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UE terá investimento de R$ 10,2 milhões para reformas e compra de equipamentos

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UE terá investimento de R$ 10,2 milhões para reformas e

compra de equipamentos

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Jornal da UEAno2-Edição 2Março de 2019DireçãoSuperintendente:Prof. Dr. Benedito Carlos MacielChefe de Gabinete:Deocélia Bassotelli JardimDiretor Clínico:Prof. Dr. Silvio Tucci JuniorDiretor do DAS:Prof. Dr. Antônio Pazin FilhoDiretor HERP:Prof. Dr. Wilson Salgado JrDiretor HEAB:Prof. Dr. Tales Rubens de NadaiDiretora CRSM MATER:Profa. Dra. Elaine MoisésDiretor Hospital Estadual de Serrana:Prof. Dr. Marcos BorgesDiretor Executivo da FAEPA:Prof. Dr. Ricardo de Carvalho CavalliDiretora da FMRP:Profa. Dra. Margaret de Castro Unidade de EmergênciaCoordenador HC-UE:Prof. Dr. Carlos Henrique Miranda Vice- Coordenador HC-UE:Prof.Dr. Pedro Soler ColtroDiretor de Atenção à Saúde - UE:Dr. José Paulo PintyáSupervisor Médico: Dr. Lucas Barbosa AgraDiretor NIR: Dr. Sérgio InnocenteDiretor de Trauma: Dr. Mauricio GodinhoCoordenadora do Núcleo Multiprofissional: Francine de Castro VictalSupervisora de Enfermagem:Eliane Emiko TakitaSupervisor Técnico Administrativo:Ivan SilvaAssessoria de ComunicaçãoMarcos de Assis (MTB 28030)Patrícia Cainelli (MTB 25651)Maria Ap B. Ferreira (MTB 13578)Fotos: Gilberto Soares Jr / Daniel Meneses de SouzaDesign Gráfico:Renato dos SantosRevisão: Fernanda UdinalImpressãoCampeone Gotardo Serviços Gráficos LTDA (16)3664.8484O Jornal da UE é um órgão de divulgação da Unidade de Emergên-cia do Hospital das Clínicas da Facul-dade de Medicina de Ribeirão Preto da USP editado pela Assessoria de Comunicação do HCFMRP-USP.

Expediente

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Gestão

Ouvidoria: Nós ouvimos você

Ela teve a iniciativa de procurar o diretor de Atenção à Saúde, doutor José Paulo Pintyá para propor seu próprio nome para o cargo de Ouvidora. E deu certo. Há dois anos, a assistente social Ana Paula Vieira Dias exerce a função na Unidade de Emergência. Formada em Serviço Social, pela UNAERP, Ana Paula tem projetos audaciosos para o Hospital.

Jornal da UE - Você procurou o doutor José Paulo Pintyá para pleitear o cargo. Por quê?

Ana Paula - Sim. Estava em busca do novo e achei que assumir a Ouvidoria seria uma oportunidade de desenvolver novas habilidades. Estou encantada com essa profissão, todo dia aprendo algo novo, seja na própria atribuição da profissão ou nas relações.

Jornal da UE - Qual o papel da Ouvidoria na Unidade de Emergência?

Ana Paula - A Ouvidoria é uma ferramenta de gestão que auxilia o cidadão em suas relações com os serviços prestados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e tem conexão direta entre o cidadão e os gestores. A Ouvidoria é um espaço estratégico e democrático de comunicação, pautada nos princípios éticos e constitucionais da administração pública e do SUS, favorecendo mudanças e ajustes nas atividades e processos das instituições, garantindo uma prestação de serviços de qualidade.

Jornal da UE - O atendimento é pessoal, por telefone, carta, e-mail?

Ana Paula – Exatamente, são esses os canais de atendimento e atendemos beira leito também. Nosso telefone é 16-3602-1010, o e-mail [email protected]. No Hospital, ficamos ao lado da cantina.

Jornal da UE - Quais as principais reclamações?

Ana Paula está à frente da Ouvidoria da UE

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Ana Paula - Cirurgia desmarcada, tempo em jejum, poltrona para acompanhantes na Pediatria, horário do banho noturno nas enfermarias e demora na troca do plantão.

Jornal da UE - Há prazo para resposta?

Ana Paula - Seguindo o Decreto nº 60.399, de 29 de abril de 2014, que dispõe sobre a atividade das Ouvidorias, no Capítulo IV SEÇÃO III Dos prazos: Artigo 20 – O prazo máximo de resposta ao usuário será de 20 (vinte) dias corridos. Prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o interessado.

Vale lembrar que a participação das áreas envolvidas na manifestação é de extrema importância para que esses prazos sejam cumpridos, por ser Unidade de Emergência, nossas respostas precisam ser cumpridas até

antes do que a lei preconiza.

Jornal da UE - Dada a resposta, o que acontece?

Ana Paula - Elaboramos relatórios para os gestores, para trabalhar com as informações e propor melhorias para os serviços prestados aos usuários do serviço.

Jornal da UE - Qual o limite da atuação da ouvidora?

Ana Paula - A Ouvidoria é um importante canal de comunicação, onde o cidadão participa de forma efetiva da gestão pública, independente da esfera em que se encontra (federal, estadual ou municipal). O Serviço de Ouvidoria atua tanto em benefício da administração como do cidadão, pois recebe as manifestações dos usuários dos serviços, enumera falhas, sinaliza necessidades, sugere alternativas e

“O atendimento é pessoal, por telefone,

carta, e-mail e beira leito também.

Nosso telefone é 16-3602-1010, o

e-mail [email protected]. Na UE, ficamos ao lado da

cantina”

reafirma os bons serviços prestados pela Instituição.

A Ouvidoria tem como princípio orientar o cidadão sobre o direito de acesso ao serviço público, bem como direcioná-lo às áreas competentes para solucionar os problemas apresentados nas instituições.

Jornal da UE - O que você faz para equilibrar a sua relação com pacientes/acompanhantes/visitantes e o seu lado de funcionária?

Ana Paula - Temos sempre que pensar que somos a ponte entre o usuário e o serviço, temos que tentar equilibrar essa relação. Manter o respeito e seguir as atribuições e princípios da legislação vigente, não podemos interferir nas decisões das áreas, nem “questionar” as manifestações dos usuários. Penso que a neutralidade, o bom senso, o respeito com os usuários, os colaboradores, bem como, conhecer a Instituição, suas peculiaridades, os seus processos de trabalho, as limitações de cada um, é uma misturinha que ajuda e muito no dia a dia.

Jornal da UE - Qual seu objetivo para 2019?

Ana Paula - Temos alguns objetivos e desafios pela frente. Um deles é ampliar o horário de funcionamento e uma nova(o) colaboradora (o) para o setor. Um dos objetivos é levar para os grupos de trabalho as manifestações do setor, trabalhando juntos para melhorias. Assim garantimos uma ouvidoria mais ativa, entendemos também o real contexto da manifestação.

Pensamos também em fazer uma Ouvidoria Itinerante mensal em cada andar. Reunir com as chefias das áreas, levando informações e atualizações do sistema SES (Secretaria do Estado de São Paulo), utilizando este espaço para nos atualizar, conhecer os avanços, as dificuldades e repassamos os dados, indicadores e sugerimos algo para agregar.

A Ouvidoria também possui atendimento beira leito

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Assistência

UE terá investimento de R$ 10,2 milhões para reforma e compra de equipamentosAs reformas em andamento e as que estão previstas para este primeiro semestre mais a modernização de equipamentos planejadas pela Coordenadoria da Unidade de Emergência terão investimentos de cerca de R$ 10,2 milhões. Os quatro elevadores e o CTI Pediátrico estão sendo financiados com recursos próprios do HCFMRP-USP e os outros itens pelo Projeto Shell (ver box): painel redundante, reforma e ampliação da área da subestação de energia elétrica, instalação de novos grupos de geradores e modernização das cabines elétricas da subestação, reforma da área para instalação do novo tomógrafo, reforma da Unidade de Queimados e troca dos compressores para a central de ar comprimido.

CTI Pediátrico

O CTI Pediátrico recebeu investimento de R$ 151 mil para obras e mobiliário. A reforma começou no dia 15/01 com previsão para término em abril. Localizado no 1º andar do bloco B, o CTI Pediátrico “passa por uma reforma que contempla mudança do quarto do isolamento com sistema de tratamento de ar com filtragem absoluta e pressão positiva, substituição do piso, substituição de bate-macas, mobiliário, substituição das portas de madeira e substituição dos circuitos elétricos com individualização dos leitos, e pintura em geral, conforme exigências e recomendações da Vigilância Sanitária”, afirma Gilmar Júlio, engenheiro e supervisor da Divisão de Engenharia da Unidade de Emergência.

Elevadores

Dentre estas obras, uma das mais importantes, que irá otimizar os fluxos do Hospital, é a reforma e modernização de quatro de seus cinco elevadores. Dois deles já foram reformados e liberados para uso e

os outros dois deverão ser entregues no início de março. Foram investidos R$ 1,050 milhão. “Vamos aproveitar a reforma e redefinir novos fluxos para os elevadores (social e serviço) com a finalidade de agilizar a assistência e diminuir riscos de contaminação”, afirmou o diretor administrativo Ivan Silva.

Painel elétrico

Um ponto crítico em termos de disponibilização de energia no Hospital está sendo corrigido com a instalação de um novo painel elétrico de redundância. Esta instalação está em andamento com valor de R$ 499 mil. Localizado no porão do bloco B, o painel redundante possibilitará que se realizem manutenções no painel alimentador existente no local, sem a necessidade de desligamento por longo período da energia de todo o bloco B. Isso diminuirá os transtornos causados, quando existe necessidade de alguma intervenção no painel existente.

Subestação

A UE com a ampliação das atividades ao longo dos anos e com a incorporação

de novas tecnologias aumentou o consumo de energia elétrica e passou a conviver diariamente com riscos de a subestação atual não atender a demanda. Além de não existir atualmente sobras para ampliações que necessitem aumento do consumo de energia elétrica. A reforma da área da subestação de energia elétrica que irá corrigir este problema foi dividida em duas etapas.

Unidade de Queimados será totalmente reformada

Parte elétrica também passa-rá por reformas

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A primeira corresponde à reforma da área física e teve início em 19/11/2018 e o prazo para conclusão é maio de 2019. Seu custo será de quase R$ R$ 280 mil. “Localizada no pavimento térreo do bloco C, a área da subestação está sendo ampliada e adequada para poder receber os novos grupos de geradores de energia elétrica além da modernização das cabines elétricas, o que trará uma segurança ao Hospital em termos de fornecimento de energia elétrica”, explica Gilmar.

Na segunda etapa da reforma, serão instalados novos grupos de geradores de energia elétrica, ampliando a capacidade de carga, que entram em funcionamento quando há interrupções de energia pela concessionária CPFL, e a substituição e modernização das cabines elétricas, visto que os equipamentos existentes são da década de 70 e estão obsoletos, dificultando as manutenções e a reposição de peças sobressalentes, impossibilitando o aumento de carga e/ou ampliações de qualquer caráter na Unidade de Emergência. Este investimento será de

aproximadamente R$ 2,5 milhões.

Novo Tomógrafo

Outra reforma é a da área que receberá o novo tomógrafo. O valor estimado do investimento da reforma da área física é de R$ 360 mil. O novo tomógrafo irá ampliar as possibilidades de diagnóstico, pois possui 160 canais de reconstrução de imagens, o que certamente trará um novo patamar de possibilidades de diagnóstico para as equipes médicas que atuam no Hospital, agilizando diagnósticos, tratamentos e fluxos assistenciais. “Quando um equipamento deste porte é incorporado no Hospital sempre existe uma mudança no patamar assistencial e um ganho importante para os usuários”, explica o diretor de Atenção à Saúde, José Paulo Pintyá.

O equipamento fabricado pela Canon, no Japão, custou R$ 1.720 milhões e entrará em funcionamento em julho. “Mais moderno, o aparelho traz avanços tecnológicos com um panorama mais completo, além de realizar o exame em menos tempo. São

menos de dois minutos contra cerca de 10 minutos do aparelho antigo”, explica Wilker Beicker, coordenador do Centro de Engenharia Clínica.

Compressores

Outro investimento estimado de R$ 85 mil será para a instalação de novos compressores na central de ar comprimido.

Unidade de Queimados

Com necessidade de reforma e modernização há bastante tempo, a Unidade de Queimados irá receber investimentos estimados em cerca R$ 2 milhões de reais (leia box). Localizada no 4º andar, o local terá sua atual estrutura física de 10 leitos reformada e modernizada existindo na nova conformação a possibilidade de ampliação para até 18 leitos.

O atendimento ambulatorial continuará no local, mas com um novo fluxo de usuários que será adequado a normas sanitárias. A estrutura do local prevê dois consultórios médicos, uma sala de curativos, um consultório para atendimento da equipe multidisciplinar e uma sala para atendimento da Fisioterapia.

Verba veio do TRT 15O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-15) e o Ministério Público do Trabalho (MPT-15) destina-ram quase R$ 9 milhões para o Hospital das Clínicas investir na reforma e compra de equi-pamentos para a Unidade de Queimados, na instalação de um novo tomógrafo e na moderniza-ção da infraestrutura elétrica da Unidade de Emergência.

A verba recebida fez parte do acordo de indenização de R$ 200 milhões que a Shell e a BASF destinaram a instituições indi-cadas pelo MPT, entre elas, o HCFMRP-USP. As duas empresas foram processadas por negligên-cia na proteção ao trabalhador e danos ambientais, no município de Paulínia.

CTI Pediátrico Reforma dos elevadores vai o otimizar fluxo na UE

O tomógrafo antigo será substituído por um mais moderno

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Gestão

Professor Carlos Miranda assume a Coordenadoria da Unidade de Emergência

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O professor doutor Carlos Henrique Miranda é o novo Coordenador da Unidade de Emergência em substituição ao professor Marcos Borges que assumiu o comando do Hospital Estadual de Serrana. Seu nome já era ventilado pelos corredores do Hospital, mesmo antes de ser anunciado como novo coordenador. Isso dá a dimensão de quão importante ele já era para Unidade de Emergência. Ao assumir o comando da UE, este mineiro de Campestre vai comandar um hospital com quase cinco mil cirurgias por ano, cerca de 39 mil atendimentos, em 2018, e mais de 1300 funcionários.

Ele chegou a Ribeirão Preto, em 1996, para cursar a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), onde se formou em 2001. Casado com a nutricionista e professora Daniela Elias, é pai de Lucas, de 8 anos, e Murilo, de 4 anos. Seu objetivo pessoal é “manter a família unida e focada na educação de meus filhos dentro de um

ambiente, onde predomine o respeito, o carinho e a honestidade”. Seu objetivo profissional é a “valorização e reconhecimento da medicina de emergência como área que pode ajudar a reestruturar o atendimento de emergência no Brasil através de profissionais qualificados e envolvidos com este cenário”. Leia entrevista que o professor e doutor Carlos Miranda concedeu ao Jornal da U.E.

Jornal da UE - Quais desafios o senhor avalia que terá ao longo de sua administração?

Professor Carlos - Considero a superlotação da sala de urgência, como principal desafio de minha administração, pois este fato pode comprometer a qualidade da assistência que fornecemos à população, além de sobrecarregar todos os nossos colaboradores.

Jornal da UE - Qual análise o senhor faz da UE, hoje, e qual a projeção para quando encerrar seu mandato?

O que gostaria de ver melhorado?

Professor Carlos - A Unidade de Emergência evoluiu muito nos últimos anos, conseguiu se reestruturar, organizando a sua estrutura física e seus processos assistenciais. Esta era a necessidade daquele momento. Acho que agora nós temos condições que nos permitem trabalhar no aprimoramento da qualidade assistencial, pois além de garantir o atendimento, precisa-se zelar para que ele atenda todas as exigências de qualidade, assim como de um grande hospital privado. Essa melhora na qualidade assistencial beneficia a todos, pois o paciente é melhor atendido, os recursos são otimizados e o nosso colaborador se sente mais seguro.

Jornal da UE - Qual o principal problema na UE (estrutura, processos, pessoas) que enxerga como dificuldade para avanços na melhoria do trabalho?

Professor Carlos - Atualmente,

Professor Carlos Henrique Miranda: novo coordenador da UE

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Professor Carlos Miranda assume a Coordenadoria da Unidade de Emergênciaconsidero o déficit de funcionários, principalmente da equipe de enfermagem como o grande problema da Unidade de Emergência, isso é um entrave para o aprimoramento de todos os processos assistenciais. Entendo que este é um problema comum a vários outros setores deste Hospital, mas tenho certeza de que a Unidade de Emergência será priorizada neste processo de reposição de vagas.

Outro aspecto, que precisamos melhorar, é em promover uma mudança de cultura, pois muitas vezes a Unidade de Emergência é encarada como um ambiente inóspito, e isto não é verdade, precisamos construir uma identidade para a Unidade de Emergência, trabalhar aqui foi minha opção pessoal, assim como de vários outros profissionais, que gostam e se sentem honrados de trabalhar neste ambiente.

Jornal da UE - Quais virtudes fazem da UE o que ela é?

Professor Carlos - O que faz a grande diferença na Unidade de Emergência é o seu quadro de colaboradores. São pessoas que se envolvem com os pacientes, com seus familiares, com o gerenciamento, com as decisões administrativas, etc. Vale a pena destacar a participação de três importantes personagens nesta história da Unidade de Emergência: Dr. José Paulo Pintyá, diretor de Atenção à Saúde, do Sr. Ivan Silva, supervisor técnico administrativo, e da Sra. Eliane Emiko Takita, supervisora técnica de enfermagem, que são exemplos de desprendimento, integridade e dedicação.

Jornal da UE - Quais mecanismos precisam melhorar com objetivo de aumentar os vínculos da UE com a rede de urgência e emergência?

Professor Carlos- A Unidade de Emergência reconhece a necessidade de sua integração cada vez maior com

a Rede de Urgência e Emergência, precisamos dialogar com a DRS-XIII, com o SAMU Regional e com as Regulações (Cross e Municipal) para e juntos definirmos quais são os gargalos deste sistema, quais são as maiores demandas da rede para propormos soluções pertinentes, mas que respeitem a transparência e a função de cada uma destas entidades. Outro ponto que sempre temos que ter em mente é a manutenção e o aprimoramento do processo de regulação de fluxo de pacientes dentro desta rede.

Jornal da UE - Ao assumir um cargo/missão em um hospital tão complexo provoca mais a sensação de medo ou de esperança de poder realizar um trabalho que terá impacto importante na vida de milhares de pessoas?

Professor Carlos- Acho que a sensação de responsabilidade é a melhor maneira de expressar o sentimento de assumir este cargo. Pelo motivo de estar envolvido com este Hospital há mais de dez anos, sei de sua importância para a população da cidade de Ribeirão Preto e de toda a região. Desempenhando o seu papel de referência terciária pactuado com a sociedade, somos a última opção de tratamento para muitos pacientes que depositam toda a sua esperança em nossa Instituição e nós não podemos decepcioná-los. Por outro lado, me

“O que faz a grande diferença na Unidade

de Emergência é o seu quadro de

colaboradores. São pessoas que se envolvem

com os pacientes, com seus familiares, com o

gerenciamento”

considero uma pessoa empenhada e otimista, e tento sempre enxergar a possibilidade de fazer a diferença, caso contrário, não teria aceitado esta incumbência.

Jornal da UE - Que mensagem o senhor quer enviar para os colaboradores da UE?

Professor Carlos - Inicialmente, gostaria de agradecer todo o envolvimento que eles vêm demonstrando com a Unidade de Emergência, mesmo em momentos de crise e superlotação, eles não abandonaram o barco. E segundo, gostaria que eles soubessem que assumi este cargo somente por um único motivo, porque considero a Unidade de Emergência como sendo a minha “casa” e geralmente nós almejamos o melhor para a nossa casa e para nossa família.

“Conto com a colaboração e a

participação ativa de todos.

As portas da Coordenadoria estão abertas para vocês”

Professor Carlos Miranda tomou posse no dia 26 de fevereiro

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Acontece

Equipe da UE inicia Serviço de Dor AgudaO controle da dor e o alívio do sofrimento são responsabilidades e compromissos do profissional da área de saúde. E os profissionais da UE sabem bem disso. A Unidade de Emergência possui um perfil de pacientes de alto risco para desenvolvimento de dor aguda e crônica, devido à grande incidência de traumas, grandes queimados e cirurgias de grande porte.

Por isso, a ideia de montar um serviço de dor aguda na Unidade de Emergência já rondava a cabeça do doutor Renato Lucas, médico da equipe de anestesia da UE, há algum tempo. Mas só tomou forma quando, em 2017, encaminhou um paciente para a enfermaria com um cateter periférico com analgesia - procedimento que proporciona ao paciente a infusão contínua de anestésicos - e isso despertou o interesse da enfermeira da ala cirúrgica da UE, Jéssica Daher. “O paciente teve um pós-operatório muito mais tranquilo, uma recuperação mais rápida e eu fiquei interessada em saber mais sobre a

técnica”, explica a enfermeira. “O interesse da Jéssica caiu como uma luva, todo serviço de dor aguda precisa de um médico e uma enfermeira para coordenar”, explica o doutor Renato. A parceria funcionou e as ações para o alívio da dor foram sendo colocadas em prática e melhorando muito o pós-operatório dos pacientes da enfermaria de cirurgia. “Já nas primeiras intervenções foi possível notar a diferença na recuperação dos pacientes”, conta a enfermeira. “E isso refletiu na equipe, que pode atuar com mais tranquilidade, pois um paciente com dor, estressa a equipe”, explica.

Desafio aceito

Diante de tantas evidências positivas, a proposta de criação o Serviço de Dor Aguda foi levada à Coordenadoria da UE e o desafio foi aceito, e o primeiro passo foi a adequação, pela equipe médica e da Farmácia, de drogas que seriam necessárias para o serviço e sua disponibilidade.

A atuação inicial foi na Unidade de Queimados, o protocolo do manejo

Equipe Serviço de Dor Aguda

“O tratamento da dor aguda diminui o tempo

de internação, as compli-cações e, principalmente, humaniza o atendimento. Além disso, possibilita que o paciente seja devolvido

para a sociedade mais rápi-da e produtivamente”

Doutor Renato Lucas - Médico coor-denador do Serviço de Dor Aguda

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de dor aguda foi muito bem aceito pela equipe e o funcionamento da Unidade mudou muito, do ponto de vista emocional e assistencial, tanto para o paciente, como para a equipe.

Com o controle da dor, procedimentos fisioterapêuticos podem ser realizados precocemente e os curativos são menos dolorosos. O doutor Renato explica que “atualmente, a Unidade Queimados não precisa mais da nossa atuação com tanta frequência, pois capacitamos a equipe que já está familiarizada.”

O Serviço também foi estendido para a Ortopedia e CTI adulto e está em fase de crescimento na UE como um todo. A meta é que, em médio e longo prazo, o Serviço atenda o paciente logo na chegada ao Hospital, o que beneficiaria os pacientes com politraumas, grandes queimados, com fraturas complexas, entre outros.

“Outro passo do projeto é fazer o mapeamento da dor aguda em todas as áreas da UE e criar um escore de risco para que possamos atuar na parte preventiva”, conta o doutor Renato.

Ele avalia que “todos só tem a ganhar com a implantação do Serviço, pois diminui o tempo de internação, as complicações e, principalmente, humaniza o atendimento”. “Além disso, possibilita que o paciente seja devolvido para a sociedade mais rápido e produtivamente”, completa o anestesista.

A batalha contra a dor aguda envolve o conhecimento de especialistas de diversas áreas - enfermagem, médica, serviço social, psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, nutrição e farmácia. “É essa equipe multidisciplinar que possibilita o tratamento dor aguda como se deve, em todos seus aspectos físicos e emocionais”, diz a enfermeira Jéssica.

“Um serviço de dor aguda só funciona com pessoas muito interessadas, que tem prazer em tratar a dor”, assegura o doutor Renato. E todas as terças feiras esta equipe, dedicada a aliviar pelo menos um pouco do sofrimento dos pacientes, se reúne para traçar estratégias de enfrentamento contra a dor, um trabalho incansável que está trazendo bons resultados.

“A equipe multidisciplinar

possibilita o tratamento da

dor aguda como se deve, em

todos seus aspectos físicos

e emocionais” Jéssica Daher - Enfermeira coordenadora do Serviço de Dor Aguda

Reunião da equipe do Serviço de Dor Aguda

Todas as terças-feiras esta equipe, dedicada a aliviar pelo menos um pouco o sofrimento dos pacientes, se reúne para traçar estratégias de enfrentamento

contra a dor, um trabalho incansável que está trazendo bons resultados.

Equipe do Serviço de Dor Aguda

Jéssica Daher - Enfermeira

Renato Lucas - Médico

Ana Paula Araki - Responsável Técnica da Farmácia

Carla Patricia - Nutricionista

Daniel Pousa - Fisioterapeuta

Fernanda Loureiro - Psicologa

Francine de Castro Victal - Coordenadora do Núcleo Multiprofissional

Juliana Carla Delsim - Terapeuta Ocupacional

Raquel Verceze Bortolieiro - Responsável Técnica da Terapia Ocupacional

Lídia Prada - Fisioterapeuta

Nádia Marques - Assistente Social

Paula de Carvalho Issa Okubo- Responsável Técnica da Fonoaudiologia

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Fique por dentro

A enfermeira Solange Aparecida Arantes é a nova chefe do CTI adul-to da Unidade de Emergência. Com 30 anos de Hospital, ela há 18 anos atua no Centro de Terapia In-tensiva. Ela será responsável por 66 colaboradores: enfermeiros, técni-cos, auxiliares e oficiais adminis-trativos.

O volume de atendimento médico (porta de entrada) na Unidade de Emergência cresceu 5,7% em 2018 em relação a 2017. Saltou de 36.826, em 2017, para 38.952, em 2019. Com isto, a porcentagem de ocupação do Hospital passou de 103,7% para 104,3%.

Para o Diretor da Divisão Atenção à Saúde (DAS), José Paulo Pintyá, “este aumento de atendimentos deve-se à saturação da Rede de Urgência e Emergência que precisa encontrar soluções criativas para o momento atual, em que todos os parceiros estão trabalhando com superlotação em sua porta de entrada”, explica.

Segundo doutor Pintyá, “apesar deste aumento, a Unidade de Emergência tem sobrevivido com dignidade sendo proativa e criando mecanismos internos com finalidades gerenciais, para otimização de seus recursos instalados, sendo o principal deles o NIR-UE.”

Cirurgias - O volume de cirurgias no mesmo período caiu um pouco. Baixou de 4.623, em 2017, para 4.520, em 2018. Segundo o diretor do DAS, a redução se deve a prioridades. “Nós conseguimos diminuir o número de cirurgias menos complexas e estamos trabalhando com os pacientes mais complexos da rede”, explica.

Cresce o número de atendimento na UE Nova chefia do CTI

A nova marca da Unidade de Emergência foi pensada em ser clean, com curvas e espessuras suavizadas que lembram a logo do HC Campus e suas respectivas cores que ligam as duas instituições. Moderna e dinâmica, pois enfatiza a velocidade que a UE possui no atendimento emergencial ao público. A letra E em verde traz as speed lines, da logo HC Campus, que forma o personagem humano, somente trazendo a lembrança.

“A Unidade de Emergên-cia tem sobrevivido com dignidade sendo proativa e criando mecanismos internos com finalidades gerenciais, para otimiza-ção de seus recursos ins-talados, sendo o principal deles o NIR-UE.”

Nova marca

Doutor José Paulo Pintyá - Diretor do DAS - UE

Solange Arantes - Chefe CTI Adulto

Atendimento porta de entrada da UE

Especialistas 2017 2018

Cirurgia 3.785 4.254

Cirurgia Cabeça Pescoço 812 807

Clínica Médica 4.658 4.428

Ginecologia e Obstetrícia 1.654 1.730

MI Infantil 0 3

Neurocirurgia 612 594

Neurologia 2.255 2.452

Oftalmologia 6.061 6.512

Oftalmologia - Retorno 2.343 2.077

Ortopedia 2.464 2.807

Otorrinolaringologia 2.037 2.316

Pediatria 3.704 3.967

Psiquiatria 583 851

Queimados - ( P.S.) 370 323

Queimados - Retorno 2.555 2.322

Retornos U.E. - (P.S.) 2.820 3.385

Toxicologia 113 124

Subtotal - P.S. 36.826 38.952

SESMT 944 791

Vig. Epidemiológica 1.139 1.726

Vig. Epidemiológica (P.S.) 235 175

Subtotal - Outros 2.318 2.692

Total - U.E. 41.462 44.336

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Cinema na enfermaria Qualidade comprovada

Todas as sexta-feiras, às 14h30, é hora de “Cinema na Enfermaria” da Unidade de Emergência para os pacientes e acompanhantes. Com direito a pipoca, cachorro quente, bolo, jujuba e chocolate quente. Tudo com orientação da Nutrição.

Desde que começou em novembro de 2016, o “Cinema na Enfermaria” já realizou 56 sessões para 218 pacientes e seus acompanhantes. Os filmes são escolhidos por eles próprios. Ao longo desse período, os campeões de audiência são Chaves, Mister Bean e Mazaroppi.

A idealizadora do programa, a enfermeira Taisa Furlan Coliquio diz

que “a sessão de cinema tira o paciente do mundo da doença. Eles relaxam, riem e socializam com outros pacientes”, afirma.

João Reis de Souza aprovou o programa. “Parabéns ao HC. A gente esquece um pouco os problemas e se diverte com o filme. Tem até pipoquinha, suco e a cadeira é confortável”, garante.

Douglas Damião Santos do Carmos assiste à sessão Cinema na Enfermaria pela terceira vez. “É muito bom. Descontraio, esqueço que estou num hospital e saio daqui mais leve”, afirma.

O Banco de Tecidos do Hospital das Clínicas recebeu, em fevereiro, o certificado ISO 9001:2015, que é o conjunto de normas de sistema de gestão da qualidade reconhecida internacionalmente, utilizada para comprovar a capacidade de fornecer produtos e serviços que atendem às necessidades dos clientes e de sua satisfação por meio de melhorias dos processos e avaliações.

O Banco tem por finalidade fornecer tecidos humanos para transplante, provenientes principalmente de doadores de órgãos. Podem ser transplantados para corrigir diversos problemas médicos, como falhas ósseas por fraturas ou tumores, lesões ligamentares, deformidades ósseas, queimaduras, ou seja, uma série de situações onde a correção sem o uso de tecido humano seria difícil ou até impossível.

Para fornecer tecidos humanos dentro dos padrões sanitários e legais exigidos, o Banco conta com uma estrutura complexa e com um sistema de gestão da qualidade que traz segurança quanto à eficácia e transmissão de doenças.

Doutor Luis Gustavo Martins - Coordena-dor Banco de Tecidos do HCFMRP-USP

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