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UCS-VIRTUAL NUCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL OTTO HOFFMANN NOSSAS APRENDIZAGENS: ALUNOS DO 6º ANO PESQUISANDO, CONSTRUINDO, CRESCENDO PROFESSORES ORIENTADORES DO 6º ANO: RONALDO FLECK E PAULA ALESSANDRA SCHOELER Nova Petrópolis, setembro de 2016

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UCS-VIRTUAL NUCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL OTTO HOFFMANN

NOSSAS APRENDIZAGENS: ALUNOS DO 6º ANO PESQUISANDO, CONSTRUINDO, CRESCENDO

PROFESSORES ORIENTADORES DO 6º ANO: RONALDO FLECK E

PAULA ALESSANDRA SCHOELER

Nova Petrópolis, setembro de 2016

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PROFESSORES COLABORADORES:

Arlete Beck – Língua Alemã Daniele Goetz - Matemática Ezra Cristina Martinelli Mattivi – Música Equipe Administrativa da Escola: Diretora: Cristiane Lamb Ludwig Vice-diretora: Maria Dolores da Silva Viana Secretária: Adriana Regina Soares Pedroso Coordenação e organização dos projetos de pesquisa: Maria Cristina Santana dos Santos Xavier

ALUNOS PARTICIPANTES DO 6º ANO:

Alcemar Heineck Júnior Alessandro Vitor Heineck Amina Dabbous Monteiro Ana Carolina dos Santos da Silva Ana Sabrina Wottrich Fucks Artur Eduardo Dalke Bárbara Machado Zühl Camila Thiele Pellenz Carlos Edvino Roloff Júnior Dener Patrike Kumm Eduarda Ramos Eduardo Bonho Eduardo Silva de Campos Emelly Maiara Führ Pereira Gabriel Eduardo Konrath Gabriel Schneider de Assis Antonio Jean Carlo Beck Júlio César dos Santos Krisley Caroline Thiele Lucas Castro Marin Luiza Guimarães Mateus Follmer Matos Mayke Jordane Dias Witt Mickaela Bühler Richard Leal Soares Róger Ruhnt Piffer Samuel Luan Andres Thalysson Yuanes Dias Witt Saimon Dapper Torcheto Laurenzi Tomiazzi Almeida Júnior Jaine Pohlmann de Freitas

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APRESENTAÇÃO

A curiosidade é inerente ao ser humano. Nascemos curiosos por saber o que nos aguarda

fora do reduto aconchegante e quentinho da barriga da mamãe. Crescemos com expectativa do

que virá. Sofremos com a falta de poder para saber o que há por trás de determinada situação.

Há se tivéssemos, a capacidade de descobrir o mundo sem ter que ir em busca! Fechar os olhos

e, ao abri-los, o novo, aquilo que desejávamos saber, estivesse ali.

Penso que a vida não teria o sabor da descoberta. Imagino que viveríamos entediados sem

ter, a cada dia, uma novidade a ser investigada, uma curiosidade a ser descoberta e saciada.

Vivemos em mundo a ser investigado constantemente pois o novo dura pouco tempo.

Sempre alguém está inventando, descobrindo, construindo e descontruindo, almejando, querendo

ir a fundo. E nessa roda viva do descobrir, é preciso organizar, sintetizar e falar sobre as bem-

aventuranças do pesquisar. Sim, porque a pesquisa nos remete a investigar e este processo

requer minucias a fim de que o resultado do que foi investigado, estudado possa satisfazer a

curiosidade ou, nos apresentar uma nova possibilidade de pesquisa.

E foi com essa curiosidade, natural nas crianças, e muitas vezes esquecidas por nós

adultos, que os alunos do 5º e 6º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Otto Hoffmann,

foram desafiados, no primeiro semestre deste ano, a trabalhar com a pesquisa como um

procedimento didático.

As turmas tiveram que ir a campo. Sair e caminhar pelo bairro, entrar em casas, conversar

com transeuntes e descobrir por si mesmos, que educação também se faz fora da escola.

Os professores foram convidados a embarcar, junto com as crianças, nesta jornada em

busca de informações. Orientando, guiando e incentivando, os docentes saíram para o

acostamento e deixaram passar o carro veloz dos alunos com suas ideias e expectativas!

Por algumas aulas, nossos alunos roubaram a cena e, de coadjuvantes, passaram à atores

principais e mostraram que são capazes de contribuir e construir o seu conhecimento.

Maria Cristina Santana dos Santos Xavier Supervisora Escolar EMEF Otto Hoffmann

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INTRODUÇÃO

Através da metodologia de pesquisa, os alunos tiveram a oportunidade de participar

do programa NEPSO – Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião, desenvolvido pela

Universidade de Caxias do Sul, a qual assessora através de cursos de formação

continuada professores e supervisoras da rede de ensino municipal de Nova Petrópolis

desde 2015. A turma do sexto ano, durante o primeiro semestre, estive empenhada em

organizar o objeto de estudo que escolheu para pesquisar mais a fundo e também ouvir

a opinião dos moradores do bairro e de familiares sobre o tema escolhido.

O processo de construção do projeto de pesquisa é, sem dúvida, um momento de

grande mobilização das turmas. Ouvir a sugestão de cada um sobre o que estudar,

acalmar os ânimos mais exaltados e ajudá-los na definição e delimitação do tema requer

paciência e energia. E foi neste clima que em meados do mês de março, foi escolhido o

tema a ser pesquisado pela turma.

Os capítulos a seguir contam um pouco da trajetória percorrida por 25 estudantes,

quatro professores e uma supervisora que não mediram esforços para que este trabalho

fosse realizado. O resultado: um aprendizado significativo para todos os envolvidos.

É no Diário que estão registradas a organização e sensibilização dos professores e

alunos para participarem do projeto; a escolha do objeto de estudo e o tema.

Aparecem também as questões mobilizadoras que deram origem ao texto coletivo

que serviu de suporte para as diretrizes da pesquisa.

No capítulo dois está a trajetória dos alunos do sexto ano registrada em seu Diário

de Pesquisa que iniciou com a escolha do tema e construção das hipóteses.

Com o tema Temperos, a turma escolheu como título: Chovendo Temperos na Horta

da Escola Otto Hoffmann e foram a campo ouvir a opinião das pessoas para descobrir o

quanto elas sabiam sobre os temperos.

Ao longo da pesquisa a turma fez uma descoberta surpreendente!

No momento de “dar voz aos números”, é apresentada a tabulação dos dados

referentes a opinião dos pesquisados e os comentários da turma a partir da análise das

respostas. Por fim, na conclusão, apresentamos o que ficou de aprendizado ao final do

trabalho.

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O REPRESENTA PARA MIM O PROJETO ESCOLA E PESQUISA: UM ENCONTRO POSSÍVEL

A contribuição ao projeto visa fomentar nos alunos a curiosidade sobre a música indígena que faz parte da nossa herança cultural. A audição, a literatura, geraram fonte de conhecimento para a produção de instrumentos e composições musicais sobre o tema em questão. A execução da música indígena foi realizada através do canto e da flauta-doce. Ezra Cristina Martinelli Mattivi

Professora de Música

Esse projeto representa para mim um estimulo para voltar aos bancos escolares, pois me faz lembrar os tempos em que fazíamos muitas pesquisas de campo para posterior apresentação aos colegas.

Estimular os alunos do Ensino Fundamental a realizar pesquisa de campo, é uma forma de colocar ele dentro da sociedade, analisando os aspectos negativos e positivos as quais estão ocorrendo na sua escola ou bairro. É um estimulo para que ele ingresse em uma academia e faça trabalhos semelhantes. Ronaldo Fleck

Professor de Ciências

O projeto Escola e pesquisa um encontro possível é muito bom, pois assim os alunos tem a oportunidade de pesquisar e conhecer sobre um assunto de interesse de forma interdisciplinar. Arlete Beck

Professora de Alemão

Trabalho na Escola com o componente curricular de Língua Portuguesa. No ano de 2015, auxiliei a turma do 9º ano em seu trabalho com o NEPSO.

Em 2016, juntamente com os alunos e demais colegas, professores do 6º ano, resolvemos estudar um pouco mais sobre temperos. Inicialmente realizei com a turma uma atividade bem prática, de motivação: plantamos uma muda de manjericão, tomamos água aromatizada com hortelã e nos deliciamos com pizza de manjericão. Em seguida, fomos fazer o registro de nossa prática. Como professora de português foi muito interessante a escrita deste texto, pois foi feito de maneira coletiva e muitos alunos colaborara, pois tinham vivenciado a experiência. Montamos também uma pasta com nossas anotações. Surgiu a ideia de convidar o pai de uma aluna para botar a “mão na massa” e experimentamos uma comida bem diferente aos nossos costumes: o kibe!

Acredito que estas atividades práticas, aquilo que o aluno realmente vivencia, ele não esquece. A sala de aula deveria ser uma constante parceria com o mundo lá fora: um verdadeiro laboratório. Paula Alessandra Schoeler

Professora de Língua Portuguesa

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DIÁRIO DE PESQUISA DO SEXTO ANO

Definição do Tema de Pesquisa

Nossa trajetória se iniciou no dia vinte e quatro de março quando a supervisora Maria

Cristina foi até a sala de aula enquanto o professor Ronaldo, de Ciências, nos dava aula. Ela

explicou sobre o NEPSO (Nossa Escola Pesquisa Sua Opinião) do qual nós já havíamos

participado no ano anterior. Neste ano, porém o projeto é do Município pois está é a forma

de trabalho didático que todas as escolas deveriam adotar.

Nós adoramos a ideia de participar deste projeto maravilhoso e optamos por

pesquisar a respeito dos temperos porque na disciplina de Ciências estávamos

estudando sobre plantas e já haviam canteiros na escola que estavam abandonados.

Os professores responsáveis por nos ajudarem a decidir a melhor forma de trabalhar

foram: professor Ronaldo, de Ciências e professora Paula, de Língua Portuguesa.

Professoras Arlete de Língua Alemã e Daniele de Matemática.

Para a escolha do título, cada aluno foi dando a sua opinião e surgiram ideias

criativas e interessantes! O quadro da sala de aula ficou cheio, porém não fizemos

votação para escolher o título e fomos juntando algumas ideias para formarmos o título

do projeto em conjunto. O professor também ajudou na escolha do nome e o resultado

foi: Chovendo temperos na horta da escola Otto Hoffmann: o segredo da história dos

temperos.

Com o título definido fomos desafiados a pensar o que realmente queríamos estudar

sobre temperos! Por ser um tema muito amplo, tivemos uma certa dificuldade para

defini-lo. Para resolver a questão fomos em busca das orientações que recebemos no

ano passado e com as perguntas mobilizadoras em mãos, conseguimos esclarecer

vários aspectos dos quais estávamos em dúvida.

Logo vimos que o título estava muito grande e, por isso, decidimos modificar ficando

então: Chovendo Temperos na Horta da Escola Otto Hoffmann.

No dia oito de abril, nossa turma estava eufórica pois íamos começar a pôr mão na

terra! Fomos para o refeitório da escola munidos de potinhos de margarina, pratos

plásticos e terra. A professora Paula de Língua Portuguesa mostrou um galinho de

manjericão. Cheiramos e experimentamos uma folha da planta para trabalharmos com

os órgãos do sentido: paladar e olfato.

Cada aluno recebeu uma muda de manjericão para plantar no pote. Ficamos felizes

porque alguns colegas trouxeram material a mais para dividir com quem não tinha

trazido nada. Mesmo assim, alguns tiveram que buscar terra no pátio da escola.

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Combinamos que os potes ficariam na sala de aula para observarmos e cuidar do

crescimento da planta.

A professora indagou se sabíamos para que servia o manjericão. Alguns colegas

deram a sua opinião e a professora ainda explicou que esta planta era usada,

principalmente, para temperar pizzas, peixes e molhos.

De repente: hora da surpresa!!! A professora havia feito pizza temperada com

manjericão!! Cada um de nós pode experimentar um pedacinho e a combinação de

pizza com manjericão estava maravilhosa!

Para acompanhar tomamos água aromatizada com hortelã, outra planta que é

utilizada e apreciada como tempero na culinária brasileira e em outros países.

Com o professor Ronaldo, revitalizamos os canteiros da escola plantando novas

mudas de temperos. Sempre que possível vamos a nossa horta mexer na terra. Além

dos temperos tradicionais como a cebolinha, alho, sálvia e manjericão, nossa horta

conta com verduras saborosas tais como: alface crespa, lisa, roxa e rúcula. Também

tem pimentão verde e vermelho e entre outros.

O professor nos ensinou a preparar a terra, a forma de plantar e cuidar de nosso

canteiro. As cozinheiras da escola também ajudam a cuidar e usam os produtos da horta

na merenda da escola. Todos são beneficiados com as delicias que plantamos.

Seguindo com o nosso projeto, no dia dezoito de abril, nos dividimos em cinco

grupos para responder algumas perguntas que nos ajudaram a enxergar melhor o que

deveríamos pesquisar, eram as perguntas mobilizadoras. A partir das respostas cada

aluno escreveu um texto que depois foi lido no grupo. Após a leitura nosso trabalho foi:

juntar os textos e escrever o texto do grupo e por fim, reunimos os textos dos grupos e o

resultado foi um único texto da turma que serviu como justificativa para o nosso projeto

de pesquisa.

PROJETO DE PESQUISA:

Chovendo Temperos na Horta da Escola Otto Hoffmann

Tema: O Segredo dos Temperos

Delimitação do Tema: Temperos

Problema: O sal é um tempero?

Justificativa:

Nossa turma quer saber mais sobre os temperos sobre como são utilizados e sobre

sua história. Já sabemos como funciona o plantio e a forma de irrigação. Também

aprendemos que, além de serem usados na culinária, alguns temperos servem como

chá, por exemplo, a hortelã. Mas surgiu uma dúvida entre nós mesmos a respeito do sal!

Afinal, o sal é ou não um tempero? A dúvida nos ajudou a querer saber se outras

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pessoas consideram o sal um tempero ou não. Consideramos importante estudar sobre

os temperos porque eles podem ter nutrientes que podem ajudar na prevenção e cura

de doenças e para mostrar para as pessoas que os alimentos podem ficar mais

saborosos quando utilizamos determinados temperos combinados. Nosso desejo é

despertar na população o desejo de conhecer outras plantas que podem ser temperos.

Acreditamos no potencial de nossa turma e sabemos que precisamos melhorar o

comportamento. Por isso, se todos colaborarem, e se dedicarem e fizerem a sua parte,

as dificuldades que surgirem poderão ser superadas.

O que pode nos ajudar e facilitar a realização do trabalho é o fato de termos

participado do projeto no ano passado e termos uma horta na escola.

Esperamos que todos os envolvidos colaborem com a pesquisa de campo quando

saírmos para ouvir a opinião das pessoas.

Pretendemos divulgar os resultados da pesquisa para os alunos da Rede Municipal

de Ensino, para a comunidade e familiares.

Hipóteses

As pessoas com mais idade têm mais conhecimento sobre temperos.

Alguns temperos utilizados na culinária brasileira têm origem estrangeira.

Em Nova Petrópolis alguns temperos são mais utilizados do que outros.

O sal é um tempero.

Objetivos

Objetivo Geral: Ouvir a opinião dos moradores do bairro para saber o que eles

conhecem a respeito de temperos.

Objetivo Específico: Descobrir se: as pessoas sabem a origem dos temperos;

quais temperos são mais utilizados em Nova Petrópolis; pessoas mais idosas conhecem

mais variedades de temperos e se o sal é um tempero.

Metodologia

Para obtermos as respostas aos questionamentos foi elaborado um questionário

para entrevistar os moradores do bairro Pousada da Neve nas imediações da escola. Os

resultados serão apresentados no Seminário final da Fase II e comunicados através do

Diário de Pesquisa.

População e amostra

A população da pesquisa serão os moradores do bairro Pousada da Neve nas

imediações da Escola Municipal de Ensino Fundamental Otto Hoffmann. Serão

entrevistados 56 moradores.

Recursos

Recursos humanos utilizados para a realização da pesquisa

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Alunos da turma 61 da Escola Municipal de Ensino Fundamental Otto Hoffmann

Recursos Materiais

Impressões dos questionários e demais materiais necessários para execução do

projeto.

ELABORANDO O QUESTIONÁRIO

Com o projeto de pesquisa concluído e uma boa pesquisa bibliográfica em andamento, no

dia três de junho, elaboramos as perguntas do questionário para entrevistar os moradores. Muita

discussão até definir quais perguntas e como iríamos entrevistar as pessoas. Entrevistamos

alguns professores na escola e fizemos ajustes nas perguntas para podermos sair a campo e

obter as respostas que precisávamos para prosseguir com nosso trabalho.

Por fim o questionário ficou assim:

PROJETO ESCOLA E PESQUISA: UM ENCONTRO POSSÍVEL – FASE III – A PESQUISA NO ALUNO: MUNICÍPIO DE NOVA PETRÓPOLIS/2016

Questionário nº___/16 Prezada Comunidade!

Estamos participando do Projeto Escola e Pesquisa: Um encontro possível – Fase III _ A pesquisa no aluno que nos desafia a escutar nossa comunidade. Por isso nós, alunos do 6° ano estamos desenvolvendo uma pesquisa sobre: Temperos. O título de nosso trabalho é: Chovendo temperos na horta da Escola Otto Hoffmann.

Após terminarmos a pesquisa, vamos apresentar os resultados em um seminário na Escola e divulgaremos na mídia do Município. Para tanto contamos com sua colaboração respondendo o questionário abaixo.

Questionário

Parte I: Dados de Identificação P1- Nome do entrevistado (opcional) ____________________________________ P2-Sexo: ( )Masculino ( )Feminino ( )outros P3- Qual a sua Idade: ( a ) 25-35 ( b ) 36-46 ( c ) 47-55 ( d ) +55 P4- Qual a sua Escolaridade ( a)Ensino Fundamental (b) Ens. Médio (c) Superior ( )Completo ( )Completo ( )Completo ( )incompleto ( )Incompleto ( )Incompleto ( )Sem escolaridade ( )Em curso ( )Em curso

Parte II P5- Quais destes temperos você conhece? ( )Salsa ( )Cebolinha ( )Anis ( )Cardamomo ( )Noz moscada ( )Pimenta ( )Manjericão ( )Gengibre ( )Endro (Kummel) ( )Louro ( )Limão ( )Páprica ( )Açafrão ( )Alho ( )Cebola ( )Cravo ( )Salsão ( )Baunilha ( )Erva doce ( )Orégano ( )Alho Poro ( )Cominho ( )Hortelã ( )Alfavaca

P6- Quais destes temperos você acha que têm origem estrangeira? ( )Salsa ( )Cebolinha ( )Anis ( )Cardamomo ( )Noz moscada ( )Pimenta ( )Manjericão ( )Gengibre ( )Kummel ( )Louro ( )Limão ( )Páprica ( )Açafrão ( )Alho ( )Cebola ( )Cravo ( )Salsão ( )Baunilha ( )Erva doce ( )Orégano ( )Alho Poro ( )Cominho ( )Hortelã ( )Alfavaca

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P7-Você tem o hábito de usar temperos quando cozinha? ( )Sim ( )Não ( )Às vezes Quais?______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ P8-Você conhece algum prato típico da culinária alemã? ( )Sim ( )Não Qual?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ P9-Você sabe quais temperos são usados para preparar este prato? ( )Sim ( )Não Se a resposta for sim, cite o nome dos temperos: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________P10-Você acha que a cultura da cidade pode influenciar a culinária e, consequentemente, o uso de determinados temperos? ( ) Sim ( ) Não P11- Em sua opinião o sal é um tempero? (a ) Sim (b ) Não ( c ) Não tenho certeza P12- Se não é um tempero, o que é então?

(a) Vitamina (b) Cereal (c) Mineral (d) Alimento (e) Suplemento

P.13- Na culinária, você sabe para que serve o sal? (a) Para da cor aos alimentos (b) Conservar os alimentos (c) Para dar energia aos alimentos (d) Para temperar os alimentos

DELICIANDO-SE COM O KIBE

Falar sobre temperos, pesquisar sobre temperos é válido mas para dar um toque especial

ao nosso trabalho, resolvemos partir para a prática!! Tivemos a ideia de convidar o pai da aluna

Amina para nos ensinar a preparar um prato típico da culinária árabe e que usa muitos temperos.

E no dia 17 de junho, o Sr. Paulo Ricardo Basso Monteiro veio a escola ministrar uma aula de

culinária para nós. O prato típico preparado por ele foi o kibe! O refeitório da escola passou a ser

a nossa cozinha experimental. Começamos misturando os seguintes temperos no liquidificador:

salsa, cebola, cebolinha, zatar, pimenta árabe, hortelã, alho, sal e azeite de oliva. Depois misturou

tudo na farinha de kibe com a carne moída até virar uma massa. Ele até deixou nós ajudarmos a

moldar o kibi para ficar redondinho! Provamos também um delicioso patê de grão de bico

chamado humos que tem um gostinho mágico e um pouco do kibe cru com pão. Além de degustar

as delicias que estavam sendo preparadas, fomos incentivados a sentir o cheiro de cada tempero.

O senhor Paulo explicou que a hortelã é muito utilizada na culinária árabe e que o kibe é um prato

típico do Líbano e que eles estão acostumados a comer comidas apimentadas.

Quando a massa estava pronta ele foi até a cozinha e fritou os bolinhos. Depois de pronto

nós comemos e, para dar um toque especial, colocamos umas gotas de limão. O kibe também

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fica muito saboroso com cebola. Uma delícia!! Alguns professores vieram até o refeitório provar

nossa receita e também aprovaram o kibe da turma do sexto ano.

Esta atividade foi muito legal pois sentimos os aromas e degustamos os alimentos. Hoje

demos mais um passo para conhecer outras culturas, outros temperos e aromas de comidas

diferentes.

INDO A CAMPO BUSCAR INFORMAÇÕES

O dia mais esperado pela turma chegou: vinte e três de junho, uma quinta-feira, e nossa

turma estava preparada para sair da escola e fazer a pesquisa de campo no bairro Pousada da

Neve. Antes, porém, fizemos um pré-teste na escola entrevistamos alguns professores. Logo

vimos que havia um problema na pergunta sete! Quando questionados sobre qual prato típico da

culinária alemã que conheciam, a resposta era: cuca e outros doces da Alemanha! Logo

corrigimos o problema de uma forma bem simples: na hora da entrevista, o entrevistador deveria

avisar que se trata de uma pesquisa sobre temperos e por isso o prato típico tem que ser salgado.

Nos organizamos em grupos de acordo com a faixa etária que queríamos entrevistar e cada grupo

foi para um lado.

A supervisora Maria Cristina combinou conosco para estarmos de volta as 14h30min em

frente à escola.

Saímos da escola e fomos procurar pessoas que poderiam nos ajudar a responder nossa

pesquisa. Alguns alunos conseguiram entrevistar moradores do nosso bairro, outros não, porque

o tempo era curto, mesmo assim gostamos bastante da atividade de pesquisar! Logo que

concluímos a tarefa e voltamos para a escola. Vimos que os primeiros resultados mostravam que

as pessoas conheciam todos os temperos. Constatamos também que alguns colegas não

conseguiram entrevistar pessoas adultas porque muitos estavam no trabalho.

Quando todos os alunos estavam na frente da escola a supervisora Maria Cristina recolheu os

questionários. Logo após, o nosso colega Róger entrevistou a professora Arlete, de alemão, e

todos nós ouvimos.

A professora Arlete gostou tanto de participar que, no dia 14 de junho, nos deu uma aula

diferente. Ela nos entregou uma folha com uma lista de temperos para pesquisarmos na internet e

aprendermos mais coisas diferentes!

Tínhamos que pesquisar como se escrevia em alemão:

PORTUGUÊS ALEMÃO

Anis Anis

Manjericão Basilikum

Endro Dill

Gengibre Ingwer

Canela Zimt

Alho Knoblauch

Cebola Zwiebel

Erva doce Kümmel

Louro Lorbeer

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Manjerona Majoram

Melissa Melisse

Hortelã Minze

Nóz-noscada Muskat

Cravo da Índia Nelke

Orégano Oregano

Pimenta Pfeffer

Mostarda Senf

Hortelã Pfefferminze

Salsa Petersilie

Alecrim Rosmarin

Açafrão Safran

Sálvia Salbei

Schnittlauch Cebolinha

Pimentão Paprika

Anis estrelado Sternanis

Tempero preparado a

partir de outros

temperos fortes.

Curry

Em nossa pesquisa fizemos várias descobertas! Entre elas descobrimos que o Curry, é

um tempero feito com outros temperos. Vimos também que os temperos da horta de casa são

mais bonitos e gostosos pois não contém agrotóxicos. Temperos da horta caseira, são

amigos da saúde. Que alguns temperos sempre foram muitos apreciados e valorizados e na

idade média eles tinham valor de ouro. A explicação pelo alto preço se devia ao fato de que

eles vinham de muito longe para a Europa. A maioria dos temperos vinham dos países

asiáticos e da América do Sul. No Brasil os temperos mais usados são: cebolinha, salsa,

orégano e manjericão. Eles são gostosos e também são muito saudáveis. Já na Alemanha, o

tempero mais usado pelos alemães sempre foi a pimenta. A pimenta consumida na Alemanha

vem em sua maioria do Brasil e do Vietnã. Em média cada pessoa da Alemanha consome

291 gramas de pimenta por ano. Foi bem legal, e demos mais um passo para a conclusão do

nosso projeto!

NOVAS APRENDIZAGENS SURGINDO!

O professor Ronaldo pediu que cada aluno fizesse sua pesquisa individual sobre

temperos. A maioria da turma, assim como muitas pessoas, pensávamos que o sal era um

tempero. Ao pesquisar na internet, descobrimos que o sal não é um tempero. Procuramos na

internet se o sal é tempero, e descobrimos que não era, pesquisamos mais para ter certeza.

Um colega assistiu um vídeo que explicava de onde vem o sal. Depois de tudo, chegamos a

uma conclusão: O sal não é tempero, mas sim um mineral do fundo do mar que solta

partículas minúsculas, que fazem a água do mar ficar salgada. Para o sal vir até o

supermercado, ele vem de um longo procedimento, que demora cerca de uns dias, mas isto é

assunto para outra pesquisa!!

Completando a pesquisa bibliográfica o professor de ciências nos passou uma lista de

temperos a qual fomos buscar informações. Tínhamos que saber a origem, o nome científico

e o uso na culinária. As descobertas foram muito interessantes! Confira.

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O Alecrim O alecrim, possui origem da região do Mediterrâneo, é uma das ervas

consideradas mais completas em relação à saúde, e já se tornou objeto de estudo de cientistas, e tais estudos revelaram suas propriedades benéficas e medicinais. É conhecida como a da alegria, pois seus óleos essenciais aplicados na aroma-terapia favorecem os estímulos aos neurônios que enviam a informação de bem-estar.

A Hortelã

A Hortelã pode ser descrito como uma das ervas mais usadas extensivamente no mundo da

culinária. Hortelã é conhecida por seu aroma único e acrescenta uma mistura de frescor

aos pratos. A característica verde e vibrante da hortelã faz com que pareça ainda mais

exótico. É amplamente utilizado como em gomas de mascar, vários antisséptico bucal e

creme dental. Várias bebidas, sorvetes, xaropes, doces, molhos e muito, muitos pratos

usam hortelã por causa do seu aroma. Ele também tem muitas propriedades medicinais e é

conhecido por fazer maravilhas para o sistema digestivo.

O Manjericão

O manjericão tem sua função gastronômica, como tempero utilizado frequentemente em diversos

alimentos, ele ainda protege o corpo a ataques bacterianos, estimula a memória, melhora a pele e a visão e

alivia o estresse. Conhecida desde a Grécia Antiga, a especiaria desempenha ainda as

funções de desintoxicam-te, antisséptico e ajuda a reestabelecer o organismo de todo o

tipo de infecção. Nativa da Índia e de outras áreas tropicais da Ásia, a erva contém uma

grande variedade de óleos essenciais.

O Tomilho O tomilho é uma planta medicinal, também conhecida como Poejo ou Timo,

frequentemente utilizada como especiaria, que pode servir para tratar problemas

respiratórios. Pode ser comprada em lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação, feiras livres e

mercados. O tomilho serve para ajudar no tratamento de asma, bronquite, catarro,

gripe, resfriado, pneumonia, flatulência, sensação de enfartamento, reumatismo,

inchaço, luxação, acne.

A Cebolinha O alto poder nutritivo da cebolinha a torna um dos melhores antibióticos naturais. É anti-inflamatória,

tendo sido usada pelos romanos como um dos remédios mais populares para tratar dor de garganta. Cura a

acne e a artrite, e recentemente ganhou status de alimento anticâncer, em especial os de

próstata e do estômago. Este vegetal tem um alto teor de propriedades medicinais.

Mais utilizada para dar “um toque final” nos alimentos, principalmente por sua cor, a

cebolinha, inclusive, combate a salmonela, bactéria presente em alguns alimentos

(ainda mais nos preparados com pouca higiene), que provoca infecção gastrointestinal

e até febre.

Dente-de-leão Descrição: Planta da família das Astracã, também conhecida como alface-de-cão, alface-de-coco, amargosa,

amor-dos-homens, chicória-louca, chicória-silvestre, coroa-de-monge, dente-de-leão-dos-jardins, frango,

leutodonte, quartilho, adite-bravo, relógio-dos-estudantes, salada-de-toupeira, soprão, tarraxo, tarraxam.

O Açafrão O Açafrão é uma especiaria de cor dourada, ela é conhecida por seu sabor amargo e aroma distinto. Conhecido como o tempero mais caro do mundo, ela tem vários benefícios para saúde. O Açafrão é usado em várias refeitas para fornecer a sua cor amarelada e dar um sabor semi-doce para os pratos. O Açafrão é uma excelente fonte em carboidratos, boas gorduras, fibras alimentares e vários minerais.

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Gengibre

Vegetal nativo da Ásia, o gengibre é uma raiz tuberosa usada tanto na culinária quanto na

medicina. A planta assume múltiplos benefícios terapêuticos: tem ação bactericida, é

desintoxicam-te e ainda melhora o desempenho do sistema digestivo, respiratório e

circulatório. O gengibre também é um reconhecido alimento termo gênico, capaz de

acelerar o metabolismo e favorecer a queima de gordura corporal.

Salsa

Não devendo fazer parte somente de farofas, saladas e temperos, a salsinha poderá ser uma boa

aliada no combate a diversos problemas de saúde. A salsa apresenta uma propriedade diurética,

dessa forma, ajudará a prevenir ou eliminar a retenção hídrica. Portanto, se a balança indicar

valores menores, eles poderão estar associados à eliminação de líquidos e não gordura, sendo

assim, a salsa não faz emagrecer, mas reduz o excesso de líquidos acumulados em nosso organismo.

A Sálvia

A sálvia é uma planta medicinal que pode ser utilizada no tratamento de diversas doenças, como bronquite ou

gengivite. Pode ser comprada em lojas de produtos naturais e em algumas farmácias de manipulação. A sálvia

serve para facilitar o tratamento de aftas, bronquite, caspa, catarro, gengivite, reumatismo, vômito, tosse,

diarreia, diabetes e indigestão.

VISITANDO O CETAMP: NOVAS APRENDIZAGENS

Para concluir nossa pesquisa precisávamos conhecer mais a fundo o assunto o sobre

o qual estamos estudando e para isso fomos visitar o CETANP - Centro Regional de

Qualificação Profissional de Produtores de Nova Petrópolis na localidade de Linha Brasil.

Quando chegamos recebemos uma tarefa que foi entregue pela supervisora Maria Cristina:

tínhamos que anotar o máximo de informações a respeito do que seria explicado sobre

temperos.

Lá fomos recebidos pelo professor Arnaldo José Basso e a estagiária Bruna Hedig, que

foi aluna na escola Otto onde estudamos. Fomos levados ao um quiosque onde tivemos uma

aula sobre temperos e outas plantas. O professor Basso ia falando e a Bruna passava os

vasos com os temperos para que pudéssemos cheirar e tínhamos que descobrir qual era o

tempero.

Tivemos a oportunidade de ouvir um pouco mais sobre a manjerona, a hortelã, o

tomilho, louro, cúrcuma e gengibre. Descobrimos que a manjerona é estimulante além de dar

sabor aos alimentos e que muitas pessoas a confundem com o orégano. Várias espécies do

gênero Origanum são nativas do Mediterrâneo e usadas como tempero.

Mas o que chamou a nossa atenção foi história que o professor Basso contou: na

segunda guerra mundial a indústria química cresceu muito e passou a utilizar várias plantas

na fabricação de armas químicas e que depois estas mesma plantas e tecnologia utilizada em

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sua fabricação, serviram de base para indústria farmacêutica. Mas hoje estamos retomando a

utilização de plantas medicinais para ajudar no combate e até na cura de várias doenças.

Por isso o objetivo do CETANP é estimular a agricultura familiar e qualificar os

pequenos produtores para que possam obter o melhor da terra e dos seus produtos e assim

beneficiar a outros com alimentos mais saudáveis. Desta forma as pessoas poderão se

prevenir de doenças e ter uma vida melhor.

Neste dia nossos professores não puderam ir pois trabalham em outra escola, mesmo

assim, conseguimos obter as informações que buscávamos. Aprendemos como cuidar dos

temperos de nossa horta na escola e também da importância deles na culinária.

ANÁLISE DOS DADOS

Com a pesquisa concluída, os dados coletados precisavam ser analisados e esta parte

foi um pouco complicada! Mas conseguimos. Levamos várias aulas até acertar.

Foram entrevistados um total de 56 pessoas separados em grupos de acordo com a faixa

etária:

SEXO Mas Fem Mas Fem Mas Fem Mas Fem

IDADE 25-35 25-35 36-46 36-46 47-55 47-55 + 55 + 55

ENTREVISTADOS 03 16 03 08 03 10 02 11

Após a análise elaboramos tabelas para facilitar a compreensão dos dados obtidos.

Sobre a escolaridade coletamos os seguintes dados:

SEXO Mas Fem Mas Fem Mas Fem Mas Fem

IDADE 25-35 25-35 36-46 36-46 47-55 47-55 + 55 + 55

ENTREVISTADOS 03 16 03 08 03 10 02 11

ESCOLARIDADE: ENSINO SUPERIOR

0 05 1 03 0 01 0 04

Concluímos que:

Das 45 mulheres que responderam ao questionário, 13 possuem ensino superior

completo, sendo que 05 delas tem idade entre 25 e 35 anos. Surpreendeu o número de

mulheres com mais de 55 com formação superior pois pensávamos que nesta faixa etária

teríamos muitas senhoras sem escolaridade.

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Em relação aos homens, apenas 01, dos 11 entrevistados, possui ensino superior

completo.

Foi apresentada, a cada entrevistado, uma lista com o nome de 22 temperos para ver

quais os participantes conheciam. Abaixo apresentamos a lista com o resultado.

SEXO IDADE

Mas 25-35

Fem 25-35

Mas 36-46

Fem 36-46

Mas 47-55

Fem 47-55

Mas + 55

Fem + 55

TOTAL

ENTREVISTADOS 03 16 03 08 03 10 02 11 56 CONHECEM DA LISTA DE 22

TEMPEROS: tipos _____ 06 09

14 14 19 06 11 05

Os 07 temperos mais conhecidos pelos entrevistados são: salsa, pimenta, cebola,

hortelã, cebolinha, orégano e manjericão.

Já o tempero menos conhecido é o Cardamomo.

SEXO

IDADE

Mas

25-35

Fem

25-35

Mas

36-46

Fem

36-46

Mas

47-55

Fem

47-55

Mas

+ 55

Fem

+ 55

TOTAL

ENTREVISTADOS 03

conhecem

06 tipos

16

conhecem

09 tipos

03

conhecem

14 tipos

08

conhecem

14 tipos

03

conhecem

19 tipos

10

conhecem

06 tipos

02

conhecem

11 tipos

11

conhece

m tipos

05

56

1. Salsa 03 16 03 08 03 10 02 10 55

2. Cebola 02 16 03 08 03 10 02 09 53

3. Pimenta 03 16 03 08 03 09 02 09 53

4. Cebolinha 03 16 03 07 03 10 02 08 52

5. Manjericão 02 15 02 08 03 09 02 10 51

6. Gengibre 02 16 03 08 03 08 01 10 51

7. Erva Doce 03 15 03 08 03 08 02 09 51

8. Orégano 03 16 03 07 03 08 02 09 51

9. Cravo 02 16 03 08 03 08 01 09 50

10. Noz Noscada 02 14 02 06 03 10 01 07 45

11. Endro

(Kummel) 02 12 03 05 02 09 02 10 45

12. Baunilha 01 15 03 06 03 10 02 09 49

13. Alho 03 16 03 08 03 10 02 03 48

14. Louro 02 14 03 08 03 09 02 04 45

15. Hortelã 02 16 03 08 03 09 01 04 46

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Entre as mulheres, as que mais conheciam os temperos da lista foram as com idade

entre 36 e 46 Anos Quem demostrou conhecer mais variedades de temperos foram os

homens da faixa etária entre 47 e 55 anos e conseguiram identificar 19 dos 22 tipos de

temperos apresentados. A salsa foi o tempero o qual 100% dos pesquisados conhecem.

Sobre a origem dos temperos foram considerados de origem estrangeira:

SEXO

IDADE

Mas

25-35

Fem

25-35

Mas

36-46

Fem

36-46

Mas

47-55

Fem

47-55

Mas

+ 55

Fem

+ 55

TOTAL

ENTREVISTADOS 03/06 16/09 03/14 08/14 03/19 10/06 02/11 11/05 56

Salsa 0 02 01 0 0 01 0 03 07

Cebola 0 01 01 0 0 01 01 03 07

Pimenta 0 04 01 04 01 01 02 04 17

Cebolinha 0 0 0 01 0 0 01 02 04

Manjericão 0 02 0 02 0 02 01 02 09

Gengibre 01 05 01 03 01 0 02 03 16

Erva Doce 0 0 01 01 0 01 01 02 06

Orégano 01 01 01 02 0 02 0 02 09

Cravo 0 03 01 04 02 01 0 05 16

Noz Moscada 01 05 02 05 01 04 01 05 24

Endro (Kummel) 01 12 03 07 01 02 01 08 35

Baunilha 0 02 0 03 0 01 02 06 14

Alho 0 0 01 01 0 03 01 03 09

Louro 0 01 0 02 0 02 01 02 08

Hortelã 0 0 0 01 0 01 01 03 06

16. Salsão 01 12 03 05 03 05 00 09 38

17. Alho Poró 02 11 02 05 03 03 01 10 37

18. Anis 01 13 02 06 03 07 01 03 36

19. Cominho 01 07 02 04 03 02 01 09 29

20. Páprica 01 04 02 04 03 03 01 10 28

21. Açafrão 00 07 01 04 03 02 01 07 25

22. Cardamomo 01 00 00 01 00 00 00 10 12

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Salsão 0 02 03 0 0 0 0 01 06

Alho Poró 0 01 01 01 0 0 02 02 07

Anis 01 02 0 03 0 02 01 04 13

Cominho 01 06 01 03 0 02 01 03 17

Páprica 02 07 01 04 01 0 01 03 19

Açafrão 0 02 02 03 0 0 01 03 11

Cardamomo 02 09 03 05 02 04 02 06 33

Foram questionados sobre o hábito de usar temperos quando cozinham, a resposta

está expressa na tabela abaixo:

SEXO Mas Fem Mas Fem Mas Fem Mas Fem TOTAL

IDADE 25-35 25-35 36-46 36-46 47-55 47-55 + 55 + 55

ENTREVISTADOS 03 16 03 08 03 10 02 11 56

SIM 02 15 03 06 03 10 02 10 51

NÃO 0 0 0 0 0 0 01 0 01

AS VEZES 01 01 0 01 0 0 0 01 04

Queríamos saber quais temperos eram mais usados pelos pesquisados e, para isso

apresentamos a lista dos temperos para que pudessem identificá-los:

SEXO Mas Fem Mas Fem Mas Fem Mas Fem TOTAL

IDADE 25-35 25-35 36-46 36-46 47-55 47-55 + 55 + 55

ENTREVISTADOS 03 16 03 08 03 10 02 11 56

Salsa 02 10 01 04 03 06 01 05 32

Cebola 02 10 03 05 02 09 01 05 36

Pimenta 01 07 02 02 02 08 01 03 26

Cebolinha 01 08 01 04 02 07 01 04 28

Manjericão 0 02 0 01 01 05 01 04 14

Gengibre 0 03 0 0 0 02 0 0 05

Erva Doce 0 01 0 01 0 03 0 02 07

Orégano 0 09 01 05 02 08 0 03 28

Cravo 0 02 0 0 0 04 0 04 10

Noz Moscada 0 03 0 02 01 07 0 03 16

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Endro (Kummel) 0 01 0 0 0 0 0 01 02

Baunilha 0 01 0 02 0 02 0 02 07

Alho 02 11 03 05 03 08 0 05 32

Louro 0 07 01 03 01 06 01 04 23

Hortelã 0 01 0 0 01 01 0 02 05

Salsão 0 02 0 0 0 01 0 0 03

Alho Poró 0 02 01 0 01 0 0 03 07

Anis 0 02 0 01 0 02 0 01 06

Cominho 0 02 0 0 0 0 0 0 02

Páprica 0 01 0 0 0 0 0 0 01

Açafrão 0 01 0 01 0 0 0 0 02

Cardamomo 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Os pesquisados deveriam responder se conheciam algum prato típico da culinária

alemã. Deveriam identificar este prato e listar os temperos usados na elaboração do mesmo.

Na tabela abaixo estão expostos os três pratos mais conhecidos e seus respectivos temperos:

SEXO Mas Fem Mas Fem Mas Fem Mas Fem TOTAL

IDADE 25-35 25-35 36-46 36-46 47-55 47-55 + 55 + 55

ENTREVISTADOS 03 16 03 08 03 10 02 11 56

SIM 02 10 03 08 03 09 02 06 43

NÃO 01 06 0 0 0 01 0 05 13

PRATO 1º: Chucrute: sal, pimenta, cebola, alho e vinagre

02 10 01 05 03 03 01 02 27

PRATO 2º: Carne de Porco: sal, pimenta, cebola e alho

0 0 0 01 01 02 0 02 06

PRATO 3º: Bolo de carne: sal, pimenta, alho, salsa, cebola, cebolinha, noz -moscada e manjericão

0 0 0 0 03 03 0 0 06

Sabemos que a cultura influencia os hábitos da população e, em Nova Petrópolis,

queríamos saber qual a opinião das pessoas sobre este assunto.

SEXO Mas Fem Mas Fem Mas Fem Mas Fem TOTAL

IDADE 25-35 25-35 36-46 36-46 47-55 47-55 + 55 + 55

ENTREVISTADOS 03 16 03 08 03 10 02 11 56

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SIM 01 16 02 08 03 10 01 08 49

NÃO 02 0 01 0 0 0 01 03 07

Nossa curiosidade nos instigou a perguntar sobre o sal. Queríamos ouvir a opinião dos

participantes se o sal é ou não um tempero. Na opinião deles constatamos que:

SEXO Mas Fem Mas Fem Mas Fem Mas Fem TOTAL

IDADE 25-35 25-35 36-46 36-46 47-55 47-55 + 55 + 55

ENTREVISTADOS 03 16 03 08 03 10 02 11 56

SIM, o sal é um tempero.

02 11 02 07 02 10 01 07 42

NÃO, o sal não é um tempero.

01 02 01 01 01 0 0 03 9

Não tenho certeza. 0 03 0 0 0 0 01 01 05

Se o sal não é um tempero, o que é então?

SEXO Mas Fem Mas Fem Mas Fem Mas Fem TOTAL

IDADE 25-35 25-35 36-46 36-46 47-55 47-55 + 55 + 55

ENTREVISTADOS 03 16 03 08 03 10 02 11 56

Vitamina 0 0 0 0 0 0 02 01 03

Cereal

0 0 0 0 0 0 0 0 0

Mineral 02 03 01 01 0 0 0 05 12

Alimento 0 0 0 0 0 0 0 01 01

Suplemento 0 02 0 0 0 0 0 0 02

Também questionamos os entrevistados se sabiam para que serve o sal na culinária.

SEXO Mas Fem Mas Fem Mas Fem Mas Fem TOTAL

IDADE 25-35 25-35 36-46 36-46 47-55 47-55 + 55 + 55

ENTREVISTADOS 03 16 03 08 03 10 02 11 56

Para dar cor aos alimentos

0 0 0 0 0 0 01 0 01

Para conservar os alimentos

01 05 01 03 03 0 0 06 19

Para dar energia aos alimentos

0 0 0 0 0 0 01 07 08

Para temperar os alimentos

0 03 02 07 0 10 0 06 28

CONCLUSÃO

Ao final do nosso estudo aprendemos que: sal é o mais básico de todos os temperos.

Sem ele, o prazer de comer fica consideravelmente diminuído. A palavra sal vem do

Latim sem alteração, do Indo-Europeu sal e é uma palavra tão usada que nem teve

tempo de mudar ou se adaptar a sua escrita para a Língua Portuguesa.

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O sal tinha alto valor na Antiguidade; isso é demonstrado pela crença de que derramar

sal dava azar e por frases como “o sal da terra”. Valia tanto que a palavra salário deriva

dele.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Fontes: Dicas de Saúde; Plantas que Curam; Tua Saúde; Minha Vida.