U Ç IO E l l f O f f i - mun-montijo.pt amortaj havirm-n’o, mascarravam-n’o, içavam- n’o...

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II ANNO DOMIHGO, •? DE SETEMBRO DE 1902 N.u Go SEM A NARIO NOTICIOSO, LITTERÀRIO E AGRÍCOLA Assjgnatnra Anno, 1S000 réis; semestre, Soo réis. Pagamento adeantado. para o Brazil, anno, 2§5oo réis (moeda forte). Avulso, no dia da publicação, :2o réis. EDITOR — José Aug-uslo Saloio mi P r £: IO U Ç I O E l l f O f f i ; CaeÕCS Annuncios— i.a publicação, -40 réis a linha, nas seguintes, M 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto'especial. Os auto- LARGO DA MISERICÓRDIA _16 ú «raPho* não se restitueni quer sejam ou náo publicados. aldegallkga h PROPRIETÁRIO José Augusto Saloio E X P E D I E N T E Acceit5í*ss-se com g ra ti dão <|H«aesqMei* «soí-ielas qase sejas» de laaíeresse pnldico. Lá vae essa boa gente; em alegre e devota roma ria, encorporar-se nos ci rios, levando aos santos e santas da sua devoção as promessas que a crença boa e ingénua lhes faz cum prir. Almas crentes e sim ples, que dòce alegria, que suave consolo sentemnes- sas horas cie diversão en cantadora ! E’ vêl-os aos ranchos, homens e mulheres, carre gados com os farnéis que depois hão de saborear e regar com copiosas liba ções do delicioso licor que lhes vae dar vida e anima ção! Nessas horas alegres não lembram as torturas da vida, não se pensa no dia seguinte.. . é o tempo consagrado á folia e ao es quecimento das penas... Tristezas não pagam divi das, lá o diz o proloquio popular. O povo ha de ser sem pre a ete rrià creançaa quem as festas e os arraia es se duzem a ponto de não se lembrar de mais coisa ne nhuma nesses dias de fol guedo. E ainda bem que assim é, porque se fossemos a pensar nas misérias e nas desgraças que abundam por este valle de lagrimas, perderíamos até a vontade de viver. .. e a vida, se para uns é cheia de tortu ras e de desfallecimentos, para outros é bello jardim coberto de odoríferas flo res. Injustiças da sorte, que é varia, por pertencer ao ge~ nerofeminino.. . perdoem- roe as minhas amaveis lei toras esta affirmação cue nenn com todas se entende. Deixal-os folgar e gosar, ÇUe teem depois muito tompo para se entristecer, não fosse a crença, essa mysteriosa e doce que brota no coracão dos bons > e dos sinceros, mal iria ao mundo e aos homens. Voltam depois aos- seus lares, moídos, cheios de fa diga e de cançaço,exhaus- tos de forcas e de dinhei- Iro.., mas que importa? Dive: tiram-se, è o grande segrqdodn vida é sabermos gosaS-a a nosso modo. Santas e piedosas almas boas, com© eu vos admiro! JOAQUIM DOS ANJOS. ‘ Os festejos sí TSossa- SJe- 8110ra «!’.aíaiaya Terminaram na segunda feira,. 1 do corrente, osap- pa- aíOsos festejos em hon ra de Nossa Senhora d ’A t a - laya, que tão admiravel mente se íizeram este an no. O pittoresco a!'.o d'Ata- laya, apresentava um aspe cto su! prehendente, devi do á grande profusão de barracas, ranchos enormes de romeiros que percor riam o largo tocando e cantando mod as po p u 1 ares, e outros em agradáveis pic-nicsempunhandoaado rada e inseparável borra cha, deliciando-se com o licor de Deus Baccho, di tos picantes, etc. De noite: os cirios em marchas aux- jlambeaux, com balões á Venezian a, cu mp ri menta m- se reciprocamente indo em seguida cumprimentar a auctoridade principal. Ter minados estes curnp imeri tos as phylarmonicas se guem para os seus coretos que geralmente são feitos encostados ás casas dos mesmos cirios, e que são brilhantemente enfeitados com cordas de murta, ban deiras e balões á venizia- na. Dentro das casas dos ci rios as familias dançavam até de manhã, e todo aquelle que se deixa nesta noite dormir é judiado. Ho je, estas judiarias estão menos em uso. Antigamen te atavam de pés e mãos o que era mais pesado no somno, amortaj havirm-n’o, mascarravam-n’o, içavam- n’o até ao tecto, etc. Fa- ziam-lhe judiarias até o acordarem. Na madrugada de do mingo, como de antigo costume, todas as pfíylar- monicas logo ao luzir da manhã tocam a alvorada seguindo dahi a pouco to dos os cirios em caminho da Fonte Santa, para a cos tumada lavagem. E’ ahi que depois da lavagem se dan ça e canta ao som da des ordem das phyiarmonicas, gaitas de folies, tambores, pifaros, etc., e se leva os desprevenidos de «c .. . .» ao pinheiro, até haver um de melhor coração que. di ga basta. A manhã estava deliciosa, as phyiarmonicas continuayam no seu fun- gd-gá e os foguetes estra- iejavam . incessantemente. Passados alguns minutos voltavam para o arraial. Pelas ii horas da noite uma girandola de foguetes de lagrimas annunciou que 'se ia queimar o fogo de ■artificio. Realmente quei- maram-se peças que re presentavam coisas bastan te engraçadas. Era meia noite quando acabou. Votámos novamente á 'vozeria rouca dos barra- íqueiros annunciando os isetis espectáculos, ao to que de bombo, pratos, gai as de folies e tambores. Na madrugada de segun da feira tambem todos to mam o caminho da Fonte Santa, a fim-da tradicional lavagem, bailaricos e can tares populares voltando tudo pouco depois para o arraial. Pelas 6 horas da manhã houve na egreja, missa re zada que o rev. capellão celebrou, assistindo muitos devotos. Os andores acha vam-se dispostos em duas filas, sendo uma de cada lado da egreja. Eram admi rados pela excellertte orna mentação.. Pelas 7 horas- da manhã começavam todas aquellas familias a entrouxar as suas coisas para retirarem. Pou co depois os cirios punham- se em caminho.desta villa. A Atalaya, que até alli era grande e alegre tornou- se acanhada e monotona de vido á retirada dos cirios, jnão. deixando, comtudo, j de continuar o arraial até perto da noite. De tarde, ainda foram capturados dois indivíduos d’esta villa por se envolverem em des ordem numa barraca de comes e bebes. Passou a ser dia de ver dadeira festa nesta villa: de manhã, uma phylarmo nica de qualquer círio pe diu á direcção da socieda de r.° de Dezembro, desta villa, licença para tocar no coreto, sendo-lhe imme- diatamente concedida. To cou alli por algum tempo sendo muito applaudida. Os forasteiros, apesar de muito amarrotados, ro.u- quejavam pelas ruas da vil la, em grandes bandos, as seguintes quadras: Maçarico aqui me tens. Ovelha desgarrada. Se quizeres um amor firme Cala-te. não digas nada. Chega-te a mim. Agora, agora, Chega te a mim, A fòda a hora. Na P raça Serpa Pinto, a animação era grande. Tu do dançava ao som cia mu sica que alli se achava to cando. As casas de pasto, ta bernas e logares de frueta fizeram excellente nego cio. Pela i hora da tarde, co meçaram os cirios nova mente a organisarem-se em procissão para embarcarem nas fragatas que os devia conduzir. Estavam todas embandeiradas, o que offe- recia ao tejo um effeito en cantador. Todos os cirios se despediam com o can- çado hymno da carta, mui tos foguetes e vivorio. Até para o anno! O cirio do Cholora, de esta villa. que havia muitos annos se não fazia, veiu de tarde da Atalaya, chegan do aqui pelas (5 horas e meia em procissão. Era acompanhado de muito po vo pelo que os romeiros se mostravam muito satisfei tos. Houve ladainha e ser mão pelo rev. padre Peixo to. Seguiu-se o arraial, to cando no coreto a socieda de Phiiarmonica «União e Trabalho», de Sarilhos Grandes, até á meia noite. sendo phreneticamente ap plaudida pelo povo. OCCORRENCIAS Deram-se alguns confli- ctos de tão pequena im- portancia, que narral-os será maçador. Os gatunos não deixaram este anno de fazer as suas proezas. Foi roubada uma cartei ra a Antonio Pereira, natu ral de Cezimbra, contendo cautellas no valor de 7S0.00 réis. — Tambem roubaram a Manuel da Silva Segundo, residente em Tenda do Al caide, um relogio de prata e corrente de ouro, no va lor de 5oSooo réis. A ’ esposa do sr. An tonio Baptista, residente em Lisboa, furtaram da al gibeira do vestido um len ço tendo uma nota de 2 >5 oo réis embrulhada. — Tambem ao sr. Joa quim Ferreira dos Santos, residente nesta villa, rou baram uma carteira com cautellas no valor de 25$ooo réis. As cautellas tinham o carimbo do estabelecimen to do nosso amigo João Antonio Ribeiro. — «»- rilísos Cirandes Queixam-se-nos daquel- la localidade que o relogio que fòra collocado o mez passado na torre da egreja, que apenas trabalhou tres dias. Em nome do povo de Sarilhos Grandes pedimos immediatas providencias a quem competir. O SíSario E’ hoje que começa a publicar-se em Lisboa este novo jornal. Apresenta-se com 8 paginas, iliustrado, inserindo tres interessantes folhetins. Ao novel coliega appe- tecemos longa vida e mui tas prosperidades. S^esíías á Se^Iíor:* «la Boa Vi;sgessa 5»;s Moi ia A commissão encarrega da das tradicionaes festas á Senhora da Boa Viagem,

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II ANNO DOMIHGO, •? DE SETEMBRO DE 1902 N.u Go

SEM A N A R I O N O T I C I O S O , L I T T E R À R I O E A G R Í C O L A

AssjgnatnraA nno, 1S000 réis; semestre, Soo réis. Pagamento adeantado. p ara o Brazil, anno, 2§5oo réis (moeda forte).Avulso, no dia da publicação, :2o réis.

EDITOR— José Aug-uslo Saloio

mi

P r£: IO

U Ç I O E l l f O f f i ; CaeÕCSA nnuncios— i . a publicação, -40 réis a linha, nas seguintes,

M 20 réis. Annuncios na 4.» pagina, contracto'especial. Os auto-LARGO DA MISERICÓRDIA_16 ú « raP ho* não se restitueni quer sejam ou náo publicados.

a l d e g a l l k g a h PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

E X P E D I E N T E

Acceit5í*ss-se com g ra ti­dão <|H«aesqMei* «soí-ielas qase sejas» de laaíeresse pnldico.

Lá vae essa boa gente; em alegre e devota roma­ria, encorporar-se nos ci­rios, levando aos santos e santas da sua devoção as promessas que a crença boa e ingénua lhes faz cum­prir. Almas crentes e sim­ples, que dòce alegria, que suave consolo sentemnes- sas horas cie diversão en­cantadora !

E’ vêl-os aos ranchos, homens e mulheres, carre­gados com os farnéis que depois hão de saborear e regar com copiosas liba­ções do delicioso licor que lhes vae dar vida e anima­ção! Nessas horas alegres não lembram as torturas da vida, não se pensa no dia seguinte.. . é o tempo consagrado á folia e ao es­quecimento das penas... Tristezas não pagam divi­das, lá o diz o proloquio popular.

O povo ha de ser sem­pre a ete rrià creançaa quem as festas e os arraia es se­duzem a ponto de não se lembrar de mais coisa ne­nhuma nesses dias de fol­guedo. E ainda bem que assim é, porque se fossemos a pensar nas misérias e nas desgraças que abundam por este valle de lagrimas, perderíamos até a vontade de viver. .. e a vida, se para uns é cheia de tortu­ras e de desfallecimentos, para outros é bello jardim coberto de odoríferas flo­res.

Injustiças da sorte, que é varia, por pertencer ao ge~ nerofeminino.. . perdoem- roe as minhas amaveis lei­toras esta affirmação cue nenn com todas se entende.

Deixal-os folgar e gosar, ÇUe teem depois muito tompo para se entristecer,

não fosse a crença, essa mysteriosa e doce que

brota no coracão dos bons>e dos sinceros, mal iria ao mundo e aos homens.

Voltam depois aos- seus lares, moídos, cheios de fa­diga e de cançaço,exhaus- tos de forcas e de dinhei- Iro.., mas que importa? Dive: tiram-se, è o grande segrqdodn vida é sabermos gosaS-a a nosso modo.

Santas e piedosas almas boas, com© eu vos admiro!

JOAQUIM DOS ANJOS. ‘

O s f e s t e j o s sí T S o s s a - SJe- 8110ra «!’.aíaiaya

Terminaram n a s e g u n d a fe ir a ,. 1 d o c o r r e n t e , o s a p - pa- a íO s o s fe ste jo s em h o n ­r a de Nossa Senhora d ’A t a - laya, que tã o a d m ir a v e l­m e n te s e í iz e r a m e ste an­no.

O pittoresco a!'.o d'Ata- laya, apresentava um aspe­cto su! prehendente, devi­do á grande profusão de barracas, ranchos enormes de romeiros que percor­riam o largo tocando e cantando m o d as po p u 1 a r e s, e outros em agradáveis pic-nicsempunhandoaado rada e inseparável borra­cha, deliciando-se com o licor de Deus Baccho, di­tos picantes, etc. De noite: os cirios em marchas aux- jlambeaux, com balões á Venezian a, cu m p ri menta m- se reciprocamente indo em seguida cumprimentar a auctoridade principal. Ter­minados estes curnp i me ri­tos as phylarmonicas se­guem para os seus coretos que geralmente são feitos encostados ás casas dos mesmos cirios, e que são brilhantemente enfeitados com cordas de murta, ban­deiras e balões á venizia- na.

Dentro das casas dos ci­rios as familias dançavam até de manhã, e todo aquelle que se deixa nesta noite dormir é judiado. Ho­je, estas judiarias estão menos em uso. Antigamen­te atavam de pés e mãos o que era mais pesado no somno, amortaj havirm-n’o, mascarravam-n’o, içavam- n’o até ao tecto, etc. Fa- ziam-lhe judiarias até o acordarem.

Na madrugada de do­mingo, como de antigo costume, todas as pfíylar- monicas logo ao luzir da manhã tocam a alvorada seguindo dahi a pouco to­dos os cirios em caminho da Fonte Santa, para a cos­tumada lavagem. E’ ahi que depois da lavagem se dan­ça e canta ao som da des­ordem das phyiarmonicas, gaitas de folies, tambores, pifaros, etc., e se leva os desprevenidos de «c . . . .» ao pinheiro, até haver um de melhor coração que. di­ga basta. A manhã estava deliciosa, as phyiarmonicas continuayam no seu fun- gd-gá e os foguetes estra- iejavam . incessantemente. Passados alguns minutos voltavam para o arraial.

Pelas i i horas da noite uma girandola de foguetes de lagrimas annunciou que 'se ia queimar o fogo de ■artificio. Realmente quei- maram-se peças que re­presentavam coisas bastan­te engraçadas. Era meia noite quando acabou.

Votámos novamente á 'vozeria rouca dos barra- íqueiros annunciando os isetis espectáculos, ao to­que de bombo, pratos, gai­as de folies e tambores.

Na madrugada de segun­da feira tambem todos to­mam o caminho da Fonte Santa, a fim-da tradicional lavagem, bailaricos e can­tares populares voltando tudo pouco depois para o arraial.

Pelas 6 horas da manhã houve na egreja, missa re­zada que o rev. capellão celebrou, assistindo muitos devotos. Os andores acha­vam-se dispostos em duas filas, sendo uma de cada lado da egreja. Eram admi­rados pela excellertte orna­mentação..

Pelas 7 horas- da manhã começavam todas aquellas familias a entrouxar as suas coisas para retirarem. Pou­co depois os cirios punham- se em caminho.desta villa.

A Atalaya, que até alli era grande e alegre tornou- se acanhada e monotona de vido á retirada dos cirios,

jnão. deixando, comtudo, j de continuar o arraial até

perto da noite. De tarde, ainda foram capturados dois indivíduos d’esta villa por se envolverem em des­ordem numa barraca de comes e bebes.

Passou a ser dia de ver­dadeira festa nesta villa: de manhã, uma phylarmo­nica de qualquer círio pe­diu á direcção da socieda­de r.° de Dezembro, desta villa, licença para tocar no coreto, sendo-lhe imme- diatamente concedida. To­cou alli por algum tempo sendo muito applaudida. Os forasteiros, apesar de muito amarrotados, ro.u- quejavam pelas ruas da vil­la, em grandes bandos, as seguintes quadras:

Maçarico aqui me tens.Ovelha desgarrada.Se quizeres um amor firme Cala-te. não digas nada.

Chega-te a mim.Agora, agora,Chega te a mim,A fòda a hora.

Na P raça Serpa Pinto, a animação era grande. Tu­do dançava ao som cia mu­sica que alli se achava to­cando.

As casas de pasto, ta­bernas e logares de frueta fizeram excellente nego­cio.

Pela i hora da tarde, co­meçaram os cirios nova­mente a organisarem-se em procissão para embarcarem nas fragatas que os devia conduzir. Estavam todas embandeiradas, o que offe- recia ao tejo um effeito en­cantador. Todos os cirios se despediam com o can- çado hymno da carta, mui­tos foguetes e vivorio.

Até para o anno!O cirio do Cholora, de

esta villa. que havia muitos annos se não fazia, veiu de tarde da Atalaya, chegan­do aqui pelas (5 horas e meia em procissão. Era acompanhado de muito po­vo pelo que os romeiros se mostravam muito satisfei­tos. Houve ladainha e ser­mão pelo rev. padre Peixo­to. Seguiu-se o arraial, to­cando no coreto a socieda­de Phiiarmonica «União e Trabalho», de Sarilhos Grandes, até á meia noite.

sendo phreneticamente ap­plaudida pelo povo.

O C C O R R E N C IA S

Deram-se alguns confli- ctos de tão pequena im- portancia, que narral-os será maçador. Os gatunos não deixaram este anno de fazer as suas proezas.

Foi roubada uma cartei­ra a Antonio Pereira, natu­ral de Cezimbra, contendo cautellas no valor de 7S0.00 réis.

— Tambem roubaram a Manuel da Silva Segundo, residente em Tenda do Al­caide, um relogio de prata e corrente de ouro, no va­lor de 5oSooo réis.

— A’ esposa do sr. An­tonio Baptista, residente em Lisboa, furtaram da al­gibeira do vestido um len­ço tendo uma nota de2 >5 o o réis embrulhada.

— Tambem ao sr. Joa­quim Ferreira dos Santos, residente nesta villa, rou­baram uma carteira com cautellas no valor de 25$ooo réis. As cautellas tinham o carimbo do estabelecimen­to do nosso amigo João Antonio Ribeiro.

— «» -

r i l í s o s C i r a n d e sQueixam-se-nos daquel-

la localidade que o relogio que fòra collocado o mez passado na torre da egreja, que apenas trabalhou tres dias.

Em nome do povo de Sarilhos Grandes pedimos immediatas providencias a quem competir.

O SíSario

E’ hoje que começa a publicar-se em Lisboa este novo jornal. Apresenta-se com 8 paginas, iliustrado, inserindo tres interessantes folhetins.

Ao novel coliega appe- tecemos longa vida e mui­tas prosperidades.

S^esíías á Se^Iíor:* «la B oa Vi;sgessa 5»;s Moi ia

A commissão encarrega­da das tradicionaes festas á Senhora da Boa Viagem,

2 O D O M I N G O

tem envidado todos os es­forços possíveis, a fim de que este anno sejam feitas com luzimento superior ás dos annos anteriores.

As principaes barracas que estavam na Atalaya, já foram para alli com o fim de tomarem os melho­res logares.

T e u í a í i v a «le s u i c í d i o

Tentou hontem suicidar- se pela segunda vez, a ex.ma sr.a D. Maria José Amaro, estremecida filha do sr. Antonio Amaro. O seu es­tado é grave.

© z e S a d o i* C& elriafilaa

Este hcroe,a queni Deus nao confiou vergonha, entendeu que deverá in- commodar-nos todas as semanas com as suas faça­nhas.

Um pobre homem de perto de 70 annos de eda­de, de nome João Dias, morador na rua de José Maria dos Santos, deu com o vehiculo -que guiava um pequeno encontrão numa esquina nao causando dam- no algum digno de maior reparo, o senhor \elador que dalli estava perto, foi immediatamente ter cora o homem e impoz-lhe a mul­ta de i$ooo réis, dizendo- lhe: «Isto é cinco tostões para mim e cinco para o meu coilega Jacob, porque a verdadeira muita, essa é muito grande. Faço isto por ser a vossê, e calle-se». O tolo, como nao percebesse a' lettra do Cheirinha, ain­da lhe disse obrigado e mandou-o ir a casa rece­ber o dinheiro, o que foi feito no dia immediato pe­lo filho do tal Cheirinha.

K o v o e l r í © «le BJs-t e v ã o

Chega a esta villa no proximo domingo, 14 do corrente, este novo cirio de Santo Estevão. Demo­ra-se aqui tres dias em ver­dadeira festa.

C O F R I B I P 1 1 0 L I S

AOS SÉPTICOSVós, que anda es aspirando a velha f lo r do mal, Tendo um vacuo no peito, em véç cie coração,E que não conheceis o brilho divinal D'uns olhos de mulher— a eterna seducção!

Vinde vêr como 0 sol, nos'campos derramando 0 seu immenso olhar alegre, animador,Nós vae ardentemente ao peito segredando A musica ideal do perfumado amor!

JO A Q U IM DOS ANJOS.

A BULHÃO PATOCom que doçura infinita, Poeta d'alta valia,Tu nos mostras, na Paquita, Catadupas de poesia!

O teu nome aurealado, Sacerdote da Verdade,E \ sempre, sempre sagrado, Que 0 genio não tem edade!

JO A Q U IM DOS ANJOS.

PENSA M E NTOS

Em tempo de pa", os novos enterram os velhos; em tempo de guerra os velhos enterram os novos.— He- siodo.

— Um deputado que viola a lei, é como um pae que violasse a filha.

— Se a peste distribuísse pensões, a peste seria capa\ de encontrar bajuladores e servos.-— Sadi.

A N E C D O T A S

Em certa cidade devia ser enforcado um indivíduo, mas tendo adoecido gravemente alguns dias antes da execução, f o i preciso o emprego de todos os recursos da medicina. Curado e convalescido, at/estou isto o medico assistente d auctoridade competente com as linhas se­guintes:

«O réo F. póde agora ser enforcado sem prejm\o da sua saude».

Espirrou um fidalgo, que tinha 0 nan\ achatado, eo bobo da corte, em vez do sacramental ■Dominas tecum, disse-lhe:

— Deus lhe conserve a vista, senhor.O fidalgo surprehcndido, pediu a explicação destas

palavras, e o. bobo respondeu:--Conserve-lhe Deus a vista, porque 0 seu nan\ não

é bom para oculos.

Professor— Valha-te Deus, raparf Cada ve% sabes menos! E u , quando tinha a tua edade, jd lia correcta­mente, e fa*ia as quatro operações.. .

Discipulo — E que naturalmente 0 senhor teve me­lhor mestre do que eu.

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N e c r o l o g i a

Falleceu ante-hontem e deu hontem entrada no cemiterio d’esta villa, o es­timado e muito conhecido sr. Augusto Bernardes.

A sua ex.ma familia en­dereçamos as nossas sin­ceras condolências.

A c h a d o s

Estão na administração d’este concelho dois cha- péos que foram achados na Atalaya, pela occasião das festaS: um de sol e ou­tro da cabeça. Os seus domnos podem reclamal-os na referida administração,

LÍTIERÂTURÂY e z i d

(Conclusão)

— Vós ignoraes os usos deste paiz, respondeu 0 consul. A lei de Mafonia, severa para com os seus sectários, é iriflexiyel para os ext rangei ros. Neste paiz onde reina a ignorancia, as palavras são tão sagradas como as escripturas; elle não renunciará a ellas; acreditae na minha experi- encia. Fazei partir imme­diatamente vossa mulher, e pensae depois em algum meio de iliudir um com- promettimento, que o vos­so rival julga irrevogável. Um tremor mortal se apo­derou do russo. Entrevia uma grande desgraça; na­ção, patria, recordações da infancia, amor, projectos de futuro e de felicidade tudo se havia desvanecido para elle: sua esposa lhe fazia as vezes de tudo n’es- ta terra estranha. Cheio de receios elle a fez partir n aquella mesma noite.

27 FOLHETIM

Traducção de J. DOS AN JO S

UMA HISTORIADO

OUTRO MUNDO— * - —

Romance de aventurasX III

Cohi® os pad res fazem Siilagres

Consentiu em ajudar o velho im­mediatamente. çm fazer um bello milagre, mas com a cond cão de que lhe traria a Joanna no dia seguinte. Desde esse momento, os dois amigos prestavam-se a todas as combinações para fazer vingar a conspiraçãç> do

padre. Dado o golpe de Estado, se o feiticeiro Peasse vencedor ha\ia de arranjar-lhes meio de passarem para a ilha mais próxima habitada pelos europeus.

Havia já muito tempo que durava esta conferencia; mas o velho não re- ceiava a impaciência dos selvagens, a quem, de quando em quando, di­rigia um boccado de uma oração, pa­ra lhes indicar que estava lá.

Prolongou mais a sua ausência, pa­ra preparar o milagre. E (lectivamente o Joáo e o Mario estavam num a nu­dez muito europeia para parecerem espiritos. O velho remediou isso. Muitas familias tinham lhe confiado amuletos para elle os molhar no lago. C obriu com elles os dois amigos; passóu-íh'os pelo pescoço, pelas per­nas, pelos pulçõs; depois, dissolven­do na palma da mão uma pouca de

oca vermelha com saliva, besuntou- lhes a cara e o corpo.

Dèpois de tudo prompto, sahiram os tres do esconderijo, dando um grande grito, e começaram o milagre.

O Mario estava em pé sobre os hombros do João e levava o padre nos: braços levantados para o ar.

Da maior distancia a que os selva­gens avistaram aquelle grupo extraor­dinario, recuaram primei', o com sus­to, rojando-se p o r terra. Imaginavam que o m onitró se tinha apoderado do velho e o ia matar ou torturar deante d'elle.3. Muito apertados una contra os outros, não se atreviam a ir soccorrer o padre, nem a fugir. A maior parte d‘e!les resmoneav; m orações sem as comprehender, o mais depressa pos­sivel, na esperança de resgatarem a qualidade pela quantidade. Alguns, m?i sensatos, ofiereciam mentalmen­

te o padre em sacrifício, para acalmar o Espirito. Todos tinham fechado os olhos.

0 padre comprehendeu toda a van­tagem da sua posição. Aterrados co­mo estavam, podia fazer dos selva- gnes tudo quanto quizesse; bastava conserval-os n'aquelle estado de exal­tação. Do alto d’aquelle púlpito singu­

lar. formado pelo João e pelo Mario, disse uma oração curta e impoz-lhes silencio. Depois im provisou o hymno seguinte com voz solemne e n u m tom de mystico enthosiasmo:

«Domei o espirito. Venci-lhe a for­ça. Cavalguei-lhe a malícia. Tenho os pés sobre as suas costas.

«Na agua das lagoas, sob o céo ver­melho e a lua branca, com os ventos do sul e do norte, tenho feito ferver

as plantas sagradas, as hervas e as flo­res.

«Misturei o succo verde que faz manchas amarellas na pele, o succo azul que fura a carne, o succo preto que roe os ossos.

«Comi, esmagando-a na minha bôc- ca, a cabeça do gecko.

«Esfreguei o corpo com a casca da mancenilheira que paralysa.

«Lavei a cara com a seiva da arvore das Molucas que cega.

«Tom ei a bebica envenenada, a bebida composta conforme o rito magico, a bebida feita com as hervas, as plantas e as flores, o succo verde, 0 azul e o preto, a bebida que matas que vivifica.

«Dormi e acordei.«Estava morto e agora estou vivo.

1 Continuai

O DOMI NGONo dia seguinte o sche-

que apresentou-se em sua casa: seus escravos condu­ziam tres mil bolsas, que foram contadas deante do russo.

— Agora entrega-me tua mulher, disse o scheque.

— Mancebo, respondeu o russo, minha mulher, murreu subitamente a noi­te passada, e tu vens achar esta casa em luto; leva o teu ouro, cuja vista faz re­dobrai' a minha dôr, e reti­ra-te.^

— Tua mulher morreu! exclamou o scheque deses­perado; é isso verdade? Mas Deus é grande, eu de­vo acreditar-te e submet- ter-me á sua vontade; guar­da este ouro; desde hon­tem que essa que tu choras era minha; foi a mim que a morte a roubou; o preço que exigiste pertence-te; a palavra de um musulma- no é sagrada; mas condu- ze-me aonde está o seu corpo, quero ao menos vel-a pela ultima vez.

— Perdoa, se não posso satisfazer o teu desejo; mas os nossos padres cercam seu feretro, e desempe­nham para com ella os nos­sos ritos fúnebres.

— Devo respeitar vossos costumes, disse o scheque suspirando, e retirou-se.

Algumas horas depois o cavalheiro russo recebeu ordem de se apresentar em casa do cadi. aonde achou o scheque immovel e si­lencioso.

— Enganaste um musul- mano, lhe disse o cadi: de­pois de ter vendido tua mulher a este homem, fi- zeste-l’a evadir ; uma teste­munha que chegou de Ale­xandria, encontrou-a no caminho: e voltando-se pa­ra o árabe, accrescentou: que satisfação exiges lu?

— Nenhuma, respondeu o scheque.

E tirando de um punhal debaixo do seu manto, o cravou no peito do euro­peu, que cahiu morto a seus pés; depois atraves- vagarosamente a salla do tribunal, foi montar a cava­llo, e cheio de tristeza to­mou ocaminho do deserto

a n n u n c io

COIARGA DE P G M G A Í O t l i T E J O

(3 .a PeBÍilIeffiçSíí)

Por este juizo e cartorio do escrivão do 2.0 officio, e pelo inventario a que se está procedendo por obito de José Romão Martins, e cabeça do casal a viuva

Roza dos Santos Furtuna- ta, dos Brejos da Moita, ha de ter Jogar á porta do u ibunal d esta comarca no dia 21 do proximo mez de setembro pelas 11 horas da manhã pelo maior pre­ço e superior ao abaixo de­clarado, a venda do se­guinte prédio, e unico im- mobiiiario do dito caZal in­ventariado: Uma fazenda composta de casas de ha­bitação, darrecádação, vi­nha, arvores, terra de se­meadura. e um pequeno pôço, situada nos Brejos d'Agua Doce, freguezia da Moita, foreira em 3$6oo réis annuaes e 3 gallinhas

ou 3oo réis cada unia, a Manuel Amaro Canniceiro, das Formas, e o dominio util, posto em praça, ava­liado em 7io$>ooo réis. O arrematante, além das despezas da praça, pagará por inteiro a respectiva contribuicão de remsto.

Aldegallega do Ribatejo, 1902.

o E S C R IV Ã O

23 de agosto d

AntonioMoulinho.

Julio Pereira

Verifiquei a exactidão.

O JU IZ D E D IR E IT O

Fernandes Figueira.

Stelaçao «los m ancebos re c en sea d o s para o serv içom iSIíar n o eorreaste ansB©, «pae ficaram ise n íò stem p o rariam en te , p o r este C’o3scel!ao.

Canha

Antonio Maria Luzitano, filho de Antonio Maria Lu- zitano e Genoveva Ritta.

Aldegallega do RibatejoAugusto Rodrigues Cardeira, filho de Antonio Ro­

drigues Cardei ra e Caetana Roza Cardeira.José Antonio, filho de Antonio Joaquim e Maria

Emilia.João Dias Junior, filho de João Dias e Trephosia

de Jesus.M a n c e b o s «pae f i c a r a m d c f m i t i r a B s s e j s t e i s e n t o s .

Canha

Joaquim José Casal, filho de João José Casal e Maria Joaquína.

Pedro de Sousa, filho de Joaquim de Sousa e Herminia de Jesus.

Leonardo Maria Saltão, filho de Joaquim Maria Sal- tão e Joaquina Agostinho.

Thobias da Silva, filho de Manuel da Silva e Dionil- de Maria.

Sarilhos GrandesAntonio Regala, filho de Manuel Francisco Regala e

mãe incógnita.João Loureiro Mosca, filho de Elias Loureiro Mosca

e Maria Helena dos Santos.Joaquim Canegosa, fiiho de José Caetano Carre-

gosa Junior e Maria Emilia.José Gomes Manhoso, filho de Manuel Gomes Ma­

nhoso e Maria Martins.(Conlinuúa)

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O proprietário d’este antigo, acreditado e impor­tante estabelecimento, participa aos seus numerosos f eguezes e ao publico em; geral que acaba de forne­cer novamente o seu estabelecimento de todos os ob­jectos concernentes a relojoaria e ourivesaria. O pro­prietário deste estabelecimento, para augmento de propaganda vae fazer venda ambulante dos objectos do seu estabelecimento, para assim provar ao publico que em Aldegallega é elle o unico que mais barato e melhor serve os freguezes.

Nas officinas d’este importante estabelecimento tambem se fazem soldaduras a ouro e a prata, gal­vaniza-se a ouro, prata ou outro qualquer metal, oxi­dam-se caixas daço, pulem-se caixas de relogios de sala, bandolins, violas, guitarras, etc.

O proprietário deste estabelecimento dá uma li­bra a qualquer pessoa que lhe leve algum dos traba­lhos aqui ditos, que elle, por não saber, tenha de o mandar executa • fóra.

São garantidos pela longa pratica de trinta annos do seu proprietário, todos os trabalhos, assim como todos os neg.oci js d’esta casa.

Em casos de grande necessidade tambem se ac- ceita qualquer trabalho para de prompto ser execu­tado na presença do freguez.

BI elogios «le a lg ibeira e «le sala. Magníficos regu­ladores

N ’este estabelecimento se compra ouro eprata

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Agente em Aldegallega—-Alberto Brito Valentim.