Ufpbemrevista 08

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Ano 1I . Número 8 - Agosto 2014 Pesquisa em carcinicultura pode tornar UFPB referência no Nordeste UFPB

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UFPB em revista está vinculada a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba.

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Ano 1I . Número 8 - Agosto 2014

Pesquisa em carcinicultura pode tornar UFPB referência no Nordeste

UFPB

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4 • Processo de elaboração do novo Estatuto da Instituição é iniciado

6 • Sods organiza arquivos antigos da Instituição

7 • Pesquisa do professor Juan Cortez recebe prêmio de Excelência e Qualidade Brasil

8 • CARCINICULTURA - Pesquisador estuda estágios de crescimento dos camarões

11 • Greve dos Servidores atrasa cadastramento de Residência e Restaurante Universitários

12 • CAVN comemora 90 anos

14 • CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Unidade de Produção de Álcool e Cachaça está abandonado há cerca de 10 anos

17 • Arroz Vermelho - Cereal é destaque em pesquisa

18 • EXTENSÃO - “UFPB na Sua Escola” aproxima estudantes do ensino médio do conhecimento universitário

20 • Pesquisa avalia bicicleta como meio de transporte no campus

22 • RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO - Reforma empreendida não afeta atendimento aos estudantes

24 • INSTALAÇÕES - Cuidados e prevenção minimizam problemas com as chuvas

26 • Instituição mantém liderança nacional no PROEXT 2015

SumárioAdministração

Reitora:

Margareth De Fátima Formiga Melo Diniz

Vice-Reitor:

Eduardo Ramalho Rabenhorst

Pró-Reitoria de Administração (PRA):

Zelma Glebya

Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (PRAPE):

Thompson de Oliveira

Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PRAC):

Orlando Vilar

Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP):

Francisco Ramalho

Pró-Reitoria de Graduação (PRG):

Ariane Sá

Pró-Reitoria de Planejamento (PROPLAN):

Marcelo Sobral

Pró-Reitoria de Pós Graduação (PRPG):

Isac de Medeiros

Prefeitura Universitária (PU):

Sérgio Alonso

Superintêndencia de

Tecnologia da Informação (STI):

Pedro Jácome

FOTO CAPALuan Matias

[email protected]

facebook.com/ufpbemrevista

UFPB em revista está vinculada a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba.

João Pessoa - PBAgosto - 2014

Equipe UFPB em Revista

Romulo JeffersonRedator/Estagiário

Thales LimaProjeto Gráfico e Diagramação

Wallyson CostaRedator/Estagiário

Peter SheltonRedator/Estagiário

Luan MatiasRedator/Estagiário

Derval GolzioEditor

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EditorialSe alguém procurar a definição de ‘estatuinte’ no dicionário Aurélio, Houaiss ou Michaelis não vai

encontrar. No Dicionário Informal, estatuinte é “aquilo que que leva a pessoa responsável por gerir uma instituição a governar de forma democrática”. Estatuinte é um processo de (re) elaboração do Estatuto de uma instituição. Ou seja, o processo estatuinte é para reformar ou elaborar um novo estatuto.

Todos concordam que o Estatuto da Universidade Federal da Paraíba está bastante defasado e precisa ser atualizado. No entanto, apesar de ser uma demanda histórica, seguidos Reitorados não aceitaram o desafio. O tema sempre fez parte da carta programa de candidatos, mas depois da eleição ficava no esque-cimento.

Não é esse o caso da atual gestão. No início de 2013, a Reitora Margareth Diniz nomeou uma Comissão de Estudos, sob a presidência da Professora Ana Montoia (DCS), e em junho de 2014 foi nomeada uma Comissão Executiva, sob a presidência do Professor Gustavo Tavares da Silva (DH), para elaborar uma proposta de texto inicial e uma metodologia.

A missão da Comissão Executiva é sistematizar as demandas da comunidade universitária de acordo com os princípios da nova administração pública. Para auxiliar o processo, a Comissão criou uma página no sítio da UFPB (www.ufpb.br/estatuto) para estabelecer uma comunicação aberta com a comunidade universitária.

No processo de construção da metodologia, duas estratégias foram cogitadas. A primeira, uma estatuin-te baseada no modelo tradicional de representação que elege delegados dentro de uma estrutura piramidal baseada em regras de proporcionalidade. Nesse modelo, a ideia consiste em criar um espaço de participa-ção ‘exclusivo’ dos ‘delegados estatuintes’.

No entanto, a representação ‘delegativa’ apresenta alguns problemas. Trata-se de um modelo cuja ‘mate-mática social’, com seus esquemas de proporcionalidade, não assegura o melhor resultado. O fato de ser ‘exclusiva’, numa instituição como a UFPB, já tem um problema conceitual no seu nascedouro.

A estratégia adotada pela Reitoria é mais ‘inclusiva’ e respeita o empoderamento dos atores que com-põem a instituição. O objetivo é incluir o maior número de pessoas no processo e tratar todos (profes-sores, técnicos administrativos e estudantes) como iguais, como representantes da instituição. O modelo é descentralizado, participativo e respeita a autonomia dos Centros e setores que podem decidir sobre a organização.

Algumas inquietações sobre o processo surgiram e isso é perfeitamente normal num ambiente acadêmi-co democrático. Toda mudança provoca reações: do conservadorismo em defesa do status quo, passando pela incompreensão dos que não querem ou preferem não entender, culminando com o reconhecimento dos que percebem o momento histórico como uma novidade capaz de contribuir para uma instituição que produza melhores resultados.

Nesse sentido, toda a comunidade universitária é conclamada a participar do processo que é uma cons-trução coletiva. Participe!

Comissão Executiva da Estatuinte

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Processo de elaboração do novo Estatuto da Instituição é iniciado

Reportagem e Foto: Luan Matias

Reivindicação de décadas, sempre relembrada nas campanhas eleitorais para Reitor, finalmente será co-locada em prática. No último dia 06/08 a Assem-bléia Universitária deu início ao processo de reforma do estatuto da UFPB. A proposta é elaborá-lo de maneira democrática, buscando atender às necessi-dades atuais da Instituição através da participação de alunos, professores e funcionários.

A mesa da Assembléia, presidida pela Reitora Mar-gareth Diniz, contou com a presença do Vice-Reitor, Eduardo Rabenhorst; do Procurador Geral, Carlos Mangueira; do Coordenador da SODS, Severino Oliveira, além de todos os Pró-Reitores da Universi-dade. Representantes de todos os setores da comuni-dade acadêmica estiveram presentes e puderam fazer considerações a respeito da estatuinte.

Segundo a Reitora Margareth Diniz, embora exis-tam resistências, a reforma se faz necessária. “O Es-tatuto se encontra defasado, pois vem da década de 1960, ainda em tempos de ditadura militar. Várias universidade do Brasil já o fizeram e, como foi uma proposta de campanha, estamos iniciando o proces-

so de maneira transparente. A Universidade precisa avançar na contemporaneidade, em tudo o que se diz respeito a ensino, pesquisa e avanços tecnológi-cos”, declarou. É importante salientar que no ano de 2002, época do desmembramento responsável pela criação da Universidade Federal de Campina Gran-de, alterações pontuais foram feitas, mas nada com-parado ao trabalho iniciado agora.

Renan Herbert, Presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), apoiou a iniciativa, embo-ra tenha cobrado aos discentes maior interesse no processo. Já José Rômulo Batista, vice-presidente do Sintespb, representou os servidores técnicos admi-nistrativos da Universidade e criticou o fato de algu-mas propostas terem sido previamente elaboradas e só depois colocadas à disposição para ajustes, o que não permitiria chamar a assembléia de estatuinte. Jaldes Reis, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal (Adufpb), criticou a “colcha de retalhos” vinda dos tempos de ditadura, referin-do-se ao Estatuto.

O Vice-Reitor, Eduardo Rabenhorst, preferiu

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focar no consenso existente entre os representan-tes dos segmentos da comunidade universitária, pelo menos no que se diz respeito a necessidade de grandes mudanças no Estatuto da UFPB e, embora relute em utilizar a expressão “estatuin-te”, crê não haver necessidade de simplesmente combater o termo e dar a essa luta ares de he-roísmo. “Precisamos transformar o evento ad-ministrativo em uma oportunidade para refletir academicamente sobre os rumos da UFPB. O cenário que se aproxima, independente do resul-

tado eleitoral, é de dificuldade financeira para as universidades públicas”, alertou.

O processo de reforma do estatuto teve início no ano de 2013, quando foi elaborada uma Comissão de Estudos. Oito reuniões ocorreram e geraram um relatório, que foi entregue ao Conselho Universitá-rio (Consuni). Posteriormente a Reitora designou uma Comissão Executiva, presidida pelo Professor Gustavo Tavares, com a finalidade de elaborar o pro-cesso, que deve ser baseado na experiência de outras grandes universidades e nas sugestões da Comissão de Estudos.

Calendário de atividades da reformulação do estatuto da UFPB:

Realização da Primeira Assembleia Universitária Estatuinte 06/08/2014

Discussão sobre a primeira versão do novo Estatuto 07/08/2014 a 02/10/2014

Fim de prazo para apresentação de propostas modificativas - V. 1 02/10/2014

Elaboração da segunda versão do novo Estatuto 02/10/2014 a 16/10/2014

Realização da Segunda Assembleia Universitária Estatuinte 16/10/2014

Discussão sobre a segunda versão do novo Estatuto 16/10/2014 a 20/11/2014

Fim de prazo para apresentação de propostas modificativas - V. 2 20/11/2014

Sistematização das propostas e elaboração da versão Final do Estatuto. 20/11/2014 a 11/12/2014

Realização da Terceira Assembleia Universitária Estatuinte 11/12/2014

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Sods organiza arquivos antigos da Instituição

A Secretaria dos Órgãos Deliberativos da Admi-nistração Superior (Sods) está realizando um Traba-lho cansativo, minucioso e extremamente desafia-dor: atualizar e validar antigos documentos, há anos obsoletos. Mais de 220 resoluções foram enviadas ao ex-Reitor, Rômulo Polari, para que essas pen-dências sejam assinadas e regularizadas. A intenção é superar esta etapa no mais breve espaço de tempo possível, para então iniciar o processo de digitaliza-ção dos documentos.

Para entender a importância do trabalho desen-volvido sob coordenação do professor Severino Francisco de Oliveira, é preciso ter conhecimento de que todas as decisões tomadas na Universidade são normatizadas através de resoluções. O início do trabalho envolveu a contratação de estagiários e uma mobilização intensa dos funcionários do setor. “Ter todas essas resoluções em formato digital tam-bém irá requerer especialistas na área, mas terá um resultado inestimável em termos de conservação e funcionamento do setor”, explicou.

A SODS é o setor de apoio administrativo aos co-legiados que compõem a estrutura político-adminis-trativa e didático-científica da Universidade. É nela onde são arquivadas todas as decisões tomadas na Instituição: criação e desmembramentos de cursos, departamentos e centros, aquisição de patrimônio e orçamentos, além de todos os processos de interesse da comunidade estudantil e estatutos de regimento da universidade. Todas essas ações são normatizadas através de resoluções e muitas delas estão perdidas em situação irregular.

Segundo Severino Francisco, essas resoluções de regime interno, amparadas por leis federais, visam melhorar o funcionamento das atividades da Uni-versidade, e para isso é necessário um controle me-ticuloso desses instrumentos de normatização. Esse é um cuidado que não vinha sendo tomado e estava atrapalhando o desenvolvimento das atividades da Secretaria. “Muitos documentos de anos anteriores não foram encontrados ou não estavam assinados. Isso não só os invalida, mas também pode acarretar diversos problemas”, concluiu Oliveira.

Reportagem e Foto: Luan Matias

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Reportagem: Peter Shelton

Foto: Jessica Azevedo

Pesquisa do professor Juan Cortez recebe prêmio de Excelência e Qualidade Brasil

O professor Juan Carlos Viña Cortez, do departamento de Psicologia da UFPB e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente, recebeu da Associa-ção Brasileira de Liderança, em São Paulo, a Menção Honro-sa dos profissionais no Prêmio Excelência e Qualidade Brasil, pelas atividades desenvolvidas no campo da pesquisa para re-aproveitamento dos resíduos da gasolina, o Gasolimp. Esta é a segunda premiação de Cortez, que em 2010 havia recebido a menção honrosa no Seminário

Internacional de Tecnolo-gias Limpas.

Desenvolvido há 10 anos, a ideia do Gasolimp tem como base o uso de uma espuma biodegradá-vel feita a partir de fibras naturais de celulose que absorve as gotas de gaso-lina ao longo de 30 dias e depois é reaproveitada como gerador de energia. “Após absorver o combus-tível durante esse perío-do, a espuma é triturada, compactada e encaminha-da para usinas e olarias como resíduo co-gerador, substituindo o carvão na-

tural” explica o pesquisador.Segundo o professor Juan

Carlos, o projeto surgiu da constatação do desperdí-cio do resíduo de gasolina nos postos: “A ideia surgiu quando observei o derrame de algumas gotas de gasoli-na na flanela e na roupa do frentista. Ao longo do dia, cada bomba desperdiça até 150 ml de combustível. Esse gotejamento pode prejudi-car a saúde dos trabalhado-res e o meio ambiente a lon-go prazo.” A pesquisa ainda constatou que esses resíduos

possuem compostos químicos tóxicos que provocam problemas respiratórios e até pode afetar até mesmo o sistema nervoso central dos frentistas.

Juan Carlos ressalta ainda que o projeto promoveu muitas dis-cussões nas políticas de geração de energia, devido ao teor de combustão que esse resíduo tem e o impacto ao meio ambiente. “Temos uma legislação que ainda tenta se adequar às novas tecnolo-gias que evitam impactos ao meio ambiente. Apenas 3% de todos os resíduos são aproveitados no Bra-sil, vamos precisar de outras alter-nativas” relata Viña Cortez.Projeto Gasolimp em pleno funcionamento

Juan Cortez recebe prêmio através da Reitora Margareth Diniz

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8 UFPB em revista

É uma linha de pesquisa que não avançou

muito e estamos tentando contribuir para o seu

desenvolvimento

Pesquisador estuda estágios de crescimento dos camarões

CARCINICULTURA

Reportagem: Wallyson Costa

Fotos: Luan Matias

A carcinicultura de água doce (criação e produção de cama-rões em viveiros) é um ramo em expansão na região do Brejo, e se aproveita da consolidação da criação de peixes (piscicul-tura) para se estabelecer, já que as duas culturas compartilham as mesmas ferramentas de pro-dução. Esse também é o objeto da pesquisa desenvolvida no Campus III da UFPB pelo pro-

fessor Marino Almeida.Almeida conta que seu traba-

lho inicialmente era pautado na carcinicultura de água salgada, e a partir da chegada ao campus de Bananeiras percebeu a neces-sidade de estudo do camarão de água doce “É uma linha de pes-quisa que não avançou muito e estamos tentando contribuir para o seu desenvolvimento”.

Até a década de 1980, a carci-

(Marino Almeida)

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nicultura de água doce era mais popular no Brasil, mas perdeu espaço para a marinha. No en-tanto, há alguns anos, a carci-nicultura marinha sofreu com crises de produção causadas por enfermidades em regiões líderes de cultivo, como o Rio Grande do Norte. É neste cenário que o camarão de água doce leva van-tagem por ser mais resistente.

A pesquisa realizada atualmen-

te em Bananeiras é relacionada ao ciclo de muda dos camarões. Marino explica que esse estudo é importante pois “como eles são crustáceos com esqueleto exter-no, periodicamente precisam se desfazer do esqueleto para po-der promover o crescimento e depois refazê-lo. Isso promove uma série de mudanças fisiológi-cas nos animais. A mais evidente no ponto de vista de cultivo, é

o animal parar de se alimentar em certos períodos”. A dosagem alimentar nos períodos em que o crustáceo deixa de alimen-tar-se tem impacto de mercado relevante, pois o produtor ante-cipando-se a essa característica evita colocar ração em demasia, minimizando ou erradicando perdas financeiras e deterioração da área.

Até o ano de 2013, ainda tra-

Com crescimento das larvas, camarões chegam a pessar mais de 100g

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balhando com o camarão de água salgada, o estudo se pau-tou na atividade enzimática dos animais e foi feito em parceria com laboratório da UFPE. Esse ano, o foco tem sido o camarão de água doce. No momento, a equipe está na primeira fase do estudo, sendo feito mapeamen-to de todos os estágios de cres-cimento dos camarões, com um

trabalho de histologia, observa-ção e microscopia.

Após os estudos serem finali-zados e o animal atingir o cres-cimento máximo, os camarões cultivados no campus de Bana-neiras ficam à disposição para a venda no posto com essa fina-lidade, no interior do próprio campus. A atividade não tem fins lucrativos e por isso os ho-

téis e até a população da cidade aproveitam a ocasião para adqui-rir camarão a preços módicos. O dinheiro recebido é depositado pelo Guia de Recolhimento da União (GRU) que retorna para a Universidade. Além disso, os ca-marões são fornecidos para aulas dos cursos de Ciências Agrárias, Agroindústria, para pesquisas.

O professor Marino Almeida revela que só não se tem um avanço maior na carcinicultura de água doce por falta da oferta de larvas, e que existem poucos laboratórios que as produzem no Brasil. O projeto do Laboratório de Carcinicultura de Água Doce foi elaborado por Marino em 2009 e irá funcionar tam-bém na produção dessas larvas. A estrutura contará com o galpão de larvicultura, pavilhão de maturação, reprodução e de desova, processos que compõem to-das as etapas da larvicultura. A estrutura está em fase final de construção e quando pronta, contará com cerca de 650 m² de área construída.

Almeida revela que no laboratório serão realizadas atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Temos

uma sala de aula que comporta 60 alunos e que pode ser utiliza-da tanto para cursos da própria Universidade como para cursos de extensão para a comunidade. Na área de pesquisa temos dois labo-ratórios, um destinado a parte de análise da água e outro destinado a experimentos em aquários”.

O pesquisador salienta que o Laboratório terá porte único no Nordeste para fins de produção de

larvas, e que a próxima etapa é conseguir apoio da Universidade, de órgãos como Sebrae e Ministério da Pesca para equipá-lo e ter uma atuação significativa no âmbito regional.

RecursosRecentemente a prefeitura de Bananeiras recebeu

uma verba de aproximadamente 15 milhões de reais junto ao Ministério da Pesca para investimento na cadeia produtiva da piscicultura na cidade. Marino revela que esse investimento pode trazer benefícios para as atividades ligadas ao mercado da carcinicul-tura de água doce e para a formação especializada de mão de obra para ambas culturas de cultivo.

Laboratório

Laboratório de Carcinicultura de Água Doce, após equipado, será referência no Nordeste

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Greve dos Servidores atrasa cadastramento de Residência e Restaurante Universitários

As atividades de cadastramento e recadastramento dos serviços de assistência ao estudante (Residência e Restaurante Universitário) iniciaram-se tardiamen-te no período 2014.1. De acordo com a professora Hilzeth Pessôa, Coordenadora de Assistência e Pro-moção Estudantil, o atraso no início das atividades se deu por causa da greve dos servidores técnico-admi-nistrativos, que impossibilitou a realização da avalia-ção socioeconômica dos alunos, feita exclusivamente pelas assistentes sociais da Pró Reitoria de Assistência Estudantil (Prape).

A partir da volta às atividades dos servidores, a se-leção iniciou-se e as listas de comensais referentes ao Restaurante Universitário começaram a ser divulga-das a partir do dia 28 de julho. A primeira lista, re-ferente a alunos com iniciais de A à D, contemplou os alunos a partir do dia 30 de julho. Já a última, re-ferente aos alunos com iniciais de N à Z, foi liberada no dia 17 de agosto, três dias antes do fim do período letivo, e contemplou os alunos a partir do dia 19.

Nas últimas semanas do período letivo ainda era possível observar filas sendo formadas por retardatá-rios nos corredores da Reitoria para cadastramento do Restaurante e da Residência Universitária. A se-leção realizada pela Coordenadoria de Assistência e

Promoção Estudantil (Coape), foi dividida entre a sua própria sala, no 1º andar da Reitoria, que aten-deu alunos ainda não cadastrados, e o auditório da Prefeitura Universitária, que atendeu recadastramen-tos.

Atualmente o Restaurante Universitário passa por reformas, em que um dos salões que atende os alu-nos está completamente parado. A Coordenadora de Assistência Estudantil revela que as reformas eram esperadas e que nenhum aluno deixará de ser com-templado por falta de estrutura. Ela pontifica que o RU já conta com um novo salão funcionando, que dará conta de todos os comensais, prestando a sua finalidade.

A seleção feita pelas assistentes sociais da Prape tem como propósito filtrar apenas alunos carentes para os programas de assistência da UFPB. Hilzeth Pes-sôa explica que a seleção é realizada através de edital público com exigência de documentos comproba-tórios, e uma vez dentro dos parâmetros os alunos passam a ter acesso aos benefícios concedidos pela Prape. “A nossa responsabilidade está em realizar pe-riodicamente uma verificação dos beneficiários com atualização dos dados e apenas alunos cadastrados e selecionados têm acesso garantido”.

Foto: Rômulo Jefferson

Reportagem: Wallyson Costa

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O auditório do Campus III da Universidade Federal da Pa-raíba foi palco de sessão espe-cial da Câmara de Vereadores de Bananeiras, no dia 22 de ju-lho, como parte da série de ho-menagens ao Colégio Agrícola Vidal de Negreiros (CAVN), que em setembro completa 90 anos de existência. Na ocasião estavam presentes o prefeito da cidade, Douglas Lucena, o pre-sidente da Câmara de Vereado-res, Ramon Moreira, a diretora do Campus III, Terezinha Do-miciano, além de outras auto-ridades, alunos, ex-alunos, ex-diretores e seus familiares.

De acordo com Terezinha Domiciano as homenagens ao CAVN “representam um resgate de toda história de-senvolvida no Campus III da UFPB, um resgate não só do Colégio mas de toda a região, e do avanço das várias atividades de ensino, pesquisa e extensão que a Universidade e o CAVN tem orgulho de desenvolver, tendo assim posto no mercado tantas pessoas e profissionais de sucesso”.

Um dos proponentes da so-

CAVN comemora 90 anosReportagem e Fotos: Wallyson Costa

HistóriaO senhor Manoel Luiz Silva,

aluno do Colégio Agrícola Vidal de Negreiros entre 1963 e 1965, e com conhecimento histórico sobre as várias etapas pelas quais passou a Instituição, faz parte da equipe que idealizou as festivi-dades, sendo o responsável pelo resgate de arquivos importantes da história do CAVN, e também pela organização do memorial que mostra uma linha do tempo histórica do Colégio Agrícola.

Manoel Luiz relata várias mu-danças nesse grande período de tempo em que o CAVN fun-ciona. Segundo ele a principio existiam apenas três prédios: um

lenidade, Ramon Moreira, res-salta a importância do Colégio Agrícola para a história de Ba-naneiras e da região. Ele relata que a Instituição chegou a cida-de impulsionada pela grandeza da sua produção agrícola, sen-do a maior produtora de café na Paraíba e segunda maior do Nordeste em meados do século XIX, e que atualmente conti-nua como mola propulsora de desenvolvimento educacional, social, econômico e intelectual do município.

As comemorações iniciaram-se em maio com a oficina “Ro-dada de conversa: CAVN - 90 anos de história” que contou com a participação do poeta Oliveira de Panelas e o Soció-logo José de Souza. Na oficina, ex-diretores, alunos e servido-res idealizaram a montagem do cordel “CAVN – sementeira de sonhos e esperanças” que contará a história do Colégio. As comemorações continua-rão durante os próximos me-ses, chegando ao ápice entre os dias 5 e 7 de setembro, sendo o dia 7 o dia de aniversário do CVAN.

(acim.) Cartaz da sessão solene da Câmara dos Vereadores. (a dir.) Campus III, Bananeiras.

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pavilhão de aulas, um adminis-trativo, e um dormitório para os alunos. Ele também revela que o Colégio dispunha apenas do Curso Técnico Agrícola, e com o passar dos anos foram criados outros como o de Agroindústria e Aquicultura.

Luiz salienta que o CAVN sempre foi referência, e que na época em que estudava, alunos de várias partes do Brasil ficavam internos na cidade de Bananei-ras. “Alunos que moravam na proximidade viviam no regime de externado já os que moravam em locais mais distantes ficavam internos, tínhamos alunos do Rio Grande do Sul, descendentes de japoneses de Santa Catarina,

alunos do Ceará. Antigamente víamos mais pela escassez de es-colas, hoje em dia não tanto, mas há alguns casos”.

O colégio agrícola foi a base do Campus III da UFPB. Constru-ído a partir de 1920, começou a receber alunos em 1923, e a fun-cionar em 1924. Oséias Almeida Neto, outro ex-aluno, que estu-dou de 1962 à 1967, revela que a escola era administrada pelo Ministério da Agricultura através da Superintendência do Ensi-no Agrícola e Veterinário. Já em 1964 ficou na responsabilidade do Ministério da Educação, com administração a cargo da UFPB.

Importante também em cunho social para a região, o CAVN re-

cebia no chamado Patronato de Classe Rural, menores entre 10 e 15 anos desvalidos ou filhos de lavradores que residiam na zona rural. Já o Patronato de Classe Urbana recebia órfãos, filhos de pais pobres residentes em centros urbanos, todos eles com autori-zação judiciária ou da Diretoria Geral do Serviço de Povoamento.

Hoje, o CAVN conta com cursos Técnicos nas áreas de Agropecuária, Agroindústria e Aquicultura além de turmas do Pronatec. Junto com o CCHSA, que oferece cursos de Graduação e Pós-Graduação, Bacharelado e Licenciatura em várias áreas, constituem o Campus III da Universidade Federal da Paraíba.

História

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Unidade de Produção de Álcool e Cachaça está abandonado há cerca de 10 anos

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DescasoA seis quilômetros da sede do

Campus II está a Unidade de Produção de Álcool e Cachaça, de propriedade da UFPB. Patri-mônio atualmente pouco conhe-cido pela comunidade universi-tária e pela população, já gerou inúmeros benefícios para o CCA e para a cidade de Areia. A Equi-pe da UFPB em Revista esteve no local, para conhecer de perto a situação e tentar compreender os motivos que levaram a parali-sação das atividades.

Já na área externa da unidade, localizada em uma área predomi-

A cidade de Areia, localizada na microrregião do Brejo paraiba-no, é conhecida por suas belezas naturais, clima agradável e pelas muitas riquezas históricas e culturais. Outra de suas marcas é o cultivo e processamento de cana de açúcar, prática tradicional em toda a região. Dados do Governo do Estado apontam para 28 engenhos ativos no município, que não apenas produzem aguar-dante e rapadura, mas mantém uma tradição secular.

O campus II da Universidade Federal da Paraíba, sede do Cen-tro de Ciências Agrárias, é um dos principais patrimônios da ci-dade e mantém uma profunda relação com as atividades culturais desenvolvidas na região. Apesar disso, a Unidade de Produção de Álcool e Cachaça, um dos principais meios de ligação entre a Ins-tituição e os produtores do município, está atualmente inativa, em uma história de descaso com o patrimônio público e desperdício financeiro.

Reportagem e Fotos: Luan Matias

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nantemente rural e afastada do centro da cidade, é possível notar o abandono. As paredes sujas e a vegetação que invade a constru-ção denunciam a falta de cuida-do. Na antiga fábrica é possível constatar que a estrutura é con-sideravelmente grande. Balan-ça para pesagem de caminhões, maquinário imponente, alambi-ques e salas específicas para cada processo da produção de álcool e cachaça. O equipamento é capaz de produzir de 200 a 300 mil li-tros de caldo por ano. Em plena atividade, seria a terceira maior produtora do gênero no estado.

Mas, para compreender os

motivos que levaram ao abando-no de uma estrutura com tanto potencial, é preciso voltar no tempo. O professor Normando Filho, do Departamento de So-los e Engenharia Rural e atual responsável pelo local, conta que as atividades foram iniciadas no início da década de 80 e visavam servir de suporte aos pequenos produtores locais. Com o faleci-mento do gestor da Unidade e a falta de um encaixe na estrutura da universidade para que o local não dependesse da figura de uma única pessoa, a produção de eta-nol e cachaça foi interrompida e toda a unidade ficou inutilizada.

No ano de 2010 surgiu uma alternativa que incentivaria a revitalização da unidade: a ela-boração do Curso Superior de Tecnologia em Produção Su-croalcooleira da UFPB. A gra-duação foi de fato criada, mas acabou destinada ao campus de João Pessoa, não só abrindo mão da estrutura de equipamentos e professores do Centro de Ciên-cias Agrárias, mas desconside-rando a tradição da cidade de Areia nas atividades desta área.

É importante destacar que a re-vitalização Unidade de Produção de Álcool e Cachaça certamente custaria caro, embora, se bem

Foto: Derval Golzio

Estrutura abandonada teria capacidade de ser a terceira maior produtora de álcool e cachaça do estado

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elaborada, teria retorno finan-ceiro e acadêmico garantidos. Especialistas orçaram, só para a reestruturação da parte elétrica, um gasto de 49 mil reais. Ain-da assim, grande parte dos ma-teriais podem ser reaproveitados. Os alambiques envelheceram, mas podem ser higienizados. Já a caldeira precisará ser totalmente revisada, pois o mal funciona-mento poderia acarretar em sé-rios riscos.

Ainda segundo o professor Normando, o abandono do lo-cal se deve também a um pro-jeto mal elaborado. “A morte do gestor certamente acelerou o fechamento da unidade, mas com a proposta que tinha, estava fadada ao fracasso mais cedo ou mais tarde. Com a visão única de assistir aos pequenos produtores locais, em pouco tempo o que aprenderam seria levado para as suas produtoras, e a cooperativa teria um prazo de validade”, con-tou.

O desafio não é ape-nas restaurar o local, mas torná-lo viável. Uma possível solução seria a criação de um laboratório de apoio na unidade, o que auxi-liaria tanto produtores quanto alunos. Outra possibilidade reside em estabelecer parcerias entre a UFPB e fontes de financiamento de pesquisas. Temas como Análise Sensorial, fer-mentação e os diversos derivados da cana de açúcar poderiam ser estudados no local. Além disso, muitos proprietários de peque-nos engenhos têm problemas com rendimento por não produ-zirem de maneira correta, e com esse suporte poderiam ser orien-tados a otimizar sua produção, aprendendo a evitar desperdícios e a desenvolverem todas as etapas do processo.

São varias possibilidades para

a revitalização da Unidade de Produção de Álcool e Cachaça. Maiores ainda são os benefícios acadêmicos, sociais e econômi-cos consequentes de um futuro e bem planejado funcionamento do local. Ensino, pesquisa e ex-tensão podem ser contemplados nessa estrutura que, independen-te de qualquer problema de ela-boração e execução, é patrimô-nio da UFPB.

Vegetação invade área da Unidade de Produção de Álcool e Cachaça

Equipamentos sofrem ação do tempo

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UFPB em revista 17

Arroz VermelhoCereal é destaque em pesquisa

Pesquisa desenvolvida no Centro de Ciências Agrá-rias (CCA), no campus II, em Areia, estuda as carac-terísticas e aplicações do arroz vermelho na alimen-tação humana. Comumente encontrado na região do Vale do Piancó, o cereal desperta interesse em movimentos como o Slow Food (comida lenta) e já chega a ser exportado para outros países em virtude de sua composição orgânica e a alta valorização na gastronomia.

Alguns trabalhos de conclusão de curso e também extensão já foram realizados utilizando o arroz ver-melho. Entre os aspectos estudados estão as caracte-rísticas físicas, como o tamanho do grão e o formato. Além das características químicas, como valor nutri-tivo, a experimentação e a procura por novas formas de utilização do arroz. Um dos fatores importantes de sua composição é que o arroz vermelho não possui glúten e por isso já foram desenvolvidos pratos que o utilizam como base de sua preparação, como pães, panquecas, croquetes e até pudins.

Entre as características de composição do arroz, a pesquisa já conseguiu demonstrar que ele é um pro-duto rico em fibras que auxiliam na digestão e apre-senta substâncias antioxidantes importantes para a diminuição dos radicais livres no organismo. Além de

minerais, proteínas (em torno de 10%) e vitaminas do complexo B. A coordenadora dos estudos sobre o arroz vermelho, professora Márcia Roseane, ressalta que a alta concentração de nutrientes presentes se dá em virtude do tipo de polimento, que não é total, pois o cereal é consumido com pequenos vestígios da casca que o protege e isso também é o que determina a coloração do arroz.

Em virtude do seu processamento, predominante-mente rudimentar, já que o arroz passa por apenas uma máquina, chamada de despolpadeira, ele torna-se um alimento que tem um valor nutricional maior do que o chamado arroz branco (totalmente polido). Mas, além disso, o que chama atenção para esse tipo de arroz é a maneira como ele é preparado, com leite, o que o deixa com uma consistência mais homogênea e ganha destaque na alta gastronomia regional.

Recentemente, o movimento Slow Food, movi-mento que teve origem na Itália e ganha adeptos no mundo inteiro se contrapondo ao Fast Food (comida rápida), entrou em contato com produtores do arroz para inserí-lo no cardápio e, estes, que se encontram na região de Aparecida, Guarabira e Bananeiras já fo-ram convidados para visitar a sede da organização.

Reportagem: Rômulo Jefferson

Foto: Wallyson Costa

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“UFPB na Sua Escola” aproxima estudantes do ensino médio do conhecimento universitário

EXTENSÃO Fotos: Divulgação

O projeto de extensão “UFPB na sua Escola: A ciência em suas mãos” promove ações de intera-ção em escolas da rede pública de João Pessoa com o objetivo de aproximar o conhecimento científico desenvolvido na Uni-versidade. Voltado para diversas áreas de aprendizagem, o proje-to contribui com experiências científico-sociais que se dire-cionam principalmente para es-tudantes de ensino médio e na qualificação de professores da edução básica.

Coordenado pela professora Cláudia de Figueiredo Braga,

UFPB na sua Escola se divide em quatro subprojetos: Co-nhecendo mais ciência, desen-volvido através do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN) em parceria com os departamentos de Química, Biologia Molecular, Sistemáti-ca e Ecologia; o Mata atlântica na Paraíba pelo departamen-to de Geociências; Tecnologia animada, que conta com apoio do Centro de Tecnologia (CT) sendo desenvolvido no departa-mento de Mídias Digitais e Ofi-cinas de apoio psicopedagógico na aprendizagem das ciências,

com o curso de Psicopedagogia e Letras, todos eles com várias atividades inclusas, como mini-cursos e visitas.

Ao todo são ofertadas 12 ofi-cinas e atividades para as escolas Liceu Paraibano, Olivina Olí-via, Professora Liliosa de Paiva Leite, Presidente Médici, Rodri-go Otávio e o Colégio da Polícia Militar. As inscrições para as ati-vidades são realizadas através de contato com as escolas, a partir de calendário e número de vagas predefinidos e não há qualquer custo para os estudantes partici-pantes, já que toda a estrutura

Reportagem: Rômulo Jefferson

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necessária é disponibilizada pela Universidade.Além de atividades para estudantes, o projeto

também promove ações voltadas aos professores das escolas participantes. Para Cláudia Braga, a participação deles é importante porque esses edu-cadores estarão inseridos numa prática pedagógica diferente da que é realizada na educação básica e também estarão participando da pesquisa da Uni-versidade. Na visão da coordenadora, levar o co-nhecimento ao professor dessas escolas é de fun-damental importância porque eles atuam como “difusores da informação” e podem despertar nos estudantes o interesse pela pesquisa, desde cedo.

Uma outra característica do projeto é que além de preparar o futuro estudante universitário desde a educação básica, colocando-o em contato com atividades que envolvem a pesquisa científica, mas também que auxiliam na aprendizagem, os pró-prios estudantes da Universidade também são be-neficiados porque atuam como monitores dessas atividades, o que ajuda a ganhar prática profissio-nal necessária à sua formação.

Para mais informações acesse a página no Facebook (Ufpb na Sua Escola) ou envie email para [email protected]

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20 UFPB em revista

Pesquisa avalia bicicleta como meio de transporte no campus

Estudo da viabilidade do uso da bicicleta como meio de loco-moção dentro do campus e, con-sequentemente, fora dos muros da UFPB para aqueles que resi-dem nas áreas próximas, como o bairro dos Bancários e Castelo Branco, está sendo desenvolvido pela mestranda de arquitetura, Caroline Cevada, através do La-boratório de Acessibilidade (La-cesse).

O projeto, que se encontra na fase de entrevistas, tenta identifi-car aqueles que já são usuários da bicicleta, os que têm mas não uti-lizam e ainda, pessoas que pode-riam vir a utilizar caso houvessem ações para melhorar a infraestru-tura necessária. Dentre os dados que já foram coletados na pesqui-sa, a maioria dos usuários de bici-cleta no campus são funcionários e estudantes. Os dados extraídos a partir da aplicação da entrevis-ta destes usuários apontam que os principais motivos para o uso da bicicleta seria a falta da habi-litação ou impossibilidade de ad-quirir veículo, e o baixo salário. Indagados sobre as condições do uso dentro do campus, eles ava-liam a Universidade como um

A gente tem que entender que a universidade é um campo de

experimentação e também de

exemplo para o município

bom local para o uso, tendo em vista as ruas planificadas e a baixa velocidade dos carros.

Para a pesquisadora, o uso da bi-cicleta é uma forma de diminuir os problemas causados pela su-perlotação dos estacionamentos da UFPB, mas reconhece que, na prática, a falta de infraestrutura adequada dificulta a utilização da bicicleta como meio de transpor-

Reportagem e Foto: Rômulo Jefferson

(Caroline Cevada)

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te. “Por não ter essa estrutura os ciclistas precisam disputar espaço com carros nas ruas e pedestres nas calçadas, então isso dificulta”.

Outro entrave que deve ser considerado para a utilização da bicicleta é a falta de banhei-ros com chuveiros disponíveis no campus, considerando o cli-ma predominantemente quente da cidade. Mesmo assim, entre

aqueles que já utilizam a bici-cleta indagados na pesquisa, as condições são consideradas boas quando considerados fatores cli-máticos e topográficos.

Caroline Cevada explica que a Prefeitura Universitária se mos-trou interessada em um estudo que comprove a eficácia da utili-zação da bicicleta como meio de transporte no campus e na cria-

ção dessa estrutura. Sobre as con-dições que teriam que ser criadas fora do campus para que as pesso-as pudessem chegar até a UFPB, a pesquisadora conclui: “A gente tem que entender que a universi-dade é um campo de experimen-tação e também de exemplo para o município, então, começar essa ação em algum lugar influencia-ria medidas nesse sentido”.

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Assumimos em novembro de 2012 quando (o RU) já

deveria completar um ano do seu funcionamento.

A professora Margareth

já assumiu o compromisso de ir a Brasília

conseguir financiamento

para retomarmos a obra

Reforma empreendida não afeta atendimento aos estudantes

RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO

O Restaurante Universitário passa por reformas na cozinha e um dos salões desde meados do mês de julho. Prevista pela ad-ministração da UFPB, a reforma foi agilizada por determinação da vigilância sanitária, que impôs mudanças estruturais como insta-lação de telas e vidros para prote-ção dos alimentos, e reformas no teto. Durante os melhoramentos o atendimento é feito em outros dois salões, e uma empresa é res-ponsável por produzir e dispor a alimentação para os comensais da Instituição.

De acordo com o professor Antônio Luiz, Superintendente do Restaurante Universitário, a reforma não poderia ocorrer ao mesmo tempo que as refeições eram produzidas, o que ocasionou o fechamento do salão 01 e da co-zinha por seis meses. “A vigilância sanitária notificou que o RU não poderia funcionar do jeito que es-tava. O problema é estrutural e se arrasta há muitos anos. Chegou ao ponto em que não havia mais condições de trabalhar. É impor-tante dizer que todo o nosso pes-soal está de acordo com as normas

Reportagem e Fotos: Wallyson Costa

Reforma nas dependências do RU estão em ritmo acelerado e sua conclusão beneficiará milhares de estudantes do Campus I

(Antônio Luiz)

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da vigilância, mas o prédio em si apresenta problemas”.

O Superintendente relata que o funcionamento continua normal-mente, mesmo durante as refor-mas, pois recentemente foi inau-gurado o salão 03, que agora, em conjunto com o salão 02, é sufi-ciente não só para bolsistas e resi-dentes, mas para todos os comen-sais. Antônio conta que a empresa demorou algum tempo para a en-trega do salão que já estava pron-to e dependia da liberação para

que as máquinas lava-doras fossem instaladas. Após a entrega realiza-da, as máquinas estão em funcionamento no local de forma provisó-ria até que o salão que está em reformas, local ideal para que elas fun-cionem, volte a dispor

de suas atividades normais.A partir da normalização do

atendimento, a administração lan-çou a novidade do tempo extra da fila. Os alunos que anteriormente começavam a compor a fila a par-tir das 11h e a interrompia às 13h, passam a ser atendidos das 10h30 às 13h30. A iniciativa de ampliar o tempo de atendimento visa dar um maior espaçamento dos usu-ários entre os horários, fazendo com que a fila ande mais rápido. Luiz ressalta que, também, du-rante esse período de obras, o RU não sofrerá com os problemas re-gistrados no ano passado, como o de abastecimento da caldeira. “Os alimentos estão sendo preparados fora da UFPB, e no próximo ano, quando a cozinha voltar a funcio-nar esses problemas já estarão re-solvidos”, salienta.

Antônio Luiz revela esforços para retomada da construção do novo Restaurante Universitário, obra abandonada desde 2011. “Assumimos em no-vembro de 2012 quando já deveria completar um ano do seu funcionamento. A professora Margareth já assumiu o compromisso de ir a Brasília conseguir financiamento para retomarmos a obra”.

O sistema implantando nesse novo RU, seria o que já funciona em todo o Brasil, onde uma em-presa que trabalha dentro do restaurante de forma terceirizada gera toda a produção. Além dos co-mensais gratuitos, esse projeto ainda comtemplaria professores, servidores, e alunos não carentes, que pagariam taxas diárias pelas refeições.

Novas Instalações

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Cuidados e prevenção minimizam problemas com as chuvas

INSTALAÇÕES

Reportagem e Foto: Peter Shelton

O período de chuvas, compreen-dido entre o final de março e fim do mês de agosto, tem sido um sério problema para vários centros do Campus I da UFPB. As princi-pais reclamações se referem às in-filtrações e alagamentos que ocor-rem em salas de aula, laboratórios e outros ambientes da Instituição. Entre os prédios mais atingidos es-tão os que foram construídos nos últimos anos, dentro do programa de expansão e reestruturação das universidades, o Reuni.

Um dos centros mais atingidos por transtornos recorrentes das chuvas é o Centro de Ciências da Saúde. No prédio da direção

de centro, o problema é vísivel: o reboco está caindo e quando a chuva é forte, a infiltração, já existente, piora. Ainda são verifi-cados problemas semelhantes em várias salas dos departamentos de Fisioterapia, Morfologia, Fisio-logia e Patologia. João Euclides Fernandes, vice-diretor do CCS, reconhece que esses problemas são antigos, mas existe um esfor-ço para resolver estes problemas: “Quando verificamos esses pro-blemas, comunicamos à Prefeitura Universitária, que sempre está de prontidão para sanar os transtor-nos causados nesse período. En-tretanto, além da manutenção dos

setores atingidos, temos ainda al-guns projetos de reforma dos pré-dios atingidos.”

Por sua vez, o CCHLA enfren-tou alguns empecilhos neste perí-odo chuvoso. Segundo a diretora Mônica Nóbrega, uma forte in-filtração atingiu os prédios mais novos do centro, em especial um prédio ainda em construção, que já foi resolvido diretamente com o construtor. Uma iniciativa que vem sendo efetuada pela direção do CCHLA é a realização da ma-nutenção preventiva para evitar maior problemas: “Quando chega o período de chuvas, temos mui-tos problemas, pois as folhas caem

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nas telhas e entopem os canos. Recorremos sempre a prefeitura, mas esse ano fizemos diferente, os procuramos para realização de manutenção preventiva e enfren-tamos menos problemas esse ano” declarou a diretora.

Outros centros enfrentam difi-culdades semelhantes. Um exem-plo disso é o CCM (Centro de Ciências Médicas), que apesar de contar com um prédio novo re-gistrou infiltrações no auditório, como afirmou o diretor Eduardo Sérgio: “Em relação às chuvas, tivemos em alguns problemas de infiltração no prédio do CCM, que é recente. Foram identificados alguns problemas estruturais após as chuvas. A resposta para o centro foi rápido A prefeitura veio, fez uma avaliação, e está sanando os problemas nas estruturas físicas.”

Segundo o diretor Wilson Ara-gão, o Centro de Educação apre-sentou problemas de vazamento

nas calhas e foi necessário refazer o telhamento de algumas salas do bloco principal. Apesar das difi-culdades, a equipe da prefeitura tem conseguido acompanhar a demanda do centro. No CCTA (Centro de Comunicação, Tu-rismo e Artes), existiram alguns problemas nos telhados do centro, como declarou o diretor David Fernandes: “Tivemos pequenos problemas durante o período das chuvas, ocasionado pelo acúmulo de folhas no telhado. Mas fomos prontamente atendidos pela Pre-feitura Universitária.”

Segundo Robson Antão, vice-di-retor CCJ (Centro de Ciências Ju-rídicas), o centro registrou alguns vazamentos em algumas salas e na administração do centro. Mas, a prefeitura já concluiu a maior par-te dos serviços. Já segundo Antô-nio Vivela, do CT (Centro de Tec-nologia), os principais problemas se referem às coberturas dos pré-

dios mais novos, que mal foram construídos e necessitam de uma reforma.

Por se localizar em uma região de Mata Atlântica as folhas despren-dem, entopem drenos e podem provocar alagamentos. Segundo Reinaldo Muribeca, chefe da divi-são de manutenção e conservação de imóveis, é comum que ocor-ram problemas na cobertura dos prédios nessa época do ano. “Os problemas são maiores em prédios recentes, alguns possuem o dreno problemático. Muitos dos prédios possuem uma certa dificuldade de limpeza. Mas fazemos todos os reparos necessários sempre que solicitados.” declarou. Procurados pela reportagem da UFPB em Re-vista, a direção do CCSA (Centro de Ciências Sociais Aplicadas) e do CCEN (Centro de Ciências Exatas e da Natureza) não se pro-nunciaram até o fechamento da edição.

João Euclides Fernandes, vice-diretor do CCS, reconhece que esses problemas são antigos, mas existe um esforço para resolver estes problemas

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Instituição mantém liderança nacional no PROEXT 2015

Reportagem: Peter SheltonFoto: Divulgação

A UFPB manteve a sua posição de destaque como a universidade com maior número de propostas de Pro-gramas e Projetos de Extensão (Proext 2015) aprova-das no Brasil. O número de propostas continuou sen-do ampliado: em 2013 foram 60, em 2014, 70 e em 2015 o número subiu para 76. O professor Dailton Laceda, coordenador de projeto popular, ressaltou a importância desse resultado: “continuamos como des-taque nacional no mais importante edital de extensão. Ampliamos o número de propostas classificadas, am-pliamos os recursos conquistados no último ano de 4 para mais de 5 milhões de reais.”

Em 2013, o Proext passou por mudanças na forma de seleção de projetos de extensão. Antes de ir para o Ministério da Educação, a proposta passa por uma pré-seleção interna, no âmbito das próprias Institui-ções de Ensino Superior (IES). Dailton Lacerda ex-plica que uma nova metodologia foi adotada desde 2013, com a inclusão de uma pré-seleção interna. “Isso não era feito anteriormente, toda a seleção tem

regras específicas que precisam ser respeitadas. Após a pré-seleção interna, os projetos e programas apro-vados seguem para o MEC”. Ele ainda lembra que, havendo sobra de vagas em uma das 20 linhas de extensão, a Coordenação de Extensão sugere que os autores de propostas que não foram pré-selecionadas internamente possam reorientar suas propostas para entrar naquela linha.

Apesar dos notórios avanços na área, o professor Lacerda reconhece as limitações na política pública de extensões universitárias. “Não existe uma política consistente em relação as extensões. Embora haja uma tentativa de mudar isso com avanços como Proext, que são um dos editais mais importantes na área. Nós esperamos que isso seja uma oportunidade para que a extensão assuma uma posição de relevância, articulada realmente, sem ser fragmentada, sem que sejam ações isoladas de ensino e pesquisa. Se tivessemos uma po-litica ainda mais consistente a partir do próprio Mec, estariamos com ela ainda mais avançada” declarou.

Resultados 2014

Resultados 2013Resultados 2015

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