UM COMPROMISSO DA FISIOTERAPIA · dos orgãos do GIFIP 2017-2020 30 ... apresentada, em 1999, junto...

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REVISTA DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FISIOTERAPEUTAS TRIMESTRAL Nº 24 DEZEMBRO 2017 FISIOS NO MUNDO DANIEL SIMÃO NA SUIÇA X CONGRESSO NACIONAL DE FISIOTERAPEUTAS QUALIDADE UM COMPROMISSO DA FISIOTERAPIA ORDEM DOS FISIOTERAPEUTAS UM OBJETIVO, UM PERCURSO

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REVISTA DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FISIOTERAPEUTAS

TRIMESTRALNº 24

DEZEMBRO2017

FISIOS NOMUNDODANIEL SIMÃONA SUIÇA

X CONGRESSO NACIONAL

DE FISIOTERAPEUTAS

QUALIDADEUM COMPROMISSO

DA FISIOTERAPIA

ORDEM DOS FISIOTERAPEUTAS

UM OBJETIVO,UM PERCURSO

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DirectorEmanuel Vital

SubdirectorPaula JorgePedro Rebelo

Coordenação EditorialCláudia Veríssimo

Conselho EditorialConselho Diretivo NacionalConsultor Juridico APF

Grupos de InteresseGIFAGIFCRGIFSMGIFDGIFDGIFiPGIFPAGIFCC/CPGIEGITM

Propriedade e ediçãoAssociação Portuguesa de Fisioterapeutas

MoradaRua João Villaret, 285 AUrbanização Terplana2785-679 Sº Domingos de Rana

NIPC501790411

Design, paginação e edição digitalInédia

Depósito Legal Nº 270737/08

Periodicidade Trimestral

Nº regista ERC126220

editorial 4 cdn 5 agenda 6 destaque 8 OrdemdosFisioterapeuras Umobjetivo,umpercurso

escolas de fisioterapia entrevista 12 EscolaSuperiordeSaúde doValedoSousa,Gandra Taxadecolocaçãoacimados80%

consultório jurídico Luís Camejo 14 Oscuidadosdesaúde eoEstadodeDireito(parteII)

especial congresso 18XCongressoNacionaldosFisioterapeutas Qualidade:Umcompromisso daFisioterapia Conclusões,PrémiosCarreira eMençõesHonrosas

24 fisioterapia GI Aquática 1ºWorkshopdeFisioterapiaaquática nagrávida

27 fisioterapia GI Cardio-Respiratória CursoFisioterapiarespiratóriaguiada pelaauscultaçãopulmonar

28 fisioterapia GI Pediatria AssembleiageraldoGIFIPeeleições dosorgãosdoGIFIP2017-2020

30 fisioterapia GI Músculo-Esquética Copenhaga2017 FisioterapeutasPortugueses no10ºCongressoEFIC

31 fisios no mundo DanielSimãonaSuiça

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18 31

sumárioREVISTA DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FISIOTERAPEUTAS

TRIMESTRALNº 24

DEZEMBRO2017

FISIOS NOMUNDODANIEL SIMÃONA SUIÇA

X CONGRESSO NACIONAL

DE FISIOTERAPEUTAS

QUALIDADEUM COMPROMISSO

DA FISIOTERAPIA

ORDEM DOS FISIOTERAPEUTAS

UM OBJETIVO,UM PERCURSO

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editorial

screvíamos no editorial do número anterior da Revista FISIO “Acreditamos que 2017 é o Ano da Fisioterapia, é o Ano da APFISIO”. A nova equipa dirigente prometia trazer outra alma, outra energia, outra vitalidade. Pois bem, estamos a chegar ao fim do ano de 2017 e todos podemos constatar o que tem sido a concretização do Conselho Diretivo Nacional (CDN) da APFISIO. Foram implementadas um conjunto de iniciativas para renovar e dinamizar a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas. Um novo visual, um novo logotipo, uma nova página de internet, uma nova revista FISIO, um posicionamento nas redes sociais mais dinâmico e com mais conteúdos, uma ligação mais próxima às Escolas e aos profissionais.A APFISIO criou, ao longo de 2017 uma série de eventos científicos que culminou, em novembro, no

momento em que comemorou 57 anos, com o 10º Congresso Nacional de Fisioterapeutas, o acontecimento que mobilizou o maior número de fisioterapeutas.Foi, ainda, imenso o trabalho realizado na participação em Grupos de Trabalho criados por estruturas do Ministério da Saúde, para além do trabalho desenvolvido em projetos próprios da APFISIO.

CRIAÇÃO DA ORDEM DOS FISIOTERAPEUTAS

E, acontecimento da maior importância, vimos ser aprovada em 20 de outubro, a criação da Ordem dos Fisioterapeutas.Tudo isto tem sido possível graças à dinâmica da nova equipa dirigente que tem contado com o apoio dos seus Grupos de Interesse e Especialidade, dos seus Grupos de Trabalho, da Comissão pro-Ordem e de muitos colaboradores.Estamos gratos a todos porque foi com todos que fizemos a Fisioterapia acontecer. E é com esta motivação que queremos contribuir para a nossa profissão continuar a crescer.

Contem connosco!

Emanuel VitalPresidente do Conselho Diretivo Nacional

A FISIOTERAPIAACONTECE

E

“A APFISIO criou, ao longo de 2017 uma série de eventos científicos que culminou, em novembro, no momento em que comemorou 57 anos, com o 10º Congresso Nacional de Fisioterapeutas, o acontecimento que mobilizou o maior número de fisioterapeutas.

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cdn

ais um ano termina e a APFISIO continua cada vez mais perto dos fisioterapeutas. Ao longo deste ano a APFISIO, em colaboração com os seus Grupos de Interesse, Grupos de Trabalho, Consultores e colaboradores, têm vindo a contruir pareceres sobre inúmeros documentos que se encontram em discussão pública da Direção Geral da Saúde (DGS), Ministério da Saúde e outras entidades, têm participado em Grupos de Trabalho da DGS, do Ministério da Saúde, da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e outros. A Fisioterapia, terceira maior profissão da saúde, encontra-se em crescimento em Portugal e no Mundo, e o trabalho realizado tem ido de encontro a esse propósito: continuar a manter a terceira maior profissão da Saúde com profissionais informados, qualificados e competentes, no que diz respeito à saúde dos nossos utentes.Deixamos as últimas intervenções realizadas pelo CDN nesse âmbito.

M

APFISIO CONTINUACADA VEZ MAIS PERTO DOSFISIOTERAPEUTAS

Na sua recente visita à Madeira, Emanuel Vital referiu que “Estamos muito atrasados e distantes” em relação a outros profissionais.Ver notícia completa: https://goo.gl/kLJbYzhttp://www.dnoticias.pt/impressa/hemeroteca/diario-de-noticias/estamos-muito-atrasados-e-distantes-em-relacao-a-outros-profissionais-MF2447068

Emanuel Vital partilha a visão da Direção da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APFISIO) sobre o crescimento da Fisioterapia, numa entrevista dada ao jornal PErspectivas.http://www.apfisio.pt/fisioterapia-cresce-portugal/

O presidente da APFISIO, Emanuel Vital, esteve recentemente na Madeira, onde foi entrevistado pelo canal RTP Madeira. Assista à entrevista.http://www.apfisio.pt/entrevista-emanuel-vital-rtp-madeira/

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agenda

foi

2A4DEJULHOCONGRESSO MUNDIAL DE FISIOTERAPIADAWORLDCONFEDERATIONFORPHYSICALTHERAPY(WCPT),NACIDADEDOCABO,ÁFRICADOSUL.Estivemos presentes no seminário sobre a liderança e gestão de organizações profissionais dinamizado por Emma Stokes, presidente da WCPT e por Janet R. Bezner. Este seminário foi direcionado para líderes e profissionais de organizações que são membros da WCPT, e para líderes de grupos

que se querem juntar à WCPT. Foram abordados e explorados diversos key themes: governance, financial management, teamwork, value of membership and leadership development. Sem dúvida uma grande aprendizagem para todos.

26DEOUTUBROAPFISIOCOMODIRETORDOPROGRAMA NACIONAL PARA A PROMOÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA (PNPAF)A APFISIO, representada pelos membros do CDN Emanuel Vital, Pedro Rebelo, Elsa Silva e Paula Campos Jorge, reuniu, no dia 26 de outubro com o Diretor do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física (PNPAF), Prof. Doutor Pedro Teixeira e com a Diretora adjunta, a Dra. Rita Tomás.

O contributo da Fisioterapia na promoção da atividade física e as oportunidades de colaboração entre a APFISIO e o PNPAF foram temas discutidos que permitiram identificar as sinergias que irão alimentar a ligação entre estas duas estruturas.

Decorreu nos dias 2 a 4 de Julho de

2017 na Cidade do Cabo, África do

Sul, o Congresso Mundial de

Fisioterapia da World Confederation for Physical Therapy

(WCPT), tendo a APFISIO sido

representada pelo Fisioterapeuta

César Sá. 

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vai s

erO próximo ENEFt (Encontro Nacional de Estudantes de Fisioterapia) já tem datas! Vai ser de 23 a 27 de março no parque de campismo da Figueira da Foz, e vai ser organizado pelas escolas ESTeSL (Lisboa) e ESALD (Castelo Branco). Vão existir ainda as !as jornadas pré-ENEFt, na Estesl dia 27 de janeiro. (https://www.facebook.com/enefisioterapia/)

TRAGÉDIAEMPEDRÓGÃOGRANDEAPFISIO APELOUÀCOLABORAÇÃODOSFISIOTERAPEUTASPARAAPRESTAÇÃO DE CUIDADOS EM FISIOTERAPIAFace à tragédia que ocorreu em Pedrógão Grande a APFISIO apelou à colaboração dos fisioterapeutas para a prestação de cuidados em fisioterapia (com especial enfoque na área Cardio-Respiratória) às vitimas do incêndio, de forma voluntária. Assim, a APFISIO, através do seu Grupo Interesse Fisioterapia Cardio-Respiratoria, e com o apoio de todos os fisioterapeutas (cerca de 70 colegas prontificaram-se a ajudar as vítimas desde terrível incidente!), intervieram nas vítimas dos incêncios ao longo de 15 dias. Foram realizadas intervenções a cerca de 135 pessoas em Pedrógão Grande, 36 em Castanheira de Pêra e 37 em Figueiró dos Vinhos. “Também nós, fisioterapeutas, sabemos unir-nos e assim será... mãos à obra, coração aberto e sorriso no rosto.” (Ana Lopes).

10A13DEMAIODE2019CONGRESSO MUNDIAL DA WCPTO próximo Congresso Mundial da WCPT será em Genebra, Suíça, de 10 a 13 de Maio de 2019. Lá estaremos para representar Portugal!

23A27DEMARÇOOPRÓXIMO ENEFT (ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA) JÁTEMDATAS!

Na imagem, a mascote do próximo Congresso WCPT em Genébra, Suiça em 2019

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destaque

em sempre é linear a compreensão por todos os fisioterapeutas da importância deste projecto de auto regulação profissional (que foi iniciado há 18 anos), nem das dificuldades do percurso que temos vindo a realizar. A regulamentação da profissão através de mecanismos que garantem a proteção do interesse público, trará um enorme beneficio para a saúde das populações que servimos e, naturalmente, para todos os profissionais.A Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APF) é criada em 1960, e em 1998 dá-se a

A aprovação na Assembleia da Republica, da Ordem dos Fisioterapeutas, é um momento marcante de reconhecimento profissional, e por isso, cabe a quem viveu, desde o seu início,

o percurso para aqui chegarmos, um esclarecimento e uma partilha de um pouco da história que conduziu a este relevante

acontecimento.

sua refundação e revisão dos estatutos onde se menciona, desde logo, que a APF tem como fins, entre outros, a defesa da ética, da deontologia e da qualificação profissional dos seus associados e, bem assim, desenvolver todas as iniciativas conducentes ao seu reconhecimento como Associação de direito público, de modo a atribuir o título profissional de fisioterapeuta e a regulamentar o exercício desta profissão. (Diário da República, III Série, n.º 94, de 98.04. 22) Com este objectivo é apresentada, em 1999, junto dos

órgãos de soberania primeiro projecto de transformação da APF em Associação de direito público, entregando para o efeito, todos os documentos à época necessários, à criação de uma Ordem profissional para os fisioterapeutas.Volta a fazê-lo em 2004 e, novamente em 2 de Maio de 2008, no âmbito da denominada Lei-Quadro (Lei 6/2008 de 13 de Fevereiro), já que, face aos seus pressupostos, cumpre com todos os requisitos para o efeito (Petição nº 500/X/ 3ª). Entre outros documentos, foi também presente uma declaração da Região Europeia da Confederação Mundial de Fisioterapia, apoiando a iniciativa, com o objectivo da protecção dos direitos dos cidadãos e da criação de padrões de prática profissional dos fisioterapeutas.

N

ORDEM DOS FISIOTERAPEUTAS,

UM OBJETIVO, UM PERCURSO.

Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APF) é criada em 1960, e em 1998 dá-se a sua refundação e revisão dos estatutos onde se menciona, desde logo, que a APF tem como fins, entre outros, a defesa da ética, da deontologia e da qualificação profissional dos seus associados e, bem assim, desenvolver todas as iniciativas conducentes ao seu reconhecimento como Associação de direito público, de modo a atribuir o título profissional de fisioterapeuta e a regulamentar o exercício desta profissão.

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Em Portugal existem cerca de 11000 fisioterapeutas. Estes profissionais pelo seu modelo de actuação e elevado grau de autonomia estão vocacionados em especial para o exercício liberal, reforçando a necessidade da sua regulação.

EM PORTUGAL EXISTEM CERCA DE 11000 FISIOTERAPEUTAS.

Estes profissionais pelo seu modelo de actuação e elevado grau de autonomia estão vocacionados em especial para o exercício liberal, reforçando a necessidade da sua regulação.Segundo ofício da Comissão de Trabalho, Segurança Social e Administração Pública da Assembleia da Republica (CTSSAP) datado de 13 de Outubro de 2008, a petição da APF observava os requisitos formais e foi admitida, tendo o relatório sido aprovado, mas não sendo possível, no decorrer da legislatura, a continuação do processo. Em 10 de Dezembro de 2009, a APF renovou todo o processo junto do Presidente da Assembleia da Republica, Comissões de Trabalho, Segurança Social e

Administração Pública e Saúde e Grupos Parlamentares, bem como à Ministra da Saúde.Dada a aprovação anterior, em sede da Comissão de Trabalho, que só não prosseguiu, por ter cessado a legislatura, o processo, embora tendo que recomeçar formalmente, estava substantivamente apreciado.Em 9 de Junho de 2010 e em reunião com a Comissão de Trabalho, a deputada do PSD lavrou para acta que este partido iria apresentar uma iniciativa legislativa, isoladamente ou em conjunto com outros partidos (PS nomeadamente) sob a forma de projecto de Lei visando a criação da Ordem.A 11.02.2011 por proposta do CDS-PP, foi aprovada na generalidade, em plenário da Assembleia da Republica, a criação da Ordem dos Fisioterapeutas, baixando à especialidade. Em virtude da dissolução da Assembleia da

República, o projecto teria de ser reapreciado.A 7 de Setembro 2011 a APF reenvia toda a documentação devidamente actualizada para a Sra. Presidente da Assembleia da Republica, Comissões de Saúde e do Trabalho e Segurança Social, bem com a todos os grupos parlamentares para reapreciação e reencaminhamento.Por solicitação da Comissão Parlamentar do Trabalho e Administração Pública após audiência em 23 de Novembro

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de 2011, a APF apresenta novo documento relativo ao Memorandum de Entendimento com a República Portuguesa.O processo encontra-se completo relativamente a todos os requisitos e aguarda agendamento para submissão a plenário.Em 29/01/2014 somos recebidos pelo Grupo Parlamentar do PSD sendo informados não ser oportuna a retoma do processo.Em 2016, actual legislatura, tivemos Audiência com Comissão de trabalho e segurança social, para ser feito o ponto da situação e continuação do processo, sendo actualizada toda a documentação que veio a culminar com o agendamento para plenário de dois projetos-lei, da autoria do Partido Socialista e do CDS_PP que como é do conhecimento de todos nos foi aprovado na generalidade.

CLASSIFICAÇÃO PORTUGUESA DAS PROFISSÕES

Necessário é também reconhecer que os fisioterapeutas nunca se reviram integrados na nomenclatura “tecnologias da saúde” o que aliás vem confirmado na Classificação Nacional das

Áreas da Educação e Formação Portaria n.º 256/2005 de 16 de Março que coloca os fisioterapeutas na área “terapia e reabilitação”.Também se constata na Resolução relativa à actualização da International Standard Classification of Occupations (ISCO-08) de 6 de Dezembro de 2007, e transcrita para a legislação portuguesa no Diário da República, 2.ª série, n.º 106 de 1 de Junho de 2010, relativa à Classificação Portuguesa das Profissões 2010), que os Fisioterapeutas foram retirados do grupo dos técnicos e profissionais associados e colocados na secção dos profissionais, estando agora listados na sub-rúbrica 226, Outros Profissionais de Saúde: 226.4 Fisioterapeutas, listando-a com outros profissionais reconhecidos no sector da saúde – que inclui medicina e medicina dentária, enfermeiros, etc.Torna-se também necessário, neste processo, não confundir a carreira da função pública, onde se encontram várias profissões, com o exercício profissional liberal, onde os fisioterapeutas actuam com autonomia,

exclusivamente com o seu título profissional: Fisioterapeuta. Após este longo e persistente percurso, os fisioterapeutas não podem deixar de estar manifestar o seu reconhecimento aos grupos parlamentares do CDS-PP (duplamente) e do PS, pela forma como compreenderam as nossas justas aspirações, pelo seu conhecimento profundo do papel do fisioterapeuta na sociedade e pelas excelentes defesas protagonizadas pelos deputados Dr. Antonio Sales e Dra. Isabel Galriça Neto, durante

Em 2016, actual legislatura, tivemos Audiência com Comissão de trabalho e segurança social, para ser feito o ponto da situação e continuação do processo, sendo actualizada toda a documentação que veio a culminar com o agendamento para plenário de dois projetos-lei, da autoria do Partido Socialista e do CDS_PP que como é do conhecimento de todos nos foi aprovado na generalidade.

Após este longo e persistente percurso, os fisioterapeutas não podem deixar de estar manifestar o seu reconhecimento aos grupos parlamentares do CDS-PP (duplamente) e do PS, pela forma como compreenderam as nossas justas aspirações, pelo seu conhecimento profundo do papel do fisioterapeuta na sociedade e pelas excelentes defesas protagonizadas pelos deputados Dr. Antonio Sales e Dra. Isabel Galriça Neto, durante e discussão na generalidade e que culminou com a votação a favor da Ordem dos Fisioterapeutas.

destaque

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CURIOSIDADADEAssista à sessão

plenária da Assembleia da República de dia

19 de outubro, onde foram apresentados dois projetos de lei

para a criação da Ordem Profissional dos Fisioterapeutas. Assista

ao video a partir 1:35 hora (http://www.

canal.parlamento.pt/ ?cid=2288&title=

reuniao-plenaria-n-10)

e discussão na generalidade e que culminou com a votação a favor da Ordem dos Fisioterapeutas.

DIREITO AO TÍTULO PROFISSIONAL

A aprovação deste nosso projecto pela Assembleia da Republica trouxe a público várias posições, bastante inesperadas, em especial por parte de outras profissões da saúde, muitas delas detentoras das suas ordens profissionais, questionando para a nossa profissão aquilo que vêm defendendo nas suas: a defesa do cidadão contra o exercício inqualificado, ou menos qualificado, a qualidade e segurança dos cuidados, o direito ao título profissional, entre outros e, pondo em causa não só o cumprimento do processo legislativo, pela nossa parte, mas também pelo Órgão de Soberania, o que seria impensável. No sentido de clarificar alguns posições que vieram a público, a Comissão Pró-Ordem da Associação Portuguesa de

Fisioterapeutas entendeu dever enviar um comunicado aos seus associados que é já conhecimento geral e outro, menos extenso à Comunicação Social. Não sendo aceitável, que outros profissionais tentem condicionar a sua autonomia, esperamos que o processo prossiga sem obstáculos e condicionamentos, para que os Fisioterapeutas tenham o

direito à sua autorregulação e para que tenham a nível nacional o mesmo reconhecimento e direitos que já são reconhecidos internacionalmente.

A Presidente da Comissão Pró-Ordem2017-11-26Isabel de Souza Guerra

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GABRIELA BROCHADO COORDENADORA/DOCENTE DO CURSO DE LICENCIATURA EM FISIOTERAPIA ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DO VALE DO SOUSA GANDRA

LOGO NOS PRIMEIROS 6 MESES...

TAXA DE COLOCAÇÃO ACIMA DOS 80%

á quantos anos existe a Escola?

Gabriela Brochado - Em 1997/1998 a CESPU, Cooperativa de Ensino Superior Politécnico Universitário, entendeu introduzir na sua oferta formativa cursos na área do ensino Politécnico. Em 1999/2000 foi criado o Instituto Politécnico de Saúde do Norte, com duas unidades orgânicas: A Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa e a Escola Superior de Saúde do Vale do Ave. Deste modo a escola existe há 20 anos.

Quais os cursos que leciona?

GB - Neste momento leciona as Licenciaturas em Fisioterapia, em Enfermagem e Prótese Dentária.

Em que ano se iniciou o primeiro ciclo de estudos em Fisioterapia com licenciatura?

GB - A licenciatura em Fisioterapia na ESSVS, iniciou juntamente com todas as escolas de Fisioterapia no ano letivo 2000/2001, começando por ser uma licenciatura bietápica. No ano letivo 2008/2009 é iniciado o 1º ciclo de Licenciatura em Fisioterapia com a totalidade de 240 ECTS, assumindo neste ano letivo a licenciatura de raiz.

Na Escola existe formação pós graduada ou mestrado na área da Fisioterapia?

GB - Sim, existe o Curso de Mestrado em Fisioterapia. Este curso foi acreditado recentemente pela A3Es, tendo sido concebido em

conformidade com os princípios de Bolonha. O ciclo tem a duração de 4 semestres e totaliza 120 ECTS, dos quais 105 na área científica da Fisioterapia. No final do primeiro semestre, os estudantes optam por uma das três possíveis áreas de especialização: Área de especialização em Terapia Manual e Desporto; Área de especialização em Disfunções Cervicais e Temporomandibulares; e Área de especialização em Neurologia.

Quantos fisioterapeutas foram licenciados nos últimos 3 anos?

GB - 79 fisioterapeutas.

H

A Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa em Gandra tem 20 anos.

Gabriela Brochado é a coordenadora e docente da Licenciatura em Fisioterapia

que nos últimos anos licenciou 79 fisioterapeutas com uma taxa de

colocação superior a 80%.

escolasdefisioterapiaentrevista

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Como vê a situação de empregabilidade dos fisioterapeutas licenciados nesta Escola?

GB - Nos últimos anos, temos observado um elevado grau de empregabilidade, quer a nível nacional, quer a nível internacional, sendo a taxa de colocação acima dos 80% nos primeiros 6 meses após a conclusão do curso. A Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, onde se integra a Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa, dispõe de um Serviço de Inserção Profissional, que apoia os recém-licenciados na procura do primeiro emprego. Este serviço, chegou a disponibilizar vagas de emprego para recém-licenciados em Fisioterapia, para os quais não conseguiu candidatos, o que nos leva a pensar que a taxa de empregabilidade após os 6 meses seja ainda superior.

Quais as principais linhas de investigação da Fisioterapia?

GB - Investigação na área de Saúde Ocupacional, Saúde Escolar, Envelhecimento e Desporto.

Como tem a Fisioterapia projetado o seu contato com a comunidade? GB - Têm sido realizados projetos no âmbito da tese de licenciatura com empresas, escolas e outros centros na região de Paredes e Penafiel, no âmbito da Saúde Escolar e Ocupacional. Existem ainda protocolos com clubes desportivos da região que disponibilizam aos atletas avaliações funcionais, realizadas normalmente na pré-época, onde é realizada a avaliação dos atletas e feito um trabalho em colaboração com a equipe médica dos clubes.

Como tem a Fisioterapia procurado internacionalizar-se? Nos últimos 3 anos quantos alunos foram “enviados” e quantos alunos

foram “recebidos”? Quais os principais países de acolhimento? E quais os principais países de origem? GB - No âmbito do ciclo de estudos têm sido estabelecidas diversas parcerias de colaboração com outras instituições internacionais com o objetivo do desenvolvimento internacional do curso e da respetiva escola. Estas parcerias são implementadas através do gabinete responsável pela mobilidade, na sua maioria para estudos/estágios de estudantes e missões de ensino/formação de docentes/staff no espaço europeu (ERASMUS+). Atualmente, as parcerias para este intercâmbio no âmbito do curso de Fisioterapia são: Universidad de Oviedo, Universitat de Valência, Universitat Rovira I Virgili, Universidad Católica de Valencia San Vicent Martir, Mikkeli University of Applied Sciences, Klaipèda State College, University of Pécs, UAX - Universidad Alfonso X “El Sabio e, Universita Degli Studi di Milano.Nos últimos 3 anos recebemos (IN-COMING) 17 estudantes para realização de estudos e estágio ao abrigo do programa ERASMUS+, provenientes da Lituânia, Hungria, Espanha e Finlândia, tendo sido “enviados” (OUTGOING), 14 estudantes para realização de estágio curricular e 2 recém-graduados para realização de estágio profissionalizante pós-curso, também ao abrigo do Programa ERASMUS+, sendo que os estudantes em OUTOGOING realizaram os estágios em Itália, Espanha, Finlândia e Polónia. Foi ainda enviado 1 estudante para a Suíça ao abrigo de um acordo de cooperação institucional.Foram ainda recebidas duas docentes da Lituânia no ano letivo 2016/2017.

De que modo as recomendações da WCPT sobre o ensino da Fisioterapia são valorizadas no decurso do vosso plano curricular?

Atualmente, as parcerias para este intercâmbio no âmbito do curso de Fisioterapia são: Universidad de Oviedo, Universitat de Valência, Universitat Rovira I Virgili, Universidad Católica de Valencia San Vicent Martir, Mikkeli University of Applied Sciences, Klaipèda State College, University of Pécs, UAX - Universidad Alfonso X “El Sabio e, Universita Degli Studi di Milano.

GB - Os Guidelines da WCPT foram utilizados desde o início da escola para o planeamento curricular do curso de Fisioterapia, bem como para o seu desenvolvimento. Serviram ainda de base para as alterações que foram efetuadas ao longo dos anos, tendo sido ainda uma linha de orientação para a definição do perfil de competências a adquirir no final do 1º ciclo, aquando da adequação do ciclo de estudos a Bolonha.

Como dinamizam junto dos vossos estudantes o associativismo e o sentimento de pertença a uma comunidade fisioterapêutica nacional e internacional, representada em Portugal pela Associação Portuguesa de Fisioterapeutas?

GB - Nesta Escola no 1º ano do curso de Fisioterapia, lecionamos a Unidade de Introdução à Profissão, e nesta Unidade Curricular em particular, faz parte dos conteúdos programáticos, temas tais como, o associativismo, identidade profissional, representações nacionais e internacionais relativamente à profissão. Mais recente, com o juramento do Fisioterapeuta, também dinamizamos a importância de pertencer a uma comunidade de fisioterapeutas nacional, representada pela APFisio.

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ra, sem prejuízo do referido na Lei de Bases da Saúde. logo na sua Base II, de que “.. a política de saúde tem carácter evolutivo, adaptando-se permanentemente às condições da realidade nacional, às suas necessidades e aos seus recursos ...”, na Base

XXX que sobre a avaliação permanente determina “ ....que o funcionamento do Serviço Nacional de Saúde está sujeito a avaliação permanente, baseada em informações de natureza estatística, epidemiológica e administrativa e de que é igualmente colhida informação

sobre a qualidade dos serviços, o seu grau de aceitação pela população utente, o nível de satisfação dos profissionais e a razoabilidade da utilização dos recursos em termos de custos e benefícios ...”. e de que o artigo 2.º do Estatuto do Serviço Nacional de Saúde, anexo ao

OS CUIDADOS DE SAÚDE E O

ESTADO DE DIREITO (PARTE II)

Terminei o artigo anterior invocando a riqueza do ordenamento jurídico da saúde com bases suficientes para a construção de novas realidades na prestação de cuidados de saúde; a saber, na denominada hospitalização domiciliária.

O

consultóriojurídicoLuísCamejo

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Decreto-Lei nº 11/93, de 15 de Janeiro, que expressa que “... o SNS tem como objectivo a efectivação, por parte do Estado, da responsabilidade que lhe cabe na protecção da saúde individual e colectiva ...”, o artigo 64.º da Constituição da República, refere no seu n.º 2 que “...o direito à protecção da saúde é realizado, nomeadamente, não só através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito, como pela criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável...”.

CUIDADOS DA MEDICINA PREVENTIVA, CURATIVA E DE REABILITAÇÃO

Sendo certo, ainda, que, para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado, entre outras, garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação e garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde.

Ora, o enquadramento para este efeito, inicia-se, desde logo, pela Lei de Bases da Saúde, aprovada pela Lei nº 48/90, de 24 de Agosto, que na sua Base I determina que a protecção da saúde constitui um direito dos indivíduos e da comunidade que se efectiva pela responsabilidade conjunta dos cidadãos, da sociedade e do

Estado, em liberdade de procura e de prestação de cuidados, nos termos da Constituição e da lei.

Sendo assim o Estado promove e garante o acesso de todos os cidadãos aos cuidados de saúde nos limites dos recursos humanos, técnicos e financeiros disponíveis e a promoção e a defesa da saúde pública são efectuadas através da actividade do Estado e de outros entes públicos, podendo as organizações da sociedade civil ser associadas àquela actividade (Os cuidados de saúde são prestados por serviços e estabelecimentos do Estado ou, sob fiscalização deste, por outros entes públicos ou por entidades privadas, sem ou com fins lucrativos).

IGUALDADE DOS CIDADÃOS NO ACESSO AOS CUIDADOS DE SAÚDE

Por outro lado, a Base II nas suas alíneas b), c) e d) do seu n.º 1 refere que “...é objectivo fundamental obter a igualdade dos cidadãos no acesso aos cuidados de saúde, seja qual

“...o direito à protecção da saúde é realizado, nomeadamente, não só através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito, como pela criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável...”

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for a sua condição económica e onde quer que vivam, bem como garantir a equidade na distribuição de recursos e na utilização de serviços; os serviços de saúde estruturam-se e funcionam de acordo com o interesse dos utentes e articulam-se entre si e ainda com os serviços de segurança e bem-estar social; e a gestão dos recursos disponíveis deve ser conduzida por forma a obter deles o maior proveito socialmente útil e a evitar o desperdício e a utilização indevida dos serviços;

A Base V enquadra os direitos e deveres dos cidadãos, determinando que “ .....os cidadãos são os primeiros responsáveis pela sua própria saúde, individual e colectiva, tendo o dever de a defender e promover; que os cidadãos têm direito a que os serviços públicos de saúde se constituam e funcionem de acordo com os seus legítimos interesses e que é reconhecida a liberdade de prestação de cuidados de saúde, com as limitações decorrentes da lei, designadamente no que respeita a exigências de qualificação profissional ...”.

Se dúvidas houvesses relativamente à defesa dos utentes, a Base XIV ao expressar o estatuto dos utentes garante que estes têm direito a: “ ...- Decidir receber ou recusar a prestação de cuidados que lhes

é proposta, salvo disposição especial da lei; - Ser tratados pelos meios adequados, humanamente e com prontidão, correcção técnica, privacidade e respeito; - Ter rigorosamente respeitada a confidencialidade sobre os dados pessoais revelados; - Ser informados sobre a sua situação, as alternativas possíveis de tratamento e a evolução provável do seu estado; - Reclamar e fazer queixa sobre a forma como são tratados e, se for caso disso, a receber indemnização por prejuízos sofridos ...”.

E a Base XV, no que aos profissionais de saúde respeita, parte do pressuposto que “ ... a política de recursos humanos para a saúde visa satisfazer as necessidades da população, garantir a formação, a segurança e o estímulo dos profissionais, incentivar a dedidação plena, evitando conflitos de interesse entre a actividade pública e a actividade privada, facilitar a mobilidade entre o sector público e o sector privado e procurar uma adequada cobertura no território nacional ...”.

Ora, então, se verificados todos os pressupostos enunciados, e se no que se refere à:- “ ....Base XVIII sobre a organização do território para o sistema de saúde, a qual baseia-se na divisão do território nacional em regiões de saúde, que as regiões de saúde são dotadas de meios de acção bastantes para satisfazer autonomamente as necessidades correntes de saúde dos seus habitantes, podendo, quando necessário, ser estabelecidos acordos inter-regionais para a utilização de determinados recursos, e ainda que, as regiões podem ser divididas em sub-regiões

consultóriojurídicoLuísCamejo

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de saúde, de acordo com as necessidades das populações e a operacionalidade do sistema e que cada concelho constitui uma área de saúde, mas podem algumas localidades ser incluídas em áreas diferentes das dos concelhos a que pertençam quando se verifique que tal é indispensável para

tornar mais rápida e cómoda a prestação dos cuidados de saúde; que as grandes aglomerações urbanas podem ter organização de saúde própria a estabelecer em lei, tomando em conta as respectivas condições demográficas e sanitárias;

SÃO BENEFICIÁRIOS DO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE TODOS OS CIDADÃOS PORTUGUESES - Base XXIV que determina que são características do Serviço Nacional de Saúde ser universal quanto à população abrangida, prestar integradamente cuidados globais ou garantir a sua prestação e ser tendencialmente gratuito para os utentes, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos e garantir a equidade no acesso dos utentes, com o objectivo de atenuar os efeitos das desigualdades económicas, geográficas e quaisquer outras no acesso aos cuidados; - Base XXV em que se define que são beneficiários do Serviço Nacional de saúde todos os

cidadãos portugueses, os cidadãos nacionais de Estados membros das Comunidades Europeias, nos termos das normas comunitárias aplicáveis e os cidadãos estrangeiros residentes em Portugal, em condições de reciprocidade, e os cidadãos apátridas residentes em Portugal ...”, garantidas que sejam as características próprias e desenvolvidas no âmbito do SNS, nomeadamente as de pendor garantístico, qual a falta de ordenamento jurídico para que a denominada hospitalização privada possa vir a ser uma realidade, ainda que em sede do Sistema de Saúde, que não só no SNS?

Juristas...? para quê?, depois não digam que são eles os delimitadores da liberdade criativa, ainda que em um Estado de Direito de matriz francófona; logo, essencialmente enquadrado pelos princípios jurídicos da competência, que não o da liberdade.

O presente artigo de opinião não utiliza o acordo ortográfico mais recente.

São características do Serviço Nacional de Saúde ser universal quanto à população abrangida, prestar integradamente cuidados globais ou garantir a sua prestação e ser tendencialmente gratuito para os utentes, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos e garantir a equidade no acesso dos utentes, com o objectivo de atenuar os efeitos das desigualdades económicas, geográficas e quaisquer outras no acesso aos cuidados.

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Congresso Nacional de Fisioterapeutas pretendeu, desde a sua génese, promover a profissão potenciando a proximidade e a partilha entre os fisioterapeutas. Esta dinâmica foi sendo desenvolvida, desde o início deste ano, com a realização de três jornadas pré-Congresso que juntaram  investigadores e clínicos para apresentarem e discutirem as boas práticas da profissão e a inovação.Na sexta-feira, dia 10 de Novembro, tiveram lugar na Escola Superior de Saúde da UA cerca de 22 workshops técnico científicos que contaram com a participação de 300 fisioterapeutas.Sábado e domingo, os trabalhos

especialCongresso

X CONGRESSO NACIONAL DE FISIOTERAPEUTAS

QUALIDADE: UM COMPROMISSO DA FISIOTERAPIA

10,11E12DENOVEMBRO,EMAVEIRO,COM700PARTICIPANTES

Depois do sucesso das 3 jornadas pré-congresso, que se realizaram em Lisboa, Aveiro e Porto, realizou-se o tão esperado X Congresso Nacional de Fisioterapeutas (CNF), nos dias 10, 11 e 12 de novembro, em Aveiro, onde cerca de 700 participantes se juntaram para falar e ouvir sobre “Qualidade: um compromisso da Fisioterapia”.

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decorreram no edifício da Reitoria da UA com temas que se debruçaram sobre diferentes áreas de intervenção em fisioterapia, nomeadamente “Estrutura e Função, Atividade e Participação em Neurologia”, “Prescrição do exercício terapêutico”, “Postura – alinhamos todos pela mesma ideia”, “Reabilitação respiratória: na 1ª pessoa, em boas práticas e no futuro”, “Brincar, aprender e integrar – a qualidade na Fisioterapia Pediátrica”, “O que qualquer fisioterapeuta deve saber sobre cuidados continuados e cuidados paliativos”, “Fisioterapia e qualidade de serviço prestado em oncologia” entre outros.A Fisioterapia é a terceira maior profissão na área da prestação de cuidados de saúde e a mais representativa na área

da Reabilitação, contando atualmente com cerca de 11000 profissionais. O reconhecimento social e a possibilidade de progressão nos vários graus académicos na área científica da Fisioterapia (licenciatura, mestrado, doutoramento), são fatores que acrescentam valor à profissão. Este Congresso deu oportunidade de conhecer o trabalho que está a ser desenvolvido no seio da Fisioterapia em Portugal, bem como os bons exemplos que chegam de outros pontos do globo. Foram três dias de debate que terminou com a mensagem de confiança de que Portugal “tem bons profissionais e consegue dar oportunidades iguais” no litoral e no interior do país.Deixamos algumas fotos

para recordar os melhores momentos! Visite também https://www.cnft.pt/pt e https://www.facebook.com/ congressonacionalfisioterapeutas/ .

X CONGRESSO NACIONAL DE FISIOTERAPEUTAS

QUALIDADE: UM COMPROMISSO DA FISIOTERAPIA

10,11E12DENOVEMBRO,EMAVEIRO,COM700PARTICIPANTES

Comissão Organizadora do Congresso

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oram três dias de Congresso proveitosos, ricos em orientações para uma prática mais efetiva da Fisioterapia, tendo em mente a proteção dos direitos dos utentes a cuidados de Fisioterapia de Qualidade.O 10º Congresso Nacional de Fisioterapeutas pode assim ser considerado um marco, já que assistiu ao maior número de participantes na sua história. Por isso, é também aqui de realçar a importância e o significado que devem ter as conclusões aprovada neste Congresso.As conclusões do Congresso pretendem resumir e condensar o que de mais importante se passou no Congresso, não só em termos científicos, mas também da intervenção e intenção política, da ética ao nível do exercício e da formação, constituindo-se assim em linhas orientadoras que, com a aprovação em Congresso, legitimam as ações que, quer a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas quer os Fisioterapeutas, tomem no sentido da sua persecução.Assim, as conclusões aprovadas por unanimidade em assembleia no 10º Congresso Nacional de Fisioterapeutas foram as seguintes:

1 O elevado nível de evidência científica apresentado neste Congresso é resultado da maturação que a prática clínica, o ensino e a investigação em Fisioterapia já apresenta em Portugal, muito por via do desenvolvimento académico ao nível do primeiro (licenciado), segundo (mestre) e terceiro (doutor) ciclos de estudos da área científica da Fisioterapia, correspondentes aos níveis seis, sete e oito do European Qualification Framework da União Europeia.

2 O Congresso demonstrou, uma vez mais, que a Fisioterapia apresenta um modelo consolidado de gestão do utente. Nesse modelo, o diagnóstico em Fisioterapia é mais do que contextualizar a informação recolhida do processo clínico; pressupõe a representação do cliente num quadro de referência, no plano das funções do corpo, da capacidade funcional e da participação social (Classificação Internacional da Funcionalidade - OMS), no âmbito das competências próprias da profissão.

3 Nunca como agora ser Fisioterapeuta em Portugal foi tão próximo de como é ser Fisioterapeuta nos países mais desenvolvidos da Europa, em especial no que diz respeito aos domínios da autonomia, ética e deontologia, aptidões, competência e qualificação, e conceito social. Este princípio é reforçado pelo facto da Fisioterapia ser uma das cinco profissões regulamentadas relativamente à Carteira Profissional Europeia pela Comissão Europeia.

4 A recente criação da Ordem dos Fisioterapeutas, aprovada na generalidade na Assembleia da República, vem desta forma substituir o regime limitado de um simples

especialCongresso

CONCLUSÕESDO X CONGRESSO NACIONAL DE FISIOTERAPEUTASFISIOTERAPIA:UMCOMPROMISSOCOMAQUALIDADE

O Congresso Nacional de Fisioterapeutas é, desde a sua primeira edição, o fórum de excelência para o encontro

das múltiplas realidades e contextos que caracterizam a prática clínica, a investigação e o ensino da Fisioterapia

em Portugal. Num momento em que se consolida a importância da autorregulação profissional, a principal

reunião profissional dos Fisioterapeutas portugueses assume ainda uma maior importância na forma

abrangente como permite divulgar, discutir e atualizar estas diferentes realidades e contextos.

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registo no Ministério da Saúde, por um padrão que permita a verificação das componentes ética e da garantia dos padrões de prática, que é obrigatório no âmbito do exercício liberal numa profissão.

5 O número de Fisioterapeutas que existe atualmente em Portugal (cerca de 11.000) permite encarar o presente e o futuro com confiança redobrada na oferta de cuidados. Contudo urge criar espaço para a especialização de forma a corresponder, com igual nível de exigência, aos desafios mais específicos que a complexidade das condições de saúde exigem. Esta especialização profissional (a regular pela futura Ordem dos Fisioterapeutas) e progressão académica dos fisioterapeutas incrementarão níveis de qualidade da Fisioterapia.

6 Em Portugal, desde 2010, os Fisioterapeutas estão incluídos no grupo dos “Especialistas das atividades intelectuais e científicas”, no grupo 22 – Profissionais de Saúde (Fisioterapeuta, 2264). A natureza predominantemente liberal e autónoma da sua atividade exige uma autorregulação competente para proteção máxima dos interesses dos seus utentes.

7 Nunca como agora em Portugal, tal como acontece em países tão diversos como os EUA, Canadá, Austrália ou UK, Holanda ou Dinamarca, os Fisioterapeutas são profissionais a quem os utentes têm acesso direto, e com quem contratualizam a prestação de cuidados. Esta contratualização direta apresenta-se como um desafio, nomeadamente quanto à apresentação de um perfil exato do que é ser Fisioterapeuta, nivelado com os mais exigentes padrões, que permitam garantir uma mobilidade profissional sem restrições....

CONCLUSÕESDO X CONGRESSO NACIONAL DE FISIOTERAPEUTASFISIOTERAPIA:UMCOMPROMISSOCOMAQUALIDADE

Comissão Organizadora e Científica

do Congresso

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...

8 A Fisioterapia foi reconhecida como uma profissão autónoma de saúde, na Estratégia 2020 da Organização Mundial da Saúde e pela ESCO (European Skills, Competences, Qualifications and Occupations), com aprovação por parte da European Region – World Confederation for Physical Therapy (ER-WCPT).

9 Também a nível europeu entre o Standing Committee of European Doctors (CPME) e a ER-WCPT foi reconhecida a autonomia da Medicina e da Fisioterapia, e a necessidade da autorregulação independente para cada uma das profissões, baseada num quadro de confiança e transparência.

10 A responsabilidade da defesa do perfil profissional enquanto Fisioterapeuta é, em primeira instância, de cada um dos Fisioterapeutas, das associações profissionais representativas dos profissionais e das instituições de ensino superior que os formam.

11 Neste Congresso ficou consolidado o compromisso da Fisioterapia com a qualidade. As normas de qualidade em Fisioterapia devem ser aplicadas em todas as Unidades de Fisioterapia. Estas deverão ser facilitadoras do cumprimento das normas de qualidade.

Aveiro, 12 de Novembro de 2017Isabel de Souza Guerra(Presidente do Congresso)Emanuel Vital(Presidente do Conselho Diretivo Nacional da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas)Olímpio Pereira(Presidente da Comissão Organizadora)Rui Soles Gonçalves(Presidente da Comissão Científica).

especialCongresso

CONCLUSÕESDO X CONGRESSO NACIONAL DE FISIOTERAPEUTASFISIOTERAPIA:UMCOMPROMISSOCOMAQUALIDADE

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PRÉMIO CARREIRA

Maria Manuela Freitas Barbeito – pelo trabalho desenvolvido pela Fisioterapia na Reunião Autónoma da Madeira

Ana Isabel Meyer-Pantin Cordovil – pelo trabalho desenvolvido até à data, pela reativação do Grupo de Interesse de Fisioterapia em Pediatria, e pela constante disponibilidade e sentido de missão para com aquele Grupo de Interesse, sendo sua Presidente até Janeiro de 2016.

Maria Teresa Pena Escudeiro Oliveira Bastos – pelo trabalho desenvolvido na região norte no âmbito da Saúde da Mulher.

MENÇÃO HONROSA

Matilde Maria Rocha Mello Andrade – pela constante luta pelos direitos dos fisioterapeutas na Região Autónoma da Madeira para o exercício da prática privada e estabelecimento e registo das Unidades de Fisioterapia.

Olímpio Manuel Gouveia Pereira– pelo trabalho desenvolvido, junto de diferentes grupos profissionais, entidades e contextos, em prol da Fisioterapia, designadamente com a Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva, Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia e Sociedade Portuguesa de Artroscopia e Traumatologia Desportiva, e pela sua constante dedicação para afirmação e desenvolvimento da APFISIO.

Grupo de Interesse de Fisioterapia em Pediatria (GIFiP) – pelos 25 anos de desenvolvimento de trabalho na área da Fisioterapia em Pediatria.

INSÍGNIAS DE OURO APF

Ana Isabel Meyer-Pantin Cordovil AlvimAntónio Manuel Lima LopesAntónio Manuel Lopes HipólitoFilipa Maria Ulrich AnjosIrene Maria Candeias Trindade Gama HiggsMaria Cristina Reis Moreira SoaresNuno Henrique Resende PaivaVirgílio António Moisés Jaleco Alegrias

INSÍGNIAS DE PRATA APF

Ana Cabral Noronha Menezes Cordeiro SousaAna Cristina Cardoso Marçal CostaAna Luísa Lopes Lima RamalhãoAna Luísa Santos Cibrão ZoghebAna Maria Gonçalves Pereira EncarnaçãoAna Maria Matos Cabral CastroAna Maria Reis RodriguesAna Maria Santos RatãoAna Paula Lopes FigueiredoAna Paula Silva Fernandes GonçalvesAna Rosa Santos BeloÂngela Maria Correia Figueiredo Abreu PereiraAntónio Manuel Borges Coutinho Falcão FerreiraAntónio Manuel Martins MelancieiroAugusto Gil Brites Andrade PascoalClaudino António Araújo FerreiraConceição Jesus Machado RodriguesElisabete Maria Costa Vila Nova SilvaFernando Emanuel CorreiaFernando José Magalhães SantosHelena Maria Lopes Neves Pires AntunesIsabel Cristina Coelho LopesJoaquim Matos FernandesJorge Manuel Ferreira Sampaio PedrosoJosé Gregório Oliveira SousaJosé Manuel Barruncho ClementeLuís Miguel Eva FerreiraLuísa Maria Reis PedroMaria Celina Reis CastroMaria Conceição Linhares FigueiredoMaria Eugénia Silva Oliveira LeiteMaria Fátima Esteves Domingues LeandroMaria Glória Sousa Chichorro Fonseca FerreiraMaria Inês Giraldes Tavares Cunha RebêloMaria Isabel Silva TavaresMaria Jesus Prego Moita Pereira Marques GuilhotoMaria João Vasques CasimiroMaria Lapa Capacete RosadoMaria Manuela Costa Gonçalves CardosoMaria Margarida Rosa Barros MartinsMaria Paula Furtado S. Albergaria PachecoMaria Raquel Alenquer Vale HipólitoMaria Teresa Pereira PinteusMaria Teresa Pinto Peixoto Neves PintoMariana Rosa Mendes Saianda DuarteMatilde Maria Rocha Mello Andrade FariaPaula Alexandra Antunes Lourenço LealPaula Cristina Domingues Almeida RaposoRui Jorge Dias CostaRui Manuel Rosa GoulartSílvia Luísa Pires Costa Santos CondeSílvia Paula Carvalho Castro MorimSusana Rute Silva Guerreiro CostaVítor Manuel Barreiros PinheiraVítor Manuel Pardal Filipe

PRÉMIOS CARREIRA E MENÇÕES HONROSAS

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Este workshop decorreu num ambiente de boa disposição e de grande partilha de experiências profissionais, tendo tido como formadoras as Fisioterapeutas Joana Oliveira e Sónia Vicente, do GIFA. Foi um dia de grande troca de conhecimentos entre formadores e formandas. A Fisioterapia

Aquática ficou mais rica e a prestação de cuidados por parte destes fisioterapeutas será orientada pela melhor evidência. Um forte abraço aquático a todas as Fisioterapeutas presentes, que sejamos uma gotinha de água que se junta para fazer um oceano de cuidados diferenciados!

fisioterapiaGIAquática

1º WORKSHOP DE FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA GRÁVIDA ESTORIL WELLNESS CENTER - 16 JULHO 2017

Realizou-se no dia 16 de Julho, o “Workshop de Fisioterapia Aquática

na Grávida” nas instalações do Estoril Wellness Center.

DOCUMENTOSGIFANORMAS DE BOAS PRÁTICAS E ORIENTAÇÕES GLOBAISDAINTERVENÇÃODOFISIOTERAPEUTA AQUÁTICODe forma a melhorar as práticas da Fisioterapia Aquática - Hidroterapia, o GIFA realizou recentemente uma revisão de 2 documentos importantes para os Fisioterapeutas Aquáticos:1 - Normas de Boas Práticas para a prestação de serviços de Fisioterapia Aquática - Hidroterapia:2 - Orientações Globais da Intervenção do Fisioterapeuta em Fisioterapia Aquática - HidroterapiaPara acederem a estes documentos, basta irem ao site do GIFA ao menu “Documentos/Lista Total/Organização & Diretórios”, e podem fazer download dos mesmos.

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PRESENÇADOGIFANO CONGRESSO MUNDIAL DE FISIOTERAPIA WCPT 2017CIDADEDOCABO(ÁFRICADOSUL)

nosso vice-presidente foi o “chair” da “Aquatic Physical Therapy networking session”, sendo um enorme orgulho para Portugal o desempenho deste papel. Foi uma sessão onde se debateram diversos

assuntos sobre a fisioterapia aquática e onde todos os presentes contribuíram para a partilha de experiências e conhecimentos nesta área, tendo tornado esta sessão ainda mais rica. Foi também abordada a criação de um subgrupo de fisioterapia aquática da WCPT já há muito esperado, uma vez que o Fisioterapeuta César Sá nos últimos meses tem tentado conectar-se com diversos grupos de interesse de fisioterapia aquática por todo o mundo, de forma a conseguir toda a documentação necessária para a criação deste subgrupo internacional. A sua criação irá assim trazer enormes benefícios para o desenvolvimento da Fisioterapia Aquática, bem como para a promoção de boas práticas a nível mundial nesta área.

É com grande orgulho e satisfação que o vemos, mais uma vez, representar tão bem a Fisioterapia Aquática Portuguesa, colaborando assim para um desenvolvimento de qualidade da mesma.

O GIFA esteve presente no World Confederation for Physical Therapy Congress 2017 na Cidade do Cabo (África do Sul) nos dias 2 a 4 de Julho, tendo sido representado pelo Fisioterapeuta César Sá, da Direção do GIFA.

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PROGRAMA DE FORMAÇÃO 2018

fisioterapiaGIAquática

GIFA esteve presente no X Congresso Nacional de Fisioterapeutas que decorreu de 10 a 12 de Novembro na cidade de Aveiro. Foram distribuídos folhetos sobre a Fisioterapia Aquática, foi apresentado um poster sobre a Adaptação transcultural e validação da Water Orientation Test Alyn (WOTA) 1 e 2 - Versão Portuguesa pelos Fisioterapeutas Sónia Vicente, Helena Murta e César Sá e por

fim foi realizada uma preleção sobre a “Intervenção da Fisioterapia em Meio Aquático nas Disfunções da Comunicação e Relação”, realizada pelo Vice-Presidente do GIFA, o Fisioterapeuta César Sá, e inserido na mesa de Pediatria com o tema “Brincar, aprender e integrar - a qualidade na Fisioterapia Pediátrica”. Muitos parabéns à comissão cientifica e organizadora deste congresso pela excelência dos temas abordados e pela qualidade dos mesmos. Viva a Fisioterapia!

Estejam atentos às novas formações para 2018 do GIFA. Aceitamos também sugestões e a vossa colaboração em novas formações que possam ir ao encontro das vossas necessidades.

FEVEREIRO17º Curso Básico de Fisioterapia Aquática - Hidroterapia

16, 17 e 18 Fevereiro 2018 (Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão)

MARÇO1º Workshop de Natação Adaptada11 Março 2018 (local a definir)

ABRIL2º Curso de Fisioterapia Aquática em Pediatria

14 e 15 Abril 2018 (Norte de Portugal - local a definir)

OUTUBRO/NOVEMBROJornadas de Fisioterapia Aquática

(data e local a definir)

Inscreva-se já!

Visite o nosso site e página do facebookhttp://gihfma.apfisio.pt/

GIFA

PRESENÇADOGIFANO

X CONGRESSO NACIONAL DE FISIOTERAPEUTAS 10A12NOV2017

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fisioterapiaGICardioRespiratória

O GIFCR está também a organizar o concurso “EquipAR a Fisioterapia”. Este concurso tem como objetivo a atribuição de um equipamento para avaliação/intervenção na área da fisioterapia cardiorrespiratória em unidades de cuidados de saúde primários.Período de candidaturas:

11 de Novembro a 31 de Dezembro de 2017Beneficiários: Cuidados de saúde primários com fisioterapeutas a realizar fisioterapia cardiorrespiratóriaEquipamento a concurso: OxyCyxle Active Pedal ExerciserPara mais informações consulte: https://www.gifcr-apf.com/eventos/

GIFCR está a organizar mais uma edição do Curso “Fisioterapia Respiratória guiada pela Auscultação Pulmonar - Bases mecânicas de um novo paradigma para o pulmão profundo”.Este é, inquestionavelmente, um dos cursos na área da Fisioterapia Respiratória que mais fisioterapeutas portugueses frequentaram (cerca de 1000) desde o ano 2000.Conheça o novo paradigma de intervenção proposto por Guy Postiaux nas situações

de obstrução das vias aéreas em adultos e crianças. O curso será dinamizado por uma dupla de formadores com vasta experiência clínica e pedagógica.Datas: 08, 09 e 10 de fevereiro de 2018Local: Centro de Reabilitação do Norte (Vila Nova de Gaia)1º prazo de inscrição: Até 6 de janeiro 2018Saiba mais e inscreva-se em: https://www.gifcr-apf.com/formação/

CURSO“FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA GUIADA PELA AUSCULTAÇÃO PULMONAR...”

PRESENÇASDOGIFCR EM CONGRESSOSEm 2017, o Grupo de Interesse em Fisioterapia Cardiorrespiratória (GIFCR) marcou presença no 27º Congresso Anual da European Respiratory Society (ERS) (foto de cima), no 42º Congresso da International Lung Sounds Association (foto do meio) e no 10º Congresso Nacional de Fisioterapeutas (CNFt) (foto de baixo).

DIVULGAÇÃODOGIFCRJá é membro do GIFCR? Se ainda não é, conheça as vantagens de ser membro observador:

• Pertencer ao grupo fechado de Facebook do GIFCR, exclusivo para os seus Membros Observadores, onde poderá discutir casos, partilhar experiências, consultar evidência científica e eventos na área, entre muitas outras possibilidades;

• Receber e-mails mensais com artigos em destaque na área cardiorrespiratória e respetivos links de acesso;

• Beneficiar do critério de seleção prioritária em formações organizadas pelo GIFCR;

• E muito mais!

Torne-se membro observador em: https://www.emailmeform.com/builder/form/h3P443591kG

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fisioterapiaGIPediatria

OASSEMBLEIAGERAL DO GIFIP

E ELEIÇÕES DOS ORGÃOS

DO GIFIP 2017-2020No passado dia 1 de Junho de 2017, pelas 20h, realizou-se nas Instalações da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas – Rebelva, a Assembleia Geral do GIFIP, onde se procedeu à eleição da nova Direção do GIFIP para o mandato 2017-2020, tendo sido eleita a única lista concorrente, constituída por:

Presidente: Ana Rita SaramagoVice Presidente: Susana SardinhaTesoureira: Virgínia Lourenço MarquesSecretários: Filipa Moita Deus e André SantosVogal: César Sá

PRESENÇADOGIFIPNO CONGRESSO MUNDIAL DE FISIOTERAPIA WCPT 2017CIDADEDOCABO(ÁFRICADOSUL)

GIFIP esteve presente no World Confederation for Physical Therapy Congress 2017 na Cidade do Cabo (África do Sul) nos dias 2 a 4 de Julho, tendo sido representado pelo Fisioterapeuta César Sá, da Direção do GIFIP. Estivemos presentes na reunião internacional da IOPTP (International Organization of Physical Therapist in Paediatrics - a WCPT subgroup) do qual o GIFIP é membro. Tivemos o prazer de falar com a presidente deste subgrupo, Sheree York (Estados Unidos) e com a antiga presidente, Barbara Connolly (Estados Unidos), tendo sido abordados diversos temas revelantes para a área e quais as estratégias e objetivos deste subgrupo. Uma reunião muito elucidativa e com uma grande partilha de experiências e realidades a nível mundial. Estão de parabéns pelo excelente trabalho que têm desenvolvido ao longo destes 10 anos de existência enquanto subgrupo.Estivemos também presentes na networking session da IOPTP, onde existiram várias mesas de discussão com os seguintes temas:- Collaborative Research- International collaboration - Health promotion - Core content for entry-level PT programs- Implementation of the ICF- Clinical outcomes measuresFoi uma sessão extremamente produtiva e esclarecedora onde a partilha de experiências dos diversos países enriqueceu a mesma. Ficou a vontade do GIFIP trabalhar de forma mais direta com a IOPTP em alguns dos seus comités.

PRESENÇADOGIFIPNACONFERÊNCIADO DIA MUNDIAL DA CONSCIENCIALIZAÇÃO PARA A DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNEComemorou-se no passado dia 7 de Setembro o dia internacional da Distrofia Muscular de Duchenne. A associação Portuguesa de Neuromusculares organizou uma conferência em Lisboa, que contou com a presença de médicos, técnicos de saúde, estudantes, fisioterapeutas e portadores da doença e suas famílias. O GIFIP esteve representado pela Ft Virgínia Marques que apresentou uma comunicação sobre Produtos de Apoio.

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O GIFIP esteve presente no XX Fórum de Apoio ao Doente Reumático da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas com o tema “Capacitar a família”, que decorreu em Lisboa no passado dia 14 de Outubro. A Fisioterapeuta Ana Rita Saramago, Presidente do GIFIP abordou os desafios da Fisioterapia, adequando ao tipo/fase de doença reumática e idade da criança/jovem, bem como do exercício na criança com doença reumática, nomeadamente os principais benefícios e condicionantes para esta população.Foi sublinhada pelos promotores do evento a importância da presença dos representantes da nossa profissão neste e em eventos similares, pela relevância da Fisioterapia e da nossa intervenção com doentes deste foro.

PRESENÇADOGIFIPNO XX FÓRUM DE APOIO AO DOENTE REUMÁTICO

PRESENÇADOGIFIP

NO X CONGRESSO NACIONAL DE FISIOTERAPEUTAS

10A12NOV2017

GIFIP esteve presente no X Congresso Nacional de Fisioterapeutas que decorreu de 10 a 12 de Novembro na cidade de Aveiro. Foram dinamizados 2 workshops, um sobre Prematuridade na UCIN (Unidade de cuidados intensivos neonatais) e no Pós Alta da UCIN, e outro sobre Terapia Manual Pediátrica Integrativa (TMPI).O GIFIP também dinamizou a Mesa 10 deste congresso com o tema “Brincar, aprender

e integrar - a qualidade na FT Pediátrica”, em que foram debatidos temas relacionados com a Fisioterapia Pediátrica.Ainda no Congresso, o GIFIP recebeu também uma menção honrosa pelos seus 25 anos de trabalho em prol da Fisioterapia em Pediatria.Queremos dar os parabéns às comissões organizadora e científica deste congresso pela excelência dos temas abordados e pela qualidade dos mesmos. Um bem-haja!

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fisioterapiaGIMúsculoEsquelética

COPENHAGA 2017FISIOTERAPEUTAS PORTUGUESES NO 10º CONGRESSO EFICEntre os dias 6 e 8 de Setembro de 2017 teve lugar em Copenhaga, Dinamarca, a 10ª edição do congresso da European Pain Federation (EFIC). Este evento acontece a cada 2 anos e pretende divulgar a inovação e a investigação na área da dor. Nas últimas edições deste evento multidisciplinar tem vindo a observar-se uma participação crescente de Fisioterapeutas e esta edição não foi exceção.

Decorreu no passado dia 30 de Setembro de 2017 na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de

Setúbal (ESS-IPS), a 3ª Conferência do Grupo de Interesse em Fisioterapia

Músculo-Esquelética (GIFME).

3ª CONFERÊNCIA GIFME

“Advanced Topics in Musculoskeletal Physiotherapy” foi o tema principal desta conferência que serviu de base à discussão dos atuais modelos de prática clínica e de temas emergentes resultantes da investigação científica de elevado interesse para a prática da fisioterapia em condições músculo-esqueléticas. A conferência foi realizada em

parceria com Mestrado em Fisioterapia em Condições Músculo-Esqueléticas da ESS-IPS e contou com a presença de diversos oradores convidados de reconhecido mérito entre eles o fisioterapeuta e investigador Toby Hall proveniente da Universidade de Curtin, Austrália. Para além das apresentações orais decorreram ainda 3 workshops específicos onde a componente prática foi dominante. Foi

com enorme satisfação que o GIFME registou a presença de mais de 100 Fisioterapeutas e estudantes de Fisioterapia nesta conferência devendo a estes, aos responsáveis do Mestrado de Fisioterapia, à ESS-IPS e aos patrocinadores que se associaram a este evento, o sucesso do mesmo.

ortugal esteve representado por 5 Fisioterapeutas que para além da sua participação nas várias sessões e workshops do congresso, apresentaram a totalidade de 7 trabalhos científicos em formato de poster. Os Fisioterapeutas Anabela Silva (ESS-U Aveiro), Diogo Pires (ESALD-IP Castelo Branco/ GIFME), Eduardo Cruz (ESS-IP Setúbal/ GIFME), Lúcia Domingues (CEDOC- UN Lisboa/ GIFME) e Susana Duarte (CMR Alcoitão/ GIFME) apresentaram assim os seus trabalhos estando em representação das suas instituições, grupos de investigação, Grupo de Interesse de Fisioterapia Músculo-Esquelética (GIFME) e de todos os Fisioterapeutas Portugueses. O GIFME incentiva os Fisioterapeutas portugueses a integrarem projetos de investigação e a sua participação, sempre que

possível, em eventos científicos internacionais que promovam a melhoria dos cuidados da Fisioterapia. Melhorar a qualidade da Fisioterapia em condições músculo-esqueléticas e os resultados para os utentes que nos procuram é querer evoluir todos os dias, integrando o conhecimento na prática clínica e assim fortalecer a Fisioterapia como grupo profissional de excelência.

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fisiosNoMundo

DANIEL SIMÃO

NA SUIÇA

“É um país com uma cultura bastante diferente e um estilo de vida excelente para quem gosta de outdoors e vida organizada e com regras.

Porquê SuiçaA oportunidade de vir para a suiça surgiu na sequência duma visita como assistente num Curso de Neurodinâmica do Shacklock, onde colegas com quem fiquei na altura me fizeram conhecer o estilo de vida e trabalho neste país.Sempre quis ter a oportunidade para viver num país da europa central, a Suiça surgiu como aquele onde me foi apresentada uma proposta de trabalho. O estilo de vida montanha/neve, possibilidade de me deslocar para todo o lado em transportes públicos que funcionam de forma muito bem articulada e eficientes, possibilidade de utilizar a bicicleta como meio de transporte assim como a proximidade a vários países vizinhos e possibilidade de viajar e conhecer outras culturas, fascinou-me e convenceu-me a adoptar este país como residência. 

Foi fácil iniciar o processo de trabalho como fisioterapeuta?Foi muito simples, mas entretanto as regras mudaram. De qualquer modo desde que haja um contrato de trabalho, o visto de residência é garantido e depois o resto é pedir o reconhecimento do diploma junto da Croix Rouge Suisse. Demora algum tempo especialmente devido aos papéis necessários em Portugal, mas em princípio um diploma obtido em Portugal terá reconhecimento

directo. O conhecimento do Francês, Alemão ou Italiano é fundamental.

Quais as diferenças que existem na fisioterapia em Portugal e na Austrália?As diferenças poderão ser enormes ou quase nenhumas, dependendo do local onde se trabalha em Portugal..O enquadramento: Toda a gente tem um seguro de saúde privado obrigatório que contempla os serviços de fisioterapia. Existe uma franquia até à qual cada utente paga (varia entre 300 e 2500 chf) e a partir do qual o utente paga apenas 10%. O pagamento é feito sempre pela seguradora sendo depois cobrado ao utente o que lhe cabe pagar.Para aceder a esses serviços apenas é necessário uma prescrição de “Fisioterapia”, que pode ser feita por qualquer médico, sendo que a maioria dos utentes que me chegam vêm de médicos de família, com quem trabalho em colaboração em alguns locais. ( Fisiatria é algo que não existe).O trabalho em gabinete:O tempo médio de tratamento por utente é cerca de 30 minutos podendo variar caso o diagnóstico assim o justifique.O Fisioterapeuta avalia, planeia e define o plano de intervenção (apesar de haver alguns médicos mais antigos que gostam que se aplique o que escrevem, não sendo contudo vinculativo)O pagamento do serviço é feito

como “Fisioterapia” e nao por técnica utilizada e é igual para todas as seguradoras.O tempo de chegada dos utentes à fisioterapia após haver a necessidade pode ser entre algumas horas até algumas semanas, sendo que tenho a oportunidade de trabalhar em serviço tipo “urgências”.O tempo de trabalho é de 42,5 horas semanais podendo-se, caso a entidade patronal aceite, trabalhar a uma percentagem desse total. Trabalhar à percentagem é prática comum.

Que conselhos deixas para os colegas fisioterapeutas que querem trabalhar na Suiça? Aconselhas ir?O que aconselharia a qualquer pessoa que quer ir para outro país – conhecer de antemão o local e se possível a cultura e estilo de vida. É um país com uma cultura bastante diferente e um estilo de vida excelente para quem gosta de outdoors e vida organizada e com regras. Há uma exigência superior no planeamento da vida privada e em tarefas tão simples como a reciclagem dos lixos ou o parqueamento da viatura apenas em locais próprios; o comércio está fechado sábado a tarde e domingo o dia todo; ficam alguns exemplos.No global considero a mudança bastante positiva. Aconselho a vir a quem se identifique com o estilo de vida. Convido a quem passar a vir tomar um café ou descer uma pistazinha de ski.

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