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Um Curso Em Milagres – Texto Página 1 de 276 UM CURSO EM MILAGRES UM CURSO EM MILAGRES INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................................... 6 Capítulo 1 - O SIGNIFICADO DOS MILAGRES.................................................................................................................... 7 I. Princípios dos milagres...................................................................................................................................................... 7 II. Revelação, tempo e milagres............................................................................................................................................ 8 III. Expiação e milagres........................................................................................................................................................ 9 IV. Como escapar da escuridão........................................................................................................................................... 10 V. Integridade e espírito...................................................................................................................................................... 10 VI. A ilusão das necessidades............................................................................................................................................. 11 VII. Distorções dos impulsos para o milagre...................................................................................................................... 12 Capítulo 2 - A SEPARAÇÃO E A EXPIAÇÃO...................................................................................................................... 13 I. As origens da separação................................................................................................................................................... 13 II. A Expiação como defesa................................................................................................................................................ 13 III. O altar de Deus.............................................................................................................................................................. 14 IV. A cura como liberação do medo.................................................................................................................................... 15 V. A função do trabalhador de milagres.............................................................................................................................. 16 VI. Medo e conflito............................................................................................................................................................. 17 VII. Causa e efeito.............................................................................................................................................................. 18 VIII. O significado do Juízo Final....................................................................................................................................... 19 Capítulo 3 – A PERCEPÇÃO INOCENTE............................................................................................................................. 21 I. Expiação sem sacrifício................................................................................................................................................... 21 II. Milagres como percepção verdadeira............................................................................................................................. 22 III. Percepção versus conhecimento.................................................................................................................................... 22 IV. O erro e o ego............................................................................................................................................................... 23 V. Além da percepção......................................................................................................................................................... 24 VI. O julgamento e o problema da autoridade..................................................................................................................... 25 VII. Criar versus auto-imagem............................................................................................................................................ 26 Capítulo 4 - AS ILUSÕES DO EGO....................................................................................................................................... 28 Introdução........................................................................................................................................................................... 28 I. Ensinamento certo e aprendizado certo............................................................................................................................ 28 II. O ego e a falsa autonomia.............................................................................................................................................. 29 III. Amor sem conflito........................................................................................................................................................ 31 IV. Isso não precisa ser assim............................................................................................................................................. 32 V. A ilusão do ego-corpo.................................................................................................................................................... 33 VI. As recompensas de Deus.............................................................................................................................................. 34 VII. Criação e comunicação................................................................................................................................................ 34 Capítulo 5 - CURA E INTEGRIDADE................................................................................................................................... 36 Introdução........................................................................................................................................................................... 36 I. O convite ao Espírito Santo............................................................................................................................................. 36 II. A Voz por Deus.............................................................................................................................................................. 37 III. O Guia para a salvação.................................................................................................................................................. 38 IV Ensinando e curando...................................................................................................................................................... 39 V. O uso da culpa pelo ego................................................................................................................................................. 40 VI. Tempo e eternidade....................................................................................................................................................... 41 VII. A decisão a favor de Deus........................................................................................................................................... 42 Capítulo 6 - AS LIÇÕES DE AMOR....................................................................................................................................... 44 Introdução........................................................................................................................................................................... 44 I. A mensagem da crucificação........................................................................................................................................... 44 II. A alternativa para a projeção.......................................................................................................................................... 46 III. Como abandonar o ataque............................................................................................................................................. 47 IV A única resposta............................................................................................................................................................. 47 V As lições do Espírito Santo............................................................................................................................................. 48 Capítulo 7- AS DÁDIVAS DO REINO................................................................................................................................... 53 I. O último passo................................................................................................................................................................. 53 II. A lei do Reino................................................................................................................................................................ 53 III. A realidade do Reino..................................................................................................................................................... 54 IV. A cura como reconhecimento da verdade..................................................................................................................... 55 V. A cura e a imutabilidade da mente................................................................................................................................. 55

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    UM CURSO EM MILAGRESUM CURSO EM MILAGRESINTRODUO.........................................................................................................................................................................6Captulo 1 - O SIGNIFICADO DOS MILAGRES....................................................................................................................7

    I. Princpios dos milagres......................................................................................................................................................7II. Revelao, tempo e milagres............................................................................................................................................8III. Expiao e milagres........................................................................................................................................................9IV. Como escapar da escurido...........................................................................................................................................10V. Integridade e esprito......................................................................................................................................................10VI. A iluso das necessidades.............................................................................................................................................11VII. Distores dos impulsos para o milagre......................................................................................................................12

    Captulo 2 - A SEPARAO E A EXPIAO......................................................................................................................13I. As origens da separao...................................................................................................................................................13II. A Expiao como defesa................................................................................................................................................13III. O altar de Deus..............................................................................................................................................................14IV. A cura como liberao do medo....................................................................................................................................15V. A funo do trabalhador de milagres..............................................................................................................................16VI. Medo e conflito.............................................................................................................................................................17VII. Causa e efeito..............................................................................................................................................................18VIII. O significado do Juzo Final.......................................................................................................................................19

    Captulo 3 A PERCEPO INOCENTE.............................................................................................................................21I. Expiao sem sacrifcio...................................................................................................................................................21II. Milagres como percepo verdadeira.............................................................................................................................22III. Percepo versus conhecimento....................................................................................................................................22IV. O erro e o ego...............................................................................................................................................................23V. Alm da percepo.........................................................................................................................................................24VI. O julgamento e o problema da autoridade.....................................................................................................................25VII. Criar versus auto-imagem............................................................................................................................................26

    Captulo 4 - AS ILUSES DO EGO.......................................................................................................................................28Introduo...........................................................................................................................................................................28I. Ensinamento certo e aprendizado certo............................................................................................................................28II. O ego e a falsa autonomia..............................................................................................................................................29III. Amor sem conflito........................................................................................................................................................31IV. Isso no precisa ser assim.............................................................................................................................................32V. A iluso do ego-corpo....................................................................................................................................................33VI. As recompensas de Deus..............................................................................................................................................34VII. Criao e comunicao................................................................................................................................................34

    Captulo 5 - CURA E INTEGRIDADE...................................................................................................................................36Introduo...........................................................................................................................................................................36I. O convite ao Esprito Santo.............................................................................................................................................36II. A Voz por Deus..............................................................................................................................................................37III. O Guia para a salvao..................................................................................................................................................38IV Ensinando e curando......................................................................................................................................................39V. O uso da culpa pelo ego.................................................................................................................................................40VI. Tempo e eternidade.......................................................................................................................................................41VII. A deciso a favor de Deus...........................................................................................................................................42

    Captulo 6 - AS LIES DE AMOR.......................................................................................................................................44Introduo...........................................................................................................................................................................44I. A mensagem da crucificao...........................................................................................................................................44II. A alternativa para a projeo..........................................................................................................................................46III. Como abandonar o ataque.............................................................................................................................................47IV A nica resposta.............................................................................................................................................................47V As lies do Esprito Santo.............................................................................................................................................48

    Captulo 7- AS DDIVAS DO REINO...................................................................................................................................53I. O ltimo passo.................................................................................................................................................................53II. A lei do Reino................................................................................................................................................................53III. A realidade do Reino.....................................................................................................................................................54IV. A cura como reconhecimento da verdade.....................................................................................................................55V. A cura e a imutabilidade da mente.................................................................................................................................55

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    VI. Da vigilncia paz........................................................................................................................................................57VII. A totalidade do Reino..................................................................................................................................................58VIII. A crena inacreditvel................................................................................................................................................59IX. A extenso do Reino.....................................................................................................................................................60X. A confuso entre dor e alegria........................................................................................................................................61XI. O estado de graa..........................................................................................................................................................62

    Captulo 8 - A JORNADA DE VOLTA...................................................................................................................................63I. A direo do currculo.....................................................................................................................................................63II. A diferena entre aprisionamento e liberdade.................................................................................................................63III. O encontro santo...........................................................................................................................................................64IV. A ddiva da liberdade...................................................................................................................................................65V. A vontade sem diviso da Filiao.................................................................................................................................66VI. O tesouro de Deus.........................................................................................................................................................66VII. O corpo como um meio de comunicao.....................................................................................................................67VIII. O corpo como meio ou fim.........................................................................................................................................69IX. A cura como percepo corrigida.................................................................................................................................70

    Captulo 9 - A ACEITAO DA EXPIAO.......................................................................................................................72I. A aceitao da realidade..................................................................................................................................................72II. A resposta orao........................................................................................................................................................73III. A correo do erro........................................................................................................................................................74IV. O plano de perdo do Esprito Santo.............................................................................................................................75V. O curador no-curado.....................................................................................................................................................76VI. A aceitao do teu irmo...............................................................................................................................................77VII. As duas avaliaes.......................................................................................................................................................77VIII. Grandeza versus grandiosidade..................................................................................................................................78

    Captulo 10 - OS DOLOS DA DOENA...............................................................................................................................80Introduo...........................................................................................................................................................................80I. Estar em casa em Deus....................................................................................................................................................80II. A deciso de esquecer....................................................................................................................................................80III. O deus da doena..........................................................................................................................................................81IV. O fim da doena............................................................................................................................................................82V. A negao de Deus.........................................................................................................................................................83

    Captulo 11 - DEUS OU O EGO..............................................................................................................................................85Introduo...........................................................................................................................................................................85I. As ddivas da Paternidade...............................................................................................................................................85II. O convite cura..............................................................................................................................................................86III. Da escurido a luz.........................................................................................................................................................87IV. A herana do Filho de Deus..........................................................................................................................................88V. A dinmica do ego......................................................................................................................................................88VI. Despertando para a redeno........................................................................................................................................90VII. A condio da realidade..............................................................................................................................................91VIII. O problema e a resposta.............................................................................................................................................92

    Captulo 12 - O CURRCULO DO ESPRITO SANTO..........................................................................................................941. O julgamento do Esprito Santo......................................................................................................................................94II. O caminho para lembrar-se de Deus...............................................................................................................................95III. O investimento na realidade..........................................................................................................................................96IV. Buscar e achar...............................................................................................................................................................97V. O currculo so...............................................................................................................................................................97VI. A viso de Cristo..........................................................................................................................................................98VII. Olhar para dentro.........................................................................................................................................................99VIII. A atrao do amor pelo amor...................................................................................................................................101

    Captulo 13 - O MUNDO SEM CULPA................................................................................................................................102Introduo.........................................................................................................................................................................102I. A inculpabilidade e a invulnerabilidade.........................................................................................................................102II. O Filho de Deus sem culpa...........................................................................................................................................103III. O medo da redeno....................................................................................................................................................104IV. A funo do tempo......................................................................................................................................................105V. As duas emoes..........................................................................................................................................................106VI. Encontrar o presente...................................................................................................................................................107VII. Alcanar o mundo real...............................................................................................................................................108VIII. Da percepo ao conhecimento................................................................................................................................110

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    IX. A nuvem da culpa.......................................................................................................................................................111X. A liberao da culpa.....................................................................................................................................................112XI. A paz do Cu..............................................................................................................................................................113

    Captulo 14 - ENSINANDO A FAVOR DA VERDADE......................................................................................................115Introduo.........................................................................................................................................................................115I. As condies do aprendizado.........................................................................................................................................115II. O aprendiz feliz............................................................................................................................................................115III. A deciso a favor da inculpabilidade...........................................................................................................................116IV. A tua funo na Expiao...........................................................................................................................................118V. O crculo da Expiao..................................................................................................................................................119VI. A luz da comunicao.................................................................................................................................................120VII. Compartilhando a percepo com o Esprito Santo...................................................................................................121VIII. O local santo do encontro.........................................................................................................................................122IX. O reflexo da santidade................................................................................................................................................123X. A igualdade dos milagres.............................................................................................................................................123XI. O teste da verdade.......................................................................................................................................................125

    Captulo 15 - O INSTANTE SANTO....................................................................................................................................127I. Os dois usos do tempo...................................................................................................................................................127II. O fim da dvida............................................................................................................................................................128III. Pequenez versus magnitude........................................................................................................................................129IV. A prtica do instante santo..........................................................................................................................................130V. O instante santo e os relacionamentos especiais...........................................................................................................131VI. O instante santo e as leis de Deus...............................................................................................................................132VII. O sacrifcio desnecessrio..........................................................................................................................................133VIII. O nico relacionamento real.....................................................................................................................................134IX. O instante santo e a atrao de Deus...........................................................................................................................135X. O tempo do renascimento.............................................................................................................................................136XI. O Natal como o fim do sacrifcio................................................................................................................................137

    Captulo 16 - O PERDO DAS ILUSES............................................................................................................................139I. A verdadeira empatia.....................................................................................................................................................139II. O poder da santidade....................................................................................................................................................139III. A recompensa do ensino.............................................................................................................................................140IV. A iluso e a realidade do amor....................................................................................................................................141V. A escolha a favor da completude..................................................................................................................................143VI. A ponte para o mundo real..........................................................................................................................................144VII. O fim das iluses.......................................................................................................................................................145

    Capitulo 17 - O PERDO E O RELACIONAMENTO SANTO...........................................................................................147I. Trazendo as fantasias verdade.....................................................................................................................................147II. O mundo perdoado.......................................................................................................................................................147III. Sombras do passado....................................................................................................................................................148IV. Os dois retratos...........................................................................................................................................................149V. O relacionamento curado.............................................................................................................................................151VI. Estabelecer a meta......................................................................................................................................................152VII. O chamado para a f..................................................................................................................................................153VIII. As condies da paz.................................................................................................................................................154

    Captulo 18 - A PASSAGEM DO SONHO...........................................................................................................................156I. A realidade substituta....................................................................................................................................................156II. A base do sonho...........................................................................................................................................................157III. Luz no sonho...............................................................................................................................................................158IV. Um pouco de boa vontade...........................................................................................................................................159V. O sonho feliz................................................................................................................................................................160VI. Alm do corpo............................................................................................................................................................160VII. Eu no preciso fazer nada..........................................................................................................................................162VIII. O pequeno jardim.....................................................................................................................................................163IX. Os dois mundos...........................................................................................................................................................164

    Captulo 19 - ALCANAR A PAZ........................................................................................................................................166I. Cura e f........................................................................................................................................................................166II. Pecado versus erro........................................................................................................................................................167III. A irrealidade do pecado..............................................................................................................................................168IV. Os obstculos paz.....................................................................................................................................................169

    Captulo 20 - A VISO DA SANTIDADE...........................................................................................................................177

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    I. A semana santa..............................................................................................................................................................177II. A ddiva de lrios.........................................................................................................................................................177III. O pecado como um ajustamento.................................................................................................................................178IV. Entrar na arca..............................................................................................................................................................179V. Arautos da eternidade...................................................................................................................................................180VI. O templo do Esprito Santo.........................................................................................................................................181VII. A consistncia entre meios e fim...............................................................................................................................182VIII. A viso da impecabilidade.......................................................................................................................................183

    Captulo 21 - RAZO E PERCEPO.................................................................................................................................185Introduo.........................................................................................................................................................................185I. A cano esquecida........................................................................................................................................................185II. A responsabilidade pelo que se v................................................................................................................................186III. F, crena e viso........................................................................................................................................................187IV. O medo de olhar para dentro.......................................................................................................................................188V. A funo da razo.........................................................................................................................................................189VI. Razo versus loucura..................................................................................................................................................190VII. A ltima questo sem resposta...................................................................................................................................191VIII. A mudana interior...................................................................................................................................................193

    Captulo 22 - A SALVAO E O RELACIONAMENTO SANTO.....................................................................................194Introduo.........................................................................................................................................................................194I. A mensagem do relacionamento santo...........................................................................................................................194II. A impecabilidade do teu irmo.....................................................................................................................................195III. A razo e as formas do erro.........................................................................................................................................197IV. A bifurcao da estrada...............................................................................................................................................198V. Fraqueza e defensividade.............................................................................................................................................198VI. A luz do relacionamento santo....................................................................................................................................199

    Captulo 23 - A GUERRA CONTRA TI MESMO................................................................................................................201Introduo.........................................................................................................................................................................201I. As crenas irreconciliveis............................................................................................................................................201II. As leis do caos..............................................................................................................................................................202III. Salvao sem transigncia...........................................................................................................................................205IV. Acima do campo de batalha........................................................................................................................................205

    Captulo 24 - A META DO EU ESPECIAL..........................................................................................................................207Introduo.........................................................................................................................................................................207I. O Eu Especial como um substituto para o amor.............................................................................................................207II. A traio do Eu Especial..............................................................................................................................................208III. O perdo do Eu Especial.............................................................................................................................................209IV. Eu Especial versus impecabilidade.............................................................................................................................210V. O Cristo em ti...............................................................................................................................................................211VI. Como salvar-se do medo.............................................................................................................................................211VII. O local do encontro...................................................................................................................................................213

    Captulo 25 - A JUSTIA DE DEUS....................................................................................................................................215Introduo.........................................................................................................................................................................215I. O elo com a verdade......................................................................................................................................................215II. Aquele que te salva das trevas......................................................................................................................................216III. Percepo e escolha....................................................................................................................................................217IV. A luz que trazes contigo..............................................................................................................................................218V. O estado de impecabilidade..........................................................................................................................................218VI. A funo especial........................................................................................................................................................219VII. A rocha da salvao...................................................................................................................................................220VIII. A justia devolvida ao amor.....................................................................................................................................221IX. A justia do Cu..........................................................................................................................................................223

    Captulo 26 - A TRANSIO...............................................................................................................................................225I. O sacrifcio da unicidade............................................................................................................................................225II. Muitas formas, uma correo.......................................................................................................................................225III. A zona da fronteira......................................................................................................................................................226IV. O espao que o pecado deixou....................................................................................................................................227V. O pequeno obstculo....................................................................................................................................................228VI. O Amigo indicado.......................................................................................................................................................229VII. As leis da cura...........................................................................................................................................................229VIII. A iminncia da salvao...........................................................................................................................................231

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    IX. Pois Eles vieram.........................................................................................................................................................232X. O fim da injustia.........................................................................................................................................................233

    Captulo 27 - A CURA DO SONHO.....................................................................................................................................235I. O retrato da crucificao................................................................................................................................................235II. O medo da cura............................................................................................................................................................236III. Alm de todos os smbolos..........................................................................................................................................238IV. A resposta silenciosa...................................................................................................................................................238V. O exemplo da cura.......................................................................................................................................................239VI. As testemunhas do pecado..........................................................................................................................................240VII. O sonhador do sonho.................................................................................................................................................241VIII. O heri do sonho...................................................................................................................................................243

    Captulo 28 - DESFAZER O MEDO.....................................................................................................................................245I. A memria presente.......................................................................................................................................................245II. Revertendo efeito e causa.............................................................................................................................................246III. O acordo de unio.......................................................................................................................................................247I V. A unio maior............................................................................................................................................................248V. A alternativa para os sonhos de medo..........................................................................................................................249VI. Os votos secretos........................................................................................................................................................250VII. A arca da segurana...................................................................................................................................................251

    Captulo 29 - O DESPERTAR...............................................................................................................................................252I. Fechar a brecha..............................................................................................................................................................252II. A vinda do Hspede.....................................................................................................................................................253III. As testemunhas de Deus..............................................................................................................................................254IV. Os papis nos sonhos..................................................................................................................................................254V. A morada imutvel.......................................................................................................................................................255VI. O perdo e o fim do tempo..........................................................................................................................................255VII. No busques fora de ti mesmo...................................................................................................................................256VIII. O anticristo...............................................................................................................................................................257IX. O sonho que perdoa....................................................................................................................................................258

    Captulo 30 - O NOVO COMEO........................................................................................................................................260Introduo.........................................................................................................................................................................260I. Regras para decises......................................................................................................................................................260II. O livre arbtrio..............................................................................................................................................................261III. Alm de todos os dolos..............................................................................................................................................262IV. A verdade atrs das iluses.........................................................................................................................................263V. O nico propsito.........................................................................................................................................................264VI. A justificativa do perdo.............................................................................................................................................265VII. A nova interpretao..................................................................................................................................................266VIII. A realidade imutvel................................................................................................................................................267

    Captulo 31 - A VISO FINAL.............................................................................................................................................268I. A simplicidade da salvao............................................................................................................................................268II. Caminhando com Cristo...............................................................................................................................................269III. Aqueles que acusam a si mesmos................................................................................................................................270V. O conceito do Eu versus o Eu......................................................................................................................................271VI. O reconhecimento do Esprito.....................................................................................................................................273VII. A viso do salvador...................................................................................................................................................274VIII. Escolhe outra vez.....................................................................................................................................................275

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    INTRODUOINTRODUO

    1. Esse um curso em milagres. um curso obrigatrio. S voluntrio o momento em que decides faze-lo. Livre arbtrio no significa que podes estabelecer o currculo. Significa apenas que podes escolher o que queres aprender em determinado momento. O curso no tem por objetivo ensinar o significado do amor, pois isso est alm do que pode ser ensinado. Ele ob -jetiva, contudo, remover os bloqueios conscincia da presena do amor, que a tua herana natural. O oposto do amor o medo, mas o que tudo abrange no pode ter opostos.

    2. Esse curso, portanto, pode ser resumido muito simplesmente dessa forma:Nada real pode ser ameaado.Nada irreal existe.Nisso est a paz de Deus.

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    CAPTULO 1 - O SIGNIFICADO DOS MILAGRESCAPTULO 1 - O SIGNIFICADO DOS MILAGRES

    I. Princpios dos milagres1. No h ordem de dificuldades em milagres. Um no mais difcil nem maior do que o outro. Todos so o mesmo. To -das as expresses de amor so mximas.

    2. Milagres em si no importam. A nica coisa que importa a sua Fonte, Que est muito alm de qualquer avaliao.3. Milagres ocorrem naturalmente como expresses de amor. O amor que os inspira o milagre real. Nesse sentido, tudo o que vem do amor, um milagre.

    4. Todos os milagres significam vida, e Deus o Doador da vida. A Sua Voz vai dirigir-te de forma muito especfica. Tudo o que precisas saber te ser dito.

    5. Milagres so hbitos e devem ser involuntrios. No devem estar sob controle consciente. Milagres conscientemente sele-cionados podem ser guiados de forma equivocada.

    6. Milagres so naturais. Quando no ocorrem, algo errado aconteceu.7. Milagres so um direito de todos; antes, porm, a purificao necessria.8. Milagres so curativos porque suprem uma falta; so apresentados por aqueles que temporariamente tem mais para aqueles que temporariamente tem menos.

    9. Milagres so uma espcie de troca. Como todas as expresses de amor, que so sempre miraculosas no sentido verdadeiro, a troca reverte s leis fsicas. Trazem mais amor tanto para o doador quanto para aquele que recebe.

    10. O uso dos milagres como espetculos para induzir a crena uma compreenso equivocada do seu propsito.11. A orao o veculo dos milagres. um meio de comunicao do que foi criado com o Criador. Atravs da orao o amor recebido e atravs dos milagres o amor expressado.

    12. Milagres so pensamentos. Pensamentos podem representar o nvel mais baixo ou corporal da experincia, ou o nvel mais alto ou espiritual da experincia. Um faz o fsico e o outro cria o espiritual.

    13. Milagres so tanto princpios como fins, e assim alteram a ordem temporal. So sempre afirmaes de renascimento, que parecem retroceder mas realmente avanam. Eles desfazem o passado no presente e assim liberam o futuro.

    14. Milagres do testemunho da verdade. So convincentes porque surgem da convico. Sem convico deterioram-se em mgica, que no faz uso da mente e , portanto, destrutiva; ou melhor, o uso no criativo da mente.

    15. Cada dia deve ser devotado aos milagres. O propsito do tempo fazer com que sejas capaz de aprender como us-lo construtivamente. , portanto, um instrumento de ensino e um meio para um fim. O tempo cessar quando no for mais til para facilitar o aprendizado.

    16. Milagres so instrumentos de ensino para demonstrar que dar to bem-aventurado quanto receber. Eles simultaneamen-te aumentam a fora do doador e suprem a fora de quem recebe.

    17. Milagres transcendem o corpo. So passagens sbitas para a invisibilidade, distante do nvel corporal. por isso que cu-ram.

    18. Um milagre um servio. o servio mximo que podes prestar a um outro. E uma forma de amar o teu prximo como a ti mesmo. Reconheces o teu prprio valor e o do teu prximo simultaneamente.

    19. Milagres fazem com que as mentes sejam uma s em Deus. Eles dependem de cooperao porque a Filiao a soma de tudo o que Deus criou. Milagres, portanto, refletem as leis da eternidade, no do tempo.

    20. Milagres despertam novamente a conscincia de que o esprito, no o corpo, o altar da verdade. esse o reconhecimen -to que conduz ao poder curativo do milagre.

    21. Milagres so sinais naturais de perdo. Atravs dos milagres aceitas o perdo de Deus por estend-lo a outros.22. Milagres s so associados com o medo devido crena em que a escurido possa ocultar. Tu acreditas que aquilo que os teus olhos fsicos no podem ver no existe. Isso conduz a uma negao da viso espiritual.

    23. Milagres rearranjam a percepo e colocam todos os nveis em perspectiva verdadeira. Isso cura porque a doena vem da confuso de nveis.

    24. Milagres fazem com que sejas capaz de curar os doentes e ressuscitar os mortos porque tu mesmo fizeste a doena e a morte, podes, portanto, abolir ambos. Tu s um milagre, capaz de criar como o teu Criador. Tudo o mais o teu prprio pe-sadelo e no existe. Somente as criaes da luz so reais.

    25. Milagres so parte de uma cadeia interligada de perdo que, quando completa, a Expiao. A Expiao funciona duran-te todo o tempo e em todas as dimenses do tempo.

    26. Milagres representam a libertao do medo. Expiar significa desfazer. Desfazer o medo e uma parte essencial do va-lor dos milagres na Expiao.

    27. Um milagre uma beno universal de Deus atravs de mim para todos os meus irmos. O privilgio dos perdoados perdoar.

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    28. Milagres so um caminho para ganhar a liberao do medo. A revelao induz a um estado no qual o medo j foi abolido. Milagres so assim um meio e a revelao um fim.

    29. Milagres louvam a Deus atravs de ti. Eles O louvam, honrando Suas criaes, afirmando que so perfeitas. Curam por -que negam a identificao com o corpo e afirmam a identificao com o esprito.

    30. Por reconhecerem o esprito, os milagres ajustam os nveis da percepo e os mostram em alinhamento adequado. Isso coloca o esprito no centro, onde ele pode comunicar-se diretamente.

    31. Milagres devem inspirar gratido, no reverncia. Deves agradecer a Deus pelo que realmente s. As crianas de Deus so santas e os milagres honram a sua santidade, que pode estar oculta mas nunca perdida.

    32. Eu inspiro todos os milagres, que so realmente intercesses. Eles intercedem pela tua santidade e fazem com que as tuas percepes sejam santas. Colocando-te alm das leis fsicas, eles te erguem esfera da ordem celestial. Nesta ordem, tu s perfeito.

    33. Milagres te honram porque s amvel. Eles dissipam iluses a respeito de ti mesmo e percebem a luz em ti. Assim expi -am os teus erros libertando-te dos teus pesadelos. Por liberar a tua mente da priso das tuas iluses, restauram a tua sanida -de.

    34. Milagres restauram a mente sua plenitude. Por expiar o senso de carncia, estabelecem proteo perfeita. A forca do es -prito no deixa lugar para intruses.

    35. Milagres so expresses de amor, mas podem no ter sempre efeitos observveis.36. Milagres so exemplos do pensamento certo, alinhando as tuas percepes com a verdade tal como Deus a criou.37. Um milagre e uma correo introduzida por mim num pensamento falso. Age como catalisador, quebrando a percepo errnea e reorganizando-a adequadamente. Isso te coloca sob o princpio da Expiao onde a percepo curada. At que isso tenha ocorrido, o conhecimento da Ordem Divina impossvel.

    38. O Esprito Santo o mecanismo dos milagres. Ele reconhece tanto as criaes de Deus quanto as tuas iluses. Ele separa o verdadeiro do falso atravs da Sua capacidade de perceber de forma total e no seletiva.

    39.O milagre dissolve o erro porque o Esprito Santo o identifica como falso ou irreal. Isso o mesmo que dizer que por per -ceber a luz, a escurido automaticamente desaparece.

    40. O milagre reconhece todas as pessoas como teu irmo e meu tambm. um caminho para se perceber a marca universal de Deus.

    41. A integridade o contedo perceptivo dos milagres. Assim, corrigem ou expiam a percepo defeituosa da falta.42. Uma das maiores contribuies dos milagres a sua forca para liberar-te do teu falso senso de isolamento, privao e fal-ta.

    43. Milagres surgem de um estado milagroso da mente, ou um estado de prontido para o milagre.44. O milagre e uma expresso da conscincia interior de Cristo e da aceitao da Sua Expiao.45. Um milagre nunca se perde. Pode tocar muitas pessoas que nem mesmo encontraste e produzir mudanas nunca sonhadas em situaes das quais nem mesmo ests ciente.

    46. O Esprito Santo o mais elevado veculo de comunicao. Milagres no envolvem esse tipo de comunicao, porque so instrumentos temporrios de comunicao. Quando retornas a tua forma original de comunicao com Deus, por revela -o direta, a necessidade de milagres acaba.

    47. O milagre um instrumento de aprendizado que faz com que a necessidade de tempo diminua. Ele estabelece um interva -lo temporal fora do padro, que no est sujeito s leis usuais do tempo. Nesse sentido ele intemporal.

    48. O milagre o nico instrumento a tua disposio imediata para controlar o tempo. S a revelao o transcende, no tendo absolutamente nada a ver com o tempo.

    49. O milagre no faz distines entre graus de percepo equivocada. um instrumento para a correo da percepo que eficiente, sem levar em considerao o grau ou a direo do erro. isso o que faz com que ele seja verdadeiramente indiscri-minado.

    50. O milagre compara o que tu fazes com a criao, aceitando como verdadeiro o que est de acordo com ela e rejeitando como falso o que est em desacordo.

    II. Revelao, tempo e milagres1. A revelao induz a suspenso completa, porm temporria, da dvida e do medo. Reflete a forma original de comunica-o entre Deus e as Suas criaes, envolvendo o sentido extremamente pessoal da criao s vezes buscado em relaciona-mentos fsicos. A intimidade fsica no capaz de consegui-la. Milagres, todavia, so genuinamente interpessoais e resultam em verdadeira intimidade com os outros. A revelao te une diretamente a Deus. Milagres te unem diretamente ao teu irmo. Nenhum dos dois emana da conscincia, mas ambos so l experimentados. A conscincia o estado que induz ao, em-bora no a inspire. Tu s livre para acreditar no que escolheres, e o que fazes atesta o que acreditas.

    2. A revelao e intensamente pessoal e no pode ser traduzida de forma significativa. E por isso que qualquer tentativa de descrev-la com palavras impossvel. A revelao s induz a experincia. Milagres, por outro lado, induzem ao. Eles so mais teis agora devido a sua natureza interpessoal. Nessa fase do aprendizado importante trabalhar com milagres por -

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    que a libertao do medo no pode ser imposta a ti. A revelao literalmente indizvel porque uma experincia de amor indizvel.

    3. A reverncia deve ser reservada para a revelao, a qual pode ser aplicada correta e perfeitamente. Ela no apropriada para milagres porque o estado de reverncia pleno de adorao, implicando que algum de ordem menor se encontra diante do seu Criador. Tu es uma criao perfeita e deves experimentar reverncia somente na presena do Criador da perfeio. O milagre , portanto, um sinal de amor entre iguais. Iguais no devem se reverenciar um ao outro, pois a reverncia implica desigualdade. , portanto, uma reao inadequada a mim. Um irmo mais velho tem direito ao respeito por sua maior expe-rincia e a obedincia por sua maior sabedoria. Ele tambm tem direito ao amor, porque um irmo e a devoo, se devo -tado. E somente a minha devoo que me d direito a tua. No h nada em mim que tu no possas atingir. Eu nada tenho que no venha de Deus. A diferena entre ns agora e que eu no tenho nada mais. Isso me deixa em um estado que em ti e ape-nas potencial.

    4. Ningum vem ao Pai seno por mim no significa que eu seja de qualquer modo separado ou diferente de ti exceto no tempo, e o tempo realmente no existe. A declarao mais significativa em termos de um eixo vertical do que horizontal. Tu ests abaixo de mim e eu estou abaixo de Deus. No processo de subida, eu estou mais acima, porque sem mim a dis -tncia entre Deus e o homem seria grande demais para abrangeres. Eu fao a ponte sobre essa distncia como teu irmo mais velho de um lado e como um Filho de Deus do outro. Minha devoo aos meus irmos me ps a cargo da Filiao, que eu torno completa porque compartilho. isso pode parecer contradizer a declarao Eu e meu Pai somos um, mas h dois lados nesta declarao em reconhecimento de que o Pai maior.

    5. As revelaes so indiretamente inspiradas por mim porque estou perto do Esprito Santo e alerta prontido-para-revela -o dos meus irmos. Assim eu posso trazer para eles mais do que eles podem atrair para si mesmos. O Esprito Santo me-deia a comunicao superior para a inferior, mantendo o canal direto de Deus para ti aberto para a revelao. A revelao no recproca. Procede de Deus para ti mas no de ti para Deus.

    6. O milagre minimiza a necessidade de tempo. No plano longitudinal ou horizontal, o reconhecimento da igualdade dos membros da Filiao parece envolver um tempo quase sem fim. Contudo, o milagre acarreta uma passagem repentina da percepo horizontal para a vertical. Isto introduz um intervalo do qual ambos, tanto o doador como quem recebe, emergem mais adiante no tempo do que teriam estado de outra forma. O milagre tem ento a propriedade nica de abolir o tempo, na medida em que torna desnecessrio o intervalo de tempo que atravessa. No h relao entre o tempo que leva um milagre e o tempo que ele cobre. O milagre substitui um aprendizado que poderia ter levado milhares de anos. Faz isso atravs do re -conhecimento subjacente da perfeita igualdade entre quem d e quem recebe na qual o milagre se baseia. O milagre encurta o tempo, colapsando-o, assim eliminando certos intervalos dentro dele. Faz isso, porm, dentro de uma seqncia temporal mais ampla.

    III. Expiao e milagres1. Eu estou a cargo do processo da Expiao que empreendi comear. Quando ofereces um milagre a qualquer um dos meus irmos, tu o fazes para ti mesmo e para mim. A razo pela qual vens antes de mim e que eu no necessito de milagres para a minha prpria Expiao, mas estou no final no caso de falhares temporariamente. A minha parte na Expiao cancelar to -dos os erros que, de outra forma, no poderias corrigir. Quando tiveres sido restaurado ao reconhecimento do teu estado ori -ginal, tu mesmo naturalmente passas a ser parte da Expiao. Na medida em que compartilhas da minha recusa em aceitar o erro em ti e nos outros, no podes deixar de unir-te grande cruzada para corrigi-lo; escuta a minha voz, aprende a desfazer o erro e age para corrigi-lo. O poder de trabalhar em milagres te pertence. Eu proverei as oportunidades de faz-los, mas tens que estar pronto e disposto. Faz-los vai trazer a convico dessa capacidade, pois a convico vem atravs da realizao. A capacidade o potencial, a realizao sua expresso e a Expiao, que a profisso natural das crianas de Deus, e o pro-psito.

    2. Passar o cu e a terra significa que no continuaro a existir como estados separados. Minha palavra, que a ressurrei-o e a vida, no passar porque a vida eterna. Tu s o trabalho de Deus e o Seu trabalho e totalmente amvel e totalmente amoroso. E assim que um homem tem que pensar a respeito de si mesmo no seu corao, pois isso o que ele .

    3. Os perdoados so o meio da Expiao. Sendo plenos de esprito, eles perdoam em retribuio. Aqueles que so liberados tem que se unir na liberao dos seus irmos, pois esse e o plano da Expiao. Milagres so o caminho atravs do qual as mentes que servem ao Esprito Santo se unem a mim para a salvao ou liberao de todas as criaes de Deus.

    4. Eu sou o nico que pode apresentar milagres de modo indiscriminado porque eu sou a Expiao. Tu tens um papel na Ex -piao que eu ditar-te-ei. Pergunta a mim quais os milagres que deves apresentar. Isso te poupa esforo desnecessrio, por-que estars agindo sob comunicao direta. A natureza impessoal do milagre um ingrediente essencial, porque me capacita a dirigir a sua aplicao, e sob a minha orientao, os milagres conduzem a experincia altamente pessoal da revelao. Um guia no controla, mas de fato dirige, deixando a ti a deciso de segui-lo. No nos deixeis cair em tentao significa Re-conhece os teus erros e escolhe abandon-los, seguindo a minha orientao.

    5. O erro no pode ameaar realmente a verdade, que sempre pode resistir a ele. De fato, s o erro vulnervel. s livre para estabelecer o teu reino onde achares adequado, mas a escolha certa inevitvel se te lembrares disso:

    O esprito est em estado de graa para sempre.A tua realidade s o esprito.Portanto tu ests em estado de graa para sempre.

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    A Expiao desfaz todos os erros nesse sentido e assim extirpa a fonte do medo. Todas s vezes que vivencias as garantias de Deus como ameaa porque ests defendendo uma lealdade mal colocada ou mal dirigida. Quando projetas isso para outros, tu os aprisionas, mas s na medida em que reforas erros que j tenham feito. Isso faz com que sejam vulnerveis s distor -es de outros, j que a sua prpria percepo de si mesmos distorcida. O trabalhador de milagres s pode abeno-los, e isso desfaz as suas distores e os liberta da priso.

    6. Tu respondes ao que percebes, e como percebes assim te comportars. A Regra de Ouro te pede que faas aos outros o que queres que faam a ti. Isso significa que a percepo de ambos tem que ser acurada. A Regra de Ouro a regra para o com -portamento apropriado. Tu no podes comportar-te apropriadamente a no ser que percebas corretamente. J que tu e o teu prximo sois membros iguais de uma famlia, assim como percebes a ambos assim fars a ambos. A partir da percepo da tua prpria santidade, deves olhar para a santidade dos outros.

    7. Milagres surgem da mente que est pronta para eles. Por estar unida, essa mente vai a todos, mesmo sem que o prprio tra -balhador de milagres saiba disso. A natureza impessoal dos milagres deve-se ao fato da Expiao em si mesma ser uma s, unindo todas as criaes com o seu Criador. Como uma expresso do que s na verdade, o milagre coloca a mente em um estado de graa. A mente, ento, d boas-vindas com naturalidade ao Anfitrio interior e ao forasteiro do lado de fora. Quan -do acolhes o forasteiro, ele vem a ser teu irmo.

    8. Que o milagre possa ter efeitos sobre os teus irmos que possas no reconhecer, no concerne a ti. O milagre sempre te abenoar. Os milagres que no te foram pedidos no perderam seu valor. Ainda so expresses do teu prprio estado de graa, mas o aspecto de ao do milagre deve ser controlado por mim, devido a minha completa conscincia de todo o pla-no. A natureza impessoal da mente voltada para o milagre assegura a tua graa, mas s eu estou em posio de saber onde eles podem ser concedidos.

    9. Milagres so seletivos s no sentido de que so dirigidos para aqueles que podem us-los para si mesmos. J que isso faz com que seja inevitvel que eles os estendam a outros, e soldada uma forte cadeia de Expiao. Todavia, essa seletividade no leva em conta a magnitude do milagre em si, porque o conceito de tamanho existe em um plano que , em si mesmo, ir -real. J que o milagre tem por objetivo restaurar a conscincia da realidade, no seria til se fosse limitado por leis que go -vernam o erro que ele tem por objetivo corrigir.

    IV. Como escapar da escurido1. Escapar da escurido envolve dois estdios: primeiro, o reconhecimento de que a escurido no pode ocultar. Esse passo usualmente acarreta medo. Segundo, o reconhecimento de que no h nada que queiras ocultar ainda que pudesses. Esse passo traz o escapar do medo. Quando tiveres passado a estar disposto a no esconder nada, no s estars disposto a entrar em comunho, como tambm compreenders a paz e a alegria.

    2. A santidade nunca pode estar realmente oculta na escurido, mas podes enganar a ti mesmo a esse respeito. Esse engano faz com que fiques amedrontado porque reconheces, no teu corao, que um engano e fazes enormes esforos para estabe -lecer a sua realidade. O milagre pe a realidade onde ela deve estar. A realidade s pode estar no esprito, e o milagre reco -nhece s a verdade. Assim, dissipa iluses sobre ti mesmo e te coloca em comunho contigo e com Deus. O milagre partici -pa da Expiao colocando a mente a servio do Esprito Santo. Isso estabelece a funo prpria da mente e corrige os seus erros, que so apenas faltas de amor. A tua mente pode estar possuda por iluses, mas o esprito eternamente livre. Se a mente percebe sem amor, percebe uma concha vazia e no est ciente do esprito interior. Mas a Expiao restitui o esprito ao lugar que lhe prprio. A mente que serve ao esprito invulnervel.

    3. A escurido falta de luz, assim como o pecado falta de amor. No tem propriedades exclusivas em si mesma. um ex-emplo da crena na escassez, da qual s o erro pode proceder. A verdade sempre abundante. Aqueles que percebem e re -conhecem que tem tudo, no tem necessidades de espcie alguma. O propsito da Expiao restituir tudo a ti, ou melhor restituir tudo a tua conscincia. Tudo te foi dado quando foste criado assim como a todos.

    4. O vazio engendrado pelo medo tem que ser substitudo pelo perdo. isso o que a Bblia quer dizer com: No existe morte e por isso que eu pude demonstrar que a morte no existe. Eu vim para cumprir a lei, reinterpretando-a. A lei em si mesma, se compreendida de modo adequado, s oferece proteo. Foram aqueles que ainda no mudaram as suas mentes que trouxeram para ela o conceito do fogo do inferno. Eu te asseguro que darei testemunho de qualquer um que me permi-tir e em qualquer medida que ele me permitir. O teu testemunho demonstra a tua crena e assim a fortalece. Aqueles que tes -temunham por mim esto expressando atravs dos seus milagres que abandonaram a crena na privao em favor da abun-dncia que, como aprenderam, a eles pertence.

    V. Integridade e esprito1. O milagre muito parecido com o corpo no sentido de que ambos so recursos de aprendizado, facilitando um estado no qual vm a ser desnecessrios. Quando o estado original de comunicao direta do esprito atingido, nem o corpo nem o milagre servem a qualquer propsito. Todavia, enquanto acreditas que ests em um corpo, podes escolher entre canais de ex -presso sem amor ou canais milagrosos. Tu podes fazer uma concha vazia, mas no podes deixar de expressar alguma coisa. Podes esperar, adiar, paralisar a ti mesmo ou reduzir a tua criatividade a quase nada, mas no podes aboli-la. Podes destruir o teu veculo de comunicao, mas no o teu potencial. No criaste a ti mesmo.

    2. A deciso bsica daquele que tem a mente voltada para o milagre no esperar no tempo mais do que o necessrio. O tem-po pode desperdiar assim como ser desperdiado. O trabalhador de milagres, portanto, aceita com contentamento o fator de controle do tempo. Ele reconhece que cada colapso de tempo traz a todos para mais perto da liberao final do tempo, na

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    qual o Filho e o Pai so um. Igualdade no implica igualdade agora. Quando todos reconhecem que tem tudo, contribuies individuais a Filiao j no sero mais necessrias.

    3. Quando a Expiao tiver sido completada, todos os talentos sero compartilhados por todos os Filhos de Deus. Deus no parcial. Todas as Suas crianas tem Seu Amor total e todas as Suas ddivas so dadas livremente a todas por igual. Se no vos tornardes como as criancinhas significa que a menos que reconheas plenamente a tua completa dependncia de Deus, no podes conhecer o poder real do Filho em seu verdadeiro relacionamento com o Pai. O tornar-se especial para os Filhos de Deus no brota da excluso, mas da incluso. Todos os meus irmos so especiais. Se acreditam que so privados de al -guma coisa, sua percepo vem a ser distorcida. Quando isso ocorre, toda a famlia de Deus, ou a Filiao, tem seus relacio -namentos prejudicados.

    4. Em ltima instncia, cada membro da famlia de Deus tem que retornar. O milagre chama cada um a voltar porque o aben-oa e o honra, mesmo que ele possa estar ausente em esprito. De Deus no se zomba no uma ameaa, mas uma garan -tia. Ter-se-ia zombado de Deus caso faltasse santidade a qualquer uma de Suas criaes. A criao ntegra e a marca da in-tegridade a santidade. Milagres so afirmaes da Filiao, que um estado de completude e abundncia.

    5. Qualquer coisa que seja verdadeira eterna, e no pode mudar nem ser mudada. O esprito , portanto, inaltervel porque j perfeito, mas a mente pode eleger a que escolhe servir. O nico limite imposto sua escolha que no pode servir a dois senhores. Se escolhe fazer as coisas deste modo, a mente pode vir a ser o veculo pelo qual o esprito cria segundo a linha da sua prpria criao. Se no escolhe livremente fazer assim, retm seu potencial criativo mas coloca-se sob um controle tir -nico, ao invs do controle da Autoridade. Como resultado ela aprisiona, pois tais so os ditames dos tiranos. Mudar a tua mente significa coloc-la a disposio da verdadeira Autoridade.

    6. O milagre um sinal de que a mente escolheu ser guiada por mim a servio de Cristo. A abundncia de Cristo o resulta -do natural da escolha de segui-Lo. Todas as razes superficiais tem ser arrancadas pois no so suficientemente profundas para sustentar-te. A iluso de que razes superficiais podem ser aprofundadas e assim te servir de apoio uma das distores em que se baseia o reverso da Regra de Ouro. medida que se desiste dessas fundaes falsas, o equilbrio temporaria -mente experimentado como instvel. Contudo, nada menos estvel do que uma orientao invertida, de cabea para baixo. E nada que a mantenha invertida pode conduzir a uma estabilidade crescente.

    VI. A iluso das necessidades1. Tu, que queres paz, s podes ach-la no perdo completo. Ningum aprende a menos que queira e acredite que precisa do aprendizado de alguma forma. Embora no exista nenhuma falta na criao de Deus, ela bem evidente no que tu fizeste. De fato, essa a diferena essencial entre um e outro. Falta implica em que estarias melhor se estivesses em um estado de algum modo diferente daquele em que ests. At a separao, que o significado da queda, nada estava faltando. No existiam quaisquer necessidades. Necessidades s surgem quando tu te privas. Ages de acordo com a ordem particular de ne-cessidades que estabeleces. Isso, por sua vez, depende da tua percepo do que tu s.

    2. O senso de separao de Deus a nica falta que realmente precisas corrigir. Esse senso de separao nunca teria surgido se no tivesses distorcido a tua percepo da verdade e assim percebido a ti mesmo corno se algo estivesse te faltando. A idia de ordem de necessidades surgiu porque, tendo feito esse erro fundamental, j tinhas te fragmentado em nveis com di-ferentes necessidades. 4A medida em que te integras vens a ser uno e as tuas necessidades conseqentemente vm a ser uma s. Necessidades unificadas conduzem ao unificada porque isso produz uma ausncia de conflitos.

    3. A idia de ordem de necessidades, que decorre do erro original segundo o qual algum pode ser separado de Deus, requer correo no seu prprio nvel, antes que o erro de perceber nveis possa ser de alguma forma corrigido. Tu no podes com -portar-te de maneira eficaz enquanto funcionares em nveis diferentes. Todavia, enquanto o fazes, a correo tem que ser in -troduzida verticalmente, de baixo para cima. Isso assim porque pensas que vives no espao, onde conceitos tais como para cima e para baixo so significativos. Em ltima instncia, o espao to sem significado quanto o tempo. Ambos so meramente crenas.

    4. O propsito real desse mundo e ser usado para corrigir a tua descrena. Tu nunca podes controlar os efeitos do medo por ti mesmo, porque fizeste o medo e acreditas no que fizeste. 3Em atitude, ento, embora no no contedo, te assemelhas ao teu Criador Que tem f perfeita em Suas criaes porque Ele as criou. A crena produz a aceitao da existncia. E por isso que tu podes acreditar em algo que ningum mais pensa que e verdadeiro. E verdadeiro para ti porque foi feito por ti.

    5. Todos os aspectos do medo so inverdicos, porque no existem no nvel criativo e, portanto, absolutamente no existem. Qualquer que seja a extenso da tua disponibilidade para submeter as tuas crenas a esse teste, nessa mesma extenso as tuas percepes so corrigidas. Para separar o falso do verdadeiro, o milagre procede nestas linhas:

    O amor perfeito exclui o medo.Se o medo existe, ento no h amor perfeito.

    Mas:S o amor perfeito existe.Se h medo, ele produz um estado que no existe.

    Acredita nisso e tu sers livre. S Deus pode estabelecer essa soluo e essa f o Seu dom.

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    VII. Distores dos impulsos para o milagre1. As tuas percepes distorcidas produzem uma cobertura densa sobre os impulsos para os milagres, fazendo com que seja difcil para eles alcanarem a tua prpria conscincia. A confuso entre impulsos milagrosos e impulsos fsicos e uma das maiores distores da percepo. Os impulsos fsicos so impulsos milagrosos dirigidos equivocadamente. Todo o prazer real vem de se fazer a Vontade de Deus. Isso assim porque no faz-la uma negao do Ser. A negao do Ser resulta em iluses, enquanto a correo do erro traz a liberao disso. No enganes a ti mesmo acreditando que podes te relacionar em paz com Deus ou com teus irmos atravs de qualquer coisa externa.

    2. Criana de Deus, tu foste criada para criar o que bom, o que belo e o que santo. No esqueas disso. Por pouco tem-po, o Amor de Deus ainda tem que ser expresso atravs de um corpo para outro porque a viso ainda to tnue. A melhor forma de usar o teu corpo utiliz-lo para te ajudar a ampliar a tua percepo de modo que possas conseguir a viso real, da qual o olho fsico incapaz. Aprender a fazer isso a nica utilidade verdadeira do corpo.

    3. A fantasia uma forma distorcida de viso. Quaisquer tipos de fantasias so distores, porque sempre envolvem a toro da percepo em irrealidade. Aes que brotam de distores so literalmente as reaes daqueles que no sabem o que fa -zem. A fantasia uma tentativa de controlar a realidade de acordo com necessidades falsas. Torce a realidade em qualquer sentido e ests percebendo de maneira destrutiva. Fantasias so um meio de fazer associaes falsas e tentar obter prazer atravs delas. Mas embora possas perceber associaes falsas, jamais podes fazer com que sejam reais exceto para ti mesmo. Tu acreditas no que fazes. Se ofereceres milagres sers igualmente forte na tua crena neles. A fora da tua convico sus -tentar, ento, a crena de quem recebe o milagre. Fantasias vm a ser totalmente desnecessrias a medida em que natureza inteiramente satisfatria da realidade vm a ser aparente tanto para quem d como para quem recebe. A realidade perdida atravs da usurpao, que produz tirania. Enquanto restar um nico escravo andando na terra, a tua liberao no e com-pleta. A restaurao completa da Filiao a nica meta daquele que tem a mente voltada para o milagre.

    4. Esse um curso de treinamento da mente. Todo aprendizado envolve ateno e estudo em algum nvel. Algumas partes posteriores do curso se baseiam tanto nestas sees iniciais, que elas requerem um estudo feito com cuidado. Tu tambm ne-cessitars delas para a preparao. Sem isso podes ficar temeroso demais com o que vir para usar o curso construtivamente. Contudo, a medida em que fores estudando estas partes iniciais, comears a ver algumas das implicaes que sero amplia -das posteriormente.

    5. necessrio um fundamento slido devido confuso entre medo e reverncia, a qual j me referi e que feita freqente -mente. Eu disse que a reverncia no apropriada em relao aos Filhos de Deus porque no deves experimentar reverncia na presena dos teus iguais. Todavia foi tambm enfatizado que a reverncia apropriada na presena do teu Criador. Eu te-nho sido cuidadoso em esclarecer meu papel na Expiao sem exager-lo ou atenu-lo. Estou tambm tentando fazer o mes -mo com o teu. Tenho salientado que a reverncia no e uma reao apropriada a mim devido a nossa igualdade inerente. Al-guns dos passos que vm mais tarde nesse curso, no entanto, envolvem uma aproximao mais direta com o prprio Deus. No seria prudente iniciar estes passos sem uma preparao cuidadosa, ou a reverncia ser confundida com medo e a expe-rincia ser mais traumtica do que beatfica. No fim, a cura de Deus. Os meios te esto sendo cuidadosamente explicados. A revelao pode ocasionalmente te revelar o fim, mas para alcan-lo, os meios so necessrios.

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    CAPTULO 2 - A SEPARAO E A EXPIAOCAPTULO 2 - A SEPARAO E A EXPIAO

    I. As origens da separao1. Estender-se um aspecto fundamental de Deus, que Ele deu a Seu Filho. Na criao, Deus estendeu-Se s Suas criaes e as imbuiu da mesma Vontade amorosa de criar. Tu no s foste plenamente criado, como foste criado perfeito. No h ne -nhum vazio em ti. Devido tua semelhana com o teu Criador, s criativo. Nenhuma criana de Deus pode perder essa capa -cidade porque inerente ao que ela , mas pode us-la de maneira imprpria atravs da projeo. O uso imprprio da exten -so, ou projeo, ocorre quando acreditas que existe em ti algum vazio ou alguma falta e que podes preench-lo com as tuas prprias idias em vez da verdade. Esse processo envolve os seguintes passos:

    Primeiro, acreditas que o que Deus criou pode ser mudado pela tua prpria mente.Segundo, acreditas que o que perfeito pode ser tornado imperfeito ou falho.Terceiro, acreditas que podes distorcer as criaes de Deus, inclusive a ti mesmo.Quarto, acreditas que podes criar a ti mesmo e que a direo da tua prpria criao depende de ti.

    2. Essas distores interligadas representam um retrato do que de fato ocorreu na separao, ou seja, o desvio para o medo. Nada disso existia antes da separao nem, de fato, existe agora.

    Tudo o que Deus criou como Ele. A extenso, como foi empreendida por Deus, similar radincia interior que as crianas do Pai herdam Dele. Sua fonte real interna. Isso to verdadeiro em relao ao Filho quanto em relao ao Pai. Nesse sen-tido, a criao inclui tanto a criao do Filho por Deus quanto as criaes do Filho quando a sua mente est curada. Isso re -quer que Deus tenha dotado o Filho com livre arbtrio, porque toda a criao amorosa dada livremente em uma linha cont-nua, na qual todos os aspectos so da mesma ordem.

    3. O Jardim do den, ou a condio anterior separao, era um estado da mente no qual nada era necessrio. Quando Ado deu ouvidos s mentiras da serpente, tudo o que ouviu no era verdade. No tens que continuar a acreditar no que no verdadeiro, a no ser que escolhas faz-lo. Tudo aquilo pode literalmente desaparecer num abrir e fechar de olhos porque apenas uma percepo equivocada. O que visto em sonhos parece ser muito real. No entanto, a Bblia diz que um sono pe -sado caiu sobre Ado e no h, em parte alguma, referncia ao seu despertar. O mundo ainda no experimentou nenhum des-pertar ou renascer em escala absoluta. Tal renascimento impossvel enquanto continuares a projetar ou criar equivocada-mente. Contudo, a capacidade de estender assim como Deus estendeu a ti o Seu Esprito permanece ainda dentro de ti. Na realidade, essa a tua nica escolha porque o teu livre arbtrio te foi dado para a tua alegria em criar o que perfeito.

    4. Todo medo, em ltima instncia, passvel de ser reduzido bsica percepo equivocada de que tens a capacidade de usurpar o poder de Deus. Obviamente, no podes, nem tens sido capaz de fazer isso. Aqui est a base real para escapares do medo. O escape efetuado pela tua aceitao da Expiao, que faz com que sejas capaz de reconhecer que os teus erros real -mente nunca ocorreram. S depois que um profundo sono caiu sobre Ado, pde ele vivenciar pesadelos. Se uma luz subita-mente se acende enquanto algum est sonhando um sonho amedrontador, ele pode inicialmente interpretar a prpria luz como parte do seu sonho e ter medo. Todavia, quando acorda, a luz percebida corretamente como a liberao do sonho, ao qual j no mais se confere realidade. Essa liberao no depende de iluses. O conhecimento que ilumina no s te pe em liberdade, mas te mostra tambm claramente que tu s livre.

    5. Quaisquer que sejam as mentiras em que possas acreditar, no concernem ao milagre, que pode curar qualquer uma com a mesma facilidade. Ele no faz distines entre percepes equivocadas. A nica coisa que concerne a ele distinguir a ver -dade de um lado e do outro o erro. Alguns milagres podem aparentar maior magnitude que outros. Mas lembra-te do primei-ro princpio deste curso: no h nenhuma ordem de dificuldades em milagres. Na realidade, tu s perfeitamente intocvel por todas as expresses de falta de amor. Essas podem vir de ti e de outros, de ti para os outros e dos outros para ti. A paz um atributo em ti. No podes ach-la do lado de fora. A enfermidade alguma forma de busca externa. A sade paz interior. Ela te permite permanecer tranqilo pela falta de amor externo e ser capaz, atravs da tua aceitao dos milagres, de corrigir as condies resultantes da falta de amor nos outros.

    II. A Expiao como defesa1. Tu podes fazer qualquer coisa que eu pedir. Eu te pedi para apresentar milagres e esclareci que os milagres so naturais, corretivos, curativos e universais. No h nada que no possam fazer, mas no podem ser apresentados no esprito da dvida ou do medo. Quando tens medo de qualquer coisa, ests admitindo que ela tem o poder de ferir-te. Lembra-te de que onde est o teu corao, a est tambm o teu tesouro. Tu crs no que valorizas. Se ests com medo, inevitavelmente ests valori-zando de forma errada. A tua compreenso dotar ento todos os pensamentos com igual poder e inevitavelmente destruirs a paz. por isso que a Bblia fala da paz de Deus que excede o entendimento. Essa paz totalmente incapaz de ser abalada por erros de qualquer espcie. Nega que qualquer coisa que no venha de Deus tenha a capacidade de afetar-te. Esse o uso apropriado da negao. No usada para esconder nada, mas para corrigir o erro. Ela traz todos os erros luz, e como o erro e a escurido so a mesma coisa, corrige o erro automaticamente.

    2. A verdadeira negao um instrumento de proteo poderoso. Podes e deves negar qualquer crena em que o erro possa ferir-te. Esse tipo de negao no um encobrimento, mas uma correo. A certeza da tua mente depende dele. A negao do erro uma forte defesa da verdade, mas a negao da verdade resulta em criao equivocada, que so as projees do ego. A

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    servio da mente certa, a negao do erro liberta a mente e restabelece a liberdade da vontade. Quando a vontade realmen-te livre, no pode criar equivocadamente porque s reconhece a verdade.

    3. Tu podes defender a verdade assim como o erro. Os meios so mais fceis de serem compreendidos depois que o valor da meta est firmemente estabelecido. A questo saber para que isso serve. Todo mundo defende seu tesouro e far isso auto -maticamente. As questes reais so: qual o teu tesouro e quanto tu o valorizas? Uma vez que tiveres aprendido a considerar essas questes e traz-las a todas as tuas aes, ters pouca dificuldade em esclarecer os meios. Os meios esto disponveis a qualquer momento em que os pedires. Contudo, podes economizar tempo se no protelares esse passo de forma indevida. O enfoque correto vai encurt-lo incomensuravelmente.

    4. A Expiao a nica defesa que no pode ser usada destrutivamente porque no um instrumento feito por ti. O princpio da Expiao estava em efeito muito antes de comear a Expiao. O princpio era amor e a Expiao um ato de amor. Atos no eram necessrios antes da separao porque a crena em espao e tempo no existia. Foi s depois da separao que a Expiao e as condies necessrias para que ela fosse cumprida foram planejadas. Ento se fez necessria uma defesa to esplndida que no pudesse ser usada equivocadamente, embora pudesse ser recusada. A recusa, contudo, no podia trans -form-la em uma arma de ataque, que a caracterstica inerente s outras defesas. A Expiao torna-se, assim, a nica defesa que no uma espada de dois gumes. S pode curar.

    5. A Expiao foi construda