas
reais necessidades de formação;
� as entidades reguladoras do sector do Turismo
(câmaras municipais, Regiões de Turismo, etc.) e
de classe (associações empresariais e de
profissionais), que possuem normalmente a
obrigação estatutária de proporcionar
oportunidades de formação.
Área Profissional abrangida: códigos CIME 812 e 811. Sector
Económico: CAE 55 e 63.
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Nível de formação ou qualificação profissional correspondente:
níveis de habilitação profissional 4 e 5.
Caixa: Padrões de Referência definidos pelo Conselho das Comunidades Europeias:
Nível 1 Execução de um trabalho simples implicando um nível elementar de conhecimentos técnicos e capacidade práticas. Nível 2 Execução de uma actividade bem determinada implicando a capacidade de utilização de instrumentos e técnicas com ela relacionadas. Nível 3 Execução de um trabalho técnico implicando responsabilidades de enquadramento e coordenação. Nível 4 Execução autónoma de um trabalho técnico implicando responsabilidades de concepção e/ou de direcção e/ou de gestão. Nível 5 Execução autónoma de uma actividade profissional assalariada ou independente, implicando o domínio dos fundamentos científicos da profissão.
Este curso enquadra-se nos níveis 4 e 5, sendo a saída igual à
entrada, ou seja não é suficiente para que um formando de nível
4 possa progredir para o nível 5.
Os objectivos relativos ao processo formativo vão já amplamente
descritos noutros documentos a que tem acesso, pelo que nos
escusamos de os repetir aqui.
O que ainda não está tratado é o papel do Manual do Formador
(Guia do Formador) e o perfil do formador de acções de
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formação online. Existem aspectos relevantes e potencialmente
novos/diferentes, que vale a pena explorar.
Objectivos Globais
O GUIA D O FORMADO R
O ensino a distância tem referências históricas significativas
desde os meados do séc. XIX. De acordo com Trindade (1992), o
aparecimento da primeira escola de ensino por correspondência
na Europa (o “Sir Isaac Pitman Correspondence College”),
verificou-se em 1840 no Reino Unido.
A generalização da telemática e particularmente da Internet, seja
como veículo de suporte de conteúdos, seja como elemento
facilitador dos processos de interacção entre os actores
envolvidos, permitiu reduzir alguns dos problemas clássicos do
ensino a distância: síndrome de isolamento e diminuição do
tempo de resposta às dúvidas dos estudantes. O manual do
formador facilita essa relação pois é síncrono nos conteúdos que
trata com o manual do formando.
Este manual, que se relaciona com outros recursos do curso, por
exemplo o Manual do Participante, foi feito em vista de ajudar o
formador no caso de um curso online que como qualquer outros
tem as seguintes características:
� Uma quase permanente separação do professor e
do aluno durante o processo de aprendizagem
(distinção essencial face ao ensino presencial);
� A utilização de materiais de aprendizagem em
diferentes suportes (papel, áudio, vídeo ou
informático) para difusão da informação
necessária à aprendizagem;
O presente manual é uma ferramenta a ser utilizada pelo
formador e que está relacionada com questões pedagógicas de
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orientação, aconselhamento e resolução de dúvidas do
estudante.
FOR MAÇÃO ONLINE
A comunicação entre formadores e formandos nas situações de
ensino presencial faz-se fundamentalmente através de discursos
directos verbais, auxiliados de forma variável por suportes
mediáticos diversos. A comunicação é feita agora, não de uma
forma directa, mas de uma forma mediatizada, utilizando os
meios colocados à disposição do curso para esta relação
comunicacional. Assim a comunicação global num regime de
ensino a distância processa-se através dos materiais
pedagógicos, cuja escrita e estratégia devem substituir o papel
mais típico do professor.
Situação de comunicação presencial
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Representação de meios de comunicação utilizados em regime de ensino a distância (para fins tutoriais e de relação
administrativa)
Os meios utilizados agora são francamente diferentes. Enquanto
no regime presencial o meio de comunicação é materializado
pelas pessoas em presença (o canal materializa-se pelas ondas
sonoras que flúem entre o emissor e receptor), nos regimes de
ensino a distância e neste caso particular da formação online,
para além dos materiais pedagógicos, os meios de suporte à
comunicação são os mais variados. Nos meios telemáticos
podemos ainda diferenciar a utilização do correio electrónico
(mais trivial) e os sistemas de CMC (Computer Mediated
Communication).
No ensino a distância/online é feita sentir a influência de uma
instituição de educação no planeamento e na preparação dos
materiais de aprendizagem e na disponibilização de serviços de
apoio ao estudante (distinção essencial do auto-estudo ou auto-
didactismo);
Estas características orientam-se tipicamente para instituições
que disponibilizam formação a indivíduos que a procuram de
forma isolada. As situações em que são as próprias organizações
a conceber e produzir (ou mesmo a adquirir) a formação para os
seus quadros, são facilmente adaptáveis às considerações que se
seguem.
Podemos analisar com mais detalhe cada uma das características
apontadas.
Separação física formador/formando
Quando se refere a distância física como uma das características
inerentes a todos os regimes de formação a distância, está
pressuposto que a consequência mais evidente, por comparação
com os regimes de formação presencial, é o facto de o aluno e o
formador não se encontrarem no mesmo local físico quando se
desenvolvem os processos de comunicação conducentes à
aprendizagem, característicos da formação presencial.
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Enquadramento institucional
O enquadramento institucional previsto por Keegan (1997) tem
por função garantir que ao aluno são criadas todas as condições
necessárias ao sucesso das aprendizagens, bem como o posterior
reconhecimento formal da aquisição das correspondentes
qualificações.
Portanto, uma das primeiras funções da instituição é a criação de
currículos estruturados e adequados aos públicos-alvo e o
estabelecimento das condições logísticas adequadas a um
desenvolvimento harmonioso de todo o processo de
aprendizagem. Nomeadamente, há que fazer a escolha dos
materiais pedagógicos e torná-los acessíveis aos estudantes.
Esta disponibilização passa pela produção própria, encomenda
específica ou aproveitamento de materiais existentes, que
conjuntamente com guiões de orientação, permitam desenvolver
o processo de ensino.
Uma instituição de formação deve manter com os seus alunos
três tipos fundamentais de relação: administrativa, de
aconselhamento e pedagógica.
Embora à primeira vista pareçam relações claras e diferenciadas,
elas por vezes confundem-se, não sendo nítida a fronteira que as
separa, particularmente no que se refere à função
aconselhamento, que tanto pode ter um cariz administrativo e
burocrático, como um aspecto eminentemente pedagógico.
A relação administrativa tem a ver com todas as tarefas
burocráticas inerentes à passagem de um estudante por uma
instituição de formação e em particular com a certificação da
formação realizada.
Por sua vez, a relação de aconselhamento pode dividir-se em
duas áreas:
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� a que conduz à escolha do percurso formativo do
aluno, suportada na identificação do perfil de
competências já adquiridas;
� a resultante de actos de natureza pedagógica
relacionados com as atitudes do aluno face ao
estudo, nomeadamente, aconselhamento de
leituras e actividades supletivas conducentes à
melhoria do seu desempenho, modificações do
plano de formação, etc.
A utilização das ferramentas típicas da Internet veio
disponibilizar um conjunto de serviços que se podem tornar
extremamente poderosos, quando utilizados adequadamente. A
utilização de conferências entre dois ou mais utilizadores pelo
uso adequado do IRC (Internet Relay Chat), permite uma troca
síncrona de informação online, aos custos da comunicação
telefónica com tarifa local.
Através dos LMS (Learning Management Systems), o aluno tem
acesso a vários serviços, desde a recolha de materiais de
formação (textos, áudio, vídeo, software), até à participação em
grupos de discussão, animados pelo formador e relacionados
com os conteúdos da formação.
Dado que o ensino e a formação a distância se orientam para o
estudo autónomo, a existência do grupo de aprendizagem como
pressuposto nos materiais de estudo e nas estratégias de ensino
está de um modo geral ausente.
No entanto, isto não implica que a instituição de ensino não
preveja a existência de reuniões ocasionais, presenciais ou
mediatizadas (audio-conferência, videoconferência ou
conferência por computador), com fins de natureza didáctica ou
de mera socialização.
A existência ou não de sessões presenciais depende muito dos
conteúdos da formação. Enquanto existem conteúdos que
essencialmente trabalham competências do domínio cognitivo,
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outros não dispensam a observação de outro tipo de
competências, sejam do domínio comportamental, sejam do
domínio psicomotor. Nestes casos é absolutamente necessário
que sejam previstas situações de formação presencial onde essas
competências possam ser demonstradas, praticadas, melhoradas
e avaliadas, quando for caso disso.
Neste caso, as sessões deixam de ser ocasionais e fazem
obrigatoriamente parte do currículo da formação. Caminha-se
assim de um regime puro de formação ou ensino a distância
para os denominados regimes híbridos, em que a proporção das
componentes presencial e a distância varia com as características
dos conteúdos do currículo.
A concepção de ensino individualizado é hoje em dia um pouco
posta em causa pelas novas estratégias de formação utilizadas
nos sítios virtuais e que utilizam fundamentalmente estratégias
de aprendizagem colaborativa. Naturalmente que esta nova
abordagem é relevante quando a formação se desenrola segundo
modelos de classe virtual, onde o conceito de turma e grupo
torna a ter sentido.
Os estudantes devem poder fazer a sua formação de forma
autónoma, sem terem necessidade de interagir com os seus
pares virtuais. No entanto, ter-se-á de reconhecer que a criação
de ambientes virtuais favoráveis à socialização aumenta as
possibilidades de efectivação das aprendizagens e diminui o
risco de abandono de muitos dos estudantes.
Vale a pena referir uma classificação em que as instituições de
ensino e formação podem ser enquadradas e que se relaciona
com a forma como é feita a difusão dos conteúdos.
Trindade (1992, p.60) e Van der Perre et al. (2000, p.4)
categorizam da seguinte forma o funcionamento das
instituições: em regime single mode; em regime dual mode; em
regime mixed mode.
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No regime single mode, os estudantes praticamente não têm de se
deslocar à instituição formadora para a realização de quaisquer
tipo de actividade, exceptuando eventualmente as tarefas
relacionadas com avaliação sumativa e a frequência de cursos
intensivos de natureza experimental ou laboratorial. A relação
do estudante com a instituição é garantida através dos meios de
comunicação usuais.
Nos regimes mixed mode as instituições oferecem aos estudantes
a frequência em regime de ensino a distância das disciplinas
cujos conteúdos são para isso adequados, sendo as restantes
efectuadas em regime presencial, podendo uma ou várias
disciplinas serem feitas de forma híbrida.
As instituições que funcionam em regime dual mode oferecem o
ensino formal em regime presencial e a formação informal,
tipicamente contínua, em regime de ensino a distância. Os
públicos são naturalmente diferentes.
Os regimes mixed mode ou dual mode tanto podem ser utilizados
por instituições de ensino a distância como por instituições de
ensino presencial.
O e-Learning é uma expressão que se começa a tornar familiar e
designa a aprendizagem que é feita num sistema cuja
característica principal é a utilização das tecnologias standard da
Internet – protocolos de comunicação TCP/IP.
Os sistemas de e-Learning permitem que os utilizadores façam
as suas aprendizagens de forma organizada e tutorada (processo
de formação) ou apenas tendo acesso à informação que se
disponibiliza no sistema (gestão da informação/conhecimento).
O e-Learning suporta-se em termos de software nos Learning
Management Systems (LMS), que fazem a gestão da informação
e da formação de acordo com as estratégias que se definam para
a sua utilização.
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Em termos muito puros importa dizer que o conceito de e-
Learning não se relaciona em exclusivo com a formação formal.
Na verdade o e-Learning é um conceito que tem duas vertentes
distintas:
� a gestão da informação global na organização e
� a gestão da formação estruturada
Os utilizadores de um sistema de e-Learning podem, através da
pesquisa de informação existente e à sua disposição, realizar a
sua formação individual sem que isso se traduza numa
certificação.
Estes sistemas criam condições para que as organizações se
posicionem como organizações tipicamente aprendentes.
Esta designação aparece um pouco como complemento da
definição de e-Learning. Se este é um modelo de formação onde
o aluno usufrui exclusivamente de formação a partir de uma
plataforma que utiliza em exclusivo os protocolos TCP-IP,
parecia então que os modelos de formação tinham de encontrar
espaços onde a relação social fosse aumentada e onde se
pudessem treinar competências que não podiam ser tratadas em
regime exclusivo de ensino a distância.
O b-Learning (blended learning) assume-se assim como uma
estratégia mista de e-Learning e momentos de formação
presencial.
Podemos dizer que é esta a metodologia mais utilizada na
formação a distância dos nossos dias quando aparece como
referência a expressão "e-Learning".
A formação a distância, com o aparecimento das novas
ferramentas trazidas pela Sociedade da Informação,
nomeadamente a Internet e a Web, sofreu uma alteração
estratégica capaz de a reposicionar mais favoravelmente no
panorama da educação e da formação.
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� Devido às funcionalidades e características novas
que estão disponíveis criaram-se possibilidades
de melhor motivar os alunos para os seus
processos de aprendizagem.
� Possibilidade de disponibilização da informação
de um modo bastante mais atractivo
� Possibilidade de resposta de forma quase
instantânea às dúvidas que o aluno possa
colocar. É evidente que um tempo de resposta de
duração elevada contribui para a desmotivação
do aluno e para o retardar da aprendizagem.
� Permite a diminuição da sensação de isolamento
a que muitos dos estudantes de ensino a
distância estavam sujeitos e que tinha sido causa
de elevadas taxas de abandono. As facilidades
telemáticas permitem agora ao aluno não só um
contacto mais fácil com o tutor, mas também com
os seus colegas, podendo, assim, recriar o
carácter socializante da sala de formação no
espaço virtual. A relação social, fundamental
para qualquer processo de aprendizagem, é
assim facilitada pela utilização adequada destas
tecnologias.
Em educação a distância deve ser tomado em conta o
desenvolvimento do sentido de classe entre os participantes, de
modo a criar condições de sucesso à aprendizagem.
O simples facto de o estudante se sentir membro de um grupo
pode ajudar a criar motivações para as aprendizagens. Estas
condições passam pela participação activa nas actividades de
aprendizagem previstas, bem como nos fóruns de discussão que
os tutores devem promover.
Por outro lado, podem desenvolver-se laços e relações entre os
alunos que os impliquem ainda mais no processo formativo.
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A relação social é uma componente essencial da actividade
educacional. Como nas situações presenciais, em que há lugar à
socialização por contactos informais, um ambiente de educação
online deve providenciar um espaço, espécie de café virtual,
para a comunicação informal.
Perfil do Formador
A relação pedagógica do aluno com a instituição de formação
passa pela figura do formador. Esta relação é materializada num
conjunto alargado de actividades, das quais as mais relevantes
são:
� O esclarecimento de dúvidas que ocorram
durante o estudo;
� A resolução de questões colocadas pelo próprio
tutor;
� A correcção de exercícios propostos pelo tutor,
de forma individual ou em grupo;
� A discussão de dúvidas suscitadas pela correcção
de testes formativos;
� A participação em debates temáticos
relacionados com a matéria curricular, seja em
sessões presenciais, seja pela utilização de
teleconferências (conferências por computador,
videoconferências, etc.);
� Situações de aconselhamento individual que o
tutor considere adequadas em determinado
momento da formação.
Os serviços de tutoria nas instituições de ensino a distância
constituem-se assim como o grande elo de ligação humano entre
o aluno e a instituição formadora.
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Dependendo das instituições, das suas características e
dimensões, bem como da estrutura e organização do próprio
curso, o formador pode assumir papéis variados, todos eles
convergindo no apoio individual do aluno.
De um modo geral e como já foi referido, o papel do formador
pode ser caracterizado por um conjunto de actividades, que vão
desde o aconselhamento à correcção da avaliação sumativa,
passando pela motivação dos alunos, facilitação da interacção,
coordenação de sessões presenciais, acompanhamento da
avaliação formativa e esclarecimento das dúvidas durante o
processo de aprendizagem.
Na verdade, o papel do formador varia bastante de acordo com
a organização da formação e com a estratégia formativa
desenvolvida nos materiais de ensino.
Existem cursos em que não se provoca deliberadamente esta
relação, ficando ao critério do aluno o estabelecimento do
contacto e a utilização deste serviço. No entanto, ter-se-á de
dizer que os cursos com esta filosofia apostam claramente nos
materiais, de forma que estes, em condições normais, consigam
responder cabalmente às necessidades da maioria dos seus
estudantes. Apesar disso, as instituições formadoras
disponibilizam quase sempre serviços de tutoria aos seus
utilizadores
Existem ainda instituições que fomentam fortemente a
interactividade entre os alunos e os formadores. Normalmente
são instituições relacionadas com a formação profissional e têm
em vista resultados formativos concretos dentro de um período
de tempo considerado adequado, normalmente curto.
Independentemente dos meios e formas de comunicação
disponíveis, e dadas as características do ensino a distância,
onde a relação entre quem ensina e quem aprende é feita
essencialmente através dos materiais didácticos mediatizados,
existe a necessidade de estabelecer uma relação personalizada
para os mais variados fins.
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As características anteriormente descritas para os regimes de
ensino a distância, exigem que o papel habitualmente atribuído
ao formador no ensino presencial seja agora desempenhado, na
sua totalidade ou em parte, pelos materiais de formação.
Desta forma, os materiais devem apresentar características tais
que permitam não só a transmissão da informação necessária à
aprendizagem, mas também veicular os estímulos motivadores
adequados.
Segue-se um resumo de um texto L. Berge Zane (tradução livre),
onde diz que optaria por considerar as seguintes áreas como as
mais importantes:
ÁREA PEDAG ÓGICA
Objectivos claros e transparentes. Qualquer formação beneficia
com isso. Se à partida os formandos souberem exactamente o
que os espera e que objectivos a formação se propõe atingir, a
gestão dos resultados e das suas expectativas individuais está
facilitada e isso também facilita o decurso da acção em si e tudo
o que disso depende.
Flexibilidade. Fundamental num curso online. Repare-se que
uma das condições porque os formandos “escolhem” este tipo
de formação (provavelmente comum a todos eles), é
precisamente pelo facto de não disporem nem de tempo nem de
meios para frequentar a formação presencial, muito menos
flexível. Por isso, se uma formação online não for flexível, está a
esquecer uma das principais características a que deve obedecer.
ÁREA SOCI AL
Facilite e promova a comunicação entre os formandos. A
comunicação mais ou menos desinibida e responsável dentro do
grupo de formandos e entre este e o formador, facilita
substancialmente o decorrer da acção. Quantas vezes pequenas
dificuldades não se ultrapassam apenas com uma pequena
atenção? E quantas vezes tomamos conhecimento da sua
existência, precisamente porque a comunicação foi conseguida?
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Esta recomendação está muito ligada a duas outras,
nomeadamente “O medo da exposição pública” e a “Existência
de Luckers”. Qualquer uma das três se interrelacionam e todas
elas se justificam pela personalidade que cada indivíduo é, ou
seja, pela nossa humanidade. Todos iguais como grupo, mas
também todos diferentes como elementos do grupo.
Não ignore o mau comportamento. O mau comportamento mina
a acção de formação em todas as suas vertentes, desde a perda
de autoridade do formador até à sua propagação por outros
formandos, que inicialmente eram bem comportados. É
fundamental que atitudes de mau comportamento sejam
controladas e, se persistirem, eliminadas.
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ÁREA DA GE S TÃ O
Recurso ao Informal. Muitas das vezes, é através da
comunicação informal que se solucionam problemas que jamais
seriam solucionados através da comunicação formal. Também
permite estabelecer ligações personalizadas com os formandos
mais ou menos “tímidos” (ponte de ligação), fazendo com que
estes se sintam mais seguros e confortáveis na formação e
facilitando substancialmente na sua integração no grupo. Bem
utilizada, permite também “liberdades” de expressão e
comunicação que podem positivamente contribuir para a
construção de um espírito de grupo único e inigualável, com a
vantagem de despoletar todas as dinâmicas que daí advêm. Mal
utilizada, pode correr-se o risco de criar grupos dentro do
grupo.
Rápido nas Respostas. A rapidez de resposta cria dinâmica, faz
com que o formando se sinta acompanhado e que lhe foi
prestada a atenção devida. Isso é bastante importante para a
motivação e esta é fundamental para a prossecução dos
objectivos da acção.
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ÁREA TÉCN ICA
Dispor ou desenvolver um manual de instruções. Pode mostrar-
se imprescindível. A falta de domínio das questões técnicas por
parte dos formandos pode criar bastantes dificuldades de
comunicação e originar a sua desmotivação. Um Manual de
Instruções simples e acessível pode ajudar a ultrapassar muitas
dessas dificuldades e impedir que os problemas apareçam.
Evitar ser longo e extenso nas solicitações, observações e
comentários. Ser claro, preciso e conciso, são características de
uma boa comunicação e ganham substancial importância na
comunicação online. Uma informação escrita demasiado
extensa, pouco clara e de difícil leitura, pode tornar-se maçadora
e aborrecida, criando dificuldades desnecessárias de leitura e
interpretação, o que pode desmotivar os formandos mais
dedicados.
Quadro de Competências do Formador – incluído em anexo, no
fim do presente documento.
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Objectivos de Formação Definidos no Manual do Formando e Exercícios
Os objectivos globais e específicos definidos no Manual do
Participante são baseados na taxinomia de Bloom cuja tabela que
segue adapta somente aos objectivos definidos:
Bibliografia e Links Específicos
� Marc Rosenberg, e-Learning – Strategies for
Delivering Knowledge in the Digital Age,
MacGraw-Hill, 2001
� Julia Duggleby, Como ser um Tutor Online, ed.
Monitor.
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� Viviane de Landsheere e Gilbert de L., Definir os
Objectivos da Educação, Moraes Editores.
� L. Berge Zane, The Road of the Online
Instructor/Facilitator,
http//www.emoderators.com/moderators/teach_o-line.html
Outras Especificações de Carácter Técnico
O público-alvo definido caracteriza suficientemente os pré-
requisitos aplicáveis. Para além das referências bibliográficas
específicas sugeridas acima, chama-se a atenção para o facto de a
Bibliografia (bem como uma Colecção de Apontadores Online)
constituir outro recurso, independente, deste projecto. Uma
eventual e possível Lista de Outros Auxiliares Didácticos Com-
plementares e Conjunto de Instrumentos de Avaliação não é
aplicável.
Ficha Técnica Projecto: Turismo e Tecnologias de Informação
Recurso Didáctico: Componente nº3 de 3, Produto Didáctico nº6
de 6: Tecnologias de Informação na Gestão da Actividade
Turística – Guia do Formador
Autores: Bruno Espinha, Carlos Trindade, Pedro Leite Fragoso
Adaptação técnica para o LMS e programação: Paulo Silva
Direcção de Design Gráfico: Gonçalo Sabela
Design Gráfico: Gonçalo Sabela e Alzira Silva
Digitalização e Tratamento de Imagens: Brígida Lopes
Coordenação Pedagógica: Luís Amaral Oliveira
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Um projecto da CNS Aveiro – Companhia Nacional de Serviços
Lda. com o apoio financeiro do POEFDS (co-financiamento do
Estado Português e da União Europeia, através do FSE)
Uso de Marcas | trademark acknowledgment
Este documento faz uso liberal de termos que são efectivamente
marcas registadas, marcas comerciais não registadas ou
copyrights dos seus respectivos donos. Esta utilização destinou-
se sempre e somente a identificar os produtos ou serviços
concretos em causa.
Brand and product names, photos and images are used for
identification purposes only and are trademarks, registered trademarks
or copyrights of their respective owners.
Isenção de Responsabilidade | disclaimer
Não acreditamos que este documento e/ou os exercícios
propostos incluam ensinamentos ou características que o
possam prejudicar. No entanto, tenha em atenção que, dentro
dos limites legais eventualmente aplicáveis, não oferecemos
quaisquer garantias de qualquer tipo quanto aos conteúdos
transmitidos. Quaisquer responsabilidades pelas consequências
de seguir ou simplesmente utilizar este documento são
exclusivamente suas: especificamente, se o seu sistema
informático se avariar de alguma forma em consequência deste
documento, directa ou indirectamente, os custos relacionados
com reparações, bem como todos os outros custos relacionados
com quaisquer incidentes derivados de qualquer modo por este
documento, são da sua exclusiva responsabilidade e deverão ser
cobertos exclusivamente por si.
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We don't believe that this presentation includes anything capable of
messing up your system or your professional life. However, be advised
that there is no warranty attached, to the extent permitted by
applicable law; this is provided “as is”, without warranty of any kind,
either expressed or implied, including, but not limited to, the implied
warranties of merchantability and fitness for a particular purpose; the
entire risk as to the quality and performance of the contents of this
presentation is with you; should this prove in any way defective, you
assume the cost of all necessary servicing, repair or correction; in no
event, unless required by applicable law or agreed to in writing, will
any copyright holder, or any other party who may modify and/or
redistribute this document and its source, as permitted in the license,
be liable to you for damages, including any general, special, incidental
or consequential damages arising out of the use or inability to use the
contents of this presentation or the presentation itself (including but
not limited to loss of data or data being rendered inaccurate or losses
sustained by you or third parties or a failure to operate with any other
related software), even if such holder or other party has been advised of
the possibility of such damages.
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© 2006 CNS Aveiro – Companhia Nacional de Serviços Lda.
Todos os direitos reservados. Excepto para uso pessoal,
nenhuma parte deste documento pode ser reproduzido sob
forma alguma ou por quaisquer meios, electrónicos, mecânicos,
ou outros, incluindo fotocópia de páginas impressas, gravações,
ou por qualquer processo de armazenamento de informação,
sem permissão escrita do IEFP – Instituto do Emprego e
Formação Profissional ou da CNS Aveiro - Companhia Nacional
de Serviços, Lda. Pode solicitar permissão através de correio-e
All rights reserved. Except for personal use, no part of this document
may be reproduced in any form or by any means, electronic or
mechanical, including photocopying of printed pages, recording, or by
any information storage or retrieval system, without permission in
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writing from IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional or
CNS Aveiro - Companhia Nacional de Serviços, Lda. Ask for
permission by e-mail ([email protected]).
Quadro de Competências do Formador Seleccionar Formar Desenvolver Qualidade/
Característica
1. AUTO-ESTIMA 2. CONSTRUTIVO 3. DESENVOLVIMENTO 4. FACILITADOR 5. TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO
6. CRIATIVO
Compreensão dos processos online
A
Tem experiência profissional em formação online, flexibilidade de enfoques de ensino-aprendizagem. Empatia com os desafios enfrentados pelo estudante online
É capaz de estabelecer, online, confiança e sentido de propósito para o grupo. Entende o potencial dos grupos e da aprendizagem online.
Tem capacidade para desenvolver e capacitar outros, promover debates, resumir, reformular, desafiar, monitorar o grau de domínio das matérias, assim como mal entendidos, e receber feedback.
Sabe quando exercer ou aligeirar o controlo sobre grupos, como enquadrar não-participantes, como dar ritmo à discussão e usar o tempo online.
Pode explorar ideias, desenvolver argumentos, promover fios de ideias valiosas, cerrar fios não produtivos, seleccionar o que e quando arquivar.
É capaz de usar una variedade de enfoques, desde actividades estruturadas (“e-actividades”) a discussões discricionais e avaliar o sucesso das mesmas.
Capacidades técnicas
B
Entende os aspectos operativos do software online; domínio do uso do teclado; capaz de ler comodamente no ecrã; acesso efectivo, regular e flexível à Internet.
É capaz de apreciar as estruturas básicas de CMC (comunicação mediada por computador), a Web e o potencial da Internet para a aprendizagem.
Sabe como usar características especiais de software de ensino online, p.e. controlar, entretecer, arquivar. Sabe como 'scale up' (incrementar, optimizar) graças a um uso produtivo do software.
É capaz de usar características especiais do software para explorar o uso por parte dos participantes, p.e. o histórico/arquivo de mensagens.
Cria vínculos entre CMC (comunicação mediada por computador), e outras características de programas de aprendizagem.
É capaz de usar utilidades de software para criar e gerir conferências e gerar ambientes de e-Learning; sabe como usar software e plataformas alternativas.
Competências a nível da comunicação online
C
Sabe manter uma presença cortês e respeitador dos outros ao longo da comunicação online; capaz de manter um ritmo equilibrado e de usar o tempo de forma equilibrada.
É capaz de escrever mensagens online de maneira concisa, dinamizadora e personalizada.
É capaz de relacionar-se positivamente online com a pessoa (não com a máquina o o software); responde apropriadamente a mensagens; mantém una visibilidade online apropriada; descobre e gere as expectativas dos formandos.
É capaz de interagir por e-mail e e-conferencing e estimular interacção entre os participantes; orientar com o seu exemplo de actuação. Capaz de aumentar gradualmente com êxito o número de participantes online.
É capaz de valorizar a diversidade com sensibilidade cultural, explorando diferencias e significados.
É capaz de comunicar comodamente prescindindo de chaves visuais, capaz de diagnosticar e resolver problemas, promover oportunidades online, usar discreta e sensivelmente o humor online; trabalhar online com as emoções.
Perito em desenvolvimento de conteúdos
D
Tem conhecimento e experiência para partilhar e disposição para o fazer.
É capaz de animar contribuições valiosas de participantes; conhece recursos online úteis na sua área de competência.
É capaz de avivar debates propondo questões e desafios intrigantes.
Mostra autoridade outorgando qualificações justas aos estudantes pela sua participação e contribuições..
Conhece recursos valiosos (p.e. na Web) e sabe remeter para os mesmos os participantes.
É capaz de controlar conferências usando recursos electrónicos e multimédia; capaz de oferecer feedback aos participantes.
Características pessoais
E
Tem determinação e motivação para se dedicar a tornar-se um formador online
É capaz de estabelecer una identidade online como formador.
Pode adaptar-se a novos contextos de ensino, métodos, e audiências.
Mostra sensibilidade mas relações e comunicação online.
Mostra una atitude positiva e dedicação ao e-Learning
Sabe como criar e apoiar uma comunidade útil e relevante de e-Learning.
As Implicações da Internet na
realidade do Negócio Turístico
e os Desafios Tecnológicos do
Futuro Próximo
MANUAL DO PARTICIPANTE
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TURISMO E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
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Introdução “Decoders for paper are eyes and brains, which do not need updating.”
(Chris Grannell, The Economist, 2003.01.24)
A componente essencial deste projecto é veiculada por formação
online. Embora seja claramente uma grande vantagem definidora
do projecto, apresenta alguns problemas. O principal, que se
identifica no caso de qualquer recurso disponível
exclusivamente online, é provavelmente a questão do “acesso”.
Ou seja, a utilização passa pelo uso de máquinas (computadores,
em princípio, mas também outros equipamentos com possi-
bilidade de acesso a conteúdos Internet, como seja hoje em dia, a
televisão, por exemplo, ou as agendas electrónicas de bolso, cada
vez mais populares). Ora, há que dizer que o papel não exige
ligação à electricidade, lê-se melhor (desde que haja
luminosidade adequada) e é mais portátil. Estas vantagens
comparativas do suporte papel potenciam a criação de material
de enquadramento e exploratório para papel com capacidade de
complementar e enriquecer o processo formativo.
É o que tentámos prosseguir nas páginas que se seguem. Nas
últimas páginas deste manual poderá consultar mais
considerações de enquadramento (portanto, se é a sua primeira
consulta deste documento, deve provavelmente seguir para o
fim).
Competitividade exacerbada O Turismo, contrariamente ao que se possa eventualmente
pensar, não é um sector (ou, como também é designado
vulgarmente, uma indústria) nem de pequenos valores nem de
pequeno valor. De facto, tem mesmo um peso substancial na
economia de qualquer país, nomeadamente no nosso, onde
atinge uma relevância digna de nota e da maior atenção. O
sector do Turismo é mesmo um dos mais importantes,
representando (no ano de 2003 e de acordo com valores de
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Novembro de 2004 do INE� e da DGTurismo�) 8% do PIB e
absorvendo cerca de 10% dos postos de trabalho nacionais.
Entraram em Portugal em 2003 cerca de 27,5 milhões de
visitantes, 11,7 milhões dos quais turistas (entendem-se como
turistas os visitantes que permaneceram no território pelo menos
uma noite). Vemos então que realmente o sector do Turismo é
de uma significativa relevância económica e exerce,
transversalmente, influências sobre muitas outras áreas
económicas.
Do ponto de vista de profissionais do sector, não é também e
apenas aquele óbvio grupo de actividades de ligadas
directamente ao negócio da hotelaria e/ou restauração. Apesar
de não completamente incorrecta, essa é apenas a noção mais
superficial. A realidade é bastante mais abrangente e o conceito
mais profundo e complexo do que se possa inicialmente
imaginar.
Este sector apresenta um número de postos de trabalho elevado,
distribuídos por um conjunto bastante vasto de actividades cujo
intuito e funcionamento se centra, evidentemente, nos serviços
prestados directa ou indirectamente a visitantes.
Esse conjunto de actividades inclui, sem dúvida, os hotéis e
restaurantes mas de forma nenhuma se limita a estes. De facto,
há uma lista significativa de empresas, instituições, organismos
e mesmo profissionais liberais cujas actividades se podem
estruturar, de uma forma simples e despretensiosa, em 7 áreas
distintas mas fortemente interrelacionadas (sem qualquer
ordenação especial):
� Acomodação / hospedagem;
� Atracções turísticas / recursos naturais;
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� Ocupação de tempos livres / actividades lúdicas;
� Operadores;
� Transportes / deslocações;
� Marketing / distribuição / vendas;
� Organismos e instituições de regulação;
� Actividades de comércio e serviços diversos.
Baseando-nos apenas nesta estrutura básica, chega-se
rapidamente à conclusão que existe uma miríade de pontos de
vista, posicionamentos, interesses e abordagens envolvidos neste
negócio do Turismo. Cada uma das actividades (quer se
encaixem com naturalidade nesta estrutura ou nem tanto) é
afectada de maneira diferente, por factores diferentes e em
intensidades também diferentes. Ora, aceitando o pressuposto
que o “produto” que é vendido ao visitante assenta sempre no
âmbito de funcionamento de várias destas actividades
simultaneamente então torna-se muito claro que, tendo cada
uma das actividades uma abrangência definida e objectivos
específicos, para que o objectivo global de prestação de um
serviço de qualidade ao visitante seja atingido, todas elas,
independentemente do seu posicionamento, deverão interagir
da forma mais eficiente e rápida possível.
Estamos então a falar de uma estrutura de interacções flexível
que se pode descrever como uma rede e que apresenta alguma
complexidade na sua composição e dinâmica. Nesta rede, os
elementos internos (as actividades do sector) simultaneamente
afectam e são afectados por todos os outros. Por outro lado, o
sector como um todo influencia e é influenciado também por
factores externos. Ao longo dos anos, esses factores de diversas
naturezas (políticos, financeiros, geográficos, tecnológicos,
ambientais, etc.) vêm afectando esta rede obrigando os
elementos que a constituem a adaptações mais ou menos
radicais. A influência destes factores reflecte-se na forma como
os elementos se posicionam e operam dentro do seu âmbito.
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Muitas vezes obrigam também a que alguns desses elementos
passem a interagir com outros que não seriam até à altura os
seus habituais. Essas adaptações podem sentir-se de forma mais
forte ou notória em algumas actividades mas em última
instância afectam inevitavelmente a rede como um todo. Nos
últimos anos, tem-se constatado que esta rede não só tem
mudado em termos de comportamento como também em
constituição, pelo aparecimento de novos elementos que trazem
mais-valias próprias e que impõem novas dinâmicas de
funcionamento. Podemos assim dizer que de uma maneira geral,
esta rede exibe algumas das características que se podem
observar num organismo vivo: é dinâmica, é adaptável e está em
constante evolução.
Não vamos neste documento tentar abordar todos os factores
que influenciam esta indústria porque seria no mínimo uma
tarefa longa e árdua. Vamos no entanto tentar enquadrar na
medida do possível um deles e o seu impacto no sector do
Turismo. Pode-se eventualmente questionar se este será o mais
importante mas penso que concordarão que é um dos mais
determinantes: o factor tecnológico.
A tecnologia, de uma maneira geral, esteve sempre intimamente
relacionada com a necessidade constante e imperiosa de manter
e, se possível, aumentar a competitividade perante mercados em
mudança. No sector do Turismo este relacionamento mantém-se
e não é, de maneira nenhuma, diferente. O sector do Turismo
necessita, e cada vez mais, de ferramentas e abordagens
inovadoras que apresentem respostas eficazes a todas as antigas
e (teremos oportunidade de ver mais tarde!) novas faces da
concorrência. Neste sentido, a tecnologia vem, ao longo dos anos
e de forma recorrente, a por um lado provocar e por outro
suportar as mutações e adaptações a que este sector tem estado
sujeito. É natural que isto se continue a verificar no futuro já que
se trata de um processo normal de evolução contínua. O impacto
que a tecnologia tem sobre cada actividade do sector é, no
entanto, diferente em cada uma delas, com características e
intensidades diferentes, pelo que não vamos tentar estudar o
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impacto deste factor em todos os elementos da rede. Vamos
apenas focar um pouco sobre aqueles directamente envolvidos
na viagem (o transporte propriamente dito), o local de destino e
a região em que este se insere. Especificamente: companhias
aéreas, unidades hoteleiras e Regiões de Turismo�.
A tecnologia, nas suas diversas facetas, teve nos últimos anos, e
cada vez mais, um impacto forte na forma como cada um de nós,
a nível individual, executa as suas tarefas diárias, sejam estas de
que naturezas forem. Esta calma revolução (Patrick Mendis�) que
disseminou as novas tecnologias de uma forma sem qualquer
precedente, transformou muitos aspectos da nossa vida, tanto a
nível pessoal como profissional. As alterações tecnológicas
foram e continuam a ser globais em âmbito e alcançam todas as
pessoas, quer estas se apercebam disso ou não. Inevitavelmente,
todas as alterações na maneira de viver e trabalhar dos
indivíduos provocam também alterações em todas as estruturas
colectivas que com estes interagem e em que estes se inserem.
Ora, o sector do Turismo é, como alguém disse, “uma indústria
para pessoas”. Daí que não poderia nunca deixar de ser afectado
fortemente por alterações naquilo que é de facto o tecido da
actividade, ou seja, as pessoas. E estas vêm gradualmente a
exigir cada vez mais diversidade de oferta, mais eficácia e
rapidez de resposta às necessidades, melhor qualidade geral do
serviço prestado, e claro, tudo isso a preços mais reduzidos do
que nunca.
É então compreensível que nos últimos anos a palavra-chave
tenha passado rápida e decididamente a ser “competitividade”.
Tendo em conta esse objectivo geral, tem-se vindo a observar
uma onda de criação e/ou reforço de todos os meios que
permitam ao sector reagir e evoluir de forma sustentável.
No caso específico de Portugal, os poderes e capacidade de
intervenção dos organismos de Estado relacionados ao Turismo
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têm sido revistos. Por exemplo, a Direcção Geral de Turismo foi
objecto no início do ano de 2004 de uma reestruturação. Esta
visou dotá-la de uma estrutura mais ágil e flexível no sentido de
um aumento de eficiência na resposta às solicitações que lhe são
dirigidas. Os serviços integrados na administração indirecta do
Estado (IFTUR�, ITP�, RT’s) assim como o ICEP� têm também
assumido um papel preponderante no fortalecimento,
dinamização e promoção deste sector.
A nível comunitário internacional, a mesma preocupação tem
vindo a manifestar-se pela criação e reforço de meios e
iniciativas que se centrem nas realidades comunitárias do
Turismo. No âmbito das Nações Unidas existe, por exemplo, a
WTO (World Tourism Organization) que é o organismo máximo
internacional do sector do Turismo. Visa servir de fórum de
discussão global para assuntos relacionados com Turismo e
como fonte de know-how do sector. Esta agência tem um papel
preponderante na promoção e desenvolvimento responsável e
sustentável do sector do Turismo, de um ponto de vista
comunitário e global mas em particular nos países ditos em vias
de desenvolvimento. De uma forma geral, promove também o
cumprimento e respeito pelos direitos humanos e tenta fomentar
a criação e definição de um código global de ética no Turismo,
para que os países membros possam maximizar os impactos
económico, social e cultural positivos do Turismo, enquanto
minimizam os impactos sociais e ambientais negativos.
Paralelamente, a nível internacional, mas desta feita no sector
privado têm também surgido organismos e sistemas de critérios
de avaliação que visam posicionar cada país e/ou região no que
diz respeito à sua capacidade de competir num mercado de ������������������������������������������������+-�--��3�$��2%�5��!�;+-�*%�7�0$!F�9:���+-�--��,K4"�*��?���*�%�+%�%*-���3%3�+�4�--"%��+,���-�3=�*�%�3��G���+-���3��!��+2���?�-2�*�2���4D*-��3���<����*���3�%����*-%��%�(��2%�5��,��(�++���%"��%����+-�<%�5������+����-6*��*��,3%<B<�*���%�>�%�3��!��+2���42�*�2��%�*�-�(�*%�5��3�%,-�35��,��(�++���%"�,%�%�����*;*���3%+�,��(�++@+�-�;+-�*%+��'���+-�--��3�!��+2��3� ��-<%"�7�! 9:���+-�--��,K4"�*��?���*�%�+%�%*-���3%3�+�4�%�--"%��+,���-�3=�*�%�3��G���+-���3��!��+2���?�-2�,����4D*-����%,����%��(��-%"*�2�-���2�3���C%�5���3+���"��2�-��3%+�+-�-�%+�2,�+%��%�+��%�,��2��5��3��3+���"��2�-��3���(�%�+-�-�%+�����+-�2�-�����+*-���3��!��+2���42�*�2��%�,��2��5����-��%���-��%�3%� ��-<%"�*�2��3+-����-�;+-�*���&��/� � ��-<%":� �<%��+2���(�*�%"��+,��+>�"�,"%�,��2��5��3%�*���2�%�,��-<+%����2�3���3��**���%3��,%�%�%+�2,�+%+��%*���%�+�?�?�2�3+���"���%�+%�%*-���3%3�����-������2,�+%+�+-�%�<��%+�?�,�-�32��<�*�%��*�2� ��-<%"�����+-�3��+�+-�%�<���+��,��-<++����+-�%�<������,�%3��+��%<�-+�-�;+-�*�+��-��+-%+��
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Turismo cada vez mais aberto e global. Uma das iniciativas, por
exemplo, é o WTTC (World Travel & Tourism Council�) do qual
faz parte, entre muitas outras individualidades, Manuel
Fernando Espírito Santo (vice-presidente da empresa ES
Turismo�). Este tipo de organismos visa sensibilizar os
intervenientes no sector para os diversos desafios e questões que
actualmente se colocam. Visam também criar uma estrutura
criteriosa de trabalho que permita avaliar as situações de
competitividade a nível da indústria de Turismo e viagens em
cada país. Os critérios essenciais avaliados são:
� Competitividade de preços;
� Componente humana do Turismo;
� Infra-estrutura;
� Ambiente;
� Tecnologia;
� Recursos humanos;
� Abertura de mercado;
� Realidade social.
Pretende-se que esta estrutura seja o mais fiável e precisa
possível no sentido de ser adoptada como referência para
definição e implementação de estratégias de desenvolvimento
por parte dos governos interessados. O WTTC existe há menos
de 5 anos mas desde a sua criação tem recolhido informação
sobre inúmeros países, que podem inclusive ser comparados no
que o WTTC chama de “monitor de competitividade”. Esta
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informação é tratada de acordo com os critérios e metodologias
base da estrutura de trabalho e podem ser analisados na sua
forma original (tabelas numéricas) ou visualmente na forma de
gráficos, por país ou em bloco.
A indústria do Turismo vê-se assim hoje em dia a par com uma
necessidade imperiosa de equiparar a diversidade, o preço e em
última análise a qualidade da sua oferta com as características
apresentadas pela sua concorrência, que é agora mais
abrangente e agressiva do que nunca. O desenvolvimento
tecnológico, especialmente na área das comunicações e Internet,
possibilita neste momento uma muito maior aproximação e
interacção entre os elementos que operam no sector de Turismo.
Mas para além disso aproxima o próprio turista10 (talvez
desconfortavelmente, do ponto de vista dos prestadores de
serviços11) das origens dos serviços que tradicionalmente lhe
são propostos nos pacotes de viagens. Ou seja, o turista tem hoje
em dia a hipótese de consultar e eventualmente até contratar
directamente, por exemplo, o hotel onde pretende ficar alojado
ou mesmo comparar o custo daquele hotel com o de outro na
zona. Por outro lado, o hotel, que até então pode eventualmente
ter apenas contrato com um operador, pode vir a constatar que
tem melhores resultados operando independentemente ou com
outros operadores. Tudo é possível quando todos os
intervenientes deste processo estão próximos em termos de
informação e dispõe das mesmas ferramentas. É precisamente
esse cenário que as novas tecnologias vêm vindo a estabelecer. A
Internet, especificamente, veio lançar alguma luz sobre um certo
obscurantismo no qual sempre residiu a natureza de todos os
negócios. “O segredo é a alma do negócio” é uma expressão que
continua válida mas num mundo onde o nosso cliente pode
descobrir com facilidade quem são os nossos fornecedores e com
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a mesma facilidade lidar directamente com eles (mesmo que
estejam a milhares de quilómetros de distância) convém que
consigamos oferecer alguma mais-valia significativa porque
corremos o sério risco de ser eliminados do processo. De uma
maneira geral, não resta espaço para qualquer táctica e/ou
estratégia por parte de quem opera nesta área senão aquela que
se focar na necessidade de um aumento dramático de
competitividade, num mercado maior, de clientes mais
exigentes, melhor informados e de cada vez mais concorrentes
com produtos semelhantes ou mesmo idênticos.
É inevitável que períodos de grande mudança suscitem
sentimentos de algum receio e apreensão, mas as mudanças nem
sempre significam transições para pior. Não esquecer que os
benefícios tecnológicos não se manifestam só para os turistas e
que a tecnologia tem também tendência a dinamizar e
diversificar (e muito) as possibilidades de todas as actividades
de Turismo. As estratégias dos fornecedores deste tipo de
serviços devem, porém, ter em conta que o leque de potenciais
clientes é agora muito superior, apesar de eventualmente as
abordagens e os meios utilizados terem que ser diferentes do
que antes eram.
Temos até agora falado sobre o impacto das tecnologias em geral
na relação turista/prestador de serviços (B2C). Mas há também
considerações a ter no que diz respeito às relações que se
estabelecem entre os diversos prestadores de serviços (B2B). Em
termos de fornecimentos, as alterações tecnológicas e a
obtenção/difusão fácil de informação podem dar lugar a
optimizações de custos. Podem também permitir identificar e
mesmo estabelecer com mais facilidade novas potenciais
parcerias, eventualmente com mais-valias antes inexistentes ou
pouco viáveis. Por exemplo, quando o avanço da tecnologia
possibilita o desenvolvimento de áreas como a de transportes,
esta vai ter a possibilidade de optimizar custos, diversificar
serviços e destinos, eventualmente a preços mais baratos do que
antes e isso vai apelar a um número crescente de novos
utilizadores e a maior consumo de viagens. E se houver mais
B2C (“Business to
Consumer”): Expressão que
representa a relação estabelecida
entre empresas e consumidores
finais, para efeitos de venda de
produtos, serviços ou informação.
Vem cada vez mais a assumir
uma abrangência de significado
mais limitada ao canal on-line
dessa interacção
B2B (“Business to Business”):
Expressão que representa a
relação estabelecida entre
empresas, para efeitos de venda
de produtos, serviços ou
informação. Vem cada vez mais a
assumir uma abrangência de
significado mais limitada ao canal
on-line dessa interacção.
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destinos, e mais baratos, maior a oferta e maior o apelo aos
consumidores. Mais consumidores e viagens significam, claro,
mais turistas. Mais turistas significam mais negócio para os
outros intervenientes na indústria. O conceito de que “tudo está
ligado com tudo o resto”, existente em algumas áreas científicas,
parece ganhar validade adicional no âmbito do Turismo. O
“jogo” do Turismo continua basicamente o mesmo mas é agora
mais abrangente, mais exigente, com mais clientes, mais
concorrentes, de maior risco e com um potencial de retorno
igualmente superior.
Em conclusão, todos os
elementos da rede “Turismo”
têm neste momento
ferramentas de acesso à
informação que abrem
perspectivas tanto na área de
aquisição como na da
prestação de serviços. Isto tem
um efeito normalizador do
mercado, no sentido em que
torna a oferta mais parecida
(dentro dos mesmos
parâmetros) e torna muito fácil encontrar, por comparação, os
melhores negócios. A única forma de se combater este efeito e
reagir efectivamente no sentido de um aumento de
competitividade é orientar o negócio e as bases para a sua
sustentabilidade para soluções inovadoras, através da
estruturação de uma oferta claramente diferenciadora e de uma
capacidade de comunicação adequada. Como sempre, para se
poder conceber e implementar uma estratégia para reagir e tirar
proveito de situações de mudança, convém observar o que se
vem passando na área em questão nos últimos anos, quais os
factores mais influentes, o seu impacto e as reacções que
provocou nos que viram a sua actividade influenciada. Nas
próximas secções vamos tentar enquadrar algumas das situações
O conceito de que “tudo
está ligado com tudo o
resto”, existente em
algumas áreas científicas,
parece ganhar validade
adicional no âmbito do
Turismo
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mais representativas dos últimos anos no que diz respeito
precisamente a isso.
1.1 O embaratecimento de custos de deslocação
A tecnologia, especialmente a Internet, tem-nos vindo a permitir
individualmente definir planos e objectivos mais precisos,
ambiciosos, exóticos e por vezes distantes no que diz respeito ás
nossas necessidades de deslocação de lazer ou negócios. A
Internet veio assim colocar nas nossas mãos, com toda a
facilidade, a possibilidade de obter rapidamente informação
sobre todo o vasto leque de ofertas que cumpram os nossos
requisitos. Mas nada disso teria qualquer impacto se para além
da diversidade de ofertas a que temos agora acesso fácil pela net
e da inerente criação do desejo (motivador de qualquer
aquisição) não tivessem ocorrido alterações a nível de custos de
deslocação. Afinal de contas, a nossa mente pode já estar de
férias por antecipação mas convenhamos que o corpo precisa
ainda de ser transportado e isso geralmente significa custos. E
isto aplica-se a todos os meios de transporte, sejam eles
terrestres, marítimos ou aéreos. Apesar dos dois primeiros terem
também vindo a sofrer alterações mais ou menos semelhantes
nos últimos anos e apresentarem agora uma oferta muito mais
abrangente e barata, foi no último, os transportes aéreos, que
mais se sentiram os efeitos de mudança.
1.1 .1 O CA S O C O NCR ET O DAS LOW-COS TS AÉRE AS (LCA’S) NA EUR O PA
Em Abril de 1997, a indústria de transportes aéreos europeia foi
liberalizada, seguindo novas normas e regras em sintonia com os
princípios de um mercado livre. O período pós-liberalização foi
marcado por uma melhoria significativa da qualidade dos
serviços, um aumento drástico de destinos de vôo e uma
igualmente dramática descida de preços. Tínhamos entrado na
era das LCAs (Low Cost Airlines, ou muito simplesmente, low-
costs). Os métodos de trabalho deste tipo de companhias foram
inicialmente objecto de muita polémica e simultaneamente
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muito descrédito por parte das companhias ditas tradicionais��
mas o tempo tem vindo a mudar muitas opiniões e as empresas
que arriscaram a sua própria existência no mercado para
implementar tácticas radicais de negócio conquistaram o seu
lugar ao Sol. Prova disso são os casos de retumbante sucesso de
companhias aéreas como a RyanAir, Go, Southwest ou EasyJet.
Para viajantes habituados a serviços de mais-valia, o conceito
low-cost vai provocar arrepios mas para aqueles com
orçamentos limitados e pouco dados a extravagâncias, abriram-
se muitas portas. E como vamos poder ver pelas estatísticas de
vendas de passagens de algumas low-costs, estes últimos
viajantes não são tão poucos como se possa pensar.
Mas afinal em que consiste o conceito low-cost nos transportes
aéreos? Este conceito baseia-se na premissa de que o objectivo
puro, primário e único de um vôo comercial é o transporte de
um ponto A para um ponto B, pelo valor mais barato possível,
cumprindo todavia todas as condições base de segurança
impostas pela regulamentação em vigor. Qualquer outra
consideração como, por exemplo, o luxo, o conforto, o status, a
alimentação, etc., são considerados acessórios perfeitamente
dispensáveis que encarecem o serviço e não beneficiam em nada
o cumprimento do objectivo primário. Estes acessórios são os
vulgarmente denominados frills (livremente traduzido será
qualquer coisa como floreados), o que faz das companhias low-
cost também companhias no-frills. As companhias aéreas que
decidem adoptar este modelo de negócio recorrem a algumas
políticas e directivas de trabalho comuns que visam atingir uma
estrutura leve, eficiente e rentável, baseando-se em preços
comparativamente irrisórios (quando contrapostos com os
oferecidos por companhias tradicionais).
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LCAs (Low Cost Airlines):
Companhia Aéreas de Baixo
custo. O objectivo puro, primário
e único de um vôo comercial é o
transporte de um ponto A para
um ponto B, pelo valor mais
barato possível, cumprindo
todavia todas as condições base
de segurança impostas pela
regulamentação em vigor. Por
exemplo, o luxo, o conforto, o
status, a alimentação, etc., são
considerados acessórios
perfeitamente dispensáveis que
encarecem o serviço e não
beneficiam em nada o
cumprimento do objectivo
primário. São companhias no-
frills.
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1.1 .1 .1 LCA’S: CAR ACTERÍS TICAS G ERAI S
Bilhetes
As particularidades das companhias low-cost começam logo na
fase de aquisição dos bilhetes. Mais precisamente nos balcões de
venda e nos próprios bilhetes. É que pode dar-se o caso de
nenhum dos dois existir. Mas então se não existem balcões da
companhia onde se possam comprar bilhetes até porque não
existem bilhetes, como é que o sistema funciona? É simples. As
low-costs, procuram a redução de custos, adoptaram esquemas
inovadores que combinam cadeias de distribuição convencionais
com métodos de distribuição suportados quase exclusivamente
por meios tecnológicos, nomeadamente o telefone e a Internet.
Assim, nestas companhias,
não nos podemos deslocar a
um qualquer dos seus balcões
e comprar um bilhete (no
sentido físico do objecto, em
papel). Primeiro temos que
entender que nas low-costs o
conceito físico de bilhete foi
eliminado, não existe. As low-
costs em geral preferem não
emitir fisicamente os bilhetes,
o que obrigaria a uma
estrutura de suporte à emissão
e impressão, com todos os
custos associados. E nas low-
costs custos é o que se tenta
precisamente evitar. As
companhias low-cost
priviligiam a Internet e o sistema de vendas por telefone como
canais de distribuição, portanto, o objecto “bilhete” não existe no
conceito low-cost. Para fazermos então a aquisição da viagem,
podemos fazer a reserva via Internet (geralmente no website da
companhia), por telefone ou através de uma agência de viagens
on-line. A distinção entre agência de viagens on-line e uma
agência de viagens convencional não é muito linear como vamos
As low-costs adoptaram
esquemas inovadores que
combinam cadeias de
distribuição convencionais
com métodos de
distribuição suportados
quase exclusivamente por
meios tecnológicos,
nomeadamente o telefone e
a Internet.
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ter oportunidade de constatar mais tarde neste documento, já
que estamos a assistir hoje em dia a uma mistura destes tipos de
elementos e ao surgimento de variantes que operam no mesmo
âmbito. Mas para já, vamos assumir como “agência de viagens
convencional” os profissionais de Turismo humanos com que
costumamos lidar cara-a-cara e as “agências on-line” todas as
que operam via electrónica, de forma geralmente impessoal.
Continuando, é numa destas vertentes que vamos ter que
efectuar a compra do vôo e não pessoalmente na companhia
aérea, que assim não necessita de estruturas de suporte a este
tipo de serviço. Concluindo, as únicas coisas de que precisamos
para embarcar é o número de referência da aquisição e um
documento oficial de identificação, como o passaporte. Resta
também indicar que estas companhias operam com base em
sistemas de “yield management” e que estes fazem variar o
preço das passagens dependendo da análise em tempo real de
factores envolventes, por exemplo, a procura e factores
estatísticos relacionados com a sazonalidade. Esta é uma
característica fundamental das companhias low-cost e falaremos
mais sobre isto em secções posteriores deste documento.
Check-In
Em companhias low-cost o check-in pode revelar-se uma
verdadeira batalha pelo conforto durante a viagem. Isto se
estivermos abituados a ter com antecedência o nosso lugar
reservado no avião. É que nas low-costs, a reserva de lugares
fixos não existe. Esta política promove a chegada antecipada dos
viajantes para efectuar o check-in. Quem chegar mais cedo,
escolhe os melhores lugares no avião, pelo que a maioria das
pessoas procura chegar o mais cedo possível. Isso implica que
haverá menos hipóteses de atraso quando chegar a hora do
avião partir. O avião, sempre na óptica de trabalho contínuo,
precisa assim de menos tempo em cada aeroporto antes de partir
novamente. Menos atrasos no levantamento, menos taxas de
ocupação no aeroporto. Menos perdas de tempo, mais tempo
útil de voo diário, mais voos. Por outro lado, maiores
amplitudes de tempo para efectuar o check-in dos passageiros
yield management:
implementado de forma pioneira
pela indústria aérea nos anos 80
e que consiste basicamente na
flutuação do valor de um produto
ou serviço consoante a flutuação
da sua procura ao longo do
tempo, em períodos de análise
muito reduzidos (às vezes de
uma hora para outra)
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permite menor concentração de trabalho no balcão da
companhia. Daí, menos custos de atendimento e processamento
de bagagens. As bagagens são um outro ponto interessante, que
está também intimamente ligado ao transporte de carga, em
geral. As low-costs tendem a não praticar o transporte de carga
porque acarreta tempos adicionais de permanência em cada
aeroporto para cargas e descargas e envolve um maior consumo
de combustível por vôo. Escusado será dizer que os pesos
máximos de bagagem aplicados pelas low-costs são os
escrupulosamente definidos na lei.
Equipamento
A escolha de equipamento é um dos principais factores em que
se focam as low-costs. Em particular, como é evidente, os
próprios aviões. Estes são escolhidos criteriosamente dentro da
oferta que melhor estiver colocada num sistema de avaliação em
que são ponderados critérios como a segurança e robustez de
construção, os custos de aquisição e posterior manutenção, a
durabilidade, as implicações de treino e formação de recursos
humanos, a polivalência de configurações, etc. Não esquecer que
à luz do conceito low-cost, estes aviões vão ter que suportar
utilizações intensas e mesmo assim manter o serviço de acordo
com as normas de segurança que regem o sector e que são
inflexíveis, como se pode compreender. Só com uma utilização
intensa, ou seja, muitos vôos em pouco tempo, com o máximo de
pessoas possível, se vai conseguir atingir rentabilidade
praticando preços muito reduzidos. E sendo assim os aviões têm
que ser adquiridos tendo em conta o tipo de utilização a que vão
estar sujeitos. A flexibilidade de configurações internas das
aeronaves escolhidas é também um factor determinante porque
a ideia geral é levar o máximo de pessoas possível em cada vôo,
daí que o avião deve permitir a existência de um número de
assentos necessariamente superior ao utilizado por companhias
aéreas tradicionais. Na realidade, o espaço por pessoa,
considerado factor de diferenciação pela positiva nas
companhias tradicionais, é pura e simplesmente reduzido ao
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limite mínimo imposto por lei nas low-costs. Menos espaço
individual, mais assentos, mais pessoas, mais receitas.
Tripulações
Os recursos humanos são uma questão sensível em todas as
empresas. Nas low-costs, mais ainda porque as tripulações são
recursos extremamente caros, não só a nível de remunerações
mas também a nível de custos de formação prévios e contínuos.
Espera-se portanto dos aviões escolhidos (voltando um pouco
atrás) que não necessitem de tripulações demasiado grandes. As
tripulações são recursos caros e daí que se o avião, para cumprir
normalmente com a sua missão, necessitar de menos pessoas na
tripulação, isso permite uma redução de custos. Escusado será
dizer que menos tripulação liberta espaço para mais assentos…
Mas para além disso, e no sentido de cumprir com
regulamentações que regem os períodos de trabalho das
tripulações, se o avião permitir tripulações mais pequenas, pode-
-se com o mesmo investimento em recursos humanos ter mais
tripulações, que podem fazer mais turnos de vôo. Daí, mais vôos
e maior rentabilidade. Um avião parado é um avião que não está
a dar lucro. Resta apenas indicar que é comum para os membros
das tripulações terem várias responsabilidades, por exemplo, o
pessoal de assistência a bordo está, em muitos caso, também
responsável pelo controle de entradas ou pelo apoio ao check-in.
Catering e serviços similares
O viajante que der muito valor a pequenas atenções durante o
voo, como por exemplo uma refeição reparadora ou uma bebida
reconfortante, pode esquecer, na maioria das low-costs não
existe serviço de catering. Mas pior ainda será se, nas poucas
low-costs que têm de facto catering, estiver à espera de que as
refeições e bebidas estejam incluídas no preço do bilhete (mesmo
em voos mais longos). Aí pode também esquecer já as
companhias low-cost. Pois é, nada de serviços de alimentação
em voos low-cost (pelo menos gratuitos). A alimentação implica
custos em fornecimentos de catering, equipamentos internos nos
aviões para suporte ao serviço, tripulações maiores por vôo,
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custos superiores em limpezas, perda de espaço interno e perdas
de tempo entre vôos em cada aeroporto para cargas, descargas e
limpeza. Tudo isto se reflecte nos preços dos bilhetes. Se vai
optar por este tipo de vôos, coma qualquer coisa antes porque
nas low-costs, alimentação ou é um conceito inexistente ou vai
ter que pagar separadamente por estas mordomias.
Locais de partida e chegada
Outro factor que caracteriza este modelo de negócio são os locais
de partida e chegada seleccionados para as diferentes rotas que a
companhia adoptou. Um dos custos associados com a actividade
de companhias aéreas são as taxas de utilização de aeroportos,
que necessariamente, como qualquer outro custo, têm que ser
incorporadas no valor do preço final de venda ao público. Daí
que este tipo de companhias aéreas selecciona criteriosamente os
aeroportos que utiliza, de acordo com os valores praticados.
Também entram na equação critérios como a distância a que o
aeroporto de destino fica dos centros populacionais de relevo na
zona. As low-costs tendem a escolher aeroportos menores nas
imediações dos centros populacionais porque as suas taxas são
muito menores do que grandes e movimentados aeroportos
situados nesses centros. Este factor tem um impacto interessante
na dinamização turística de zonas anteriormente consideradas
como destinos de segunda escolha.
1.1 .1 .2 LCA’S: TE NDÊ N CIAS D E FU TURO
Apesar de o conceito low-cost indicar que as viagens aéreas se
estão gradualmente a tornar num produto mais do que num
serviço, há quem teorize que não passa de uma fase num
processo global de evolução que tem ciclos e pontos de viragem
e que todas as revoluções no mercado tendem em última
instância a normalizá-lo.
Numa fase inicial o modelo de negócios low-cost advoga o
aligeiramento e simplificação do serviço de transportes aéreos
no sentido de cada vez mais o serviço prestado coincidir com o
já indicado objectivo primário, a deslocação de um ponto A para
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um ponto B. Conforme isso vai acontecendo nas companhias
aderentes ao modelo, estas passam a entrar em concorrência
com as chamadas companhias tradicionais.
As companhias tradicionais apostam na diferenciação não
baseada exclusivamente no custo das passagens ou seja
associando características de serviço diversas ao objectivo
primário. Estamos a falar de todas as pequenas atenções com as
quais nos viemos a familiarizar ao longo dos anos e que estão
ainda embebidas de certa forma na nossa noção de viagem
aérea. As tais refeições e bebidas gratuitas, os auscultadores que
depois podemos levar connosco, as partições internas dos aviões
para diferentes classes com benefícios próprios como o maior
espaço individual, etc, são exemplos dessas características que
marcam a diferença entre companhias aéreas tradicionais. E são
esses factores a que prestamos atenção quando vamos
seleccionar uma dessas companhias para uma viagem. Mas
quando entramos no campo das low-costs o cenário muda
radicalmente e aí há uma outra perspectiva em acção. Será que
todos os outros factores de diferenciação conseguem justificar
um preço muito superior ao das low-costs ? Começa aí um
dilema. A carteira ou o conforto ? A viagem ou o destino ? É
que quando se poupa na viagem, sobra para gastar no destino.
Não se podendo dar ao luxo de ignorar o fenómeno low-cost, as
companhias tradicionais reagem de maneiras diferentes
tentando minimizar o impacto nas vendas e nas quotas de
mercado. O facto é que, mesmo em períodos complicados, as
low-costs sobrevivem e isso diz alguma coisa sobre a eficácia do
modelo. Por exemplo, de 2001 a 2003, período que marcou a
indústria aérea negativamente pelo terrorismo, pelos conflitos
armados e pelo SARS��, as companhias tradicionais sofreram, de
uma maneira geral, pesadas perdas enquanto as low-costs
mantiveram a sua posição mais ou menos inalterada. Como
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forma de combater este fenómeno, algumas companhias
tradicionais optaram por criar as suas próprias low-costs, como
por exemplo, a Buzz (da KLM), a GoFly (da British Airways) e a
Ted (da United Airlines). Na maioria dos casos encontraram no
entanto um problema inesperado: a chamada canibalização do
negócio base (“core business”). Ou seja, os serviços de baixo
custo prestados pelas low-costs retiravam quota de mercado às
suas congéneres tradicionais (da mesma empresa). Uma
excepção é a BMIbaby (da British Midland) que consegue
manter rentavelmente a coexistência com a empresa mãe. No
Canadá, a Air Canada teve sérias dificuldades em competir com
as low-costs WestJet, CanJet e Jetsgo, apesar de dominar
anteriormente o mercado. Em 2003 teve que ser colocada num
programa de protecção económica contra falências mas
conseguiu recuperar em 2004. Na Finlândia, a reação da Finnair
foi mais contundente e arriscada: baixaram de tal forma os
preços que a concorrente low-cost Flying Finn foi forçada a
cessar operações. Na Austrália, a Qantas criou duas subsidiárias
low-cost (JetStar e Australian Airlines) compartimentando assim
a sua actividade por tipos de voo. Já na Nova Zelândia, a Air
New Zealand optou por simplesmente comprar a sua
concorrente low-cost, Freedom Air, em vez de tentar concorrer
com ela. Em 2005, foi criada em Singapura a primeira low-cost,
Valuair, o que se reflectiu na criação por parte da líder de
mercado Singapore Airlines de uma nova low-cost, Tiger
Airways. Ainda em Singapura e para não ficar atrás na corrida, a
Qantas investe em mais uma low-cost, Jetstar Asia Airways,
sedeada em Singapura e destinada a voos na Ásia.
Escusado será dizer que a criação de tantas low-costs reduz as
quotas de mercado de todas as empresas. O mercado não cresce
de um dia para o outro. Sendo assim, as companhias, sejam
tradicionais ou low-cost, entram numa desenfreada onda de
concorrência para evitar que os custos cubram as receitas.
Conforme a oferta das diversas empresas vai baixando de preço,
as características dos serviços se vão homogeneizando e os
valores praticados se vão tornando muito similares passamos a
ter aquilo a que os especialistas de marketing chamam um
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cenário de “diferenciação negligenciável”. Segundo especialistas
em comportamentos de mercado, os cenários de diferenciação
negligenciável levam a competições ferozes no campo dos custos
e preços de produtos. Estas nunca são benéficas nem saudáveis
para as empresas. É neste ponto que há quem pense que virá
uma segunda fase do fenómeno low-cost e que reflecte uma
orientação do modelo no sentido inverso (posicionamento de
tendência up-market��). A situação aqui pode obrigar as diversas
empresas, no sentido de manter competitividade, a apostar nos
factores de diferenciação tradicionais, ou seja, promoções,
ofertas, conforto, enfim, tudo aquilo que temos vindo a falar
como sendo os acessórios dispensáveis do modelo low-cost. Esta
segunda fase é, para já, apenas uma teoria mas a realidade é que
muitas low-costs estão, entre outras coisas, a oferecer milhões de
passagens aéreas gratuitas por mês. E “gratuito” não é uma
palavra facilmente aplicável numa frase sobre low-costs. No
entanto, há de facto indicadores que fazem pensar numa
tendência up-market no seio das companhias low-cost, para
fazerem face à concorrência gerada pela criação constante de
novas companhias aéreas do mesmo modelo e pelas companhias
tradicionais que reagem à situação reduzindo custos. Por
exemplo, a America West Airlines passou a oferecer uma
variante de serviço com características semelhantes ao voo em
primeira classe. A JetBlue Airways, por seu lado, inseriu a
televisão por satélite nos seus voos. A RyanAir, para maximizar
as reduções de custos e assim baixar ainda mais os preços das
passagens anunciou em 2004 que iria retirar dos seus aviões os
bancos reclináveis, os estores das janelas, as coberturas em pano
doas apoios da cabeça e os bolsos dos assentos. Aparentemente
assiste-se numas empresas ao aprofundar do conceito low-cost,
levando-o a novas e mais espartanas realidades e noutras ao
afastamento do modelo low-cost em que se basearam
inicialmente. Por seu lado, as companhias tradicionais assumem
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algumas tácticas típicas do modelo low-cost. Este factor,
conjugado com o aparecimento de inúmeras companhias novas,
resulta num cenário de autêntica carnificina no mercado aéreo,
do qual só sobrevivem aparentemente as empresas mais fortes e
claro, os viajantes, que são os principais beneficiários.
Resumindo: o modelo low-cost está em mutação, ora num
sentido down-market (por parte das companhias tradicionais e
low-costs mais empenhadas no modelo original) ora num
sentido oposto up-market (por parte de empresas low-cost que
decidem oferecer mais-valias típicas de companhias
tradicionais). Como esta situação vai parar, é o que todos
gostávamos de saber. Uma indicação no entanto: algumas
companhias low-cost, como por exemplo a RyanAir, a Zoom
Airlines e a ATA Airlines já estão a apostar nos voos
transatlanticos, pelo que vamos ver novos episódios desta saga.
Por exemplo, vai ser interessante ver como esquemas de
compartimentação de voos por distância (em que as empresas
mãe –tradicionais- ficam com os voos de longa distancia e as
subsidiárias low-cost se encarregam dos pequenos voos
domésticos) vão reagir quando as low-costs entrarem no campo
dos voos de longa distância com preços igualmente low-cost.
1.1 .1 .3 LCA’S: EMPR E SAS DE RE FE RÊ NCIA
Em seguida vamos ver alguns exemplos do que foi o percurso
de algumas low-costs áereas. Não havendo possibilidade de se
determinar quem de facto criou o modelo se a Pacific Southwest
Airlines se a Southwesr Airlines, fica aqui a referência a estas
duas companhias aéreas (apesar de serem norte-americanas e
não europeias) como forma de enquadrar o fenómeno europeu
que se seguiria.
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Pacific Southwest Airlines
Empresa fundada por Kenny e Jean Friedkin, a PSA iniciou a
sua actividade em 1949, com apenas um
avião DC-3 e efectuando um voo
semanal entre San Diego (EUA) e e
Burbank (EUA). Tão poucos eram os recursos económicos desta
companhia que o primeiro local para efectuação de reservas era
não mais do que uma latrina (literalmente, não se trata de um
comentário jocoso!) adquirida a um negociante de excedentes de
guerra e adaptada para servir de escritório de reservas. Por
altura da liberalização do mercado aéreo doméstico nos Estados
Unidos (1978), a PSA envolve-se em intensas guerras de preços
com as companhias concorrentes da altura (Air California,
Western Airlines e United
Airlines). Nessa altura decide
implementar um sistema
automático de emissão de
passagens aéreas e instala
máquinas de check-in em
vários aeroportos. Com a
aquisição de pequenos jactos
Bae 146 passa a efectuar voos
regulares para pequenos
aeroportos, na tentativa de
reduzir custos. Em 1986, dois
grandes concorrentes da PSA
(Air California e Western Airlines) são adquiridos por uma
parceria entre a Delta Airlines e a American Airlines. Uma hora
depois desse negócio ser público, a PSA funde-se com a USAir
(United States Airways), sendo o processo de fusão completado
em 1987. A empresa deixou formalmente de existir e a rede de
equipamentos e serviços foi desintegrada ou incorporada na
USAir.
De uma maneira geral, a PSA foi conhecida por ser uma
empresa versátil e imaginativa, assim como pelo seu sentido de
humor: o seu slogan era “PSA – A companhia aérea mais
Em 1978 a PSA decide
implementar um sistema
automático de emissão de
passagens aéreas e instala
máquinas de check-in em
vários aeroportos.
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simpática do Mundo” e a frota exibia um enorme sorriso
pintado no “nariz” dos aviões. Curiosamente, talvez por ter
deixado saudades nas equipas de manutenção (agora da USAir),
desde a incorporação da PSA na USAir, muitos aviões desta
última aparecem misteriosamente pintados com o característico
sorriso. É nesta companhia que Herbert Kelleher (fundador da
Southwest Airlines em 1971) é suposto ter-se inspirado para
conceber o modelo aplicado na sua companhia. Daí a discórdia
sobre quem merece crédito pelo modelo low-cost.
Southwest Airlines
A SWA foi criada em 1971, por Herbert D. Kelleher e Rollin
King, que pretendiam criar uma companhia aérea diferente,
barata, eficiente e que permitisse aos passageiros chegar
atempadamente e sem preocupações aos seus empregos. A SWA
é hoje em dia uma das maiores companhias aéreas americanas,
transportando 70 milhões de passageiros por ano para 59 das
maiores cidades americanas, com 2900 vôos diários. Emprega
32000 pessoas e possui uma frota de cerca de 400 modernas
aeronaves. Obtém lucros de 442 milhões de dólares (2003).
Esta empresa teve uma abordagem pioneira que se caracterizou
por medidas e decisões que mais tarde evoluiriam no sentido de
reflectirem o que foi dito na secção anterior deste documento.
Deslocação de rotas para aeroportos secundários, descida do
preço das passagens, grande
diversidade de pequenas rotas
com vôos ponto-a-ponto,
introdução de métodos
automáticos de venda de
bilhetes (máquinas de venda
automática em 10 cidades),
preocupação constante com
clientes e a satisfação destes,
introdução do conceito dos
vôos sem bilhete, criação de
website para vendas directas online, criação de quiosques para
A SWA introduziu o
conceito dos vôos sem
bilhete, e a criação de
website para vendas
directas online.
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implementação de check-in self-service (não assistido).
Resumindo e concluindo, a SWA foi a pioneira no que viria a ser
chamado modelo low-cost (apesar de haver discórdia sobre este
assunto). Para isso contribuiu também, e fortemente, a
conjuntura legal nos EUA cujas circunstâncias só seriam
igualadas na Europa anos mais tarde. De notar que nos EUA o
sector do transporte aéreo doméstico foi liberalizado em 1978,
ao contrário da Europa que passou pelo mesmo processo apenas
em 1997.
RyanAir
Esta companhia aérea irlandesa foi fundada em 1985, começou
com um único avião de 15 lugares, percorrendo diariamente
apenas uma pequena rota entre Irlanda e Inglaterra, em
aeroportos secundários. Em fins dos anos 80, entra em cena um
jovem licenciado da Universidade de Trinity (Dublin, Irlanda). O
seu nome era Michael O’Leary e tornar-se-ia uma referência
incontornável no fenómeno “low-fares / no-frills” nos anos que
se seguiriam e até hoje. A sua entrada nesta empresa familiar
visava descobrir uma forma de aumentar a rentabilidade da
companhia que atravessava um mau período. Em 1991, O’Leary,
atento ao sucesso obtido em 20 anos (desde 1971) pela
SouthWest Airlines (SWA, Estados Unidos) e intrigado pelo
modelo de negócios inovador que aí tinha sido aplicado, decide
deslocar-se a Dallas, nos Estados Unidos e falar com o guru da
SWA, Herbert D. Kelleher. Volta com uma nova visão sobre
como ganhar dinheiro baixando preços e enchendo voos. Em
1995, 10 anos passados desde a fundação da companhia, esta já
se tinha assumido como a maior companhia aérea na rota
Dublin - Londres assim como a maior companhia irlandesa em
todas as rotas que percorria, com 2.25 milhões de passageiros
por ano. Neste momento, a RyanAir tem 12 bases de operações,
209 rotas para 93 destinos em 19 países europeus. Emprega cerca
de 2000 pessoas e apresentava, em final de 2003, 239 milhões de
Euros de lucro. Transportou, em 2004, 23.1 milhões de
passageiros.
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O génio no topo deste percurso é Michael O’Leary. Este
revolucionou o mercado aéreo doméstico europeu, aplicando
um modelo já em prática nos Estados Unidos mas adaptando-o à
realidade europeia. Ao longo do processo criou nos utilizadores
o hábito das viagens baratas, comprou concorrentes e contribuiu
para que algumas companhias altamente subsidiadas pelos
respectivos governos fossem levadas à falência (por exemplo,
Sabena e SwissAir).
Em Fevereiro de 2004 a RyanAir anunciava que iria retirar da
sua frota de Boeings todos os bolsos dos assentos, os encostos de
cabeça, as persianas das janelas e os assentos reclináveis. A ideia,
como sempre, é reduzir custos. Decididamente, as companhias
low-cost não são para todos, mas há quem não considere sequer
voar de outra forma. “Foi fantástico. Comprámos massa fresca
de manhã, à noite cozinhámo-la para os nossos amigos. O
bilhete foi mais barato do que uma chávena de café.” diz
Colman O’Gorman, um psicólogo irlandês depois de ter passado
um fim-de-semana em Bolonha, Itália. Voou na RyanAir em
2004 com um bilhete de ida-e-volta no valor de cerca de 5
dólares. A RyanAir afirma que o objectivo até 2010 vai ser
conseguir oferecer 50% de todos os bilhetes gratuitamente, á
excepção das taxas, em vez dos actuais 20%.
Em 2004, muito devido aos custos crescentes de combustível, á
competição feroz e ao impacto do terrorismo mundial no
volume de vendas, muitas companhias registaram perdas
significativas de receitas. A RyanAir, tal como muitas das suas
concorrentes, foca a sua atenção nos serviços não directamente
relacionados com o voo, como sejam o aluguer de viaturas e
booking de estadas em hotéis, os seguros de voo ou mesmo os
pequenos empréstimos. Este tipo de serviços contribui
obviamente com receitas auxiliares. Paralelamente enceta
políticas promocionais de concessão de passagens aéreas
gratuitas tentando revitalizar a procura e evitar a todo o custo os
lugares vazios nos aviões. Estas passagens gratuitas chegam a
atingir os 25% do total de vendas da empresa, pelo que outras
companhias, nomeadamente a EasyJet atacam na imprensa com
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insinuações de que a RyanAir só pode estar desesperada para
fazer este tipo de promoções a esta escala.
easyJet
A easyJet foi fundada em 1995 por
Stelios Haji-Ioannou (então com
apenas 28 anos) e a sua missão, tal como indicado no website
desta, é “providenciar aos viajantes serviços aéreos ponto-a-
ponto, seguros e de valor acrescentado”. A ideia por trás da
fundação desta empresa foi, como seria de esperar, a prestação
de serviços ao nível do transporte aéreo europeu a baixo custo e
começou desde logo com um sistema de reservas de voos por
telefone. O modelo foi inspirado no sucesso da SouthWest.
O slogan sui generis que procurava demarcar a empresa das
restantes e posicionar a sua actividade de forma clara e
inequívoca foi “Voos tão baratos como um par de calças de
ganga!”.
A empresa inicia assim a sua
actividade em apenas
algumas rotas dentro do
território britânico, usando
dois Boeing 737-200 alugados
e de uma maneira geral
subcontratando todo o tipo de
recursos, quer materiais quer
humanos, tomando a forma
daquilo que se poderia
chamar uma “transportadora
virtual”. Em Abril de 1996
(apenas um ano depois do
início de actividade) a
empresa adquire em 100% o
seu primeiro avião e abre a
sua primeira rota
internacional, de Londres a Amesterdão. No final desse mesmo
ano abre rotas adicionais para Nice e Barcelona, partindo de
A Easyjet toma forma
daquilo a poderíamos
chamar “transportadora
virtual”
Inaugura o seu Website em
1997 informativo e em 1998
inaugura o serviço de
marcação on-line de voos,
continuando paralelamente
o serviço via telefone
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Londres (aeroporto de Luton). Em Abril de 1997, ano da
liberalização do mercado aéreo europeu, a easyJet inaugura o
seu website, ainda que só para efeitos informativos. No fim
desse mesmo ano, a easyJet encomenda 12 novos Boeing 737-300
para entrega em 2000 e inicia actividade na Suíça. Em Março de
1998 adquire 40% da transportadora aérea charter suíça TEA
Basel AG pela módica quantia de 3 milhões de francos suíços
(aproximadamente 4,5 milhões de dólares, segundo valores de
câmbio de 1998 do website x-rates.com��). Um mês depois o
website da empresa, até então apenas informativo, inaugura o
serviço de marcação on-line de voos, continuando paralelamente
o serviço via telefone. Em Julho desse mesmo ano a easyJet
encomenda mais 15 novos Boeing 737-300 com um preço de
aquisição total de cerca de 500 milhões de dólares. E estamos
ainda nos primeiros 4 anos!
Em 1998 Stelios fundou o easyGroup, uma empresa privada de
capital detido em 100% por este e que desde então controla e
zela pela gestão de todas as empresas do grupo (e que são
actualmente muitas). Stelios e a sua família, apesar de
considerarem a easyJet como o estandarte empresarial do grupo,
investiram ao longo dos anos na fundação de inúmeras outras
empresas nas mais diversas actividades mas mantendo como
mote a prestação de serviços de qualidade a baixo preço e
sempre focando serviços em áreas de alguma forma
complementares ao Turismo. Exemplos dessas empresas são: a
easyInternetCafe (serviços de internet a baixo custo),
easyCar.com (aluguer de viaturas a baixo custo), easyMoney
(serviços financeiros), easyHotel (hotelaria a baixo custo),
easyBus (rotas londrinas de autocarro a baixo custo), easyCruise
(cruzeiros no mediterrâneo a baixo custo), easyMobile
(telecomunicações a baixo custo) etc. Na realidade há bastante
mais empresas, todas elas controladas centralmente pela
easyGroup mas com equipas de gestão autónomas.
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Em Outubro de 1999, o website da easyJet passa a barreira do
milhão de passagens vendidas on-line, apenas um ano depois do
início deste serviço. Em Março de 2000 a easyJet baixa ainda
mais o preço das passagens, abaixo de qualquer outra
companhia aérea, incluindo a RyanAir de Michael O’Leary com
quem Stelios mantém relações de feroz competitividade, não
sendo invulgares os “piropos” (à falta de melhor termo) que
ambos trocam constantemente nos meios de comunicação social
e que, como alguém disse, “fariam corar um marinheiro”. A
meio de 2000 o website da easyJet sobe aos 2 milhões de
passagens vendidas e é efectuada a encomenda de mais 17
aviões Boeing, completando-se agora uma impressionante frota
de 44 novas aeronaves. No final deste ano o website atingiria os
4 milhões de passagens vendidas, um autêntico monumento ao
poder da Internet na venda de
passagens aéreas,
principalmente tendo em
consideração a percentagem
das passagens vendidas on-
line sobre o total da empresa:
uns estrondosos e inequívocos
85%. Em Dezembro de 2000, o
website é lançado também em
espanhol.
Actualmente (dados de 2004),
a easyJet emprega 3345
pessoas, mantém uma frota
moderna de 114 aeronaves
(serão 164 se considerarmos as
encomendas já efectuadas mas
não entregues), transporta
24,3 milhões de passageiros e
gera uma receita total de cerca
de 690 milhões de euros com
um lucro anual de cerca de
42,9 milhões de euros. Um
factor determinante deste sucesso foi o posicionamento a nível
Um factor determinante
deste sucesso foi o
posicionamento a nível de
novas tecnologias que
sempre foi forte
praticamente desde a
fundação da empresa,
nomeadamente a nível de
presença na net. O website
absorve actualmente de
80% a 95% (!) do total de
vendas de passagens da
easyJet. �
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de novas tecnologias que sempre foi forte praticamente desde a
fundação da empresa, nomeadamente a nível de presença na
net. O website sempre foi visto como o canal de distribuição de
eleição e a easyJet sempre encetou esforços promocionais
significativos para incentivar este canal. E parece ter surtido
efeito já que o website absorve actualmente de 80% a 95% (!) do
total de vendas de passagens da easyJet. Numa indústria em que
cerca de 20% dos custos se centra na emissão e distribuição de
bilhetes, a recusa da easyJet em marcar passagens através de
agências de viagem e o incentivo intenso do uso da Internet
visam uma redução drástica de custos e conseguem-na de facto.
Um outro factor determinante foi a aplicação do conceito de
“yield management” implementado de forma pioneira pela
indústria aérea nos anos 80 e que consiste basicamente na
flutuação do valor de um produto ou serviço consoante a
flutuação da sua procura ao longo do tempo, em períodos de
análise muito reduzidos (às vezes de uma hora para outra). No
caso das low-costs aéreas, o “yield management” é considerado
por Stelios como “o sistema mais simples e eficaz do mundo”.
Segundo este sistema, um vendedor pode ajustar
dinamicamente o preço do seu produto/serviço conforme a
procura que ele tiver, o que significa que do ponto de vista do
comprador, em alturas diferentes pode obter o tal
produto/serviço por valores às vezes incrivelmente diferentes.
Obtém-se assim o que se chama de “elasticidade de preços”. E
num sistema assim tão fluido e dinâmico só um suporte
tecnológico igualmente fluido e dinâmico permite conseguir
resultados positivos. Daí a
aposta forte na internet. De
registar que Stelios aplicou à
internet e o conceito de “yield
management” em todas as
empresas que criou. Por
exemplo, na easyInternetCafe
o valor de acesso à net é
variável ao longo do dia, mais
caro nas horas de pico e mais
A Easyjet aplicou à internet
e o conceito de “yield
management” em todas as
suas empresas
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barato nas restantes. Um contrato gigantesco de hardware e
software com a Hewlett-Packard garante a análise em tempo-
real da procura e respectivo ajuste automático de preços.
1.1 .2 O M ODE LO LOW-COS T EM OUTROS T IP O S D E TRA NS P ORTE
O modelo low-cost, apesar de ter tido a sua génese no seio da
indústria de transportes aéreos, rapidamente foi adoptado por
outras indústrias, estando já a ser aplicado por várias empresas
noutros meios de transporte como os autocarros, os paquetes e
os comboios. O modelo foi mantido nestas companhias mais ou
menos inalterado, mantendo fundamentalmente as
características low-cost que já foram apresentadas no caso das
companhias aéreas.
Aluguer de viaturas:
easyCar (http://...�%+J�*%��*�2)
Autocarros:
easyBus (�--,:NN...�%+J4+�*��IN)
MegaBus (http://www.megabus.com)
Cruzeiros:
easyCruise (http://www.easycruise.com/)
1.2 O modelo low-cost em outras áreas de actividade
E se pensa que o conceito low-cost se fica pelo transporte, está
enganado. Os méritos do modelo low-cost atraíram a atenção de
empresários de todos os quadrantes geográficos e áreas de
actividade.
Hotéis:
easyHotel (http://www.easyhotel.com/)
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Comunicações e Internet:
easyInternetCafe (�--,:NN...�%+J��-��-*%(�*�2N)
easyMobile (https://www.easymobile.com/)
Bancos:
easyMoney (�--,:NN...�%+J2��J�*�2N)
Entretenimento :
easyCinema (�--,:NN...�%+J*��2%�*�2N)
easyMusic (�--,:NN...�%+J2+�*�*�2N)
Outros:
easyPizza (�--,+:NN��3�+���3�-%"I��-N%+J,�CC%N.4N)
easy4men (�--,:NN...�%+J�2��*�2N)
easyWatch (http://www.easywatch.com/)
1.3 A Internet e o advento das oportunidades last-minute - Enquadramento geral
Há não muito tempo, o conceito de decisão de viagem de última
hora não significava necessariamente que demorasse apenas
uma hora entre a decisão de viajar e a conclusão prática do
processo. Era apenas uma expressão e na realidade não
significava mesmo nada disso. Na prática, até há uns anos atrás,
se por qualquer motivo decidíssemos viajar num ímpeto de
momento, o nosso entusiasmo correria o sério risco de esmorecer
ou mesmo desaparecer quando se debatesse com o atrito
causado por períodos longos a falar com o agente de viagens, a
confirmar destinos, trocar opiniões, verificar vagas e reservas em
hotéis, confirmar a disponibilidade de lugares em diversas
companhias aéreas, comparar preços, etc. Estamos a falar de um
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processo que não demoraria menos de 10 horas e envolveria
inevitavelmente valores mais elevados do que normalmente
exigiria uma situação em que se tratasse deste assunto com
algum tempo de antecedência. Hoje em dia, não vamos ao
exagero de dizer que entre a decisão de viajar e o sentarmo-nos
no avião está apenas uma hora mas a realidade do processo está,
isso sim, muito mais em sintonia com o conceito de viagem por
impulso do que alguma vez esteve. Nos últimos anos, todo um
conjunto de novas possibilidades se abriu para o viajante que
não pode (ou não gosta) de fazer planos com grande
antecedência. A tecnologia permite hoje em dia aos diversos
operadores que prestam serviços no ramo do Turismo a
disponibilização de negócios de última hora (e não só!) aos seus
clientes com uma eficiência sem precedentes. Evidentemente, no
meio deste fenómeno está a Internet. A Internet aproximou o
comprador e o vendedor de
tal forma e com tamanha
eficiência que quando se fala
em oportunidades de última
hora, podemos estar mesmo a
falar da próxima hora.
Oportunidades de viagens a
baixo custo para destinos
diversos, no próximo fim-de-
semana, amanhã ou com o
avião a levantar voo daqui a 3
horas são exemplos daquilo
que passaremos
simplesmente a designar por
oportunidades last-minute.
Estas oportunidades surgem sempre a partir do momento que os
fornecedores decidem “despejar” para o mercado, o mais rápido
possível, o inventário em risco de não ser vendido. No entanto,
cada tipo de inventário e fornecedor tem timings que variam e
que se deve ter em conta. Por exemplo, os fornecedores de
cruzeiros começam a mover o seu inventário 30 a 45 dias antes
das partidas agendadas. Os fornecedores de pacotes de viagens
A Internet aproximou o
comprador e o vendedor de
tal forma e com tamanha
eficiência que quando se
fala em oportunidades de
última hora, podemos estar
mesmo a falar da próxima
hora
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em voos charter começam a negociar 30 dias antes das partidas.
Companhias aéreas e hotéis começam campanhas de descontos 2
a 3 semanas antes das datas estabelecidas e o processo decorre
rápida e dinamicamente até ao último minuto (negócios ao
chegar ao hotel ou aeroporto não são invulgares). De notar que o
fenómeno last-minute ocorre com mais intensidade nas
companhias aéreas mas regista-se também actualmente a nível
de outros serviços e meios de transporte (alojamento, cruzeiros
marítimos, etc.). Nada disto seria possível se a tecnologia não
tivesse vindo agilizar os processos de negócio e as comunicações
entre as diversas partes. Ainda e sempre a tecnologia,
nomeadamente a Internet, simultaneamente como catalisador e
suporte da mudança.
Todo o fenómeno last-minute começa a desenrolar-se quando,
em alturas que variam de empresa para empresa, estas se
apercebem de um determinado número de lugares que não
foram vendidos e que de dia para dia correm cada vez mais o
risco de não o serem (denominam-se por isso “lugares de risco”
ou, como alguns críticos chamam, “inventário em desespero”).
Neste período, que nas companhias aéreas vai dos 45 dias
anteriores ao voo até, em alguns casos, à própria hora de
partida, estas colocam os lugares de risco à venda por valores
baixos e que vão variando conforme a procura e a aproximação
gradual da hora de voo. Algumas companhias fazem-no
abertamente, outras optam por manter o processo mais ou
menos discreto. O modelo de gestão que faz variar preços de
produtos e serviços dinamicamente, por análise (geralmente em
tempo real) de factores envolventes chama-se “yield
management”�� ou “return management” e é hoje em dia
utilizado em muitas áreas de actividade, mas voltaremos a esta
questão mais tarde.
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Este processo de colocação no mercado de passagens a preços
muito reduzidos ou mesmo gratuitos é muitas vezes chamado
de “fire sale” devido à natureza intensa e rápida do processo de
venda. Este pode acontecer em nome próprio (quando as
companhias aéreas usam os seus próprios websites, por
exemplo) ou então uma outra maneira de pôr os lugares vagos
em movimento a baixos preços, sem que o público se aperceba
claramente da queda de valor, é aglomerando de forma não
especificada as passagens com outros serviços, geralmente
hospedagem e aluguer de viaturas. Este método é geralmente
denominado de “dynamic packaging”. Neste caso, as
companhias vendem os seus lugares em risco a operadores de
Turismo (sejam eles tradicionais ou on-line) onde o valor da
passagem é “escondido” dentro de um pacote de serviços com
um preço global. A situação mais comum é mesmo as
companhias cederem esses lugares a uma nova geração de
distribuidores, denominados “consolidadores” ou
“distribuidores opacos”. Os consolidadores adquirem por
contrato ou pontualmente, grande parte ou mesmo todos os
lugares de risco de cada uma das companhias aéreas.
Evidentemente, compram por valores muito inferiores ao preço
normal de venda ao público, colocam uma pequena margem
(para que o valor final dos bilhetes continue, mesmo assim,
muito abaixo do valor de mercado) e vendem essas passagens à
última hora, separadamente ou em pacotes last-minute, obtendo
evidentemente lucro no processo. Geralmente este contrato com
as companhias aéreas é feito de tal forma que o viajante só sabe
realmente qual é a companhia em que vai viajar na hora da
viagem. Isso porque de uma maneira geral, as companhias
aéreas não gostam que os passageiros saibam a que ponto
chegam as disparidades de preços de passagens quando o
fenómeno last-minute entra em acção. Este processo visa em
última instância preencher os lugares no avião e origina muitas
vezes que dois passageiros que voam lado a lado e tenham
respectivamente reservado as suas passagens com 2 meses de
antecedência e com 1 semana, tenham no entanto pago quantias
significativamente diferentes.
“Fire sale”: processo de venda
intenso e rápido.
“Dynamic packaging”:
aglomerar de forma não
especificada as passagens com
outros serviços, geralmente
hospedagem e aluguer de
viaturas.
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O paradoxo a registar é que a reserva last-minute de um dos
passageiros, ao invés de lhe provocar custos adicionais (como
sempre aconteceu) lhe permitiu desta feita poupanças
substanciais. Um comentário jocoso publicado num website de
dicas sobre o fenómeno last-minute nas passagens aéreas dizia:
“A melhor maneira de se provocar uma briga num avião é
deixar passageiros que vão lado a lado conversar…”. Este tipo
de situação pode por exemplo acontecer também com os quartos
de hotéis, negócio que exibe o mesmo fenómeno last-minute.
Não será muito raro acontecer que um quarto saia mais barato
para quem reservou à última hora do que para quem reservou
com antecedência. Mas esta é a natureza dos “last-minute
deals”. Daí que, compreendendo e aceitando os riscos,
limitações e condicionantes deste tipo de “pechinchas”, se
conseguem por vezes pacotes de viagens verdadeiramente
surpreendentes.
1.3 .1 AS O POR TUNI DAD E S LA S T-MINU TE E OS D I FERE N TE S TI P OS D E WE BS ITE
A Internet, como sabemos, provocou uma ruptura intensa com o
passado no que diz respeito
a métodos e ferramentas de
trabalho na área do
Turismo. Ao longo do
tempo tem-se verificado
uma transição gradual para
canais de distribuição com
um cariz mais tecnológico.
No entanto, houve e
continua a haver diferentes
abordagens sobre como isso
deve ser feito e
consequentemente
surgiram tipos de websites
diferentes, que abordam
necessidades e requisitos
diferentes. Convém por isso
Ao longo do tempo tem-se
verificado uma transição
gradual para canais de
distribuição com um cariz
mais tecnológico. Houve e
continua a haver diferentes
abordagens e
consequentemente
surgiram tipos de websites
diferentes
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lançar alguma luz sobre os diferentes tipos de websites que
existem e tentar organizá-los, ainda que de forma básica, para
que possamos começar a entender a estrutura tecnológica que
suporta o fenómeno last-minute.
Sendo assim vejamos o assunto do ponto de vista do potencial
comprador de um qualquer pacote de viagens. De notar que
existem muitos outros serviços que poderiam ser especificados e
para os quais existem websites especializados. Por exemplo, o
aluguer de viaturas, a marcação de guias, os seguros de viagem,
etc.. Vamos no entanto tentar focar apenas na viagem em si e no
alojamento.
O destino
De uma maneira geral, nesta fase temos dois cenários possíveis:
ou sabemos já mais ou menos para que tipo de ambiente ou
destino queremos ir (praia, campo, montanha…) ou então somos
o típico viajante last-minute e aí não estamos muito empenhados
em ir para um sítio específico, dependerá do que aparecer. De
qualquer das formas, existem
websites que se
especializaram na informação
sobre viagens e regiões.
Podemos ler sobre certos
destinos, organizados por país
ou por tipo de ambiente ou
objectivo de viagem, saber o
que pessoas que
experimentaram têm a dizer
sobre o assunto, se gostaram,
o que fazer, o que evitar. Este
tipo de websites é
eminentemente social e
permite a troca de
informações entre viajantes
(ou candidatos a isso) sobre
destinos específicos ou tipos
Websites estritamente
sociais. Podemos ler sobre
certos destinos,
organizados por país ou por
tipo de ambiente ou
objectivo de viagem, saber
o que pessoas que
experimentaram têm a dizer
sobre o assunto, se
gostaram, o que fazer, o
que evitar
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de viagem. É comum existirem fóruns de discussão, salas de
chat e blogs onde pode haver interacção entre pessoas sobre este
tipo de temas. Encontra-se também nestes websites todo o tipo
de documentação sobre viagens, guias, contactos, organismos,
etc. Referências incontornáveis são o “Fodors Travel Guides”
(...�(�3��+�*�2), o “Frommers Travel Guides”
(...�(��22�+�*�2), o “Lonely Planet”
(...�"��"J,"%�-�*�2) ou o Trip Advisor
(www.tripadvisor.com) mas muitos outros existem para que
possamos decidir para onde queremos ir e verificar se realmente
vale a pena. De uma maneira geral podemos e devemos
consultar o nosso agente de viagens também para nos prestar
este tipo de informações e opiniões mas nos websites
encontraremos seguramente uma maior abrangência de opiniões
que permitirá chegar a uma decisão com mais “alicerces”.
Adicionalmente, há ainda outro tipo de websites que devemos
consultar para recolha de informação quando já temos uma ideia
do sítio para onde queremos ir e que são os websites dos
organismos oficiais responsáveis pela promoção da zona ou
região que pretendemos visitar. Para localizar estes websites
usar o “Tourism Offices Worldwide Directory”
(...�-�.3�*�2)?
Agora que sabemos para onde vamos, temos que saber se o
nosso orçamento chega e para isso precisamos saber quanto nos
vai custar a viagem. Claro que o nosso agente de viagens
também nos dirá isto mas vamos primeiro ver o que se arranja
na net. Aqui temos vários tipos de websites que podemos usar
para recolher preços e condições para a nossa viagem,
dependendo da abordagem á compra que decidirmos adoptar.
Se quisermos arriscar a compra não integrada de todos os
serviços que vamos precisar, ou seja, comprar a passagem num
sítio, o alojamento noutro e o aluguer de viatura e restantes
serviços noutro, tudo em separado e independentemente então
temos que considerar os websites dos fornecedores desses
serviços na sua origem. Ou seja (focando apenas na viagem e
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hospedagem, para facilitar) temos que visitar os websites das
companhias aéreas (assumindo que a viagem vai ser via aérea) e
da indústria hoteleira (hotéis, pensões, pousadas…).
Compra separada: as passagens
Devemos visitar websites de companhias aéreas que disponham
de sistema de reserva (booking) on-line. Exemplos disso, no caso
de viagens na Europa, são: RyanAir (...��J%�%���*�2),
EasyJet (...�%+JD-�*�2) ou Virgin Express (www.virgin-
express.com). Temos evidentemente que seleccionar as
companhias que prestam serviços na nossa área de partida e no
destino pretendido. Depois de decidirmos qual a melhor
proposta para chegar ao nosso destino, ficamos a saber quanto
custa o voo e quando é a partida e a chegada. A abordagem
típica do viajante last-minute seria primeiro determinar o
destino e custo e depois ficar a saber as datas de partida e
chegada, mas podemos claro, seleccionar tendo em conta alguns
parâmetros temporais previamente estabelecidos. Uma coisa a
ter em atenção é o fenómeno last-minute. O valor que se
determinou agora para o voo pode ser muito menor amanhã.
Por outro lado pode também ser maior... É crucial estar-se atento
ás oportunidades last-minute que são publicadas nos próprios
websites das companhias aéreas. Os outros websites que
devemos consultar para descobrir negócios de passagens são os
dos consolidadores, por
exemplo, Orbitz
(...���4�-C�*�2), Expedia
(...��,3�%�*�2) ou
CheapTickets
(...�*�%,-�*I-+�*�2).
Estes compram geralmente
blocos de lugares de risco às
companhias aéreas e têm
assim bons negócios de última
hora. Ocasionalmente, se a
situação fôr propícia a isso,
pode-se também ter em
Websites consolidadores.
Estes compram geralmente
blocos de lugares de risco
às companhias aéreas e
têm assim bons negócios
de última hora.
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consideração os websites de leilões (temáticos ao Turismo ou
generalistas) como por exemplo o E-Bay (...��4%J�*�2), o
SkyAuction (www.skyauction.com) ou o LuxuryLink
(...�"��J"��I�*�2). Se estivermos dispostos ao que pode
ser uma batalha de ofertas até à última hora, estes sites podem
providenciar-nos bons negócios. Há também alguns websites
com funcionamentos invulgares e que podem ser também de
considerar. Por exemplo, o Priceline (...�,��*"���*�2) ou
HotWire (weww.hotwire.com), apesar de não serem websites
de leilões têm um sistema (chamado “Name Your Price”) que
nos permite indicar para onde queremos ir e qual o preço
máximo que estamos dispostos a pagar. O sistema devolve-nos
imediatamente as possibilidades de alojamento que obedecem
aos nossos critérios e executa a reserva se assim o pretendermos.
Finalmente, há alguns websites que representam
transportadoras e que procuram gerar simbioses entre a
necessidade de transportar determinada coisa (geralmente
documentos) e o desejo dos viajantes de ir para determinado
sítio a preços reduzidos. Por exemplo, no Reino Unido existe a
“International Association of Air Travel Couriers”
(...�%��*�����*��I) que permite aos associados viajar com
as passagens aéreas internacionais mais baratas (até 75% de
desconto sobre o valor publicado, em certos casos). Em
contrapartida, o viajante leva documentos urgentes (“legítimos e
de empresas legítimas”, lê-se no website!) para empresas nos
destinos, podendo fazer o que bem entender após a entrega.
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Compra separada: o alojamento
Nesta fase sabemos então para onde vamos, em que companhia
e quando é o voo. Sabendo isso podemos passar aos hotéis. Na
net podemos encontrar os websites da maioria dos hotéis e o
processo é o mesmo. Temos que visitar os websites dos hotéis
que se localizam a uma distância razoável da zona para onde
vamos viajar e que têm sistemas de reservas on-line, seja no
website do hotel de destino especificamente ou no website da
cadeia a que pertence (e que geralmente centraliza os sistemas
de reservas). Sabendo as datas da viagem podemos consultar os
diversos websites para saber se há vagas e quanto custa a estada.
Atenção ás variações de preços last-minute que também aqui se
aplicam e são publicados nos
websites. No que diz respeito
aos websites de cada um dos
fornecedores de alojamento,
não há muito mais a dizer. No
entanto, com o surgimento de
novas tecnologias de pesquisa
e catalogação de conteúdos
surgiram também outros tipos
de websites que podem
ajudar-nos nesta fase de
selecção do hotel: os
chamados websites
agregadores. Os websites
agregadores, como por
exemplo, o Kayak
(...�I%J%I�*�2) ou o
FareChase
(www.farechase.com) são portais de recolha automática de
informação. Ou seja, recolhem informação da net sobre temas
específicos, neste caso o Turismo, e apresentam-na de forma
agregada ao utilizador. Pode dizer-se que são os Google’s do
Turismo (...�<��<"�*�2). Nestes sites podemos, entre
outras coisas, pesquisar hotéis na zona de destino que
pretendemos, saber logo o preço por noite, ver como está o
Websites agregadores. São
portais de recolha
automática de informação.
Recolhem informação da
net sobre temas
específicos, neste caso o
Turismo, e apresentam-na
de forma agregada ao
utilizador.
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tempo nessa zona e seguir o link para as reservas. Os já referidos
websites das agências, os consolidadores (nomeadamente os
especializados em alojamento como o LateRooms –
...�"%-���2+�*�2) e os sites do tipo “Name Your Price”
devem também ser consultados para efeitos de alojamento
porque têm também ofertas nesta área.
Mas por outro lado, se optarmos por tentar encontrar o pacote
de viagens perfeito para os nossos requisitos há outros websites
que podem ser ferramentas excelentes para esse efeito. Para
além disso, podemos não ter tempo para todas estas coisas e
querer saber logo que pacotes last-minute existem e ter tudo
incluído, optando assim por uma compra integrada.
Compra integrada: passagens e alojamento
Se queremos então tudo na rapidez e simplicidade de um pacote
predefinido então podemos e devemos dar uma olhada aos
pacotes oferecidos nos websites próprios das agências de
viagens tradicionais ou nos portais de viagens (as agências de
viagens on-line). Paralelamente, devemos dar uma olhada aos já
referidos websites de consolidadores (portais de viagens,
websites de leilões, websites “Name Your Price”…). Para além
dos outros exemplos já referidos, outros muito conhecidos
portais de viagens last-minute são o LastMinute
(...�"%+-2��-�*�2), o Site59 (...�+�-���*�2) e o
Travelocity (www.travelocity.com). Os sites agregadores
(Kayak, Mobissimo, FareChase, TravelZoo, …) podem também
ajudar a identificar pacotes last-minute rapidamente e de uma
forma mais abrangente. Não custa nada dar uma olhada
também a websites de certa forma invulgares como o
AirToursCancellations
(�--,:NN...�%��-��+*%�*""%-���+�*��IN) que apresenta
pacotes last-minute que foram cancelados e estão assim à venda
ainda mais baratos.
Como dá para perceber, a realidade de ferramentas on-line na
área do Turismo (e focando só nas passagens e alojamento de
uma forma superficial) é complexa e cheia de variações e
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sobreposição de funções. No meio disto tudo continua ainda o
agente de viagens como detentor de experiência e meio de
ligação entre viajantes e fornecedores. Existem muitas
ferramentas on-line que aparentam substituir completamente o
factor humano mas a realidade é que o agente de viagens
continua com uma posição forte no processo, principalmente no
que diz respeito à transferência de conhecimentos, opiniões e
acima de tudo como garante do processo. A tecnologia está
longe de ser uma alternativa real aos humanos e vai existir
sempre uma relação próxima entre o especialista da área e as
ferramentas on-line. Sendo assim, o uso destes websites deve ser
complementar ao serviço prestado pelo agente de viagens, por
muitos motivos mas também porque ainda há muitas
oportunidades last-minute que não são do conhecimento
público. Os fornecedores apresentam muitas oportunidades
apenas aos canais de distribuição tradicionais. As agências
(algumas pelo menos) têm acesso a sistemas informáticos
proprietários agregadores denominados GDS (Global
Distribution Systems) como por exemplo o Galileo
(�--,:NN...�*�3%�--3+�*�2N<%"�"�N), Sabre
(�--,:NN...�+%4����"3��<+�*�2N), Amadeus
(�--,:NN...�%2%3+�*�2N ) ou WorldSpan
(�--,:NN...�.��"3+,%��*�2N) onde podem eventualmente
arranjar pacotes last-minute ou outros serviços a preços
melhores do que nos websites de que temos vindo a falar. É
assim de considerar também a possibilidade de que a melhor
oportunidade last-minute seja a do agente de viagens, pelo que
deve ser sempre consultado antes de se tomar decisões.
O viajante e as oportunidades last-minute
Tudo isto soa realmente muito bem, mas se está a planear
alguma viagem para breve, não corra já para o seu computador
para ver que oportunidades existem para si. É que há algumas
coisas adicionais que deve saber sobre o fenómeno dos pacotes
de viagens last-minute. Para o viajante, as oportunidades last-
minute podem assumir facetas diferentes, umas tremendamente
positivas, outras com impactos nem sempre tão bons como se
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possa pensar e convém por isso saber-se à partida com o que se
pode contar.
As oportunidades last-minute são, de uma maneira geral, uma
excelente forma de viajar, principalmente quando o orçamento
disponível não é o nosso ponto forte. Se gostamos de viajar, se
temos um certo sentido de aventura, não somos muito exigentes,
não temos como critério rígido um determinado destino ou
parâmetros temporais demasiado apertados, então estas
oportunidades são mesmo de considerar. Efectivamente são
mesmo um maná de possibilidades para fins-de-semana de
descanso ou romance, férias de curta duração, viagens de
comemoração de aniversários, enfim, a imaginação é o limite.
Estas viagens, apesar do conceito não ter muito a ver com a
Física nem com a série StarTrek, são muitas vezes denominadas
de “viagens espontâneas”, expressão que de certa forma ilustra
com alguma acuidade a natureza deste tipo de viagens e de
viajantes. E esta nova moda (?), que ameaça estar cá para ficar,
dinamizou não só o viajante e a sua postura para com os seus
tempos livres mas também o próprio negócio do Turismo como
um todo, que agora apresenta uma quantidade espantosa de
pacotes de viagens de fim-de-semana (e não só!) para destinos
inusitados e a preços igualmente surpreendentes. Pacotes de
viagens para aniversários, luas-de-mel, bodas e casamentos
entraram decididamente no leque de serviços que nos é
apresentado e podem ser encontrados em qualquer website de
viagens e Turismo e claro, no seu agente de viagens. O slogan do
website Site59.com, um dos mais conhecidos consolidadores
americanos na Internet (grupo Travelocity), é de certa forma
representativo desta nova atitude para com as viagens: “A travel
site for spontaneous souls based on mood”.
Mas há que ter em consciência que as noções românticas de
viagens, locais exuberantes, pessoas interessantes e destinos
exóticos que estes pacotes evocam podem esvanecer-se com uma
velocidade espantosa quando as duras realidades em que nos
podemos envolver ao embarcar neste tipo de viagens nos
acordam abruptamente. Como em qualquer tipo de viagem, nem
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sempre as coisas correm bem. E quando optamos por pacotes
last-minute, como em tudo na vida, temos que estar
mentalmente preparados para a eventualidade de alguma
contrariedade surgir. Daí que informarmo-nos previamente
pode evitar dissabores e aborrecimentos.
Para começar, há a questão da dinâmica fluida e volátil deste
tipo de oportunidades. Umas vezes conseguimos apanhar uma,
no meio de muitas, outras vezes não as há (ou pelo menos, não
com os nossos critérios mínimos). Outras vezes esperámos
demasiado e as nossas “pechinchas” foram aproveitadas por
outros. Portanto, se da nossa partida ou chegada depende
qualquer coisa mais importante do que a nossa paciência, mais
vale reservar com antecedência e não arriscar. As viagens de
negócios ou, por qualquer motivo, de responsabilidade
acrescida, não devem depender de oportunidades last-minute.
Quando de facto conseguimos localizar alternativas ao nosso
gosto (pelo menos aparentemente!) convém estar atento para o
facto de que muitas vezes os pacotes last-minute são uma
composição dos factores mais fracos e de menor qualidade de
outros pacotes mais caros. Por exemplo, podem ser compostos
de passagens aéreas que, apesar de baratas, nos vão sujeitar aos
mais desconfortáveis lugares do avião (os que não foram
vendidos!), o que pode seriamente prejudicar o espírito bem-
disposto e aventureiro com que se iniciaram os planos,
principalmente quando se trata de viagens de alguma duração.
No que diz respeito aos custos convém também ter a certeza que
não existem outras despesas escondidas por trás daquilo que
parece uma grande “pechincha”. Por exemplo, o pacote pode ser
muito barato porque inclui uma estada no pior hotel da cidade
ou naquele que mais longe das zonas interessantes fica. Pode até
dar-se o caso de o hotel ser aceitável mas estar reservado o pior
quarto do hotel, juntinho à piscina das crianças ou partilhando
paredes com a discoteca. E claro, depois de lá chegar e se
aperceber que o cenário não corresponde ás suas expectativas,
fazer um upgrade ou mudar para outro hotel pode ser um
problema sério de custos.
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Para além disso, a não ser no caso de querer ficar para sempre,
convém ter a noção de quanto custa a viagem de regresso
porque pode eventualmente não estar incluída e ser cara. Ainda
relativamente a custos, convém saber no momento de
adquirirmos o pacote se de facto vamos usá-lo. É que na maioria
dos casos, os pacotes last-minute não são reembolsáveis. E para
o caso de tudo correr bem e no fim querer ficar mais uns dias,
informe-se previamente do custo de extensão da estada. Tendo-
se informado minimamente, podemos eliminar logo à partida
alguns dos potenciais problemas e aborrecimentos.
De uma maneira geral, há alguns
princípios/regras/dicas/truques (o que lhe quiserem chamar) a
considerar quando pretendemos viajar dentro do âmbito last-
minute, para que o façamos informadamente e com o melhor
negócio possível:
� Subscreva as mailing-lists e newsletters dos
operadores de Turismo. Apesar de corrermos o
risco de ser assoberbados de propostas de
viagens, receber regularmente as novidades
destes websites por correio electrónico é sempre
uma maneira cómoda de sabermos as
oportunidades que existem e os negócios que se
podem arranjar. Para além disso há alguns
websites em que por fazermos parte dos
subscritores, temos automaticamente direito a
uma percentagem de desconto.
� Seja exaustivo. Não se deixe encantar pela
primeira oferta last-minute que encontrar. Seja
perseverante e pesquise em várias fontes. Fale
com o seu agente de viagens e apresente-lhe o
que já descobriu. Há muitos negócios last-minute
que só o seu agente poderá apresentar-lhe. De
uma maneira geral, tenha a certeza de que tudo
está claro, para que não surjam surpresas e
custos inesperados. Já agora, verifique se não terá
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por acaso direito a condições especiais como por
exemplo descontos de viajante regular (“frequent
flyer miles”) ou descontos especiais para crianças
ou idosos. Saber também se existem descontos
para viagens de família ou em grupo.
� Seja flexível. Evite períodos de férias e feriados
sempre que possível. Há muito mais procura
nesses períodos, o que aumenta a volatilidade
das ofertas last-minute e diminui a probabilidade
de se encontrarem bons preços. Se possível, tente
marcar viagens no meio da semana porque os
voos vão menos cheios e há maior probabilidade
de se conseguirem bons descontos.
� Informe-se. Leia os websites de informação de
Turismo e todas as publicações que conseguir,
nomeadamente aquelas da sua zona porque vão
ter informações de última hora que lhe podem
ser úteis. Os consolidadores publicam muitas
oportunidades last-minute nas secções de
Turismo dos jornais locais. Convém sempre
consultar também toda a informação sobre a
zona para onde pretende viajar, pode poupar-lhe
muito trabalho e aborrecimentos assim como
tornar a sua estada mais interessante.
� Ponha os websites a trabalhar para si. Use os
sistemas de pesquisa nos websites agregadores
para tentar reunir informação mais rápido.
Pesquise as ofertas dos websites que lhe
permitem definir um limite máximo de preço
(“name your price”) e se possível, defina na sua
conta pessoal que deve ser contactado por
correio electrónico logo que apareça uma
proposta. Em todos os websites que o permitam,
defina alertas para pacotes que lhe interessem
para que os websites o contactem por correio
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electrónico assim que os preços last-minute
atingirem os seus parâmetros de orçamento.
� Regateie e negoceie. Peça sempre um desconto
ou melhores condições, mesmo que seja via
website. Fale com o seu agente de viagens e veja
se ele consegue um negócio melhor, mostrando-
lhe o que já conseguiu na net. Se não conseguir
melhor preço pode pelo menos ser-lhe oferecido
algum extra que valha a pena, melhores lugares
no avião, um upgrade de quarto, aluguer de
viatura mais barato, etc.
� Se é flexível no que pretende, reserve o mais
tarde possível. Quando procurar um negócio
last-minute, vá vendo as ofertas que mais lhe
interessam e esteja atento ao preço. Conforme o
tempo vai avançando essas ofertas vão mudando
de preço e podem baixar significativamente. No
entanto, esteja atento porque depois de uma
baixa significativa de preços, as ofertas são
arrebatadas com muita rapidez e pode perder a
sua oportunidade. Por outro lado, as ofertas
podem ser arrebatadas por outros antes de
realmente baixarem de preço. Esteja portanto
atento à disponibilidade de lugares e à tendência
das vendas.
� Se tem alguma ideia fixa quanto ao destino ou
hotel, reserve o mais cedo possível. No caso de
estar determinado a ir para um sítio específico,
saiba que alguns dos melhores negócios se obtêm
reservando cedo. As reservas com antecedência
têm por vezes descontos substanciais e são muito
mais seguras quando se quer ir para um sítio
determinado ou numa altura determinada.
� Saiba que mais barato nem sempre significa
melhor. Poupar em tudo pode custar-lhe
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conforto e comodidade. Avalie exactamente
aquilo onde é seguro poupar porque o sucesso da
sua viagem pode depender disso.
1.4 O acesso eficiente a informação
É facilmente perceptível que
todos estes novos
mecanismos de interacção
entre viajantes e fornecedores
de serviços de Turismo
trabalham sobre um elemento
básico comum: a informação.
O conceito de informação é
bastante difícil de definir,
registando-se curiosamente
que muitos dicionários não
têm sequer uma definição.
Outros apresentam várias
possíveis. Não parece haver,
portanto, consenso sobre qual
será a definição mais
completa ou absoluta ou
mesmo se há uma. No
entanto, podemos dizer que,
de uma maneira geral e sem
qualquer pretensão de
acuidade científica, o conceito
de informação tem a ver com
criação, difusão e recolha de
dados. Estes, quando tratados
e analisados à luz de
determinados parâmetros
convertem-se numa ferramenta útil para resolver problemas ou
entender situações: a informação. A informação é, em última
análise, uma ferramenta e, hoje em dia e cada vez mais, também
uma mercadoria: usa-se, compra-se, vende-se, armazena-se, tem
validade, tem valor, adquire-se, transmite-se, protege-se,
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enfim… Não é por acaso que expressões como “auto-estrada da
informação”, “sistemas de informação” ou “tecnologias de
informação” existem, sendo familiares mesmo para quem não
faz ideia do que essas expressões significam. E no Turismo a
informação (nas suas vertentes de acuidade, relevância,
actualidade e rapidez de divulgação/obtenção) é mesmo uma
das pedras basilares do negócio. Os viajantes precisam de
recolher informação sobre os serviços e fornecedores de Turismo
que existem e estes necessitam divulgar o máximo de
informação possível sobre os serviços que prestam. E isto da
forma mais rápida e eficiente possível. É do foro do senso
comum e portanto não será novidade para ninguém que, num
mundo de mudanças rápidas, quem conseguir dominar o
desafio da informação terá mais e melhores oportunidades de
atingir os seus objectivos. E isto não só do ponto de vista do
fornecedor que necessita vender os seus produtos mas também
do lado do viajante que necessita saber quais são os produtos
que existem e que melhor se ajustam ás suas necessidades e
orçamento.
Este fluxo que é, então, a informação de Turismo é suportado
hoje em dia quase exclusivamente por tecnologia, já que esta é a
única forma viável de responder convenientemente aos
requisitos do cliente e de lhe providenciar toda a informação
relevante o mais rápido possível. Se cada vez que sistemas de
gestão como o “yield management / return management”
exigem um ajuste de preços nos produtos/serviços tivéssemos
que mandar a tipografia fazer novas brochuras ou tivéssemos
que passar a tarde a enviar faxes para os nossos parceiros e
clientes a informar das alterações… bem, escusado será dizer
que o cenário seria muito diferente e muito do que se faz hoje
em dia não seria possível. Sendo assim, é claro que também o
“yield management” não existiria sequer se não fossem as
possibilidades que a tecnologia oferece hoje em dia. A tecnologia
é o factor que suporta operacionalmente o negócio e influencia-o
fortemente não só porque permite agilizar e optimizar recursos e
processos mas também porque simplesmente permite que se
façam as mesmas coisas de novas e mais eficientes maneiras. Por
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outro lado, essas novas possibilidades são de tal forma
aproveitadas e exploradas, no sentido de se atingirem níveis de
serviço superiores e vantagens competitivas, que a própria
tecnologia é forçada a mudar para responder aos requisitos.
Estamos portanto a falar de um ciclo infinito de influência
mútua entre a tecnologia e o negócio. Na realidade, hoje em dia
quase não faz sentido tentar distingui-los. A tecnologia faz parte
inequívoca e integrante da grande maioria dos negócios e o do
Turismo será mesmo um caso digno de análise. O conceito de
tecnologia no Turismo está também fortemente relacionado com
o novo perfil do consumidor de serviços e produtos de Turismo,
que não é agora, o que sempre tinha sido. Não sabemos
exactamente se terão sido as evoluções tecnológicas que
permitiram ou provocaram uma mudança nesse perfil ou se terá
sido uma nova postura por parte do consumidor a exigir
mudanças tecnológicas para permitir satisfazer requisitos mais
exigentes. Para o efeito, também não será muito relevante. O
facto permanece no entanto o mesmo: o novo consumidor de
Turismo é cada vez mais um ávido consumidor e utilizador de
tecnologia. E esse utilizador está hoje inserido, como alguém
disse, numa “nova ordem económica internacional” e num
“novo paradigma civilizacional” marcados e dominados por
uma forte necessidade de
mobilidade e conectividade.
Para lançarmos um olhar
breve sobre a maneira como
as pessoas, especificamente os
viajantes, acedem e usam a
informação que os
fornecedores disponibilizam,
talvez seja melhor dividir este
assunto em 3 áreas
fundamentais:
� a) Que equipamentos
são mais usados para
aceder à informação
A Internet obviamente já
teve o seu impacto na
indústria aérea e os
equipamentos portáteis
estão a tornar-se parte
integrante do processo de
reserva e aquisição de
viagens.
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de Turismo?
� b) Que tipos de conexões à net são utilizados a
partir desses equipamentos?
� c) Que tipos de interfaces nos são
disponibilizados pelos fornecedores da
informação para que a possamos usar?
Equipamentos terminais
De uma forma geral, a Internet é o nome pelo qual agrupamos
todo um conjunto de serviços, como o correio electrónico e os
websites (a web, propriamente dita). Para além destes há uma
grande quantidade de outros que podem ou não ser de
utilização comum para os diversos cibernautas. Até há uns anos
atrás, a Internet tinha uma abrangência própria e estava por
assim dizer numa situação ou estatuto mais ou menos estanque
e destacado, tal como muitas outras coisas na nossa vida. Cada
uso tinha o seu equipamento e um sítio associado para se
efectuar. Mas então, o que aconteceu? Como é que chegámos
dessa situação até ao aparente caos actual em que se pode aceder
a serviços da net a partir da aparelhagem, ver a nossa posição
GPS usando o rádio do carro, fazer chamadas telefónicas do PC,
aceder a websites pela televisão, ver televisão no relógio de
pulso e receber emails nas nossas agendas electrónicas? Pois é,
quando hoje queremos comprar um telefone, não basta saber se
queremos um telefone fixo ou móvel, temos que saber também
se é mesmo um telefone que queremos. É que hoje em dia não
basta dizer que determinado equipamento permite efectuar
chamadas telefónicas para que imediatamente se assuma que
estamos falar realmente de um telefone. Pode ser um PDA, pode
ser um Smartphone, pode ser um PC, qualquer um deles faz
chamadas telefónicas para além de todas as coisas adicionais que
cada um deles faz além disso.
Sendo assim, a nossa pequena mas determinada afirmação de
domínio e confiança “pelo menos o PC eu domino!” parece de
alguma forma ter perdido algum do seu impacto e acutilância. O
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facto é que as indústrias da informação, das comunicações e do
entretenimento sofreram elas próprias severos e radicais
processos de mudança nos últimos anos, tentando acompanhar
as necessidades de um consumidor com um ritmo de vida e
trabalho rápidos e de grande exigência. Nós queremos receber o
nosso email em qualquer lado, queremos aceder à internet em
qualquer lado, queremos aproveitar melhor o nosso tempo,
queremos comprar coisas sem ir às lojas, queremos ouvir música
em qualquer altura e em qualquer lado, queremos estar
contactáveis sempre e, acima de tudo, não queremos transportar
equipamentos específicos de cada uma destas coisas!!! E quando
há clientes que querem, logo há indústrias que fazem. E é o que
tem vindo a acontecer nestas indústrias ao longo dos últimos
anos, num processo cuja tendência é actualmente apelidada “de
convergência”. Evidentemente o nome deriva do facto de cada
vez mais se concentrarem muitas funções num mesmo aparelho.
Daí que não é de admirar que quando se vai a um qualquer
estabelecimento, nomeadamente grandes superfícies, a secção de
electrónica de consumo seja hoje em dia bastante mais destacada
do que alguma vez o foi e a quantidade de engenhocas com que
nos tentam aliciar é espantosa. Temos todos os tipos de
equipamentos electrónicos multi-funcionais possíveis e
imagináveis, que combinam, uns melhor do que outros, o
trabalho com o entretenimento, as comunicações com as
aplicações de escritório, etc. Para além de termos disponíveis
estes equipamentos que integram cada um a sua própria
combinação de funções, podemos hoje em dia nós próprios optar
por separar essas funções em vários equipamentos, mantendo
sempre a comunicação entre eles, para, por exemplo,
sincronização de agendas. E quando falamos de comunicação
não estamos a falar de existirem cabos para os interligar mas sim
de comunicações sem fios (“wireless”) por Wi-Fi, BlueTooth ou
infravermelhos (este último em vias de se tornar obsoleto). Não
há assim qualquer distinção entre estes equipamentos no que diz
respeito ao seu propósito: destinam-se de uma forma geral ao
uso diário, seja entretenimento ou trabalho. Temos telemóveis,
câmaras digitais, computadores portáteis, PDAs e PocketPCs,
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leitores de MP3, combinações disto tudo, enfim, um mundo de
engenhocas.
Se estão a pensar “Mas o que é que isto tem a ver com o negócio
do Turismo?” então será melhor prestar mais atenção. É que a
tendência é mesmo todos estarmos ligados à net, sempre a partir
dos mais variados equipamentos. Com tamanha comodidade de
acesso à informação, a net está a tornar-se inevitavelmente o
primeiro e às vezes último
lugar onde os potenciais
viajantes vão procurar
informação. Sendo assim, os
negócios de Turismo que não
estiverem solidamente
estabelecidos na net (em
exclusivo ou de forma
complementar) estarão
certamente a assumir desde
logo uma posição de
desvantagem e a passar para
segundo plano relativamente
aos seus potenciais clientes. E
não é só o mercado do
Turismo que está a passar por
esta situação. Muitos outros,
como o mercado imobiliário, o mercado automóvel, etc., já
sentiram a pressão da concorrência on-line e a necessidade
imperativa de aí estar presente, onde os potenciais clientes agora
estão. No fundo, trata-se mesmo de uma questão simples de
estar onde os clientes estão. Se os viajantes recorrem à net como
principal fonte de informação e mesmo para a própria aquisição
de serviços então será conveniente saber como estes acedem à
Internet, porque o fazem, como interagir com eles e como
maximizar a exposição a estes. Acima de tudo, estar presente
activamente na Internet. Se o cliente prefere a Internet para
recolha de informação e vai gastar o seu dinheiro em quem lá
estiver então a Internet não pode ser descurada como canal de
distribuição por nenhum fornecedor. Daí que entender, ainda
No acesso à informação a
net está a tornar-se
inevitavelmente o primeiro e
às vezes último lugar onde
os potenciais viajantes vão
procurar informação. É
então conveniente saber
como os viajantes se ligam
à net �
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que superficialmente, os factores que possibilitam ao cliente
estar on-line e de facto preferir este meio a qualquer outro, é um
primeiro passo para ajustar estratégias de negócio a esta nova
situação.
Sendo assim, para os não muito familiarizados com todas estas
novas engenhocas, vamos fazer uma pequena passagem por
algumas delas e suas características, apenas para transmitir uma
visão geral da quantidade de alternativas de que o viajante
dispõe hoje em dia para chegar às fontes de informação de
Turismo (e não só).
PDA’s (Personal Digital Assistants ou PocketPC’s)
Os PDAs começaram, nos primórdios da tecnologia (leia-se, há
poucos anos atrás!) por serem pouco mais do que calculadoras
glorificadas com algumas funções adicionais. Como em tudo,
foram-se acrescentando tantas funções adicionais que se
converteu na versão electrónica da agenda tradicional e em 1996
foi lançado aquele que pode realmente ser chamado o primeiro
PDA (por alusão ao cargo humano de assistente): o PalmPilot.
Neste momento, um PDA é uma versão (muito!) reduzida de um
computador, onde podemos ter a funcionar software mais ou
menos equivalente ao que temos no nosso PC. Por exemplo,
podemos ter software de edição de documentos, agendas de
contactos, calculadora, folhas de cálculo, leitores de formatos
multimédia (áudio e vídeo), etc. Paralelamente, com os
acessórios necessários ou em parceria com outros equipamentos
(telemóvel, por exemplo) podemos aceder à Internet, enviar e
receber email, ver a nossa localização por GPS, fazer chamadas
telefónicas, vídeo-conferências, etc. Este equipamento é uma
plataforma para instalação de software e alguns acessórios de
hardware que pode operacionalizar muitas funções. O princípio
é muito semelhante ao do PC normal, onde existe um sistema
operativo que pode servir de base a outras aplicações. Claro que
o sistema operativo nos PDA’s é uma versão reduzida e as
capacidades do equipamento são também muito mais limitadas
do que um PC. Não é de todo pretendido substituir o
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computador mas sim servir de alternativa rápida para situações
onde não dispomos (ou não necessitamos) de outros recursos. A
sua capacidade de instalação de novas aplicações, acoplagem de
periféricos e a possibilidade de uso dos protocolos de
comunicações locais mais recentes (BlueTooth, por exemplo) dá-
lhe bastante potencial de estabelecimento de parcerias
funcionais com outros equipamentos que disponham dos
mesmos protocolos.
Há, de uma maneira geral, dois tipos de PDA’s, os “hand-held”
e os “palm-sized”. Estes diferem basicamente no tamanho,
sendo o segundo um pouco maior e geralmente com um teclado
(miniatura) real (por oposição ao virtual, que existe apenas no
ecrã do PDA).
No meu caso específico, a minha ferramenta de trabalho diário,
passando a publicidade, é um portátil Toshiba Satellite Pro mas
adquiri há algum tempo um PDA Asus MyPal A620BT que
comunica com o portátil por BlueTooth. O sistema operativo do
PDA é o Windows PocketPC 2003, o que significa que disponho
das aplicações do pacote Microsoft Office (em versão PocketPC,
claro). Isso permite que tenha no meu PDA cópias sincronizadas
de documentos do Word e Excel, que uso e altero todos os dias
no meu portátil. Também o correio electrónico do Outlook do
portátil e toda a sua informação (mensagens, tarefas, contactos,
etc.) é sincronizado, bi-direccionalmente, com o PDA. Na prática
este poupa-me muito tempo em algumas tarefas rotineiras, como
verificação de servidores, troca de emails, envio de propostas
comerciais de última hora, preparação das tarefas do dia
seguinte, etc. Isto sem ter que ir ao escritório e mesmo sem
necessidade de ter o portátil ligado. No meu caso específico, o
portátil, o PDA e o telemóvel (Sony Ericsson T610) comunicam
continuamente por BlueTooth, sincronizando todas as
informações que eu desejar e que o equipamento permita. Por
exemplo, os contactos que tenho no Outlook do portátil
propagam-se bi-direccionalmente entre os 3 aparelhos.
Adicionalmente, com aparelhos como os PDAs e dispondo dos
mais recentes protocolos de comunicações locais (como o
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BlueTooth) podem-se estabelecer parcerias funcionais entre
parte dos equipamentos de que dispomos (ou seja, estabelecem-
se parcerias específicas entre equipamentos, não precisam todos
de prestar os mesmos serviços). Por exemplo, no meu caso como
não preciso de enviar SMS’s pelo portátil e não gosto
particularmente de enviar pelo telemóvel, decidi adquirir uma
aplicação adicional para o PDA que me permite enviar SMS’s
muito mais confortavelmente, com base numa lista de
destinatários seleccionados a partir da agenda do Outlook e
usando para envio uma parceria estabelecida com o telemóvel.
Ou seja, o meu SMS é escrito no PDA (através de um interface
muito mais user-friendly do que no telemóvel), os destinatários
são seleccionados da lista do Outlook e o envio é efectuado pelo
telemóvel. Paralelamente, todos os SMS’s que chegam ao
telemóvel são imediatamente sincronizados para o PDA,
podendo ser lidos e geridos aí. Uma alternativa a esta parceria
com o telemóvel seria adquirir, por exemplo, uma placa GSM
para o PDA, o que equivaleria a dizer que o telemóvel tinha sido
incorporado no PDA. Estes são apenas exemplos dos cenários
que cada utilizador pode implementar quando tenta ajustar a
utilização dos PDA’s à sua situação específica. Tendo o
telemóvel e o PDA à mão, posso aceder à net em qualquer sítio
(desde que o telemóvel tenha sinal, isto é!) o que me permite
também estar em movimento e ainda assim tratar de algum
assunto que seja necessário.
Os PDAs são um dos aparelhos de electrónica de consumo que
mais se vendeu e vende de toda a história do equipamento
electrónico. Há no entanto quem afirme que os PDA’s são
apenas uma transição e que como tal, são uma tecnologia já
morta. O futuro, dizem, está agora nos SmartPhones.
SmartPhones
Os SmartPhones desenvolveram-se mais ou menos da mesma
forma que os PDA’s mas a partir de uma base forte nas
comunicações de voz. Ou seja, os SmartPhones possuem todas
as características de um telemóvel mas potenciadas pela
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capacidade de gestão de informação dos PDA’s. Há quem
defenda a ideia de que os SmartPhones são os dignos sucessores
dos PDA’s e que superarão em muito as suas taxas de
penetração de mercado, tendo em conta que conseguem oferecer
as mais-valias destes a um público que já utiliza constantemente
os telemóveis pelo que não são adversos à ideia de ter um muito
mais poderoso. Aliás, estudos efectuados a esse nível indicam
que aparentemente e cada vez mais o mercado dos SmartPhones
está a entrar em colisão com o mercado dos PDA’s. Lentamente
vai-se configurando um cenário de transição a favor dos
primeiros, apesar de também se notar uma reestruturação do
conceito dos PDA’s no sentido de se concentrarem mais nas
características dos SmartPhones, o que indica que
eventualmente o processo vai terminar em produtos muito
semelhantes. Entretanto, empresas como a Sony já abandonaram
o mercado dos PDA’s e outras, como a Hewlett-Packard e a
Palm estão empenhadas em dotar os seus PDAs de
características Smartphone. A grande força destes é
evidentemente a integração física, ou seja, um nível ainda maior
de convergência que parece agradar à maioria das pessoas, já
que estas não gostam de andar carregadas. Tendo alternativa,
ninguém quer andar com o PDA num bolso e o telemóvel
noutro. No entanto, o grande argumento contrário é o facto de
que os SmartPhones são maiores e mais pesados do que
qualquer telemóvel, que chegam de facto a ser bastante
pequenos. Os números mostram no entanto que a tendência é
clara, os SmartPhones são o futuro (o que em assuntos
tecnológicos se deve ler: “até coisa melhor aparecer e pode ser já
amanhã”).
GPS (Global Positioning System) e IVIS (In-Vehicle
Information Systems)
A ideia de que cada vez mais estamos a caminhar para um
cenário de comunicação total, em que podemos aceder à Internet
e restantes serviços em qualquer lado e a qualquer altura, é
agora corroborada pelo facto de que a própria indústria
automóvel está a incorporar fortemente especialidades de outras
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áreas, nomeadamente a informática, as comunicações e o
entretenimento. Isto significa que cada vez mais o automóvel se
torna uma extensão de nossa casa e/ou do nosso escritório, onde
podemos continuar a usufruir de todas as comodidades e
funcionalidades de comunicação. A indústria automóvel tenta
incorporar tecnologias de outras áreas, explorando as suas mais-
valias próprias mas também as possibilidades que estas trazem
para funções internas dos automóveis.
Nesta área, podemos começar por registar que os PDA’s e
SmartPhones têm disponíveis para aquisição kits para
montagem de suportes em automóvel. Instalando um PDA ou
um SmartPhone num automóvel, podemos não só utilizar as
funções usuais destes equipamentos (receber email, consultar
documentos, aceder à Internet, etc.), como também aproveitar
possibilidades directamente relacionadas com o automóvel e sua
função. Nesse sentido existem soluções de hardware/software
dedicadas ás necessidades e requisitos específicos de quem se
desloca (ou mesmo viaja) de automóvel. Sendo este obviamente
conotado com a ideia de deslocações e viagens, foram, por
exemplo, desenvolvidas soluções de GPS especificamente
destinadas a PDA’s e SmartPhones, que funcionam com
tecnologia de comunicação local BlueTooth e que nos dão a
possibilidade de vermos constantemente actualizada a nossa
localização num mapa, com bastante precisão. Podemos definir e
seguir uma rota, tendo sempre o PDA a indicar-nos a direcção a
seguir (visualmente ou mesmo por voz). Ao longo do caminho
podemos verificar o trânsito e efectuar alterações à rota
estabelecida, podemos localizar o restaurante mais próximo, etc.
Estes sistemas de GPS podem usar informação localmente
armazenada ou então consultar a Internet para actualizações de
sistema (mapas, vozes, etc.). O sistema pode inclusivamente
consultar (em tempo real na Internet ou localmente) bases de
dados como a ViaMichelin (ww.viamichelin.com) que indicam
informações como os melhores restaurantes no nosso caminho,
sugerem monumentos a visitar, indicam rotas de menor trânsito,
sugerem rotas de interesse natural, sítios onde podemos parar o
automóvel para descansar ou dormir (parques de
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estacionamento) ou hotéis para passar a noite. Num nível ainda
superior de integração no automóvel, há ainda disponíveis no
mercado sistemas GPS especificamente concebidos para
instalação em automóveis e que já vêm de série em muitos
modelos.
Com as diversas parcerias estabelecidas entre fabricantes de
automóveis e especialistas de outras áreas surgem todos os dias
novos produtos para aplicação em automóveis, podendo mesmo
serem todos controlados centralmente por uma rede local (LAN)
de computadores. Empresas como a CarTFT (www.cartft.com)
ou a KarPC (www.karpc.com) já comercializam sistemas
informáticos especialmente concebidos para aplicação em
automóveis e que gerem muitas novas funcionalidades nestes,
das comunicações áudio e vídeo até aos jogos on-line, internet e
muito mais.
iTV (TV Interactiva)
A TV Interactiva tem gradualmente vindo a tornar-se uma noção
que nos é cada vez mais familiar. Desde há muito tempo que a
televisão assumiu o seu lugar no nosso dia-a-dia e está
certamente presente na esmagadora maioria dos nossos lares,
consumindo todos os dias algumas horas do nosso tempo e do
da nossa família. De há uns anos para cá, os fornecedores de
serviços e nomeadamente as grandes cadeias de televisão têm
vindo a despender enormes quantias na investigação e testes de
um sistema bidireccional que permita muito maior
interactividade entre os divulgadores da informação e os seus
receptores, ou seja, os telespectadores. Tendo havido já várias
incursões pela implementação prática destes sistemas, não tem
havido muito sucesso. Actualmente no entanto a situação
tecnológica e a predisposição das pessoas relativamente à
tecnologia parecem, segundo especialistas da área, augurar
mudanças neste ramo, onde se continua a investir fortemente.
Estudos indicam que a utilização do computador pessoal em
casa se tem localizado na mesma divisão em que geralmente
também se encontra a televisão. Ou seja, muitos lares
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apresentam na sala tanto a televisão como o computador, o que
parece indicar que a convergência entre estes dois equipamentos
num outro que consiga de alguma forma concentrar as suas
funcionalidades pode ser uma realidade bem sucedida em
breve. Já existem testes práticos bem sucedidos no que diz
respeito a programas interactivos, nomeadamente a nível de
jogos on-line e comércio electrónico em tempo real (no meio dos
programas tradicionais). As redes de televisão por cabo têm sido
instrumentais nos testes no terreno e são pioneiras na aplicação
das tecnologias a que agora damos o nome de iTV (Televisão
Interactiva). Empresas dedicadas à infra-estrutura tecnológica de
suporte à iTV e empresas dedicadas à geração de conteúdos
programáticos especificamente pensados para iTV têm surgido
em muitos países, potenciados e animados pelos casos de
sucesso registados em países como o Reino Unido, onde
iniciativas como a SkyDigital têm obtido resultados muito
animadores que têm motivado o constante investimento nesta
área.
De uma maneira geral, o utilizador de um sistema de iTV tem
agora possibilidades que em plataformas unidireccionais de
difusão de conteúdos, como a TV tradicional, não são possíveis.
Por exemplo, a possibilidade de ver transmitidos determinados
programas, a horas definidas pelo utilizador (transmissão on-
demand). Durante um qualquer programa, o utilizador vai
poder ler mais sobre um determinado tópico que esteja a ser
falado ou debatido. Vai poder participar activamente e em
tempo real nas discussões que estiverem a ter lugar num
qualquer programa que lhe interesse. Para além disso, a
plataforma de iTV vai disponibilizar diversos interfaces para
aplicações de todas as naturezas: home-banking, email,
navegação pela internet, vídeo-chamadas, formação on-line com
vídeo bidireccional, eCommerce, portais de serviços (como o
Turismo), etc. Tal como os outros meios de acesso interactivo a
informação de Turismo (e não só), este não deve ser descurado
como novo canal de distribuição que é, até porque inúmeros
especialistas como Graham Cook (thomascook.com) têm
previsto uma curva de aprendizagem muito menor na iTV do
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que em outras tecnologias. O potencial de penetração do iTV no
mercado do Turismo é grande e prevê-se que o impacto se note
rapidamente nos próximos anos. Empresas como a IAC
(...��%*�*�2), detentoras de subsidiárias como a Expedia
(...��,3�%�*�2) ou a TripAdvisor
(...�-��,%3��+���*�2), já se estão a posicionar também na
iTV com projectos como a TVTravelShop (especificamente
direccionada para utilizadores de iTV). O conhecido grupo
LastMinute (www.lastminute.com) também já investiu em
parcerias com a SkyActive para disponibilizar os seus conteúdos
via iTV.
Entretenimento
Também na área do entretenimento se nota a força do processo
tecnológico de convergência e a tendência para mesmo nesta
área estarmos em contacto constante com outras pessoas. A
indústria do entretenimento (nas suas diversas facetas: música,
cinema, jogos, etc.) tem mantido a sua vitalidade e gerado
volumes de facturação espantosos. Neste últimos anos, uma
quantidade impressionante de formatos de música e vídeo
surgiram, novos suportes físicos para esses formatos foram
lançados, surgiram novas e revolucionárias plataformas de jogos
com capacidades de inter conectividade acompanhadas de
novos jogos que exploram as suas capacidades e potencial. Se
bem que a ligação desta área ao ramo do Turismo seja um pouco
menos óbvia do que outras, não deixa de ser no entanto
importante registar a tendência já que de certa forma ilustra
também uma mudança de costumes e hábitos por parte de uma
geração que consome em grandes quantidades tudo o que fôr
tecnologia. Isto pode indicar assim que o futuro do negócio do
Turismo (como o de outros) passará por compreender e ajustar o
negócio a este novo tipo de utilizador, habituado a aceder
eficientemente a todo o tipo de informação.
Os amantes da música têm hoje em dia a possibilidade de
usufruírem da sua música preferida em qualquer lugar já que
devido ao aparecimento de formatos digitais altamente
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comprimidos e a inúmeros equipamentos electrónicos portáteis
de reprodução de áudio e vídeo, estes podem transportar
consigo horas e horas de música em topo de qualidade. Os
equipamentos de reprodução podem opcionalmente permitir o
acesso à Internet para que o utilizador possa adquirir mais
música dos seus produtores preferidos a qualquer altura.
Adicionalmente, o equipamento permite a disponibilização de
informação adicional sobre a faixa que se está a ouvir ou mesmo
sobre o grupo ou artista que se encontra a actuar, já que alguns
desses equipamentos podem aceder a bases de dados na net
para recolha de informação geral. Alguns equipamentos podem
até reproduzir formatos vídeo, pelo que permitem a visualização
por exemplo de concertos ou mesmo filmes, em qualquer lugar e
altura. De notar que o ponto forte deste equipamento portátil
não é só a capacidade de comunicação wireless, o tamanho e
peso reduzidos e a qualidade de reprodução. A isto temos que
adicionar a capacidade de armazenamento insuspeita que chega
em certos modelos aos 20GB.
Dentro da área do entretenimento temos também as consolas de
jogos que cada vez mais se afirmam como uma referência de
sucesso e com uma abrangência global que gera volumes de
facturação na ordem dos biliões de dólares. A indústria dos
jogos electrónicos tem também gradualmente adquirido uma
nova faceta comunitária em que os jogos, devido à constante
evolução das comunicações, se desenrolam em ambientes
virtuais dos quais fazem parte jogadores que estão on-line e
distribuídos geograficamente. O binómio jogador/computador
ou jogador/consola ganhou uma nova dimensão. O inimigo que
estamos a abater pode ser a personagem de um jogador que está
on-line no outro lado do planeta. A equipa com quem estamos a
disputar um jogo de futebol pode estar a ser gerida por uma
pessoa real, um outro jogador. Os jogos são agora desenvolvidos
para tirar proveito de características inovadoras e que permitem
colaboração. Existem jogos em que podemos reunir uma equipa
de jogadores reais para jogar contra outra equipa de jogadores
reais (ou contra uma equipa controlada por inteligência artificial
se assim o preferirmos). A ideia geral é que certos jogos
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passaram a ganhar uma dimensão planetária e um realismo
adicional, pelo facto de, apesar de a acção se desenrolar num
plano imaginário e assim virtual, os personagens poderem de
facto reflectir decisões de jogo tomadas por humanos, o que
torna as coisas um pouco mais interessantes. Os produtores de
plataformas lançaram novos equipamentos estes últimos anos
que visam reflectir os avanços tecnológicos informáticos e de
comunicações. Adicionalmente, estão a dotar estas plataformas
de capacidades que visam a sua integração fácil com outros
acessórios e muitas têm também a capacidade de lidar com os
mais recentes formatos áudio e vídeo, pelo que apresentam uma
dupla funcionalidade: a de consola de jogos e equipamento de
reprodução multimédia. Por outro lado os produtores dos
próprios jogos conceberam jogos inovadores, cada vez mais
realistas, que aproveitam ao máximo as possibilidades das novas
plataformas. Se antes existiam comunidades de jogadores, agora
que os personagens ganharam uma dimensão humana mais
acentuada, esse fenómeno passou também a uma nova fase,
existindo mesmo jogos, nomeadamente os de estilo RPG (role-
playing) em que se formaram autênticos clãs, que chegam a
exibir características que mimetizam as relações sociais reais, por
exemplo, a colaboração espontânea para defesa do território. Do
sucesso retumbante desta indústria podemos tirar também
algumas conclusões sobre o perfil de utilizador que se configura
para o futuro e que é de um ávido consumidor de tecnologia,
habituado a lidar com comunicações e que vai exigir o acesso
rápido e eficiente a tudo. De registar também que os principais
operadores por trás desta indústria vêm de campos diversos
(Sony, Microsoft, Nintendo, entre outros).
1.4 .1 T IP OS DE CON E XÕ ES (EM REDE LOCAL OU À IN TERNE T)
Agora que falámos sobre quais os equipamentos mais recentes
que podem permitir ao utilizador chegar à informação, podemos
falar um pouco sobre as diferentes tecnologias de comunicação
que permitem a esses equipamentos estabelecer conexões entre
si ou com servidores de acesso à net. Não é objectivo deste
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documento uma incursão exaustiva aos pormenores técnicos
destas conexões e sim apenas dar uma ideia geral da diversidade
de conexões que existem.
De facto, hoje em dia, existem fundamentalmente 4 tipos de
suportes para conexões em rede e/ou ligações à Internet:
� Linha telefónica (fixa e móvel);
� Wi-Fi (wireless);
� Ethernet;
� Cabo (cable modem).
Há no entanto que registar também a existência de outros menos
vulgares e usados em situações muito específicas, como:
� Rede eléctrica
� Bluetooth
� Infravermelhos
� HomePNA
É também de registar que as configurações de rede adoptadas
por cada empresa ou particular podem combinar os diversos
métodos de conexão, dependendo da situação e/ou orçamento
disponível.
Linha telefónica (fixa)
As ligações por linha
telefónica são muito comuns
hoje em dia e destinam-se,
geralmente, a interligar
computadores distantes ou a
interligar duas ou mais redes
locais distantes entre si. As
ligações por linha telefónica
são mais vulgares no campo
As ligações por linha
telefónica são mais vulgares
no campo das redes
distribuídas e, claro, no
estabelecimento de ligações
à Internet.
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das redes distribuídas e, claro, no estabelecimento de ligações à
Internet. As conexões via linha telefónica podem ter naturezas e
características diversas, apesar de serem via o mesmo meio
físico, a linha telefónica. Existem as conexões analógicas (já
obsoletas) e as conexões digitais (ISDN ou ADSL). As conexões
ISDN (Integrated Services Digital Network) (ou RDIS, em
português) referem-se à utilização em simultâneo da mesma
cablagem telefónica para chamadas tradicionais de voz e
conexões de dados. A velocidade de transferência superior e a
possibilidade de vários tipos de utilizações em simultâneo são o
que faz o ISDN diferente das mais antigas conexões analógicas.
Uma tecnologia mais recente e mais poderosa é o ADSL (ou
apenas DSL). O ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line) é
uma ligação de alta velocidade (também chamada por vezes
“broadband”) que utiliza a mesma linha telefónica que o ISDN,
a maneira como o faz é que a torna distinta. Uma ligação à
Internet por ADSL é muito mais rápida do que uma ligação
ISDN.
Em redes empresariais, é comum ver ligações ADSL a suportar o
acesso da rede local à Internet. Na realidade, apesar de o tráfego
de entrada e saída em ligações ADSL serem assimétricos (ou
seja, a velocidade de entrada de dados é diferente da de saída) e
de a eficácia de entrega de informação nestas ligações variar ao
longo do tempo e conforme a distância ao fornecedor do serviço,
há muitas empresas que possuem servidores (geralmente pouco
críticos) disponíveis permanentemente a partir da Internet. Ou
seja, a ligação ADSL suporta não só o acesso de dentro para fora
como também o contrário, permitindo por exemplo o alojamento
de conteúdos web (a qualidade é no entanto algo duvidosa e
inconstante).
Em utilizações de cariz particular via linha telefónica, as ligações
analógicas e ISDN estão a cair em desuso, em prol das ligações
ADSL, mais rápidas e menos intrusivas no uso da linha
telefónica.
ISDN (Integrated Services
Digital Network) (RDIS, em
português): conexões que
referem-se à utilização em
simultâneo da mesma cablagem
telefónica para chamadas
tradicionais de voz e conexões de
dados
ADSL (Asymmetric Digital
Subscriber Line): é uma ligação
de alta velocidade (também
chamada por vezes “broadband”)
que utiliza a mesma linha
telefónica que o ISDN,
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Em viagem podemos eventualmente necessitar de ligar à
Internet. Se dispusermos de um modem ISDN portátil (externo,
USB, por exemplo) ou uma placa ISDN (interna) podemos usar
para isso o nosso portátil (ou qualquer outro equipamento com
essa capacidade) em qualquer sítio em que tenhamos disponível
uma linha telefónica (e se tivermos uma conta de acesso global
no nosso fornecedor de acesso à net). Quanto a ligarmos via
ADSL a coisa complica-se um pouco porque não existem
modems internos ADSL e os externos não são portáteis. O ADSL
não é portanto um modo de conexão muito apropriado para
comunicações em viagem.
Linha telefónica (móvel)
Escusado será falarmos da penetração de mercado que os
telemóveis tiveram ao longo dos anos. Na realidade tornaram-se
uma ferramenta de uso diário para a grande maioria das
pessoas. Em cerca de 80% de todos os países com sistemas de
comunicação móveis, a tecnologia de comunicações standard é o
GSM (Global Standard for Mobile). Lado a lado com esta
tecnologia temos o GPRS (General Packet Radio Service) que não
é mais do que o protocolo responsável agora pelas comunicações
GSM de dados. Até ao aparecimento do GPRS, as ligações à
Internet via GSM eram muito lentas, apesar de funcionarem
perfeitamente. Não eram no entanto muito práticas para
utilizações intensivas ou de grande volume de tráfego. Com o
surgimento do GPRS, as velocidades de transferência subiram
dos 9kbps até aos 115kbps, que não sendo uma velocidade
espectacular quando comparadas com outras tecnologias,
representa no entanto uma ferramenta já muito útil para quem
viaja e não só. Não esquecer que a rede GSM cobre praticamente
o mundo inteiro e sendo assim, se temos sinal no telemóvel, há
uma alta probabilidade de podermos aceder à Internet. Ainda
mais recentemente foram desenvolvidos esforços no sentido de
conceber/definir um novo standard de comunicação baseado no
GSM e ao qual foi dado o nome de UMTS (Universal Mobile
Telecommunications System). O UMTS é o (ainda só proposto)
standard de terceira geração (3G) destinado à transmissão em
GSM (Global Standard for
Mobile): tecnologia de
comunicações standard para
comunicações móveis.
GPRS (General Packet Radio
Service): protocolo responsável
agora pelas comunicações GSM
de dados.
UMTS (Universal Mobile
Telecommunications System):
O ainda só proposto standard de
terceira geração (3G) destinado à
transmissão em alta velocidade
de texto, voz digital, vídeo e
multimédia.
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alta velocidade de texto, voz digital, vídeo e multimédia. A
velocidade máxima pode atingir uns espantosos 2Mbps. O
UMTS ainda não está disponível de forma global mas como está
a ser patrocinado e apoiado por muitos dos maiores operadores
de comunicações do mundo, o futuro passará por estar
disponível em qualquer lado. A partir desse momento, o
utilizador do telemóvel (ou do portátil, se tiver uma placa
UMTS) vai poder dispor dos mesmos serviços, a alta velocidade
em qualquer lado, sejam suportados por sistemas terrestres ou
via satélite. Os telemóveis passarão a ser completa e
definitivamente 3G, ao contrário dos actuais que ainda lidam
com os sistemas novos e antigos, por uma questão de
portabilidade e compatibilidade.
Este tipo de comunicações é vocacionado fundamentalmente
para as necessidades de quem está em movimento, que assim
pode estar contactável e on-line em qualquer sítio. O viajante é
assim o utilizador típico e não ficando dependente do facto de
encontrar hotel com ligação à Internet ou algum hotspot. Para
onde leva o telemóvel (ou a placa UMTS), vai a sua ligação à net.
Não sendo muito direccionada a redes locais empresariais, está
no entanto a ganhar relevância para optimizar o desempenho de
recursos humanos em movimento no seio das empresas, por
exemplo, os comerciais, os técnicos em deslocações de apoio a
clientes, os motoristas de camião (ou outro tipo de frota), etc. A
nível de administração e outros cargos de gestão (e não só) que
necessitem estar sempre contactáveis também se nota uma forte
adesão a comunicações baseadas em UMTS.
Wi-Fi (wireless)
As redes Wi-Fi estão a ganhar gradualmente terreno no que diz
respeito ao estabelecimento de redes e conexões em geral. A
grande característica que a demarca de outras soluções é
obviamente o dispensar de cabos entre os equipamentos a
interligar, ou seja, a simplicidade de estabelecimento físico da
rede. Toda a comunicação é feita sem fios, por sinais de rádio,
daí o nome Wi-Fi (Wireless Fidelity). A rede mais simples que se
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pode imaginar deste tipo é constituída por apenas 2
computadores, cada um com uma placa de rede Wi-Fi.
Configurações muito comuns em empresas hoje em dia são
aquelas que se baseiam em redes locais Ethernet com um ponto
partilhado de acesso à Internet que estabelece ligações a esta por
Wi-Fi. Ou seja, os computadores comunicam localmente entre si
por Ethernet mas quando acedem à Internet fazem-no através de
um equipamento (PC vulgar com placa Wi-Fi ou equipamento
dedicado ao efeito, como um router) que estabelece a ligação via
Wi-Fi. Configurações de redes mais recentes ainda mas pouco
difundidas (devido a questões de segurança mas também pela
ainda pouca divulgação da própria tecnologia) podem ser as
totalmente suportadas por Wi-Fi. Ou seja, a própria rede local
comunica via Wi-Fi.
No caso do indivíduo que se encontre fora do seu local de
trabalho (em casa ou em viagem) e que disponha de uma placa
Wi-Fi, poderá aceder à Internet se estiver próximo de um
hotspot e dispuser de uma conta no fornecedor de acesso à
Internet que o mantém. Um hotspot é basicamente um
receptor/transmissor de rádio que é capaz de aceitar conexões
de até várias centenas de utilizadores Wi-Fi e possibilitar o seu
acesso à Internet. É também por vezes chamado de WAP
(Wireless Access Point). Como se trata de uma tecnologia
recente, há ainda relativamente poucos hotspots disponíveis mas
encontram-se com facilidade em grandes superfícies comerciais,
aeroportos, estações de comboios, bibliotecas e de uma maneira
geral em todas as grandes cidades e centros populacionais. Se
estivermos no raio de acção de um hotspot público mas não
dispusermos de conta de acesso, podemos sempre procurar um
cibercafé que suporte ligações Wi-Fi à sua rede local e por
intermédio desta poderemos aceder à Internet. Não é também
fora do vulgar encontrar hotéis com hotspots locais que
fornecem o serviço de acesso à net aos seus clientes.
Começa também a ser comum o estabelecimento de pequenas
redes locais nas próprias residências dos utilizadores. A
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configuração comum de uma destas pequenas redes caseiras é
existir um equipamento específico Wi-Fi que liga à Internet (via
Wi-Fi também ou usando um outro tipo de ligação como o
ADSL) e ao qual por sua vez podemos estabelecer ligações locais
com um PC ou um portátil que disponham de placas Wi-Fi. A
vantagem é evidente: podemos ter o router Wi-Fi na sala e andar
com o portátil pela casa sem perder a ligação à Internet e assim
podendo trabalhar em qualquer lado da casa, sempre sem fios,
desde que nos mantenhamos no raio de acção do router (que
varia de equipamento para equipamento mas que é geralmente
suficiente para cobrir a grande maioria das casas). Resta apenas
indicar que o router de que estamos a falar é basicamente um
hotspot caseiro.
Ethernet
As conexões Ethernet são ainda as mais populares quando se
fala de estabelecer redes de computadores (ou qualquer outro
tipo de equipamento terminal com capacidade de conexão).
Podem ser tão simples como 2 computadores, cada um com uma
placa de rede Ethernet e um cabo a ligá-los ou então muito
complexa, por exemplo no caso de grandes organizações com
milhares de computadores distribuídos geograficamente. As
conexões Ethernet são de longe as mais rápidas podendo
actualmente atingir os 100Mbps e não existe limite no que diz
respeito a computadores que podem operar numa rede Ethernet.
A dificuldade de configuração de uma destas redes vai
aumentando com a complexidade e dimensão geral da rede que
se pretende implementar. O custo associado varia também de
acordo com a proximidade (física) dos computadores a serem
interligados.
Do ponto de vista de acesso à Internet (a maior rede de todas), as
redes Ethernet podem ter pontos de conexão a esta que são
partilhados por todos os computadores que fazem parte desta. É
muito comum hoje em dia, nomeadamente em empresas, a
implementação de redes Ethernet locais. Nessas redes há
geralmente um equipamento (pode ser um computador vulgar
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com um modem ou um equipamento dedicado especificamente
à partilha de conexões, como um router) que é usado pelos
computadores da rede para acesso à Internet. Há assim neste
exemplo de configuração de rede (há muitas mais
possibilidades) uma rede local com um ponto de acesso à net,
que é partilhado pelos computadores que dela fazem parte. Esse
equipamento específico liga a rede local (neste caso, Ethernet) à
Internet, permitindo aos computadores locais acederem a todos
os conteúdos da web e restantes serviços. A conexão que o
equipamento de ligação à Internet efectua pode não ser, e
geralmente não é, suportada por Ethernet e sim por outros tipos
de conexão como o ADSL ou Wi-Fi.
No caso do indivíduo que se encontre em viagem e dispõe de
um portátil apenas com uma placa Ethernet, este deverá
procurar uma rede local Ethernet onde possa conectar, com a
ajuda de um cabo, o seu portátil. Hoje em dia, todos os
cibercafés dispõem de fichas locais para conexões Ethernet no
sentido de permitir o acesso a quem só dispuser dessa
tecnologia. Há também hotéis que dispõe de redes locais às
quais nos podemos conectar se tivermos uma placa de rede
Ethernet.
Cabo (cable modem)
Tendo sido concebida pensando originalmente nos utilizadores
caseiros que já dispunham de ligação por cabo para recepção
dos canais de televisão, este modo de conexão à Internet
transpôs também o seu âmbito para o mundo empresarial. As
ligações à Internet por Cable Modem, denominadas
vulgarmente como ligações por cabo, baseiam-se na utilização
de um modem específico que aproveita as frequências não
utilizadas no cabo de recepção dos canais de televisão para a
transmissão e recepção de dados. Este tipo de ligações compete
assim com outras como, por exemplo, o ISDN ou o ADSL.
Este tipo de ligações não tem nada de portátil, pelo que só tem
realmente sentido considerá-la para casa ou para empresas que
estejam a considerar ter também recepção de canais de televisão
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(ou não tenham acesso a outros modos de conexão na área onde
estão sedeados).
Outros:
WiMAX
O WiMAX é uma tecnologia de comunicações sem fios de longo
alcance, que não foi pensada para competir com o Wi-Fi mas sim
como complementar a este. O WiMAX aumenta o alcance do Wi-
Fi a uma escala muito superior. O Wi-Fi foi concebido para a
implementação de redes locais (LAN’s) enquanto o WiMAX foi
pensado para redes metropolitanas (MAN’s), sendo assim de
muito maior abrangência mas mantendo o modo de
funcionamento típico do Wi-Fi. Espera-se que a partir de 2006
esta tecnologia venha já incorporada em todos os novos
equipamentos portáteis, podendo assim os utilizadores destes
deslocar-se facilmente dentro de grandes zonas urbanas sem
nunca perder uma conexão de grande velocidade à Internet,
mesmo ao ar livre.
BlueTooth
BlueTooth é uma tecnologia para estabelecimento de
comunicações de curta distância entre equipamentos de
naturezas diversas, que podem ir dos PC’s aos PDA’s, passando
pelos SmartPhones e respectivos auriculares. As comunicações
BlueTooth são wireless (sem fios, portanto), funcionam numa
frequência standard de ondas rádio e pode ligar vários
equipamentos ao mesmo tempo, desde que estejam dentro do
limite de alcance (que é circular, até um máximo de 10 metros).
Apenas como curiosidade, o nome BlueTooth deriva de Harald
Bluetooth, rei da Dinamarca no século X e que conseguiu unir a
Dinamarca de então com parte da Noruega, implantando o
Cristianismo nessa zona do planeta.
UltraWideBand (UWB)
O UWB é uma tecnologia de comunicações sem fios, de curta
distância, tal como o BlueTooth, e complementa outras
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tecnologias de comunicações sem fios de maior alcance como o
Wi-Fi e o WiMAX. Esta tecnologia foi inicialmente desenvolvida
para comunicações seguras militares e foi recentemente liberada
para uso geral. É particularmente adequada para
estabelecimento de comunicações locais entre PC’s, telefones e
equipamento de electrónica de consumo em geral. O UWB lida
particularmente bem com aplicações que necessitem de uma
grande largura de banda, como por exemplo, streams de vídeo e
áudio. Como opera a um nível que outros sistemas interpretam
como ruído, não interfere com outros sistemas de rádio como
telefones móveis ou sem fios. Presentemente, está a haver uma
conjunção de esforços entre as associações para o
desenvolvimento do BlueTooth e as correspondentes do UWB, o
que se pensa poder resultar em breve num novo standard para
tecnologia sem fios de curto alcance e de grande velocidade.
Uma das possibilidades que se pensa que esta tecnologia poderá
vir a trazer é o equivalente wireless do interface USB. Já todos
estamos habituados ao interface USB dos periféricos (pelo
menos os mais recentes) que podem ser conectados e detectados
a qualquer altura, mesmo depois do PC estar ligado.
Impressoras e muitos outros periféricos usam este interface, que
é o mais bem sucedido e bem aceite de sempre. O UWB promete
uma nova geração USB, mas desta feita wireless. Ou seja, bastará
a qualquer equipamento com UWB, por exemplo, uma
impressora, estar próximo do nosso computador para poder ser
detectado e utilizado, numa ligação local com velocidades muito
semelhantes, senão superiores, a uma conexão por cabo USB.
Infravermelhos
Semelhante, em âmbito, aos BlueTooth, este tipo de meio de
comunicação entre equipamentos baseia-se num standard
denominado IrDA (Infrared Data Association) que assenta na
transmissão de um raio de luz de baixa frequência entre um
emissor e receptor capazes de interpretar as variações e assim
comunicar. O emissor e receptor devem ser colocados frente a
frente porque o raio de infravermelhos tem um único sentido e
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direcção. Este tipo de comunicação liga apenas 2 equipamentos
de cada vez.
HomePNA (Home PhoneLine Network)
No estabelecimento de redes, nomeadamente a nível de redes
locais caseiras, podemos considerar estabelecê-la com base na
cablagem telefónica local. Este sistema, denominado HomePNA,
é muito invulgar mas permite que equipamentos que
disponham de placas de rede que respeitem o protocolo HPNA
possam ser interligados usando a cablagem telefónica existente.
Por exemplo, se em casa, todos os compartimentos têm uma
ficha telefónica, podemos pôr computadores em vários sítios da
casa e estabelecer uma rede entre eles. É uma tecnologia muito
pouco comum mas existem no mercado muitos equipamentos
de produtores respeitados e muita documentação sobre como
implementar. A última revisão do protocolo por trás deste tipo
de redes, o HPNA 3.0, garante taxas de transferência de dados
localmente a chegar aos 128Mbps.
Rede eléctrica (Power Line Network)
Este tipo de redes é semelhante ao anterior mas com base na
cablagem eléctrica. É também bastante mais lento na
transmissão de dados, com taxas de apenas 14Mbps (registe-se
no entanto que a esmagadora maioria das vulgares placas de
rede Ethernet ainda são a 10Mbps – as mais recentes atingem já
os 100Mbps ou 1Gbps).
1.4 .2 IN TE R FACES DE S TINADOS AO C ON SUM ID OR FI NAL
Quando se fala de interfaces destinados ao consumidor final,
estamos a falar quase exclusivamente de interfaces web, ou seja,
websites. De uma maneira geral, podemos tentar (porque não é
um processo pacífico) estruturar os websites dentro das
seguintes categorias (sem nenhuma ordenação especial):
� - Websites institucionais (websites próprios de
companhias aéreas, hotéis, seguradoras, agências
de viagens, etc.);
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� - Websites de consolidadores (websites de venda
de oportunidades last-minute resultantes de
compras em bloco de inventário de risco);
� - Portais de viagens (websites de venda de
pacotes de viagens on-line, ou seja, agências
“virtuais” de viagens);
� - Websites de leilões (websites onde se leiloam
pacotes de viagem);
� - Websites “name your price” (websites que
misturam o conceito de agregação de informação
com a venda de serviços de Turismo onde
podemos definir o preço máximo de compra);
� -Websites agregadores (websites de pesquisa
automática que recolhem informação temática de
Turismo e que de uma maneira geral linkam essa
informação aos fornecedores de serviços com
sistemas de reservas);
� - Websites de organismos oficiais (websites onde
se pode encontrar informação oficial sobre as
zonas que pretendemos visitar);
� - Websites informativos (websites de informação
gerada não automaticamente, de cariz social, que
visam dar dicas/ajuda/ideias/documentação e
de uma maneira geral servir de plataforma de
interacção entre viajantes);
� - Motores de pesquisa, catalogadores e
indexadores (portais de informação generalistas e
que abordam também questões ligadas a
Turismo).
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O problema nesta classificação é que apesar de contribuir com
alguma ordenação, ainda que básica, dos tipos de websites, não
representa a 100% a realidade na Internet. O facto é que muitos
websites não pertencem apenas a uma destas categorias e sim a
várias. E de website para website, mesmo reduzindo o nosso
âmbito para os websites de Turismo, regista-se que cada um
deles pertence a várias categorias e estas nem sempre coincidem
entre si. Sendo assim é difícil por vezes conseguir posicionar
claramente cada website, mesmo restringindo a nossa
observação a uma área de actividade única, como o Turismo. Por
exemplo, não é invulgar que websites agregadores sejam
também consolidadores ou websites de hotéis tenham também
leilões ou ainda websites de companhias aéreas oferecerem
pacotes de viagens integrados…
1.5 O Turismo como a actividade económica mais globalizada
A expressão “globalização” refere-se de uma forma geral, ao
crescente fluxo de bens, serviços e capital que se regista a nível
mundial. Por outro lado, muito por influência da tecnologia,
“globalização” significa também que se está a observar um
esbatimento (no sentido prático) dos obstáculos e dificuldades
que normalmente se apresentam nos relacionamentos entre
países. Estes, numa política de globalização, tendem a passar
para segundo plano considerações e decisões individuais em
prol de uma economia global e assim mais abrangente. Esta
mudança de postura obriga inevitavelmente a ajustes internos
em cada sector económico, por vezes muito significativos, que
não sendo efectuados, fazem com que os sectores em questão
corram o risco de perder competitividade face aos seus
equivalentes mundiais, relevância face aos outros sectores da
sua economia nacional e de uma forma geral estagnar. A
indústria do Turismo esteve (e está ainda) também a passar por
este tipo de ajustes, sendo no entanto já considerada uma
actividade económica das mais globalizadas. O Turismo é hoje
em dia o principal sector económico em muitos países e é o de
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maior crescimento, a nível mundial, em termos de receitas e
criação de postos de trabalho.
O sector turístico está inegavelmente ligado às tecnologias de
informação e comunicação em geral e à Internet em particular.
Para além de outras
implicações isto significa que
entre o comprador e o
produto estão agora apenas
alguns clicks de distância, o
que contribui para um
aumento do desejo de compra
e um reforço psicológico da
confiança do comprador na
transacção que vai efectuar. O
sector turístico é hoje em dia
considerado um dos mais
globalizados em virtude,
precisamente, da
disponibilidade de
informação e da facilidade
com que se pode aceder a ela.
Da conjugação destes factores
com outros como por exemplo
a redução exponencial do
custo de transporte que se tem
vindo a verificar (em
particular, como já vimos, na
indústria de transportes
aéreos) resulta uma
combinação singular de
características que muito poucas outras indústrias exibem. O
sector turístico é dos poucos em que se podem observar padrões
onde o consumidor compra sem ver, paga antes de consumir e
para usufruir do bem (ou serviço) tem que se deslocar para junto
deste. Sendo assim, podemos assumir que os consumidores de
Turismo podem ser originários de um qualquer país ou zona
geográfica, o que significa que o mercado alvo do sector do
O sector turístico está
inegavelmente ligado às
tecnologias de informação e
comunicação em geral e à
Internet em particular. Para
além de outras implicações
isto significa que entre o
comprador e o produto
estão agora apenas alguns
clicks de distância, o que
contribui para um aumento
do desejo de compra e um
reforço psicológico da
confiança do comprador na
transacção que vai efectuar �
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Turismo é, basicamente, toda a gente. Mas se todos esses
potenciais consumidores conseguem aceder a toda a informação
que querem e precisam para tomar decisões e investir o seu
dinheiro, então também temos que aceitar o facto de que todos
os outros mercados são nossos concorrentes. O mercado de
potenciais consumidores é global mas a oferta a que estes estão
expostos também o é. Soa um pouco ameaçador mas é, de
qualquer forma, um facto incontornável: o Turismo é agora,
mais do que nunca, um negócio global. E como negócio global
que é, mesmo ao nível regional (de menor abrangência) é
afectado por muito do que acontece no mundo. Terrorismo,
surtos de doenças, flutuações do preço de combustíveis,
conflitos armados, tensões políticas, grandes eventos
desportivos, fenómenos naturais de larga escala, etc., tudo
influencia de uma forma ou outra o sector turístico. Poder-se-ia
pensar que o facto de este sector estar sujeito a tantos factores de
influência externa o tornasse particularmente instável ou de
alguma forma menos sólido e apelativo mas, na realidade, não.
Confere-lhe de facto uma natureza fluida e altamente mutável
mas dá-lhe também uma resistência notável a contrariedades e
problemas. Os anglo-saxónicos dizem mesmo que a indústria
turística é a mais resistente (“resilient”) do mundo. Nada a pára,
tal é a sede das pessoas de viajar, conhecer e experimentar coisas
novas. E essa sede, nutrida e potenciada pela tal abundância de
informação e facilidade na sua obtenção, faz com que certos
eventos mundiais possam ser contrabalançados, atenuando
eventuais impactos mais nefastos. Sempre que eventos de
alguma magnitude ocorrem, isso afecta os fluxos de Turismo
internacionais e as economias individuais de cada país
envolvido no processo. E isto pode acontecer por influência
directa do evento em si (por exemplo, os fluxos acrescidos de
Turismo associado a eventos desportivos como o campeonato
mundial de futebol) ou como consequência indirecta destes (por
exemplo, a afluência de turistas à Tailândia no período posterior
ao maremoto que assolou a região em Dezembro de 2004).
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O Turismo está intimamente relacionado com todos os eventos
que afectam cada país, de forma positiva ou negativa, país este
entendido como entidade única e individual mas acima de tudo
como parte integrante de uma comunidade internacional
(mesmo mundial) com a qual mantém laços de inúmeras
naturezas (relações comerciais, diplomáticas, estratégicas,
económicas, políticas…). Todos os factores que afectem
significativamente um determinado país, afectarão
inevitavelmente a comunidade em que este está inserido. Sendo
assim, tem havido esforços por parte dos organismos
internacionais no sentido de fazer convergir para um nível
também internacional a organização, gestão e implementação do
sector do Turismo, que é assim abordado como uma actividade
mundial e que afecta toda a
gente. Este processo envolve
grandes ajustes por parte de
todos os envolvidos e tem
gerado muita controvérsia. A
natureza rápida da economia
mundial obriga, como já se
disse, o Turismo a efectuar
uma adaptação rápida a uma
nova situação, a novas
maneiras de trabalhar, ou seja,
uma nova realidade. O facto
de cada vez mais o Turismo
ser visto como recurso
estratégico fundamental por
parte dos governos de cada país impulsiona-os a efectuar
grandes investimentos em infra-estruturas, marketing e
formação de forma a valorizar e potenciar o que cada país tem
para oferecer. No entanto, o desenvolvimento do Turismo é
visto muitas vezes como apenas uma ferramenta para a
promoção da actividade económica geral de cada país e que se
reflecte em todos os sectores deste. Cada governo tenta melhorar
e explorar ao máximo cada foco potencial de interesse turístico,
tentando fomentar a criação de postos de trabalho, aumentar
A natureza rápida da
economia mundial obriga,
como já se disse, o Turismo
a efectuar uma adaptação
rápida a uma nova situação,
a novas maneiras de
trabalhar �
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receitas e atrair investimento estrangeiro. Mas a forma como isto
é feito pode ter consequências pesadas a nível ambiental e
mesmo social que inevitavelmente acabarão por se reflectir a
nível económico também. Questões como “sustentabilidade”,
“biodiversidade”, “direitos humanos”, “ética no Turismo”,
“responsabilidade social” e “acentuação de desigualdades”
passam a estar na ordem do dia. No sentido de se tentar
estabelecer uma plataforma para que se possam colher os
proveitos de uma indústria considerada “em vias de mudança e
crescimento” (MSNBC, Newsweek) tentando minimizar
impactos menos positivos, organismos como o WTTC (“World
Travel and Tourism Council”) e o WTO (“World Tourism
Organization”) têm vindo a desenvolver esforços para definição
de estruturas e princípios de trabalho para o sector do Turismo
que definam directivas e políticas gerais.
Como o WTTC publicou, esta estrutura é estratégica para
assegurar que o fenómeno do Turismo funcione para toda a
gente. A “Blueprint For New Tourism”, como foi apelidada a
sua abordagem, promove o Turismo como uma parceria, com
resultados consistentes que compatibilizam as necessidades das
diversas economias, autoridades (locais e regionais) e
comunidades locais com as dos profissionais da área. As 3
directivas fundamentais a implementar, de acordo com a infra-
estrutura proposta pelo WTTC, são:
� os governos aceitarem e reconhecerem o sector
do Turismo como uma prioridade de topo;
� encontrar um equilíbrio entre o negócio, as
pessoas, a cultura e o ambiente e finalmente;
� a procura em conjunto de soluções de
crescimento e prosperidade de longo termo.
O Turismo, caso não seja planeado e gerido responsavelmente,
pode ter uma influência negativa a nível cultural, ambiental e
social. No entanto, segundo o WTO, este pode e deve ser uma
ferramenta valiosíssima a favor das comunidades locais, criando
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postos de trabalho, gerando valor, combatendo a pobreza e de
uma forma geral contribuindo para a qualidade de vida das
comunidades. Nesse espírito, o WTO tem contribuído ao longo
dos anos para as políticas das Nações Unidas, incentivando o
Turismo sustentável e responsável como forma de combate à
pobreza, particularmente no que diz respeito a países pouco
desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Nesse sentido
criou por exemplo a Fundação ST-EP (“Sustainable Tourism –
Eliminating Poverty”) que visa até 2015 atrair investimentos no
valor de 100 milhões de dólares para financiar 5000 projectos
específicos. O WTO encara também o Turismo como uma forma
de reforçar laços amistosos entre as nações, o que contribui para
um ambiente de estabilidade e paz, elemento fundamental para
o progresso e desenvolvimento.
1.6 A necessidade imperiosa de factores de especificidade e diferenciamento
Já tivemos oportunidade de ver que no sector do Turismo se
estão a verificar enormes mudanças a todos os níveis e uma das
consequências é que hoje em dia se torna muito difícil para um
consumidor conseguir identificar factores de clara diferenciação
entre todos os potenciais fornecedores, que são geralmente
muitos. Temos assim em perspectiva um cenário de
diferenciação negligenciável que já marcou fortemente, por
exemplo, as LCA’s (“low cost airlines”). Sendo assim, se no
passado poderiam eventualmente não ter um papel tão
preponderante e crucial, as estratégias de marketing são agora
um dos factores chave, mesmo críticos, para o sucesso de uma
qualquer actividade na área do Turismo. Hoje em dia não só o
produto deve ser trabalhado a nível de imagem de forma a
explorar e expor as suas características próprias distintas como
também se deve trabalhar no sentido de se conseguir uma
diferenciação menos palpável, ao nível do domínio subjectivo e
psicológico dos corações e mentes do consumidor (Madigan
Pratt, ...�2%3�<%�,�%--�*�2). A combinação destes factores
numa estratégia de marketing bem elaborada deve resultar na
percepção por parte dos consumidores das diferenças do nosso
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produto relativamente aos outros. E aí chegamos a uma
vantagem competitiva.
Posicionamento
Segundo Pratt, mais do que tecnologia de ponta para chegar ao
consumidor da maneira correcta tem que haver uma clara e
subjacente preocupação com o posicionamento da marca. O
posicionamento da marca adiciona um objectivo intangível às
campanhas de marketing, procurando que todos os produtos,
quaisquer que eles sejam, sejam avaliados de uma forma já de
inicio diferente pelo simples facto de existirem debaixo do
“guarda-chuva” de confiança e respeito de uma marca bem
posicionada. O posicionamento não é só a descrição do nosso
produto ou a identificação do nosso mercado-alvo ou mesmo o
slogan da nossa campanha. O conceito é um dos mais básicos no
campo do marketing e é também a mais básica declaração de
estratégia da empresa. O posicionamento estabelece as bases e
directivas pelas quais se vão guiar os processos de
comercialização e mesmo desenvolvimento do produto. Para se
atingir o posicionamento correcto há no entanto que considerar
vários factores:
Compreender a concorrência
Quem é a nossa concorrência? Geralmente não é a que pensamos
e sim a que os nossos clientes pensam que é. Neste campo a
percepção de concorrência dos nossos clientes é muito mais
importante do que a nossa. Os nossos concorrentes são todos
aqueles a quem o nosso cliente se pode dirigir para adquirir todo
o tipo de serviços de Turismo que de outra forma poderiam ser
fornecidos por nós. Não cometer o erro de achar que a
concorrência são só os fornecedores dos mesmos serviços que
prestamos. Ter em mente que o cliente pode optar por produtos
substitutos, cujos fornecedores são assim nossos concorrentes
também.
Identificação de pontos de diferença
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Identificar os pontos em que o nosso produto é
significativamente diferente dos outros é por vezes difícil. No
entanto, não nos devemos limitar a listar todas as características
possíveis e imaginárias do nosso produto, o que geralmente é
feito na maioria das brochuras de Turismo. De uma maneira
geral, aquilo a que queremos dar ênfase é ao benefício específico
que queremos que o nosso cliente fixe em mente quando opta
por nós. Por exemplo, se queremos focar a excelente
gastronomia do restaurante do hotel, devemos dar ênfase a esse
pormenor específico e não listar tudo e mais alguma coisa. Os
clientes que procuram hotéis com bons restaurantes vão
seleccionar entre aqueles que focaram esse factor e ignorar hotéis
que incluíram essa característica numa lista de muitas outras
características.
Mercado-alvo
Quem queremos que sejam os nossos clientes? A definição do
nosso mercado-alvo deve ter em consideração os pontos de
diferença mais precisos e persuasivos que identificámos no
nosso produto. Depois definimos qual deles permite atingir o
maior mercado possível de potenciais clientes. Deve haver a
preocupação de seleccionarmos um mercado-alvo ao qual
possamos apelar facilmente com os nossos mais objectivos
pontos de diferença. Se o mercado-alvo fôr demasiado grande,
corremos o risco de não conseguir apelar a todos com os pontos
de diferença que nos são mais significativos e que nos
diferenciam dos restantes produtos.
Conceito (“rationale”)
Depois de ter a concorrência, os pontos de diferença e o
mercado-alvo definidos, podemos passar ao desenvolvimento
do conceito. Isto implica a definição de propriedades e
características do nosso produto que suportam o nosso
posicionamento. Basicamente é a descrição do conceito geral do
produto e permite explicar o benefício que oferecemos.
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Declaração de posicionamento
Agora precisamos sublimar numa única declaração todo o
conceito do nosso produto para que toda as pessoas envolvidas
no marketing compreendam o posicionamento e o usem para
publicitar o produto. Por exemplo, uma declaração de
posicionamento que a Madigan Pratt ajudou as Ilhas Cayman a
definir é “Para os viajantes sofisticados, as Ilhas Cayman são a
experiência de férias num clima quente que providencia o
máximo em relaxamento”. A ideia era que os potenciais clientes
associassem as férias nas Ilhas Cayman ao conceito simples de
relaxamento, que está na base de muitas decisões de viagem.
Gestão do relacionamento com clientes (CRM)
Tal como Pratt indica, os pontos de diferença do produto e o
nosso posicionamento de marca são essenciais para o sucesso.
No entanto, hoje em dia, outros factores menos tangíveis são
igualmente importantes para nos diferenciarmos dos restantes
concorrentes e dos seus produtos. Trata-se do processo de
entender o cliente, saber como este procede a uma decisão de
compra, o que influencia essa decisão e quais os factores de
relacionamento que o mantém nosso cliente no futuro. Trata-se
de gerir efectivamente um relacionamento com o cliente que visa
apelar a um sentido de lealdade por parte deste. Grandes
corporações em todo o tipo de actividades, estão a agora a
transferir a sua actuação para um modo de negócio menos
centrado na transacção única e de elevada rentabilidade para a
gestão de um relacionamento contínuo com o cliente ao longo do
qual se podem efectuar muitas transacções. O nome do jogo é
agora a gestão de relações e não a de transacções. Conforme se
vão procedendo a transições para situações por exemplo em que
o cliente tem um cartão da empresa que lhe dá vantagens na
compra de serviços ou então em vez de pagar por compra
subscreve o serviço pagando um montante determinado fixo por
mês há todo um conjunto de informação sobre o cliente que as
empresas vão descobrindo e analisando e à qual antes não tinha
acesso porque a interacção com o cliente se resumia na maior
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parte dos casos a uma transacção apenas. Fidelizando o cliente
com estratégias que o motivam a comprar sempre os nossos
produtos consegue-se também saber que tipo de produtos este
tem mais tendência a adquirir, em que alturas, quais são os
gostos pessoais, as características de serviço que mais lhe
agradam, em que tipo de canal de distribuição prefere recolher
informação e efectuar aquisições, etc. Toda esta informação
permite às empresas conhecer melhor os clientes, de forma
quantitativa e qualitativa e assim prever o seu comportamento
de consumo. Isto consegue-se com uma combinação de
estratégias de marketing e tecnologia. O objectivo é claro:
aumentar a relevância e uso dos produtos e serviços de uma
empresa. As empresas que conseguem com sucesso estabelecer a
transição para este tipo de modo de operar são o que se pode
chamar de empresas realmente centradas no consumidor.
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Notas Explicativas e Enquadramento Os utilizadores principais do projecto vertente são os
profissionais do sector de turismo no país. São dezenas de
milhar de portugueses, cujo trabalho diário e conhecimento de
causa são essenciais ao sucesso do Turismo nacional.
Outro grupo de utilizadores relevante, embora em número
naturalmente muito mais reduzido, são os gestores e quadros
superiores de gestão e organização de empresas, entidades e
projectos do sector do Turismo.
Finalmente, no âmbito dos “utilizadores intermédios”, refira-se
que este projecto deverá ser um instrumento de trabalho indis-
pensável para:
� as entidades formadoras portuguesas, públicas e
privadas, que promovem acções de formação no
âmbito da formação em Sistemas de Informação
e em Tecnologias de Informação e Comunicação,
graças ao contributo de um instrumento
inovador e adaptado às necessidades de
formação concretas destes profissionais,
contribuindo para a consolidação e evolução dos
perfis de formação, na perspectiva do seu
permanente ajustamento ao mercado de
emprego;
� as empresas, nomeadamente as de média e
grande dimensão, que apresentem no seu
portfólio actividade turística ou que sirvam
empresas e entidades do sector, que possuem
aqui uma forma de melhorar a qualidade dos
seus serviços, no quadro da utilização de
instrumentos inovadores e adaptados às suas
reais necessidades de formação;
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� as entidades reguladoras do sector do Turismo
(câmaras municipais, Regiões de Turismo, etc.) e
de classe (associações empresariais e de
profissionais), que possuem normalmente a
obrigação estatutária de proporcionar
oportunidades de formação.
Área Profissional abrangida: códigos CIME 812 e 811. Sector
Económico: CAE 55 e 63.
Nível de formação ou qualificação profissional correspondente:
níveis de habilitação profissional 4 e 5.
Caixa: Padrões de Referência definidos pelo Conselho das Comunidades Europeias:
Nível 1 Execução de um trabalho simples implicando um nível elementar de conhecimentos técnicos e capacidade práticas. Nível 2 Execução de uma actividade bem determinada implicando a capacidade de utilização de instrumentos e técnicas com ela relacionadas. Nível 3 Execução de um trabalho técnico implicando responsabilidades de enquadramento e coordenação. Nível 4 Execução autónoma de um trabalho técnico implicando responsabilidades de concepção e/ou de direcção e/ou de gestão. Nível 5 Execução autónoma de uma actividade profissional assalariada ou independente, implicando o domínio dos fundamentos científicos da profissão.
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Este curso enquadra-se nos níveis 4 e 5, sendo a saída igual à
entrada, ou seja não é suficiente para que um formando de nível
4 possa progredir para o nível 5.
Objectivos Pedagógicos
Este recurso didáctico permitirá aos formandos:
� Contextualizar as implicações organizacionais da
utilização cada vez mais ubíqua da Internet, quer
para efeitos de acesso pelos/aos consumidores,
como aos fornecedores e colaboradores,
sobretudo em organizações e/ou realidades em
que a dispersão geográfica é uma realidade (o
que é frequente no caso do Turismo) e as
implicações dos avanços tecnológicos mais
prementes e/ou previsíveis;
� Enquadrar a formação proposta no recurso
disponível online;
� Explorar temas importantes, apenas aflorados
online;
� Perceber as grandes linhas de orientação,
prioridades e pontos de vista dos principais
textos publicados sobre esta temática;
� Destacar conceitos e sínteses mais importantes.
Competências a adquirir pelos formandos:
COMP E TÊNCIAS GLOBAI S:
Os formandos deverão adquirir competências a nível da
transposição, interpretação, aplicação e análise de
conhecimentos, e, ainda, a nível da avaliação (crítica interna e
externa) no que respeita a Internet enquanto plataforma de
publicação, de pesquisa e investigação, de negócio, tendo em
conta:
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� As características e consequências da competiti-
vidade global provocada pela existência da
Internet;
� As possibilidades proporcionadas pelas
características de B2C das aplicações Internet;
� As funções cada vez mais frequentes de B2B para
baixar custos de procurement;
� O uso de plataformas B2E para melhorar a
produtividade dos colaboradores e a eficiência
das relações entre entidades e a sua força de
trabalho;
� Os desafios que o futuro próximo apresenta para
o negócio turístico;
� A necessidade e os conceitos essenciais ligados à
formalização das estratégias de SI/TI.
COMP E TÊNCIAS ES PEC ÍF ICAS:
Os formandos deverão adquirir competências a nível de
conhecimentos essenciais de terminologia, dos critérios, e
princípios associados às implicações da Internet na realidade do
negócio turístico:
� A necessidade imperiosa de desenvolver e
promover vantagens competitivas o mais claras
possíveis
� Principais conceitos, aspectos e preocupações
associados com B2C, B2B e B2E no caso do
Turismo
� Um mundo onde todos os destinos concorrem
entre si
Os formandos deverão adquirir competências a nível de
conhecimento das convenções, tendências, critérios e métodos e
�
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princípios associados aos principais desafios tecnológicos do
futuro próximo:
� Especulações mais realistas (em princípio!)
� Consequências previsíveis e políticas de actuação
aconselháveis
� O advento do wireless e da verdadeira
omnipresença da Internet
� As diversas plataformas de acesso e a
necessidade de gestão de conteúdos através de
sistemas apropriados
� As estratégias de fidelização
� Os interfaces com diferentes sistemas de modo a
expor ao máximo a oferta, do modo mais
optimizado possível
� A evolução dos sistemas de informação
geográfica, sua vulgarização e critérios de
inclusão
Ainda deverão adquirir, relativamente a esses conteúdos,
competências a nível de transposição, interpretação e aplicação.
Os formandos deverão adquirir competências a nível de
conhecimento das convenções, tecnologias aplicáveis,
tendências, critérios e métodos e princípios associados à
concepção, análise e discussão do Plano Estratégico de Sistemas
de Informação.
� O uso da Internet no quadro de um PESI
� Principais características de um Plano de
Arquitectura de Sistemas de Informação
� Custos envolvidos
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Especificações de Carácter Técnico
A Bibliografia (bem como uma Colecção de Apontadores
Online) é outro recurso, independente, deste projecto. A
resolução dos exercícios propostos vai junta ao Guia do
Formador (portanto, enquanto participante, deverá solicitar
esses elementos ao formador). A Lista de Outros Auxiliares
Didácticos Complementares e Conjunto de Instrumentos de
Avaliação não é aplicável.
Ficha Técnica Projecto: Turismo e Tecnologias de Informação
Recurso Didáctico: Componente nº3 de 3, Produto Didáctico nº5
de 6: As Implicações da Internet na Realidade do Negócio
Turístico e os Desafios Tecnológicos do Futuro Próximo –
Manual do Participante
Autores: Bruno Espinha, Carlos Trindade, Pedro Leite Fragoso
Adaptação técnica para o LMS e programação: Paulo Silva
Direcção de Design Gráfico: Gonçalo Sabela
Design Gráfico: Gonçalo Sabela e Alzira Silva
Digitalização e Tratamento de Imagens: Brígida Lopes
Coordenação Pedagógica: Luís Amaral Oliveira
Um projecto da CNS Aveiro – Companhia Nacional de Serviços
Lda. com o apoio financeiro do POEFDS (co-financiamento do
Estado Português e da União Europeia, através do FSE)
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Uso de Marcas | trademark acknowledgment
Este documento faz uso liberal de termos que são efectivamente
marcas registadas, marcas comerciais não registadas ou
copyrights dos seus respectivos donos. Esta utilização destinou-
se sempre e somente a identificar os produtos ou serviços
concretos em causa.
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identification purposes only and are trademarks, registered trademarks
or copyrights of their respective owners.
Isenção de Responsabilidade | disclaimer
Não acreditamos que este documento e/ou os exercícios
propostos incluam ensinamentos ou características que o
possam prejudicar. No entanto, tenha em atenção que, dentro
dos limites legais eventualmente aplicáveis, não oferecemos
quaisquer garantias de qualquer tipo quanto aos conteúdos
transmitidos. Quaisquer responsabilidades pelas consequências
de seguir ou simplesmente utilizar este documento são
exclusivamente suas: especificamente, se o seu sistema
informático se avariar de alguma forma em consequência deste
documento, directa ou indirectamente, os custos relacionados
com reparações, bem como todos os outros custos relacionados
com quaisquer incidentes derivados de qualquer modo por este
documento, são da sua exclusiva responsabilidade e deverão ser
cobertos exclusivamente por si.
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messing up your system or your professional life. However, be advised
that there is no warranty attached, to the extent permitted by
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either expressed or implied, including, but not limited to, the implied
warranties of merchantability and fitness for a particular purpose; the
entire risk as to the quality and performance of the contents of this
presentation is with you; should this prove in any way defective, you
assume the cost of all necessary servicing, repair or correction; in no
event, unless required by applicable law or agreed to in writing, will
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not limited to loss of data or data being rendered inaccurate or losses
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Formação Profissional ou da CNS Aveiro - Companhia Nacional
de Serviços, Lda. Pode solicitar permissão através de correio-e
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As Implicações da Internet na Realidade do Negócio Turístico e os
Desafios Tecnológicos do Futuro Próximo
BIBLIOGRAFIA
TURISMO E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
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2
Indíce Introdução e Objectivos, página 2
Bibliografia, página 4
Ficha Técnica, página 15
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3
Introdução e Objectivos A questão dos desafios tecnológicos enfrentados no futuro próximo pelas instituições ligadas ao
turismo é certamente um dos aspectos mais relevantes da sua actuação. Embora o assunto vá
tratado nas aulas, é importante proporcionar um acervo de obras de investigação e análise que
complementem os conteúdos proporcionados e se substanciem em veículos e caminhos de
exploração sistemática e estudo futuro. Nesse sentido, é nossa intenção proceder à compilação
de obras não só norte-americanas, mas também brasileiras e europeias – e de entre estas, tentar
identificar obras espanholas, por dois motivos: porque se trata da competição turística mais
clara para Portugal, pelo que se torna importante conhecer o ponto de vista dos espanhóis; e
porque serão fontes acessíveis. Parece-nos importante, para a relevância global do projecto, que
se tenha em condição a atribuição de condições que permitam uma investigação séria das fontes
bibliográficas disponíveis e a respectiva selecção e compilação.
Incluímos assim uma selecção de recursos publicados sobre esta temática. Os critérios de
inclusão de referências serão os seguintes:
Obras e artigos “de fundo” considerados como mais relevantes pelo autor do
projecto e equipa de produção, nomeadamente em termos da sua importância
concreta numa época específica;
Obras e sobretudo artigos estimulantes ou mesmo polémicos sobre o tema,
publicados desde o ano 2000;
Selecção de textos de investigação e análise.
Desafios Tecnológicos: Bibliografia
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4
Bibliografia (ordem alfabética1) Birritteri, Anthony
Online Reservations a Lifting Experience: But high-tech is just part of corporate travel attractions : An article from: New Jersey Business
Editor: New Jersey Business & Industry Association (2000)
Esta obra retrata temas como a disponibilidade de vôos, “pricing” e “amenities”
– estas são preocupações em ordem de importância que empresas observam
quando efectuam reservas.
Buhalis, Dimitrios; Costa, Carlos
Tourism Business Frontiers, First Edition : consumers, products and industry (Tourism Futures)
Editor: Butterworth-Heinemann (2005)
ISBN: 0750663774
A contínua expansão da indústria do turismo torna-se cada vez mais complexa
e requer o entendimento de todos os temas a ela ligados para ultrapassar as
fronteiras do futuro.
Collier, Marsha
Ebay For Dummies
Editor: For Dummies (2004)
ISBN: 0764556541
Esta obra explica o modelo de negócio do eBay e o seu impacto nos mercados
de compradores e vendedores.
1 Ordem alfabética pelo apelido do primeiro autor creditado
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5
Cooper, Chris
Turismo Princípios e Prática
Editor: Bookman (2001)
ISBN: 857307843X
A reunião de cinco grandes especialistas faz deste um livro-texto indispensável
para os alunos de turismo. A obra reúne princípios teóricos e exemplos práticos
para melhor abordar cinco grandes tópicos: demanda turística; destinação
turística; a actividade do turismo; marketing para o turismo; o futuro do
turismo.
Crilley, Gary
A case for benchmarking customer service quality in tourism and leisure services. : An article from: Journal of Hospitality and Tourism Management
Editor: Thomson Gale (2005)
Este artigo relata um estudo de uma propriedade zoológica Australiana que
providenciou uma análise de todos os seus clientes adultos podendo assim
tomar melhores decisões de gestão do seu negócio de lazer.
Cunningham, Michael J.
B2B Business to Business: Como implementar estratégias de E-Commerce entre empresas
Editor: Campus (2001)
ISBN: 8535207201
A Internet tem mudado tudo nos negócios e o B2B é uma aplicação muito
valiosa nesse novo espaço. Nós agora temos um meio que nos permite fazer
tantas coisas que estamos literalmente limitadas apenas pela imaginação. A
Internet, como um meio de negócios entre empresas, é ilimitada e nos permite
progredir em segundos, e não em meses, dias ou horas. Ela serve não apenas
para distribuição, mas também como uma infra-estrutura que fornece novos
métodos de comunicação e colaboração.
Demaio, Harry B.
B2B and Beyond: New Business Models Built on Trust
Editor: John Wiley & Sons (2001)
ISBN: 0471054666
Um guia detalhado sobre relações de negócio B2B (“Business to Business”).
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6
Driscoll, Margaret; Carliner, Saul
Advanced Web-Based Training: Adapting Real World Strategies in Your Online Learning
Editor: Pfeiffer (2000)
ISBN: 0787969796
Esta obra retrata todos os aspectos ligados à formação pela Internet, ou
“e-learning” – desde a componente operacional à estratégia.
Echelbarger, Dennis M.
E-commerce. B2B. Portals. Vortals. Intellectual capital. Knowledge assets. Transnational. Dot.com. Shared services. E-finance. E-services. : An article from: Leader's Edge
Editor: Michigan Association of CPAs (2000)
Este artigo retrata todos os avanços tecnológicos que impactam o negócio
“online”.
Elliott, Steve
Electronic Commerce: B2C Strategies and Models
Editor: John Wiley & Sons (2002)
ISBN: 0471487058
Uma obra completa sobre o comercio electrónico e as estratégias e modelos
operacionais de “Business to Consumer” (B2C).
Global Industry Analysts
Internet/Online Travel Reservations
Editor: MarketResearch.com (2001)
Este relatório analisa o mercado Norte-americano de Reservas de Viagens pela
Internet/”Online”.
González, Emilio J.
Alfonso Castellano: director general de Lastminute.com: "veremos fusiones entre proveedores y agencias 'on line'".(comentarios sobre el sector turístico español)
Editor: Difusora de Informacion Periodica, S.A. (2004)
Este artigo relata o LASTMINUTE.COM e como conseguiu sobreviver a “bolha”
das tecnologias e atravessou muitos projectos de Internet.
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7
Gouveia, José; Magalhães, Alberto
Redes de Computadores - Locais e Wireless
Editor: FCA Editora (2005)
ISBN: 9727224733
Sendo a área de redes de computadores bastante alargada e acompanhada de
um surgimento contínuo de novas tecnologias, esta obra vem certamente ao
encontro das necessidades de muitos utilizadores domésticos, autodidactas e
estudantes. Este livro demonstra o funcionamento das redes a nível local e
alargado e respectivos protocolos (TCP/IP), utilizando vários meios físicos,
onde se destacam as redes sem fios (wireless), muito em voga actualmente, as
ligações “bluetooth” entre PCs e telemóveis e a configuração de “routers” a
partir de um sistema Linux.
Hitz, Martin
Information and Communication Technologies in Tourism 2006 : Proceedings of the International Conference in Lausanne, Switzerland, 2006
Editor: Springer (2006)
ISBN: 321130987X
Uma oportunidade única de partilhar o conhecimento com investigadores sobre
os sectores de viagens e turismo no que respeitam as tecnologias de informação
e comunicações.
Jenkins, Tom; Glazer, David; Schaper, Hartmut
Enterprise Content Management Technology: What You Need to Know
Editor: Open Text Corporation (2004)
ISBN: 0973066253
Esta obra explora os controlos de qualidade e melhorias de produtividade como
resultado da utilização de sistemas de gestão de conteúdos.
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8
Lockwood, A.
Turismo e Hospitalidade no Século XXI
Editor: Manole (2003)
ISBN: 8520414133
A obra discute temas actuais e traz previsões baseadas em pesquisas sobre o
trabalho e o lazer, os padrões de vida da população mundial e o fluxo do
turismo internacional de cada continente. Apresenta importantes análises sobre
diversos sectores do turismo e da hospitalidade, como transportes, cruzeiros
marítimos, timeshare, marketing, organismos nacionais de turismo, complexos
turísticos etc. Também aborda o futuro das atracções turísticas e as tendências
mercadológicas.
Medlik, S.; Lockwood, Andrew
Tourism and Hospitality in the 21st Century
Editor: Butterworth-Heinemann (2002)
ISBN: 0750656271
Esta obra retrata os desafios e o futuro dos sectores de Turismo e Hospitalidade
nos próximos tempos.
Neef, Dale
e-Procurement: From Strategy to Implementation
Editor: Financial Times Prentice Hall (2001)
ISBN: 0130914118
Esta obra discute os mercados electrónicos de B2B (“Busines to Business”), ou
os chamados “marketplaces”, e os processos de “e-procurement”.
Nevalainen, Alec
The E-Business Dictionary: EDI, Supply Chain, and E-Procurement Terminology
Editor: Rockbend Books Llc (2003)
ISBN: 0971320322
Uma referência completa sobre os processos de EDI, cadeia de fornecimento e o
“e-procurement” omnipresentes no “E-Business”.
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9
Norton, David P.; Kaplan, Robert S.
Organização Orientada para a Estratégia: Como as empresas que adoptam o Balanced Socrecard prosperam no novo ambiente de negócios
Editor: Campus (2000)
ISBN: 8535207090
Ao propor um referencial prático de eficácia comprovada, que incorpora toda a
experiência resultante de fecundos estudos de casos, este livro ajuda a resolver
uma questão de gestão importantíssima - não basta formular a estratégia,
também é preciso fazê-la funcionar no dia-a-dia.
Novelli, Marina
Niche Tourism, First Edition: Contemporary issues, trends and cases
Editor: Butterworth-Heinemann (2004)
ISBN: 075066133X
Esta obra retrata o “Turismo de Nicho” – uma das áreas de maior expansão no
sector do turismo.
Oliveira, Wilson
CRM e E-Business
Editor: Edições Centro Atlântico (2000)
ISBN: 9728426291
O CRM não é uma moda que irá desaparecer em pouco tempo. A gestão eficaz
do relacionamento com os clientes será um dos principais factores de
diferenciação competitiva nos próximos anos. A tecnologia permite-nos pensar
em ambientes CRM eficazes, mas por si só não será suficiente. Precisamos de
redesenhar processos e profissões.
Page, Stephen
Tourism Management, First Edition : Managing for Change
Editor: Butterworth-Heinemann (2003)
ISBN: 0750657529
Uma obra provocadora sobre a gestão turística e o seu desenvolvimento
continuo.
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10
Peiperl, Maury A.
Getting 360-Degree Feedback Right
Editor: Harvard Business Review (2001)
Esta obra retrata o facto de que desde uma década que o”360-degree feedback”
tem revolucionado o desempenho da gestão.
Pender, Lesley; Sharpley, Richard
The Management of Tourism
Editor: Sage Publications Ltd (2004)
ISBN: 0761940227
Esta obra retrata os conceitos, filosofias e praticas de gestão no negócio do
turismo.
Reis, Carlos
Planeamento Estratégico de Sistemas de Informação
Editor: Presença (2000)
ISBN: 9722317083
Esta obra retrata as principais características de um plano estratégico de
sistemas de informação e os métodos para o seu desenvolvimento.
Ritchie, J. R. Brent
Travel, Tourism, and Hospitality Research : A Handbook for Managers and Researchers
Editor: Wiley (1994)
ISBN: 0471582484
Esta obra divulga as últimas metodologias de investigação, estatísticas e
técnicas relevantes à indústria de Turismo e Hospitalidade.
Rutherford, Denney G.
Hotel Management and Operations
Editor: Wiley (2001)
ISBN: 0471370525
Esta obra apresenta uma visão do “mundo real” sobre todos os aspectos
associados à operação e gestão hoteleira.
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11
Sanchez, Ron
Knowledge Management and Organizational Competence
Editor: Oxford University Press (2003)
ISBN: 0199259283
A reflexão de gestão nos dias de hoje é centrada em dois campos: Gestão do
conhecimento e a aproximação baseado na competência à gestão estratégica.
Sanchez-Segura, Maria-Isabel
Developing Future Interactive Systems
Editor: Idea Group Publishing (2004)
ISBN: 1591404118
Esta obra retrata os sistemas interactivos e o seu desenvolvimento.
Segan, Sascha
Priceline.com For Dummies
Editor: For Dummies (2004)
ISBN: 0764575929
Esta obra divulga o modelo de negócio do Priceline.com e como o mesmo
impacta o seu utilizador e os seus vendedores de serviços de viagens.
Semer-Purzycki, Jeanne
Practical Guide to Fares & Ticketing
Editor: Thomson Delmar Learning (2000)
ISBN: 076681582X
Esta obra completa retrata a indústria de viagens e os processos de venda de
bilhetes.
Sharples, Liz
Food Tourism Around The World, First Edition : Development, Management and Markets
Editor: Butterworth-Heinemann (2003)
ISBN: 0750655038
Esta obra retrata a indústria de Alimentação turística, o seu desenvolvimento,
gestão e mercados.
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12
Shook, Robert L.
Jackpot! Harrah's Winning Secrets for Customer Loyalty
Editor: Wiley (2002)
ISBN: 0471263230
Esta obra ensina como criar lealdade no cliente podendo gerir o negócio com
mais prazer.
Sterne, Jim
Customer Service on the Internet: Building Relationships, Increasing Loyalty, and Staying Competitive
Editor: Wiley (2000)
ISBN: 0471382582
Esta obra retrata os mercados competitivos se serviços onde a qualidade e a
eficácia são disponibilizados 24 horas por dia, 7 dias por semana e 365 dias por
ano.
Sungsoo, Pyo
Benchmarks in Hospitality and Tourism
Editor: Haworth Hospitality Press (2003)
ISBN: 0789019140
O objective deste relatório é a revisão do conceito de “benchmarking” com
ênfase nos seu pontos forte e deficiências abordando assim os métodos que
podem ser aplicados aos destinos e empreendimentos turísticos.
Sweeney, Susan
Internet Marketing for Your Tourism Business: Proven Techniques for Promoting Tourist-Based Businesses over the Internet
Editor: Maximum Press (2004)
ISBN: 1885068476
Esta obra retrata os métodos de promoção turística baseados no modelo
Internet.
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13
Taylor, David; Terhune, Alyse
Doing E-Business: Strategies for Thriving in an Electronic Marketplace
Editor: John Wiley & Sons (2001)
Este livro divulga os conceitos, ideias e técnicas que permitem a implementação
e a gestão do comércio electrónico e do “E-Business”.
Theobald, William F.
Global Tourism
Editor: Butterworth-Heinemann (2004)
ISBN: 0750677899
A pressão nos governos locais e nacionais para o rápido desenvolvimento do
seu potencial turístico para confrontar as exigências e produzir resultados, traz
a necessidade de planear cuidadosamente os impactos humanos e ambientais
do desenvolvimento turístico.
Tse, David; Viswanath, Pramod
Fundamentals of Wireless Communication
Editor: Cambridge University Press (2005)
ISBN: 0521845270
A última década via muitos desenvolvimentos na camada física das
comunicações em fios. Esta obra retrata essa evolução e princípios.
Wober, K. W.
Benchmarking in Tourism and Hospitality
Editor: CABI Publishing (2002)
ISBN: 0851995535
O “Benchmarking” é uma “buzzword” da última década que descreve o
método de comparar empresas diferentes, através da medição de várias
variáveis de desempenho e objectivos.
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14
E-Business para Turismo: Guia Prático para Destinos e Empresas Turísticas
Editor: Bookman (2003)
ISBN: 8536301740
Este texto, originalmente produzido pela Organização Mundial de Turismo,
fornece orientações práticas para organizações e empresas envolvidas com o
sector turístico e interessadas em trabalhar com o comércio electrónico.
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15
Ficha Técnica Projecto: Turismo e Tecnologias de Informação
Recurso Didáctico: Componente nº3 de 3, Produto Didáctico nº3 de 6: As Implicações da
Internet na Realidade do Negócio Turístico e os Desafios Tecnológicos do Futuro Próximo –
Bibliografia
Autoria: Miguel Vasco Cruz
Adaptação técnica para o LMS e programação: Paulo Silva
Direcção de Design Gráfico: Gonçalo Sabela
Design Gráfico: Gonçalo Sabela e Alzira Silva
Digitalização e Tratamento de Imagens: Brígida Lopes
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POEFDS (co-financiamento do Estado Português e da União Europeia, através do FSE)
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16
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legais eventualmente aplicáveis, não oferecemos quaisquer garantias de qualquer tipo quanto
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17
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TURISMO E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
Tecnologias de Informação na Gestão da Actividade Turística
COLECÇÃO DE APONTADORES DE CONTEÚDOS ONLINE (LINKS)
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2
Índice 1 GERAL .............................................................................................................................................4 2 ACESSO A INFORMAÇÃO .....................................................................................................4
2.1 CONEXÕES ..............................................................................................................................4 2.2 GIZMOS ...................................................................................................................................8
3 B2B-B2C ......................................................................................................................................11 3.3 RESERVAS ON-LINE .............................................................................................................12
4 COMPETITIVIDADE/QUALIDADE .................................................................................12 5 CRM-ERP .....................................................................................................................................12 6 ECONOMIA/GLOBALIZAÇÃO/SUSTENTABILIDADE...........................................13 7 ENQUADRAMENTOS GERAIS ...........................................................................................14 8 LAST-MINUTE TRAVEL ........................................................................................................14 9 LEGISLAÇÃO/CÓDIGOS DE ÉTICA ...............................................................................15 10 LOW-COSTS (SOBRE) ..........................................................................................................15
10.4 GURUS ...................................................................................................................................15 10.5 LCAS .....................................................................................................................................15 10.6 LOW-COSTS DE TRANSPORTE TERRESTRE ..........................................................................16
11 MARKET ORIENTATION......................................................................................................16 12 MARKETING/ESTRATÉGIAS.............................................................................................17
12.7 FIDELIZAÇÃO.........................................................................................................................17 13 ORGANISMOS...........................................................................................................................18
13.8 POSTOS DE TURISMO ...........................................................................................................19 13.9 REGIÕES DE TURISMO .........................................................................................................19
14 TECNOLOGIA ............................................................................................................................19 14.10 CONTENT MANAGEMENT ...................................................................................................19 14.11 INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA ...............................................................................................20 14.12 WIRELESS ..........................................................................................................................21
15 TURISMO CULTURAL ............................................................................................................21 16 WEBSITES DE DISTRIBUIÇÃO E INFORMAÇÃO ...................................................21
16.13 AGÊNCIAS DE VIAGENS.....................................................................................................21 16.14 AGGREGATORS...................................................................................................................21 16.15 COMPANHIAS AÉREAS .......................................................................................................23 16.16 CONSOLIDATORS ...............................................................................................................28 16.17 GDS - GLOBAL DISTRIBUTION SYSTEMS .......................................................................34 16.18 HOTÉIS ...............................................................................................................................34 16.19 NAME YOUR PRICE ............................................................................................................35 16.20 RENT-A-CARS....................................................................................................................36 16.21 SEGUROS DE VIAGEM........................................................................................................36 16.22 WEBSITES DE INFORMAÇÃO .............................................................................................36
17 YIELD MANAGEMENT - REVENUE MANAGEMENT ................................................39 17.23 MODELO DE GESTÃO .........................................................................................................39 17.24 TECNOLOGIA ......................................................................................................................40
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3
Desafios Tecnológico: Links
Introdução e Objectivos Como se disse no ponto equivalente a este do Produto Didáctico nº3 relativo a esta componente
(sobre a “bibliografia” no sentido clássico, i.e. em papel), existe um acervo relevante e
documentado em fontes bibliográficas sobre as implicações profundas da Internet na reorga-
nização estrutural de empresas e outras entidades. É no entanto mais complicado identificar
referências a contributos disponíveis online, sobretudo quando são particularmente relevantes
para o caso da “indústria da paz” – o Turismo. Acontece que algumas das mais relevantes con-
tribuições sobre este assunto só estão disponíveis online e seria lamentável não se levar a cabo
um trabalho de investigação cuidado que permitisse identificar e organizar as contribuições
mais relevantes disponíveis online, portanto com um acesso mais fácil, imediato, e barato – visto
ser gratuito –, que fontes bibliográficas “clássicas”.
Incluímos assim uma selecção dos recursos publicados online sobre esta temática. Os critérios
de inclusão de referências serão os seguintes:
Contributos “de fundo”, independentemente da sua data de publicação,
disponíveis em sites que dão alguma garantia de estabilidade de conteúdos;
Contributos relevantes, estimulantes ou polémicos, publicados online desde o
ano 2000;
Selecção de textos de investigação e análise, publicados na Web, sob a égide de
entidades importantes no que respeita este tema.
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4
Links
1 Geral
Consumer Reports WebWatch -- Conferences Travel Research Review
http://www.consumerwebwatch.org/dynamic/conferences-travel-research.cfm
SARS conspiracy theory - Wikipedia, the free encyclopedia
http://en.wikipedia.org/wiki/SARS_conspiracy_theory
Severe Acute Respiratory Syndrome - Wikipedia, the free encyclopedia
http://en.wikipedia.org/wiki/SARS
Strategic behaviour, barriers to entry and barriers to mobility
http://www.unige.ch/cyberdocuments/theses2001/HuberH/these.html
Terrorism - Wikipedia, the free encyclopedia
http://en.wikipedia.org/wiki/Terrorism
2 Acesso a Informação
Merry Convergence Christmas
http://www.businessweek.com/magazine/content/04_51/b3913080_mz054.htm
2.1 Conexões
Connecting to the Internet when traveling
http://www.thetravelinsider.info/roadwarriorcontent/internetconnecting.htm
Free ISPs - get free dialup access to the Internet!
http://www.freecenter.com/dialup.html
Howstuffworks
http://computer.howstuffworks.com/framed.htm?parent=question372.htm&url=http://www.je
t.net/isdn/isdnintro.html
Howstuffworks How Home Networking Works
http://computer.howstuffworks.com/home-network1.htm
Howstuffworks How Internet Infrastructure Works
http://computer.howstuffworks.com/internet-infrastructure.htm
Howstuffworks How Modems Work
http://computer.howstuffworks.com/modem.htm
Howstuffworks How WAP Works
http://computer.howstuffworks.com/wireless-internet.htm
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5
Interact Mobile - document centre - glossary
http://computer.howstuffworks.com/framed.htm?parent=question372.htm&url=http://www.je
t.net/isdn/isdnintro.html
Mobile Handset Statistics
http://www.w2forum.com/p/mobile_handset_statistics/80/
Quocirca - Business and IT Analysis
http://www.quocirca.com/articles_st_mapps.htm
Resources Position Papers
http://www.umts-
forum.org/servlet/dycon/ztumts/umts/Live/en/umts/Resources_Papers_index
2.1.1 ADSL
ADSL, Broadband and Wireless Hardware Frequently Asked Questions
http://www.dsl-warehouse.co.uk/faq.asp
Howstuffworks How DSL Works
http://computer.howstuffworks.com/dsl.htm
New Computer Users Connecting laptop to ADSL
http://www.experts-exchange.com/Hardware/New_Users/Q_20603378.html
2.1.2 Bluetooth
Howstuffworks How Bluetooth Works
http://electronics.howstuffworks.com/bluetooth.htm
The Official Bluetooth® Wireless Info Site
http://www.bluetooth.com/index.asp
2.1.3 Cable
Cable Modems Information About High Speed Internet and Broadband Access
http://www.cable-modem.net/
Howstuffworks How Cable Modems Work
http://computer.howstuffworks.com/cable-modem.htm
2.1.4 Ethernet
Howstuffworks How Ethernet Works
http://computer.howstuffworks.com/ethernet.htm
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6
2.1.5 GPRS
GSM World - What is GPRS
http://www.gsmworld.com/technology/gprs/intro.shtml
Pesquisa Google defineGPRS
http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&lr=&oi=defmore&q=define:GPRS
2.1.6 HomePNA
HomePNA
http://www.homepna.org/
HomePNA.Com
http://www.homepna.com/
Howstuffworks How Phone-line Networking Works
http://computer.howstuffworks.com/phone-network1.htm
2.1.7 Infravermelhos
Welcome to IrDA
http://www.irda.org/
2.1.8 Power Line
HomePlug Powerline Alliance -- HomePage
http://www.homeplug.org/en/index.asp
Howstuffworks How Power-line Networking Works
http://computer.howstuffworks.com/power-network.htm
Intellon Home Page
http://www.intellon.com/
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Cheap Flights to Europe and Worldwide with SkyScanner
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Lowestfare.com
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Mobissimo Travel Search airfare
http://www1.mobissimo.com/travel/search_airfare.php
QIXO Main Page
http://www.qixo.com/index.html?QIXO_Session=f31ff661c03bfe92aed6bd6892b47b81
TravelJungle - Your fare comparison system for the best rates online
http://www.traveljungle.co.uk/
TravelSupermarket - Cheap Flights, Car Hire and Cheap Hotels
http://www.moneysupermarket.com/traveldefault.asp?Source=TS
Travelzoo - Your guide to sales, specials, hot travel deals
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FlyMe - Travel at the right price - Low price air travel
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Hellas Jet – Travel on daily scheduled flights from-to Athens, Greece – Book online
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http://www.icelandexpress.com/
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http://www.jetx.it/
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Virgin Express - The smartest way to fly Europe!
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16.16.1 Hotéis-Villas-Apartamentos
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Holiday Rentals & Vacation Rentals
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Nationwide Hotel Directory - GotHotel.com
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Shortbreaks.com
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Bestfares.com - Airfare, Hotel, Car Rental, Cruise and Vacation Discount Deals
http://www.bestfares.com/home.asp
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Opodo
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Orbitz Airline Tickets, Hotels, Car Rentals, Travel Deals
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Ski holidays, chalet holidays, resort snow reports
http://www.ifyouski.com/
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Skiing Holidays, Villa Holidays, Tropical and Caribbean Holidays
http://www.iglu.com/
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Cheap Car Hire - UK, Europe and Worldwide from Holiday Autos UK
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16.16.5 Seguros de Viagem
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16.16.6 Travel Auction Websites
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Luxury travel auctions and hotels for less at LuxuryLink.com
http://www.luxurylink.com/
SkyAuction.com Travel Auctions Airline Tickets, Hotels, Cruises & Vacation Packages
http://www.skyauction.com/
Travel - Other - Yahoo! Auctions
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16.16.6.2 Leiloeiras generalistas
A LEILOEIRA, lda
http://www.aleiloeira.pt/
bid tv - The UK's Premier TV and Online Auction Channel
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Bonhams 1793 Fine Art Auctioneers & Valuers
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Cabral Moncada Leilões
http://www.cabralmoncadaleiloes.pt/
Canal-leiloes
http://www.canal-leiloes.com.pt/
Christie's - Home Page
http://www.christies.com/home_page/home_page.asp
e-bay.com
http://www.e-bay.com/
Leiria e Nascimento
http://www.leiria-e-nascimento.pt/
miau.pt
Tudo se vende, Tudo se compra! - Leilões, Vendas e Classificados de Informática, Telemóveis,
Automóveis, Audio, Electrónica , Coleccionáveis, Desporto, Viagens e muitos outros
http://www.miau.pt
Palácio do Correio Velho
http://www.pcv.pt/
QXL.com
http://www.qxl.com/
Sotheby's - Welcome
http://search.sothebys.com/
Yahoo! Auctions
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7 Tips For Selling On eBay - eBay Selling Tips to Help You Sell on eBay Successfully
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eBay Case Study Managing the Digital Enterprise
http://digitalenterprise.org/cases/ebay.html
eBay Holiday Sales - 10 Ways to Increase eBay Holiday Sales
http://sbinfocanada.about.com/od/onlinebusiness/a/ebayholidaysale.htm
Marketing Strategy - Sell To Your Target Market
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Online Travel Auctions
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Selling on eBay Case Study - Lessons For Selling on eBay
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16.16.6.4 Websites com leilões de turismo
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http://www.insidec.com/mt/archives/2004/07/
Overseas Airline Consolidators
http://www.transitionsabroad.com/publications/magazine/0005/overseas_airline_consolidator
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Travel Agents Increasing Their Use of Both The GDS and Internet ...
http://www.travelclick.net/includes/getpub.cfm/HEDNA-
TA_use_of_GDS__Int108Oct03040358.pdf?pub_id=1868
16.17.1 Tecnologia
SCS Solars - SpeedRes™
http://www.solars.com/Solars.BIZ/speedres.html
Together we can achieve more
http://www.cendanttds.com/galileo/
Welcome to Amadeus.com
http://www.amadeus.com/
Welcome to Sabre Holdings
http://www.sabre-holdings.com/
Worldspan Home Page
http://www.worldspan.com/home.asp?fPageID=2
16.18 Hotéis
Edinburgh Hotels from B2C Worldwide Hotels
http://www.b2c-edinburgh-hotels.com/
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Hilton Hotels Home
http://www.hilton.com/en/hi/index.jhtml
Hyatt.com Luxury Hotels and Resorts Hyatt Hotels and Resorts
http://www.hyatt.com/corporate/index.jhtml
Vila Galé
http://www.vilagale.pt/
16.19 Name Your Price
16.19.1 Sobre...
06-01-19 TABLE How To Use Priceline
http://www.businessweek.com/1998/22/b3580157.htm
Air Priceline Let the Bidder Beware - Budget Travel - 02-12-00
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Connors Communications - Priceline
http://www.connors.com/case-studies/priceline.html
Hey, I didn't buy that ticket - Travel Troubleshooter - MSNBC.com
http://www.msnbc.msn.com/id/6770055/
Name Your Price!
http://budgettravel.about.com/cs/auctions/a/name_price.htm
Priceline Case Study Managing the Digital Enterprise
http://digitalenterprise.org/cases/priceline.html
Priceline The Real Story
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Priceline_CS_A4
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Using Priceline.com
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WALKER DIGITAL
http://www.walkerdigital.com/
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16.20 Rent-a-Cars
AVIS
http://www.avis.com.pt/
Car Hire UK Spain Italy Europe and Worldwide from carhire.co.uk
http://www.carhire.co.uk/
Europcar UK - for car hire and rental
http://laterooms.europcar.co.uk/
rent your car today Budget
https://www.budgetuat.com/budgetWeb/reservation/bridge.ex
16.21 Seguros de Viagem
Cheap Travel Insurance UK Holiday Annual Backpackers Insurance
http://www.123-travel-insurance.co.uk/
The UK Insurance Site
http://www.easycover.com/
Travel Insurance UK - Cheap Annual Holiday Insurance
http://www.insureandgo.com/
16.22 Websites de Informação
16.22.1 Blogs
Blogs Will Change Your Business
http://www.businessweek.com/magazine/content/05_18/b3931001_mz001.htm
16.22.2 Publicações, revistas...
Daily News for the International Travel and Tourism Industry
http://www.traveldailynews.com/default.asp
FlightHumor.org -- Celebrating 100 years of laughter in the air
http://www.flighthumor.org/
FREE Travel Magazine E-zine Dream
http://www.realtraveladventures.com/
National Geographic Traveler Magazine
http://www.nationalgeographic.com/traveler/
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16.22.3 Websites de dicas, guias...
Business Tr@veler Info Network
http://www.business-trip.com/biztrav.htm
Caribbean and Bermuda Hotels, Resorts, Villas, Packages, Reviews and Photos
http://www.wheretostay.com/
Compare Prices and Read Reviews on Hotels & Travel at Epinions.com
http://www.epinions.com/trvl?tab=1
Compare Prices, Product Reviews and Store Ratings at BizRate
http://www.bizrate.com/
Complaints.com - publicize and read consumer complaints
http://www.complaints.com/
ELLIOTT.ORG
http://www.elliott.org/
Europe travel - In Your Pocket City Guides
http://www.inyourpocket.com/
Fodor's Travel Guides Plan Your Trip Online
http://fodors.com/
Frommer's Travel Guides The Best Trips Start Here!
http://www.frommers.com/
Hotel reviews, motel reviews, and resort reviews - HotelShark
http://www.hotelshark.com/
hotTravelTips.com - the hottest Hotels, Food, and Sights in the best cities in the world
http://www.hottraveltips.com/?kw=travelgeneral
Independent Travel (attitude Travel) Information Resources and Advice
http://www.attitudetravel.com/
Lonely Planet Online
http://www.lonelyplanet.com/
Mr. & Mrs. Globetrotter - General - MSNBC.com
http://www.msnbc.msn.com/id/6853774/
Pesquisa Google travel tips
http://groups.google.pt/groups?hl=pt-PT&lr=&q=travel+tips
Reviews of vacations, hotels, resorts, vacation and travel packages - TripAdvisor
http://www.tripadvisor.com/
Trails 'n Tales - Where have you been lately
http://www.trails-n-tales.com/
Travel guides for destinations and all types of air travelers
http://airtravel.about.com/od/travelguides/
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38
16.22.4 Websites de utilidade diversa
AccuWeather - World Weather - Local Weather Forecast
http://wwwa.accuweather.com/adcbin/public/index.asp
Airline and Airport quality ranking and global Passenger Forums
http://www.airlinequality.com/
Airport Transfer Service A-T-S.net
http://www.a-t-s.net/
ANTOR Membership List
http://www.antor.com/
ATM Locator - Find Bank Cash Machines
http://visa.via.infonow.net/locator/global/jsp/SearchPage.jsp
Bars, Cocktail Lounges and Cool Pubs around the World
http://www.worldsbestbars.com/
BBB
http://www.bbb.org/
BiddingForTravel.com @ www.ezboard.com
http://p070.ezboard.com/bpricelineandexpediabidding.html?
CBP Travel Spotlight Spotlight
http://www.cbp.gov/xp/cgov/travel
Cheap Flights from Budget Airlines with WhichBudget.com
http://www.whichbudget.com/
Flight Arrivals & Departures
http://www.flightarrivals.com/cgi-bin/WebObjects/Flights
GeekTools' GeekTels
http://www.geektools.com/geektels/
Girus.com.br Turismo, Informação e Debate
http://www.girus.com.br/girus/quemsomos.php
International Travel
http://travel.state.gov/travel/travel_1744.html
MapQuest.Com Maps, Directions and More
http://www.mapquest.com/
Passport Home
http://travel.state.gov/passport/passport_1738.html
Priceline and Hotwire Forum, Winning Bids, and Bidding Help
http://www.betterbidding.com/
SeatExpert - Expert in Airline Seat Selection
http://www.seatexpert.com/index.html
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39
SeatGuru.com - Your Enlightened Guide to Airplane Seating
http://www.seatguru.com/
Ski Club of Great Britain - Home Page
http://www.skiclub.co.uk/skiclub/default.asp
The World Clock - Time Zones
http://www.timeanddate.com/worldclock/
Tourism Offices Worldwide Directory
http://www.towd.com/
TSA Transportation Security Administration TSA Home Page
http://www.tsa.gov/public/
ViaMichelin route planner europe travel guide maps Michelin restaurants
http://www.viamichelin.com/viamichelin/gbr/tpl/hme/MaHomePage.htm
WebFlyer The Frequent Flyer Authority
http://www.webflyer.com/
whatsonwhen.com - welcome to the world's best events at whatsonwhen
http://www.whatsonwhen.com/
XE.com - The World's Favorite Currency Site
http://www.xe.com/
17 Yield Management - Revenue Management
17.23 Modelo de gestão
ELLIOTT More Yield Management Strategies
http://elliott.org/tightwad/2002/yield2.htm
ELLIOTT Playing the System to Win
http://elliott.org/tightwad/2002/yield.htm
Hotels copy airlines, use yield management when setting room rates
http://www.4hoteliers.com/4hots_fshw.php?mwi=363
ITN - Revenue Management for Travel Agents, Online Travel Aggregators
http://www.breakingtravelnews.com/article/2005013112282668
The Business of Inventing A Case Study A Business Method Laboratory
http://www.informit.com/articles/article.asp?p=25769&rl=1
Understanding Yield Management
http://www.wardell.org/understanding_yield_management.htm
Yield management - Wikipedia, the free encyclopedia
http://en.wikipedia.org/wiki/Yield_management
Yield Management history and definition
http://www.optims.com/UK/hight_profits.html
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40
17.24 Tecnologia
Online Travel Distribution Channels with EZ Yield - June 2004
http://www.hotel-online.com/News/PR2004_2nd/June04_EZYieldCHIP.html
VisiGlobe Technology & Consulting - Hotel & Travel
http://www.visiglobe.com/eng/home.htm
www.ezyield.com
http://www.ezyield.com/Competitions.asp
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41
Ficha Técnica Projecto: Turismo e Tecnologias de Informação
Componente nº1 de 3, Produto Didáctico nº4 de 6: Tecnologias de Informação na Gestão da
Actividade Turística – Colecção de Apontadores de Conteúdos Online
Autoria: Miguel Vasco Cruz
Adaptação técnica para o LMS e programação: Paulo Silva
Direcção de Design Gráfico: Gonçalo Sabela
Design Gráfico: Gonçalo Sabela e Alzira Silva
Digitalização e Tratamento de Imagens: Brígida Lopes
Coordenação Pedagógica: Luís Amaral Oliveira
Um projecto da CNS Aveiro – Companhia Nacional de Serviços Lda. com o apoio financeiro do
POEFDS (co-financiamento do Estado Português e da União Europeia, através do FSE)
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sempre e somente a identificar os produtos ou serviços concretos em causa.
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Isenção de Responsabilidade | disclaimer Não acreditamos que este documento e/ou os exercícios propostos incluam ensinamentos ou
características que o possam prejudicar. No entanto, tenha em atenção que, dentro dos limites
legais eventualmente aplicáveis, não oferecemos quaisquer garantias de qualquer tipo quanto
aos conteúdos transmitidos. Quaisquer responsabilidades pelas consequências de seguir ou
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indirectamente, os custos relacionados com reparações, bem como todos os outros custos
relacionados com quaisquer incidentes derivados de qualquer modo por este documento, são da
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not limited to loss of data or data being rendered inaccurate or losses sustained by you or third parties or a
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Todos os direitos reservados. Excepto para uso pessoal, nenhuma parte deste documento pode
ser reproduzido sob forma alguma ou por quaisquer meios, electrónicos, mecânicos, ou outros,
incluindo fotocópia de páginas impressas, gravações, ou por qualquer processo de
armazenamento de informação, sem permissão escrita do IEFP – Instituto do Emprego e
Formação Profissional ou da CNS Aveiro – Companhia Nacional de Serviços, Lda. Pode solicitar
permissão através de correio-e ([email protected]).
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e Formação Profissional or CNS Aveiro – Companhia Nacional de Serviços, Lda. Ask for permission by e-
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TURISMO E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
As Implicações da Internet na Realidade do Negócio Turístico e os
Desafios Tecnológicos do Futuro Próximo
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
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Tel. +351 234 420 828
Fax +351 234 381 769
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Desafios Tecnológicos: Os Exercícios
N.B.: não deixar de consultar as NOTAS EXPLICATIVAS e ENQUADRAMENTO no fim do
presente caderno, onde são tratados os seguintes temas:
– Objectivos Pedagógicos
– Pré-Requisitos
– Espaço Físico/Equipamentos/Materiais
– Duração
– Orientações de Carácter Pedagógico-Didáctico
– Informação Complementar
– Avaliação
O motivo porque se optou por incluir estas considerações no fim do documento tem a ver com
questões de usabilidade: tendo em conta que o leitmotif deste documento são os exercícios e que
é aos exercícios que os leitores regressarão mais vezes, optou-se por incluir todas as
considerações de enquadramento no fim, para não se tornarem um obstáculo permanente à
consulta.
Tenha em consideração que se é a sua primeira consulta aos Exercícios, neste formato para
impressão, deve provavelmente começar pelo fim.
Índice Exercícios de Aplicação, página 3
Notas Explicativas e Enquadramento, página 8
Ficha Técnica, página 14
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Exercícios de Aplicação
Competitividade Exacerbada
QUESTÕES: 1. Os avanços tecnológicos na área das comunicações tiveram e continuam a ter um grande impacto em
quais das seguintes situações (no âmbito dos serviços de Turismo)?
a. Relacionamento do consumidor com os produtores b. Relacionamento do consumidor com os intermediários (retalho) c. Relacionamento dos produtores com os intermediários d. Relacionamento dos intermediários com o consumidor e. Relacionamento entre consumidores f. Todos os indicados
2. A disseminação e fácil acesso à tecnologia ao serviço do Turismo (em todas as suas vertentes)
provocou e continua a provocar quais dos seguintes efeitos?
a. Mudança de perfil de utilizador b. Necessidade de estratégias de diferenciação por parte de fornecedores c. Aumento da procura d. Aumento de concorrência e. Normalização e banalização da oferta f. Todos os indicados
3. As grandes mudanças que se têm vindo a verificar no sector do Turismo começaram com alterações
significativas nos modelos de negócio e administração de empresas de alguns sectores chave. De quais falamos?
a. Telecomunicações b. Metalurgia c. Marketing d. Transportes e. Informática f. Hotelaria
4. O embaratecimento dos custos de transporte está intimamente relacionado com um um modelo de negócios inovador. De qual falamos?
a. Distribuição geográfica de pontos de venda b. Modelos em economia de escala c. Sistemas de informação geográfica d. Gestão de retorno ou “yield management” e. Modelo low-cost f. Todos os indicados
5. Em companhias aéreas que praticam o modelo low-cost (LCAs), há uma particular preocupação em
equiparar ofertas com as companhias do tipo flag carrier, com modelos de negócio mais convencionais.
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a. É verdade. As LCAs focam com particular atenção pormenores como as refeições e o espaço disponível, de forma a equipararem-se ao oferecido em companhias flag carrier.
b. É falso, as LCAs querem disponibilizar uma oferta mais completa e rica em características do que as flag carriers, minimizando o custo para o cliente.
c. É verdade, as LCAs tentam oferecer o máximo de conforto e regalias aos seus clientes, praticando até preços mais elevados do que as flag carriers e posicionando-se num mercado alvo de maior capacidade económica.
d. É falso, as LCAs focam fundamentalmente a sua atenção no preço e na optimização de custos e cortam em praticamente tudo que é regalia.
e. É verdade, as LCAs procuram ter sempre as mesmas rotas e destinos que as flag carriers mas a preços muito mais baixos.
f. É falso, as LCAs só operam em rotas em que não há serviços fornecidos por flag carriers. 6. Indique quais das seguintes empresas implementaram notoriamente o conceito low-cost.
a. Exxon b. British Airways c. EasyJet d. Emporio Armani e. Pizza Hut f. RyanAir
7. O fenómeno last-minute diz respeito a:
a. Método de trabalho pouco aconselhável em que se deixa tudo para a última. b. A cultura da pressa e do ritmo acelerado a que estamos expostos. c. A escolha dos destinos de férias no último dia de trabalho. d. Fenómeno de valorização súbita de alguns tipos de acções que ocorre todos os dias nas
Bolsas, no último minuto de expediente. e. Fenómeno de selecção e aquisição rápida de serviços de Turismo f. Colocação no mercado de pacotes de Turismo de última hora a preços excepcionais para
escoamento de inventário 8. O processo de esperar pelas ofertas de última hora a preços sensacionais, ou seja, o fenómeno last-
minute, é adequado tanto para turismo de recreio como de negócios.
a. É verdade. Os preços baixos que se conseguem são especialmente importantes para negócios onde a regularidade das viagens exige controle de custos.
b. É falso. A natureza imprevísivel do fenómeno last-minute não é compatível com compromissos rígidos de negócios ou de períodos específicos de férias.
c. É verdade. Compensa sempre esperar pelas ofertas last-minute, que sempre aparecem e com preços a uma fracção do normal.
d. É falso. Os negócios de última hora são mais adequados para quem tenha flexibilidade em todos os aspectos: destino, alojamento, datas e meios de transporte.
e. É verdade. Em qualquer situação deve-se sempre ter calma e esperar pelos negócios de última hora.
f. É falso. O fenómeno last-minute só é adequado para viagens de negócio.
DESAFIOS: 9. A indústria de Turismo e Viagens está, hoje mais do que nunca, sob criteriosa observação de diversos
organismos nacionais e internacionais. Um deles, o WTTC (World Travel & Tourism Council), um organismo do sector privado, estabeleceu uma estrutura de trabalho internacional com objectivos e
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critérios gerais bem definidos. Em que consiste esta estrutura, quais os seus objectivos e quais os critérios gerais aplicados?
10. Todas as entidades envolvidas no fornecimento de serviços do sector do Turismo têm acesso hoje em
dia na sua grande maioria às mesmas tecnologias e ferramentas. A tecnologia tem vindo a ter portanto um efeito normalizador da oferta, no sentido em que a torna mais parecida e indiferenciável. Indique qual a postura mais aconselhável para combater este efeito.
11. É um facto que a Internet veio para ficar no sector do Turismo (assim como em muitos outros,
eventualmente todos). Dentro do espectro de websites que se podem encontrar, cada um deles tentando à sua maneira potenciar posturas de negócio diferentes, há algumas características comuns que nos permitem estabelecer uma segmentação (ainda que discutível). Indique alguns dos segmentos em que se podem agrupar os websites ligados ao sector do Turismo.
12. Qual a principal dificuldade que se coloca quando se deseja segmentar os websites do sector de
Turismo tendo em consideração os seus propósitos e funcionalidades? 13. Dados os novos desafios que são colocados à indústria do Turismo actualmente, qual é na sua opinião
a importância do marketing no processo de alavancagem da competitividade do sector? 14. Se as estratégias de marketing são essenciais para se atingir os segmentos desejados de clientes da
forma correcta, que papel pensa que terão os métodos de gestão de relacionamento na manutenção dos clientes num mercado extremamente competitivo como o do Turismo?
B2C - Business to Consumer
QUESTÕES: 1. Indique quais das seguintes transacções comerciais podem ser consideradas como fazendo
parte de uma relação do tipo B2C:
a. Comprar 1 kg de açúcar no supermercado para o café matinal b. Comprar 100 Kg de açúcar no armazém para fazer e vender bolos c. Comprar 2 ovos na mercearia para a omolete do jantar d. Comprar 100 bolos na panificadora para distribuição nacional e. Vender bolos mais baratos aos empregados da empresa f. Vender um bolo a um cliente de balcão
2. Os websites competitivos a nível de Turismo devem ter quais das seguintes características?
a. Grande oferta de produtos/serviços b. Uma maneira fácil de se encontrar a informação que pretendemos c. Jogos em Flash d. Descrição resumida dos produtos para não ser preciso ler muito e. Não ter fotos dos produtos para a consulta ser mais rápida f. Permitir a selecção de produtos e a sua aquisição num processo único on-line
3. Que razões podem haver para uma empresa desenvolver o seu próprio website e o seu próprio sistema
de reservas on-line (em vez de usar um sistema comercial pré-elaborado)?
a. Para ocupar o tempo b. Para aumentar o controle sobre o ciclo de vida dos produtos c. Para aumentar a rapidez de actualização dos conteúdos do website
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d. Para integração de forma mais adequada aos processos internos e. Para arranjar despesas e assim diminuir a massa tributável f. Para disporem de uma ferramenta essencial para o cumprimento de objectivos
4. Quais das presenças na web indicadas são grandes referências em termos de leilões de Turismo on-
line (entenda-se, as leiloeiras que operam excusivamente na Internet)?
a. Playboy b. Portugal Telecom c. Christie’s d. eBay Travel e. LuxuryLink f. SkyAuctions
5. Em quais das actividades indicadas já se aplica hoje em dia o conceito de “yield management”?
a. Tabacarias (quiosques) b. Máquinas de vender tabaco c. Máquinas de vending de produtos alimentares d. Cibercafés e. Transportes aéreos low-cost f. Alojamento (hotéis)
DESAFIOS: 6. Em que consiste o termo B2C? 7. No caso do Turismo, a reflexão mais notória de B2C nos websites é o sistema de reservas on-line. O
que entende por sistema de reservas on-line e como vê a relação destes com a necessidade de factores de diferenciação por parte dos operadores de turismo?
8. Qual a relevância dos leilões on-line no sector de Turismo hoje em dia? 9. Em que consiste o conceito dos leilões em reverso e como se designa normalmente? 10. O que entende por “yield management” e em que medida está relacionado com o sector de Turismo?
O Futuro Próximo
QUESTÕES: 1. A designação Wi-Fi é utilizada relativamente a quais dos conceitos indicados?
a. Qualidade de som b. Programas de rádio c. Compressão em formato MP3 d. Conexões BlueTooth e. Comunicações sem fios f. Windows Files
2. Indique quais das seguintes operações são facilmente associadas à função dos CMSs?
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a. Mudança dos contactos da empresa no website b. Criação de contas de correio electrónico c. Registo de domínios d. Gestão de pagamentos on-line e. Criação e alteração de fichas de produto no website f. Mudanças a nível de branding
3. Quais das seguintes marcas são CMSs?
a. Mambo b. Serena c. Wiki d. Word e. Paypal f. AOL
4. Uma estratégia de fidelização visa prioritariamente:
a. Angariar clientes em segmentos específicos de mercado b. Divulgar a cultura cubana c. Divulgar a marca e produtos da empresa d. Aumentar o valor das transacções comerciais com clientes e. Fomentar o estabelecimento de uma boa relação com cada cliente f. Impedir contratualmente o cliente de mudar de fornecedor
5. Que tipos de actividades e empresas estão hoje em dia a aplicar activamente tácticas de gestão de
relacionamento?
a. Cadeias de pronto-a-vestir b. Vendedores de hardware c. Vendedores de viaturas d. Portais de serviços turísticos e. Restaurantes f. Publicações
Desafios: 6. Qual a relação entre a tecnologia de comunicações Wi-Fi e a redefinição do perfil típico de consumidor
de serviços de Turismo? 7. Qual a real abrangência das tecnologias de comunicação wireless a nível da globalidade das pessoas? 8. O que entende por CMS? 9. Como entende a relação entre as estratégias de fidelização e os resultados operacionais das empresas? 10. Acredita que hoje em dia o conceito de que no Turismo o cliente vem ter connosco sem ser preciso
grande esforço é válido? 11. O que entende por sistemas de informação geográfica?
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Planos Estratégicos de SI/TI
QUESTÕES: 1. Um PESI, tem como objectivo a obtenção de um marco de referência para o desempenho de sistemas
de informação. Uma das afirmações abaixo não faz parte deste marco de referência. Qual? a. Uma descrição da Situação Actual; b. Um conjunto de Modelos que constituem a arquitectura da informação; c. Uma proposta de projectos a implementar nos próximos anos; d. Um estudo de processos da organização incluídos no âmbito do PESI; e. Uma proposta de calendário para a execução dos projectos eleitos; f. A avaliação dos recursos necessários para os projectos a implementar no próximo ano
2. O objectivo da actividade “Início do Projecto” é determinar as razões da necessidade da sua
concretização. Alguma(s) das afirmações abaixo não faz(em) parte do contexto desta actividade. Qual(ais)? a. Obtém-se uma descrição Geral do PESI; b. Identificam-se os objectivos estratégicos que assistem ao PESI; c. Identificam-se os requisitos da informação e elabora-se um modelo de informação que
represente as várias entidades envolvidas no estudo, assim como as relações entre elas; d. Identificam-se os factores críticos de sucesso e os participantes no PESI; estudo de
processos da organização incluídos no âmbito do PESI; e. Estudam-se os processos da organização envolvidos no PESI, através de sessões de
trabalho com os interlocutores. 3. Na actividade “Definição e Organização do PESI” o objectivo final é especificar os requisitos de
informação da organização e obter um modelo de informação que os complemente a. Verdadeiro; b. Falso.
4. Complete a seguinte afirmação com a alínea correcta.
A metodologia PESI disponibiliza um conjunto:
a. De técnicas e métodos de concretização e conceptualização de arquitecturas de Sistemas
de Informação. b. De tecnologias para modelar os processos de negócio. c. De métodos para implementar ERP/CRM na organização. d. De modelos de Arquitecturas para suportar a arquitectura da tecnologia.
5. Das seguintes opções escolha a correcta.
A perspectiva do plano PESI deve ser: a. Estratégica; b. Operacional; c. Tecnológica; d. Funcional; e. a, b; f. c, d;
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g. a, c; h. Nenhuma das anteriores.
6. Na actividade “Estudo da Informação Relevante”, o objectivo principal consiste em recolher e analisar
todos os antecedentes gerais que podem afectar os processos e as unidades organizativas envolvidas no PESI, bem como os resultados do mesmo. a. Verdadeira; b. Falsa;
7. A qual das actividades do PESI abaixo indicadas corresponde o seguinte objectivo: obtenção de uma
avaliação da situação actual à margem dos requisitos do catálogo, com base nos critérios relativos a facilidade de manutenção, documentação, flexibilidade, facilidade de uso. a. Identificação de Requisitos; b. Estudo da Informação Relevante; c. Desenho do Modelo de Sistema de Informação; d. Estudo do Sistema de Informação Actual; e. Nenhum dos anteriores.
8. Na actividade PESI 06 – Desenho do Modelo de Sistema de Informação, são levadas a efeito algumas
tarefas e produzidas entregas enquanto documentos a apresentar como “output”, nomeadamente o documento de visão dos princípios de gestão dos SI/TI. Das afirmações abaixo, escolha aquela(s) que indica(m) que outros documentos constituem também “output” desta actividade: a. Arquitectura tecnológica; catálogo de projectos candidatos; b. Sumário estratégico e operacional; catálogo de recursos de informação; c. Arquitectura da informação crítica; arquitectura da informação de suporte; d. Visão da arquitectura da informação de suporte; visão da arquitectura da informação
crítica; e. Catálogo de projectos candidatos; arquitectura de aplicações
9. Na definição do plano de acção – actividade PESI 08, definem-se os projectos e acções a efectuar para a
implementação dos modelos de informação e de sistemas de informação, determinados nas actividades “Identificação de Requisitos” (PESI 4) e “Desenho do Modelo de Sistemas de Informação” (PESI 6), com a arquitectura tecnológica proposta na actividade “Definição da Arquitectura Tecnológica” (PESI 7). O conjunto destes três modelos constitui a arquitectura de aplicações. a. Verdadeira; b. Falsa;
10. Na actividade PESI 09 – Revisão e Aprovação, existe um conjunto de tarefas associadas, das
seguintes que são apresentadas identifique a que falta. a. Convocatória da Apresentação; b. Avaliação e Melhoria da Proposta; c. ______________________________
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Notas Explicativas e Enquadramento Os exercícios propostos nas páginas anteriores destinam-se a suportar a avaliação ou auto-
avaliação dos participantes na formação e estão optimizados para a respectiva utilização no
quadro da formação online, em função do projecto que viabilizou o desenvolvimento deste
projecto.
Ou seja, o seu enquadramento é indissociável da formação online.
Existem dois tipos de exercícios: alguns (de escolha múltipla, por exemplo), permitem a
classificação imediata; outros, de resposta livre, exigem a avaliação por um professor.
Este documento recolhe a maior parte dos exercícios propostos no processo formativo e
apresenta-os de uma forma cronológica, em relação à formação.
As respectivas resoluções vão incluídas no Guia do Formador. Os participantes que desejem ter
acesso à resolução dos exercícios deverão contactar o respectivo formador e solicitar-lhe
directamente esse material ou aceder aos manuais do Formador, no caso de os mesmos serem
disponibilizados no contexto do ambiente de e-Learning (opção do supervisor da formação em
cada caso concreto).
A inclusão dos exercícios neste formato (ou seja, apresentados em documento separado, o que é
puramente opcional) serve dois objectivos:
• Por um lado, permite um registo alternativo, de consulta mais fácil, dos exercícios
propostos no âmbito da formação online;
• Por outro lado, torna acessível a utilização destes exercícios no quadro de acções de
formação “clássicas”, como seja a formação em sala ou mesmo a formação auto-didacta
ou formação a distância sem recurso a meios informáticos.
No entanto, apesar dos Exercícios estarem devidamente classificados, pode não ser evidente a
sua relação com aulas específicas. De qualquer modo, não era este o objectivo deste documento
e esse enquadramento poderá ou deverá ser sempre assegurado pelos formadores, quando os
haja – os Exercícios foram especificamente concebidos para serem integrados com a formação
online, pelo que é nesse enquadramento que fazem mais sentido.
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Objectivos Pedagógicos Os seguintes dois objectivos pedagógicos foram definidos e aprovados em sede da candidatura
que viabilizou este projecto:
• No caso da avaliação contextual, permitir aos formandos e aos respectivos formadores,
quando os haja, ir obtendo, à medida que avança a formação, uma avaliação objectiva
do seu progresso e dos seus conhecimentos.
• No caso dos exercícios de aplicação finais, permitir ao formando e aos respectivos
formadores, quando os haja, uma avaliação objectiva da transmissão de conhecimentos
acontecida na realidade.
Pensamos que podemos acrescentar que os exercícios propostos neste recurso do projecto têm
como objectivo que formandos e formador avaliem o processo de aquisição de competências, de
acordo com as que foram definidas no manual do formando. Especificamente, o formando deve
aplicar e sintetizar as competências referentes aos seguintes temas:
• Internet e Competitividade Turística
• Tendências de Diferenciação da Oferta Turística
• Business-to-Consumer
• Business-to-Business
• Business-to-Employee
• A Internet e os Desafios do Futuro Próximo
• O Plano Estratégico de Sistemas de Informação
O formador deverá, através dos exercícios propostos, aferir, diagnosticar e avaliar o
conhecimento adquirido e a capacidade de transferência para, e aplicação adequada do
conhecimento em, novas situações.
Pré-requisitos Antes de fazer estes exercícios, para que a respectiva utilização faça sentido e se revele útil, o
formando deve ter completado o estudo dos assuntos respectivos.
É também adequado que os participantes façam parte do público-alvo previsto.
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Os utilizadores principais do projecto vertente são os profissionais do sector de turismo no país.
São dezenas de milhar de portugueses, cujo trabalho diário e conhecimento de causa são
essenciais ao sucesso do Turismo nacional.
Outro grupo de utilizadores relevante, embora em número naturalmente muito mais reduzido,
é constituído pelos gestores e quadros superiores de gestão e organização de empresas,
entidades e projectos do sector do Turismo.
Finalmente, no âmbito dos “utilizadores intermédios”, refira-se que este projecto deverá ser um
instrumento de trabalho indispensável para:
• as entidades formadoras portuguesas, públicas e privadas, que promovem acções de
formação no âmbito da formação em Sistemas de Informação e em Tecnologias de
Informação e Comunicação, graças ao contributo de um instrumento inovador e
adaptado às necessidades de formação concretas destes profissionais, contribuindo para
a consolidação e evolução dos perfis de formação, na perspectiva do seu permanente
ajustamento ao mercado de emprego;
• as empresas, nomeadamente as de média e grande dimensão, que apresentem no seu
portfólio actividade turística ou que sirvam empresas e entidades do sector, que
possuem aqui uma forma de melhorar a qualidade dos seus serviços, no quadro da
utilização de instrumentos inovadores e adaptados às suas reais necessidades de
formação;
• as entidades reguladoras do sector do Turismo (câmaras municipais, Regiões de
Turismo, etc.) e de classe (associações empresariais e de profissionais), que possuem
normalmente a obrigação estatutária de proporcionar oportunidades de formação.
Área profissional abrangida: códigos CIME 812 e 811.
Nível de habilitação profissional 4: Execução autónoma de um trabalho técnico implicando
responsabilidades de concepção e/ou de direcção e/ou de gestão.
Nível de habilitação profissional 5: Execução autónoma de uma actividade profissional
assalariada ou independente, implicando o domínio dos fundamentos científicos da profissão.
Sector Económico: CAE 55 e 63.
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Espaço Físico/Equipamentos/Materiais e Duração Os exercícios, na sua forma original exigirão acesso a um computador pessoal ligado à Internet
ou a uma intranet. No caso de acabarem por ser usados em situações de formação clássica,
bastarão como recurso o chamado CPL: caneta, papel e lápis.
Em qualquer caso, o ambiente em que os exercícios decorrerão deve ser calmo, controlado e
conducente à concentração pessoal.
A duração dos exercícios dependerá sempre da configuração dos mesmos e será da exclusiva
responsabilidade do formador. Como orientação, para o caso de esforços autodidactas, estima-
-se que cada bateria de exercícios colocadas online deva ser completada em cerca de uma hora,
mas este valor deve ser entendido como meramente indicativo e nunca como um julgamento
prévio (e forçosamente preconceituoso) de capacidades pessoais.
Desenvolvimento dos Exercícios Cada desafio indica os passos ou pontos a serem tidos em consideração.
Avaliação Os critérios de avaliação dependerão exclusivamente do formador, ao qual não se fornece, por
não se considerar apropriado, qualquer orientação ou sugestão sobre o assunto.
Informação Complementar Pensamos que não é necessária qualquer informação complementar para além talvez da
sugestão de que o formando tenha em consideração os recursos bibliográficos e de apontadores
(que vão em documentos independentes, ao invés de irem acoplados aos Manuais do Formando
e/ou Formador) para além da formação online.
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Ficha Técnica Projecto: Turismo e Tecnologias de Informação
Recurso Didáctico: Componente nº3 de 3, Produto Didáctico nº2 de 6: As Implicações da
Internet na Realidade do Negócio Turístico e os Desafios Tecnológicos do Futuro Próximo –
Exercícios de Aplicação
Autores: Carlos Santos e Pedro Leite Fragoso
Adaptação técnica para o LMS e programação: Paulo Silva
Direcção de Design Gráfico: Gonçalo Sabela
Design Gráfico: Gonçalo Sabela e Alzira Silva
Programação Flash: Rodin Chauchard-Stuart
Digitalização e Tratamento de Imagens: Brígida Lopes
Coordenação Pedagógica: Luís Amaral Oliveira
Um projecto da CNS Aveiro – Companhia Nacional de Serviços Lda. com o apoio financeiro do
POEFDS (co-financiamento do Estado Português e da União Europeia, através do FSE)
Uso de Marcas | trademark acknowledgment Esta apresentação faz uso liberal de termos que são efectivamente marcas registadas, marcas
comerciais não registadas ou copyrights dos seus respectivos donos. Esta utilização destinou-se
sempre e somente a identificar os produtos ou serviços concretos em causa.
Brand and product names, photos and images are used for identification purposes only and are
trademarks, registered trademarks or copyrights of their respective owners.
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Isenção de Responsabilidade | disclaimer Não acreditamos que este documento e/ou os exercícios propostos incluam ensinamentos ou
características que o possam prejudicar. No entanto, tenha em atenção que, dentro dos limites
legais eventualmente aplicáveis, não oferecemos quaisquer garantias de qualquer tipo quanto
aos conteúdos transmitidos. Quaisquer responsabilidades pelas consequências de seguir ou
simplesmente utilizar este documento são exclusivamente suas: especificamente, se o seu
sistema informático se avariar de alguma forma em consequência deste documento, directa ou
indirectamente, os custos relacionados com reparações, bem como todos os outros custos
relacionados com quaisquer incidentes derivados de qualquer modo por este documento, são da
sua exclusiva responsabilidade e deverão ser cobertos exclusivamente por si.
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professional life. However, be advised that there is no warranty attached, to the extent permitted by
applicable law; this is provided “as is”, without warranty of any kind, either expressed or implied,
including, but not limited to, the implied warranties of merchantability and fitness for a particular
purpose; the entire risk as to the quality and performance of the contents of this presentation is with you;
should this prove in any way defective, you assume the cost of all necessary servicing, repair or correction;
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Todos os direitos reservados. Excepto para uso pessoal, nenhuma parte deste documento pode
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armazenamento de informação, sem permissão escrita do IEFP – Instituto do Emprego e
Formação Profissional ou da CNS Aveiro - Companhia Nacional de Serviços, Lda. Pode solicitar
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mail ([email protected]).