Turismo natureza

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Turismo da Natureza Relatório Animação Turística 2011/2012 Docente: Rui Gomes Discente: Sara Pereira Gomes nº4080111

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Turismo da Natureza

Relatório

Animação Turística

2011/2012

Docente: Rui Gomes

Discente: Sara Pereira Gomes nº4080111

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Resumo

A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho baseou-se na leitura,

análise e interpretação de dois artigos fornecidos pelo professor Rui Gomes, que lecciona a

cadeira de Turismo de Natureza no Curso de Animação Turística. Estes dois artigos

inserem-se em temas abordados pelo professor durante este primeiro semestre. Como

forma de assimilar conhecimentos, foi do meu interesse a escolha de um dos artigos

“Human-wildlife”, e também por ser um tema que capta imenso a minha atenção e vontade.

Posto isto a metodologia que adoptei foi a de não se basear somente em pesquisas, mas

também em conclusões tiradas por mim própria e ainda em conciliação de conhecimentos

anteriormente adquiridos, bem como em apoio de alguns trabalhos anteriores.

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Índice

Introdução ..........................................................................................................................4

Abstract ............................................................................................................................5

- Humano – Vida selvagem, conflitos em Monduli District, Tanzania

Conclusions and Recomendations ..................................................................................6

- Tradução

Human-wildlife e Paradoxes, como se relacionam? ............................................................7

Conclusão ........................................................................................................................ 11

Webgrafia ........................................................................................................................ 12

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Introdução

O presente trabalho foi proposto no âmbito da disciplina de Turismo da Natureza, em

que nos foi pedido algumas tarefas em torno do mesmo, resultando numa comparação entre

dois documentos diferentes mas que no fundo de relacionavam.

Ao longo do trabalho vão ser falados alguns temas da actualidade, tais como a vida

selvagem, o ecoturismo, Turismo de Natureza, entre outros assuntos, e a forma como são

vistos e encarados pela nossa sociedade nos dias de hoje. Através do mesmo é da minha

expectativa que tal como eu qualquer quer pessoa que leia o meu trabalho fique

sensibilizada e interessada pelos temas a serem tratados. Como é de esperar este é apenas

uma síntese de todos os documentos que tive de analisar e também de alguma pesquisa da

minha parte.

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Abstract

Humano – Vida selvagem, conflitos em Monduli District, Tanzania

Abiud Kaswanila*

Departamento de Geografia Estudos Ambientais, Universidade de Dodoma, Dodoma,

Tanzania

Uma avaliação de uso territorial foi realizada em três aldeias semi-áridas dentro do

ecossistema Tarangire-Manyara que são importantes áreas de vida selvagem, e de rotas

migratórias que ligam as áreas protegidas do norte da Tanzania. Os dados foram recolhidos

através de entrevistas a domésticos e extendidas ao staff, e foram alcançados pelos

gabinetes do governo da aldeia e pelos seus visitantes. Os conflitos variaram entre aldeias e

foram maioritariamente a nível de fronteiras com o “Lake Manyara National Park (LMNP)”.

Eles incluíram a destruição de culturas e a depredação de animais selvagens, escassez de

terras, perda de terras de Manyara Ranch para a Tanzania Lands Conservation Trust

(TLCT), que impôs restrições a pastagem e insuficientes zonas de amortecimento. Uma

análise do género de conflitos difere entre aldeias. Algumas medidas de mitigação são

sugeridas por ambas as comunidades locais e staff de extensão local. Estas incluem a

realização de benefícios económicos da vida selvagem – empresas relacionadas,

recolocação da população em áreas de baixa densidade, implementação de esquemas de

compensação para a destruição causada pela vida selvagem, intensificação de patrulhas,

vedações do parque, necessidade de planos de uso da terra e necessidade das aldeias para

formular a gestão dos seus próprios recursos naturais pela lei. O documento conclui-se com

uma série de recomendações.

Palavras-chave: Ecossistema Taragire-Manyara; Conflitos de uso de terras; Rotas

migratórias da vida selvagem; Parque Nacional; Áreas semi-áridas.

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Conclusions and Recomendations

(tradução)

Os conflitos do uso das terras levaram a um antagonismo entre comunidades locais

e agentes de conservação e agiram com desincentivo para a conservação e

desenvolvimento. Os resultados desta investigação indicaram claramente que onde a

população local não se encontrava envolvida no que respeita a tomada de decisões sobre

as grandes questões que afectam os seus meios de subsistência, aumentava o conflito.

Além disso as políticas são requeridas de forma a encorajar o desenvolvimento de

instituições administrativas locais e que levam em conta as características socioculturais da

aldeia em causa.

O corrente sistema de administração da aldeia são burocráticos e políticos. Para atenuar

os conflitos em áreas adjacentes às áreas protegidas recomenda-se o seguinte:

Implementar politicas orientadas para a capacitação de comunidades locais no

terreno, por exemplo a formação de aCBOs ou Authoride Assocition National

Umbrella Organizations para representar interesses das comunidades locais ()ex.

compensação, uso de recursos da vida selvagem, partilha equitativa de benefícios,

incentivos á conservação etc.) a altos niveis governamentais tais como o Ministério

ou o Parlamento.

Fortalecimento da gestão dos departamentos ambientais a nível de distritos e aldeias

para facilitar a monitorização de desenvolvimentos indesejáveis nos corredores da

vida selvagem e processar infractores.

Mais apoio legal e conteúdo político a ser estabelecido ao lado de planeamento

efectivo, por exemplo permitindo políticas e legislação na repartição de benefícios,

provisão de alternativas para restrições de recursos, etc.

Provisão de desincentivos para a não compatibilidade da conservação no uso de

terras na vida selvagem tais como a produção agrícola.

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Human-wildlife e Paradoxes, como se relacionam?

O artigo “Human - wildlife”, refere-se a um estudo realizado em três aldeias semi-

áridas dentro do ecossistema Tarangire-Manyara, sendo estas muitíssimo importantes no

que toca a vida selvagem e também a rota migratórias que se interligam ao Território

protegido na Tanzania do Norte. Através deste estudo foi possível encontrar quer prós quer

contras no que respeita a vida selvagem e todo o seu envolvente, visto estar inserido num

meio humano. Explicando de forma mais simplificada, a questão pertinente que se coloca é

até que ponto a mão humana interfere com a natureza e todo o seu meio, e também de que

forma o meio natural pode interferir com a nossa sociedade, dito desta forma. Para tal

estudo foi necessária a avaliação de certos parâmetros tais como o ecossistema de

Tarangire – Manyara, o clima e sua hidrologia, as actividades socioeconómicas, bem como

uma recolha de dados e respectiva interpretação e análise.

Este estudo foi resultado da acção por parte de “Tanzania lands conservation trust”,

que se trata de uma organização não governamental, que tem como objectivo alcançar a

conservação da biodiversidade enquanto suporta comunidades. O principal objectivo desta

organização é a protecção das terras através da compra ou doação para a conservação da

vida selvagem e também a promoção do ecoturismo, turismo cultural e praticas pastorícias

sustentáveis que beneficiam as comunidades locais e outras partes interessadas.

As zonas em questão estão representadas na seguinte imagem:

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Figura1

A recolha de dados foi feita de variadas formas inserindo-se em:

Questionários domiciliários simples:

Questionários semi-estruturados administrados em 261 pessoas locais,

utilizando uma amostram aleatória simples - método de amostragem em que as três

aldeias referidas na figura anterior se encontram presentes.

Entrevistas estendidas a a trabalhadores da aldeia:

-Seis locais estendidos a gabinetes relacionados com gestão dos recursos

naturais e desenvolvimento da comunidade foram entrevistados como um meio

de triangulação as informações obtidas de outras fontes, e para captar a sua

interpretação e experiencias em relação a conflitos nas suas respectivas estações de

trabalho relativos a Humanos – vida selvagem.

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Visitas de campo:

Foram realizadas em cada aldeia visitas aos locais de forma a avaliar o grau de

degradação da terra, a intervenção humana sobre os habitats / áreas de dispersão

de culturas e destruição por parte da vida selvagem.

Arquivo de resultados

Arquivar dados relativos ás perdas de colheitas e gado devido á depredação da vida

selvagem vindo o acesso aos mesmos por parte dos gabinetes do governo da aldeia.

Sendo o Planeta algo que pertence a todos, todos e cada um de nós é responsável

pelo património natural e cultural, assim devido ao fluxo de pessoas por todo o globo devido

ao Turismo, este faz parte de uma crucial vertente no que respeita a preservação do

ambiente.

O contacto com a Natureza pode prejudica-la irreversivelmente. Faz portanto todo o

sentido e tendo como base o antigo artigo e em comparação com o Paradoxo, projectar a

protecção do meio ambiente, originando assim o Turismo Ambiental, o Ecoturismo, que se

alia as componentes ecológicas, ambiental e também turística. Esta é uma forma de criar

laços ente o ambiente e o património, mas de uma forma responsável, tendo como principio

o Respeito por tudo aquilo que nos rodeia. “Fulcral é também o relacionamento com a

população nativa e a aposta numa relação que concilie um desenvolvimento económico,

potenciando os benefícios das comunidades locais, sem perder de vista a importância da

preservação da Natureza”

Como filosofia de desenvolvimento em relação ao ecoturismo e o seu envolvente

procura-se o desenvolvimento das comunidades e a preservação do meio ambiente. Apesar

de tudo, ecoturismo trata ser algo único e de dimensões distintas.

Um eco turista viaja para áreas naturalmente belas, e a sua visita resulta em

benefícios locais – ambientais, culturais e também economicamente.

Posto isto, são diversos os tipos de turismo, sendo eles:

Turismo de Natureza – consiste em actividades de outdoor, utilizando recursos

naturais;

Turismo cultural - consiste em viajar para locais em que seja possível estudar a

cultura ou então participar;

Turismo rural – Viajar para participar em trabalhos rurais;

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Turismo vida selvagem – Viajar para áreas em que a vida selvagem pode ser

observada;

Turismo de aventura – Viagens que envolvam risco, perigo e adrenalina, um tipo de

turismo que requer alguma condição física.

Ao longo de todo este trabalho, que se trata de uma reflexão de ambos os documentos

fornecidos, neste caso um artigo e o paradoxo, é impossível não referir o turismo

sustentável, que é falado várias vezes ao longo de ambos, e sempre de forma bastante

alusiva e importante. Assim sendo e numa breve descrição Turismo sustentável insere-se

nos seguintes parâmetros:

Abrangente – social, cultural, ambiental, económico, e político;

Iterativo /Dinâmico – responder prontamente a mudanças ambientais e políticas;

Integrativo: Funcionando dentro de abordagens mais amplas para o desenvolvimento

da comunidade;

Orientados para a comunidade – Todos as necessidades dos envolvidos pela

comunidade envolvida;

Renováveis – Incorporando princípios que levem em conta as necessidades das

gerações futuras;

Orientar objectives – um portfolio de objectivos realísticos resultam numa igualdade

na distribuição de benefícios.

Assim sendo, e em conclusão ficam aqui alguns dos Princípios do Ecoturismo:

Da natureza nada se tira a não ser fotos.

Nada se deixa a não ser pegadas.

Nada se leva a não ser recordações.

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Conclusão

Com a elaboração deste pequeno relatório, é impossível referir o facto de que ambos

os documentos que tive de ler, e analisar contribuíram de facto para um acumular de novos

conhecimentos. Além de reavivar a memória para alguns dos problemas actuais, e a forma

como se lida actualmente com os mesmos, permitiu também tomar conhecimentos de novas

medidas, de novas acções, de novos horizontes.

De facto ao início achei um trabalho bastante exaustivo, pois o facto de ser em

inglês, tornou-o mais trabalhoso, não por ter dificuldade na língua, antes pelo contrário, mas

sim porque exigiu um nível de concentração maior da minha parte. No entanto e além deste

aspecto, captou a minha atenção e o meu interesse para certos aspectos referidos, o que

me levou a fazer as minhas próprias pesquisas. Já para não referir o facto de que o artigo

escolhido por mim “Human - Wildlife”, me fez recordar um outro trabalho para a disciplina de

Interpretação do Património, que tratava da análise e interpretação do seguinte documento:

“Visitors to Litchfield National Park, Australia: A Typology Based on Behaviours, por Chris

Ryan “. Agora concluido este trabalho para a disciplina de Turismo da natureza, é-me

possível e inevitavelmente na minha reflexão fazer algumas comparações, já que em ambos

os documentos foram realizados estudos sobre a natureza, a vida selvagem entre outras

envolventes.

Para concluir termino com estas duas frases, que devo dizer, decerta forma me

fizeram refletir:

“I believe sustainable use is the greatest propaganda in wildlife conservation at

the moment.” - Steve Irwin

“Plans to protect air and water, wilderness and wildlife are in fact plans to protect

man.” – Stewart Udall

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Webgrafia

- Department of Geography & Environmental Studies, University of Dodoma, Dodoma,

Tanzania, “International Journal of Biodiversity Science & Management” - Vol. 5, No.

4, December 2009, 199–207

- Björk Peter, Definition Paradoxes: From concept to definition

- http://perderpaises.webs.com/ecoturismo.htm

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecoturismo

- http://www.atitudessustentaveis.com.br/sustentabilidade/turismo-sustentavel-o-que-e-

turismo-sustentavel/