TURMA 40 - 3º SIMULADO / 2015 • • 2ª ETAPA: LÍNGUA ... · a algum lugar e encontramos...

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Nome do(a) Aluno(a): ______________________________________________________________ Turma: _________ • 2ª ETAPA: LÍNGUA PORTUGUESA • • TURMA 40 - 3º SIMULADO / 2015 • RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES 01) Verifique o total de folhas (16) deste Simulado. Ele contém 20 (vinte) questões de múltipla escolha e uma proposta de redação. 02) Você está recebendo junto com a prova um cartão- -resposta onde deverá assinalar com caneta azul suas respostas () das questões objetivas. • As respostas a lápis NÃO SERÃO CONSIDERADAS! • Para cada pergunta há somente uma resposta, pense bem antes de assinalar sua opção porque: - as questões rasuradas não serão consideradas; - mais de uma resposta na mesma pergunta invalida a questão. 03) Não se esqueça de preencher o cabeçalho da pro- va e do cartão-resposta com os dados pedidos. Coloque o nome completo sem abreviaturas. 04) Não será permitido o uso de corretor. 05) Somente serão tiradas dúvidas de impressão. Para isto chame o fiscal. 06) Você terá 2 (duas) horas para fazer esta prova. 07) Aguarde o sinal para início. 08) Tire todo o proveito do tempo que lhe é dado. 9) Confira suas respostas antes de passar para o cartão- -resposta. 10) Entregue o cartão-resposta ao fiscal da sua sala. Faça tudo com bastante atenção. Boa Prova! 01 05 10 15 TEXTO I Você sabe dizer de que maneira os seres fantásticos, como o lobisomem e a mula sem cabeça, "chegaram" ao Brasil? Após pensar sobre isso, leia o texto a seguir e confirme (ou não) sua hipótese. SERES ENCANTADOS QUE DESEMBARCARAM NO BRASIL Quando eu era criança, alguém sempre contava histórias de lobisomem e mula sem cabeça. Hoje, quase não se fala mais nesses seres que habitam o reino da fantasia. Mas eu ainda conheço um bocado de gente que acredita neles e jura de pés juntos que já os viram. Depois que eu deixei de ser criança – e isso já faz muito tempo –, resolvi pesquisar sobre essas histórias para saber como foi que elas surgiram aqui no Brasil. Vocês podem não acreditar, mas tanto o lobisomem quanto a mula sem cabeça vieram para este país nas caravelas portuguesas. Verdade! Só não se sabe ao certo se elas vieram em 1500, com Pedro Álvares Cabral, ou se foram chegando depois, em outras caravelas enviadas pelo rei de Portugal. Não pensem que enlouqueci imaginando um lobisomem e uma mula sem cabeça de malas prontas, acenando no cais com um lencinho. Esses seres vieram em uma bagagem que a gente chama de cultural. Vejam só: por volta do século 15, quando os portugueses começaram suas viagens em busca de novas terras para explorar riquezas, eles levavam um bocado de coisas em suas embarcações. Afinal, as viagens eram longas e eles precisavam estar preparados para passar muito tempo no mar. Claro que nenhum lobisomem ou mula sem cabeça foi visto circulando entre os tripulantes das caravelas, mas, com toda certeza, eles estavam lá. Calma, não se trata de uma história de terror. Quero dizer que toda vez que vamos a algum lugar e encontramos pessoas diferentes, a gente conversa, troca informações, ensina e aprende coisas. Quando fazemos isso, acabamos adquirindo hábitos e costumes de outras pessoas. Logo, isso aconteceu com os portugueses, quando eles resolveram viajar. Além de objetos pessoais, ferramentas, instrumentos de navegação e

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Nome do(a) Aluno(a): ______________________________________________________________ Turma: _________

• 2ª ETAPA: LÍNGUA PORTUGUESA •

• TURMA 40 - 3º SIMULADO / 2015 •

RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES

01) Verifique o total de folhas (16) deste Simulado. Ele contém 20 (vinte) questões de múltipla escolha e uma proposta de redação.

02) Você está recebendo junto com a prova um cartão--resposta onde deverá assinalar com caneta azul suas respostas () das questões objetivas.

•AsrespostasalápisNÃO SERÃO CONSIDERADAS! •Para cada pergunta há somente uma resposta,

pense bem antes de assinalar sua opção porque: - as questões rasuradas não serão consideradas; -maisdeumarespostanamesmaperguntainvalida

a questão.03) Não se esqueça de preencher o cabeçalho da pro-

va e do cartão-resposta com os dados pedidos. Coloque o nome completo sem abreviaturas.

04) Não será permitido o uso de corretor.

05)Somenteserãotiradasdúvidasdeimpressão.Paraistochame o fiscal.

06) Você terá 2 (duas) horas para fazer esta prova.

07)Aguardeosinalparainício.

08) Tire todo o proveito do tempo que lhe é dado.

9) Confira suas respostas antes de passar para o cartão--resposta.

10) Entregue o cartão-resposta ao fiscal da sua sala.

Faça tudo com bastante atenção.

BoaProva!

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TEXTO I

Você sabe dizer de que maneira os seres fantásticos, como o lobisomem e a mula sem cabeça, "chegaram" ao Brasil? Após pensar sobre isso, leia o texto a seguir e confirme (ou não) sua hipótese.

SERESENCANTADOSQUEDESEMBARCARAMNOBRASIL

Quando eu era criança, alguém sempre contava histórias de lobisomem e mula sem cabeça. Hoje, quase não

se fala mais nesses seres que habitam o reino da fantasia. Mas eu ainda conheço um bocado de gente que acredita

neles e jura de pés juntos que já os viram.

Depois que eu deixei de ser criança – e isso já faz muito tempo –, resolvi pesquisar sobre essas histórias para

saber como foi que elas surgiram aqui no Brasil. Vocês podem não acreditar, mas tanto o lobisomem quanto a mula

sem cabeça vieram para este país nas caravelas portuguesas. Verdade! Só não se sabe ao certo se elas vieram em

1500, com Pedro Álvares Cabral, ou se foram chegando depois, em outras caravelas enviadas pelo rei de Portugal.

Não pensem que enlouqueci imaginando um lobisomem e uma mula sem cabeça de malas prontas, acenando

no cais com um lencinho. Esses seres vieram em uma bagagem que a gente chama de cultural. Vejam só: por volta

do século 15, quando os portugueses começaram suas viagens em busca de novas terras para explorar riquezas,

eles levavam um bocado de coisas em suas embarcações. Afinal, as viagens eram longas e eles precisavam estar

preparados para passar muito tempo no mar.

Claro que nenhum lobisomem ou mula sem cabeça foi visto circulando entre os tripulantes das caravelas, mas,

com toda certeza, eles estavam lá. Calma, não se trata de uma história de terror. Quero dizer que toda vez que vamos

a algum lugar e encontramos pessoas diferentes, a gente conversa, troca informações, ensina e aprende coisas.

Quando fazemos isso, acabamos adquirindo hábitos e costumes de outras pessoas. Logo, isso aconteceu com os

portugueses, quando eles resolveram viajar. Além de objetos pessoais, ferramentas, instrumentos de navegação e

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alimentos, eles levavam na bagagem tudo o que conheciam e acreditavam. E foi assim que a mula sem cabeça e o

lobisomem chegaram ao Brasil – na bagagem cultural, que é formada, como já vimos, pelo conjunto de coisas que

a gente sabe, que a gente ensina e que aprende.

ABRINDO A BAGAGEM

Em Portugal, há 500 anos, um monte de gente acreditava em lobisomem e em mula sem cabeça e parte

dessa gente veio para o Brasil. Aqui, os portugueses começaram a contar histórias de sua terra e, de sua bagagem

cultural, tiraram também outros seres

fantásticos, como sereias, sacis,

velhos do saco, bruxas, fadas, bicho-

-papão, papa-figos e muitos mais, que,

aqui, assustaram e, ao mesmo tempo,

embalaram o sono de muitas crianças.

Os negros, trazidos da África

pelos portugueses, para serem

escravos, além de muita tristeza e

saudades de sua terra natal, trouxeram,

também, inúmeras histórias. Aliás,

como eles foram capturados e obrigados a deixarem sua terra, não tiveram condições de arrumar seus pertences

para a viagem. Mas ninguém pôde proibi-los de trazer suas crenças, suas histórias, seus hábitos e seus costumes,

ou seja, a tal bagagem cultural.

Na imaginação dos viajantes, livres e escravizados, veio toda sorte de crenças, mitos e lendas que aqui, em

solo fértil, brotou e proliferou por todo o território. Com os portugueses, vieram lobisomens, mulas sem cabeça e

outros. Com os africanos vieram quibungo, chibamba e as histórias de animais.

Aí, você pode perguntar: e as histórias dos índios que já estavam aqui? Eu diria que os lobisomens e os

quibungos encontraram-se com mapinguaris, caiporas, curupiras e passaram a conviver em harmonia nas florestas

e na imaginação dos brasileiros que iam nascendo, neste novo território, da mistura de europeus, africanos e índios.

(...)

JURANDO DE PÉS JUNTOS

Comoeudisseno iníciodessaconversa, temmuitagentequeacreditavanessesseresencantados.Nas

grandescidades,nemtanto,mas,nointeriordoBrasil,aindasecontammuitashistóriasdelobisomem.Dizemque

numafamíliadesetefilhoshomens,ocaçulapodevirarlobisomem,senãoforbatizadopeloirmãomaisvelho.E

temmais:nahoraemqueviralobisomem,temquecorrersetefontes,setecemitérioseseteigrejas.Sódepois

dessa maratona é que ele volta à forma humana.

Dizem,ainda,queoslobisomensatacamogado,asgalinhaseaspessoas,tudoembuscadesangue.Para

matá-lo é preciso atirar com uma bala de prata.

Quantoàmulasemcabeça,ahistóriadatransformaçãoébemdiferente.Rezaalendaquequalquermulher

quenamorarumpadrepodevirarmulasemcabeça,porquenamorarpadreépecado.Agora,vejacomoessa

históriaéinjusta:opadrenãopodeternamorada,mas,setiver,sóamulherécastigada.Apobrecoitadavirauma

mulaquesoltafogopelasventasenuncamaisdesvira.Comopadre,nãoacontecenada.

EssahistóriademulasemcabeçaveiodaPenínsulaIbérica,partedaEuropaquehojeestádivididaentre

PortugaleEspanha.Provavelmente,surgiuporque,noséculo12,asmulaseramosanimaismaispróximosdos

padres,queselocomoviamdeumlugarparaoutromontadosnessesanimais,consideradosseguroseresistentes.

Alémdessahistóriadesernamoradadopadre,jáouvidizer,também,queseumamãetemsetefilhasmulheres

enãoderamaisnovaparaamaisvelhabatizar,acaçulaviramulasemcabeça,igualzinhoaocasodolobisomem.

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PONTO FINAL

Acho que é mais ou menos isso que eu queria contar pra vocês. É claro que tem muito mais coisas para

descobrirmos sobre a cultura brasileira. Caso vocês se interessem pelo assunto, vou dar uma dica: comecem lendo

os livros de Luís Câmara Cascudo, que foi um grande estudioso de nossa cultura.

(...)GeorginadaCostaMartins.In.:CiênciaHojedasCrianças,ano13,n.106.RiodeJaneiro:SBPC,setembro/2000.

ApartirdaleituraatentadoTexto I,realizeasquestõespropostas.

1ªQUESTÃO:

AssinaleaopçãoqueestáemdesacordocomasinformaçõesdoTextoI:

A–()Atualmente,aindaexistempessoasquedeclaramacreditaremmulasemcabeçaelobisomem.

B–()Algunsmitosfolclóricosbrasileirosfazempartedabagagemculturalportuguesa.

C–()Aculturabrasileiratambémpossuiinfluênciaecontribuiçãoafricana.

D–()Opovoindígenacrioupersonagenstaiscomocaiporasecurupiras.

E–()Ashistóriasindígenas,africanaseportuguesasnuncasefundiramnemconviverampacificamentenoimaginário

popularenoterritóriobrasileiro.

2ªQUESTÃO:

"... veio toda sorte de crenças, mitos e lendas que aqui, em solo fértil, brotou e proliferou por todo o território." (ls. 38 e 39)

O vocábulo proliferou,nestecontexto,sónãosignifica:

A–()reproduziu.

B–()multiplicou.

C–()expandiu.

D–()reduziu.

E–()aumentou.

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3ªQUESTÃO:

"... qualquer mulher que namorar um padre/pode virar mula sem cabeça..." (ls. 53 e 54)

Asoraçõesacimaestabelecementresiuma,respectivamente,relaçãode:

A–()fato/causa.

B–()fato/consequência.

C–()fato/finalidade.

D–()problema/solução.

E–()fato/condição.

4ªQUESTÃO:

NopontodevistadapessoaquenarraoTextoI,ahistóriadamulasemcabeça,naversãodeumamulherquenamora

umpadre,temumdesfecho:

A–()coerente.

B–()satisfatório.

C–()injusto.

D–()aceitável.

E–()perfeito.

5ªQUESTÃO:

Ostrechosabaixodeixamexplícitoocontatodonarradorcomoleitor,exceto:

A–()"Vocêspodemnãoacreditar,mas..."(l.5)

B–()"Nãopensemqueenlouqueci..."(l.8)

C–()"Vejamsó:porvoltadoséculo15..."(ls.9e10)

D–()"Aí,vocêpodeperguntar..."(l.41)

E–()"EssahistóriademulasemcabeçaveiodaPenínsulaIbérica..."(l.57)

6ªQUESTÃO:

MarqueaanáliseequivocadasobreoTextoI:

A–()Possuinarrador-personagem,istoé,temfoconarrativointerno.

B–()Em"...eleslevavamumbocadodecoisas..."(l.11),háoempregodelinguageminformal,coloquial.

C–()"Provavelmente,surgiuporque,noséculo12..."(l.58).

Ovocábulogrifadoregistracertezanonarrador.

D–()"Reza a lenda que qualquer mulher..." (l. 53).

Éadequadaasubstituiçãodapalavragrifadapordiz,relata,conta.

E–()"Afinal,asviagenseramlongas..."(l.11)

Nestetrecho,vê-seoempregodeumapalavradenotativadesituação.

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TEXTO II

Dentro de nós, há um mundo a ser "explorado", libertado: o mundo da imaginação. Ele serve de morada para toda espécie de seres. O texto que você lerá fala de um deles.

OLOBISOMEM

O lobisomem é um ser fantástico e assustador que, como o nome indica, é meio lobo, meio homem. Durante os dias de semana, é um homem comum, magro, alto, de pele macilenta, com um olhar melancólico. Normalmente, é afável e calmo, mas de uma hora para outra pode tornar-se irritadiço. De vez em quando, dá longos suspiros, como se fossem uivos silenciosos. E, às sextas-feiras, precisamente à meia noite, esse homem se transforma. Adquire característica de lobo: as orelhas crescem, surgem pelos espessos no rosto e no corpo, a boca se escancara mostrando dentes afiados. As mãos mais parecem patas ou garras. Torna-se, então, perigoso para os outros animais, sobretudo para o homem.

É difícil saber de onde o lobisomem é originário. O maior estudioso dos seres fantásticos do Brasil, o folclorista Câmara Cascudo, afirma que se trata de um bicho universal, encontrável em todos os países. E, em cada um, ele recebe um nome diferente: licantropo (na Grécia), versiopélio (em Roma), volkdlack (nos países eslavos), obototen (na Rússia), hamramr (nos países nórdicos), loup-garou (na França)... Os nossos caboclos dizem "lobisome" e têm muito medo dele.

Sexta-feira, da meia-noite às duas da manhã, o lobisomem sai numa corrida barulhenta e atropelada para percorrer ou sete cemitérios, ou sete outeiros, ou sete encruzilhadas, ou sete vilas. Nas vilas, sítios e fazendas por onde passa, os moradores rezam e atiçam os cães para persegui-lo, para afugentá--lo. Perto das casas, plantam arruda e alecrim. Percorridos os sete lugares, ele retorna ao local de partida – onde há uma umburana, árvore frondosa na qual esconde sua roupa – e volta à forma humana.

SamirMeserani.Osincríveisseresfantásticos.SãoPaulo,FTD,1993.

Vocabulário:

• macilenta: pálida

• outeiros: colinas

ApartirdaleituraatentadoTexto II,façaoqueéproposto.

7ªQUESTÃO:

O lobisomem é meiolobo,meio homem.

O vocábulo meio podedesempenhardiferentes classesgramaticais.Assinale a opçãocujo vocábulogrifadoé um

substantivo:

A–( ) O lobisomem tornou-se meio assustador.

B–()Meioquilômetroàfrente,aferavoltouàformahumana.

C–()Osfazendeirosencontraramummeiodeafugentarolobisomem.

D–()Atransformaçãonuncaocorrequandoémeio-dia.

E–()Quandovirumhomemmeioestranho,poderserumlobisomem.

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TEXTO III

OSLICANTROPOS

Surgiram alguns licantropos na cidade e a população corria deles. Não corria tanto assim, pois os licantropos só apareciam noite alta. E sempre nas sextas-feiras. De qualquer modo, notívagos eram surpreendidos pelos licantropos, e não sentiam o menor prazer no encontro. O resto da população, tentando dormir em seus quartos, simplesmente sentia medo.

O sábio professor Epaminondas Barzinsky debateu o assunto na Academia de Ciências Sobrenaturais, advertindo que primeiro se devia apurar se se tratava de licantropos propriamente ditos, ou de pessoas afetadas de licantropia. Propôs que se nomeasse a comissão para investigar este ponto. Se ficasse comprovado que os licantropos eram da primeira espécie, levaria o estudo às últimas consequências.

Ninguém quis fazer parte da comissão e o próprio Barzynski pôs-se em campo, no interesse da ciência. Uma semana depois, voltou à sede social, requerendo reunião extraordinária para a meia-noite da próxima sexta-feira. Combinado. Ao entrarem na sala à hora aprazada, seus colegas viram que um licantropo ocupava a tribuna de conferências. Saíram apressadamente e nunca mais a Academia se reuniu nem Barzinsky foi visto.

CarlosDrumonddeAndrade.Contosplausíveis.RiodeJaneiro,JoséOlympio,1985.

Vocabulário:

• licantropo: lobisomem

• notívagos: pessoas que apreciam a vida noturna

ApartirdaleituraatentadoTexto III,façaoqueépedido.

8ªQUESTÃO:

Oúltimoparágrafodoconto"Oslicantropos"deixasubentendidaaideiadeque:

A–()oprofessorEpaminondasconcluiuquelicantroposnãoexistiam.

B–()Barzinskytransformou-seemumlicantropo.

C–()todososmembrosdaAcademiadeCiênciasSobrenaturaisforamvítimasdoataquedeumlicantropo.

D–()oprofessorBarzinskydeveriafazernovasinvestigaçõesemcampo.

E–()ohorárioediadareuniãoextraordináriaagendadapeloprofessorBarzinskynãoforamaceitospelosoutros

homensdaAcademiadeCiênciasSobrenaturais.

9ªQUESTÃO:

Assinaleaopçãocujovocábulodestacadonãoéacentuadopelamesmaregradeacentuaçãodosdemais:

A–( ) "...notívagos eram surpreendidos..." (l. 3)

B–()"OsábioprofessorEpaminondasBarzinskydebateu..."(l.6)

C–()"...oslicantroposeramdaprimeiraespécie..." (ls. 9 e 10)

D–()"...requerendoreuniãoextraordinária..." (ls. 12 e 13)

E–()"...ocupavaatribunadeconferências." (l. 14)

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TEXTO IV

Vocêjáviuqueolobisomeméumserpertencenteaonossofolclore.Mas,afinal,oqueexatamenteéofolclore?Leiaum

textoquefalaumpoucosobreisso.

"...é tudo o que a gente faz, sabe, diz, canta, expressa de alguma forma sem precisar aprender, ouvindo falar, vendo fazer, sabendo porque todo mundo sabe. (...)

Quem nunca ouviu falar em comida típica ou em música regional? Se você parar para lembrar, vai ver, por exemplo: churrasco, carne-seca com abóbora, feijão de tropeiro, pato no tucupi, goiabada cascão... Tudo isso é comida típica. Ora, pipocas! Típica de quê? Do lugar onde é feita. E essa tipicidade teve origem na abundância da matéria-prima (o material de que é feita) ou na necessidade do pessoal daquele lugar, ou em alguma influência.

A goiabada cascão é típica de Campos, no Rio de Janeiro, porque lá o clima e a terra são próprios para

o cultivo da goiaba. Ora, as pessoas começaram a inventar coisas para fazer com a goiaba, além de comê-la como ela nasce. E todas fazendo isso, sempre e sempre, acabaram inventando outras coisas: umas fizeram doce, outras passaram a vendê-lo, outras a fabricá-lo industrialmente, outras a enfeitá-lo, outras fizeram músicas falando disso tudo e, de repente, falar em Campos é lembrar de goiabada cascão.

Perceberam como é? É uma coisa que o homem vai aproveitando, e a coisa vai ficando típica, tradicional, regional, folclórica."

MariaHelenaTorres.In.:CiênciasHojedasCrianças,ano5,n27.

RiodeJaneiro,SBPC,abril-maio-junho/1992.

ApartirdaleituradoTexto IV,façaoqueéproposto.

10ªQUESTÃO:

Pode-seafirmarsobreotextolidoque:

A–()umacomidatorna-setípicaquandoelaémuitocultivadaepreparadaemdeterminadolugar.

B–()ofolcloreéaprendidoemescolasecursos.

C–()todasasregiõespossuemosmesmospratostípicos.

D–()emCampos,noRiodeJaneiro,todososdocesdegoiabasãofeitosartesanalmente.

E–()aúnicamanifestaçãofolclóricacitadapelaautorafoiacomidatípica.

TEXTO V

ALENDADOSACI

A curiosidade tem levado os homens de todos os tempos a indagar sobre as origens do Universo, dos seres, das coisas e sobre os fatos que não têm explicação lógica. Os cientistas estudam o mundo à procura de respostas objetivas a essas questões. As lendas constituem outra forma de responder a essas perguntas. Fruto da imaginação, elas não explicam cientificamente os seres e as coisas, mas contam uma história que fala de como teria surgido.

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Você já ouviu falar do Sítio do Picapau Amarelo, um lugar imaginado por Monteiro Lobato? O sítio é uma pequena fazenda onde moram Narizinho, Dona Benta, Pedrinho, Tia Nastácia, a boneca Emília, o Visconde de Sabugosa e Rabicó. Criadas por Monteiro Lobato, o primeiro escritor brasileiro a escrever para crianças, essas personagens vivem incríveis aventuras no sítio e falam de muitas tradições de nosso país.

O texto que você vai ler a seguir se refere a uma delas. Pedrinho, muitas vezes, tinha ouvido falar em saci e queria saber se ele realmente existia. Foi então perguntar ao Tio Barnabé, um negro de mais de 80 anos e bom contador de histórias, que vivia perto de sua fazenda.

Tio Barnabé não apenas confirmou que o saci existia, mas também informou que existiam vários sacis. E contou muitas histórias sobre eles, as artes que essas criaturas fazem e até ensinou como se pega um saci. Pedrinho, então, armou um plano. Vamos conhecer o plano do garoto?

PEDRINHOPEGAUMSACI

Tão impressionado ficou Pedrinho com esta conversa que dali por diante só pensava em saci, e até começou

a enxergar sacis por toda parte. Dona Benta caçoou, dizendo:

— Cuidado! Já vi contar a história de um menino que de tanto pensar em saci acabou virando saci…

Pedrinho não fez caso da história e, um dia, enchendo-se de coragem, resolveu pegar um. Foi de novo em

procura do tio Barnabé.

— Estou resolvido a pegar um saci, disse ele, e quero que o senhor me ensine o melhor meio.

Tio Barnabé riu-se daquela valentia.

— Gosto de ver um menino assim. Bem mostra que é neto do defunto sinhô velho, um homem que não tinha

medo nem de mula sem cabeça. Há muitos jeitos de pegar saci, mas o melhor é o de peneira. Arranja-se uma peneira

de cruzeta…

— Peneira de cruzeta? – interrompeu o menino – Que é isso?

— Nunca reparou que certas peneiras têm duas taquaras mais largas que se cruzam bem no meio e servem

para reforço? Olhe aqui. – e tio Barnabé mostrou ao menino uma das tais peneiras que estava ali num canto – Pois

bem, arranja-se uma peneira destas e fica-se esperando um dia de vento bem forte, em que haja rodamoinho de

poeira e folhas secas. Chegada essa ocasião, vai-se com todo o cuidado para o rodamoinho e zás! joga-se a peneira

em cima. Em todos os rodamoinhos há saci dentro, porque fazer rodamoinhos é justamente a principal ocupação

dos sacis neste mundo.

— E depois?

— Depois, se a peneira foi bem atirada e o saci ficou preso, é só dar jeito de botar ele dentro de uma garrafa

e arrolhar muito bem. Não esquecer de riscar uma cruzinha na rolha, porque o que prende o saci na garrafa não é

a rolha e sim a cruzinha riscada nela. É preciso ainda tomar a carapucinha dele e a esconder bem escondida. Saci

sem carapuça é como cachimbo sem fumo. Eu já tive um saci na garrafa, que me prestava muitos bons serviços.

Mas veio aqui um dia aquela mulatinha sapeca que mora na casa do compadre Bastião e tanto lidou com a garrafa

que a quebrou. O perneta pulou em cima da sua carapuça, que estava ali naquele prego, e "Até logo, tio Barnabé!"

Depois de tudo ouvir com a maior atenção, Pedrinho voltou para casa decidido a pegar um saci, custasse o

que custasse. Contou o seu projeto a Narizinho e longamente discutiu com ela sobre o que faria no caso de escravizar

um daqueles seres terríveis. Depois de arranjar uma boa peneira de cruzeta, ficou à espera do dia de S. Bartolomeu,

que é o mais ventoso do ano.

Custou a chegar esse dia, tal era sua impaciência, mas afinal chegou e, desde muito cedo, Pedrinho foi postar-se

no terreiro, de peneira em punho, à espera de rodamoinhos. Não esperou muito tempo. Um forte rodamoinho formou-se

no pasto e veio caminhando para o terreiro.

— É hora! – disse Narizinho – Aquele que vem vindo está com muito jeito de ter saci dentro.

Pedrinho foi se aproximando pé ante pé e, de repente, zás! Jogou a peneira em cima.

— Peguei! – gritou no auge da emoção, debruçando-se com todo o peso do corpo sobre a peneira emborcada

– Peguei o saci!…

A obra deMonteiro Lobato já divertiumuitasgeraçõesdecrianças.Nafoto,algunsdosatoresquevivemaspersonagensdanovaadaptaçãodoSítiodoPiacapauAmareloparaatelevisão.

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A menina correu a ajudá-lo.

— Peguei o saci! – repetiu o menino vitoriosamente – Corra, Narizinho, e traga-me aquela garrafa escura que

deixei na varanda. Depressa!

A menina foi num pé e voltou noutro.

— Enfie a garrafa dentro da peneira – ordenou Pedrinho – enquanto eu cerco dos lados. Assim! Isso!…

A menina fez como ele mandava e, com muito jeito, a garrafa foi introduzida dentro da peneira.

— Agora tire do meu bolso a rolha que tem uma cruz riscada em cima. – continuou Pedrinho – Essa mesma.

Dê cá.

Pela informação do tio Barnabé, logo que a gente põe a garrafa dentro da peneira, o saci por si mesmo entra

dentro dela, porque, tem a tendência de procurar sempre o lugar mais escuro. De modo que Pedrinho o mais que tinha

a fazer era arrolhar a garrafa e erguer a peneira. Assim fez, e foi com o ar de vitória de quem houvesse conquistado

um império que levantou no ar a garrafa para examiná-la contra a luz.

Mas a garrafa estava tão vazia como antes. Nem sombra do saci dentro…

A menina deu-lhe uma vaia e Pedrinho, muito desapontado, foi contar o caso ao tio Barnabé.

— É assim mesmo. – explicou o negro velho – Saci na garrafa é invisível. A gente só sabe que ele está lá dentro

quando a gente fica sonolento. Num dia bem quente, quando os olhos da gente começam a piscar de sono, o saci

pega a tomar forma, até que fica perfeitamente visível. É desse momento em diante que a gente faz dele o que quer.

Guarde a garrafa bem fechada, que garanto que o saci está dentro dela.

Pedrinho voltou para casa orgulhosíssimo com a sua façanha.

— O saci está aqui dentro, sim. – disse ele a Narizinho – Mas está invisível, como me explicou tio Barnabé.

Quem não gostou da brincadeira foi a pobre tia Nastácia. Como tinha um medo horrível de tudo quanto era

mistério, nunca mais chegou nem na porta do quarto de Pedrinho.

— Deus me livre de entrar num quarto onde há garrafa com saci dentro! Credo! Nem sei como dona Benta

consente semelhante coisa em sua casa. Não parece ato de cristão…

(MonteiroLobato.ViagemaoCéueOsaci.SãoPaulo:Brasiliense,s.d.p.191-5.)

ApartirdaleituradoTexto V,façaoqueéproposto.

11ªQUESTÃO:

DeacordocomasinstruçõesdadasportioBarnabé,paraPedrinhoouqualquerpessoaconseguirpegarumsaci,sónão

seria necessário:

A–()peneiradecruzeta.

B–()serumdiadeventofortecomrodamoinho.

C–()umagarrafaescura.

D–()umapessoaparaajudar.

E–()umarolhacomumacruzdesenhadanelaparatamparagarrafa.

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12ªQUESTÃO:

Observeostrechosaseguir:

III–"...quemeprestavamuitos bons serviços." (l. 37)

III–"...e,desdemuitocedo,Pedrinhofoipostar-se..."(l.44)

III–"Nãoesperoumuito tempo." (l. 45)

IV–"...commuitojeito,agarrafafoiintroduzida..."(l.56)

IV–"...Pedrinho,muitodesapontado,foi..."(l.64)

Pode-sedeclararqueaclassegramaticaldemuito é advérbio:

A–( ) em todos os trechos.

B–( ) somente nos trechos II e V.

C–( ) apenas no trecho IV.

D–( ) somente no trecho II.

E–()apenasnostrechosIIIeI.

13ªQUESTÃO:

Monteiro Lobato, o autor do texto, viveu há muito tempo, entre 1882 e 1984. Por essa razão, muitas palavras e expressões que ele utilizou em suas histórias não são conhecidas pelas crianças de hoje. Apesar disso, é possível compreender o sentido delas no contexto em que foram empregadas.

Identifiqueaopçãocujaexpressãooupalavragrifadafoisubstituídainadequadamentepeloqueapareceentreparênteses:

A–( )"...Pedrinhonão fez caso dahistóriae,a..."(l.19)(nãoseimportoucoma)

B–()"...queosenhormeensineomelhormeio." (l. 21) (modo)

C–()"...etantolidou comagarrafaqueaquebrou..."(ls.38e39)(manuseou)

D–()"Ameninafoi num pé e voltou noutro." (l. 54) (foi e voltou rapidamente)

E–( ) "...o mais que tinha a fazer era arrolharagarrafa..."(ls.60e61)(destampar)

14ªQUESTÃO:

"Saci sem carapuça é como cachimbo sem fumo." (ls. 36 e 37)

Notrechoacima,háumconectivodecomparação.Elesónãoquerdizerquesacisemcarapuçaétão:

A–()proveitosoquantocachimbosemfumo.

B–()inútilquantocachimbosemfumo.

C–()semimportânciaquantocachimbosemfumo.

D–()ineficazquantocachimbosemfumo.

E–()irrelevantequantocachimbosemfumo.

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15ªQUESTÃO:

Quantoàcaracterizaçãodospersonagensnãosepodedeclararque:

A–()Pedrinho–édestemidoecorajoso.

B–()tioBarnabé–éminuciosoedetalhista.

C–()Narizinho–éprestativaeeficiente.

D–()tiaNastácia–ésupersticiosaemedrosa.

E–()donaBenta–éintoleranteeencorajadora.

TEXTO VI

OMONSTRODORIONEGRO

Há muitos homens no mundo que dizem terem lutado, com lobisomens valentesque andam correndo fadoe sempre, sempre nas lutas,vitórias têm alcançado.

Outros... dizem com certezaque têm lutado também,com muitas "burras de padre"e têm saído bemporém isto são bichinhos,que não espantam ninguém.

Eu quisera ouvir um homemdizer-me que resistiu, ao Monstro do Rio Negroe triunfado saiupara eu lhe dizer na cara:você desta vez mentiu.

Porque o monstro em que falono mundo ainda não nasceu,vivente que resistisseà força do corpo seu e quem com ele agarrar-se,pode jurar que perdeu.

O monstro do Rio Negroo seu pai foi um pajé,que viveu no Rio Negroregendo a tribo Mauéo Brasil ainda não era,uma nação como é.

Seu corpo tem com certezadez metros de comprimentoa barriga é encarnadae o lombo é pardacentoe tem quatro asas negraspra voar qualquer momento.

Essas asas são de couroporém de um couro tão forte,que não há dentes de bichoque possam fazer-lhe cortee não há ponta de aço,que nelas não se entorte.

Tem uma força assombrosacapaz de erguer o mundo,a fera que ele agarrarperde a vida num segundoque seja em cima da terra,ou dentro do mar profundo.

Pois tem cem palmos ou maisa sua circunferência,o seu casco tem um metrode grossura; e a consistênciaé de bronze; e já por isto,ninguém lhe põe resistência.

Tem um lodo em todo corpoe o bicho que mordê-lo, a língua fica queimadaredonda como um noveloe os dentes se desmancham,já como bolas de gelo.

Seus chifres são do tamanhodos chifres dum boi de carro,duros como diamantee sujos da cor de barroas unhas são como os chifres,dum veado ou dum chibarro.

Tem quatro unhas maiores– em cada pé possui uma,cujas unhas são de roscada forma de uma verrumae o bicho que ele perfurarcom elas: não se apruma.

Pois as unhas onde feremaparece de repente,e gangrena com o tétanoportanto não há viventeque possa ganhar vitória,com esse monstro valente.

Seus olhos são como brasas tendo o tamanho dum tachofitando para o viventeo vivente vai-se abaixocom uma légua ele atrai,qualquer bicho fêmea, ou macho.(...)

JoséCamelodeMeloResende.In:Manoel

CavalcantiProença(org.).Literatura

popularemverso.BeloHorizonte:

Itatiaia/SãoPaulo:Edusp/RiodeJaneiro:

FundaçãoCasadeRuiBarbosa,1986.

PP.238-240.

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Vocabulário:

•fado: destino

•encarnada:dacordacarne,vermelha

•chibarro: pequeno bode

•gangrena:morteeapodrecimentodostecidosemqualquerpartedoorganismo

ApartirdaleituraatentadoTexto VI,façaoqueéproposto.

16ªQUESTÃO:

Apósanalisarasestrofesdopoema,marqueainformaçãofalsa:

A–()AquartaestrofedeclaraqueoMonstrodoRioNegroéinvencível.

B–()Omonstroétambémdescritofisicamentenasextaestrofe.

C–()Nasegundaestrofe,decertaforma,oeu-líricosubestimaaferocidadedas"burrasdepadre."

D–()Háumacomparação,nadécimaprimeiraestrofe,entreotamanhodoschifresdoMonstrodoRioNegroeodo

diamante.

E–()AoitavaestrofeafirmaqueoMonstrodoRioNegrovencetantoanimaisterrestresquantoaquáticos.

17ªQUESTÃO:

AssinaleoversoemqueovocábuloUMdesempenhefunçãogramaticaldenumeral:

A–()"Euquiseraouvirum homem" (verso 13)

B–( ) "o seu pai foi umpajé,"(verso26)

C–()"porémdeumcourotãoforte,"(verso38)

D–()"oseucascotemum metro" (verso 51)

E–( ) "redonda como um novelo" (verso 58)

18ªQUESTÃO:

Identifiquearelaçãoestabelecidapeloconectivodestacadonoversoabaixo:

"pra voar qualquer momento." (verso 36)

A–()causa

B–()finalidade

C–()consequência

D–()direção

E–()lugar

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19ªQUESTÃO:

Aideiadematérianão pode ser estabelecida pela preposição de na opção:

A–()"commuitas‘burrasde padre’" (verso 9)

B–()"Essasasassãode couro" (verso 37)

C–()"enãohápontadeaço,"(verso41)

D–()"édebronze;ejáporisto,"(verso53)

E–()"jácomobolasdegelo."(verso60)

20ªQUESTÃO:

Identifique,nosversosabaixo,oúnicoqueexclui-sederegistrarumaconsequênciasofridaporumserqueentreem

confrontocomoMonstrodoRioNegro:

A–()"perdeavidanumsegundo"(verso46)

B–()"eosdentessedesmancham,"(verso59)

C–()"egangrenacomotétano"(verso75)

D–()"Seusolhossãocomobrasas"(verso79)

E–()"oviventevai-seabaixo"(verso82)

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Nome: _______________________________________________________________ Turma: _________

• TURMA 40 – 3º SIMULADO/2015 •

• FOLHA DE REDAÇÃO •

Nota

Visto

PROPOSTA DE REDAÇÃO

Leiaatirinhaaseguir:

EmváriasregiõesdoBrasil,aspessoasaindaacreditamemseresmitológicoscomosaci,mulasemcabeça,curupira,botocor-de-rosa,lobisomem,bicho-papão...Ouviramaslendas,acreditaramecontamaseusfilhoscomose fossem verdade.

Jáemoutrosrecantosdonossopaís,estesseremnãocausammaismedo,nemassombramninguém,talveztenhamsidosubstituídospormonstrosmodernos...

Escrevaumtextoopinativo(dissertativo),de15 a 20 linhas,expondosuaopiniãosobreesteassunto.Apresenteargumentosquedefendamopontodevistadequemacreditaedequemnãoacreditanosseres

mitológicos.Faletambémdaimportânciaounãodaslendasparamanteremvivosoimagináriopopulareariquezacultural

dopaís.Dêumtítuloaoseutexto,escrevacomletralegível.UseoregistroformaldaLínguaPortuguesa.Vamoslá!

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Escreva aqui o seu RASCUNHO.

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Comentário do(a) Professor(a) Corretor(a):

Nome: _______________________________________________________________ Turma: _________

• TURMA 40 – 3º SIMULADO/2015 •

• FOLHA DE REDAÇÃO •

Nota

Visto