Ultimo Elemento. O recomeço.

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Elielton Souza Silva Último Elemento O Recomeço

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Um CROQUI de uma estória que estou começando a escrever, ainda no inicio, posta aqui a parte BRUTA dela procurei focar apenas nas falar e pouca descrições do lugar para este inicio, o enredo onde se passa a estória esta em construção ainda

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Elielton Souza Silva

Último Elemento O Recomeço

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UM NOVO RECOMEÇO, UM NOVO RECARREGO HORA DE

REPENSAR OS PRINCIPIOS DE RECRIAR SONHOS DE

REALIZAR DESEJOS DE MAIS UMA VEZ TENTAR SER FELIZ

TALVEZ UM RECOMEÇO, UM RECOMEÇO PARA CRIAR

NOVOS AMIGOS ABRAÇAR OS ANTIGOS DE UM NOVO

CARREGO, RECARREGAR AS BATERIAS QUE MOVE AS VEIAS

DO CORPO QUE FAZ, TRANSFORMA O INANIMADO EM

REAL É... É PRECISO MESMO DESSE RECARREGO DESSA

REVITALIZAÇÃO DE ESTA DO LADO DAS PESSOAS QUE

AMAMOS UM NOVO RECOMEÇO UM NOVO RECARREGO

HORA DE REPENSAR OS PRINCIPIOS DE RECRIAR SONHOS

DE REALIZAR DESEJOS DE MAIS UMA VEZ TENTAR SER

FELIZ TALVEZ UM RECOMEÇO, UM RECOMEÇO PARA

CRIAR NOVOS AMIGOS ABRAÇAR OS ANTIGOS DE UM

NOVO CARREGO, RECARREGAR AS BATERIAS QUE MOVE

AS VEIAS DO CORPO QUE FAZ, TRANSFORMA O

INANIMADO EW REAL É... É PRECISO MESMO DESSE

RECARREGO DESSA REVITALIZAÇÃO DE ESTA DO LADO DAS

PESSOAS QUE AMAMOS UM NOVO ANO UM NOVO

RECOMEÇO UM NOVO RECARREGO UM NOVO

RECOMEÇO, UM NOVO RECARREGO HORA DE REPENSAR

OS PRINCIPIOS DE RECRIAR SONHOS DE REALIZAR DESEJOS

DE MAIS UMA VEZ TENTAR SER FELIZ TALVEZ UM

RECOMEÇO, UM RECOMEÇO PARA UM NOVO RECOMEÇO,

UM NOVO RECARREGO HORA DE REPENSAR OS

O Recomeço

01/03/2011

Elielton Souza Silva

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Dedico esse livro

primeiramente a Deus todo

poderoso, a meus amigos que

fizeram e faz cada dia da

minha vida vale apena a

minha família que sempre

esteve a meu lado.

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Guerra

Havia amanhecido e pela primeira vez não ouvi cantos de pássaros

naquela manhã de verão, o vento trazia à brisa do mar tornando o clima úmido

as pessoas já estavam trabalhando e eu teria um dia cheio. Vestir a primeira

roupa que encontrei no guarda-roupa lentamente não teria ninguém me

esperando para tomar o café da manhã, meu pai me abandonará quando nasci

e minha mãe morrerá quando completei um ano de vida. Fui criado por ciganos

e hoje moro sozinho numa cabana velha mais arrumada, não tenho amigos nem

parentes não que eu conheça, precisava descer para tomar café e sair em

direção ao campo para minha obrigação de tomar conta de ovelhas.

Está atrasado – gritou José outro garoto que trabalhava comigo.

Eu sei – respondi.

Que tal sairmos hoje para tomar algo, nos encontrar com algumas

garotas. O que acha?

Se não tiver exaurido. – respondi dando-lhe as costas.

O dia não demorou a passar começou a ventar frio o dia ficou estranho e

não tardaria a anoitecer até que uma águia pousou, era uma ave maior que eu e

o José, branca de olhos azuis, bico amarelo, e antes de pousar perto de mim

percebemos que embaixo de suas asas era verde com as pontas vermelhas.

É a águia do Dreylfuss, o mago.

É... Eu sei.

O que ele quer com você?

Não sei.

Não sabia que você o conhecia?

Nem eu – estava mim irritando tantas perguntas

Tem algo no bico dela – o José apontava para o bico da ave.

Ela se se curvou ate mim, estendi a minha mão em direção a seu bico

para pegar o pedaço de pergaminho que segurava no seu bico que deixou cair

em minhas mãos e bateu suas longas asas em retirada.

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O que tem escrito no pergaminho? – perguntou o José curioso.

Não sei. – respondi abrindo mais curioso que ele, o que um mago queria

com um cuidado de ovelhas? Um garoto como eu? O que eu tinha de especial?

– para de se fazer tantas perguntas – falei isso a mim mesmo abrindo

pergaminho estava escrito:

“Venha até o morro norte que fica a 13 km do vilarejo. Siga

pela estrada até encontrar uma figueira, venha sozinho estarei

esperando você”

Até mais M. D

Estava dobrando o pergaminho quando o José mim perguntou se queria

companhia

Não – respondi. O mago saberia se levasse alguém.

Enquanto seguia para o local do encontro passaram mil idéias na minha

cabeça uma, mas maluca que a outra. O que aquele velho senhor sábio do

vilarejo queria comigo. A idéia mais lógica e que ele poderia ter resposta para

algumas de minhas respostas ou sabia do paradeiro do meu pai. Depois de tanto

tempo o que meu pai queria comigo? Eu tentei esquiva daqueles pensamentos,

tentei pensar que horas seria aquelas e quanto tempo mais andaria até chegar

ao local desejado.

Deveria ser meio dia em ponto já que o sol estava torando minha

cabeça, nem a brisa vinda do litoral amenizava o calor, depois de umas horas

andando encontrei o morro cansado de andar e com sede descansei na primeira

árvore que encontrei. Sentei recuperei o fôlego e comecei a subir o moro, já

estive lá antes, sempre que preciso pensar logo estaria chegando à figueira. A

alguns metros do local indicado vi um homem barbudo, pequeno com a idade

avançada sentado meditando fui-me aproximando aos poucos, pensei em falar

mais a garganta tinha secado e os dentes impediam que minha língua se

gesticulasse para formar as palavras, nada, não conseguia sair uma única

palavra, me aproximei o suficiente e no impulso empurrei as primeiras palavras.

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Olá Mago Dreylfuss – era um menino que apresentava ter dezoito anos,

magro alto cabelos lisos e castanhos, pele escura, olhos verde, usava uma

roupa verde com a mesma tonalidade de seus olhos o que chamava mais

atenção – está tudo bem com o senhor?

Esta sim meu rapaz esta tudo nos conformes – respondeu o mago

sorridente.

O garoto olhou desconfiado para o rosto do mago em busca de algum

gesto no rosto do mago que o entregasse, mais era inútil, ele era abio e a única

forma na sua face era confortadora, mais algo estava errado era possível sentir

no ar e seja lá o que fosse o mago sabia, mas continuava sentado, calado

olhando de cima daquele morro a vila ao longe. Eu estava em pé ao lado dele

olhando duas borboletas que brincava naquela tarde de verão.

Aron? – no susto desviei rapidamente meus olhares das borboletas para

aquele senhor pequeno sentado do lado de uma figueira

Sim, senhor. – ele continuava imóvel – pode falar senhor.

Você deve esta se perguntando por que lhe trouxe aqui a esta hora da

tarde – ele parou esperando que falasse algo, mas eu continuei em pé calado –

a curiosidade é um grande forte da humanidade Aron, mim surpreendo por não

esta curioso.

Mais uma vez ele calou-se por alguns segundos só era possível ouvi o

barulho do vento batendo nas copas das árvores, ele continuou.

O sol já vai se por não vou tomar muito mais seu tempo

Ele ergueu sua mão a frente falou umas palavras que não fazia a

mínima idéia do que significava no mesmo instante a terra estava se movendo,

uma caixa começou a aparecer o seu contorno me lembrava à pele de uma

cascavel listras negras quadriculadas toda de metal tinha uns 60 centímetros.

Aconteça o que acontecer não volte para o vilarejo proteja esta caixa para

não cair em mãos erradas a mantenha aberta e quando os cristais aparecerem

feche-a sete desenhos apareceram em sequência na tampa um para cada

escolhido, a chave será o dedo polegar seu e dos outros.

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Outros? Dedo polegares, desenhos? Não estou compreendendo?

Entenderá quando chegar a hora certa garoto assim como você mais seis

escolhidos nasceram com um desenho no dedo polegar a caixa só abrirá

novamente quando os sete estiverem unidos novamente. Uma guerra começou

e estou muito velho para vencer-los vou aprisioná-los e quando à hora chegar

terá que terminar o que comecei Aron tem que acabar com esta guerra

Mas como? – perguntei assustado

Para vencer a união tem que acontecer, quando houver esta união um

novo elemento haverá de nascer é com esse novo elemento que vai vencer as

trevas.

Já vai escurecer

Eu continuava sem entender, mas confiava nele, fiquei em silencio por

alguns instantes estava confuso, minha mente tentava ligar as coisas que ouvira

nessa tarde tão estranha mais um barulho ensurdecedor me fez cair para traz

em um tremendo susto, levantei rapidamente procurando o epicentro do barulho

encontrei uma cortina de fumaça escura e densa que vinha do vilarejo algo

estranho estava acontecendo, me virei para olha para o mago mais ele havia

sumido a caixa estava lá aberta era acolchoada com um pano de veludo branco.

Queria correr até a lá para saber o que estava acontecendo mais o

mago me fez prometer que não voltaria para o vilarejo e precisava espera até

que os cristais aparecessem. Lembrei dele falando que da curiosidade humana

deveria saber que ficaria atiçado em ir até o vilarejo. Não tardou muito anoitecer

continuava lá andando de um lado para o outro ouvindo de tempos em tempos

um barulho mais forte que o outro meus ouvidos já estavam adaptados a

aqueles barulhos, então me sentei no mesmo local onde antes o mago estava já

era noite quando levei outro susto já era o terceiro daquele dia deveria esta

acostumado, uma luz branca subiu no ar em direção aos céus e parou a alguns

metros a luz se partiu em sete, então me levantei rapidamente para poder ver

melhor o que estava acontecendo a luz ficou suspensa no ar, sete pontos

incandescentes no ar que logo começaram a se movimentar novamente.

Estavam vindo em minha direção, pensei em correr, mas seria tarde

demais me abaixei quando a luz passou por minha cabeça uma atrás das outra

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e pararam as sete em cima da caixa ao meu lado começaram a descer e se

encaixar no local acolchoado das caixa a luz foi se apagando então percebi que

a luz vinha na verdade dos cristais que assim que deixaram de emitir luz

descobri outra curiosidade eram um de cada cor sete cristais sete cores

diferentes, um cristal verde, outro azul, vermelho, branco, cinza, marrom e lilás.

O cristal verde que estava no centro brilhou uma luz esverdeada e do

centro apareceu um circulo com três cobras uma embaixo das outra meu polegar

começou a arder quando olhei para meu polegar o mesmo desenho que

apareceu no cristal estava sendo desenhado no meu dedo, os sete cristais se

apagaram fechei a caixa e na tampa começou a surgir sete desenhos o que

estava no meu dedo estava no centro dele apareceu também uma onda, fogo,

três linhas uma embaixo da outra, três linhas na horizontal e três na vertical uma

cortando a outra formando pequenos quadrados , um raio e umas bolinhas

todos envolvidos num circulo. Peguei a caixa e sair dali queria voltar para o

vilarejo, mas não podia, não sabia o que fazer e não tinha para onde ir, pensei e

ir para o próximo vilarejo mais ficava a dias de distância dali estava cansado e

com fome a caixa parecia pesar toneladas fui vencido pelo cansaço pus a caixa

no chão e dormi ali mesmo, quando o dia amanhecesse pensaria no que fazer.

Acordei de madrugada havia uma fogueira acessa uma garrafa de água

e algumas frutas. Olhei em volta e não encontrava ninguém me levantei lutando

com meu estomago que girava e se contorcia de fome e sede, meus lábios e

minha garganta agradeceriam se bebessem um gole de água, acho que se

bebesse um pouco não iriam notar, bafei a garrafa e virei à metade na boca comi

umas frutas

Tava mesmo com fome e sede. Em? Bebeu quase a garrafa toda

Aquela voz era familiar, não podia ser pelo menos achei que ele não

ligava para mim, olhei para trás

José?

Oi Aron, você viu o que aconteceu com o vilarejo?

Não – respondi – O que aconteceu?

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Não sei muito vi quando o Mago Dreylfuss chegou ao vilarejo com cara

para poucos amigos conversava com um cara que ele chamou de Omega todos

havia saído do vilarejo e o Dreylfuss me mandou sair do vilarejo e te encontra no

morro logo que sair do vilarejo ouvi o primeiro estrondo e quando estava subindo

o morro vi aquela luz no céu. Apresei meus passos quando vi as luzes ir direto

para o morro quando cheguei lá você já tinha saído pensei que não seria burro

suficiente para voltar ao vilarejo ai te encontrei ai dormindo iria morrer de frio se

não fizesse esta fogueira.

Obrigado José.

Não precisa agradecer – agora me diz o que tem nessa caixa? Foi o

mago que lhe deu?

Confirmei com a cabeça.

O que ele queria com você?

Ele falou dos cristais e que a União tinha que acontecer para poder

vencer o que ele começou. Porque você veio atrás de mim? – não acreditava

que o mago tinha falado com ele já que viu a carta que eu recebi – Quero dizer

por que você me ajudou?

Já falei o mago me pediu que o ajudasse.

Só por isso?

Não só por isso, porque somos amigos. Não é?

Ele tinha me pegado totalmente de surpresa. Amigos uma coisa que

pensei que nunca iria ter um e logo quem pensei ser a ultima pessoa a ser meu

amigo. É aprendi algo novo no meio daquilo tudo, não precisava procura

amizade longe ela estava bem ali esse tempo todo do meu lado.

Aron tudo bem? Somos amigos não somos? – perguntou mais uma vez

Claro José – respondi confuso, agora vamos dormi amanhã veremos o

que fazer

Mais uma coisa Aron

Sim.

O que exatamente tem nessa caixa?

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Cristais eram as luzes que você viu lá no morro eram na verdade cristais

agora dorme.

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Separação

O dia amanheceu melhor, consegui ouvir os pássaros cantar o José

ainda dormia e eu só precisava se um banho o rio que cortava o vilarejo deveria

passar ali por perto acordei José que na verdade dó estava deitado peguei a

caixa e partimos em direção do rio

José e sua família?

Ele me fitou com os olhos e respondeu calmamente

Você não é o único órfão Aron

O que aconteceram com eles? – a expressão no rosto seu mudou tão

rápido que me senti mal por perguntar – eu entendo se não quiser tocar no

assunto

Não, tudo bem – afirmou ele – meus pais foram mortos, quer dizer

assassinados quando tinha seis anos isso já faz onze anos nunca encontraram o

assassino deles saíram para trabalhar no campo e foram mortos.

Eu ouvia com atenção tudo que ele me contava fitando meus pés,

andamos por longo período já iria desistir de procurar o rio quando ouvimos o

barulho da água batendo com força nas pedras, apresamos o passo e depois de

alguma insistência conseguimos chegar à pequena cachoeira no meio das

pedras.

Vou encher a garrafa que você acabou ontem à noite.

Eu rir do sarcasmo dele

Obrigado José.

Você já me agradeceu

Estou agradecendo novamente

De nada. Aron o que é isso ai no seu dedo? É Igual ao desenho na

caixa. – fazia a pergunta fechando a garrafa

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Eu na verdade não sei muito, foi o mago ele sumiu antes de responder

as minhas perguntas.

Deixar-me ver.

Ergui minha mão ele pegou meu dedo polegar e paralisado

Você já viu isso antes? – Ele confirmou com a cabeça – então me conte

o que você sabe.

Meu pai me contava essas historia quando era pequeno não me

lembrava mais ele me disse que antes o mal estava reinando com bastante força

então os anciões criaram os cristais e cada um foi designado ao seu escolhido

ar, água, fogo, metal, gelo, trovão e terra esses sete elemento estavam presos

em cristais e só eram ativados quando estivessem unidos a os seus escolhidos

com esses poderes os escolhidos enfrentaram o mal, foram feitos muitos

sacrifícios e só o Mago Dreylfuss sobreviveu dos sete desde então ele guardou

todos os cristais, porém só controlava o ar ele era o mais forte de todos eles, e

foi o Dreylfuss que começou essa batalha há muito tempo e ainda hoje ela é

travada só que dessa vez não pode vencer sozinho dessa vez era preciso que

os sete escolhidos estejam unidos se quiser vencer a profecia diz que ele o

Omega surge de 700 em 700 anos até e que seja destruído.

Quer dizer que o mago tem mais de 700 anos?

Isso mesmo.

Mas não somos magos ou coisa parecida

Dizem que os escolhidos não envelhecem se regenera até que sua

missão termine. Isso quer dizer que você vai viver por mais 700 anos no mínimo,

eu vou viver algumas centenas de reencarnações – ele rir do próprio sarcasmo.

Mas o Dreylfuss envelheceu

Pois é Aron meu pai disse que ele achou que tinha vencido da última

vez então renunciou de seus poderes, mas só 70 anos depois viu o erro que

cometeu voltou atrás, mas era tarde estava velho, hoje acredito que ele do viveu

para passar os cristais para você já que o escolhido só aparece de700 em 700

anos

Ele me disse algo que outros seis nasceriam, então, só então – olhei

para caixa que segurava na outra mão – conseguiremos abrir a caixa.

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Precisamos encontrar o esconderijo do Dreylfuss.

Mas como?

Não sei Aron, o escolhido é você, você controla o mesmo elemento do

Dreylfuss o ar, deixe – me ver os ostros símbolos.

Pus a caixa no chão ele se aproximou encarou a caixa e um por um ele

foi apontando os símbolos e seus respectivos elementos

Esse é raio apontou para o circulo com uma forma de “Z” no centro, o que

tinha uma labareda era fogo, com bolinhas era gelo, o que tinha uma linha

cortando a outra Formando pequenos quadrados era metal, as linhas uma

embaixo das outra era terra, e as ondinhas água, esse símbolo no seu dedo

serve como chave para abrir a caixa, mas para isso precisa de todos os

escolhidos

Como você sabe de tudo isso José? – perguntei, ele me fitava com os

olhos.

Sinceramente, não sei, não sei como... Como posso saber disso meu pai

não sabia pelo menos não me contou isso – no mesmo instante um arrepio

desceu minha espinha e todos os cabelos ficaram arrepiados senti um calafrio

como nunca senti nesses dezoito aos de vida

Está tudo bem com você Aron?

Está. Está sim.

Vamos, precisamos encontra o esconderijo do Dreylfuss.

Precisamos chegar a próximo vilarejo isso sim.

Não Aron. Precisamos encontra o esconderijo do mago o quanto antes.

Não José, não vamos atrás de droga de esconderijo nenhum, o nosso

vilarejo esta destruído não podemos ficar comendo o que acharmos em árvores

feitos macacos, precisamos voltar a nossa vida de antes.

E você chama aquilo de vida Aron? Cansei de ser capacho dos outros.

Você agora tem uma grande responsabilidade Aron tem que procura os outros

sua vida não é mais a mesma, e você é o escolhido não sou eu nem seu pai é

você Aron, só você pode por um fim nisso, você foi o escolhido.

Eu não quero isso, será que é tão difícil assim para você entender? –

arremessei a caixa o mais distante que pude – quero ser apenas um garoto

normal droga, nem sou nem nunca fui cem por cento responsável, não vou atrás

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dessa loucura não mesmo, se você quiser ir vá sozinho, nós nos separamos

aqui.

AH! - ele ficou tão surpreso com minhas palavras quanto eu – já que é

assim tudo bem, PODE IR SEU COVARDE – ele estava gritando enquanto mim

afastava com as mãos no bolso do short de cabeça baixa – PODE FUGIR

MEDROSO, COVARDE – a voz dele ia desaparecendo à medida que mim

afastava até não consegui mais ouvi-la

Acho que ele vai tomar conta da caixa Aron? – fazia esta pergunta a mim

mesmo, tinha mim afastado do único amigo que fizera durante toda a vida, ele

era hábil e esperto iria ficar bem, tinha me afastado da única pessoa que poderia

mim da respostas. Queria voltar, mas se voltasse teria de encarar essa loucura o

José apesar de saber muito mais que eu não era o escolhido, não ira conseguiu

encontrar os outros, fui burro por fugir ou estava com medo do que poderia

encontrar pela frente. Acho que o José estava certo estava com medo. Já era

tarde deveria ser umas três da tarde pela posição do sol precisava encontra um

local para passar a noite. A estrada de terra estreita levaria a uma pequena vila

onde poderia recomeçar minha vida de pastor, era o que eu queria, mas à frente

avistei uma velha cabana onde um senhor descansava numa cadeira de

balanço.

Olá – era um senhor que apresentava ter uns cinqüenta anos, estava se

balançando na cadeira que rangia quando se balançava, levantou lentamente a

cabeça abriu os olhos eram de um castanho escuro os cabelos batiam nos

ombros eram lisos e cobria também sua testa fazendo uma franja, olhou

diretamente para mim e por um instante pensei ter visto o Dreylfuss

Aron seu amigo precisa de você, volte alem das montanhas do sul

encontre ele e siga para onde a Pandora se esconde dentre as matas escuras

de Flowetor encontrara lá o que precisas para cumpri a profecia, vá Aron seu

amigo precisa de você, você tem o ar dentro de você guardião – não entedia

como um velho desconhecido sabia meu nome, que eu tinha mim separado do

José. Fechei os olhos para certificar se era real mais o velho continuava lá

parado. – Vá rapaz, vá. Seu amigo precisa de você – apontou para as

montanhas

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Virei-me para olhar para olhar onde seu dedo apontava e estava mim

mostrando as montanhas ao sul o José deveria esta lá virei novamente para

encara o velho e perguntar como sabia meu nome mais ele tinha sumido tão

misteriosamente como o Mago Dreylfuss.

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Amigos

De uma coisa eu sabia precisava voltar, o José deveria está em perigo e

precisava de ajuda estava andando o mais rápido possível sem cansar, mas

levaria dias até chegar às montanhas e mais outros dias para atravessá-la mais

continuei até que algo muito grande passou por cima de minha cabeça era tão

rápida que deslocou muita poeira da estrada seja lá o que fosse era muito

grande e ouvi um grito muito alto e fino o mesmo que ouvi na manhã que tudo

aconteceu, quando minha vida virou de ponta cabeça e logo após o grito um

vento forte porem suave soprou a poeira para longe, então vi a águia do Mago

Dreylfuss vindo em minha direção agachou queria que eu a montasse em suas

costas, subir segurei com força até que ela começasse a bater novamente suas

enormes asas que levantou novamente poeira da estrada mais antes que nos

encobrisse já estávamos voando, sentir um frio na barriga nos primeiros minutos

de vôo que passou logo em seguida em meia hora estaríamos do outro lado da

montanha. Chegamos num vilarejo ave procurou um lugar próximo ao vilarejo

para pousar, ela pousou tão suave num amontoado de pedras que havia ao

norte do vilarejo que nem sentir suas patas baterem no chão, desci e fui até

vilarejo para perguntar se tinha visto um garoto com uma caixa passando por

aqui quando ouvi duas moças falando que um garoto muito bonito tinha sido

preso por carregar algo desconhecido, mim aproximei das mulheres.

Olá senhoras, não pude deixar de ouvir sua conversa sobre esse tal garoto,

você sabe para onde ele foi levado – a mulher que usava um vestido vermelho

encarou a outra de vestidos azul depois para mim assustada.

Ele foi levado para a forca vai ser executado hoje no fim da tarde.

O que ele fez? – perguntei espantado com a notícia, a mulher de vestido

vermelho e cabelo ruivo disse-me que roubar era crime com sentença de morte.

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Que pena porque ele não é de se jogar fora – completou a mulher de

vestido azul.

E onde vão executarem? – Perguntei apressado.

Fica para aquele lado – respondeu as duas como num corro.

Obrigado – gritei já correndo. Cheguei ofegante no local José estava com

os pés e as mãos amarradas e com olhos vendados, uma náusea subiu quando

vi aquela cena José quase iria morrer por minha causa comecei a correr

novamente em direção a ele subir as escadas que levava até o local que estava

amarrado tirei suas vendas, ele piscou algumas vezes para que seus olhos

acostumassem com a luz.

O que você está fazendo aqui? – perguntou ele com um suspiro de

duvida.

Salvando sua vida mal agradecido. – estava desamarrando as cordas do

seu pulso e quando já estava nos seus pés para desatar um nó cego um dos

guardas no flagrou de cima de seu posto de vigilante e fez minha missão de

salvamento quase perfeito desabar.

O PRISIONEIRO ESTÁ FUGINDO – gritava o guarda – PRISIONEIRO

Cadê a caixa José? – perguntei a ele tão rápido que minhas palavras

soaram tão emboladas que mal pude diferenciá-las.

Está no palácio que fica no centro da vila, mais não tem como entra

iremos morrer se formos até lá – ouvimos batidas rápidas subindo as escadas

era o guarda que ouvimos gritando seguindo de outros guardas.

Vamos por aqui – falou José me puxando – pula.

Ai! – grunhi – pulamos de uma altura de dois metros

Por aqui já que n ao tem medo de morrer – estávamos indo em direção ao

palácio.

Não posso morrer lembra – nos escondemos esperando que um dos

guardas passasse – sou escolhido.

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Acho que pode sim Aron – cochichou ele – você renunciou seu poder

lembra, atirando a caixa longe, quando peguei a caixa seu desenho não estava

mais nela só havia os outros seis mais o seu tinha sumido. Olhe o seu dedo não

tem mais o desenho.

Ele tinha razão não havia desenho no meu dedo não era mais o

escolhido mais queria que fosse não voltaria mais atrás.

Vamos já foram, vem mim segue.

Passamos por umas ruas desertas até encontra um grande jardim.

Lá está o palácio – era um palácio comum mais um não tinha nada de

especial pelo menos por fora – é muito bem protegido não há como entra sem

ser pego.

Mas precisamos da caixa.

Eu sei, mais não há como entra sem ser visto.

Tem que ter um jeito deixei meu corpo pousar-se no chão e pensei como

o mago tinha evocado a caixa – José o Dreylfuss quando me chamou naquele

dia, ele invocou a caixa com encantamento ele falou umas palavras que não

entendi para invocá-la tipo “terrarium mexium”, “terarium caixum muver” a caixa

saiu debaixo da terra.

Quando os outros guardiões se sacrificaram para destruir o Omega da

última vez os cristais ficaram sob proteção do Dreylfuss então ele tem o poder

parcial dos outros seis elementos mais o dele que é o ar, onde controlava

perfeitamente por isso pode invocar a caixa usando a terra. E você só controla o

ar Aron.

Então o que vamos fazer?

Deve ter uma tubulação de esgoto que vem do castelo.

Pelo esgoto – encarei-o com desprezo.

Tem alguma idéia melhor...

Acho que não.

Então vamos – disse ele – ali vem – logo estávamos no banheiro

E agora para onde José.

Por aqui a caixa está num grande salão. Era um palácio diferente de

todos que pensei existir completamente coberto de ouro e pedras muito

preciosas, decorado milimetricamente com bordas de prata que reluzia a luz do

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sol da tarde fraca, as peças de metais aquecidos esquentavam a água do

palácio e da fonte que ficava bem no centro da grande sala e se estendi de um

extremo a outro dividido a sala em dois hemisférios e bem no meio da fonte

estava à caixa suspensa por um pedestal, o palácio era por dentro muito

diferente do que vi por fora.

Ali José – cutuquei-o.

Estou vendo – retrucou-o – vamos pega-la e sair daqui o mais rápido

possível.

O.k. – fomos correndo pela uma pequena ponte que levava até o pedestal

onde a caixa estava suspensa. Pegamos a caixa e quando nos viramos para a

direção de onde viemos varias flechas estavam apontadas para nós, vinham de

todas as direções de todos os lados não tinha como escapar fechei minha mão

com força para não correr risco da caixa cair.

Acho que é o fim Aron – José cochichou para mim

José o meu dedo esta doendo queimando o desenho está se formando

novamente.

É. Acho que só eu vou morrer

Entregue a caixa ladrões – uma voz vinha do alto atrás de um dos

arqueiros surgiu um homem que parecia ser o líder deles um homem jovem,

branco alto não tinha barba, mas tinha um bigode crespo careca e usava uma

roupa vermelha com ouro e pedras que refletia algumas tonalidades quando a

luz batia em sua roupa e estava com raiva – não vou pedir novamente que

entregue a caixa.

Não mesmo, a caixa não lhes pertence os ladrões aqui são vocês – cala a

boca José vão nos matar mais ele me ignorou – se quiser pegar desça aqui e

venha tomar se tiver coragem.

Como ousar me insultar rapaz, sou imperador dessa província – o seu

rosto estava vermelho de raiva – arqueiros em posição.

Não vamos entregá-la a você.

Meus arqueiros vão matá-los se não entregar a caixa.

Ela não o pertence, um mago deu a mim – falei furioso, porque meu dedo

estava continuava a doer, mais forte que anteriormente. Cair de joelhos algo

esquisito estava acontecendo comigo.

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Aron você está bem? – perguntou José se dirigindo a mim.

N... nã...o não se...i – respondi, mas minha voz falhava.

Você não está bem – José se agachou para me erguer – me de a caixa –

ele pediu e deixei que ela escorregasse pelos meus dedos, mas a dor

continuava e quando o José conseguiu me levanta novamente o imperador

ordenou que seus arqueiros que atirassem.

Chega de encenação, se não entregaram por bem pego eu mesmo por

mal. Arqueiros atirem – dezenas, centenas, milhares de flechas veio em nossa

direção.

É nosso fim Aron, pelo menos é o meu.

NÃO... – minhas mãos ergueram quase que automaticamente algo

estranho corria pelo meu corpo saia da cabeça passava pelas pontas dos dedos

da mão depois para os dedos dos pés e voltava à cabeça e meus olhos

brilharam um verde esmeralda cintilante levitei a alguns centímetros do chão

estava saindo ar de minha mão precisava salvar o José das flechas então o ar

nos cobriu como uma oca de índio formando um campo de força onde as flechas

batiam e caiam.

ATIREM, MATEM ESSES DEMÔNIOS – gritava o imperador

Mais e mais vinham de todas as direções, então as parei no ar todas as

flechas que estavam vindo em nossa direção, levitei as outras que tinha batido

no campo de força e desejei que todas sumissem e num fleche pude saber

quantas flechas tinham ali como tivesse contado existia mil e oitocentas flechas

suspensa no ar fechei a minha mão com toda força que pude e uma a uma as

flechas foram explodiam e logo viravam pó, desejei também que o arcos fossem

destruídos e logo os arcos que estava na mão dos arqueiros 250 ao todo foram

virando areia um por um.

O campo de força que construir sumiu e fui retornando ao chão meu

dedo não ardia mais meus olhos foram perdendo o esverdeado esmeralda e os

arqueiros estavam paralisados tão abismados com aquilo quanto José, senti

minha vitalidade pequena demais para ficar de pé então cair e antes de

desmaiar o teto do palácio caiu era a ave que me trouxera pela manhã ela

desceu pegou eu e o José pela suas garras e voou em direção ao teto

Page 22: Ultimo Elemento. O recomeço.

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quebrado. Não vi mais nada acordei em algum lugar no meio do mato não

conhecia aquele lugar nunca estivera ali antes estava com muita sede.

Enfim acordado.

É... Estou com uma dor de cabeça horrível e morrendo de sede.

Segura – Ele me jogou uma garrafa cheia d’água – você foi incrível lá

Aron, destruiu todas aquelas flechas, parou todas no ar incrível. Desde quando

aprendeu fazer aquilo?

Quanto tempo estou desacordado?

Há dois dias. – tomei um susto

Tudo isso? – ele confirmou com a cabeça. – aprendi isso há dois dias.

Mesmo assim, se não fosse por você estaria morto agora, obrigado.

José desculpas fui muito arrogante com você antes, desculpas mesmo –

a águia estava ali não tinha percebido que mim observava até ela grunhir. –

quando você falou que era meu amigo eu não dei muita importância achei que

estava mentindo achei que estava blefando mis agora sei que você é o que diz

ser que é um grande amigo o único que tenho obrigado – ele levantou e eu

repeti o gesto, ergui minha mão para que ele pudesse apertá-la, mas ele a

ignorou e me deu um abraço.

Amigos? – perguntou ele. Respirei fundo

Amigos.

Aron como conseguiu me encontrar?

Não conseguiu José foi à ave ela me levou até você, mas antes um velho

disse que não podia fugir e que você precisava de ajuda alem das montanhas

que ficam ao sul, não conseguiria chegar lá a tempo sem não fosse à águia.

Você conhece o velho – peguei uma pedra no chão e arremessei na

fogueira antes de responder.

Não, mas ele me disse para encontra e seguir para onde a pandora se

esconde na floresta Flowetor

Page 23: Ultimo Elemento. O recomeço.

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José

Júnior o café esta na mesa – um barulho vinha lá da sala de baixo –

Júnior levanta filho está na hora, temos que ir até sua nova escola vai levanta

Júnior.

Levantei ainda sonolento minha mãe tinha recebido uma vaga de

emprego em São Paulo e nos mudamos era quatorze de fevereiro de dois mil e

onze, não era uma adolescente normal nunca tive amigos, mas tive um sonho

muito estranho essa noite eu era um guardião, o sonho parecia real, mas era

estranho. – Como? Estou ficando louco, minha mãe já não me achava normal

imagina só se ela souber que tive esse sonho – falava para mim mesmo

levantando da cama em direção ao banheiro que ficava no corredor, entrei no

banheiro em direção ao chuveiro pus no mais gelado possível. A água fez minha

espinha reclamar no inicio mais ajudava a acordar mais o sonho não saia da

minha cabeça eu era um garoto escolhido para salvar o mundo me chamava

Aron e conheci um amigo José, minha memória tem amigos. É Júnior preciso

arrumar uns também.

Júnior já levantou? – minha mãe me gritou novamente.

Já mãe. – falei alto suficiente para que ela ouvisse.

Escovei meus dentes e voltei ao quarto para vestir a farda do novo

colégio. Era vermelha e tinha um brasão em forma de V com as iniciais R. B. J

não entendi o que as iniciais significavam, mas não dei muita importância, era

um aluno observador preferia amigos como eu, mais como nunca encontrei

nenhum então preferia ficar só mesmo, vestir uma calça jeans preta peguei

minha mochila que minha mãe arrumara com antecedência a noite passada e

desci as escadas uma por uma queria que aqueles degraus nunca terminassem

mais continuei, e enfim desci o último degrau.

Minha mãe foi até a cozinha e voltou com uma xícara branca de louça

cheia de café preto e forte isso, herdei dela. O aroma do café tomou conta da

sala quando ela atravessou o assoalho que ficava na sala. Cabelo loiro, rosto

meigo e rosado, olhos azuis diferentes dos meus que é verde, magra, alta, pele

Page 24: Ultimo Elemento. O recomeço.

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clara uma mulher linda que depois de se separa de meu pai nunca mais saiu

com ninguém, ela não pode dizer que não dou força, sempre incentivo ela a sair

e conhecer um cara legal mais quando começo essa conversa ela muda o

assunto, não tinha as mesmas características físicas dela, que sempre me disse

que tinha puxado ao meu pai, a voz o mesmo tom de pele, os cabelos castanhos

e lisos até os olhos verdes do meu pai eu tinha puxado, mas tinha a inteligência

e o carisma da mãe.

Entrei na cozinha mastiguei um pedaço de ao peguei um xícara igual a

da minha mãe enchi de café dei o primeiro gole quando ela entrou apresando-

me.

Vamos, vamos no caminho você toma café você toma café estamos

atrasados.

Mãe...

Não tem mãe nem meio mãe desça me espere lá fora que vou pegar o

carro aqui embaixo.

Lá embaixo? – perguntei curioso.

É Júnior. Você ainda não via a garagem daqui é subterrânea.

Na verdade não tinha reparado na casa toda em si estava desanimado

por ter de vim viver aqui, mesmo não tendo amigos de onde nós viemos na

Bahia. Enquanto me dirigia para frente da casa para espera minha mãe imagens

do sonho que tive de ontem para hoje começou aparecer com cada vez mais

força minha cabeça começou a latejar ergui minha mão para esfregar minha

cabeça que doía continuava atravessei um pequeno rol e um mini-jardim até

alcançar à calçada continuava esfregando o lado esquerdo de minha testa

quando percebi que meu polegar tinha uns traços, trouxe-o até meu ponto de

visão e não acreditava no que estava vendo meu coração liberou adrenalina na

corrente sanguínea, minha respiração ficou ofegante em frações de segundos fui

andando para trás tropecei em uma pedra e cair.

Um senhor do outro lado da rua olhou curioso para saber o que

acontecia, minha mãe estava buzinando eu esfregava o meu dedo quem saber

era uma mancha uma brincadeira da minha mãe. Mas como poderia ela saber

do meu sonho seria coincidência demais.

Júnior levanta não seja mimado você já tem dezessete anos.

Page 25: Ultimo Elemento. O recomeço.

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É dezessete anos única coisa do sonho que era mentira não tinha

dezoito, mas quem era o José, eu achava que era só um menino que criei no

sonho, mas depois disso – o que estava acontecendo comigo meu Deus? –

levantei fui em direção ao carro de minha mãe era um vermelho assim como a

roupa que ela usava, quatro portas abri a porta do fundo e mim joguei no banco

traseiro.

Porque vai ai no fundo? – perguntou minha mãe.

Não a respondi, ela também não disse mais nada, fomos em direção a

escola, e enquanto passávamos alguns quarteirões só uma coisa passava na

minha cabeça imagens daquele sonho estranho essa coincidência no meu dedo.

Chegamos, precisa vim buscá-lo, ou acha que consegue chegar em

cassa só?

Não sei qualquer coisa eu lhe ligo.

Despedimos-nos abri a porta sai do carro olhei para frente do colégio

entendi o significado do brasão em V e o R. B. J Valério Ribeiro Bom Jesus

deveria ser o dono do colégio. O colégio tem uma estrutura ótima assim como os

professores falava minha mãe umas trezentas vezes desde que soube que

mudaríamos para cá. Fui em direção ao portão preto na entrada entrei e

continuei andando olhando para todos os lados o colégio era mesmo bonito, do

fundo do corredor vinha uma mulher nem gorda nem magra diria forte estava

totalmente de social uma blusa marrom e uma saia que cobria os joelhos, era

preta com listras brancas o cabelo nos ombros franja na testa olhos castanhos

escuros pele de pêssego senti quando ele me tocou era branca um pouco mais

pálida que minha mãe.

Você deve ser o Júnior ou devo lhe chamar de Gabriel Bittencurlt Júnior.

Pode chamar de Júnior senhora.

A sua mãe me falou muito bem de você senhor Júnior.

Ela só estava sendo gentil, ela diz isso a todos.

Venha vou lhe apresentar sua sala de aula.

Como você se chamar?

A... Desculpe-me Júnior não me apresentei, sou Deutoria Sandré,

diretora, mas pode mim chamar só de diretora.

Page 26: Ultimo Elemento. O recomeço.

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Que convencida – grunhi.

O que disse?

Falei que fui bem recebido – dei uma risadinha ela retribui, talvez ficasse

irritada se soubesse que estava sendo sarcástico

Chegamos a um grande pátio encoberto de onde estávamos dava para

ver no fim do corredor do outro lado do pátio uma quadra.

Você deve gostar de futebol em senhor Júnior.

É – confirmei, na verdade odeio futebol.

Vamos... – ela começou a andar e eu a seguia olhando para todos os

lados percebi que ela calçava uma sapatilha preta com bico fino e com um salto

tão fino quando uma agulha tinha que admitir a diretora Deutoria Sandré era

convencida mais tinha classe, sabia se vestir.

Chegamos essa é sua sala Júnior.

Nunca tive tanta vergonha dezenas de rosto me escarrariam quando

entrasse na sala a diretora pediu licença ao professor de aritmética chamado

Willian.

Com licença professor Willian, temos um novo aluno no colégio, acabou

de se mudar para São Paulo com a mãe o nome dele é Júnior, Gabriel

Bittencurlt Júnior, está aqui fora vou pedi para entra.

Estava sentado no banco do lado de fora da sala ouvindo tudo que a

diretora falava de mim, fiquei tão assustado como um animal encurralado.

Não precisa fica assustado, são todos ótimos meninos não o farão mal e

logo se tornaram amigos.

Estava tão mal assim a ponto da diretora fazer um pro agnóstico.

Vamos seus colegas estão ansiosos em vê-lo Júnior, estão curiosos para

conhecê-lo.

Ela ergueu a sua mão para que eu a segurasse, mas por um instante

hesitei mais me deixei ser levado, lembrei do sonho do mago falando da

curiosidade humana mais logo trancafiei as lembranças no lugar, mas obscuro

do meu cérebro levantei e fui arrastado pela diretora em direção a porta que

quase esbarra no professor que vinha saber a causa da demora o professor

tinha barba, cabelos curtos e lisos, moreno olhos castanhos escuros, tinha um

porte físico, usava um jeans claro e uma camisa vermelha muita coincidência

Page 27: Ultimo Elemento. O recomeço.

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igual a que minha mãe usava, duas meninas babavam por ele quando entrei na

sala pelo menos não estavam olhando para mim. Entre de cabeça baixa.

Meninos esse é o Júnior o mais novo aluno do colégio, Júnior esse é o

professor de aritmética, Willian ele era solteiro ou era que aparentava, não havia

nenhum anel de compromisso em seu dedo e as duas meninas babavam por

ele, poderia apresentar ele a minha mãe quem sabe ela comece uma vida nova

assim como meu pai começou outro relacionamento em Ilhéus lá na Bahia.

Levantei a cabeça para encarar a turma e tomei um susto, queria correr,

mas não podia, iria ser abusado o resto do ano letivo, mas o garoto que nunca vi

estava ali sentado, minha mente estava muito distante não conseguia ouvi nada

do que a diretora falava estava pensando no sonho antes de minha mãe ter me

acordado aquilo não poderia ser real pisquei meus olhos várias vezes rezando

para ser uma ilusão, quando a diretora balançou meu braço e voltei no susto.

Sente-se ali rapaz – falou o professor – tudo bem classe vamos voltar à

aula.

A diretora se despediu e desapareceu quando atravessou a porta, não

tive coragem de encarar ninguém, não fiz um único barulho era seis aulas do

professor Willian três de aritmética e as outras três de matemática, era dia em

que muitos preferiam a morte, voltar e meia ouvia alguém cochichando sobre

mim, não dava para ouvi o que falavam, mas não importava porque o garoto do

meu sonho estava sentado logo ali na minha frente, como poderia sonhar com

alguém que eu ainda iria conhecer – ele ainda se chamaria José? – fazia essa

pergunta a mim mesmo – acho que não seria loucura demais. – completei, olhei

para onde ele sentava e ele se virou para me encarar, como sabia que estava

olhando para ele, estava de costas, estava ficando maluco.

O professor estava escrevendo algo no quadro tirei o caderno da

mochila e a caneta, lápis e borracha puxei do bolso abri o caderno selecionei

uma matéria para aritmética e comecei a escrever o novo assunto que estava no

quadro até bater para o intervalo. A maioria da sala saiu para o intervalo, uma

menina meiga deveria ter um metro e sessenta os cabelos estava amarrado

vinha em minha direção.

Oi eu sou a Janne. Sabe aconteceu o mesmo comigo ano passado no

segundo ano.

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Só estava eu ela e o suposto menino que conheci no sonho o José que

ficou atrasado na sala copiando o assunto que o professor deixou no quadro.

Entrou dois meninos na sala deveria ser amigo do suposto José.

Janne como é o nome do menino que está copiando.

Ah... – ela se virou para olhar. – aquele do meio é o José do lado

esquerdo é o Mustafá e outro é o Jonas.

O Mustafá é um garoto gordo negro já tinha barba no rosto os escuros e

usava uma corrente, cabelo rastafári e usava dois brincos na orelha esquerda, o

Jonas ao contrario do amigo é branco, magro, baixo, aparentava ter uns quinze

anos, olhos escuros, careca, e não usava nada no pescoço só um brinco na

orelha esquerda.

São amigos do José – continuou ela – mais são completamente diferentes

do José, coloca ele em cada enrascada, eles são aproveitam por o José ser filho

do dono do colégio.

Ele é tão idiota assim?

Não sei – respondeu ela – você não está com fome?

Um pouco. Você pode trazer algo para eu comer. – ela não me deixou

terminar me puxou pela argola da minha camisa deixei ela me guiar sem retrucar

passamos pelos três meninos que desviaram a atenção para nós dois quando

chegamos à porta da sala ela mim soltou, ela foi me fazendo perguntas durante

todo o trajeto.

Você é nerd?

Ah!

É que você é muito bonito para ser nerd, mais é muito quieto para ser um

brutamontes – ela apontou um grupo de garotos que desafiavam uns aos outros

para saber qual o mais durão o último que vi bateu a testa com força numa

pedra.

Ai... Deve ter doido – falei mim retorcendo por dentro.

Aquele é o grupo dos gays – continuou ela – aquele das lésbicas,

bissexuais. Você não é preconceituoso ou racista não é?

Não, não – respondi rápido, ela continuava apontando grupos até nos

aproximamos do pátio que passei quando cheguei.

Page 29: Ultimo Elemento. O recomeço.

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A cantina fica ali – ela apontou, para uns garotos jogando xadrez quando

passamos por ele. – Você gosta de xadrez?

Sim, mas nunca encontrava ninguém um amigo para jogar só meu pai,

mas ele é separado da minha mãe e mora em Ilhéus na Bahia fica difícil jogar só

no computador.

Pode jogar comigo

Sério.

Sério – afirmou Janne, ela era mesmo muito meiga. O sorriso dela era

muito confortador – você me da o seu endereço e hoje à tarde passo na sua

casa que tal.

Se não for lhe incomodar.

Não vai ser incomodo algum, olha só o horário depois que bater o

professor não deixar mais ninguém entrar

Vamos. –

Quando entramos na sala já estava com metade dos alunos, passei pelo

José que me encarava parecia que me conhecia estava tão assustado quanto eu

com tudo aquilo. O professor adentrou a sala sem seus pertences para uma aula

Galerinha infelizmente terei que dispensar vocês esses três horários que

faltam porque minha mãe esta passando mal e nenhum outro professor poderá

cobrir esses horários por estarem ocupados fico devendo P.K dispensados.

O professor sumiu no meio da baderna de cadernos livros sendo

fechados, folhas sendo arrancadas um por um todos começaram a sair alguns

atrasados que pegou a noticia no corredor apareceram apresados pegaram suas

coisas e desapareceram na mesma velocidade que surgiram. Janne se despediu

de algumas meninas e veio até mim.

Novato sabe chegar a sua casa?

Acho que não

Escreva seu endereço aqui – ela tirou do bolso do paletó que estava

usando um pedaço de papel e uma caneta

“Rua Strandeberg casa 28”

Fica a três quadras daqui. Posso levá-lo a pé se precisar

Não precisar.

Page 30: Ultimo Elemento. O recomeço.

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Tem certeza

Tenho – íamos caminhando até a saída da sala de aula onde o José

estava sentado no barco que ficava do lado da sala

Podemos conversar? – perguntou José – a sós – continuou ele.

O que está aprontado José – falou Janne emburrada

Tudo bem Janne, eu também preciso conversar com ele, até mais tarde –

no impulso dei um beijo na testa dela, as bochechas delas ficaram vermelhas

tentei pedir desculpas mais ela ergueu os pés e retribuiu com um beijo na

bochecha.

O casal de namorados podem se beijar depois.

Não somo namorados – disse Janne agora com raiva, a sua meiguice

sempre desaparecia quando encontrava o José – tchau Júnior até mais tarde

para partida de xadrez.

Tchau Janne – abanei

José mandou que eu sentasse, tínhamos três horas até minha mãe

chegar, talvez ficasse feliz por está conversando com um menino no primeiro dia

de aula.

Não sei quem é você Júnior, mas seja lá quem for você quero resposta

para isso – ele ergueu a mão direita e abriu tinha um desenho maior que o meu

na palma de sua mão uma bola no centro e triângulos ao redor sete ao todos

formava um sol – tive um sonho com você muito estranho pensei ser um sonho e

agora você aparece aqui como poderia ter sonhado com alguém que ainda iria

conhecer e não sei o que é isso porque no sonho não existia isso, só o desenho

no seu dedo.

Eu também tive esse mesmo sonho José e o pior é que seu nome ainda

continua sendo José e acordei com a mesma marca olha – ergue meu dedo para

que pudesse ver o desenho no meu polegar

O que é isso Júnior.

Não sei não faço a mínima idéia.

Olha aqui está meu telefone, email e endereço – ele anotou um por um

em um papel que ele pegou no chão amassado – se isso for verdade têm outros

ou escolhidos faltam seis que o mago te falou nos sonhos.

Vamos fazer isso juntos você também precisa de respostas para isso.

Page 31: Ultimo Elemento. O recomeço.

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Fomos andando até a saída e antes de nos despedimos ele pediu eu

endereço email e telefones, nos despedimos e antes dele quebra a esquina

gritou que qualquer novidade mandava email e quebrou a esquina e

desapareceu mim virei na direção contraria e seguiu em direção a minha casa.

.

Page 32: Ultimo Elemento. O recomeço.

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Uma partida de xadrez Minha mãe chegou uma e meia da tarde em ponto me falou que tinha

passado no colégio e foi avisada pela secretaria que minha turma foi dispensada

mais cedo pelo professor que iria resolver problemas familiares. Tinha esqueci-

me de ligar para ela avisando que não precisaria se preocupar mais esqueci com

tantas coisas na minha cabeça.

Mãe – estava almoçando.

Sim.

Uma menina. Janne vem essa tarde aqui para jogarmos xadrez.

Os olhos da minha mãe brilharam instantaneamente tinha parado de

enrola aquele macarrão pronto no garfo. Também não era de se espera nunca

tive amigos, nenhuma outra criança ou adolescente que não eu. Antes de nos

mudarmos, morávamos em uma rua cheia de adolescentes que me achavam

bom demais para andar com eles, metidinho eram como me chamavam.

Que ótimo Júnior – ela interrompeu meus pensamentos – que bom você

enfim tem um amigo, nesse caso amiga. Que horas ela vem?

Não sei não marcamos horário.

Não tem nada pronto – a casa está uma bagunça cheias de caixas, coisas

da mudança chegam a todo hora trazidas pelo correios, quando cheguei hoje

tinha três caixas enormes ao lado da porta que pus para dentro com ajuda de

um vizinho.

Não precisar se preocupar, nem sei se ela vai demorar.

Vou ter que voltar ao trabalho três horas, deixarei dinheiro em cima da

geladeira se sentirem fome pode ir até a lanchonete no fim da rua.

A geladeira era velha estava na casa quando nós viemos para cá, nos

quebrava um galho com sua cor neutra estranha para uma cozinha, mas sairia

dali assim que os correios entregassem a nossa geladeira branca e quem sabe o

resto das coisas.

PLIM... PLIM. PLIM... PLIMMMMMM

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A campainha – gritou minha mãe lá de cima tinha ido descansar até

chega hora de trabalhar.

Tudo bem, eu ouvi - falei alto suficiente para garanti que ela ouvisse.

Fui em direção a porta de vidro fume não dava para ver quem estava

dentro mais era possível ver quem estava fora era a Janne estava de cabelos

soltos e tinha duas mechas de cabelos transados um de cada lado da cabeça.

Abri a porta.

Oi Júnior, você demorou.

Desculpe, entre.

Segurava um baú cheio de quadrados brancos e pretos distribuídos

uniformemente um branco e um preto, um branco e um preto nessa ordem

deveria ser o tabuleiro de xadrez e tinha uma chucha vermelha no pulso estava

com uma camisa floral, um short e uma sandália rasteira. Ela perguntou se

continuaria segurando a porta.

Vamos, trouxe o xadrez. Pensei como você esta de mudança talvez fosse

difícil encontrar seu xadrez.

É você acertou – falei calmamente contando cada letra que saia de minha

boca.

Vamos jogar. – perguntou ela.

Espero que esteja pronta para perder. – brinquei.

Sentamos num tapete estendido no canto da sala onde minha mãe

assistia televisão quando chegava à noite do trabalho cruzamos os pés uma a

frente do outro e o tabuleiro no meio, ela puxou uma pequena tabua do interior

do tabuleiro de onde ficavam as peças. Curioso aquele xadrez diferente de

muitos que conheço nunca tinha visto aquele não daquele jeito as bases das

becas eram redondas e encaixavam perfeitamente no espaço milimetricamente

feito para aquelas peças que saiam arrumados em ordem correta em pé e o que

tornava mais curioso totalmente diferente do meu que ficavam todas

bagunçadas, começamos a arrumar o xadrez.

Era de mármore as peças de xadrez o que fazia daquelas peças um

pouco mais pesadas à medida que desencaixamos fazia um estalo que estava

me irritando

Page 34: Ultimo Elemento. O recomeço.

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É a parte mais chata – falava Janne desencaixando uma peça – isso

também me irrita.

Terminei – falei.

Pronto – disse ela – vou começar.

Ela ficou com as brancas e começou, moveu o pião da E2 para E3,

joguei com o cavalo na A6, ela moveu a rainha para F3 pela diagonal, movi o

pião da C7 para C5ela usou o bispo branco na diagonal de F1para C4, movi o

pião da B7 para B5 a fim de destruir o seu bispo branco na C4

Boa jogada, mas deveria ter feito isso antes – ela levantou a mão

suavemente pegou a rainha da F3 e levou até a F7 – cheque Mate Júnior.

Tinha perdido meu rei estava encurralado não tinha para onde correr só

restava destruir a rainha mais se fizesse isso o bispo me mataria se destruísse o

bispo dela com o pião a rainha destruiria meu rei. Preferir morrer nas mãos da

rainha melhor do que morrer na mão de um reles capacho que era o bispo.

Mais uma? – perguntou ela.

Claro.

Rearmamos as peça e quando ela jogou tinha jogado o cavalo da G1

para H3 minha mãe desceu as escadas.

Olá você deve ser...

Janne senhora.

Interrompeu-a levantando-se para apertar as mãos de minha mãe

Desculpe a bagunça querida ainda estamos de mudança.

Não se preocupe Dona...

Julia querida, só Julia – soltaram as mãos se encaram – então você é a

garota que conseguiu ser amigo do meu filho.

Acho que sim.

Vou deixá-los a sois, estou indo trabalhar já são quase três horas.

Despedimos-nos minha mãe pegou a chave em cima da abriu a porta e antes de

sair nos deu uma advertência.

Juízos meninos.

Pode deixar-

Falou Janne abanando a mão para minha mãe.

Page 35: Ultimo Elemento. O recomeço.

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Júnior, o que o José queria com você hoje? – houve um silencio – quero

dizer. O que foi realmente que vocês conversaram?

Acho que não acreditaria se lhe contasse

Tenta.

Meu celular estava vibrando no meu bolso olhei para tela para saber

quem ligava numero desconhecido. Falei a Janne.

Atende.

Júnior – do outro lado da linha suou uma voz familiar.

Sou eu.

Poe no viva-voz – pediu Janne.

Júnior você está ai? – falou a voz do outro lado da linha.

José? – falou Janne espantada.

É sou eu. E o que você está fazendo ai? A não importa. Júnior

descobrir algumas coisas sobre aquilo que conversamos hoje no colégio. Ainda

tem meu endereço, pode vim até minha casa.

José minha mãe não esta em casa só eu e a Janne e ela já sabe de tudo

contei a ela – Janne mim encarou confusa e bateu os lábios.

Você não me contou nada

Respondi batendo os lábios

Eu sei, mas vou conta.

Estou indo Júnior tem computador ai?

Tem sim José. Pode vim.

Desliguei pus o celular novamente no bolso traseiro da calça e tratei de

contar a Janne que ouviu atenta mais rápido que pude sobre o sonho e toda a

conversa que tive com o José pela manhã, enquanto o José caminhava até

minha casa. A campainha tocou vi o José através da porta de vidro fume.

Você abre a porta e eu vou busca o laptop lá em cima é rápido está na

mochila.

Cadê o Júnior – ouvir o José perguntar por mim estava no quarto

procurando onde tinha deixado a mochila com o computador, empurrei algumas

caixas à mochila estava no canto atrás de uma caixa cheia de roupa, puxei a

mochila e desci correndo a Janne estava sentada do lado do xadrez e o José

Page 36: Ultimo Elemento. O recomeço.

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estava do outro lado da sala, eles não se falavam estavam trocando olhares

furiosos um pro outro

Hum, hum – piguariei levantando o braço que carregava a mochila com o

laptop – aqui está.

Ótimo –

José saiu do seu lugar quando notou que estava no pé da escada. Ele

tirou o computador da mochila e o pendrive do bolso do short, a Janne estava do

meu lado percebi quando ela jogou seu cabelo no meu rosto tinha aroma de

rosas com pêssego. O José conectou o pendrive em umas das entradas USB e

logo estava nos mostrando dois mapas.

Esse é o mapa de São Paulo hoje e esse debaixo é o de São Paulo há

oitocentos anos, antes mesmo dos portugueses chegarem aqui. Essa parte

cinza é onde era floresta que estávamos no sonho. Hoje só resta uma pequena

reserva no local, vamos la amanhã depois da escola.

Está bem amanhã depois do colégio – falou Janne animada.

Quem lhe chamou intrometida. Você não vai, só para começar ele nem

deveria ter contato

Janne se preparou para contra-atacar ia começar mais uma discussão,

mas interrompi antes.

O que esta acontecendo, porque vocês não se falam, brigam o tempo

todo.

Não importa – falou Janne.

Importa sim – minha voz soou mais alta do que queria – se vamos entra

nessa loucura importa sim – ela abaixou a cabeça.

Ela acha que eu aprontei pra cima dela – falou José.

Mas você aprontou você e seus amigos brutamontes

Se estiver se referindo ao Jonas e Mustafá, é são sim meus amigos, ao

contrario de você. Acredite se quiser mais não fui eu que escrevi aquelas coisas

difamando você para toda escola.

A discussão tinha recomeçado seja lá o que foi que tinha escrito

precisava por fim aquela discussão.

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Você acha que a caixa está lá José? – perguntei qualquer coisa para

desviar a atenção deles e deu certo porque o José se virou para pode responder

a minha pergunta.

Não sei, mas deve ter alguma pista, caso isso tudo seja realmente

verdade.

Tenho que ir agora Júnior – falou Janne arrumando as peças de xadrez –

falei para minha mãe que voltaria para casa antes do anoitecer.

Eu também vou indo amanhã nos vemos no colégio – disse José.

Acompanhei-o até a porta nos despedimos mais uma vez e voltei para

ajuda a Janne a guarda as peças no tabuleiro mais não restavam muitas peças a

serem guardadas.

Até amanhã Júnior – despedisse ela meio zangada não era bom em

descrever rosto, mas não gostou de tocar naquele assunto.

Você está bem? – perguntei com receio dela desabafa o que ficou

preso na garganta quando interrompi a discussão mais ela apenas disse que

estava tudo bem que amanhã nos veríamos no colégio, a levei a porta nos

despedimos e fecha à porta o computador ainda estava ligado os dois mapas

que o José nos mostrou continuava na tela e o José tinha esquecido o pendrive

conectado no laptop desconectei pus no bolso para não esquecer abrir meu

email mais só tinha email de publicidade desliguei e fechei o computador

coloquei em cima da escrivaninha.

Dirigi-me ao meu quarto para tira a fada do colégio que me esqueci de

tirá-la meti as mãos no bolso tirei do bolso esquerdo um papel amassado abri

para saber o que tinha escrito, tinha o número, endereço e o email do José, do

bolso traseiro retirei o celular e salvei o numero e o email na agenda do telefone,

embrulhei o papel e joguei na lixeira que tinha na cabeceira da minha cama. Não

tinha certeza de muita coisa mais se isso fosse mesmo verdade iria conhecer

mais pessoas torna amigo de mais seis pessoas encontrar a caixa iria fazer isso

com duas pessoas que conheci a menos de um dia e já éramos amigos. Eram

seis horas quando deitei na cama precisava resolver uns exercícios de aritmética

fala sobre historias dos numero era mesmo chato só tinha aula dele as

segundas, mas morreria entediado se não fizesse algo.

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Frustrados Minha mãe só chegaria daqui à uma hora, mas meu estomago começou

a reclamar e com certeza ela chegaria com mais macarrões prontos não sábia

que era pior a fome ou comer aqueles marrões mais uma vez. Pensei em pegar

o dinheiro que ela deixou em cima da geladeira, mas o colchão estava macio

demais para levantar e a preguiça me venceu adormeci e só acordei umas horas

mais tarde, levantei abri a porta do quarto e uma luz fosca e um barulho vinha da

sala a televisão estava ligada com certeza seria minha mãe.

Desci as escadas cambaleando ainda acordando do sono avistei minha

mãe levando um biscoito a boca e umas de suas xícaras, enormes com café

preto forte, o pote de biscoitos estava do seu lado me aproximei ela levou um

susto quando percebeu minha presença.

Oi filho, não queria acordar você.

São que horas exatamente mãe.

Oito da noite – respondeu ela e meu estomago rosnou.

Está com fome?

Imagina – sarcástico ao falar.

Quer café e biscoito ela ergueu o pote me oferecendo.

É acho que não vou recusar, pelo menos não é macarrão – ela riu

Vou pegar uma xícara para você.

De um pulo estava de pé e antes que me distraísse ela já estava de

volta com uma xícara na mão, estava sentado do lado do lugar que ela estava

sentada assistido, ela entregou-me a xícara.

A garrafa térmica está ai do seu lado – disse-me ela.

Não tinha visto a garrafa ali, peguei-a pela alça e enchi minha xícara.

Como foi sua tarde? – ela estava ajeitando o cabelo e esparramou no

tapete no canto da sala.

Foi boa – respondi, ela não estava preocupada comigo queria saber sobre

a Janne.

Quero dizer você e a garota.

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A Janne é legal super meiga diferente da maioria das outras garotas.

E com os outros ainda não falou com você.

Não só o José e a Janne que marcamos para ir numa reserva amanhã

depois do colégio.

Sério? – ela me encarou – você vai mesmo sair com duas pessoas que

você acabou de conhecer.

Pensei que a senhora iria pular de alegria.

Estou feliz mais não posso ficar pulando – ela se aproximou do meu

ouvido certificando se mais ninguém ouviria até aparece que haveria alguém na

casa alem de nós – é a idade trinta e nove anos, sabe não sou mais a mesma.

É sim mãe – lembrei do professor de aritmética – você tem que conhecer

um cara legal, ter outro relacionamento – havia mudado de assunto

Já conversamos sobre isso Júnior.

Não, não conversamos, toda vez que entramos no assunto você

desconversa – Ela continuava a olha a televisão só de pirraça – mãe você

precisa encontra um cara legal, que eu aprove claro, mas precisa conhecer

alguém e desencalhar do meu pai ele tá em outra há muito tempo – ela ficou

vermelha, é assim toda vez que refiro ao meu pai ela fica vermelha.

E quem disse a você que penso no seu pai?

Ninguém, não precisa à senhora fica vermelha toda vez que mim refiro

nele.

Estou vermelha? –

Perguntou assustada levando às mãos no rosto, a sala estava escura

demais para procura algum espelho, só havia a luz da televisão.

É o café. – ela procurava engana-se a sir mesmo porque Amim não

enganava com aquela encenação – é o café você sabe que muito café me deixa

vermelha.

E nervosa – completei.

É e nervosa também – confirmou ela – vou me deitar não demore muito ai

O.K amanhã você tem aula.

Eu vou tomar um banho e tentar pegar no sono novamente.

Aquela conversa tinha me tirado a fome a xícara estava cheia do jeito

que deixei antes de começar a aquela conversa com minha mãe, tampei o fraco

Page 40: Ultimo Elemento. O recomeço.

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de biscoitos encostei-o na parede desliguei a televisão e subir com dificuldades,

fui direto para o banheiro que fica no corredor que levava ao meu quarto liguei a

lâmpada para certificar se havia uma toalha mais só encontrei um roupão branco

com as iniciais G. B. J, Gabriel Bittencurlt Júnior minhas iniciais, não lembrava

de ter colocado ali mais quebraria um galho não coloquei a água gelada mais

detesto tomar banho com água morna ou quente, pus no frio tomei um banho

demorado vesti o roupão e sair direto para o quarto liguei a lâmpada arrumei os

livros esparramados no chão pus o que deveria na mochila procurei o celular na

calça do colégio que estava no chão perto da farda pelo avesso, o celular

deveria está em um dos bolsos traseiro coloquei o celular no chão ao lado da

cama me deitei fechei os olhos orei o padre nosso no pensamento e tentei

dormi.

Acordei com as batias da mão de minha mãe na porta

Acorda Júnior

Ta cedo mãe bocejei de sono virando para o outro lado

Dormiu com o roupão? – ela não gostou.

É acho que despenquei na cama e desmaiei

Vá toma banho – ordenou-me ela

Tomei quando fui dormi ontem mãe – falei abrindo os olhos, não tava nem

um pouco afim de um banho.

Levantei e fiz minhas obrigações matinas, entrei no banheiro com a

farda na mão e uma toalha preta de veludo deu vontade de tomar uma ducha,

assim o fiz sair do banho procurei minha escova e com a outra mão peguei a

pasta abri e saiu um liquido verde pastoso o aroma da menta espalhou-se

rapidamente no ar, escovei os dentes vestir a farda voltei ao quarto para pegar o

celular e a mochila, desci para tomar café, minha mãe já me esperava vestia um

paletó preto, cabelos presos e um sapato igual que a diretora usava como elas

conseguiam equilibrava-se em uma agulha a meio metro do chão. Tomei café

entre no carro da minha mãe e segui para o colégio.

Até mais tarde – ela já tinha dado a partida, e não ouviu minhas ultimas

palavras.

Page 41: Ultimo Elemento. O recomeço.

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Júnior – virei para ver quem me chamava na multidão de rostos vi do

outro lado o José abanando a mão e vindo em minha direção - como passou a

noite? Conseguiu pegar no sono?

Conseguir. E você?

Não – ele não estava mentido olheiras mal moqueadas – não preguei o

olho essa noite.

Olá pessoal – era Janne não tinha a visto chegar – vamos entrar. Que

olheiras José. O que fez essa noite vigília.

Engraçadinha. – respondeu José com desprezo.

Ele não conseguiu pega no sono Janne – disse antes que recomeçasse

uma discussão.

O José cochilou todas as aulas, português, biologia, duas aulas de

historia e química. Alguns professores até tentou pergunta o que estava

acontecendo mais ele a ignoraram estava mesmo com muito sono.

José, vamos – balancei o ombro dele – acorda José as aulas terminaram.

Ah! A aula terminou?

Já. Você dormiu toa às aulas.

Vamos logo à reserva – Janne estava impaciente, falava segurando um

fichário preto.

Foi fácil chegar à reserva vinte minutos de taxi e estávamos lá o José

pagou ao taxista e formos em direção a entrada da reserva onde um guarda

apareceu detrás do portão de madeira.

Esta fechada para visitas – vociferou o guarda

Por quê? – perguntou a Janne

Porque esta garotinha – continuou o guarda – coisas estranhas acontece

aqui então resolvemos fechá-la até segunda ordem desculpem por desapontar o

passeio de vocês, mais tenho que informá-la garotinha que perdeu a viajem –

ele gritou nas suas ultimas palavras.

Janne é muito impaciente e era mais ainda ativa virou-se de costas para

o guarda e andou, eu e o José a seguimos em silencio até a imagem do guarda

sumi.

Vamos. – ela pulou a cerca de arames farpados

O José e eu ficamos assustados com a coragem e destreza da garota.

Page 42: Ultimo Elemento. O recomeço.

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Vamos – repetiu ela - não de tão longe para desisti agora.

Ela tinha razão precisávamos tira aquela historia a limpo. A imagem do

guarda apareceu na minha cabeça dizendo que não seguisse com essa loucura

mais não deixaria que ele frustrasse. Ignorei a lembrança e o José já estava

pulando a cerca.

Você vem Júnior.

Já que não tem outro jeito. – Janne mim encarou enfurecida.

Ele é sempre assim? – Perguntei enquanto pulava a cerca.

É. É sim – respondeu o José enquanto pulava a cerca.

Por onde começamos? – perguntou Janne.

Ficamos em silêncio resolvendo por onde começaríamos.

Por aqui – falou José.

Vocês estão ouvindo?

Ouvindo. Ouvindo o quê? – Perguntou Janne.

Essa voz, vocês ouvem?

Eu consigo ouvi-la ela este vindo daquele lado. – disse.

Vamos – apresamos os passos o José na frente eu no meio e a Janne

nos seguia com dificuldades.

Minha mão está ardendo Júnior.

Meu dedo também José.

Que arvore estranha, nunca vir uma coisa igual – Janne falou só mais

natural possível.

Era uma arvore que crescia no ziguezague como um S deveria ter uns

trinta metros e ali a luz do sol era retida nas copas das arvores por isso era

denominada de floresta negra.

Eu já vi.

Eu também.

Onde? – perguntou Janne

No sonho – falamos ao mesmo tempo.

Minha mão esta me matando Júnior – o José apertava o pulso da mão

direita com força.

Acho que perdemos nosso tempo aqui. – meu dedo também doía

Page 43: Ultimo Elemento. O recomeço.

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O quê? – Janne estava falando mais alto do que o que deveria e a voz

dela soava ainda mais alto naquele silêncio mórbido da floresta. – não vim de

tão longe para nada, não deixei aquele guarda mim dizer o que fazer e não vou

deixei você me dizer.

É a frustração – disse José olhando pra mim

Janne estamos todos frustrados, não é só você – tentei amenizar.

Não estou frustrada. – falou ela virando-se para a árvore anormal –

Porque estaria frustrada? – ela saltou um belo soco na árvore.

Ai minha mão – grunhiu ela balançado a mão tentando amenizar a dor

Gente. Gen...te.

O que foi agora José – perguntou Janne olhando para trás, ela soltou um

grito fino que doeu a cabeça, desta vez o guarda tinha ouvido.

A árvore estava se esticando e o ziguezague em forma de S estava

sumindo agora a árvore era a maior da reserva com aqueles metros extras, a

casca do caule da árvore estava derretendo um cubo saiu de dentro da árvore e

caiu no chão ao pé da árvore.

O que é isso no chão?

A árvore se esticou quando você bateu nela – explicou José.

Disso eu sei. Estou falando daquilo que saiu de dentro da árvore – estava

apontando para o cubo que saiu do caule da árvore quando ela esticou-se.

Não sei. – aproximei para vê-la meu dedo parecia que iria soltar do resto

do meu corpo, desejei que isso acontecesse amenizaria a dor.

Cuidado Júnior. – falou Janne abraçada no José o rosto dela de pânico

me assustou mais aquilo tudo tinha aproximado os dois seja lá o que

aconteceram entre eles dois tinha passado, pelo menos por enquanto. Virei-me

novamente para o cubo no chão.

Pegue – vociferou José remoendo de dor – ela quer que você pegue.

Ela quem? Janne já estava tremendo.

A voz. Ela quer que você pegue Júnior.

Hesitei por alguns segundos em tocá-la.

A dor vai para pegue – continuou José reclamando de dor.

Pega logo essa droga Júnior – ordenou-me Janne

Page 44: Ultimo Elemento. O recomeço.

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Peguei a pedra e me virei para os dois, o José estava suando e remoia

de dor corri até ele para certificar-me do que tava havendo.

Você não disse que pararia a dor.

É disse – respondeu José

Toquei nele estava ardendo em febre à mão esta quente e suando frio.

Ele está com muita febre Júnior.

Precisamos levá-lo ao um hospital urgente.

É vamos.

Estou bem, não se preocupe.

Meu corpo paralisou estava acontecendo, acontecendo como no sonho.

Vamos, não consigo carregá-lo só.

Está acontecendo – tentei falar – meu corpo, não consigo movê-lo.

O que é que está acontecendo?

O que aconteceu no sonho Janne – José tentou explicar remoendo de

dor.

Uma corrente elétrica saiu da minha cabeça desceu pela espinha ate as

pontas dos dedos da aos dedos dos pés e voltou à cabeça, percebi meu olho

começou a brilhar naquela escuridão da reserva. Num flash vi toda a reserva

depois toda a cidade de são Paulo.

Page 45: Ultimo Elemento. O recomeço.

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Escolhidos Um a um foi aparecendo um flash atrás do outro era como fosse tele-

transportado sem sair da reserva minha mente ia até os outros primeiro estava

em Guarulhos o nome da cidade onde um morava, chamava-se Levi olhava o

dedo que ardia, garoto loiro, baixo, cabelos cortados, olhos castanhos claros

gostava de esportes radicais no momento skate e pára-quedismo tinha dezoito

anos. O outro era o Christopher morava em Santos com a avó, mas viria mora

em São Paulo. Não era muito fã de esportes radicais, mas se encaixava

perfeitamente no que a Janne chamava de N.E.R. D, muito inteligente usava

óculos de descanso que praticamente não tirava do rosto já que lia muito olhos

escuros, cabelo curto e encaracolado, moreno alto, vinte anos, e extremamente

versátil, antes que continuasse a descrição do Christopher a de outro garoto

apareceu.

Chamava-se Richard com dezenove anos estava atrasado na escola

adora uma balada nasceu em São Paulo viveram uns tempos fora e regressara

há poucas semanas estava mais próximo do que pensei. Cabelos castanhos

escuros, branco, olhos azuis como da minha mãe, alto estava sentido dor o dedo

queimava de todos os seis queimavam sentia isso, a visão foi interrompida a

imagem da caixa apareceu em seguida uma montanha de lembranças do sonho

que me fez ir até aqui foram aparecendo na minha cabeça como um vídeo

passando no DVD sendo avançado parei quando o José me perguntava como

tinha encontrado ele lá na forca. Estava sonhando novamente ou era uma

imagem reprimida de algumas de minhas vidas passadas se é que vidas

passadas existem.

Aron vou esconder a caixa aqui e vamos procurar o esconderijo do

Dreylfuss.

Eu era o Aron novamente o José não me chamou de Júnior levei um

tempo a entender mais isso deveria ser a continuação já que no dia minha mãe

mim acordou com as batidas na porta. O José havia enterrado a caixa do lado

da raiz da árvore torta. Sumiu novamente e clareou uma paz imensa tomou

Page 46: Ultimo Elemento. O recomeço.

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conta estava vendo um menino negro com uma tatuagem no braço não dava pra

saber o que havia desenhado porque o desenho começava nas costas e

terminava no braço direto chamava-se Marcus morava em Osasco, cabeça

raspada tinha apenas dezessete anos o mais novo até aqui estava na academia

na parte de Ioga mais não gostava de praticar estava afim de uma garota, é

muito mulherengo queria curti a vida detestava os estudos, olhos castanhos

escuros e não demonstrava medo em situações mais loucas, não dava para

saber muitas coisas dos meninos os flash eram rápidos um atrás do outro só

conseguia ver os perfis deles e onde moravam estava também empunhando dor

no seu dedo.

Outro flash, Bruno era o nome do garoto adora pega coisas velhas e

montar, morava em Diadema e mudou0se recentemente para São José dos

Campos, branco, cabelos curto cortado a tesoura, olhos castanhos com dezoito

anos e continha... Outro flash Ricardo vinte anos, olhos castanhos claros,

moreno cabelo rastafári... Sumiu voltei a ver a cidade de São Paulo depois toda

reserva havia um homem escondido atrás das árvores tinha ouvido o grito da

Janne era o guarda viu muita coisa precisava fazê-lo esquecer.

Invadi a mente dele era um homem corrupto, de muito mau caráter batia

na mulher com freqüência e não falava com sua mãe, tinha cinco filhos o mais

velho com treze anos os outros tinha três, sete, nove e dez anos todos odiavam

o pai. Vi uma surra que ele deu na mulher o filho mais velho chamasse Carlos e

já teria fugido de casa se não fosse à mãe desejei que esquecesse tudo aquilo

desejei também que ele esquecesse que maltratava a mulher e o filho eu era

como um vírus de computador um parasita comecei a destruir as imagens que

não queria manipular outras e o mandei ir embora.

Uma cortina de ar saiu de minhas mãos subiu como uma brisa suave e

antes de tocar as copas das árvores ergui a mão para cima e fiz com que a brisa

que subia descesse formando um redemoinho que tocou no chão como uma

super retro-escavadeira podia sentir o ar perfurando a terra senti quando a ponta

do redemoinho tocou numa caixa metálica três metros abaixo da terra. Não

precisávamos descer desejei que a caixa levitasse então uma cortina de ar

desceu até a caixa a envolveu e levitou até mim e a coloquei no chão. Meus

olhos voltaram ao normal procurei os meninos que estavam atrás de uma árvore

se protegendo do ar forte e dos resíduos de areia.

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Podem sair.

O José pareia melhor ou tinha enxugado o suor do rosto mais a farda o

entregava estava encharcada.

O que foi aquilo – falou Janne fascinada

José você esta melhor – ignorei o fascínio da Janne.

Estou sim.

Pegue a caixa – ordenei – vamos vocês sabe que horas é essa?

Janne olhou o relógio.

É muito tarde. – falou ela espantada – meu pai vai mim matar, precisamos

ir.

Nem fale. – concordou José.

Estávamos sujos e cansados.

Como quero um banho – disse quando a Janne pulava a cerca.

Passa caixa – falou Janne do outro lado, José entregou a caixa e em

seguida pulou eu o segui.

Precisamos arranjar um taxi rápido – disse José.

Vai ser difícil encontrar um taxi aqui – disse Janne.

Peguei o celular no bolso estava desligado, pensei está descarregado

mais ligou normalmente tinha cinqüenta ligações de minha mãe.

Minha mãe deve esta pirando – disse aos meninos à medida que

andamos – tem cinqüenta e duas chamadas não atendidas dela – nós timos e

em seguida o celular tocou novamente era minha mãe.

Oi mãe – do outro lado da linha ela berrava.

Júnior onde você está? Machucaram você? Onde você está Júnior?

Cheguei em casa agora e você não estava, ligo e você não atende. Que me

matar? – ela estava gritando.

Mãe quer mim ouvir. – gritei mais alto para ela pode ouvi, Janne e José

tomaram um susto – estamos na reserva ficamos presos aqui pode vim nos

buscar?

Qual reserva? Fica onde? – estava mais calma.

Fica na treze de março.

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Estávamos sentados no chão esperando minha mãe chegar, não

demorou muito cerca de vinte minutos, um carro vermelho parou do outro lado

da pista que atravessamos apresados.

Como vocês estão? Perguntou saindo do carro.

Estamos bem dona Julia – falou José.

Só estamos um pouco cansados – completou Janne.

Só cansados – repeti entrando no carro.

Que caixa é essa? – perguntou minha mãe curiosa.

Não é nada demais. – disse.

Precisamos ir dona Julia – disse José – nossos pais o meu e da Janne

devem está preocupados.

Minha mãe não disse uma só palavra durante o trajeto. Estavam os três

no banco traseiro do carro, eu no meio o José do lado esquerdo e a Janne do

lado direito falávamos baixo para minha mãe não ouvir.

Sei onde estão os outros escolhidos – cochichava

Sabe? – perguntaram Janne e José juntos, minha mãe olhou pelo

retrovisor.

Sei onde moram, idades, o que fazem e os nomes deles.

E o que vamos fazer agora? – perguntou José.

Vamos atrás deles assim que der.

Minha casa é aquela dona Julia – apontou José.

O.K – confirmou minha mãe parando o carro.

Despedimos-nos o José agradeceu a minha mãe e seguiu pelo imenso

portão verde de sua casa. Minha mãe deu a partida no carro iria leva a Janne

em casa os pais dela apareceram na porta quando ouviram barulho do carro.

Onde você estava garotinha – falou a mulher com idade avançada,

cabelos brancos e pele enrugada, estava abraçada a um homem alto deveria ter

um quarenta anos, pele escura e cabelos pequenos.

Mãe, pai ficamos presos na reserva – eram pais dela o homem era dócil

protegia a filha única

Entre.

Vamos mãe – Ela deu a partida no carro buzinou duas vezes e se foi

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Consegui ouvi ainda o pai dela mandando ir direto para o banheiro.

Minha mãe parou em frente da nossa casa, peguei a caixa e a pedra a levei para

meu quarto estava cheia de terra e barro estava tão suja quanto minha roupa.

Você não tem outra farda e agra como você irá para o colégio amanhã? –

perguntou minha mãe quando apareceu com a chave do carro na mão.

É só lavar – dei uma dica fácil e rápida.

Até parece que vai está seca amanhã pela manhã.

Tudo bem.

Peguei o celular liguei para o José, ele deveria ter alguma camisa para

mim empresta.

Alô José?

Fala Júnior.

Você tem mais de uma farda para pode emprestar?

Claro, tenho uma coleção, esqueceu que sou o filho do dono do colégio.

Claro que não por isso liguei para você. Pode manda por um taxi quando

chegar aqui eu pago.

Já mando, agora vou ter que desligar meu pai ta uma fera, daqui a pouco

a sua camisa chegar ai – nos despedimos as presas.

Esperando pelo taxi que antes de buzinar estava atravessando o mini

jardim que a enfrente a minha casa, paguei ao taxista e ele me passou um

embrulho que abri assim que me entregou a blusa serviria entrei subir direto

para meu quarto procurei uma roupa puxei a toalha atrás da porta e seguir para

o banheiro fiquei muito tempo esfregando a calça e a camisa do colégio

precisava de uma super lavada, sair dolorido de tanto me esfregar, vestir um

short e uma camiseta e desci para mastigar algo não tinha comido nada o dia

todo.

Regressei ao meu quart peguei a mochila toda suja de areia retirei os

livros para pode responder aos exercícios guardei-os na mochila fui até o balde

de roupas sujas que tinha no banheiro pegar o celular que esqueci no bolso da

calça, voltei ao quarto pus o celular no chão ao lado da cama me endireitei para

dormi orei no pensamento agradeci por enfim ter encontrado dois amigos logo

teria mais seis, falando nos seis tinha encontrado todos os escolhidos sabiam

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quem eram e onde moravam. Amanhã será outro dia precisava descansar

estava exausto.

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Procura-se Guardiões

Quarta feira dezesseis de fevereiro, mal tinha chegado aqui e muita

coisa havia me acontecido, já tinha levantado quando minha mãe abriu a porá

para avisa-me que já estava na hora. Fiz minhas obrigações matinais banheiro,

café, escola a camisa que o José me emprestou caiu como uma luva.

O dia estava nublado e ventava muito na cidade de São Paulo, avistei o

José na entrada do colégio com a Janne, sabia o que queriam e daria sem

objeções sobre o que vi na reserva. Fui em direção a eles que estavam sentados

em um banco sentei entre eles.

Quais os nomes? – perguntou Janne animada.

Richard, Christopher, Marcus, Levi, Ricardo e Bruno.

E quando vamos procurá-los? – perguntou José.

Nesse final de semana- disse

Não posso – disse Janne – estou de castigo essa semana e teoricamente

não poderei sair esse final de semana.

Então nós dois vamos. – disse José.

O Richard mora aqui em São Paulo e o Christopher está de mudança, irá

mora aqui para estudar na USP Medicina. Vamos a Guarulhos atrás do Levi

você poderia procura o Richard Janne, você é esperta daria um jeito de sair do

castigo – peguei um pedaço de jornal que havia no chão rasguei um pedaço e

escrevi na borda o endereço do Richard. E entreguei a Janne.

Olha a notícia tem escrito aqui que uma boate caiu ontem e os todas as

pessoas saíram ilesas as ligas metálicas estavam todas emboladas como uma

bolinha de papel, que estranho não acha.

Deixa-me ver – pedir tinha umas fotos das ligas metálicas retorcidas.

Você acha que pode um dos escolhidos.

Acho respondi.

Janne você vai, não vai?

Darei um jeito – falou ela levantando deixando eu e o José.

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Júnior estava pensando no que deveria ser esse desenho na palma de

minha mão. Pensei que você poderia descobri.

Não tenho respostas para isso José e você sabe tão bem quanto eu.

Quando acontece aquilo e você controla o ar você descobre coisas, quero

dizer você conseguiu achar a caixa, viu onde está os escolhidos e o que eles

gostam de fazer e tudo mais, poderia achar respostas para isso.

Eu não controlo isso ele vem e só aconteceu uma vez e não foi porque eu

quis foi espontâneo.

A Janne estava de volta com um copo de suco e mastigando um lanche.

Já lanchando? – perguntou José bruscamente mudando o assunto.

É não tomei café hoje, então estou faminta. Você querem?

Não. – respondemos juntos.

Ainda temos meia hora até o primeiro horário. – disse José.

Júnior como você consegue fazer aquilo e o José não? Ele também tem

esse desenho na mão e estava ardendo em febre ontem e parou logo que seu

olho ficou daquela cor. – ela rasgou outro pedaço daquele lanche e virou o copo

de suco.

São respostas que ainda não temos respostas Janne. – falei segurando a

mochila.

As aulas foram um tédio aquela manhã, nos despedimos a Janne foi

com o José até ele quebra a esquina e ela segui só eu fui em direção contraria,

tinha algo no bolso da calça que estava incomodando enfiei a mão no bolso e

retirei, era o pendrive do José não me lembrei de devolvê-lo, era pendrive muito

diferente de dos convencionais branco e cinza servia de adaptados a diversos

cartões de memória era bonito. A quinta e sexta feira pareciam intermináveis a

Janne estava de castigo e o José tinha curo a tarde ficava em casa interditado

fazendo exercícios até minha mãe chegar.

Mãe amanhã irei a Guarulhos com o José e só voltarei à noite. – ela

concordou sem objeções.

Está bem.

Subir para o quarto e fiquei lá o resto da noite até pega no sono escrevi

um email para meu pai que não falava desde que cheguei aqui, ele não iria

acreditar em muita coisa que escrevi e ligaria para minha mãe perguntando o

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que deixaria ela muito nervosa e mais uma vez vermelha que daria a desculpas

do café mais uma vez. Adormeci que nem senti e acordei no outro dia era

sábado peguei o celular no chão do lado da minha cama marcava oito da manhã

fui tomar um banho e logo desci para tomar café o José logo chegaria.

PLIM. PLIM – era a campainha

Deve ser o José – disse a minha mãe que estava desarrumando as

caixas da cozinha.

Era o José vi quando cheguei à sala do outro lado da porta que era de

vidro e permitia vê quem estava do outro lado ele usava uma camiseta amarela

e uma bermuda branca. Abri a porta.

Vamos, o carro está nos esperando.

Tchau mãe – falei alto suficiente para que ela pudesse me ouvir

Liga para a Janne e pergunta se ele conseguiu sair do castigo – pediu

José e assim fiz.

Já estávamos dentro do carro indo em direção a Guarulhos peguei o

celular procurei o numero da Janne na agenda telefônica e apertei o botão discar

do celular

Janne conseguiu? – perguntei.

Poe no viva-voz – pediu José, obedeci sem hesitar.

Já estou no endereço que você me deu Júnior. E você já chegaram? –

perguntou Janne do outro lado da linha.

Quase.

Ela é rápida. – falou José.

Eu ouvir... Vou desligar agora depois nos falamos. Tchau.

Para o carro – pedi, descemos enfrente de uma quadra – foi nessa

quadra que eu vi o Levi praticando skate.

Vamos pergunta aqueles caras se eles conhecem o Levi – mi chamou

José.

Tinha cinco garotos com skates na dois estava praticando fazendo umas

manobras quando nos aproximamos.

Com licença – pediu José educadamente – alguém aqui conhece o Levi?

Sabe onde ele mora?

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Eu sei onde ele mora – se apresentou um garoto branco pequeno dez

anos, careca, olhos escuros.

Poderia nos mostrar qual a casa dele?

Claro – respondeu o garoto.

Seguimos o garoto até uma casa amarela de andar no final da rua.

É esta a casa do Levi. – apontou o menino.

Obrigado – disse.

O garoto ergueu o braço com as palmas das mãos abertas.

Não sei de onde vocês vieram playboys – mais aqui a informações não

sai de graça.

Estamos sendo assaltados por um pivete de oito anos – falou o José

quase rindo.

Não só estão pagando meus serviços.

Paga logo a ele José.

Nem sabemos se é aqui mesmo que o garoto mora – disse o José. –

Chame o garoto quando ele aparecer lhe pago.

Tudo bem – retrucou o menino – ele tocou a campainha.

Um minuto se passou até o menino loiro que vi aparecer no portão.

E ai Luiz – o Levi estava cumprimentando o menino que pediu dinheiro –

quem são esses dois.

Não sei estão procurando por você.

Podemos conversar em um local mais reservado.

Claro, claro, entre – convidou ele sorrindo.

Antes eu quero meu pagamento – vociferou o Luis.

Dê logo dinheiro ao garoto José.

Ele retirou a carteira do bolso resmungando palavras que não entendia,

puxei a carteira já impaciente da mão dele com força abri-la rapidamente puxei a

primeira nota que apareceu era cem reais os olhos dele brilhou quando viu a

nota lhe entregue fechei a carteira e empurrei nas caixas do peito do José. E

entrei seguido pelo José que estava furioso.

Você é doido? Como você entrega de mão aberta cem reais a aquele

usurpador? Ladrão mirim, pilantra kids. Porque não deu do seu?

José não vai lhe fazer tanta falta assim aquele cem reais posso apostar.

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É tão ricos assim? – Perguntou o Levi rindo

Não, não somos.

Não tem ninguém em casa só nós três.

Estávamos na sala dois sofás e uma poltrona fazia com a televisão a

frente um triangulo armado.

Sente-se – convidou ele.

Obrigado – respondemos.

Como se chamam? E o que querem falar de tão importante?

Meu nome é Gustavo e o dele é José mais todos me chamam de Júnior.

Viemos aqui para falar dessa marca no seu dedo.

Ele nos encarou.

Vocês também?

Eu tenho no dedo como você e ele na palma da mão é o único diferente

de nós. Como nos existem sete eu você e mais cinco.

Comecei a dizer tudo que sabia, fui interrompido pelo barulho de um

carro que parou em frente da casa alguém abriu o portão e atravessou a

garagem até a porta, era um homem loiro, alto, olhos castanhos entrou na sala

vestia um paletó e uma calça social era advogado chamado Leandro Fontaine

assim estava no crachá que estava preso na altura de seu peito no paletó.

Este é o meu pai Leandro, pai este é o – Júnior e José.

Olá garotos. Não quero interromper a conversas de vocês só voltei em

casa para buscar uns documentos que esqueci no quarto

Ele subiu e desceu rapidamente com umas planinhas nas duas mãos se

despediu e saiu o moto do carro funcionava novamente deu a curva na rua sem

saída e partiu.

Você já fez algo que não conseguiu explicar? – perguntou José fascinado.

– quero dizer mover ou controla coisas sem tocá-las, sonhar com coisas e

acontecer destruir coisas sem tocá-las

Não fiz nada disso, eu acho que consegui controla o fogo, pelo menos foi

o que parecia.

Como? – perguntou José.

Estava no quarto há alguns dias estava queimando uns papéis trabalhos

de escola que não me servia mais alguns documentos sem serventia e jogava

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de segundo em segundo álcool para pode o fogo consumir mais rapidamente os

papéis, ai o telefone tocou aqui na sala, estava ansioso pelo telefonema era de

uma pessoa especial, sair do quarto correndo para atender no quarto do meu pai

era mais perto do que descer aqui para sala mais era engano pus o telefono no

gancho novamente e voltei frustrado para o quarto terminar logo a incineração

daqueles papéis intermináveis, do corredor vinha um cheiro forte de queimado

não adiantei meu passos porque sabia que era dos papéis que já tinha

queimado mais quando entrei no quarto minha cama estava pegando fogo,

peguei um cobertor para tentar apagar o fogo mais já era tarde demais para

poder fazer alguma coisa. Corri para salvar meus desenhos em cima do guarda-

roupa quando ergui minha mão para puxar a caixa de desenhos o fogo seguiu o

meu movimento. Estendi minha mão para frente desejei que o fogo parasse foi

incrível, muito incrível meu camarada fiz todo aquele fogo vira uma bola do

tamanho de uma de futebol que foi diminuindo até desaparecer olhei para o

espelho do guarda-roupa ao meu lado meu olho estava da cor de um vermelho

alaranjado que desapareceu em seguida.

Não sentiu nada estranho antes de consegui controla? – perguntei.

Algo estranho passava pelo meu corpo e depois senti cada lugar que o

fogo consumia naquele quarto. Mais antes disso acontecer meu dedo estava

ardendo muito.

Ele controla o ar – apontou o José pra mim.

E você José.

Ainda não sei

Como conseguiram me encontrar?

O Júnior conseguiu, ele viu você e os outros quando estava sentindo dor.

Quer dizer que no dia que sentimos dor você nos viu.

Acho que fui eu que fiz vocês sentirem dor naquele dia, aquilo criou uma

conexão comigo e pude encontra vocês. Entre na sua mente.

Você entrou na minha mente? – perguntou Levi.

É mais foi muito rápido descobri o mínimo sobre você e os outros.

E o que descobriu sobre mim?

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Que curtia esporte tinha cabelos lisos essa coisas e o lugar onde você

morava não muito bem a casa mais o vi na quadra onde estava no canto sentido

a dor que todos sentiram.

Isso é muito impressionante.

É – disse José.

Temos que ir agora já vai anoitecer e disse a minha mãe que voltaria

antes de anoitecer.

Mais uma pergunta. Você sabe controla isso?

Se você se refere ao que controlamos. Não, não sei só ocorreu uma vez

na terça.

José antes ligue para a Janne – pedi

Quem é a Janne, ela também é uma de nós? – perguntou Levi.

Não, ela é uma amiga, sabe sobre nós.

Júnior o que pergunto a ela?

Pergunta a ela se encontrou o Richard, e se o encontrou peça a ela pegar

o telefone dela e marcar para sexta feira um encontro na minha casa a tarde

manda da meu endereço a ele.

Temos que ir agora Levi. – disse.

Acompanho vocês até a porta.

Levi você pode ir sexta na minha casa? – perguntei – tenho algo para

mostra a vocês.

Claro – disse ele – sexta estarei lá.

Aqui está meu endereço e telefone. Até mais.

Despedimos-nos do Levi, achamos um taxi rápido e fomos para casa

passamos primeiro na casa do José e depois para minha casa. O José não

estava para conversa desde que saímos à casa do Levi, mesmo minha casa

sendo mais perto vindo de Guarulhos tive que fazer o trajeto mais distante tinha

que pagar o taxi desta vez.

José você está chateado por ter feito aquilo? – perguntei sério e fiquei em

silencio esperando uma resposta que não veio – amanhã passo na sua casa e

deixo o dinheiro.

Que isso Júnior. Não é o dinheiro.

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Então o que é? – o motorista prestava atenção em nossa pequena

discussão.

É que você e o Levi fizeram aquilo e eu não consegui fazer nada.

Ficamos em silencio por uns minutos prestava atenção no percurso que

o taxi fazia e olhou novamente para mim.

A Janne me falou que o Richard distorceu metais naquela boate que

vimos no jornal que desabou. O Richard havia ficado preso com mais treze

pessoas que não conseguiram sair a tempo ele usou as ligas metálicas para

segura o teto e depois distorceu todas aquelas ligas.

Cheguei. Eu e a Janne vamos a sua casa amanhã.

Tudo bem.

Ele iria pagar o taxi mais eu o impedi.

Não José, pode deixar que eu pago.

Tudo bem – ele deu de ombros – até amanhã então.

Dei as novas coordenadas ao taxista que seguiu para o endereço que

falei.

Minha casa é aquela, senhor – apontei para uma casa de azulejos

amarelos. Paguei entrei em casa as – paguei a ele e entrei era seis e três da

noite.

Olá mãe.

Oi filho.

Ela estava deitada no sofá branco com uma das mãos na testa, estava

cansada. Tinha arrumado a sala e a cozinha a nossa geladeira estava no seu

devido lugar e a outra tinha sumido.

Suas caixas estão no corredor.

Falou ela quando passei pela sala indo em direção a meu quarto,

encontrei umas caixas do lado de fora do quarto, arrumei grande parte delas.

Roupas, sandálias, jogos, coleções de cartões telefônicos. Achei o meu xadrez e

coloquei junto a outros jogos na gaveta da comanda. Só faltavam mais duas

caixas que ficaram do lado da porta.

Ah! – levei um susto era a Janne. – o que esta fazendo aqui à uma hora

dessas?

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Não esquenta meus pais só ligam quando tenho aula no dia seguinte,

como amanhã é domingo eles não vão brigar. Quer ajuda com essas duas

caixas?

Na verdade eu ia deixar essas dai para outro dia, quero saber do Richard.

Acredito que o José tenha lhe contado.

É ele falou alguma coisa.

O olho dele também mudou de cor e ele sentiu as ligas metálicas era

como existisse uma ligação com elas. Acho que todos você tem uma ligação

com os elementos que controlam.

Disso tenho certeza Janne.

Agora só falta falar com os outros quatros. É mais rápido se nos

separamos amanhã.

Concordo.

Vou ligar para o José.

Puxei o celular no bolso digitei o numero do José e expliquei quando ele

atendeu que nos separaríamos amanhã pouparíamos tempo se cada um fosse

fala com um dos escolhidos o mandei anotar o endereço do Ricardo que estava

em são Vicente a Janne iria ver o Christopher que ainda morava com a avó em

Santos e eu iria falar com o Marcus e Osasco e o Bruno em Diadema, lembrei a

ele para pedi ao Ricardo para vim até minha casa sexta feira.

Estou de saída Júnior, preciso ir agora.

A levei a porta, ela cochichou algo no meu ouvido que entendi como sua

mãe pegou no sono, nos despedimos. Fui tomar banho e deitei com o celular do

lado da cama. Amanheceu era oito da manhã em ponto quando o despertador

do celular tocou sair de casa em direção a Osasco. Toquei no endereço que vi

em um daqueles flashes na reserva, apertei o interfone e a voz de uma mulher

saiu do interfone que se identificou como secretaria disse que o Marcus tinha

saído e chegaria à noite entreguei meu telefone e pedi a ela que pedisse a ele

para me telefona quando chegasse era muito importante e desliguei o interfone

antes que ela perguntasse o meu nome.

Fui em direção a São José dos Campos também não encontrei em casa

entreguei meu endereço e telefone a uma menina de olhos escuros, cabelo

amarado, morena e identificou-se como Bruna irmã do Bruno.

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Peça a ele que ligue para mim Bruna.

Está bem, assim que chegar dou seu recado. Você não que mesmo

esperá-lo, ele não vai demora.

Não obrigado. Você tem o numero do celular dele?

Ela confirmou com a cabeça. Passei o meu celular a ela e pedi que ela

salvasse o numero do celular dele na agenda telefônica. Agradeci quando ela

devolveu o celular nos despedimos e voltei para casa era três da tarde quando

entrei em casa, fui direto para cozinha mastigar algo meu estomago parecia uma

orquestra, o meu celular começou a tocar puxei do bolso traseiro era o numero

do Bruno que a Irma dele havia gravado na agenda.

Oi Bruno. – disse.

Como sabe que sou eu? – perguntou

Sua irmã me deu seu numero.

O que quer comigo?

Não muito, quero que venha até minha casa na sexta feira lhe darei

resposta sobre isso que está no seu dedo.

Como sabe que tenho isso no dedo?

Você faz muitas perguntas Bruno. Venha até minha casa sexta à tarde.

Tudo bem.

Desligamos o telefone e liguei para a Janne.

Onde você está

Indo para casa. – disse do outro lado da linha. – e você?

Já estou em casa. Nenhum dos dois estava em casa deixei meu numero

e endereço. O Bruno acabou de telefonar.

Perdi para Janne ligar para o José e virem para minha casa e desliguei o

celular. Estava na sala com um copo cheio de suco de manga e uma jarra de

biscoito assistindo televisão quando tocaram a campainha. Era a Janne pude ver

do sofá levantei para abri a porta e um carro parou na frente da casa era o José

esperei até ele entrar.

Querem suco e biscoito. – ofereci estava fazendo uma boquinha antes de

chegarem.

Queremos sim – disse Janne.

Fui buscar a jarra de suco na geladeira e mais dois copos.

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E ai como foram? – perguntei trazendo o suco e os copos.

O Ricardo deixou a entender que não viria mais deixei seu endereço e

meu celular com ele, não mim deu muita atenção. – disse José.

O Christopher foi muito gentil ele me contou como aconteceu com ele.

O que aconteceu? – perguntou José.

Ele congelou uma piscina.

Que incrível.

O José mim encarou e perguntou se tinha acontecido algo a mais

comigo disse que não tinha conseguido fazer mais nada.

Você acha que o Ricardo vem Júnior? – perguntou Janne.

Acho que sim a curiosidade move a humanidade. – lembrei da fala do

mago.

Júnior – falou a Janne – já vamos, amanhã é segunda e tem aula, e já lhe

expliquei como funciona na minha casa.

Amanhã nos vemos então.

Estava muito cansado para me levantar do sofá e acompanhar eles a

porta.

Vocês conhecem o caminho da porta, estou muito cansado para

acompanha vocês.

Não esquentar Júnior. – falou José – o final de semana foi cheio só isso.

Então até amanhã.

Até. Respondi-me aconcheguei melhor no sofá para poder tirar um cochilo

e escutei a porta bater.

Acordei com o barulho do celular que tocava olhei para o relógio prata

no meu pulso era oito e quinze da noite puxei do meu bolso o celular, numero

desconhecido atendi sonolento. Do outro lado uma voz grossa se apresentou.

Oi sou o Marcus, você veio até aqui hoje pela manhã e deixou o seu

telefone com a Rúbia.

Isso mesmo Marcus, eu sou o Júnior, fui até ai hoje à tarde para falar

sobre isso que tem desenhado no dedo, não posso dar-lhe maiores informações

agora mais e quiser respostas venha até aqui na sexta feira.

Está bem. Como é mesmo seu nome?

Júnior, Marcus.

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Estarei ai na sexta feira Júnior.

Desligamos o telefone tentei pegar no sono novamente mais não

consegui, fui à cozinha peguei uma maça na geladeira e subi para o quarto pega

uma roupa para pode toma um banho, escovei os dentes e desci para a sala

com alguns cadernos e livro debaixo do braço sabia que não conseguiria dormi.

Procurei alguma atividade não encontrei abri o caderno na última folha e

aproveitei para desenhar alguns rostos gravados na minha memória, saiu o da

Janne mudei a folha me concentrei no rosto do José sentado comigo no banco

do colégio no dia em que a Janne não havia tomado café, depois quando a

Janne e o José estavam abraçados, o José segurando a mão que doía e suando

frio quando estávamos na reserva fechei o caderno debrucei novamente no sofá

esperando o sono que pirraçava a chegar, desejei que a semana passasse

rápida.

Adormeci e quando acordei ainda estava escuro subi para o quarto com

os olhos fechados, bati meu nariz na parede com tanta força as minhas

pálpebras doeram quando fiz esforço para abri-las e perceber que o nariz

sangrava, entrei no banheiro puxei um pedaço de papel higiênico e seguir para o

quarto desejando que amanhecesse o mais rápido possível. A última semana do

mês estava passando tão rápida que já era quinta feira quando o José me

encontrou aos berros me dizendo que haveria uma prova surpresa de historia e

não havia sabia do assunto, havia dormido na última aula no dia em que fomos à

reserva ele estava muito alterado e suava muito tentei acalmá-lo sem sucesso e

para piora encontramos dois ex-amigos do José, que me encaram com raiva.

Está tremendo José?

Oi Jonas, Mustafá. Como vão vocês?

Está com medo José? Só é uma prova. – falou Mustafá em som de

deboche.

Cuidado para não suja as calças Senhor Bom Jesus – e saíram rindo.

Como pode se mistura com eles José? – esperei uma resposta que não

veio. – Vamos temos um teste.

Meu pai vai fazer piadinho de mim se tirar uma nota ruim.

Se ficar ai parado vai levar um zero.

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Zero... – ele ficou vermelho – que tipo de amigo deseja que o outro se dê

mal numa prova.

Não foi isso que quis falar – tentei explicar mais era inútil. – deixar pra lá.

Você vem?

Ele não me obedeceu então virei e fui em direção a sala de aula já a

alguns metros de distancia dele ele levantou cabisbaixo, quando chegamos à

sala encontramos a professora levantando para aplicar a prova.

Podemos entra professora? – perguntei

Claro Júnior – disse a voz meiga da professora – ainda não comecei a

entreguei as provas. – ela era baixa usava uma saia jeans até os joelhos, camisa

branca de abotoaduras, sandálias rasteira, um óculos esporte, cabelos soltos,

olhos castanhos.

O que ele tem Júnior? – perguntou Janne.

Ele foi pego de surpresa como nós sobre esse teste, e não sabe qual o

assunto já que dormiu a última aula lembra. – expliquei.

Ela me encarou depois olhou o rosto do José apavorado como

estivesse um plano para ajuda o José.

Pode trocar de lugar comigo Luis?

Ela perguntou a um menino que estava sentado atrás do José, o menino

de cabelos grisalhos não recusou ao pedido meigo da Janne.

A professora começou a entregar as provas e quando terminou de

entregar as provas desejou boa sorte a todos. O silencio tomou conta da sala e

em seguida ruídos do lápis aranhando o papel, tirei a atenção da minha prova

para olhar a situação do José e a Janne estava aprontando alguma, ela jogou a

borracha do lado da carteira onde o José estava que se abaixou para apanha a

seu pedido, foi tempo suficiente para poder trocar as provas sem o José nem

ninguém da sala perceber. A Janne olhou envolta para certificar que ninguém

havia visto o que fazia mais todas as cabeças estavam baixas menos a minha

que se encontrava de olhos fixos nela paralisado, ela deu uma piscada rápida e

uma risadinha e virou-se novamente pegando a borracha que o José havia na

mão.

Janne ariscara sua nota e uma bela expulsão para salva o José que foi o

primeiro a entregar a prova, terminei a prova logo em seguida entreguei-a e

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como era o último horário peguei minhas coisas e avistei o José no banco que

fica do lado de fora da sala à Janne vinha logo atrás.

Você trocou as provas não foi? – pergunto o José levantando quando viu

a Janne vindo atrás de mim – obrigada se você não fizesse aquilo estaria

ferrado.

De nada. Agora vamos.

Enfim era sexta feira o grande dia.

Enfim o grande dia – falou José quando nos encontramos na entrada do

colégio – não vejo a hora de encontra todos.

Estou tão ansioso quanto você

Ai pessoal preparados para hoje – a voz de Janne soou em minhas

costas ela estava se aproximando comendo um de seus lanches matinais.

Vai acabar engordando assim – disse José.

Cale essa sua boca – vociferou Janne.

Pus a mão no bolso enquanto eles discutiam tinha algo no meu bolso

que não me lembrava o que era, puxei o dispositivo branco e cinza era o

pendrive.

José seu dispositivo que você esqueceu lá em cima

Obrigado.

Vá correndo para casa estarei lá logo que puder – falou Janne.

Eu também – disse José – prepare a caixa e a pedra que achamos na

reserva só vou troca à farda e corro para sua casa.

Despedimos-nos a Janne seguiu com o José até ele vira na primeira

quadra e ela seguiu sozinha eu fui para o lado contrario deles, meu telefone

tocou no caminho era minha mãe. Disse-me que não iria para casa almoçar,

pois sairia com uns amigos do trabalho e que havia comida na geladeira e pediu

para não me encher de besteiras, desliguei o telefone quando estava abrindo a

porta de casa subir correndo para trocar a farda e tomar um banho desci fui até

a cozinha peguei uma pizza no freezer pus no micro-ondas e em poucos minutos

estava pronta.

Voltei para sala sentei no sofá pus o prato e o copo de suco em cima de

uma mesa de centro de madeira que havia na sala mais antes da primeira

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mordida a campainha tocou era o José o vi através da porta de vidro fumê.

Levantei para poder abri a porta.

Oi Júnior. A Janne já chegou?

Não, você é o primeiro. Quer pizza?

Não obrigado. Agora onde está a caixa?

Vou buscá-la

Subir o mais rápido possível puxei a caixa de debaixo da minha cama

abri a gaveta peguei a pedra no meio de minhas meias e voltei à sala a Janne

havia chegado e comido metade de minha pizza.

Espero que não se importe Júnior. – disse ela levando mais um pedaço a

boca.

Fique a vontade – me sentei a seu lado para comer o resto da pizza que

ainda sobrara.

Cadê sua mãe Júnior? – perguntou ela.

Foi almoçar com uns colegas de trabalho.

A campainha tocou era o Levi foi o primeiro a chegar, levantei para

poder abrir a porta.

Olá Levi, entre.

Os outros já chegaram?

Ainda não você é o primeiro.

Já dentro da casa apresentei ele a Janne a amiga de quem falei quando

nos vimos e o José ele já conhecia. Eles se cumprimentaram, minutos depois da

chegada do Levi o Richard e o Christopher chegaram quase ao mesmo tempo

seguidos por Bruno, Ricardo e o Marcus que foi o último. Esperei que todos se

acomodassem para pode falar.

Pedi que todos viessem hoje aqui por um motivo. – ergui minha mão e

mostrei-lhe o dedo – este.

Disso já sabemos. – disse o Richard e os outros concordaram.

Peguei a caixa do lado do sofá e pus em cima da mesa de centro.

Este é o principal motivo de estamos aqui.

Uma caixa? – o Bruno agora falou confuso.

É uma caixa. Mais não é uma caixa comum Bruno está vendo os

desenhos em cima – pus o dedo polegar em cima da caixa – este é o principal

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motivo de estarem aqui. Os desenhos que estão nos nossos dedos são como

uma chave digital.

Você quer que coloquemos nossos dedos ai? – Richard perguntou.

Sim – respondi.

Você nos trouxe aqui para colocarmos nossos dedos em uma caixa –

vociferou ele – você disse que tinha respostas para essa droga nos nossos

dedos.

E tenho Richard. Você sabe que pode fazer coisas estranhas todos aqui

fizemos coisas estranhas no decorrer dessas semanas.

Olha não vai mata tentando, não vim de longe para nada. – disse

Christopher retirando os óculos.

Ele tem razão Richard se for mentira iremos embora e nunca mais

precisaremos vê-lo novamente – disse Marcus calmamente.

Não vai arrancar pedaço. – disse Levi.

Vamos acabar logo com isso então – disse Richard se aproximando e os

demais o seguia.

Então o que fazemos? – perguntou o Bruno que estava em silencio desde

que chegou.

Coloque os seus dedos em cima de sés respectivos desenhos. – disse.

Precisamos nos espremer para que pudesse colocar o dedo a Janne

tentava ver o que acontecia como dava estava em pé em cima do sofá. No

mesmo instante a as linhas traçadas da caixa foram se movendo e encostando

uma na outra me afastei para observar melhor os rostos deles que estavam to

perplexos quanto o meu. Os sete círculos em cima da caixa foram desparecendo

e formando uma bola e sete triângulos em volta do circulo era igual ao desenho

na palma da mão do José que estava observando tudo com a Janne.

José é sua vez.

Ele aproximou-se bastante colocou a mão no desenho em cima da caixa

que começou a mexe novamente as linhas que se juntaram em círculos estavam

escorrendo para parte de baixo da caixa assim como os sete triângulos em sua

volta.

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