U N D E UNIDADES DIDÁTICAS PARA O D ENSINO MÉDIO DE...

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RITA DE CASSIA SUART Organizadora PROPOSTAS PARA A PRÁTICA DOCENTE INICIAL E CONTINUADA UNIDADES DIDÁTICAS PARA O ENSINO MÉDIO DE QUÍMICA www.pedroejoaoeditores.com.br UNIDADES DIDÁTICAS PARA O ENSINO MÉDIO DE QUÍMICA ISBN 978-85-7993-191-8

Transcript of U N D E UNIDADES DIDÁTICAS PARA O D ENSINO MÉDIO DE...

RITA DE CASSIA SUARTOrganizadora

PROPOSTAS PARA A PRÁTICA DOCENTE

INICIAL E CONTINUADA

UNIDADES DIDÁTICAS PARA O

ENSINO MÉDIO DE QUÍMICA

www.pedroejoaoeditores.com.br

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ISBN 978-85-7993-191-8

  

           

UNIDADES DIDÁTICAS PARA O  ENSINO MÉDIO DE QUÍMICA:  

 PROPOSTAS PARA A PRÁTICA DOCENTE 

INICIAL E CONTINUADA      

     

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RITA DE CASSIA SUART [ORGANIZADORA] 

           

UNIDADES DIDÁTICAS PARA O  ENSINO MÉDIO DE QUÍMICA:  

 PROPOSTAS PARA A PRÁTICA DOCENTE 

INICIAL E CONTINUADA           

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Copyright © dos autores  Todos  os  direitos  garantidos.  Qualquer  parte  desta  obra  pode  ser reproduzida,  transmitida  ou  arquivada desde  que  levados  em  conta  os direitos dos autores.   Rita de Cássia Suart [Organizadora]   

Unidades didáticas para o ensino médio de química: Propostas para a prática docente inicial e continuada. São Carlos: Pedro & João Editores, 2014. 124p.  ISBN 978‐85‐7993‐191‐8  1. Ensino de química. 2. Prática docente. 3. Propostas curriculares. 4. Autores. I. Título.  

 CDD – 370 

 Capa: Marcos Antonio Bessa‐Oliveira,  Editores: Pedro Amaro de Moura Brito & João Rodrigo de Moura Brito   Conselho Científico da Pedro & João Editores: 

Augusto  Ponzio  (Bari/Itália);  João  Wanderley  Geraldi (Unicamp/Brasil); Nair  F.  Gurgel  do Amaral  (UNIR/Brasil); Maria  Isabel  de Moura  (UFSCar/Brasil); Maria  da  Piedade Resende  da  Costa  (UFSCar/Brasil);  Rogério  Drago (UFES/Brasil). 

  

   

Pedro & João Editores www.pedroejoaoeditores.com.br 

13568‐878 ‐ São Carlos – SP 2014 

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SUMÁRIO 

  

PrefácioRita de Cassia Suart

UNIDADE DIDÁTICA: SOLUÇÕESGleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva 

Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio Bernardo, Josiane Aparecida Freitas, Jacyara Duarte Teixeira, Josefina Aparecida de Souza, Rita de Cassia 

Suart

UNIDADE DIDÁTICA: ELETROQUÍMICAGleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva 

Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio Bernardo, Débora da Silva Maculan, Josiane Aparecida Freitas, Jacyara Duarte Teixeira, Josefina Aparecida de 

Souza, Rita de Cassia Suart

UNIDADE DIDÁTICA: TABELA PERIÓDICAVinicius Silva Tanganeli, Mayara de Souza Miranda, 

Camila Marra Abras, Lívia Maria Ribeiro Rosa, Hellem Renata Moreira, Letícia Gazola Tartuci, Rita de 

Cassia Suart

UNIDADE DIDÁTICA: ÁCIDOS E BASESGleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva 

Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio Bernardo, Josiane Aparecida Freitas, Jacyara Duarte Teixeira, Josefina Aparecida de Souza, Rita de Cassia 

Suart

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UNIDADE DIDÁTICA: TERMOQUÍMICAGiseli Letícia Santos, Evelyn de Melo Paulo, Larissa K. Simões, Mateus Willian Eleutério, Pedro Reis de Jesus, 

Rita de Cassia Suart

UNIDADE DIDÁTICA: TERMOQUÍMICA – ALIMENTOS

Vinicius Silva Tanganeli, Mayara de Souza Miranda, Jackeline Rafaela Pedroso, Patrícia de Melo Carvalho, 

Camila Marra Abras, Lívia Maria Ribeiro Rosa, Hellem Renata Moreira, Rita de Cassia Suart

UNIDADE DIDÁTICA: QUÍMICA DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS

 Anne Carolina de Carvalho, Brígida Isabel de Siqueira, Izabella Caroline do Nascimento, Luanna Gomes de Gouvêa, Richard Arantes Paixão, Renata de Castro Magalhães, Silvana Marcussi, Rita de Cassia Suart

 

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PREFÁCIO    

As  propostas  curriculares  e  a  sociedade  atual  têm defendido o processo de ensino e aprendizagem que vise a formação de cidadãos críticos e formadores de opiniões, que  estejam  conscientes  de  suas  decisões  e  daquelas tomadas por outros. 

Nesta  nova  perspectiva,  o  professor  se  torna  um mediador da construção dos conhecimentos pelos alunos e,  esses  últimos,  participam  ativamente  deste  processo, propondo suas próprias  ideias, baseados não apenas nos conhecimentos  escolares,  mas  considerando  as implicações  sociais, ambientais, políticas,  éticas  e morais envolvidas.  Desta  forma,  o  papel  da  escola,  ou  mais especificamente,  do  professor,  se  torna  de  extrema relevância.  

Assim, novas metodologias  e  estratégias de  ensino  e aprendizagem  precisam  ser  desenvolvidas,  de  forma  a permitir  uma  postura  mais  participativa  dos  alunos, contribuindo  para  o  desenvolvimento  de  habilidades  e competências essenciais para a formação cidadã. 

No  entanto,  professores  declaram  encontrar dificuldades  para  proporem  atividades  baseadas  nesta abordagem.  Muitas  vezes,  tais  dificuldades  são provenientes  de  carências  relacionadas  à  sua  formação inicial ou, ainda, à escassez de materiais instrucionais que possam  os  auxiliar  na  proposição  e  execução  de atividades  que  contribuam  para  uma  formação  mais crítica do alunado. 

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Diante  desse  cenário,  o  presente material,  intitulado Unidades  Didáticas  para  o  Ensino  Médio  de  Química: propostas  para  a  prática  docente  inicial  e  continuada,  foi elaborado  com  o  objetivo  de  apresentar  aos  professores do Ensino Médio de Química, uma  série de  7 Unidades Didáticas  relacionadas  a  conceitos  científicos  abordados em escolas públicas e privadas brasileiras. 

As unidades didáticas foram elaboradas por um grupo composto por alunos do curso de Licenciatura em Química da UFLA, professores da rede básica pública e particular de ensino  do  Estado  de  Minas  Gerais  e  professores universitários  do  Departamento  de  Química  da  UFLA participantes do projeto PIBID de Química da Universidade Federal de Lavras, entre os anos de 2011 e 2013. 

Desta  forma,  as  Unidades  trazem  diferentes  e importantes  olhares  sobre  o  processo  de  ensino  e aprendizagem,  baseados  nas  vivências,  conhecimentos  e perspectivas de cada grupo de autores envolvido. 

O  seu  conteúdo  está  baseado  em  propostas  e orientações de artigos da área de Pesquisa em Ensino de Química,  bem  como,  nas  sugestões  dos  Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN – Brasil) e Currículo Básico Comum (CBC – Minas Gerais). 

Ainda é  importante  salientar que,  todas as Unidades foram  aplicadas  em  salas de  aulas de  escolas do  Sul de Minas  Gerais,  seja  pelos  licenciandos,  ou  professores envolvidos  em  sua  elaboração.  Durante  e  após  o desenvolvimento  das  aulas  da  unidade,  o  grupo envolvido  se  reunia  para  discutir  sobre  as  ações desenvolvidas,  refletindo  sobre  os  pontos  positivos  e, repensando aqueles que não haviam alcançado o objetivo proposto, como por exemplo, replanejar um experimento; 

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reelaborar  uma  questão  que  possa  ter  confundido  os alunos; diminuir o conteúdo definido inicialmente. 

Estas  ações  permitiram  apresentar  neste  material, sequencias  de  aulas  reais  e  factíveis,  podendo  ser realizadas por demais colegas professores. 

Por meio das reflexões realizadas foi possível apresentar nas  unidades  algumas  sugestões  aos  professores  leitores. Estas sugestões estão relacionadas ao que o professor deve levar em conta quando aplicar a unidade, ou seja, o público específico  envolvido  ou  tempo  para  execução  das atividades.  Assim,  embora  as  Unidades  apresentem‐se completas,  prontas,  não  existe  impedimento  para  o professor  incluir  novas  abordagens  e  conceitos  ou,  ainda, trocar  alguma  atividade  sugerida.  Também  é  preciso considerar  que,  por  se  tratar de  um material de  apoio  ao professor,  os  conteúdos  químicos  não  são  apresentados detalhadamente, de  forma que,  fica a critério do professor, caso  sinta  necessidade,  buscar  referência  específica  para sanar possíveis dúvidas conceituais.  

O  desenvolvimento  de  habilidades  cognitivas  e argumentativas  é  enfatizado  nas  unidades,  as  quais ressaltam  o papel mediador do professor  e  a participação ativa  dos  alunos  na  construção  do  conhecimento.  Além disso, sua estrutura permite e incentiva a ação de atividades em grupo, contribuindo para o desenvolvimento de atitudes relacionadas ao respeito pela opinião do próximo, ao espaço e tempo dos colegas. São apresentadas diferentes estratégias de ensino como: experimentação investigativa, jogos, vídeos. Considerando a perspectiva da avaliação  formativa, vários instrumentos  de  avaliação  são  apresentados  como: questionário  pré  e  pós  atividades,  mapas  conceituais, desenhos, redações, etc. 

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Cada Unidade apresenta a seguinte estrutura: • Introdução inicial sobre a importância do aprendizado 

dos conceitos pelos alunos;  •  Apresentação geral das aulas; •  Detalhamento de cada aula, as quais constam de: 

− Problematização,  para  que  o  aluno  visualize  e compreenda a importância dos conteúdos a serem desenvolvidos  pelo  professor  e,  participe  como investigador e construtor de seu conhecimento; 

− Instrumento para  identificar as  ideias prévias dos alunos (questionário, mapas conceituais, redações, etc.); 

− Atividades experimentais ou jogos; − Indicação dos conceitos a serem desenvolvidos; − Avaliações finais (questionários, mapas conceituais, 

desenhos, etc.); − Sugestão de bibliografia básica para elaboração do 

plano de aula pelo professor; − Bibliografia utilizada. Por fim, o grupo espera que, o material desenvolvido 

nesse período de  trabalho, possa  contribuir para demais colegas professores,  assim  como  tem  contribuído para  a prática  dos  professores,  em  formação  inicial  ou continuada, envolvidos no projeto.  

Atenciosamente,  

Professora Rita de Cassia Suart Coordenadora do projeto PIBID QUÍMICA UFLA 

2011‐2013.  

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UNIDADE DIDÁTICA: SOLUÇÕES   

Gleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio Bernardo, Josiane Aparecida Freitas, Jacyara Duarte 

Teixeira, Josefina Aparecida de Souza,  Rita de Cassia Suart 

  INTRODUÇÃO 

 A  temática  soluções  faz  parte  do  Conteúdo  Básico 

Comum  (CBC),  elaborado  pela  Secretaria  Estadual  de Educação  de  Minas  Gerais  para  o  Ensino  Médio.  Sua importância  pode  ser  justificada  pelo  fato  de  estar presente  no  nosso  cotidiano  como,  por  exemplo,  nas águas  de  mares,  rios  e  lagos,  e  em  alimentos  que consumimos, como no caso de um suco. Baseados nisso, os  alunos  adquirem  conceitos  sobre  soluções  em  seu cotidiano, antes mesmo de terem acesso ao conhecimento escolar (CARMO, 2005). 

Este  conteúdo  apresenta  fundamental  importância, uma  vez  que,  através  dele  se  dará  a  compreensão  de diversos  outros  conceitos  químicos,  tanto  em  nível macroscópico quanto microscópico. Para Carmo (2008), o conceito de dissolução deve abordar as interações entre as partículas  de  solvente  e  soluto,  em  uma  visão microscópica,  que  servirá  de  subsídio  para  temas  como equilíbrio químico, por exemplo. Através da compreensão adequada dos processos químicos em nível microscópico, o  professor  permite  que  o  aluno  desenvolva  diversas 

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competências  e  habilidades  e  estabeleça  um desenvolvimento  cognitivo  de  acordo  com  a complexidade  da  situação.  Ao  agir  assim,  o  professor estimula  o  aluno  para  que  este  aplique  o  conhecimento apreendido e reconstrua‐o. 

Assim, a presente unidade didática refere‐se ao  tema Soluções e, pode  ser desenvolvida na 2ª  série do Ensino Médio, utilizando, em média, 09 aulas.  

As aulas da Unidade Soluções são assim distribuídas: • Aulas teóricas e práticas. • Mapas Conceituais pré e pós. • Exercícios. 

 DETALHAMENTO DAS AULAS  Primeira aula: Mapa conceitual prévio 

 A  primeira  aula  tem  por  objetivo  investigar  os 

conhecimentos  prévios  dos  alunos  sobre  conteúdos relacionados a soluções.  

Esta  atividade  oferece  ao  professor  uma  avaliação inicial  das  ideias  que  os  alunos  têm  a  respeito  deste conteúdo.  

O  mapa  conceitual  é  uma  figura  esquemática composta  por  representações  gráficas,  semelhantes  a diagramas, que  indicam  relações  entre  conceitos  ligados por  palavras  (TAVARES,  2007).  É  considerada  uma ferramenta de grande utilidade para o professor. Através dele, o aluno organiza e representa seus conhecimentos. A sua construção auxilia na passagem de conhecimentos da memória de curto prazo para a memória de longo prazo, 

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sendo um importante instrumento para a organização da estrutura cognitiva do aluno (PERUZZO; CANTO, 2006). 

Para Carmo e Marcondes (2008), os mapas conceituais contribuem para que o professor compreenda as relações conceituais construídas pelos alunos. Auxilia, também, na identificação  de  conceitos  pouco  compreendidos, possibilitando  assim,  modificações  na  intervenção pedagógica.  Devido  as  suas  características,  são  muito úteis tanto para identificação de conceitos prévios, quanto como ferramenta de avaliação de ensino‐aprendizagem. 

Para isso, o mapa conceitual prévio (Atividade 1) deve ser  elaborado  individualmente  pelos  alunos  e, posteriormente, avaliado pelo professor. 

 Inicialmente,  o  professor  deve  ministrar  uma  aula definindo  e  explicando  o  que  são mapas,  uma  vez  que, normalmente,  os  alunos  ainda  não  possuem conhecimento de como se dá a sua elaboração.  Atenção: 

O mapa  conceitual  pode  ser  usado  como  forma  de avaliação, mas é necessário que o professor apresente sua base conceitual aos alunos, bem como, utilize modelos e exemplos, auxiliando‐os, assim, em sua confecção.  Atividade 1: Mapa Conceitual Prévio. 

 Construa  um  mapa  conceitual,  com  as  seguintes 

palavras:  água,  solvente  universal,  soluto,  solvente, mistura,  homogênea,  heterogênea,  soro,  soluções, concentração.  Utilize  também,  se  necessário,  outras palavras para a elaboração do mapa conceitual.  

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Segunda aula: Aula prática  Nesta  aula,  com  o  auxílio  do  texto  introdutório 

(Atividade 2), o professor, inicialmente, pode desenvolver a  questão problema  sobre  a  temática  soluções,  a  fim de instigar os alunos. O texto pode ser trabalhado através de discussões e questionamentos mediados pelo professor. 

O texto é acompanhado por uma tabela, que deve ser preenchida  pelos  alunos,  e  refere‐se  às  observações realizadas  durante  um  experimento,  o  qual  tem  por finalidade  analisar  várias  soluções  de  diferentes concentrações de soro caseiro. 

Assim,  uma  importante  característica  do  estudo  das soluções  aquosas  em  destaque  é  a  necessidade  de expressar  a quantidade  relativa de  soluto dissolvida  em uma determina quantidade de solvente – a concentração da solução.  

 Atividade 2: Texto com questão problema e tabela para preenchimento.  Questão problema  

Ainda  hoje,  há  um  grande  número  de crianças que morrem por decorrência de diarreia, principalmente, em países  em  desenvolvimento.  Segundo  dados  da Organização Mundial  de  Saúde,  esse  número  chega  a  3 milhões  de  crianças.  Entre  as  causas  da  diarreia  está  o consumo  e/ou  a  exposição  na  água  contaminada  e a higiene pessoal não adequada. São as crianças que mais sofrem com a diarreia devido à perda de água, potássio e sais minerais pelo organismo. 

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O soro caseiro é uma forma simples, barata e eficiente de tratamento para desidratação associada à diarreia. Este é  constituído  de  uma  solução  de  sais  e  açúcares. Simplesmente  beber  água  pode  não  ser  eficiente  para evitar  a  desidratação,  porque  é  preciso  repor  os  sais minerais perdidos. 

O  soro  caseiro  não  visa  parar  a  diarreia,  mas  sim amenizar a desidratação até que a enfermidade passe.  

Como você faria para preparar o soro caseiro?  Quantidade de açúcar 

Quantidade de sal 

Observações 

1colher  1 colher   1 colher  2 colheres   1 colher  4 colheres   2 colheres  1 colher   4 colheres  1 colher   6 colheres  1 colher   8 colheres  1 colher   

 Responda às seguintes questões: 1) O soro é uma mistura homogênea ou heterogênea? 2) Quais substâncias constituem o soro caseiro? 3) Dentre essas sustâncias qual é o soluto e qual é o 

solvente? 4) Se  a  quantidade  de  soluto  adicionada  for maior 

que a medida  certa para  seu preparo, a  solução de  soro caseiro vai ficar mais ou menos concentrada? 

5) Se  a  quantidade  de  soluto  for  modificada (aumentada  ou  diminuída)  e  o  volume  de  água  for modificado na mesma proporção,  o que  acontece  com  a concentração da solução?  

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Atenção: Considerando  que  os  alunos  ainda  não  tiveram 

contato com os conceitos referentes a soluto e solvente, é importante, ao longo da unidade, o professor desenvolver tais conceitos e voltar ao experimento propondo questões para discussões e esclarecimento de dúvidas. 

 Terceira, quarta, quinta e sexta aulas ‐ Aulas teóricas: 

 Nas aulas teóricas poderão ser abordados os seguintes 

conteúdos: tipos de misturas (homogênea e heterogênea), componentes da  solução  (soluto  e  solução),  classificação de  soluções  (soluções  sólidas,  líquidas  e  gasosas), características  das  soluções  (insaturada,  saturada  e supersaturada),  concentração  das  soluções  (comum, porcentagem  em massa  e  volume,  ppm, molaridade)  e análise  de  rótulos  (ATKINS,  2006;  PERUZZO,  CANTO, 2006). 

As  aulas  teóricas podem  ser  apresentadas utilizando materiais de apoio como slides, quadro de giz; no entanto, sempre mediadas por discussões pelo professor. 

A aula pode  ser planejada de acordo com o CBC, os quais  sugerem  o  desenvolvimento  das  seguintes habilidades e competências: 

• Reconhecer  que  a  maior  parte  dos  materiais  é constituída de misturas homogêneas ou heterogêneas de diferentes substâncias. 

• Reconhecer que solução é uma mistura homogênea na qual os constituintes são substâncias diferentes. 

• Saber que, em uma solução, dá‐se o nome de soluto à  substância  que  se  encontra  em  menor  quantidade,  e solvente àquele que a dissolve. 

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• Realizar cálculos simples envolvendo a relação entre o  valor  da  massa  do  soluto  e  a  massa  ou  volume  do solvente.  

• Saber que a concentração da solução pode ser dada como massa(g)/massa(g) ou massa(g)/volume(L).  

• Compreender  a  relação  entre  as  quantidades  de massa envolvidas nas soluções: concentração em g/L. 

• Identificar  soluções mais e menos concentradas em função das relações entre soluto/solvente.  

• Fazer  cálculos  que  envolvam  proporcionalidade para determinar o valor da concentração de soluções. 

Os  rótulos  possuem  informações  muito  úteis  na exemplificação destes conceitos. O professor pode utilizar de  uma  das  aulas  para  trabalhar  a  interpretação  de rótulos de diversos produtos  com  os  alunos,  como uma forma de aproximar o conteúdo ministrado do cotidiano.  

 Sugestões: 

Os conceitos trabalhados na aula experimental devem ser retomados nas aulas  teóricas para que o experimento não se torne apenas uma prática ilustrativa e, ainda, para que dúvidas remanescentes sejam sanadas.  

A quantidade de aulas teóricas pode variar de acordo com o planejamento do professor. 

 Sétima e oitava aulas: Exercícios. 

 A  sétima aula pode  ser utilizada para que os alunos 

resolvam  os  exercícios  em  sala  (Atividade  3),  contando com  o  auxílio  do  professor  para  o  esclarecimento  de dúvidas.  Na  oitava  aula  os  exercícios  deverão  ser corrigidos pelo professor em sala. 

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 Sugestão: 

Na  aula  de  resolução  dos  exercícios,  o  professor poderá  sortear  os  alunos  para  que  estes  resolvam  os exercícios  no  quadro.  A  importância  de  chamar  os estudantes  ao  quadro  favorece  o  aprendizado,  uma  vez que  estimula  a  interação  entre  professor‐aluno  e  aluno‐aluno.  É  importante  ressaltar  que  o  professor  deve auxiliar o estudante durante a resolução dos exercícios.   Atividade 3: Exercícios   

1. Você deseja preparar um copo de solução de soro fisiológico com capacidade para 200 mL. A massa de sal de cozinha utilizada é de 1,5g e a de açúcar 3,5g. Se você desejar  preparar  1  litro  de  solução  de  soro  fisiológico, quais  devem  ser  as  quantidades,  em  gramas,  de  sal  e açúcar necessárias? 

 2. No rótulo de um frasco, que contém uma solução 

de ácido  sulfúrico  (H2SO4), utilizado  em  laboratório  está escrito: 

 Com base nestas informações, responda as questões a 

seguir:  

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a. Qual  o  número  de  mols  do  soluto  presente  na solução? 

b. Qual a massa do soluto presente na solução? c. Determine a concentração da solução em g/L.  3.  Um  professor  instruiu  seu  aluno  a  preparar 

100mL  de  solução  de  hidróxido  de  sódio  (NaOH) contendo  4,6g  de  soluto.  Ele  realizou  o  seguinte procedimento:  em  100mL  de  água  adicionou  4,6g  de NaOH. 

a. O  estudante  preparou  corretamente  a  solução? Justifique sua resposta. 

b. Calcule a concentração em g/L dessa solução.  4. A  concentração  de  uma  solução  é  20g/L. 

Determine  o  volume  desta  solução,  sabendo  que  ela contém 85g de soluto.  

 5. O soro fisiológico contém 0,9g de NaCl em 100 mL 

de  solução  aquosa.  Determine  a  concentração  desta solução de soro expressa em mol/L. Dados: MM  (NaCl)= 58,5g/mol. 

 6. A  cachaça  é  uma  bebida  de  grande  importância 

cultural,  social  e  econômica  para  o  Brasil,  e  está relacionada  ao  início da  colonização do País. É obtida  a partir da destilação do  caldo de  cana da  cana‐de‐açúcar fermentada. 

 Estudos envolvendo etanol mostraram que, em ratos, a dose  letal desse  composto  é de  14  g para  cada Kg de massa corporal. Suponha que, para o ser humano, a dose letal  seja  a mesma,  e  considere um  indivíduo de  60 Kg. 

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Com os dados  fornecidos abaixo,  calcule as quantidades letais para tal indivíduo: 

a) A massa letal de etanol puro. b) O volume letal de etanol puro. c) O volume letal de aguardente. d) O volume letal de uísque. e) O volume letal de cerveja.  

Dados: ‐ Densidade do etanol= 0,8 g/mL. ‐ Teores alcoólicos: aguardente = 40º GL, uísque = 43º 

GL, cerveja de baixa fermentação = 4º GL. ‐ A dose letal (DL ou LD, do inglês Lethal Dose) é uma 

indicação da  letalidade de uma dada  substância ou  tipo de  radiação. Dado  que  a  resistência muda de  indivíduo para  indivíduo,  a  dose  letal  representa  uma  dose (normalmente medida  em miligramas de  substância por quilograma  de  massa  corporal  do  indivíduo  testado) capaz de matar uma dada percentagem dos indivíduos de uma população em  teste. O  indicador de  letalidade mais comumente  utilizado  é  o  DL50,  correspondente  à  dose capaz  de matar  50%  dos  indivíduos  de  uma  população em teste. 

 7. Qual é a definição para solução? a. Mistura de 2 componentes, sendo um deles a água. b. Mistura heterogênea. c. Mistura homogênea. d. Substância simples. e. Substância composta.  

Sugestão: 

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No  exercício número  6  é mencionado o  termo  “dose letal”. Recomenda‐se que o professor esclareça aos alunos o  significado  de  tal  expressão.  A  ausência  desta informação  não  compromete  a  resolução  do  problema, entretanto,  trata‐se  de  um  conceito  científico frequentemente mencionado  em meios  de  comunicação, que pode causar dúvidas na compreensão do enunciado da questão.  

 Nona aula: Mapa conceitual pós. 

 O  objetivo  do  mapa  conceitual  pós  é  investigar  os 

conhecimentos  construídos  pelos  alunos  durante  todo  o processo  de  ensino  e  aprendizagem  da  Unidade (Atividade 4). 

Para  isso,  é  necessário  relembrá‐los  do  processo  de construção dos mapas. Cabe  ressaltar que no mapa  final são  acrescentadas  outras  palavras  para  aumentar  as possibilidades de relações entre os conceitos pelos alunos. 

O  professor  poderá  utilizar  este  instrumento  como forma de avaliação dos alunos e, também, como indicador de eficácia da atividade. 

 Atividade 4: Mapa conceitual pós  

Construa  um  mapa  conceitual,  com  as  seguintes palavras:  Água,  Soluto,  Solvente,  Homogênea, Heterogênea,  Soluções,  Concentração,  Mistura,  Soro, Solução  Insaturada,  Solução  Saturada,  Solução Supersaturada. 

Utilize também, se necessário, outras palavras, para a elaboração do mapa conceitual. 

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Respostas dos exercícios: 1) 7,5 gramas de sal; 17,5 gramas de açúcar. 2) a) 0,2 mol; b) 19,6 gramas; c) 9,8 g/L. 3) a) Não. Primeiro deve‐se pesar 4,6 g de NaOH em 

um  béquer  de  250 mL,  em  seguida  adicionar  75 mL de água destilada  e agitar vigorosamente até total  dissolução.  Em  seguida  transferir  a  solução para um balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com água destilada. 

b) 46 g/L. 4) 4,25 L. 5) 0,15 mol/L. 6) a) 840 gramas; b) 1,050 L; c) 2,625 L; d) 2,442 L; e) 

26,250 L. 7) Letra c. 

   REFERÊNCIAS   ATKINS, P. W.; JONES, L.  Princípios de Química: Questionando a  Vida  Moderna  e  o  Meio  Ambiente.   3.ed.  Porto  Alegre: Bookman, 2006, 965 p. CARMO, M. P. do. Um estudo sobre a evolução conceitual dos estudantes na construção de modelos explicativos relativos ao conceito de solução e ao processo de dissolução. 2005. 195 p. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências), Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. CARMO, M. P.; MARCONDES, M. E. R. Abordando  soluções em sala de aula – uma experiência de ensino a partir das ideias dos alunos. Química Nova na Escola, n° 28, p. 37‐41, maio de 2008. 

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PERUZZO,  F. M.; CANTO,  E.  L. Química  na  abordagem  do cotidiano,  vol.  2,  Físico‐Química,  4.ed.,  São  Paulo:  Editora Moderna, 2006. SECRETARIA  DE  ESTADO  DE  EDUCAÇÃO  DE  MINAS GERAIS. Conteúdo Básico Comum – Química (2007). Educação Básica ‐ Ensino Médio (1ª a 3ª séries).  TAVARES,  Romero.  Construindo mapas  conceituais.  Revista Ciências & Cognição; vol. 12, p.72‐85, 2007. 

     

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UNIDADE DIDÁTICA: ELETROQUÍMICA   

Gleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio 

Bernardo, Débora da Silva Maculan, Josiane Aparecida Freitas, Jacyara Duarte Teixeira, Josefina Aparecida de 

Souza, Rita de Cassia Suart  

 INTRODUÇÃO 

 A  temática  eletroquímica  faz  parte  do  Conteúdo 

Básico Comum (CBC), elaborado pela Secretaria Estadual de  Educação  de Minas Gerais  para  o  Ensino Médio. O tema  possibilita  a  abordagem  de  vários  assuntos  de interesse social e econômico, relacionado ao dia a dia dos estudantes.  No  entanto,  é  considerado  de  difícil compreensão por parte dos alunos (FRAGAL, et al. 2011). 

Os  Parâmetros  Curriculares  Nacionais  (PCN+)  do ensino médio  propõem  que  o  aprendizado  de  química “[...] deve possibilitar ao aluno a compreensão  tanto dos processos  químicos  em  si,  quanto  da  construção  de  um conhecimento  científico  em  estreita  relação  com  as aplicações  tecnológicas  e  suas  implicações  ambientais, sociais, políticas e econômicas” (BRASIL, 2002, p. 87). 

Mesmo  diante  das  orientações  dos  PCN+,  muitos planejamentos  de  ensino  apresentam  ainda  um  número excessivo  de  conteúdos,  que  não  estabelecem  relações entre os diversos conceitos da  temática ou os relacionam com o contexto social ou ambiental. 

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Para  um  aprendizado  que  contemple  as recomendações  dos  PCN+  é  necessário  que  o  professor contextualize  a  temática  trabalhada  para  que  os  alunos possam  solucionar  as  situações  problemáticas  reais, buscando o conhecimento científico necessário para o seu entendimento e solução (SANTOS, 2007). 

Assim,  para  que  o  aluno  possa  compreender  o conteúdo,  pode‐se  utilizar  como  estratégia  didática  a experimentação. Esta mesmo  sendo pouco empregada, é considerada,  pelos  professores  de  química,  uma metodologia  com  potenciais  para  a  construção  do conhecimento científicos pelos alunos.  

A  presente  Unidade  Didática  refere‐se  ao  tema Eletroquímica  e,  pode  ser  desenvolvida  na  2ª  série  do Ensino Médio, utilizando, em média, 12 aulas.  

As aulas da Unidade Eletroquímica podem ser assim resumidas: 

• Primeira  aula:  Apresentação  de  duas  imagens como  suporte  para  que  os  alunos  elaborem  uma redação  referente  às  mesmas.  Esta  redação  visa investigar  os  conhecimentos  prévios  que  os estudantes possuem acerca do tema. 

• Segunda aula: Experimento investigativo Corrosão de Pregos  em Diferentes Soluções. Este  experimento visa  investigar  a  influência  de  diferentes ambientes/contextos  no  processo  oxidativo. Solicitar  a  divisão  da  turma  em  grupos  para  a confecção  de  uma  pilha  utilizando  materiais caseiros. 

• Terceira  e Quarta  aulas: Nestas  aulas devem  ser inseridos  os  conceitos  referentes  aos  processos 

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oxidativos  e,  também,  os  conceitos  referentes  a pilhas e baterias. 

• Quinta aula: Esta aula tem por objetivo discutir o experimento  Corrosão  de  Pregos  em  Diferentes Soluções. Algumas  questões  fundamentais  para  a compreensão  da  atividade  devem  ser  discutidas pelo  professor,  comparando  o  estado  inicial  e  o final  do  experimento  e  abordando  a  tabela  de potenciais químicos. 

• Sexta  aula:  Nesta  aula,  todos  os  conceitos  até então  compreendidos  devem  ser  revisados,  de maneira a sanar possíveis dúvidas. É  interessante também a utilização de diversos recursos didáticos que tornem a aula mais dinâmica. 

• Sétima  aula: Nesta  aula  será  estudado  um  texto relacionado a minerais e sua identificação.  

• Oitava  aula:  Experimento  demonstrativo investigativo  sobre  Cobreamento,  onde  conceitos sobre eletrólise serão abordados. 

• Nona  e  Décima  aula:  Aulas  destinadas  a apresentações  de  trabalhos  em  grupos, desenvolvidos  pelos  alunos  no  decorrer  da sequência didática,  sobre  a  construção de  pilhas, utilizando materiais de uso cotidiano. 

• Décima  primeira  aula:  Aula  destinada  à elaboração  de  textos  pelos  alunos,  onde  todo  o conhecimento construído ao longo desta sequência didática  deverá  ser  explicitado,  fazendo‐se  uso, novamente,  das  imagens  utilizadas  na  primeira aula. 

  

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DETALHAMENTO DAS AULAS  

Primeira aula ‐ Redação prévia  A redação, aplicada na primeira aula, tem por objetivo 

investigar  os  conhecimentos  prévios dos  alunos  sobre  o tema Eletroquímica. Tal atividade possibilita ao professor, além de avaliar o conhecimento dos alunos sobre o tema, exaltar a  importância da escrita no processo de ensino e aprendizagem. 

A  escrita  pode  ser  considerada  uma  importante ferramenta de avaliação da aprendizagem. Através dela, o aluno expressa a sua compreensão da temática abordada. Ao  escrever,  o  aluno  organiza  seu  raciocínio  através  de frases concisas, que possuem significado e demonstram a apreensão do assunto. De acordo com Oliveira e Carvalho (2005, p. 348) “o papel da escrita  tem se destacado como um mecanismo cognitivo  singular de organizar e  refinar ideias sobre um tema específico”. 

Inicialmente, devem ser apresentadas aos alunos duas imagens, uma referindo‐se a um veículo novo e a outra, a um  veículo  do  mesmo  modelo,  porém  em  estado  de deterioração  causado  pelo  processo  de  oxidação,  como por  exemplo,  as  figuras  abaixo.  Os  alunos  devem  ser orientados  a  escreverem  a  respeito do  que  visualizaram nas  imagens,  ou  seja, devem utilizar  suas  ideias  iniciais para explicar o que pode ter ocorrido para que o veículo presente na figura 1 sofresse a transformação apresentada na figura 2.  

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 Figura 1: Figura de um automóvel antes da corrosão (http://www.zap.com.br/revista/carros/ultimas‐noticias/ 

 Figura 2: Figura de um automóvel depois da corrosão (http://www.uniblog.com.br/tudosobrecarros/356297/corrosao.html 

 Sugestão:  

A  redação produzida pelos alunos pode conter entre 10  e  15  linhas.  Se  o  professor  preferir,  pode  utilizar  a frente  e  o  verso  de  uma mesma  folha,  para  a  redação prévia  e para  a  redação pós,  respectivamente. Assim  os alunos, na redação pós, podem consultar a redação prévia 

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modificando e/ou acrescentando novos conceitos. Outras imagens  também  podem  ser  apresentadas,  como  por exemplo,  um  portão.  O  importante  é  que  as  imagens apresentem  o  objeto  em  seu  estado  “normal”,  ou  seja, antes do processo oxidativo e, e após esse processo.  

Para  auxiliar  no  desenvolvimento  das  redações  e, também, para evitar um possível desvio do assunto que será  abordado,  o  professor  poderá  promover  uma discussão  a  respeito  das  opiniões  dos  alunos  sobre  as imagens, colocando na  lousa alguns  termos referentes ao processo de oxidação, como por exemplo, enferrujamento, a fim de nortear a escrita dos alunos.  

 Segunda aula ‐ Experimento Investigativo  

 Este  experimento  tem  por  objetivo  investigar  os 

processos  oxidativos  que  ocorrem  com  o  ferro.  O experimento  abaixo  (Atividade  1),  baseado  no material produzido  pelo  GEPEQ  (PITOMBO;  MARCONDES, 2003), pode  ser utilizado para  investigar  a  influência de diferentes  ambientes/contextos  no  processo  oxidativo. Tais  processos  dependem  da  solução  em  que  ocorrem, como por exemplo, a presença de água, que  intensifica a oxidação dos metais. 

Após a realização do experimento devem ser inseridos conceitos relativos ao número de oxidação dos elementos e  compostos,  assim  como  regras  para  determinação  e variação  de  nox  em  diferentes  soluções.  Para  facilitar  o entendimento, o professor pode  introduzir ou  retomar o conceito  de  eletronegatividade  (se  este  já  tiver  sido apresentado aos alunos em algum momento).  

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Atividade  1  ‐  Corrosão  dos  pregos  em  diferentes soluções 

Descrição do experimento:  Material 

• 6 pregos limpos e polidos • 6 tubos de ensaio • 1 suporte para tubos de ensaio • Cloreto de sódio (NaCl)  • Água (H2O) • Solução de ácido acético (CH3COOH) • Fitas de Magnésio  • Fios de Cobre 

 Procedimento 

Os  alunos,  no  decorrer  das  três  primeiras  semanas, devem ser orientados a completarem a tabela abaixo: 

 Tubo  Sistema  1ª observação 2ª observação 3ª observação 

Padrão         

A         

B         

C         

D         

E         

 Enumere os tubos de Padrão à E • Tubo padrão: prego de referência; • Tubo A: coloque um prego, e cubra‐o com água de 

torneira; 

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• Tubo  B:  coloque  um  prego,  e  cubra‐o  com  água contendo um pouco NaCl (sal de cozinha); 

• Tubo C: coloque um prego, e cubra‐o com vinagre; • Tubo  D:  enrole  uma  parte  do  prego  com  fita 

magnésio, coloque‐o no tubo de ensaio e adicione água até cobrir; 

• Tubo  E:  enrole  uma  parte  do  prego  com  fio  de cobre, coloque‐o no tubo de ensaio e adicione água até cobrir. 

Abaixo,  encontra‐se  a  imagem  referente  à  segunda observação. 

 

  

Figura 3: Foto da 2ª observação.  Orientações: 

O  professor  deve  nortear  os  alunos  com  relação  ao preenchimento  da  tabela.  Os  alunos  deverão  anotar  na tabela  as  observações  relativas  a  cada  sistema  em  seus diferentes  estados.  A  observação  inicial  refere‐se  à primeira aula da realização do experimento. No decorrer da sequência das aulas, o professor conduzirá os alunos a realizarem  as demais  observações,  que podem  ser  feitas uma vez por semana. O experimento deve ser deixado em um local de fácil acesso aos alunos, como o laboratório ou mesmo em algum espaço dentro da sala de aula. 

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Para minimizar  variáveis  que  não  correspondem  ao processo de  oxidação  e, minimizar dúvidas que possam surgir pelos alunos, é importante que: 

• Os pregos sejam do mesmo tamanho, assim como as fitas de cobre e magnésio; 

• A quantidade de água nos tubos seja padronizada, assim como a concentração das soluções. 

 Sugestão: 

O  professor,  durante  a  realização  do  experimento, pode instigar os alunos a preverem o que acontecerá com os pregos nas diferentes situações. 

O  professor  pode  dividir  a  classe  em  pequenos grupos,  de  maneira  que  cada  grupo  realize  seu experimento,  assim  os  alunos  poderão  manusear  as vidrarias.  Estes  mesmos  grupos,  posteriormente, desenvolverão  uma  atividade  referente  à  confecção  de uma pilha com materiais presentes no cotidiano. 

 Terceira e Quarta aulas ‐ Aula Teórica  

 O  professor  pode  iniciar  a  aula  retomando  e 

questionando  os  alunos  com  relação  aos  termos  que foram escritos por eles na redação.  

Nestas  aulas  deverão  ser  definidos  os  conceitos “oxidar”  e  “reduzir”,  o  que  favorece  o  comportamento das  substâncias  como  oxidantes  ou  redutoras,  assim como, as reações de oxirredução, (agente redutor e agente oxidante).  Tais  conceitos merecem  especial  atenção  por são  recorrentes  no  cotidiano,  além  de  apresentarem diversas  aplicações,  como  por  exemplo,  a  redução  de 

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minérios para produção de metais, prevenção do processo de oxidação, além do funcionamento de pilhas e baterias. 

Ainda  na  terceira  aula,  o  professor  deve  orientar  os alunos  sobre  o  trabalho  em  grupo  a  ser  apresentado  ao final  da  sequencia  didática.  Neste  trabalho,  cada  grupo ficará responsável pela confecção de uma pilha, utilizando materiais  simples,  presentes  no  cotidiano.  Um  roteiro experimental pode ser disponibilizado pelo professor para auxiliar os alunos durante a elaboração do experimento. 

 Orientação: 

É importante o professor se atentar às dificuldades de compreensão  conceitual  dos  estudantes,  principalmente com  relação à perda e ganho de elétrons. Os estudantes, por  exemplo,  têm muita  dificuldade  de  entender  que  a perda  de  elétrons  acarreta  aumento  do  número  de oxidação. 

 Sugestão: 

Sugere‐se que o professor disponibilize uma aula para sanar  as  possíveis  dúvidas  dos  alunos  referentes  à confecção da pilha. 

 Quinta  aula  ‐  Entendendo  o  experimento  de  corrosão dos pregos 

 Para entendimento do experimento o professor pode 

utilizar  algumas  questões  propostas  pelo  material  do GEPEQ, como: 

1) Em qual dos sistemas notou‐se maior quantidade de  ferrugem?  Que  materiais  constituem  esse sistema? 

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2) Em  algum  sistema  não  se  observou  ferrugem? Quais? 

3) Que condições favorecem o enferrujamento. Quais o evitam? 

4) Um  procedimento  utilizado  para  impedir  o enferrujamento de navios é amarrar ao casco, que é  de  ferro,  blocos  de  magnésio  metálico.  Como você justifica esse procedimento? 

 Figura 4: Tabela de potenciais padrão 

 Com  auxílio  do  experimento  e,  utilizando  exemplos 

do  cotidiano,  como,  a  oxidação  de  portões  e materiais constituídos por  ferro,  é possível discutir através destes, métodos  de  proteção  à  oxidação  e  metais  alternativos para a construção de materiais utilizados rotineiramente. 

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O esclarecimento da origem e causas para a oxidação do  ferro  em  uma  situação  em  detrimento  de  outra  será mais efetivo com a explicação da  tabela de potenciais de oxidação  e  redução,  facilmente  encontrada  em  livros didáticos (figura 4).  Sugestão: 

O  professor  pode  propor  que  os  alunos  façam  um relatório  ou  um  texto  explicando  o  experimento, juntamente  com  respostas  às  questões  propostas.  Deste modo, pode sugerir que os estudantes deixem claro, por exemplo,  as  reações  que  aconteceram,  bem  como  os elementos  envolvidos  (agente  oxidante,  agente  redutor, etc.).  

Se na quinta aula ainda não tiverem sido feitas as três observações,  o  professor  poderá  alterar  a  sequência  de aulas, ou seja, ministrar a sétima aula antes da discussão do experimento.  Sexta Aula ‐ Aula Teórica 

 Nesta aula sugere‐se uma revisão rápida dos assuntos 

relevantes  sobre  eletroquímica,  que  foram  abordados anteriormente,  tais  como:  reações  de  oxirredução, identificação de  agente  oxidante  e  agente  redutor  e,  em seguida,  o  professor  pode  desenvolver  o  conceito  de pilhas e relacioná‐los com os temas trabalhados nas aulas anteriores. De acordo com CBC é  interessante mostrar as reações  anódicas  e  catódicas,  a  representação  pelas reações  químicas  e, prever  a possibilidade de  reação de acordo com a tabela de potencial padrão de redução, que 

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podem  ser  relacionados  aos  conceitos  de  pilhas  e  aos componentes de uma célula eletroquímica.  Sugestão: 

 Nesta  aula  podem‐se  usar  outras  ferramentas didáticas  para  revisar  o  conteúdo,  tais  como:  slides, vídeos, jogos e/ou exercícios. Desta forma, a aula torna‐se mais dinâmica e possibilita um maior envolvimento dos alunos na atividade. 

 Sétima Aula ‐ Texto 

 Nesta  aula,  propõe‐se  a  leitura,  juntamente  com  os 

alunos, do  texto  abaixo. Em  seguida, deve  ser  realizado um  debate,  que  envolva  os  processos  químicos relacionados aos aspectos ambientais,  socioeconômicos e tecnológicos  que  englobam  os  métodos  envolvidos  na extração, utilização e descarte dos metais. Esse debate tem como objetivo a  formação de um pensamento crítico e o despertar de novos conhecimentos dos alunos em relação às  implicações sociais envolvidas no seu dia a dia, como na  oxidação  de  portões,  queima  de  combustível, relacionando também a origem dos metais. 

A  leitura  de  textos  possibilita  a  melhoria  na compreensão  textual  e  escrita  dos  alunos,  visto  que, aqueles que não leem, não escrevem bem. Isso implica em uma má interpretação e até comunicação e argumentação entre as pessoas, dificultando a sua inserção na sociedade. Essa  prática,  quando  estimulada,  pode  possibilitar  uma evolução  intelectual  e  deve  se  tornar  frequente  na  vida dos  alunos.  Com  isso,  há  um  desenvolvimento  na capacidade de organização e expressão de  suas  ideias, a 

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criatividade  e uma  leitura  crítica do mundo que o  cerca (CARDOZO; PELOZO, 2007). 

 A TRANSFORMAÇÃO DE MINÉRIOS EM METAIS 

 As  substâncias  naturais  encontradas  na  crosta 

terrestre são denominadas minerais. O petróleo, a areia, o mármore,  o  minério  de  ouro,  são  exemplos  desses minerais.  Os  agregados  naturais  de  minerais  são chamados  rochas. Todavia, é comum chamar uma  rocha de mineral ou minério. Dos minerais são extraídos metais de valor econômico, como o ouro, e matéria‐prima para as diferentes indústrias.  

Normalmente,  os metais  podem  ser  encontrados  em diferentes minerais, conforme mostra a tabela abaixo. Por exemplo,  o  alumínio  está  presente  na  bauxita,  no coríndon  e  difundido  em  rochas  eruptivas.  Como  a bauxita é o mineral com maior teor de alumínio, é o mais explorado para a obtenção desse metal. 

O desenvolvimento da indústria metalúrgica ao longo dos  séculos  foi  permitindo  a  fabricação  de  novos materiais.  Prevê‐se  que  no  futuro  sejam  criadas  ligas  e materiais  para  atender  a  novas  necessidades.  Ligas metálicas  são materiais  com propriedades metálicas que contêm  dois  ou  mais  elementos  químicos  em  sua composição,  sendo  que,  pelo menos  um  deles,  é metal, como por exemplo o aço (ferro e carbono). 

Em todo esse processo, os minérios – materiais baratos e  abundantes  –  são  transformados  em  ligas  com propriedades  específicas. O  subsolo  brasileiro  é  rico  em recursos minerais, possuindo enormes jazidas de minérios de  ferro,  alumínio,  cobre,  ouro,  entre  outros metais.  A 

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exploração destas jazidas dá grande retorno financeiro ao país, porém provoca muitos impactos ambientais.  

A  tabela  a  seguir  apresenta  a  relação  de  alguns minérios e dos metais deles extraídos. 

 ALGUNS MINÉRIOS E SEUS METAIS 

Minério  Metal (Símbolo químico) 

Fórmula básica* dos minerais 

Hematita  Ferro (Fe)  Fe2O3 Coríndon  Alumínio (Al)  Al2O3 Bauxita  Alumínio (Al)  Al2O3 Cuprita  Cobre (Cu)  Cu2O Cinábrio  Mercúrio (Hg)  HgS Blenda  Zinco (Zn)  ZnS Galena  Chumbo (Pb)  PbS 

Cassiterita  Estanho (Sn)  SnO2 Ilmenita  Titânio (Ti)  FeTiO3 Vanadita  Vanádio (V)  Pb5Cl(VO4)3 Pirolusita  Manganês (Mn)  MnO2 Cromita  Cromo (Cr)  FeCr2O4 Dolomita  Magnésio (Mg)  CaMg(CO3)2 *A composição química dos minérios não é constante  Alguns  dos  metais  citados  na  tabela  acima  são 

considerados  metais  pesados.  Estas  são  substâncias altamente  reativas,  bioacumuláveis  e  tóxicas,  e  podem poluir  o  meio  ambiente  quando  são  descartadas inadequadamente. 

O  perigo  de  contaminação  com  estes metais  está  no solo,  na  água  e  no  ar.  Quando  absorvidos  pelo  ser humano,  os metais pesados  (elementos de  elevado peso molecular) se depositam nos tecidos ósseo e gorduroso e 

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deslocam minerais,  como o  cálcio, dos ossos e músculos para a circulação. Esse processo provoca doenças. 

O  consumo  habitual  de  água  e  alimentos  ‐  como peixes  de  águas  doce  ou  salgada  –  contaminados  com metais  pesados  coloca  em  risco  a  saúde. As  populações que moram em  torno das  fábricas de baterias artesanais, industriais  de  cloro‐soda  que  utilizam  mercúrio, indústrias  navais,  siderúrgicas  e  metalúrgicas,  correm risco de serem contaminadas. 

Os metais pesados são muito usados na indústria e estão em  vários  produtos.  Apresentamos  na  seguinte  tabela  os principais metais usados, suas fontes e riscos à saúde. 

 Metais  De onde vem  Efeitos 

Alumínio (Al)  Produção de artefatos de alumínio; serralheria; tratamento 

convencional de água. 

Anemia por deficiência de ferro e  intoxicação crônica. 

Arsênio (As)  Metalurgia; manufatura de 

vidros e fundição. 

Câncer. 

Chumbo (Pb)  Fabricação e reciclagem de 

baterias de autos; indústria de tintas; 

pintura em cerâmica; soldagem. 

 

Saturnismo (cólicas abdominais, 

tremores, fraqueza muscular, lesão renal 

e cerebral). 

Cromo (Cr)  Indústrias de corantes, esmaltes, 

Asma (bronquite); câncer. 

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tintas, ligas com aço e níquel; cromagem de 

metais. Cobalto (Co)  Preparo de 

ferramentas de corte e furadoras. 

 

Fibrose pulmonar (endurecimento do pulmão) que pode levar à morte. 

Mercúrio (Hg)  Moldes industriais; certas indústrias de 

cloro‐soda; garimpo de ouro; 

lâmpadas fluorescentes. 

Intoxicação do sistema nervoso 

central. 

Níquel (Ni)  Baterias; aramados; fundição e 

niquelagem de metais; refinarias. 

Câncer de pulmão.  

Fonte: CUT – RJ ‐ Comissão de Meio Ambiente  

Sugestão: Ao  término  de  cada  parágrafo  do  texto,  pode  haver 

uma discussão dos conceitos apresentados neste ou, se o professor preferir, a discussão pode  ser  realizada após a leitura de todo o texto. Sugere‐se também que o professor proponha  aos  alunos  a  leitura  do  texto  em  voz  alta, alternando o aluno em cada parágrafo.  

Se  houver  possibilidade,  ao  final  do  debate,  o professor poderá apresentar aos alunos algumas espécies minerais, o próprio mineral ou as fotos, de acordo com as possibilidades  do  professor,  ressaltando  suas  origens, composição química e aplicações.   

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Oitava Aula ‐ Aula teórica e experimento investigativo  Nesta aula pode‐se realizar o experimento Cobreação 

(atividade  2)  de  caráter  investigativo,  que  abrange  os conceitos de eletrólise. A partir do experimento e também do  texto é possível  fazer um  levantamento dos assuntos pertinentes  ao  tema,  como  por  exemplo,  a  obtenção  de metais que  está  relacionada  aos  conceitos de oxidação  e redução, pilhas, espontaneidade das reações e aplicações da eletrólise.  

 Atividade 2: Cobreação 

 Descrição do experimento: 

 Material:  

• Bateria AA, conectada a dois fios de cobre; • Sulfato de cobre (CuSO4); • Chave; • Frasco Transparente. 

 Procedimento: 

No  frasco,  prepare  uma  solução  de  CuSO4  o  mais concentrada possível. A seguir, prenda a chave ao fio que está ligado ao polo negativo da bateria, introduzindo‐a na solução. Finalmente, introduza a ponta do outro fio (polo positivo) na solução. 

Observe  a  cor  da  solução  no  início  e  no  fim  do processo e o que ocorre na chave.     

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Sugestões:  Durante  o  experimento,  além  de  desenvolver  os 

conceitos de eletrólise, o professor pode levantar discussões e  problematizar  questões  referentes  à  obtenção de metais, suas  utilizações,  os  processos  de  extração  e  impactos ambientais. Pode ainda, retomar o texto trabalhado na aula anterior para auxiliar nas discussões, permitindo os alunos participarem com suas opiniões e hipóteses. 

 Nona e Décima Aula – Apresentações das atividades em grupos 

 Estas duas aulas devem ser destinadas às apresentações 

dos  trabalhos  referentes  à  confecção  de  pilhas, anteriormente solicitados aos alunos. Pede‐se que realizem a montagem dos experimentos com materiais do dia a dia e, depois, discutam os procedimentos e os resultados obtidos. Essa apresentação tem como objetivo desenvolver e verificar a capacidade de argumentação, organização, elaboração de hipóteses, baseadas no processo de coleta de dados que essa atividade  exigiu  dos  alunos,  relacionando  os  fenômenos ocorridos  com  os  conceitos  químicos,  desenvolvidos  nas aulas, bem como para a discussão do funcionamento ou não de seus experimentos.  

A  utilização  de  experimentos  que  desenvolvam  as habilidades acima é de grande importância para o ensino, já que possibilita a participação dos alunos e desenvolve de  maneira  mais  efetiva  o  entendimento  de  conceitos científicos,  além  de  oferecer  a  chance  de  se  envolverem em  um  problema,  investigando  suas  causas  e  possíveis soluções  com  a  ajuda  do  professor  (SUART; MARCONDES; LAMAS, 2010). 

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Sugestão:  Sugerir  aos  alunos  utilizarem  o  método  de 

apresentação  que  acharem  mais  interessante  (slides, cartolina,  vídeos,  encenação,  paródia,  etc.)  desde  que também  apresentem  o  experimento  e  os  métodos  e hipóteses que os fizeram chegar a suas conclusões. Essas informações  devem  ser  passadas  de  forma  clara, contribuindo  para  um melhor  entendimento  dos  alunos em  relação  à  proposta  do  professor.  É  importante ressaltar que o professor deve acompanhar o processo de elaboração dos  trabalhos e  conhecer o planejamento dos alunos. Dessa forma, o docente pode elaborar melhor seus critérios de avaliação e mediar discussões relevantes com toda  a  turma  em  relação  ao  tema,  evitando  ainda,  problemas e dificuldades no dia da apresentação. 

 Décima Primeira Aula – Redação pós 

   Novamente, o aluno é  solicitado a escrever um  texto 

onde devem ser descritos  todos os conceitos construídos ao longo da sequência de aulas. 

 Sugestão:  

Sugere‐se  que  o  professor  apresente  novamente  as imagens apresentadas durante a elaboração das redações prévias. Antes da escrita das  redações, o professor pode levantar  alguns  questionamentos  relacionando  as imagens  com o  conteúdo abordado nas aulas anteriores, para  que  os  alunos  exponham  suas  opiniões.  É  interessante  que  os  alunos  tenham  contato  com  sua redação  prévia  para  que  ele  possa  refletir  sobre  sua primeira redação e fazer relações com o que foi aprendido 

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durante  as  aulas,  sendo  incentivados  a  relacionar  os conceitos  aprendidos  às  imagens  apresentadas escrevendo uma nova redação.    REFERÊNCIAS   BRASIL. Ministério da Educação  e dos Desportos. Secretaria de  Educação Média  e  Tecnológica. Orientações  educacionais complementares  aos  Parâmetros  Curriculares  Nacionais (PCN+): Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002. CARDOZO, G. C.; PELOZO, R. C. B. A  importância da  leitura na  formação  do  indivíduo.  Revista  Científica  Eletrônica  de Pedagogia, ano V, n. 9, janeiro de 2007, periódico semestral. FRAGAL, V. H.; MAEDA, S. M.; PALMA, E. P.; BUZATTO, M. B.  P.;  RODRIGUES,  M.  A.;  SILVA,  E.  L.  S.  Uma  proposta alternativa para o ensino de eletroquímica sobre a  reatividade de metais. Química Nova na Escola, v. 33, nº4, p. 216‐222, nov. 2011. OLIVEIRA, C. M. A.; CARVALHO, A. M. P. (2005). Escrevendo em aulas de ciências. Ciência & Educação, 11 (3), 347–366. PITOMBO, L. R. M.; MARCONDES, M. E. R., coord.; GEPEQ – Grupo  de  Pesquisa  para  o  Ensino  de Química.  Interações  e transformações I: Química ‐ Ensino Médio. São Paulo: EDUSP, 2003. SANJUAN, M. E. C.; SANTOS, C. V.; MAIA, J. C.; SILVA, F. A.; WARTHA,  E.  J.  Maresia:  Uma  proposta  para  o  ensino  de eletroquímica. Química Nova na Escola, v. 31, nº 3, p. 190‐197, ago. 2009. SANTOS, W. L. P. Contextualização no ensino de ciências por meio  de  temas  CTS  em  uma  perspectiva  crítica.  Ciência  & Ensino, v.1, número especial, p.1‐12, 2007. 

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SECRETARIA  DE  ESTADO  DE  EDUCAÇÃO  DE  MINAS GERAIS. Conteúdo Básico Comum – Química (2007). Educação Básica ‐ Ensino Médio (1ª a 3ª séries).  SUART,  R. C.; MARCONDES, M.  E.  R.;  LAMAS, M.  F.  P. A estratégia “laboratório aberto” para a construção do conceito de temperatura  de  ebulição  e  manifestação  de  habilidades cognitivas. Química Nova na Escola, Vol. 32, nº 3, p. 200‐207, ago. 2010. 

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UNIDADE DIDÁTICA: TABELA PERIÓDICA   

Vinicius Silva Tanganeli, Mayara de Souza Miranda,  Camila Marra Abras, Lívia Maria Ribeiro Rosa,  

Hellem Renata Moreira, Letícia Gazola Tartuci, Rita de Cassia Suart 

  INTRODUÇÃO  

A  tabela  periódica  que  hoje  temos  acesso  não  foi sempre igual desde sua criação. Ela surgiu da necessidade de  agrupar  os  elementos  que  tinham  propriedades químicas  e  físicas  semelhantes,  e  separar  os  que  não tinham nada em comum. 

Desde  a  primeira  tentativa  de  Dobereiner  em classificar  os  elementos,  a  tabela  periódica  sofreu inúmeras  alterações,  sendo  estas  realizadas  por pesquisadores  como  Chancourtóis,  Newlands,  Meyer  e Mendeleev.  

O  nome  ʺTabela  Periódicaʺ  é  devido  à  sua periodicidade,  ou  seja,  à  repetição  de  propriedades comuns  entre  alguns  elementos  químicos  e  suas características principais. 

Esta  unidade  didática  foi  desenvolvida  seguindo  as propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais PCN + de Química  (BRASIL, 2002) para, desta  forma, contribuir para uma aprendizagem  significativa dos alunos quanto ao tema em questão. 

Segundo  o  PCN  +  de  Química  (BRASIL,  2002),  os elementos  químicos  e  seus  compostos  podem  ser 

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estudados  através  da  periodicidade  de  propriedades como, por exemplo, a reatividade química e a densidade em  função  das  massas  atômicas.  Nessa  perspectiva,  a tabela  periódica  poderia  ser  discutida  de  modo significativo. A  sua  reconstrução  histórica  com  base nas propriedades  macroscópicas,  tal  como  foi  feita  por Mendeleev,  por  exemplo,  pode  ser  uma  oportunidade para ampliar esse conhecimento. 

Assim, esta unidade didática tem por objetivo auxiliar o  professor  no  desenvolvimento  de  conceitos  iniciais relacionados à tabela periódica, bem como, apresentar aos alunos  o  seu  desenvolvimento  histórico.  Os  principais conteúdos que a abrangem são a história da construção da tabela periódica, sua organização e suas propriedades, os quais  podem  ser ministrados  em  oito  aulas,  nas  turmas das primeiras séries do ensino médio. 

As oito aulas podem ser resumidas da seguinte forma:  

• Primeira aula: Levantamento das ideias prévias dos alunos em relação ao conteúdo tabela periódica.  

• Segunda aula: aplicação de um jogo, a fim de motivar os alunos e, para que estes reflitam e identifiquem maneiras para organizar os elementos da tabela periódica de acordo com suas características semelhantes. 

• Terceira aula: desenvolvimento conceitual sobre a construção da tabela periódica, com auxílio de um vídeo interativo. 

• Quarta, Quinta e Sexta aulas: desenvolvimento de conteúdos relacionados às propriedades periódicas dos elementos químicos. 

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• Sétima e Oitava aulas: avaliação do conhecimento construído pelos alunos, ao longo da unidade didática, através de um questionário e da construção de um mapa conceitual.  

DETALHAMENTO DAS AULAS  

Primeira aula: Investigando  De acordo com o CBC (MINAS GERAIS, 2007, p.22) é 

importante:   

“Identificar  as  ideias  científicas,  sua  relevância  e  seu nível  de  abordagem  para  cada  estágio  de desenvolvimento do aluno, ou seja, considerar sempre a relação estabelecida com as ideias prévias dos alunos sobre tal conteúdo.”  

 O  professor,  então,  pode  iniciar  essa  primeira  aula 

aplicando um questionário prévio, buscando investigar os conhecimentos dos alunos  sobre o  tema  tabela periódica e, a sua construção. Segue abaixo, exemplos de questões para aplicação: 

1. Você já ouviu falar ou conhece a tabela periódica?  2. Qual a utilidade da tabela periódica? (para que ela 

serve?) 3. Como você imagina que aconteceu a construção da 

tabela periódica? 4. Mendeleev é considerado pela comunidade 

científica um dos maiores gênios da química.  a.Você já ouviu falar em Mendeleev? b.Como você imagina que ele era? 

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5. Escreva o(s) nome(s) de cientistas da química que você conhece ou já ouviu falar. 

Atenção:  Como  o  objetivo  do  questionário  é  investigar  o 

conhecimento prévio dos  alunos,  o professor deve  ter  o cuidado de não  responder os possíveis questionamentos que podem surgir dos estudantes nesta aula. 

 Segunda aula: Construindo ideias 

 Segundo  o  CBC  (MINAS  GERAIS,  2007),  um  dos 

passos  essenciais  para  a  aprendizagem  de  conteúdos relacionados à tabela periódica seria identificar o símbolo de  seus  principais  elementos  e,  relacioná‐los  a  suas propriedades. Assim, para que os alunos sejam motivados a  participarem  da  construção  dos  conceitos,  o  professor pode aplicar um jogo adotando as seguintes orientações: 

 Jogo da Tabela Periódica1  Orientações:  

A  atividade  pretende  proporcionar  aos  estudantes  a compreensão  de  como  foi  possível  organizar  a  tabela periódica  permitindo,  a  estes,  tentarem  agrupar  os elementos químicos utilizando algumas propriedades. 

O  jogo  é  composto  por  nove  cartões.  Cada  cartão contém o  símbolo e o nome de um elemento químico e, algumas  de  suas  propriedades,  como:  Massa  Atômica (MA),  Temperatura  de  Fusão  (TF),  Temperatura  de                                                             1  Jogo  da  tabela  periódica  –  atividade  adaptada  –  Caderno  do professor: Química, Ensino Médio‐ 1ª série, 3o bimestre / Secretaria da Educação SEE/SP, 2008. 

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Ebulição  (TE),  Composto  (substância)  formado  com  o elemento oxigênio (O) e com o elemento hidrogênio (H). 

1o  passo:  Inicialmente,  o  professor  deve  apresentar cada  um  dos  cartões  aos  estudantes,  mostrando  os elementos químicos e suas propriedades. 

2o passo: Em  seguida, a  turma deve  ser dividida  em grupos,  com  um  número máximo  de  cinco  alunos  por grupo, para que, dessa  forma, os  alunos  troquem  ideias entre si.  

3o  passo:  Após  a  divisão,  deve‐se  entregar  a  cada grupo um envelope contendo os nove cartões e uma folha para  que,  posteriormente,  os  mesmos  escrevam  e/  ou desenhem as suas propostas de organização. 

 1ª Etapa 

Nesta  etapa,  o  professor deve  propor  que  os  alunos organizem  os  cartões  da maneira  que  acreditarem  ser  a melhor.  Não  é  necessário  que  os  alunos  utilizem  as propriedades  contidas nos  cartões,  isto  fica  a  critério do grupo. 

Os  estudantes  devem  escrever  e/ou  desenhar  o  que eles estão propondo na  folha que  foi entregue ao grupo, justificando a proposta de organização.  2ª Etapa 

Nesta  etapa,  o  professor deve  propor  que  os  alunos criem  critérios de organização dos  cartões  com base nas propriedades  contidas  nos  mesmos,  justificando  os critérios para esse agrupamento.   Atenção:  

A classificação não deve ser aleatória nesta etapa! 

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Novamente,  os  estudantes  devem  escrever  e/ou desenhar o que estão propondo na folha que foi entregue ao grupo, justificando a proposta de organização.  Importante:  

Ao  longo  de  todo  o  desenvolvimento  do  jogo,  é interessante  que  os  alunos  anotem  todos  os  critérios  de organização e suas conclusões.  

Ao  final  da  atividade,  o  professor  pode  propor  que cada grupo (ou estudante) apresente para toda a turma os critérios utilizados  na  organização dos  cartões,  em  cada uma das etapas propostas. 

A intenção é que eles possam trabalhar a criatividade e habilidades de organização e seleção de  informações e, que  tenham  ideia  de  como  os  cientistas  poderiam classificar os elementos de acordo com suas propriedades e compostos formados.  Sugestão:  

O  professor  pode  dar  continuidade  a  esta  atividade abordando a história da tabela periódica. 

Uma proposta de cartões que podem ser utilizados no jogo: 

 Sódio Na    MA: 23 TF: 97,8°C TE: 882,9°C  H: NaH O: Na2O 

Lítio Li     MA: 7 TF: 180,5°C TE: 1347°C  H: LiH O: Li2O 

Potássio K        MA: 39 TF: 63,6°C TE: 774°C  H: KH O: K2O 

   53

Magnésio Mg     MA: 24 TF: 648,8°C TE: 2970°C  H: MgH2 O: MgO 

Cálcio Ca     MA: 40 TF: 839°C TE: 1484°C  H: CaH2 O: CaO 

Carbono C          MA: 12 TF: 3367°C TE: 4827°C  H: CH4 O: CO2 

Silício Si       MA: 28 TF: 1410°C TE: 2355°C  H: SiH4 O: SiO2 

Flúor F         MA: 19 TF: ‐219,6°C TE: ‐188°C  H: HF O: OF2 

Cloro Cl        MA: 35 TF: ‐100°C TE: ‐34,6°C  H: HCl O: Cl2O 

 Terceira aula: Tabela periódica e sua história 

 O  objetivo  desta  aula  é  apresentar  aos  alunos,  por 

meio de um vídeo2, o contexto histórico e a evolução da tabela periódica, onde se deve reconhecer e compreender a ciência e a tecnologia químicas como criações humanas inseridas na história e na sociedade em diferentes épocas.  

É  interessante que o professor  faça um  levantamento das  ideias dos alunos em  relação à  construção da  tabela periódica  e  discuta  com  eles  os  principais  conceitos desenvolvidos até o momento.  

  

                                                            2 CONDIGITAL PUC RIO. Ver referências bibliográficas. 

  54 

Sugestão:  O  professor  pode  dar  continuidade  a  esta  aula 

abordando a organização da  tabela periódica em  relação as suas propriedades.  

 Quarta,  Quinta  e  Sexta  aulas:  Conhecendo  as propriedades da tabela periódica 

 Usar a  tabela periódica para reconhecer os elementos 

está  proposto  no  CBC  (MINAS  GERAIS,  2007).  Assim sendo, com o objetivo de trabalhar mais detalhadamente a tabela periódica, a proposta desta aula é apresentar como esta foi organizada, relacionando‐a as suas propriedades.  Atenção:  

É  importante  que  os  alunos  entendam  os  conceitos relacionados  às  propriedades,  e  não  decorem  o  sentido das  setas  indicativas  de  ordem  de  crescimento  das mesmas.   Sugestão:  

Segundo  o  CBC  (MINAS  GERAIS,  2007),  existem atividades que evidenciam a aprendizagem do aluno ou a evolução  parcial  do  seu  desenvolvimento  naquele momento.  Dessa  forma,  sugerem‐se  duas  atividades avaliativas que são apresentadas na quinta e sexta aulas.  Sétima aula: Avaliando o aprendizado 

 Para avaliar os conhecimentos dos alunos em relação 

às  aulas  já  realizadas,  sugere‐se  a  aplicação  de  um questionário com as seguintes questões: 

   55

Questionário: De acordo com a tabela periódica:  A. De  que  forma  estão  organizados  os  elementos 

químicos? B. Relacione  os  elementos  abaixo  e  coloque  em 

ordem  crescente de  eletronegatividade.  Justifique a relação estabelecida. 

 Cl                  O               C             F                        H 

 ordem crescente 

 C. De  acordo  com  o  que  você  aprendeu  nas  aulas 

sobre  tabela  periódica  e  suas  propriedades, responda o que você entende por raio atômico. 

D. Relacione  as  espécies  químicas  19K+,  17Cl‐  e  18Ar  e coloque  em  ordem  crescente  de  raio  atômico. Explique como você obteve essa ordem. 

E. No  questionário  prévio  você  respondeu  como imaginava  ter  ocorrido  à  construção  da  tabela periódica.  Agora,  de  acordo  com  o  que  você aprendeu,  escreva  como  a  tabela  periódica  foi construída. 

Importante:  Ler previamente as questões aos alunos e esclarecer as 

possíveis dúvidas dos enunciados.  

         

  56 

Oitava aula: Construindo mapas conceituais3  Outra maneira  de  avaliar  a  aprendizagem  pode  ser 

através  de  mapas  conceituais.  Abaixo,  segue  uma proposta para a aula. 

 Nas últimas aulas, muito foi visto sobre a tabela periódica. 

Vimos a razão e a forma pela qual a tabela periódica foi organizada, os cientistas que ajudaram a organizá‐la e suas propriedades.  

Com base em seu conhecimento, elabore um Mapa Conceitual. Você pode utilizar todas ou algumas das palavras abaixo, e ainda, acrescentar outras que achar necessário. 

Para a elaboração desse mapa você pode utilizar alguns mecanismos que o auxiliem em sua construção, como: verbos, setas, números, etc. Use a criatividade! 

Palavras‐chave:   

Tabela Periódica          Cientista Chancourtois  Átomo Propriedades  Mendeleev Dobereiner Periodicidade Alquimia  Massa Atômica        Meyer  Períodos Semelhantes  Metais Moseley  Características Elementos químicos  Eletronegatividade Prêmio  Seaborg Organizou   Número atômico      

                                                             3 Mapas  conceituais  ‐ Consultar:  TAVARES,  R., Construindo mapas conceituais. Ciências & Cognição; Vol.12: 72‐85, dezembro, 2007. Outras  orientações  sobre  sua  utilização  podem  ser  encontradas  na Unidade Soluções. 

   57

REFERÊNCIAS   BRASIL. Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Média  e  Tecnológica  (Semtec).  PCN  +  Ensino  médio: orientações  educacionais  complementares  aos  Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 2002. PONTIFÍCIA  UNIVERSIDADE  CATÓLICA  DO  RIO  DE JANEIRO  –  PUC‐RIO.  Projeto  CONDIGITAL  /PUC  Rio. Conteúdos Digitais – Química. Série: Tudo se Transforma. A história da química contada por suas descobertas – Episódio: História  da  Tabela  Periódica.  Disponível  em:  < http://web.ccead.puc‐rio.br/condigital/video/tudo%20se%20 transforma/historiadaquimica/historia_periodica/video%20 para%20web/video.html > Acesso em: 20/01/2014. SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO. Caderno  do  professor:  Química,  Ensino  Médio‐  1a  série,  3o bimestre, 2008. SECRETARIA  DE  ESTADO  DE  EDUCAÇÃO  DE  MINAS GERAIS. Conteúdo Básico Comum – Química (2007). Educação Básica ‐ Ensino Médio (1ª a 3ª séries).      

   

  58 

UNIDADE DIDÁTICA: ÁCIDOS E BASES   

Gleiciene Martins dos Santos, Pâmela Cristina da Silva Santos, Priscila Regina Vilas Boas, Rodrigo Antônio Bernardo, Josiane Aparecida Freitas, Jacyara Duarte Teixeira, Josefina Aparecida de Souza, Rita de Cassia 

Suart   

INTRODUÇÃO  

A presente Unidade Didática refere‐se ao tema Ácidos e Bases e, pode ser desenvolvida nas 1ª séries do Ensino Médio, utilizando, em média, 06 aulas.  

A  temática  ácidos  e  bases  faz  parte  do  Conteúdo Básico Comum (CBC), elaborado pela Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais para o Ensino Médio, e sua importância  pode  ser  justificada  pelo  fato  de  estar presente no cotidiano dos alunos, como por exemplo, na alimentação,  nas  ações de  higiene pessoal,  em  produtos de limpeza e outros; além, é claro, pelo fato de contribuir para  a  construção de  conceitos  inicias  relevantes  para  a compreensão de  transformações e  reações  relacionadas à temática.  

As aulas são distribuídas da seguinte maneira: •  Aulas teóricas e práticas. •  Questionários prévios e pós. •  Aula avaliativa, por meio de um  jogo de perguntas e respostas. 

   59

•  Aula  final  para  discussão  e  esclarecimento  de dúvidas.  

 DETALHAMENTO DAS AULAS 

 Primeira aula 

 A  primeira  aula  tem  por  objetivo  investigar  os 

conhecimentos  prévios  dos  alunos  sobre  conteúdos relacionados  à  temática  ácido‐base,  através  de  um questionário. 

Esta  atividade  oferece  ao  professor  uma  avaliação inicial  das  ideias  que  os  alunos  têm  a  respeito  deste conteúdo. 

Para  isso,  o  questionário  deve  ser  respondido individualmente  e,  posteriormente,  analisado  pelo professor. 

 Observações: 

Nesta  etapa  é  preciso  que  o  professor  fique  atento para possíveis questionamentos dos alunos. É importante que  não  haja  sua  interferência  para  não  comprometer  o objetivo da atividade. 

 Questionário Prévio                                                                                       

Responda as questões abaixo: a. O que você entende por substâncias ácidas? b. Dê  2  exemplos  de  substâncias  ácidas  que 

você conhece. c. O  que  você  entende  por  substâncias 

básicas? 

  60 

d. Dê  2  exemplos  de  sustâncias  básicas  que você conhece. 

e. Como  você  identificaria  uma  substância ácida ou básica? 

f. O que é um indicador ácido‐base?  Segunda Aula: Aula prática 

  Nesta  aula,  com  o  auxílio  do  texto  introdutório 

abaixo,  o  professor,  inicialmente,  pode  desenvolver  a questão problema  sobre a  temática ácidos e bases, a  fim de instigar os alunos. O texto pode ser trabalhado através de discussões e questionamentos mediados pelo professor e, grifo das palavras consideradas mais importantes pelos alunos. 

O texto é acompanhado por uma tabela, que deve ser preenchida pelos alunos, a qual  refere‐se às observações realizadas durante o experimento.     

Neste  experimento,  serão  analisadas  várias  amostras de  diferentes  soluções  aquosas  de  vários  materiais  do cotidiano, comparando‐as com amostras de refrigerante, a fim  de  que  os  alunos  tentem  classificá‐las  em  grupos diferentes,  de  acordo  com  a  coloração  obtida.  Os refrigerantes  possuem  propriedades  ácidas  e,  este  fato, pode ser observado pela mudança de cor de  indicadores ácido‐base em contato com o refrigerante. 

Assim,  o  principal  objetivo  dessa  atividade  não  é conceituar  ou  definir  ácidos  e  bases, mas  sim,  permitir que os alunos possam propor  suas próprias hipóteses  e, utilizando o raciocínio  lógico, encontrar a solução para o problema proposto.  

 

   61

Texto Introdutório   Questão problema O  refrigerante  é  uma das  bebidas mais  vendidas  no 

Brasil e no mundo. Muitas pessoas gostam de degustá‐lo acompanhado  das  principais  refeições  e  de  aperitivos como pipoca, pizza, hambúrguer com batata‐frita, etc. No entanto,  pesquisas  indicam  vários males  causados  pelo seu consumo exagerado, como a diabetes e a obesidade. 

A determinação da acidez ou basicidade dos alimentos é  um  parâmetro  usado  na  avaliação  da  qualidade  dos mesmos, sendo rotineiramente monitorada. 

Como você faria para identificar se o refrigerante que você consume é ácido, básico ou neutro?  

Em  tubos de ensaio distintos, adicione os reagentes e preencha a tabela conforme indicado: 

 Reagente  Papel 

tornassol azul 

Papel tornassol vermelho 

Fenolftaleína Extrato de 

repolho roxo 

Água         Água + ácido clorídrico 

       

Água + vinagre         Água + suco de limão 

       

Água + hidróxido de sódio 

       

Água + sabão em pó 

       

Água + leite de magnésia 

       

  62 

Água + sal         Água + açúcar         Amostra: Coca‐Cola 

       

Amostra: Sprite          1. É  possível  classificar  os materiais  estudados  em 

grupos diferentes?  2. Em caso afirmativo, quais critérios você utilizou ao 

propor essa classificação? 3. Como você classificaria uma substância baseando‐

se na coloração obtida com papel o tornassol azul? 4. Proponha uma solução para o problema baseando‐

se  nos  resultados  experimentais  obtidos  e  nas hipóteses elaboradas. 

5. Como você  faria para  identificar se o  refrigerante que você consume é ácido, básico ou neutro?  

 Materiais: 

− Vidros de relógio; − Solução de Água + ácido clorídrico; − Solução de Água + vinagre; − Solução de Água + suco de limão; − Solução de Água + hidróxido de sódio; − Solução de Água + sabão em pó; − Solução de Água + leite de magnésia; − Solução de Água + sal; − Solução de Água + açúcar; − Solução de Amostra: Coca‐Cola; − Solução de Amostra: Sprite; − Fenolftaleína; − Extrato de repolho roxo; 

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− Papel de tornassol vermelho; − Papel de tornassol azul. 

 Procedimentos 

1. Colocar  uma  pequena  quantidade  de  uma  das soluções  acima  em  um  dos  vidros  de  relógio  e fazer os testes a seguir:  

Teste  1:    Colocar  o  papel  tornassol  azul  em  contato com a amostra e, anotar as observações. 

Teste  2:  Colocar  o  papel  tornassol  vermelho  em contato com a amostra e, anotar as observações. 

Teste  3:  Colocar  algumas  gotas  de  fenolftaleína  na amostra e, anotar as observações. 

Teste  4:  Colocar  em  outro  vidro  relógio,  gotas  de extrato repolho roxo na amostra e anotar as observações. 

2. Repetir  os  testes  acima  para  cada  uma  das soluções a serem testadas com os outros vidros de relógio. 

 Observações:   

• Para  cada  teste  o  vidro  relógio  deverá  ser  bem lavado ou substituído. 

• Os testes podem ser feito com auxílio dos alunos. • Durante a  realização do experimento é necessária 

a mediação  do  professor,  com  questionamentos  sobre  a possível cor adquirida por cada amostra. 

• Os alunos devem agrupar os materiais através da coloração  obtida  pelos  indicadores  classificando‐os, posteriormente, de acordo com suas características: ácido, básico ou neutro. 

• A amostra do refrigerante deve ser a última a ser analisada,  questionando  a  cor  que  será  obtida  nos 

  64 

indicadores  conforme  a  classificação  feita  anteriormente. Neste  momento,  o  professor  pode  retomar  a  questão problema.  Sugestão: 

Podem  ser  adicionadas  mais  amostras  de  soluções presentes em nosso cotidiano (ex: leite, sucos, materiais de limpeza, cosméticos, etc.) 

A  análise  dos  dados  obtidos  nesse  experimento permite  aos  alunos  compreenderem melhor  o  problema enfocado, ou seja, a classificação do refrigerante segundo a  sua  acidez  ou  basicidade  e,  responderem  as  questões levantadas:  existem  outras  substâncias  que  possuem propriedades semelhantes aos refrigerantes e, modificam a  cor  de  um  indicador?  Como  são  classificadas  as substâncias de acordo com essas propriedades? 

 Terceira aula: aula teórica 

 Espera‐se  que,  por  meio  desta  aula,  o  aluno 

compreenda  que  as  soluções  podem  apresentar características diferentes, classificando‐as em  três grupos distintos:  ácidos, bases ou neutros. Pretende‐se  também, que haja uma  associação destes grupos  com  a  escala de pH. 

A  aula  teórica  pode  ser  apresentada  utilizando materiais de apoio como slides, quadro de giz, discussões mediadas pelo professor e outras. 

A aula pode  ser planejada de acordo com o CBC, os quais  sugerem  o  desenvolvimento  das  seguintes habilidades e competências: 

1 ‐ Materiais: acidez e basicidade 

   65

1.1  –  Tópicos/Habilidades:  compreender  que  as soluções apresentam  comportamento  ácido,  básico  ou neutro. 

1.1.1  ‐  Detalhamento  das  habilidades:  propor  e/ou executar  procedimentos  simples  para  a  identificação  do caráter ácido, básico ou neutro de  soluções por meio de indicadores. 

1.1.2  ‐  Representar  ou  identificar,  por  meio  de equações ou fórmulas químicas, sistemas que apresentam caráter ácido, básico ou neutro. 

2 ‐ Materiais: Neutralização de soluções. 2.1 ‐ Tópicos/Habilidades: Reconhecer transformações 

químicas que envolvem a neutralização de soluções. 3 ‐ Materiais: caráter ácido ou básico de soluções. 3.1  ‐  Tópicos/habilidades:  Identificar  o  caráter  ácido 

ou básico de uma solução a partir de valores de pH  Quarta aula: Jogo  

 Esta aula tem como objetivo avaliar, de forma  lúdica, 

o  aprendizado  dos  conceitos  envolvidos  na  Unidade Didática. 

A  turma  será  dividida  em  pequenos  grupos  e  o mediador,  no  caso  o  professor,  cita  as  perguntas  e,  as respostas dos alunos obedecem à seguinte regra: 

Feito a pergunta, o grupo que souber a resposta e levantar primeiro a mão terá direito à resposta. Se a resposta estiver correta, o grupo ganhará 1 ponto e  terá o direito de responder às outras perguntas, caso contrário, a pergunta  seguinte é direcionada aos  outros  grupos.  Toda  resposta  correta  vale  1 ponto. 

  66 

Ganhará o jogo o grupo que tiver somado, ao final, mais pontos. 

 Observações:  1. As questões devem ser elaboradas de acordo com 

o experimento e a aula teórica. 2. A  utilização  de  premiação  com  acréscimo  de 

pontos numa avaliação, ou mesmo com brindes, pode ser algo motivador para a realização da atividade.  Sugestão: 

O  jogo  pode  envolver  o  desenvolvimento  de  outras habilidades  se  o professor  optar por utilizar  a dinâmica por meio de jogo de cartas ou jogo de tabuleiro. 

 Perguntas do jogo 

• Como é possível determinar se uma dada solução é ácida ou básica? 

• O que é um indicador ácido‐básico? • Cite  indicadores  que  podem  ser  usados  para 

determinar se uma solução é ácida, básica ou neutra.  • Você  conhece  algum  tipo de  indicador  extraído de 

vegetais? Qual? • Em papel tornassol vermelho o ácido clorídrico fica 

vermelho. Qual  a  cor  que  este  papel  adquiriria  se  fosse colocado o suco de limão? E se fosse hidróxido de sódio? 

• Existe uma escala de pH de 0 a 14 que  indica  se a solução é ácida, básica ou neutra. Quais valores  indicam se a solução é ácida ou básica? 

• De  acordo  com  os  experimentos  realizados,  como podemos classificar o refrigerante de acordo com seu pH? 

   67

• Qual  é  o  ácido  responsável  pela  acidez  do refrigerante? 

• Qual é o ácido presente no suco gástrico existente no nosso estômago? 

• Algumas  pessoas  sofrem  de  azia,  devido  a  um excesso na produção de suco gástrico, que apresenta uma acidez  muito  alta.  O  que  você  tomaria  para  reduzir  a sensação de azia? 

• Qual  é  o  nome  da  reação  entre  um  ácido  e  uma base? Qual é o produto obtido desta reação?  

 Quinta aula: Questionário pós 

 O  objetivo  do  questionário  é  investigar  os 

conhecimentos  construídos  pelos  alunos  durante  todo  o processo de ensino e aprendizagem. 

Para  isso,  é  necessário  distribuir  o  questionário utilizado  no  jogo  para  os  alunos  para  ser  respondido individualmente.  

O  professor  poderá  utilizar  este  instrumento  como forma de avaliação dos alunos e, também, como indicador de eficácia da atividade.  Observação: 

 As  questões  do  questionário  pós  podem  ser modificadas  baseando‐se  nas  questões  do  jogo,  no experimento  e,  também  nas  questões  do  questionário prévio.     

  68 

Sexta aula: Discussão para esclarecimento de dúvida   Nesta  sexta  aula,  novamente  as  perguntas  do  jogo 

devem ser feitas aos alunos e, após discussão, as respostas corretas escritas no quadro negro.  

O objetivo desta aula é revisar os conteúdos que não ficaram  claros  pelos  alunos,  auxiliando  a  compreensão sobre eles. O professor pode pedir aos alunos que copiem o  questionário  e  as  respostas  corretas  no  caderno  de classe.    REFERÊNCIAS  

 FELTRE, Ricardo. Química – 6 ed. – São Paulo: Moderna, 2004. PERUZZO,  Francisco  Miragaia;  CANTO,  Eduardo  Leite  do. Química  na  abordagem  do  cotidiano  –4  ed.  –  São  Paulo: Moderna,2006. SECRETARIA  DE  ESTADO  DE  EDUCAÇÃO  DE  MINAS GERAIS.  Conteúdo  Básico  Comum  –  Química  (2007). Educação Básica ‐ Ensino Médio (1ª a 3ª séries). PITOMBO, L. R. M.; MARCONDES, M. E. R., coord.; GEPEQ – Grupo  de  Pesquisa  para  o  Ensino  de  Química.  Interações  e transformações I: Química ‐ Ensino Médio. São Paulo: EDUSP, 2003.  

   

 

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UNIDADE DIDÁTICA: TERMOQUÍMICA   

Giseli Letícia Santos, Evelyn de Melo Paulo, Larissa K. Simões, Mateus Willian Eleutério, Pedro Reis de Jesus, 

Rita de Cassia Suart   INTRODUÇÃO 

 O estudo da termoquímica no ensino médio envolve o 

uso  de  alguns  conceitos —  energia,  calor,  temperatura— que  são  usados  em  nosso  cotidiano.  No  entanto,  essas palavras  têm  significados  distintos  na  ciência  e  na linguagem  comum.  Mortimer  e  Amaral  (1998)  em  seu artigo “Calor e  temperatura no ensino de  termoquímica”, afirmam que isso tem sido causa de dificuldades no ensino de química, pois na maioria das vezes, o professor trabalha conceitos mais avançados como calor de reação, lei de Hess etc., sem uma revisão dos conceitos mais básicos. Ainda de acordo  com  os  autores,  o  resultado, muitas  vezes,  é  um amálgama  indiferenciado  de  conceitos  científicos  e cotidianos, sem que o aluno perceba claramente os limites e contextos de aplicação de um e de outro. 

Os autores já citados afirmam também que a literatura descreve três características principais das concepções de calor e  temperatura apresentadas por estudantes, que  se relacionam  à  forma  como  nos  expressamos  sobre  tais fenômenos no nosso dia‐a‐dia: 

• O calor é uma substância. • Existem dois tipos de ‘calor’: o calor quente e o calor frio. 

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• O calor é diretamente proporcional à temperatura.  A  ideia  de  que  o  calor  é  uma  substância  e  de  que 

existem os dois  tipos de  calor  ‐ o  calor quente  e o  calor frio  –  levam  à  crença  equivocada de  que  o  calor  é uma propriedade das substâncias e materiais. Desse modo, um corpo  quente  possuiria  calor  enquanto  um  corpo  frio possuiria frio. 

Ainda  de  acordo  com Mortimer  e  Amaral  (1998),  a ideia  de  que  o  calor  é  diretamente  proporcional  à temperatura  tem  sua  origem  na maneira  como  lidamos com a palavra ‘calor’ na vida cotidiana. As expressões ‘faz muito  calor’,  ‘calor humano’  etc.  são  exemplos de  como essa  ideia  está  arraigada  na  linguagem.  Afinal,  só dizemos que ‘faz muito calor’ quando a temperatura está alta. Essas ideias levam a crer que os conceitos de calor e temperatura são idênticos. 

Esta Unidade Didática (UD) foi desenvolvida segundo os  Conteúdos  Básicos  Comuns  (CBC)  e  os  Parâmetros Curriculares Nacionais  (PCN + de Química). Este último pretende  que  o  aluno  reconheça  e  entenda,  de  forma completa e significativa, as  transformações químicas que ocorrem  nos  processos  naturais  e  tecnológicos  em diferentes contextos. 

Na UD  aqui  apresentada,  são  propostas  cinco  aulas que  se  destinam  a  ensinar  aos  estudantes  os  conceitos científicos  de  calor  e  temperatura,  os  quais, cotidianamente,  são  entendidos  de maneira  semelhante, provocando  uma  confusão  quando  os  mesmos  são cientificamente  apresentados.  Além  disso,  trabalha‐se também o conceito de calor específico. As cinco aulas são assim distribuídas: 

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• Primeira aula  ‐ Proposta de algumas questões que motivem  o  aprendizado  dos  conceitos  de  calor, temperatura e calor específico e, identifique também, os  conhecimentos  prévios  apresentados  pelos estudantes. 

• Segunda aula ‐ Aprendizado dos conceitos de calor e temperatura por meio de um experimento. 

• Terceira  aula  ‐ Aprendizado  do  conceito  de  calor específico baseando‐se  em uma  tabela  com  o  calor específico  de  várias  substâncias  conhecidas  pelos estudantes. 

• Quarta  aula  ‐  Generalização  dos  conceitos  já estudados  e  discussão  das  questões  propostas  na primeira aula. 

• Quinta  aula  ‐ Avaliação da UD  e do  aprendizado dos  alunos por meio da  coleta de um desenho  ou uma redação feita pelos estudantes. 

 DETALHAMENTO DAS AULAS 

 Primeira aula 

 Na  primeira  aula,  são  propostas  cinco  questões  aos 

estudantes  a  fim  de  instigá‐los  a  raciocinarem  sobre situações  onde  a  termoquímica  está  envolvida  no  dia  a dia.   Sugestão:  

As  questões  devem  ser  passadas  na  lousa  e,  em seguida,  discutidas  com  a  turma  oralmente,  sempre confrontando as suposições dos estudantes e  levando‐os a apresentarem seus conhecimentos prévios. Segundo o CBC 

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(2007),  é  interessante  identificar  as  ideias  científicas,  sua relevância e seu nível de abordagem para cada estágio de desenvolvimento  do  aluno,  ou  seja,  considerar  sempre  a relação estabelecida com as ideias prévias dos alunos sobre tal conteúdo. 

 Na primeira questão a ser apresentada aos estudantes 

pergunta‐se: Qual dos dois blocos, um bloco de madeira ou um bloco de metal, estaria mais frio na mesma condição ambiente?  

É  interessante  professor,  que  você  leve  para  a  aula dois  blocos —  um  de madeira  e  outro  de metal —  de mesmas dimensões que contenham um orifício onde seja possível  inserir um  termômetro. Pede‐se  aos alunos que toquem os dois blocos e então  respondam à questão. Os estudantes tendem a responder que o bloco de metal está mais frio, ficando surpreendidos com o fato de que ambos estão à mesma temperatura, o que é verificado ao se aferir as temperaturas de cada um. 

Após a avaliação da  temperatura pelo  tato,  introduz‐se  simultaneamente  um  termômetro  no  orifício  de  cada bloco  e  confronta‐se  a  temperatura  encontrada  pelos termômetros  com  a  resposta  dada  pelos  estudantes baseando‐se  no  tato.  Geralmente,  os  estudantes  se assustam  ao  perceber  que,  ao  contrário  do  que  o  tato sugere,  o  bloco  de  metal  não  está  a  uma  temperatura menor do que o bloco de madeira. A sensação  térmica é diferente da  temperatura de  fato. Questiona‐se  então  os estudantes  sobre  o motivo  de  o  bloco  de metal  parecer mais frio que o de madeira, quando na verdade estão na mesma temperatura.    

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Atenção:  Se o bloco de metal for tocado pelos alunos por muito 

tempo,  e  em  seguida,  a  temperatura  do  mesmo  for medida  pelo  termômetro,  ele  pode  apresentar  uma temperatura  maior  que  a  temperatura  ambiente  e, logicamente,  também maior que  a do bloco de madeira. Esse fato se deve ao metal ser um bom condutor térmico e trocar  calor  com  o  corpo  humano  durante  o  tempo  em que for tocado. 

 A  segunda  questão  proposta  é  a  seguinte:  Seria 

interessante, em locais muito quentes ou muito frios, substituir as casas de madeira por casas de metal?   Sugestão:  

Na discussão dessa questão, sugere‐se aos estudantes que  se  baseiem  em  seus  conhecimentos  prévios  e  na experiência adquirida com a medida da  temperatura dos blocos  na  questão  anterior.  As  respostas  aqui  são variadas.  Esta  questão  é  facilmente  discutida,  ao  se  dar um  exemplo prático,  como  esse:  “Imaginem‐se  na  Sibéria. Seria  interessante  morar  por  lá  em  uma  casa  de  latão  ou alumínio?” E a discussão pode ser ampliada: “Que material vocês consideram mais interessante para construir uma casa na Sibéria ou no nordeste Brasileiro?” 

 A  terceira questão que propomos é: Porque as panelas 

de metal  esquentam  e  também  esfriam mais  rápido  do  que  as panelas de pedra ou de barro? Essa questão é interessante de ser proposta aos estudantes porque está ligada a situações que eles vivenciam no seu cotidiano.  

 

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Sugestão:  Para chamar a atenção dos estudantes para o  fato de 

que mesmo entre os metais alguns aquecem mais rápido do que outros, pode‐se falar sobre as panelas de alumínio que aquecem e também esfriam mais rápido do que as de ferro,  por  exemplo.  Nesta,  os  estudantes  tendem  a responder “que é por causa da grossura da panela de ferro que é maior que a do alumínio”. Daí pode‐se problematizar: “E se fossem iguais?”. 

Através desta questão,  fornecemos ao estudante uma noção  intuitiva  de  calor  específico.  É  interessante  trazer esta  questão  de  volta,  bem  como  todas  as  outras,  à medida que o conteúdo vai sendo trabalhado. 

 A quarta questão proposta é: Por que a água da piscina, 

no verão, geralmente  é mais  fria do  que  o  ar durante  o dia,  e mais  quente  do  que  o  ar  durante  a  noite?  Novamente,  os alunos podem reconhecer nesta questão uma situação que eles vivenciam, o que os deixa ainda mais curiosos para obterem  a  resposta  cientificamente  correta.  Algumas respostas são possíveis como “o solo que recebe calor do sol aquece a água da piscina” à noite. No entanto, sabe‐se que a água recebeu calor o dia todo através do sol, então, mais uma  vez  noções  intuitivas  são  introduzidas,  neste  caso específico a questão das transferências de calor, e de que o ar perde este calor mais facilmente que a água. O conceito de calor específico é novamente demonstrado. 

 A quinta questão: Por que um termômetro de  laboratório 

não precisa  ser  agitado  após  o uso,  e não pode  ser  retirado do sistema cuja temperatura se quer medir, enquanto o termômetro clínico  pode  ser  retirado  do  sistema  cuja  temperatura  se  quer 

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conhecer?(MORTIMER,  AMARAL,  1998).  Nessa  questão objetiva‐se  chamar  a  atenção dos  estudantes para o  fato de haverem diferenças entre um termômetro clínico e um termômetro  de  laboratório  e,  incitar‐lhes  a  curiosidade acerca  do  motivo  dessas  diferenças.  Os  estudantes tendem a explicar a diferença pela estrutura: “um é maior que  o  outro”,  ou  ainda,  com  relação  à  precisão:  “O  de laboratório é mais preciso por  isso ele mede a temperatura sem ter  que  esperar”.  Estas  respostas  de  conhecimento  prévio são  úteis,  pois  através  delas,  pode‐se  chegar, formalmente, ao conceito científico.  

 Sugestão:  

Peça aos estudantes, no final da aula, que escrevam e lhe  entreguem  as  respostas  a  essas  perguntas  baseados em  seus  conhecimentos  prévios  e  na  discussão  dessas questões em sala de aula. O professor não deve fornecer a seus  estudantes  as  respostas  cientificamente  corretas nessa primeira aula por dois motivos: o primeiro motivo é que  as  respostas  escritas  fornecidas pelos  estudantes no final da aula  fornecem  informações ao professor  sobre o que os estudantes sabem sobre os conceitos que queremos abordar na UD e, a partir desses conhecimentos prévios, o professor  pode  elaborar  suas  aulas  posteriores.  O segundo  motivo  é  que  o  professor  pode  dizer  aos estudantes  que  as  respostas  cientificamente  corretas  a essas  questões  serão  discutidas  nas  aulas  posteriores,  o que fará com que os estudantes fiquem mais motivados a participarem dessas aulas. 

   

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Segunda aula   Essa  segunda  aula,  que  se  destina  a  ensinar  os 

conceitos  científicos  de  calor  e  temperatura  e  a  relação entre  os  mesmos,  foi  embasada  em  um  experimento investigativo. No experimento retirado do artigo “Quanto mais  quente  melhor,  calor  e  temperatura  no  ensino  de termoquímica”  misturam‐se  quantidades  iguais  de  água (100 mL, por exemplo) em temperaturas diferentes, de tal forma que, no sistema no qual a diferença de temperatura entre  as  águas misturadas  for menor,  seja  o  sistema  em que  as  águas misturadas  estejam  em  temperaturas mais elevadas, e vice‐versa. Você professor, pode misturar, por exemplo, volumes iguais de água a 25 e a 55 °C e depois, repetir o processo para os mesmos volumes de água a 75 e a 85 °C.  

 Sugestão:  

Escreva  na  lousa  algumas  questões  como  “O  que  é calor?”,  “O  que  é  temperatura?”,  “Qual  é  a  relação existente  entre  esses  conceitos?”  e,  “Em  qual  dos  dois sistemas apresentados no experimento há o envolvimento de maior quantidade de calor, perdido ou ganho?” Essas questões escritas na lousa podem auxiliá‐lo a acompanhar o raciocínio lógico desenvolvido pelos alunos ao longo da aula, e chama a atenção destes para os conceitos que serão abordados  na mesma.  De  acordo  com  o  CBC  (2007),  é importante  o  aluno  reconhecer  que  há  Transformações Químicas  (TQ) que ocorrem  com  consumo ou produção de energia em que esta pode ser medida, e saber que para cada TQ existe um valor de energia associado. 

 

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 Você  pode  calcular  junto  com  seus  estudantes,  por meio da fórmula Q = m. c. ∆T, qual a quantidade de calor perdida pela água à temperatura mais alta e, a quantidade de  calor  ganha  pela  água  à  temperatura  mais  baixa, quando  esses  dois  volumes  de  água  são  misturados. Sabendo que a densidade da água é 1 g.cm‐1, calcula‐se a massa  da  água  envolvida  nos  sistemas  usando‐se  a fórmula da densidade (d = m/v), onde d é a densidade, m é  a massa da  substância  em questão  e v  é  o volume da mesma.  

Usa‐se a mesma massa de água em todos os sistemas e anota‐se a  temperatura dos dois sistemas  imediatamente antes de misturá‐los. Assim, a única variável que mudará na  fórmula Q = m c  ∆T é a diferença de  temperatura. O cálculo das quantidades de  calor ganho  e perdido pelos sistemas  mostrará  que  aconteceu  uma  troca  de  calor maior  entre os  sistemas que apresentavam  temperaturas mais baixas, pois a diferença de temperatura entre eles (25 e 55 °C, aproximadamente) é maior que entre os sistemas a  temperaturas  mais  elevadas  (75  e  85  °C, aproximadamente). 

A partir disso, pode‐se inferir que o conceito científico de calor se relaciona com a diferença de temperatura entre dois  sistemas,  e  não  com  a  temperatura  propriamente dita.  Assim,  fica  claro  que  os  conceitos  científicos  de temperatura  e  calor  são  diferentes  dos  nossos  conceitos usados  no  dia  a  dia.  No  cotidiano,  normalmente associamos  calor diretamente  à  temperatura,  associando uma  temperatura mais  alta  a uma maior quantidade de calor. Sugerimos que você professor, analise a fórmula Q = m c ∆T juntamente com os estudantes e chame a atenção para o fato de que só existe calor quando há diferença de 

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temperatura, pois o calor é o processo de transferência de energia de um sistema a uma temperatura mais alta para outro  a  uma  temperatura  mais  baixa.  Além  disso,  a quantidade de calor transferida é proporcional à diferença de temperatura e não à temperatura, o que implica poder haver mais calor sendo transferido entre sistemas a baixas temperaturas do que  entre dois  sistemas a  temperaturas mais  altas.  Isso  ocorrerá  se  a  diferença  de  temperatura entre  os  sistemas  a  baixa  temperatura  for maior do  que entre os  sistemas  a  temperatura mais  alta, desde que  as massas consideradas sejam as mesmas.  

 Atenção:  

É importante professor, que ao calcular o calor ganho e  perdido  em  cada  um  dos  processos,  você  utilize  as temperaturas  na  escala  Kelvin  para  obter  o  calor  em Joules.  No  entanto,  vale  a  pena  comentar  com  os estudantes  que, muitas  vezes,  o  calor  é  apresentado  em calorias  (cal).  Pode‐se  ressaltar  que  nas  embalagens  dos alimentos, a energia  fornecida é  informada em Kcal, que equivale a 1000 cal.  

A necessidade de comparar massas  iguais quando se quer  comparar  o  calor  envolvido  nos  processos  é importante porque a quantidade de calor necessária para elevar  a  temperatura  de  um  corpo  em  uma  certa quantidade  depende  do  calor  específico  do material  do qual o corpo é feito e da massa desse corpo. Quanto maior o calor específico do material, mais calor é necessário para que  esse  corpo  aqueça. O mesmo  acontece  em  relação  à massa  do  corpo:  quanto  maior  a  massa,  mais  calor  é necessário para que o corpo seja aquecido. 

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Após  essa discussão  em  torno  do  fato  de  o  calor  se relacionar  à  diferença  de  temperatura,  e  não  à temperatura  propriamente  dita,  pode‐se  apresentar  aos estudantes os conceitos científicos de calor e temperatura. Os  conceitos  que  aqui  apresentamos  foram  retirados do livro  didático  Química,  de  autoria  de  Eduardo  Fleury Mortimer e Andréa Horta Machado. 

 Temperatura: Grau de agitação térmica das moléculas de um corpo, (T °C ou T °K).  Calor: Processo de transferência de energia de um sistema de  maior  temperatura  para  um  sistema  de  menor temperatura quando estes estão em contato. 

 Nessa aula, explica‐se também como se dá o processo 

de  transferência  de  calor  de  um  corpo  para  outro.  Essa UD  baseia‐se  no  modelo  cinético‐molecular. Sucintamente,  desenvolve‐se  nos  estudantes  a  ideia  de que  o  calor  emitido  por  um  corpo  se  dá  pela  maior agitação entre átomos e moléculas e, que o choque entre estes,  desencadeia  o  calor  que  um  corpo  transmite  a outro, sendo que o corpo que recebe o calor tem o grau de agitação  de  suas  moléculas  elevada  pela  absorção  do mesmo.  

 Terceira aula  

 Na  terceira  aula, desenvolve‐se  com  os  estudantes  o 

conceito de calor específico. Sugerimos  que  seja  apresentada  uma  tabela  com 

várias substâncias conhecidas pelos estudantes com seus 

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respectivos  calores  específicos  e,  a partir daí,  o  conceito seja  desenvolvido. A  tabela  1  utilizada  em  nossa UD  é apresentada a seguir. 

 Tabela 1. Substância e seu respectivo calor específico.   Substância  Calor específico (cal/g.°C) 

Água  1.00 Etanol  0.58 

Propanona (acetona)  0.52 Cobre  0.09 

Mercúrio  0.04  Segundo  o  CBC  (2007)  é  necessário  utilizar  dados 

tabelados para os procedimentos de cálculos de variação de  energia.  Por  meio  da  tabela,  os  estudantes  podem perceber  que  cada  substância  tem  um  calor  específico diferente. 

 Mas,  teoricamente,  eles  ainda  não  conhecem  o conceito  científico  de  calor  específico.  Você  professor, pode perguntar‐lhes  se  sabem o que é o  calor específico de uma substância e, a partir da resposta deles, você pode inserir o conceito cientificamente correto. Assim como os conceitos  de  calor  e  temperatura,  o  conceito  de  calor específico  usado  em  nossa  UD  foi  retirado  do  livro didático Química de autoria de Eduardo Fleury Mortimer e Andréa Horta Machado. 

 Calor  específico:  quantidade de  energia necessária para elevar  em  um  grau  a  temperatura  de  um  grama  de material. (c = cal/g°C) 

   Analisando  a  tabela,  pode‐se  perceber  que  a  água  é 

uma das substâncias que  tem o maior calor específico, o 

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que significa que é necessária uma quantidade grande de energia  para  causar  uma  pequena  alteração  na temperatura da água. Essa característica  faz da água um dos melhores  líquidos para  transportar energia. Lembre‐os da questão envolvendo a variação de temperatura pelo tempo  nas  águas das  piscinas. Você  professor  pode dar como  exemplo  disso,  as  correntes  marítimas, especialmente  a  Corrente  do Golfo,  que  faz  com  que  o inverno na Europa  seja menos  rigoroso que na América do Norte. 

Outro exemplo que pode ser dado e que é próximo do cotidiano dos  estudantes,  é o  caso das panelas de metal aquecerem  e  também  esfriarem mais  rápido  do  que  as panelas de pedra ou argila que  tem a mesma massa. Os metais  têm calor específico menor do que a argila ou as pedras  que  as  panelas  são  feitas,  e  por  isso,  aquecem  e também esfriam mais rápido.  

 Quarta aula  

 A quarta aula se destina a uma revisão dos conceitos 

abordados na UD e a discussão das questões propostas na aula 1.  

 Sugestão:  

A  revisão  e  a discussão precisam  ser orais, uma vez que  os  estudantes  registraram  os  conceitos  em  seus cadernos  quando  estes  foram  trabalhados  nas  aulas anteriores.  

A  primeira  questão  ʺqual  dos  blocos,  um  bloco  de madeira  ou  um  bloco  de  metal,  estaria  mais  frio  nas mesmas  condições  ambientes?”,  já  foi  respondida  na 

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primeira  aula  quando  os  estudantes  averiguaram  as temperaturas por meio dos  termômetros. Agora, só resta a  discussão  para  verificar  o  porquê  do  bloco  de metal parecer mais  frio. O que ocorre quando  tocamos os dois blocos,  é  que  nossa mão,  que  está  a  uma  temperatura maior  que  a  temperatura  ambiente  e, por  consequência, também maior que a dos blocos, age como fonte de calor, transferindo  energia  em  forma  de  calor  para  os  blocos. Como o metal tem calor específico menor que a madeira, a  temperatura  no  bloquinho  de  metal  varia  mais rapidamente, dando a sensação de que ele está mais frio. 

A  segunda  questão,  “seria  interessante,  em  locais muito  quentes  ou  muito  frios,  substituir  as  casas  de madeira por casas de metal?” pode ser discutida fazendo‐se as mesmas considerações que  foram  feitas na questão anterior. Como  o metal  tem  calor  específico menor,  sua temperatura  se  alteraria  muito  mais  fácil  do  que  a temperatura da madeira. Assim, em locais muito quentes as  casas  de  metal  seriam  muito  mais  quentes  quando comparados  as  de  madeira  nas  mesmas  condições ambientes.  Em  locais  muito  frios,  as  casas  de  metal também  seriam  bem  mais  frias.  Assim,  não  seria interessante em locais muito quentes ou muito frios trocar as casas de madeira por casas de metal. 

A  terceira  questão  “por  que  as  panelas  de  metal esquentam  e  também  esfriam  mais  rápido  do  que  as panelas de pedra ou de barro?” também se relaciona com o  calor  específico  das  substâncias  e  pode  apenas  ser relembrada  se  você,  professor,  já  utilizou  esse  exemplo em  sua  aula  sobre  calor  específico. Mas, para  o  caso de você  não  ter  dado  esse  exemplo,  basta  afirmar  que  os metais apresentam calor específico menor do que a argila 

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e  as  pedras  que  as  panelas  são  feitas,  e  por  isso  elas aquecem e esfriam mais rápido.  

A  quarta  questão  “por  que  a  água  da  piscina,  no verão, geralmente é mais fria do que o ar durante o dia, e mais  quente  do  que  o  ar  durante  a  noite”,  também  se relaciona  ao  conceito  de  calor  específico.  Como  o  ar apresenta um  calor  específico menor que o da  água,  ele aquece rápido quando recebe energia do sol. A água por sua  vez, necessita de uma  quantidade de  energia maior para elevar sua temperatura, por isso a água fica mais fria do que o ar durante o dia.  

Na  quinta  questão  “por  que  um  termômetro  de laboratório não precisa ser agitado após o uso, e não pode ser  retirado do  sistema  cuja  temperatura  se quer medir, enquanto  o  termômetro  clínico  pode  ser  retirado  do sistema  cuja  temperatura  se  quer  conhecer?”,  pode‐se mostrar aos estudantes os dois tipos de termômetro para que eles mesmos vejam a diferença. O termômetro clínico pode  ser  tirado  do  sistema  cuja  temperatura  se  quer medir,  porque  quando  este  é  aquecido,  o  mercúrio  se dilata  e  sobe. No  entanto,  ao  ser  tirado do  sistema  cuja temperatura foi medida, o mercúrio não pode voltar a sua posição  original,  porque  existe  um  estreitamento  na coluna capilar do  termômetro que  impede sua volta. No termômetro de  laboratório, não existe esse estreitamento e, a coluna de mercúrio, volta à posição  inicial. Por  isso, esse  último  não  pode  ser  retirado  do  meio  cuja temperatura se quer medir.   Sugestão:  

Relembre  os  conceitos  abordados  durante  a  UD enquanto  discute  essas  questões.  Embora  nessa  aula  os 

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estudantes  costumem  questionar  bastante  e,  talvez  o tempo não seja suficiente, você também pode levar alguns exercícios para os estudantes fazerem. 

 Quinta aula  

Nesta quinta  aula  sugerimos  ao professor que  colete informações que  lhe permitam avaliar o desempenho da UD,  utilizando  materiais  como  questionários,  redações, mapas conceituais ou desenhos.   Sugestão:  

Limite  o  número  de  linhas máximo  ou mínimo,  ou ainda,  apresente  termos  essenciais  que  devam  estar presentes na  redação. Questionários  também podem  ser usados como alternativa de avaliação. 

   

REFERÊNCIAS   BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e  Tecnológica.  Parâmetros  Curriculares Nacionais  (PCN  +)  ‐ Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Brasília: MEC, 2002. MORTIMER, E. F., AMARAL, L. O. F. Calor e temperatura no ensino de termoquímica. Química Nova na Escola. n° 7, p. 30‐4, 1998. MORTIMER, E. F.; MACHADO, A. H. Química para o ensino médio: volume único. São Paulo: Scipione, 2003. 398p. SECRETARIA  DE  ESTADO  DE  EDUCAÇÃO  DE  MINAS GERAIS.  Conteúdo  Básico  Comum  –  Português  (2007). Educação Básica ‐ Ensino Médio (1ª a 3ª séries). 

  

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UNIDADE DIDÁTICA: TERMOQUÍMICA – ALIMENTOS 

 Vinicius Silva Tanganeli, Mayara de Souza Miranda,  Jackeline Rafaela Pedroso, Patrícia de Melo Carvalho,  

Camila Marra Abras, Lívia Maria Ribeiro Rosa,  Hellem Renata Moreira, Rita de Cassia Suart 

  INTRODUÇÃO    

A  maior  parte  da  energia  de  que  dependemos  é proveniente  de  reações  químicas:  alimentamos‐nos  para produzir  a  energia  necessária  para  a  manutenção  de nossas  funções  biológicas;  queimamos  combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural) para produzir parte da  energia que mantém nossas  casas  e nossos meios de transportes,  como  automóveis,  aviões  ou  trem,  entre outros. 

Os alimentos fornecem várias substâncias importantes para manter  a  vida  e  toda  a  atividade  do  nosso  corpo. Carboidratos e Gorduras  são nossas principais  fontes de energia  (MORTIMER;  MACHADO,  2011).  Uma alimentação  balanceada,  saudável,  deve  conter carboidratos,  vitaminas,  proteínas,  sais  minerais,  fibras vegetais,  lipídeos  etc.  Apesar  disso,  nem  sempre  é possível manter uma alimentação balanceada. 

Nos últimos anos, muitos estudos têm demonstrado a necessidade  de  uma  alimentação  balanceada  para diminuir  a  incidência  de  doenças  como  a  obesidade, diabetes,  pressão  alta,  entre  outras,  contribuindo  para 

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aumentar assim, a qualidade  e a  expectativa de vida do homem (USBERCO; SALVADOR, 2006).  

Atualmente, diversas pessoas estão preocupadas com a  sua  alimentação,  e  principalmente,  com  o  valor energético  dos  alimentos.  Recentemente,  todos  os alimentos  industrializados  trazem  em  seu  rótulo  a  sua composição  nutricional,  assim  como  o  valor  energético presente  (a  Agência  Nacional  de  Vigilância  Sanitária  – ANVISA,  determinou  regras  para  que  as  empresas colocassem  informações  em  todos  os  rótulos  dos alimentos).  Prestar  atenção  a  estas  informações  é  de grande  utilidade  para  o  programa  de  reeducação alimentar  e  traz uma maior  conscientização do valor de cada alimento para seu metabolismo. 

Segundo  o  CBC  (MINAS  GERAIS,  2007,  p.  44), “reconhecer a relação entre a alimentação e produção de energia  é  um  dos  tópicos  essenciais  para  o desenvolvimento de conteúdos sobre este tema”. 

Assim, esta unidade didática tem por objetivo auxiliar o professor no desenvolvimento de conceitos relacionados à Termoquímica, voltada para a temática Alimentos, bem como,  apresentar  aos  alunos  alguns  conceitos  e explicações  de  fenômenos  relacionados  ao  tema abordado. Os principais conteúdos que a abrangem são: a função  dos  alimentos  para  o  provimento  dessa  energia, calor e  temperatura,  compreender o  termo  calorias, bem como  o  valor  energético  dos  alimentos,  a  qualidade nutricional da alimentação e os efeitos na saúde.  

A unidade pode ser desenvolvida em nove aulas nas turmas de segunda série do ensino médio. 

As aulas podem ser resumidas da seguinte forma:  

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Primeira  aula:  Apresentação  da  questão  problema  e aplicação  de  um  texto  introdutório,  com  o  tema “Alimentos  –  Fonte  de  energia”,  para  que  os  alunos possam  identificar  palavras  que  eles  julguem interessantes  ou  com  significados  desconhecidos,  sendo possível  assim,  levantar  uma  pequena  discussão  em relação à  temática. Também nesta aula, deve‐se entregar aos  alunos  uma  tabela  com  a  seguinte  proposta: preencher durante  toda  a  semana  quais  alimentos  estão consumindo, para que seja discutido posteriormente.  Segunda aula:  Inicialmente, as  ideias  levantadas na aula anterior devem ser retomadas para que os alunos possam relembrar alguns pontos. A proposta para esta aula é que os  alunos  elaborem  uma  tirinha  relacionada  ao  texto discutido.   Terceira  aula:  Inicia‐se  esta  aula  com  o  experimento investigativo  do  tato.  Utilizam‐se  três  recipientes  com água  em diferentes  temperaturas  (um  com  água quente, outro  com  água na  temperatura  ambiente  e um  terceiro com  água  gelada).  Através  do  experimento  é  possível introduzir  definições  conceituais  sobre  calor  e temperatura e também calorias e joule.   Quarta  aula:  Esta  aula  consta  de  um  experimento demonstrativo‐investigativo. Trata‐se do experimento da queima do amendoim e da castanha do Pará, que tem por objetivo  evidenciar  a  quantidade  de  energia  que  é liberada após a sua combustão. Posteriormente, retomam‐se  os  conceitos  calorias,  joule  e  os  cálculos  envolvidos nessa prática.  

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Quinta  aula:  Esta  aula  é  uma  aula  de  exercícios,  que  é proposta  com  o  intuito  de  fazer  com  que  os  alunos desenvolvam um maior aprendizado através da resolução dos  problemas  envolvendo  alimentos  e  seus  respectivos valores energéticos.  Sexta  aula:  Nesta  aula  é  realizada  uma  dinâmica relacionada  à  construção  de  uma  pirâmide  alimentar. Como  sugestão,  pode‐se  apresentar  aos  alunos,  em  um banner,  o  desenho  de  uma  pirâmide  alimentar  e  seus grupos. Posteriormente, devem‐se distribuídas figuras de diversos  alimentos  com  seus  respectivos  valores energéticos, onde estas são entregues aos alunos para que os mesmos possam posicioná‐las nos  respectivos grupos da pirâmide. Ao  término, discute‐se sobre a organização da Pirâmide Alimentar.  Sétima  aula:  Nesta  aula,  os  alunos  são  separados  em grupos,  e  é  distribuída  uma  lista  contendo  diversos alimentos, porções e seus respectivos valores energéticos. A  proposta  é  que  cada  grupo  elabore  um  cardápio  de uma  alimentação  balanceada  baseada  em  uma  dieta  de uma  mulher  adulta  (2200  Kcal)  ou  um  homem  adulto (2500 Kcal).  Oitava aula: Nesta aula, os grupos de alunos apresentam os  cardápios  elaborados  na  sétima  aula.  Cada  grupo deverá  apresentar  seu  cardápio  e,  posteriormente,  o professor deve  iniciar uma discussão  sobre os alimentos escolhidos  por  eles,  podendo  desta  forma,  relacionar  as propostas dos  alunos  à  atual  realidade dos mesmos  e  a uma alimentação ideal. 

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 Nona  aula:  Nesta  aula  é  proposto  aos  alunos  que elaborem uma nova  tirinha utilizando os  conhecimentos adquiridos ao longo desta sequência de aulas.  Observação: É  importante  ressaltar a postura  interativo‐dialógica do professor durante as aulas. 

 A  UNIDADE  DIDÁTICA:  DETALHAMENTO  DAS AULAS 

 Primeira aula: Aplicação de um  texto  introdutório e da questão problema 

 Segundo  Usberco  e  Salvador  (2002),  numa  dieta 

balanceada,  a  quantidade  de  energia  contida  nos alimentos  ingeridos  deve  ser  igual  à  necessária  para  a manutenção do nosso organismo. Portanto, os alimentos são  a  fonte  de  energia  necessária  para  os  movimentos musculares,  manter  os  processos  vitais  e  temperatura corpórea, etc. Se ingerirmos uma quantidade de alimento superior  à  necessária,  o  excesso  será  transformado  em tecido gorduroso, provocando aumento de peso.  

Diante dessas  informações,  tem‐se então a  relevância em abordar esse assunto, por se tratar de um tema atual e presente no dia‐dia dos estudantes. Assim, o CBC (Minas Gerais, 2007) traz que é importante que o cidadão conheça os  valores  energéticos  dos  alimentos  e  a  relação  entre alimentação e a produção de energia.  

Ainda, de acordo com o PCN + de Química (BRASIL, 2002,  p.90),  “é  necessário  identificar  as  informações  ou variáveis relevantes em uma situação‐problema e elaborar 

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possíveis  estratégias  para  equacioná‐la  ou  resolvê‐la”. Dessa forma, segue abaixo uma sugestão de uma questão problema para o desenvolvimento da sequencia de aulas:   Questão  problema:  “Qual  a  quantidade  necessária  de alimentos  que  devemos  ingerir  para  suprir  as necessidades  do  nosso  organismo,  sabendo  que  tanto  o excesso quanto a falta são prejudiciais”? 

  Pedir  aos  alunos  que  preencham,  no  período  de uma  semana,  a  seguinte  tabela  de  dieta  alimentar  para que seja discutida na oitava aula.  

 

    Ainda, segundo o PCN + de Química  (BRASIL, 2002, 

p.228), é importante a utilização e articulação de símbolos, análise,  interpretação  e  elaboração  de  textos  e  outras formas  de  comunicação,  discussão  e  argumentação. Levando em conta essas afirmações, sugere‐se aplicar um texto  introdutório e pedir para que os alunos façam uma leitura e, em seguida, que identifiquem palavras que eles julguem  ser  interessantes  ou  com  significados desconhecidos. Por  fim  levantar uma pequena discussão em relação á temática. 

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Segue  abaixo  a  sugestão  de  um  texto  para  ser desenvolvido com os alunos:  

 Alimentos: fonte de energia 

Nosso corpo necessita de energia para nos manter vivos e, essas  provem  dos  nutrientes  dos  alimentos  que  ingerimos. A energia  dos  alimentos  é  utilizada,  entre  outras  coisas,  para realizarmos  movimento  e  manter  a  temperatura  corporal (PERUZZO;  CANTO,  2003).  As  funções  biológicas  de  nosso corpo,  como  o  funcionamento  do  coração  ou  dos  pulmões, exigem um alto consumo de energia (LEMBO, 2004). 

Quando  ingerimos  alimentos,  além  do  que  necessitamos, desregradamente,  nós  engordamos,  ou  seja,  esse  excesso  fica armazenado  no  organismo  na  forma  de  gordura;  por  outro lado, se a alimentação é insuficiente, emagrecemos, isto é, nosso organismo aproveita a gordura armazenada, queimando‐a para a manutenção de nossa atividade biológica (FELTRE, 2004). 

Resumidamente,  caloria  é uma unidade de  calor utilizada para expressar o valor energético  fornecido pelo alimento,  isto é,  a  quantidade  de  energia  que  vamos  precisar  para  tudo, durante todo o dia, até mesmo para dormir.  

De  acordo  com  os  nutricionistas,  uma  mulher  saudável precisa  consumir  alimentos  para  o  fornecimento  de, aproximadamente,  2200 kcal,  já um homem  saudável  (adulto) de  2500  kcal. A  determinação  da  quantidade  de  energia  que está armazenada em cada alimento é importante, especialmente no  planejamento  de  uma  alimentação  balanceada,  ou  seja,  a quantidade de energia que é ingerida e que é gasta.* 

A atividade  física acelera o metabolismo,  transformando a energia  química  em  energia  cinética  e  calor.  Ao  praticar exercícios o corpo esquenta, pois, durante a prática esportiva, a energia  que  provem  dos  alimentos  é  transformada  em  calor. Assim, o corpo, através de mecanismos, atua consumindo esse calor (TITO; CANTO, 2009). 

 

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Referências  FELTRE,  R.. Química,  editora Moderna,  6a  edição,  p.  98,  São  Paulo, 2004. LEMBO, Química  Realidade  e Contexto.  Editora Ática,  1a  edição,  p. 345, São Paulo, 2004. PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L.. Química na abordagem do cotidiano. Editora Moderna, 3a edição, volume 2, p.156, São Paulo, 2003. TITO;  CANTO,  Química  na  abordagem  do  cotidiano.  Editora Moderna, 5 a edição, volume 2, p.234/235, São Paulo, 2009. * eduquim.ufpr.br/matdid/quimsoc/pdf/roteiro_aluno/experimento8.pdf 

 Observações:  Deve‐se  ressaltar  que  é  de  grande importância que o professor exerça um papel mediador, dialogando e questionando os alunos durante a discussão do texto, em busca de uma melhor aprendizagem. 

 Segunda aula: Elaboração de tirinhas 

 Primeiramente,  as  ideias  abordadas  na  aula  anterior 

devem ser retomadas, relembrando a questão problema e as principais  ideias do texto. A proposta para esta aula é que os alunos elaborem uma tirinha relacionada ao texto discutido  na  aula  anterior,  a  fim  de  averiguar  seus conhecimentos prévios.  Importante:  É  necessário  que  o  professor  apresente  aos alunos  uma  pequena  explicação  do  que  vem  a  ser  um tirinha e como é possível criar uma. Esta explicação pode ser feita através de slides, vídeos, etc.   Terceira aula: Experimento do tato 

 Segundo o CBC (MINAS GERAIS, 2009, p. 20), na sala 

de  aula  é  possível  encontrar  um  sistema  social  onde 

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significados  e  entendimentos  são  tratados  e desenvolvidos.  Visando  facilitar  a  compreensão  de conteúdos  relacionados  a  calor,  temperatura,  caloria  e unidades  de  medida,  pelos  alunos,  o  professor  pode seguir as seguintes orientações: 

 Orientações: O professor deve retomar assuntos tratados na aula anterior e relembrar a questão problema com os alunos, promovendo  uma  discussão  e  argumentação  sobre  a temática da unidade em sala de aula. Em seguida é sugerido que  o  professor  crie  uma  problemática  com  a  seguinte questão  “Quando  colocamos  um  cubo  de  gelo  em  um refrigerante  “quente”,  ou  seja,  à  temperatura  ambiente,  o que acontece após um tempo?”, a fim de indagar os alunos sobre  os  conteúdos  que  serão  trabalhados  nesta  aula,  e posteriormente, realização de um experimento investigativo. O  objetivo da  atividade  é  introduzir novos  conceitos para explicação  da  situação  problema  inicial,  possibilitando  a elaboração de hipóteses e soluções para as mesmas.  Experimento do tato 

Este experimento tem como objetivo proporcionar aos alunos a compreensão de conceitos ligados a transferência de calor entre corpos com temperaturas diferentes.  Materiais: 

•  Três recipientes de plástico do mesmo tamanho •  Água gelada •  Água quente “morna” •  Água a temperatura ambiente   

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Procedimento: Adicione a cada um dos recipientes o mesmo volume de 

água a determinada  temperatura. Distribua‐os de maneira que o recipiente com água a temperatura ambiente fica entre os outros dois. 

Escolha  alguns  alunos  para  participarem  do experimento. Recomenda‐se um aluno por vez. 

Peça ao primeiro aluno que coloque uma das mãos no recipiente  com  água quente  e a outra no  recipiente  com água  gelada  e  deixe‐a  submersa  por  aproximadamente um minuto. Em seguida peça ao mesmo aluno que retire a mão  do  recipiente  com  água  gelada  e  coloque  no recipiente  que  contém  água  a  temperatura  ambiente. O aluno deve  relatar para  a  turma o que  ele  está  sentindo naquele momento. Logo após, peça que  retire a mão do recipiente  com  água  quente  e  coloque  esta  mão  no recipiente  que  contém  água  a  temperatura  ambiente. Novamente deve‐se relatar a sensação. 

Repita  esse  procedimento  com  os  outros  alunos escolhidos. 

 Considerações finais – informação ao professor 

 Durante sua realização é possível perceber que, a mão 

que estava mergulhada no recipiente com água gelada, ao ser transferida para o recipiente com água a temperatura ambiente, provoca sensação que está ficando quente;  já a mão  que  estava  mergulhada  no  recipiente  com  água quente,  ao  ser  transferida  para  o  recipiente  com  água  a temperatura ambiente, provoca sensação que está ficando fria.  Essas  sensações  acontecem  devido  a  uma 

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transferência de calor, que ocorre de um corpo com maior temperatura para um corpo com menor temperatura. 

Segundo  o  CBC  (MINAS  GERAIS,  2009,  p.  23)  o professor deve analisar frequentemente o entendimento e o  grau  de  dificuldade  de  aprendizagem  dos  alunos  em relação  às  ideias  centrais  para  as  necessárias reformulações do ensino. 

Uma das maneiras de análise pode ocorrer durante a realização  do  experimento,  onde  os  alunos  devem  ser questionados  sobre  suas  sensações  e  tentar  argumentar sobre  elas.  Após  finalização,  o  professor  deve  voltar  à questão problema que introduziu o experimento e mediar a discussão sobre a mesma. 

É  necessário,  também,  o  esclarecimento  de  alguns conceitos envolvidos nestes procedimentos. Estes podem estar  distribuídos  em  slides,  textos  elaborados  pelo professor, entre outras estratégias.  Quarta aula: Experimento – Construindo conceitos  

 Segundo o CBC (MINAS GERAIS, 2007) é essencial a 

compreensão  sobre  os  valores  energéticos  fornecidos pelos  alimentos,  a  partir  de  valores  de  diferentes alimentos  em  rótulos  de  diferentes  produtos.  Dessa forma, para que os alunos possam visualizar  e entender de  forma  mais  clara  esses  conceitos,  o  professor  pode realizar  um  experimento  utilizando  as  seguintes orientações: 

 Orientações: O professor deve iniciar a aula relembrando alguns  conceitos discutidos  na  aula  anterior de  forma  a indagar os alunos sobre o que aprenderam. Em seguida, 

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realizar o experimento investigativo que tem por objetivo determinar  o  valor  energético  da  castanha  e  do amendoim, utilizando um calorímetro de água. Ainda, é importante que, durante o desenvolvimento dos conceitos, o professor  se  atente  à  conversão de medidas utilizadas, ou seja, às unidades calorias, Calorias e Kcal. O artigo  “De  olho  nos  rótulos:  Compreendendo  a  Unidade Calorias” * apresenta uma discussão a repeito dos termos e poderá auxiliar o professor na elaboração de sua aula.   *De olho nos rótulos: Compreendendo a Unidade Calorias. Chassot, A. 

Venquiaruto, L.D.; Dellago, R. M. QNESC, 21, 2005.  Experimento: Calorias: A energia contida nos alimentos  Materiais: 

• uma balança de precisão • uma proveta (100 ml) • um erlenmeyer (250 ml) • um termômetro • um clipe para papel • uma lata com a base de fundo removida (diâmetro: 10  cm;  altura:  13  cm,  por  exemplo,  lata  de achocolatado ou leite em pó). 

• duas garras: uma para fixar o erlenmeyer e a outra para o termômetro  

• um suporte para colocar o erlenmeyer • fita adesiva • 1 amendoim e 1 castanha‐do‐Pará  

Procedimentos: Pesar a metade de uma castanha e anotar sua massa 

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Pesar um amendoim e anotar sua massa. Pesar o erlenmeyer e tarar a balança.  Medir 100 ml de água e transferir para o erlenmeyer. 

Pesar novamente (erlenmeyer + água), e anotar o valor da massa (já que a balança encontra‐se marcado com o peso da tara, valor corresponde é o da água). Com o auxílio do termômetro,  verificar  a  temperatura  da  água (temperatura inicial). 

Dobrar um  clipe  formando um apoio para  segurar a amostra.  

Fixar o clipe na base do suporte com fita adesiva para prender a amostra. 

Fixar o erlenmeyer contendo água no suporte, com o auxílio da garra e aproximá‐la o mais próximo possível de onde  será  formada  a  chama,  para  que  as  perdas  de energia sejam minimizadas. 

Na  outra  garra  prender  o  termômetro.  É  necessária atenção  para  que  o  termômetro  não  encoste  sobre  a parede  do  erlenmeyer,  caso  contrário  haverá  erro  na leitura da temperatura. 

Para  que  haja  a  queima  do  material  é  necessário aproximar  o  fósforo  da  amostra  e,  depois  de  iniciada  a combustão, deve‐se manter a  chama do  fósforo próxima do material por mais  alguns  instantes. Caso  contrário,  a combustão  da  amostra  pode  ser  interrompida prejudicando o desenvolvimento do experimento.  

Envolver  o  alimento  com  lata  de  fundo  removido assim  que  se  iniciar  a  combustão,  com  a  finalidade  de proteger os alunos da chama e minimizar a perda de calor para  o  ambiente. Quando  o  alimento  estiver  totalmente queimado  verificar  a  temperatura da  água  (temperatura final). 

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O experimento está representado nas figuras:  

                  Figura 1: Sistema para início    Figura 2: Sistema com o alimento  da combustão do alimento.                       em combustão.  Observações:  Para  a  realização  do  experimento  é necessário que se use uma quantidade mínima de 100 ml de água. Se  for usado um volume  inferior a este, a água poderá  entrar  em  ebulição. Nestas  condições,  a  energia liberada  na  queima  da  amostra  será  aproveitada  na mudança de estado físico da água, impossibilitando assim a realização adequada do experimento. 

Ao  término  do  experimento,  através  dos  valores obtidos pela  temperatura  (final e  inicial) da água, massa da  água  e  massa  da  amostra,  é  possível  calcular  a quantidade de energia que foi liberada pela reação.  

A unidade de medida de energia de calor e  trabalho no  sistema  internacional  (SI)  é  o  joule  (J).  Entretanto, ainda  é  bastante utilizada  a unidade  caloria  (1  caloria  = 4,184 J e   J = m2 kg s‐2). 

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Assim,  a  quantidade  de  calor  recebida  pela  água  é dada pela seguinte expressão: 

Q = m.c.ΔT Onde: Q= quantidade de calor (cal); M= massa da água (g); c= calor específico (cal/g°C) e ΔT= a variação de temperatura (°C); No caso particular da água, o calor específico é igual a 

1  cal  /g  ºC,  logo,  numericamente  pode‐se  utilizar  a seguinte relação: 

Q = m. ΔT  Onde: Quantidade de energia liberada = Massa da solução x 

ΔT  ΔT = variação de temperatura, em graus Celsius. Para determinar  a  energia  característica do  alimento 

consumido, utiliza‐se a seguinte equação:  Q = quantidade de energia liberada                  Massa do alimento  O  valor  encontrado  corresponde  ao  valor  energético 

do alimento.  

Quinta Aula: Exercícios  Nessa  aula  é  sugerido  ao  professor  que  peça  aos 

alunos  que  resolvam  exercícios,  os  quais  demandam  a interpretação de gráficos e de tabelas. Segundo o PNLEM (2008,  p.76),  é  necessário  que  as  imagens  não  tenham 

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apenas  o  aspecto  ilustrativo,  mas  que  auxiliem  na compreensão e que enriqueçam a leitura do texto, e assim, permitam  aos  alunos  desenvolver  características investigativas e, a partir da  interpretação, tomar decisões e  realizar  cálculos  básicos  em  relação  à  energia  dos alimentos, e suas unidades. 

 Sugestão de exercícios: 

 Exercícios 

 Analise os esquemas mostrados abaixo e responda as 

questões 1 a 4:  

 1)  Qual  dos  alimentos  mostrados  fornece  mais 

energia? 

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2)  Qual  dos  alimentos  mostrados  fornece  menos energia? 

3)  Admitindo  que  uma  pessoa  vá  correr  por  34 minutos e que a energia necessária para  isso  seja obtida exclusivamente por meio da ingestão de sorvete, quantos sorvetes iguais ao mostrado no esquema ela deve ingerir? 

4)  Sabendo  a  equivalência  entre  quilocaloria  (kcal)  e quilojoule  (kJ), converta o conteúdo calórico de cada um dos quatro alimentos, que estão em kcal, para kJ. 

5)  Conhecendo  as  composições  da  carne  de hambúrguer  e  do  pão,  dadas  na  tabela  e,  utilizando  os valores energéticos abaixo, responda: 

 Carne de Hambúrguer 

(100 g) Pão (25 g) 

24 g de proteína  12,50 g de carboidrato 20 g de gordura  2,50 g de proteína 56 g de água  1,25 de gordura 

  8,75 g de água  Carboidratos = 17 kJ/g ou 4,0 kcal/g Proteínas = 17 kJ/g ou 4,0 kcal/g Gorduras = 38 kJ/g ou 9,0 kcal/g  a) Calcule o valor energético obtido pela ingestão de 

um  pão  de  25  gramas  e  um  hambúrguer  de  100 gramas 

 b) Determine  quanto  tempo  (minutos)  uma  pessoa 

deveria caminhar para consumir a energia obtida na  ingestão  do  lanche  mencionado  no  item  a, 

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sabendo que 1 hora de  caminhada  consome 1100 kJ. 

 Exercícios extraídos das seguintes referências:  PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. Química: na abordagem do cotidiano. São Paulo: Ed. Moderna, 4ª Edição, 2010. 207p. USBERCO,  J.;  SALVADOR,  E.  Química.  São  Paulo.  Ed. Saraiva, 5ª Edição, 202. 672p.  

Sexta aula: Construindo a pirâmide alimentar  Segundo o CBC (MINAS GERAIS, 2007) é importante 

compreender a relação entre a alimentação e a produção de  energia,  ou  seja,  a  função  dos  alimentos  para fornecimento  de  energia  para  o  organismo.  É  essencial conhecer, também, os valores energéticos dos alimentos e compreender  a  relação  do  consumo  de  alimentos  de diferentes  grupos.  Assim,  para  que  os  alunos  possam compreender  e  reconhecer  as  diferentes  classes  de alimentos  e  seus  valores  energéticos,  o  professor  pode propor  a  elaboração  de  uma  pirâmide  alimentar  pelos alunos, de acordo com as seguintes orientações: 

• Utilizar  uma  pirâmide  alimentar  grande, pendurada na parede ou projetada  (transparência slide, cartaz, etc.); 

• Confeccionar  diversas  figuras  de  alimentos  com suas respectivas porções e valores energéticos; 

• Disponibilizar de 2 a 3 figuras para cada aluno; • Solicitar que os alunos coloquem os alimentos na 

pirâmide  de  acordo  com  o  grupo  a  que  este alimento pertence; 

• Por fim, promover uma discussão em sala de aula. 

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A  seguir,  segue  um  exemplo  de  pirâmide  que  pode ser utilizado para a proposta: 

 

  Sétima aula: Elaborando uma dieta ideal 

 É  importante que o professor  inicie a aula  fazendo a 

retomada  das  ideias  abordadas  na  aula  anterior  e relembrar a questão problema com os alunos.  

Nesta  aula,  os  alunos  devem  elaborar  um  cardápio, incluindo  todas  as  refeições  diárias,  para  uma  dieta considerada ideal para um homem (2500 Kcal) ou mulher (2200  Kcal),  ambos,  não  praticantes  de  atividade  física regular.  Sugestão: Para padronizar as dietas, orientar e facilitar o desenvolvimento  do  trabalho  é  sugerido  ao  professor distribuir  uma  tabela  com  vários  itens  que  deverão  ser preenchidos, para cada grupo.  

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Orientações: O professor deve solicitar aos alunos que se dividam em grupos de aproximadamente quatro pessoas e,  após  a  organização,  entregar  uma  tabela  com  dados sobre os alimentos mais comuns no dia a dia dos alunos, que servirá como base para a elaboração da dieta.  

 Oitava aula: Apresentação e discussão das dietas 

 Nesta aula, os alunos deverão apresentar os cardápios 

(dietas)  elaborados  pelos  grupos  na  aula  anterior, justificando suas escolhas e discutindo com a turma. Cabe ao professor mediar essa discussão para que a mesma seja produtiva. Ao  término  das  apresentações  dos  grupos,  é sugerido  ao professor que,  a partir das dietas  entregues pelos alunos no inicio da unidade, elabore uma dieta que seja  comum  à  maioria  dos  alunos.  Para  orientar  as discussões,  o professor pode  apresentar  aos  seus  alunos uma dieta considerada ideal e outra vegetariana, uma vez que  esta  última  trata‐se  de  um  assunto  comum,  atual  e relevante.  Em  seguida,  faça  comparações  entre  as  três dietas.  Caso  o  professor  utilize  a  dieta  vegetariana,  ter atenção  em  discutir  a  necessidade  de  suprir  a  falta  de proteínas  que  a  ausência  de  carne  causa.  Também  é necessário analisar as dietas sugeridas com o contexto da turma,  pois  podem  existir  alimentos  que  não  sejam comuns em sua região ou não sejam de conhecimento dos alunos. 

 Nona aula: Reelaboração da tirinha 

 Solicitar  aos  alunos  que  elaborem uma nova  tirinha, 

como  na  primeira  aula,  com  o  objetivo  de  analisar  o 

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quanto  de  conhecimento  foi  construído  ao  longo  do desenvolvimento da Unidade Didática.     REFERÊNCIAS   BRASIL.  Ministério  da  Educação.  Catálogo  do  programa nacional  do  livro  didático  para  o  ensino  médio  – PNLEM/2009.  Brasília:  Secretaria  da  Educação  Básica  ‐  SEB. Fundo  Nacional  de  Desenvolvimento  da  Educação  ‐  FNDE, 2008. BRASIL. Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Média  e  Tecnológica  (Semtec).  PCN  +  Ensino  médio: orientações  educacionais  complementares  aos  Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 2002. MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Conteúdos Básicos  Comuns:  Proposta  Curricular  –  Química  –  Ensino Médio. Belo Horizonte: SEE, 2007. ______. Secretaria do Estado de Educação. Conteúdos Básicos Comuns: Proposta Curricular – Química – Ensino Médio. Belo Horizonte: SEE, 2009. MORTIMER,  E.  F.;  MACHADO,  A.  H..  Química.  Editora Scipione, v.2, p.79, 2008. USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química Editora Saraiva, v.2, p. 131, 2006.  ______. Química. Editora Saraiva, v. único, p.318, 2002.     

  

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UNIDADE DIDÁTICA:  QUÍMICA DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS 

  

 Anne Carolina de Carvalho, Brígida Isabel de Siqueira,  Izabella Caroline do Nascimento, Luanna Gomes de Gouvêa, Richard Arantes Paixão, Renata de Castro Magalhães, Silvana Marcussi, Rita de Cassia Suart 

  

INTRODUÇÃO  

Nos  dias  de  hoje,  a  necessidade  de  associação  entre temas  ligados a educação ambiental e a educação escolar vêm aumentando constantemente, fazendo com que uma concepção  de  Educação  Ambiental  seja  trabalhada  nas escolas  através de  aulas diferenciadas. Dessa maneira, o papel  do  professor  é  estratégico,  pois  não  há mudança educacional  ou  proposição  pedagógica  sem  que  haja  o envolvimento entre professores e alunos possibilitando o processo de  aprendizagem,  uma  vez  que  os  professores são  elementos  mediadores  das  experiências  educativas dos alunos (LIBÂNEO, 2010). 

Esta  Unidade  Didática  tem  por  objetivo  apresentar atividades  relacionadas  ao  cotidiano  dos  alunos, envolvendo  conteúdos  químicos  relacionados  à  temática ʺmateriais  recicláveisʺ, permitindo aos alunos participarem de  um  processo  de  ensino  aprendizagem  diferenciado  e contextualizado. As atividades experimentais correlacionadas a  materiais  recicláveis  podem  se  mostrar  estratégias 

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facilitadoras do trabalho pedagógico, além de contribuírem para a formação cidadã e construção do conhecimento.  

As atividades desta unidade são divididas da seguinte maneira e, podem ser  trabalhadas com as  terceiras séries do Ensino Médio: 

 Atividade 1: Vídeo “Ilha das flores” Atividade  2:  Aula  prática  investigativa:  Aula  de  fotos e/ou filmagem do lixo gerado na escola Atividade 3: Produzindo sabão Atividade  4:  Avaliação  das  habilidades  desenvolvidas durante as ações.  

 DETALHAMENTO DAS AULAS 

 Atividade 1: Vídeo “Ilha das flores”  Questão  Problema:  Como  o  consumismo  pode  ser gerador de problemáticas sociais? 

 Objetivos:  Discutir  com  os  alunos  a  problemática  do consumismo e a geração de lixo na sociedade, bem como a  má  distribuição  e  desperdício  dos  alimentos  e,  a desigualdade social. 

O  documentário  mostra  como  a  economia  e  o consumismo  geram  relações  desiguais  entre  os  seres humanos  na  sociedade,  relatando  a  trajetória  de  um tomate desde a  colheita até o  seu descarte em um  lixão, chamado Ilha das Flores. Ou seja, de acordo com o filme: “O tomate foi plantado pelo senhor Suzuki e trocado por dinheiro  com  o  supermercado,  e  também  trocado  pelo dinheiro que dona Anete  trocou por perfumes  extraídos 

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das flores. Foi recusado para o molho do tomate e jogado no lixo. Recusado pelos porcos como alimento, está agora disponível para os seres humanos da Ilha das Flores”.  

Assim,  o  professor  pode  abordar  temas  como consumismo,  desigualdade  social  e  fome,  de  forma  a despertar a atenção dos estudantes para questões sociais e ambientais, proporcionando reflexões e discussões. 

 Material: 

O  vídeo  “Ilha  das  flores”  pode  ser  obtido  no  link: http://portacurtas.com.br/curtanaescola/Filme.asp?Cod=647.  

 Para  apresentação  do  documentário  são  necessários 

de  13  a  15  minutos  da  aula,  em  seguida,  discussões podem  ser  geradas  utilizando  o  roteiro  abaixo,  descrito por  MORANDI  (2001)  e  adaptado  conforme  as necessidades do professor e as peculiaridades das turmas.  

A  investigação  poderá  ser  iniciada  com  o  roteiro  de observação/problemáticas.  O  professor  poderá,  como sugestão, seguir o roteiro abaixo para discussão sobre as questões envolvidas no documentário, após a exibição do filme. Assim, iniciar uma conversa colocando as questões centrais  envolvidas  no  filme,  buscando  junto  aos estudantes, suas opiniões e colocações: 

 • Estabelecer  ligação  entre  o  Sr.  Suzuki,  o 

supermercado e a família de dona Anete.   Sugestão:  Mostrar  que  tudo  se  encontra  interligado, embora  estejam  sendo  produzidos  e  circulando  em espaços diferentes e distantes.  

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• Dentro  do  processo  produtivo  apresentado  pelo filme,  o  tomate  assume  papel  de  alimento  ou  de mercadoria? Justificar.  Sugestão: No modo  de  produção  capitalista  o  alimento torna‐se  também  mercadoria  e  só  pode  ser  adquirido mediante  a  compra  ou,  então,  nas  condições  em  que  se encontram os seres humanos da Ilha das Flores.   

• A  cena  apresentada,  onde  o  homem  consome  os produtos  recusados  pelos  porcos,  pode  ser  considerada como uma situação (fenômeno social) de racionalidade ou de irracionalidade? Justificar.  Sugestão: Discutir que a aparente irracionalidade dos atos mostrados  é  fruto  das  relações  racionais  estabelecidas entre os seres humanos pela  lógica da sociedade na qual se encontram inseridos.  

• No  percurso  realizado  pelo  tomate,  desde  o  lixo até o consumo dos porcos, é possível  identificar a busca pelo lucro? Justificar.   Sugestão: Destacar  que  os  produtos  considerados  como lixo podem estar sendo utilizados como fonte de renda ou mesmo  proporcionando  lucros. O  lixeiro,  ao  recolher  o lixo,  já  vislumbrou  a  possibilidade  de  obter  um  ganho extra,  caso  encontrasse  ali,  material  orgânico  para  ser vendido  ao  criador  de  porcos. O  criador  de  porcos,  ao comprar  o  lixo,  adquiriu  alimentos  baratos  para  seus porcos, reduzindo despesas com a  intenção de aumentar os lucros quando os animais fossem vendidos.  

• Por que e para que produzimos?  

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Sugestão:  Discutir  a  ideia  de  que,  se  o  objetivo  da produção  de  alimentos  fosse  apenas  voltado  para  as necessidades  das  pessoas,  e  não  para  a  aquisição  de riqueza material  e  pessoal,  certamente  não  haveria  por que existir a “Ilha das Flores”.  

• “Recordar é viver”!   Sugestão: Abordar o motivo que levou o autor a destacar tal  frase. Traçar um paralelo  em  relação  ao  consumo de bens considerados supérfluos.  

• Quais  os  papéis  sociais  representados  pelos habitantes da  Ilha das Flores, pelo Sr. Suzuki e a  família de dona Anete?   Sugestão  Mostrar  os  diferentes  papéis  desempenhados  por  cada membro  da  sociedade  dentro  do  processo  produtivo. Tentar  envolver  os  alunos,  questionando  qual  é  o papel que eles desempenham na sociedade, o papel de seus pais e de outras pessoas de seu convívio. 

 Nota: *Roteiro adaptado de MORANDI, S. Espaço e Técnica. São  Paulo,  CEETEPS/COPIDART,  2001.  Retirado  de: http://www.educared.org/global/educared?CE=br 

 Atividade  2.  Aula  prática  investigativa:  Aula  de  fotos e/ou filmagem do lixo gerado na escola. 

 Questão Problema: Como  identificar se o  lixo é reciclável ou não?  

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Objetivos: • Criar  condições  para  que  o  aluno  reflita  sobre  a 

possibilidade de interferir nos encaminhamentos dados à produção  e  destinação  do  lixo  produzido  por  ele,  no espaço escolar e, em seu cotidiano particular extraclasse. 

• Valorizar ações coletivas que gerem melhoria das condições de vida no ambiente escolar, assim como ações individuais que alterem,  também, de  forma positiva, seu cotidiano particular. 

• Informar  sobre  os  tipos de materiais descartados pelo homem, suas formas de reutilização ou reciclagem e procedimentos  de  higiene  e  segregação  adequados  ao aproveitamento dos mesmos.  

 Metodologia:  

Esta  atividade  pode  ser  realizada  em  duas  aulas, sendo elas, mediadas conforme sugestões apresentadas a seguir. 

 1ª aula da atividade 2: Os alunos serão informados sobre como  ocorrerá  à  atividade,  sendo  orientados  a  se atentarem às questões  referentes à geração e descarte de diferentes tipos de lixo, que serão levantadas durante esta aula,  uma  vez  que,  estas  deverão  ser  usadas  para direcionar a pesquisa de campo que será feita durante os intervalos entre as aulas.   

Os alunos serão orientados a investigar o lixo presente na  escola  e,  trazer  para  a  próxima  aula,  evidências  dos materiais  que  estão  sendo  descartados  na  escola,  bem como,  a  forma de descarte.  Para  isso,  eles deverão  tirar fotos  e/ou  filmar  o  lixo  em diferentes  setores da  escola, como:  cantina,  sala de aula,  secretaria  (xerox) e  sala dos 

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professores;  e  realizar  entrevistas  com  pessoas descartando materiais  na  escola, durante  os  horários de intervalo  entre  as  aulas.  Após  a  coleta  dos  dados,  eles deverão investigar e discutir, juntamente com o professor e  colegas  durante  a  aula,  os  tipos  de  materiais descartados,  a  quantidade  descartada,  as  condições  de descarte  e  os  destinos  dados  a  eles. Assim,  o  professor mediará  discussões  colocando  questões  que  busquem, junto aos estudantes, seus conhecimentos e opiniões sobre o tema. 

Os  alunos  poderão  pensar  e  propor  soluções  para problemas existentes, e ainda,  identificar e  trazer para as discussões  da  aula  seguinte,  problemas  existentes  em outros  locais  por  eles  frequentados,  como  suas residências, outras escolas, praças, ruas, terrenos baldios, margens de rios, etc. 

Como sugestões, após a apresentação das orientações relacionadas  a  esta  atividade,  os  alunos  serão questionados acerca de problemas e soluções relacionados à  geração,  descarte  e  destinação  do  lixo  da  escola, conforme descritos a seguir: 

 • Há  algum  processo  de  separação  do  lixo  na  sua 

escola? Se há quem faz essa separação? • Quem cuida da coleta do lixo separado? • Qual o destino do lixo produzido e separado? • Qual o destino do restante do lixo (orgânico)?  • Dar  exemplos  dos  possíveis  destinos  que 

permitam  o  aproveitamento  de  materiais orgânicos,  não  apenas  a  compostagem,  mas, também, a alimentação de animais, etc. 

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• Quais as vantagens de se separar o lixo e reciclar a maioria dos materiais? 

• Se o  lixo da escola não for separado, eles deverão questionar o porquê desta não separação. 

• O  lixo  misturado  neste  caso  seria  levado  para onde? 

• Quais problemas podem ser gerados pelo lixo não separado?  

• De que  forma  cada um de vocês pode  contribuir para  a  diminuição  da  quantidade  de  lixo produzido  na  escola?  Vocês  se  alimentam  da comida  que  a  escola  fornece,  trazem de  casa,  ou compram  na  cantina?  Exemplifiquem  estes alimentos  e  as  embalagens  que  eles  contêm para que possam ser discutidas formas de minimizar a contribuição dos alunos como poluidores.  

• Tentar  fazer  comparações  entre  o  estilo  de  vida atual e o de nossos bisavós e avós. Onde estamos errando?  

• Incentivar  movimentos  liderados  pelos  alunos para  a  promoção  de  ações  que  resultem  em melhorias do ambiente escola,  familiar, público  e meio ambiente em geral. 

• Nossos bisavós  e  avós  aproveitavam  as gorduras animais  para  fazer  sabão,  assim  como  os  óleos resultantes de frituras. 

• Além  disso,  carregavam  carrinhos  de  feira  e grandes  sacolas de  fibra, pano ou plástico grosso para  levar  as  compras,  não  fazendo  uso  das sacolinhas  de  supermercado  que,  em  alguns lugares, ainda são usados hoje em dia. 

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• Quando  faziam  compras  em  supermercados  ou mercearias, sempre escolhiam alimentos saudáveis como  frutas,  verduras  e  legumes,  fazendo pouco uso de produtos industrializados com embalagens plásticas  e  repletos  de  aditivos  químicos  (ex: conservantes, anabolizantes, corantes, etc.). 

• Utilizavam os restos de comida, frutas, verduras e legumes,  impróprios  para  o  consumo  humano, para alimentar os animais ou  fazer compostagem para fertilizar o solo e nutrir as plantas. 

 OBS: o professor poderá propor uma atividade similar à descrita anteriormente, em outro ambiente, caso a escola já possua um programa de separação e destinação correta. 

 OBS: nesta 1ª aula o professor marcará um horário  com os alunos para auxilia‐los na compilação de dados, fotos e filmes a serem utilizados na aula seguinte. 

 2ª aula da atividade 2: Nesta aula, os alunos apresentarão as  fotos  e  vídeos  produzidos  na  ação  anterior  e,  os resultados  podem  ser  classificados  utilizando  o  quadro abaixo  como  modelo,  considerando  os  locais  de investigação.  Outras  tabelas  podem  ser  adaptadas  para investigações  em  locais  diferentes  como,  por  exemplo, para  as  residências  (banheiro,  quartos,  cozinha,  quintal, etc.) e locais públicos (ruas, praças, terrenos baldios, rios, etc.).    

    

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Tabela 1. Quantidade de materiais gerados em diferentes locais da escola. 

LOCAL DE GERAÇÃO DO LIXO MATERIAL 

Pátio da escola 

Sala de aula 

Secretaria (xerox) 

Sala dos professores 

Vidro         

Papel         

Metal         

Plástico         

Material orgânico 

       

Em dúvida (misturas) 

       

 Tabela  2.  Condições  de  descarte  de  materiais  gerados  em diferentes locais da escola. 

CONDIÇÕES DOS MATERIAIS/OBJETOS 

Sujo com produtos químicos ou orgânicosMATERIAL 

Limpo Líquido  Sólido / 

Pastoso Adesivo  

Vidro         

Papel         

Metal         

Plástico         

Material orgânico 

      

 

Em dúvida (misturas) 

      

 

 

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As  embalagens  que  causarem  dúvidas  quanto  à classificação devem ser colocadas na  linha “Em dúvida”. Também  deverão  ser  anotados,  o  tipo  e  o  número  de embalagens  que  não  se  encontram  em  condições  de reciclagem, devido à  forma em que  foi descartada, como por  exemplo,  embalagens  contendo  resíduos  orgânicos, cola etc. Assim, durante a classificação do  lixo, os alunos deverão  ser  orientados  a  verificar  se  os materiais  estão sendo descartados de forma a possibilitar a reciclagem.      

Em  seguida, novas discussões  serão geradas,  e neste momento, os alunos já terão desenvolvido conhecimentos para  responder  a maioria  dos  questionamentos  gerados na  aula  anterior. As questões  lançadas na primeira  aula podem  ser  retomadas  e  discutidas,  assim  como,  novos questionamentos  poderão  surgir  adaptando‐se  às situações  geradas  pela  atividade,  conforme  exemplos  a seguir:  

 • Quais  os  problemas  que  o  lixo  misturado  pode 

gerar ao meio ambiente e ao homem?  • Atentar  para  os  tipos  de  materiais  ‐  plásticos, 

papel,  metais  ‐  e  as  diferentes  consequências implícitas  ao  descarte  inadequado  de  cada  um deles. 

• De  que  forma  eu  posso  contribuir  para  a diminuição da quantidade de  lixo produzido  em minha escola?  

• Caso  os  alunos  não  tenham  ideias,  sugerir algumas (ex: trazer frutas de casa; trazer de casa o suco sempre na mesma garrafinha plástica; evitar a compra e consumo de alimentos que contenham 

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embalagens  poluidoras;  utilizar  canecas  ou garrafas plásticas  reutilizáveis para  beber  água  e sugerir que os  copos plásticos  sejam  substituídos em toda a escola, inclusive os de café utilizados na sala dos professores, reduzindo gasto de dinheiro desnecessário  e  geração  de  lixo;  e  quando  for realmente  necessário  o  descarte  de  materiais recicláveis,  proceder  de  forma  correta,  ou  seja, sempre  higienizando  as  embalagens  que  serão descartadas  e  colocando‐as  nos  locais  de  coleta seletiva sem misturá‐las ao lixo orgânico).  

• Dar  exemplos  dos  possíveis  destinos  que permitam  o  aproveitamento  de  materiais orgânicos,  não  apenas  a  compostagem,  mas também  a  alimentação  de  animais,  produção  de biodiesel, etc. 

• Tentar  fazer  comparações  entre  o  estilo  de  vida atual e o de nossos bisavós e avós. E novamente, fazer  com  que  os  alunos  reflitam  sobre  as consequências  do  progresso  e  como  podemos cuidar  do  meio  em  que  vivemos  sem  atrasar  o desenvolvimento econômico, industrial, social, etc.  

 Ações  esperadas  para  trabalhos  posteriores  às  duas atividades propostas: 

− Elaboração de cartazes conscientizando os demais alunos da escola para ações de redução do lixo. 

− Propostas de reciclagem. − Implantação da coleta seletiva, caso esta ainda não 

exista na escola. − Incentivo  a  separação  e  descarte  adequado  de 

materiais  recicláveis  através  de  comunicações 

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realizadas  no  pátio  da  escola  para  toda  a comunidade  escolar  e,  também,  por  meio  de informações disseminadas por professores. 

−  Incentivo  a  separação  e  descarte  adequado  de materiais  recicláveis  também  nas  residências  dos alunos. 

− Motivar  os  alunos  a  escolherem  outro  local  de ação fora da escola, que eles possam frequentar na presença  da  professora,  para  trabalharem  com  a sensibilização ambiental e implantação do sistema de separação e coleta adequadas.  

 Atividade 3: Produzindo sabão 

 Questão Problema: Como gordura “limpa” gordura? 

 Objetivo:  Fabricar  sabão  a  partir  de  óleo  comestível usado e discutir com os alunos como é importante reciclar materiais.  

 Metodologia:  Durante  a  realização  do  experimento,  os conteúdos  didáticos  apresentados  poderão  ser trabalhados  com  os  alunos  de  forma  teórica  antes  e durante  a  aula  experimental  sobre  elaboração  de  sabão, sendo  abordados  diferentes  temas  correlatos  e levantando‐se  questionamentos  que  induzam  a  reflexão por parte dos alunos, conforme exemplos abaixo:  Conceitos: 

Diferença de polaridade entre água e óleo.   Tensão superficial da água.  Estrutura e ação do sabão. 

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A produção de bolhas de sabão (espuma).  Ácidos  carboxílicos  e  seu  papel  na  produção  do sabão. 

Saponificação.  

Questionamentos:   Como  o  sabão  tira  a  gordura  se  ele  é  feito  de gordura? 

O  que  acontece  na  reação  de  gordura  com  uma base forte? 

Qual a ação do sabão na limpeza?  Qual a diferença entre sabão e detergente?  Para você o que é um sabão?   E do que ele é feito?   Cite três termos químicos que se relacionam com o tema sabão? 

Os  sabões  e  detergentes  são  poluidores  do ambiente? Por quê?  

Todos  os  tipos  de  sabões  e  detergentes  são poluidores do ambiente? 

 Os  conteúdos  teórico‐práticos  a  serem  trabalhados 

durante  esta  atividade  podem  ser  encontrados  no  livro “Química e sociedade”, volume único, Editora Nova Geração.  

  OBS: Verificar a possibilidade de inserção de uma oficina de elaboração de sabonetes, detergentes, a  fim de que os próprios  alunos  possam  produzir  esses  materiais, possibilitando  maior  interação  entre  eles  e aprofundamento  dos  conteúdos.  Serão  necessárias  duas ou mais aulas para completar a atividade.  

 

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Materiais para a produção do sabão: • 200 mL de óleo usado em frituras • 100 mL de água • 100 mL de solução alcoólica a 10% • 50 g de soda cáustica (NaOH); • Vinagre para controlar o pH • Papel indicador • Béquer de 500 mL • Vidro relógio • Bico de bunsen • Tela de amianto • Bastão de vidro • Formas para a fabricação do sabão   

Procedimento:  Dissolver os 50 g soda cáustica (NaOH) em 100 mL 

de solução alcoólica a 10%.   Em um béquer de 500 mL, adicionar lentamente a 

solução ao óleo e aquecer lentamente; mexer com cuidado a cada minuto. Em seguida, adicionar lentamente vinagre e  controlar  o  pH  entre  6  e  7  com  a  ajuda  de  um  papel indicador. Mexer por 20 minutos utilizando um bastão de vidro.  

Despejar em formas.   Desenformar após 24h.   Cortar em barras.  

  Atividade 4: Avaliação das habilidades desenvolvidas durante as Ações 

 Sugere‐se,  nesta  última  aula,  que  sejam 

disponibilizados aos alunos, papel,  lápis de  cor e giz de 

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cera, para que estes possam expressar os  conhecimentos desenvolvidos  ou  aprimorados  durante  as  ações  da unidade, por meio de desenhos. Os alunos que preferirem se expressar por meio da escrita também poderão fazê‐lo acrescentando textos ao desenho ou, escrevendo um texto, com no máximo 30 linhas. 

   

REFERÊNCIAS  BURGER, Luiza Maria; RICHTER, Hans Georg. Anatomia da madeira. São Paulo: Nobel, 1991. SANTOS, W. L. P.  ; MÓL, Gerson de Souza  ; MATSUNAGA, Roseli  Takako  ;  DIB,  Siland Meiry  França  ;  CASTRO,  Eliane Nilvana F de ; SILVA, Gentil de Souza ; SANTOS, Sandra Maria de Oliveira  ;  FARIAS,  Salvia  Barbosa. Química  e  Sociedade: manual  do  professor  do  volume  único.  1.  ed.  São  Paulo: Editora Nova Geração, 2005. v. 1. 168p.  LEHNINGER, Albert L.; NELSON, David L.; COX, Michael M. Lehninger Princípios de bioquímica. 4.ed. São Paulo: Sarvier, 2006. xxviii, 1202 p  LIBÂNEO,  J.  C.  Adeus  professor,  adeus  professora?: Novas exigências  educacionais  e  profissão  docente.  São  Paulo: Cortez, 2010. 102 p NETO,  Z.  G.  O;  PINO,  D.  C.  J.  Trabalhando  a  química  de sabões e detergentes. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Química. Disponível em: www.iq.ufrgs.br/aeq/ html/publicacoes/matdid/ livros/pdf/sabao.pdf