Um caminho para Vitória acolhedora e...
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Partido dos Trabalhadores - Programa de Governo 1
Partido dos trabalhadores
Diretório municipal de Vitoria
Um caminho para Vitória acolhedora e inovadora.
Eleições 2016
1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Duas questões contemporâneas impactam, de maneira decisiva e fundamental,
os projetos políticos do PT - Vitória para as eleições 2016.
1. A crise política nacional, que à crescente crítica da democracia
representativa e dos partidos políticos, se soma o forte movimento da direita,
associado com o capital global e financeiro, apoiado nos discursos moralistas e
hipócritas e ações politizadas de parte do poder judiciário e policial, que aliada,
de grande parte da mídia monopolizada defensora do pensamento único, sem
compromisso com a verdade age como partido político conservador e de direita
e de parcela da classe média e da burguesia rentista. Assim, querem atingir as
conquistas e os direitos trabalhistas, que negam os avanços sociais que só na
democracia foi possível alcançar, um concreto movimento de retorno ao
passado, quando apoiaram e se beneficiaram do regime autoritário e ditatorial,
governando para poucos em detrimento da maioria da população.
2. Uma parte da classe média tradicional e ascendente e da burguesia
rentista, em um projeto de se retirar o PT e seus aliados sociais do poder,
busca conformar um modo de domínio e controle de estado brasileiro,
direcionando as suas ações para os interesses dos empresários, dos bancos e
grandes negócios, tentando revogar as garantias sociais constitucionais e
restaurar a “ordem espontânea do Mercado” na educação, na saúde e na
previdência social.
3. A transformação da composição da população brasileira, nos últimos
doze anos, principalmente em Vitória, com aceleradas alterações
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demográficas, educacionais, de expectativa de vida, recomposição de salários
e renda, a diversificação dos desejos e ampliação do consumo individual e
coletivo, compondo um campo de forte disputa política, econômica e
ideológica.
Mais recentemente, se acresceu a estas duas questões, a crise econômica
local e nacional, a redução das receitas públicas e de financiamento do estado,
atingindo de forma forte a Prefeitura de Vitória e consequentemente toda a
população da Cidade, reduzindo drasticamente os novos investimentos,
manutenção e ampliação dos serviços públicos, os gastos sociais e os
programas de transferência de renda.
A diminuição da atividade econômica, consequentemente, promoveu uma
redução do Imposto sobre Serviços – ISS, agravado pela redução das
transferências estaduais oriundas da parcela de distribuição do ICMS, que
sofrem forte efeito da desaceleração da economia, comprometendo
sensivelmente a capacidade financeira do Município.
Para melhor pensar e propor alternativas políticas, partidárias ou discussões
ampliadas, devemos observar mais atentamente e criticamente as recentes
transformações da cidade.
De uma forma especial, encontraremos concretas transformações urbanas;
1. Nas alterações dos deslocamentos intraurbano/metropolitanos dos
grupos sociais, expostos na nova redistribuição espacial do trabalho, do
comércio e dos serviços públicos, na redução ou ampliação de densidade e
população em alguns bairros e cidades metropolitanas.
2. No perfil ideológico das classes médias tradicionais, preocupadas com a
manutenção de seus status e renda, e nas expectativas dos trabalhadores
jovens, em suas tentativas/ esforços de ascensão social.
3. E nas camadas mais pobres, com a continuidade do subemprego e do
desemprego estrutural, atingindo os setores mais jovens, adolescentes e
negros, mais vulneráveis, e sujeitos a influência do tráfico e à violência física.
Um sinal evidente destas mudanças demográficas e econômicas ficou patente
no processo de recadastramento eleitoral/2016, quando a cidade de Vitória
perdeu mais de 10% de seus eleitores.
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Vitoria 1990/ 2016
Desde o governo Vitor Buaiz 1989/1993, que a cidade de Vitória manteve um
ciclo positivo de expansão de desenvolvimento econômico e social, com o
aumento da renda per capita e de receitas públicas, ambos índices
excepcionais, muito acima da média nacional. O bom momento dos preços
internacionais das commodities, a expansão da exploração e produção de
petróleo, e a concentração local das receitas públicas, garantiu as sucessivas
administrações, com o apoio do Governo Federal, implantar novos
investimentos e ampliar os serviços públicos.
O resultado deste bom período é que a cidade disputa no ranking brasileiro,
há anos, uma posição das mais elevadas, com condições adequadas para o
acesso ao emprego e ao investimento privado e com as melhores e boas
condições de oferta de saúde e educação pública.
Somente nos últimos dois anos é que a Prefeitura passou significativamente a
perder receitas, o município perdeu negócios, protagonismo como diretor de
projetos inovadores e, a administração, sacrificou o plano de investimentos, os
salários dos servidores públicos e o custeio dos principais serviços municipais.
Dentre as principais e relevantes situações sociais e econômicas na cidade de
Vitória, podemos constatar:
a. O aumento da idade média e a redução da taxa de natalidade que
tem alterado a composição da população, reduzido o número de
jovens e a reposição populacional, com fortes implicações nos
modos de vida doméstica e familiar, tais como a redução do tamanho
e configuração familiar, uma maior demanda de apoio público `as
crianças, às pessoas idosas, às pessoas dependentes por motivação
de saúde ou por alguma deficiência, e uma mudança do regime do
trabalho, principalmente, aqueles que são realizados na residência
como complementação de renda, ou daqueles com o uso estendido
das tecnologias da informação, etc.
b. A cidade tem hoje o seu perfil demográfico muito diferente daquele
que tinha há dez anos. No último censo, restou configurado o
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processo de transição demográfica, com diminuição da relação de
dependência da população inativa sobre a ativa, com a passagem do
segmento adulto para o grupo dos idosos, intensificando o processo
de envelhecimento em curso, aliado ao fenômeno da feminização do
grupo de idosos, já que as mulheres possuem maior expectativa de
vida. Portanto, é necessário compreender essa nova realidade, para
que se possa qualificar a nossa intervenção e para articular a
implementação de uma nova agenda social.
c. O deslocamento de parte da população para a Serra, em virtude da
oferta de unidades habitacionais da Minha Casa Minha Vida, dos
setores populares e para Vila Velha, da classe média assalariada,
ambas em busca de melhores e mais baratas condições de moradia
e acesso aos empregos descentralizados da região metropolitana.
Além de deter a menor população das principais cidades da região
metropolitana, Vitória passa ter, também, a mais reduzida taxa de
crescimento populacional, com uma perspectiva de sua estagnação
ou redução nos próximos quinze anos.
d. No plano econômico, somou-se a crise econômica e a queda dos
preços das commodities - minério, aço e petróleo-, as decisões
desastradas que impediram ou atrasaram a construção de novas
infraestruturas econômicas, como o porto de águas profundas para
contêineres, aeroporto e seu terminal de cargas, centro de
convenções, além de boicotarem ou impedirem a modernização do
sistema de transporte público através de um modal de maior
capacidade, somado ao fato do desinteresse do capital local de
investir produtivamente na cidade, destinando ou desviando seus
recursos, aqui acumulados, para os negócios no exterior ou para a
renda de títulos.
e. A crise especifica e mundial do setor de petróleo & gás e,
consequentemente, o cancelamento de seus investimentos
programados no estado, a distribuição de royalties, e a decisão
estratégica da Vale de priorizar a expansão dos seus novos negócios
na área norte do país, concentrados nos estados do Maranhão e
Pará, com a diminuição progressiva da extração e exportação de
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minérios no sistema Sul - Minas e Espírito Santo abala
significativamente o dinamismo econômico da Região Metropolitana
e, em especial, na Cidade de Vitória.
f. Outras alternativas econômicas, baseadas em serviços de alta
tecnologia, turismo nacional, em pequenos negócios, tais como -
comércio, serviços pessoais, e industrialização leve- não parecem
capazes de serem alavancados devido à limitação de capital e
pessoal qualificado e na sua pequena escala para disputar o
mercado nacional, e incapazes de gerar a riqueza e sustentar os
empregos e renda necessários para os nossos atuais e futuros
moradores.
Cabe ressaltar que Vitória, além de ter a sua prefeitura como uma grande
empregadora dentro da Cidade, por situação de capital estadual, abriga
também a maior parte das instituições e empregos federais, tais como
universidades, tribunais e ministérios, além de sediar as instituições estaduais
do judiciário, legislativo e executivo, que garante a manutenção de um quadro
de empregos estáveis, servidores concursados, de renda média e superior.
Somando aos empregos da burocracia estatal, principalmente do judiciário, a
cidade avança no sentido de se manter unicamente como o lócus privilegiado
da tecno-burocracia estatal e das representações das instituições de
trabalhadores e de empresários, que qualificam o debate e a vida política da
Cidade.
No plano da política local, em 2012, um discurso vazio de mudança foi vitorioso
nas últimas eleições, contudo, nada significou além do desmonte de políticas
públicas e descontinuidade das ações que rumavam com a pactuação que se
estabeleceu junto com a cidade. Sofreram descontinuidade exatamente as
políticas e ações que propiciaram a inclusão de contingentes massivos a
direitos, à assistência e a construção de projetos para o futuro, a partir do seu
local de moradia com acesso à saúde e educação de qualidade e de inclusão
social e econômica.
Com isto, Vitória passou de uma cidade dinâmica, otimista e conectada com as
novas oportunidades a uma cidade paralisada e dependente, incapaz de vibrar
criativamente e gerar soluções para os seus cidadãos, incapaz de responder
aos novos desafios, conformada com o discurso economicista e reducionista da
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falta de recursos. Enfim, uma cidade com uma gestão completamente
burocratizada, paralisada e desumanizada.
Este momento da cidade exige uma postura altiva e determinada e, políticas
que possibilitem radicalizar e aprofundar o processo de democratização já
vivenciado e garantir o acesso dos seus cidadãos às políticas públicas, criando
oportunidades para esse novo momento, em que o cidadão é protagonista da
transformação das formas de gestão da cidade.
Propostas para a ação política.
1. Constituição de uma ampla frente política, que vá além dos marcos dos
Partidos, buscando apoiar nas reivindicações, mobilizações sociais e nas
conquistas sociais ameaçadas. Estender o diálogo com todas as camadas
sociais dispostas a lutar pela democracia e o desenvolvimento sustentável,
lutando contra todas as desigualdades, seja ela regional na Cidade, seja
desigualdade social, de gênero, racial, geracional, bem como no campo dos
direitos humanos. Nossa resposta aos movimentos antidemocráticos e
golpistas é ampliar e aprofundar a democracia com a participação direta da
Comunidade, tendo como referência um programa unificado construindo com
base nas seguintes diretrizes:
a. Contra o golpe parlamentar-midiático-empresarial que busca implantar
uma agenda política que havia sido derrotada nas eleições presidenciais de
2014, numa clara restauração antidemocrática do liberalismo e submissão dos
interesses nacionais às forças exógenas, típica do momento mais vergonhoso
da história brasileira, sintetizada na célebre frase do então ministro das
relações exteriores do Brasil nos EUA: "O que é bom para os Estados Unidos
é bom para o Brasil".
b. Por uma reforma política que altere os meios de eleição/ escolha dos
representantes e de gestão coletiva do estado.
c. Na defesa das empresas e instituições públicas de caráter republicano.
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1. Aliança eleitoral para as eleições 2016, visando:
Ter um candidato a prefeito, vice e vereadores e vereadoras que deverão
articular e expor o discurso de oposição a atual administração em todas as
políticas de retrocessos nos serviços públicos e na relação com a sociedade e,
principalmente, opor-se àqueles que banalizaram a democracia e a vontade
das urnas nas eleições presidenciais de 2014, com o avanço da intolerância
política e religiosa, do racismo, da homofobia, da xenofobia e de todas as
formas de preconceito, típicas do fascismo e tentando impor à sociedade
brasileira uma pauta conservadora que nega direitos estabelecidos na
Constituição.
Assim, a defesa da democracia, defesa das conquistas sociais e dos direitos da
classe trabalhadora, defesa das empresas e instituições públicas, defesa da
transparência e participação popular, em todo processo de discussão, de
planejamento e de execução de obras e serviços, serão os fatores que unirão o
nosso diálogo com a sociedade neste pleito eleitoral e articulador de um
movimento de esquerda, democrático e socialista onde os movimentos sociais
sejam protagonistas.
Ao PT está reservada a tarefa de atuar nesse processo, como articulador do
comprometimento da frente partidária que unificar e dos vários atores e
movimentos sociais, que atuarão como a vanguarda necessária para a
transformação da cidade, aprofundando os instrumentos da democracia
participativa e direta, retomando diálogos intersetoriais.
Pontos para o programa de governo
EIXOS:
1 – DESENVOLVIMENTO LOCAL E SUSTENTÁVEL;
a) Iniciativa pública em propor e coordenar um projeto de desenvolvimento
local, buscando a diversificação das atividades produtivas, materiais e imateri-
ais, fortalecendo o papel logístico/infraestrutural e operacional da cidade, e
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buscando o acesso ao emprego e renda, dinamizando a economia de forma
inclusiva dos setores pequenos e médios;
b) Incentivar e apoiar o empreendedorismo para segmentos vulneráveis com prioridade para a juventude. c) Desburocratização da cidade e da vida. Potencializar os pequenos ne-gócios e criar mecanismos de incentivo à economia criativa, produção de edi-tais de circulação e fluência da cultura, aproveitando devidamente o potencial turístico de negócios e de lazer da cidade; d) Criação e instalação de Incubadoras Artísticas e Culturais nas edifica-ções que se encontram subutilizadas no Centro da Cidade e apropriadas para tal uso, como estratégia de revitalização urbana, associando estes espaços às diversas manifestações artísticas e culturais; e) Desenvolvimento de uma política permanente com as instituições supe-riores de ensino, notadamente, a UFES, IFES e demais instituições privadas, que amplie, estimule e promova a inovação, por deterem competências, expe-riências políticas e científicas, que muito tem a ofertar à vida da Cidade; f) Desenvolvimento de uma política de proteção ambiental, discutindo e participando do enfrentando a micro e macro poluição. Revitalizar as praias e os locais de lazer tornando-os acessíveis; cuidar das espécies do manguezal e ampliar os parques e áreas verdes da cidade, e incentivar os meios de trans-porte limpos; g) Consolidação e implementação do Plano Municipal da Qualidade do ar com controle social, bem como, auditar a atual Rede de Monitoramento do Ar existente.
2- PARTICIPAÇÃO POPULAR E CIDADÃ E CONTROLE SOCIAL;
a) Retomar o orçamento participativo, bem como o fortalecimento
dos conselhos populares na definição de prioridades de investimentos
municipais, devolvendo ao cidadão e cidadã o direito de estabelecer os
rumos do destino da cidade;
b) Restabelecer o diálogo com a cidade e com as suas organiza-
ções, atentando para as suas necessidades e oferecendo a oportunida-
de de construir conjuntamente propostas e decisões.
3- POLITICAS SOCIAIS E A CONCRETIZAÇÃO DE DIREITOS;
a) Retomada das boas práticas de gestão na educação, otimizando
o uso de equipamentos e recursos;
b) Manutenção, qualificação e ampliação dos serviços públicos co-
mo educação, saúde, assistência social, esporte, lazer, cultura, limpeza,
etc, universalizando o seu acesso e priorizando o atendimento aos gru-
pos sociais mais vulneráveis;
c) Efetivar ações contra todas as formas e culturas de violência e
discriminação, principalmente, contra mulheres, jovens, negros e
LGBTs;
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d) Consolidar e fortalecer o Conselho Municipal de Cultura, como
esfera de debate, avaliação das políticas públicas de cultura do municí-
pio, garantindo o fórum permanente, seminários e conferência de cultu-
ra;
e) Estruturar Redes de Cuidado, com base nas regiões de saúde,
buscando a integralidade das ações e a integração intra e intermunicipal;
f) Fortalecer a Vigilância Ambiental no campo das políticas públicas
de saúde, na Vigilância de Fatores de Risco Biológico, da Vigilância da
Qualidade da Água para Consumo Humano, da Vigilância da Qualidade
do Ar e a Vigilância de Populações Expostas a Solos Contaminados;
g) Fortalecer a articulação interna através do Comitê de Políticas
Sociais na definição das políticas em relação a crianças, adolescentes,
jovens, idosos (as) mulheres e na análise das inter-relações destes
temas com a temática da violência, destacando-se as ações voltadas à
violência contra as mulheres; contra a juventude; contra crianças e
adolescentes, de combate ao tráfico de drogas e armas; ao roubo de
veículos, dentre outros;
h) Valorizar e incentivar iniciativas na perspectiva da integração
metropolitana no trato das questões relacionadas à convivência e
segurança cidadã;
i) Estimular iniciativas que fortaleçam a promoção da cultura de paz,
enfatizando-se a importância das campanhas de desarmamento adulto e
infantil;
j) Reafirmar a política de formação da Guarda Municipal
referenciada para a defesa e promoção dos direitos humanos, com base
na legislação nacional e internacional sobre o tema;
k) Na defesa intransigente e retomada do papel da Municipalidade
na ampliação dos direitos trabalhistas e sociais, através da consolidação
do Sistema Integrado de Emprego, Trabalho e Renda, do Centro Público
de Formação Profissional, da Agência Municipal do Trabalhador e do
Centro Público de Economia Solidária na FÁBRICA DO TRABALHO, sob
a gestão da Secretaria de Trabalho e Geração de Renda a ser recriada e
revigorada;
l) Manutenção dos programas de transferência de renda e apoio
aos grupos sociais fragilizados.
m) No compromisso público na produção de serviços públicos de
atendimento dos direitos sociais, individuais e coletivos, na educação,
cultura, no acesso à saúde e moradia, componentes de uma cidade
digna e democrática;
n) Ampliação das condições de acessibilidade aos serviços da rede municipal e da atenção e do serviço de pronto atendimento à Saúde da Pessoa Idosa;
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o) Implantação do centro de informação e educação sobre o uso de medicamentos e da assistência farmacêutica domiciliar;
p) Preparar, em regime de colaboração com Estado e União, a Rede de Ensino de Vitória para o cumprimento das Metas e estratégias con-cernentes ao Município nos planos Nacional e Municipal de Educa-ção até 2025, prazo de vigência dos Planos;
q) Rediscutir com a Câmara Municipal, Sindicato e demais movimentos sociais as questões relativas aos Direitos Humanos, particularmente as questões de gênero previstas no Plano Nacional de Educação e suprimidas pela atual gestão no Plano Municipal de Educação;
r) Resistir a qualquer projeto de educação que vise limitar a possibili-dade da formação humana plural e da livre cátedra nas escolas de Vitória fazendo valer os princípios Constitucionais da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a ar-te e o saber e, o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
s) Estimular e aprimorar o processo de gestão democrática das unida-des de ensino com os Conselhos Escolares; Valorizar e respeitar os trabalhadores e trabalhadoras em educação e sua organização sindi-cal, dentro dos princípios do diálogo social e do trabalho decente;
4- GESTÃO ÉTICA, DEMOCRÁTICA E EFICIENTE;
a) Avançar na busca de alianças institucionais e populares na
constituição de uma efetiva Região Metropolitana da Grande Vitória,
democrática, dinâmica e eficiente na produção de projetos, serviços e
gestão de forma regionalizada de funções públicas de interesse da
população;
b) Conformação de um sistema de comunicação social e popular no
município - rádio, jornal, internet-, que propicie um espaço público
midiático, garantidor do direito à comunicação e a liberdade de
expressão da diversidade das ideias e opiniões dos diferentes grupos
sociais, culturais, étnico-raciais e políticos, em igualdade de condições.
c) Consolidar uma política de valorização do servidor público
municipal, do salário, do meio ambiente do trabalho e da
democratização das relações de trabalho promovendo a implantação da
política de trabalho decente na administração pública municipal,
implantando e fortalecendo os mecanismos de diálogo social com os
servidores.
d) Criar programas de transformação e utilização de espaços
públicos em Equipamentos Culturais, requalificando-os através do uso
de instrumentos que garantam a permanência e continuidade das
finalidades destes Equipamentos em harmonia com as atividades
culturais nele desenvolvidas.
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e) Iniciar um debate metropolitano para a política de desenvolvi-
mento do Carnaval, com o objetivo de se constituir um Consórcio Públi-
co para sua gestão.
f) Articulação visando à criação do Fórum Metropolitano dos Prefei-
tos da Região Metropolitana e o Parlamento Metropolitano, com o objeti-
vo de constituir mecanismos de diálogo interinstitucional para o planeja-
mento urbano com ações efetivas para atender ao cidadão metropolita-
no em nome de uma governança metropolitana e democrática.
g) Promoção de uma melhor gestão pública dos transportes e da
mobilidade urbana, dos sistemas de logística de bens e informações;
h) Incentivo à participação comunitária e controle social, com ações
educativas dos participantes, e criação de assessorias técnicas ao Con-
selho Municipal de Saúde;
i) Desburocratização dos procedimentos de licenciamento sanitário
e adoção de um sistema de monitoramento a partir da classificação do
risco sanitário.
5 – DESENVOLVIMENTO URBANO E O DIREITO À CIDADE.
a) Desenvolvimento de projetos urbanos que reduzam a segregação
física, social e econômica no município, pela qualificação do espaço
público, do transporte coletivo e pela produção e usufruto da cultura, do
lazer e do esporte, como partes da expressão das diversidades culturais,
étnica, de gênero, orientação sexual e regional.
b) Humanização e valorização dos equipamentos públicos já
implantados, ampliando o uso de tudo aquilo que se construiu,
democratizando o acesso ao lazer e, consequentemente, a
democratização do acesso do espaço público.
c) Retomar a política para tornar Vitória dotada de acesso internet
em todos os bairros e de assegurar que em praças públicas tenha um
Totem onde as pessoas possam acessar todos os livros e músicas
permitidas.
d) Tornar as praças públicas de limpeza permanente, iluminada,
segura e acessível e dotada de condições para atividades culturais
promovidas em parceria comunidade e poder público.
Finalizando, cabe sermos capazes de recuperar coletivamente o projeto de
justiça social contraposta às tentativas antidemocráticas de impor a ideologia
de um mercado total, seus compromissos com a emancipação dos
trabalhadores e trabalhadoras, a afirmação de uma vontade comum de
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promover a igualdade de oportunidades e garantir a diversidade social, cultural,
promover o desenvolvimento sustentável para gerar e distribuir a riqueza
produzida por todos.
Para isto, precisamos retomar o debate com a Cidade e com as demais forças
políticas democráticas e, em uma prática democrática, compreender, aceitar e
buscar integrar politicamente a multiplicidade de vozes e movimentos, de
opções coletivas e individuais como a oportunidade histórica necessária e
potencial para um programa democrático e popular com uma profunda
transformação política, econômica e social no Brasil.