Um dos maiores especialistas em Concursos Públicos do País ... · 5/12/2010 · 9. direito...

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QUESTÕES COMENTADAS 7 . 000 EM Um dos maiores especialistas em Concursos Públicos do País 2016 5ª EDIÇÃO D e a c o r d o c o m o CESPE CONCURSOS CONCURSOS

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  • QUESTES COMENTADAS7.000

    EM

    Um dos maiores especialistas em Concursos Pblicos do Pas

    20165 EDIO

    De acordo com o

    CESPECONCURSOS CONCURSOS

  • SUMRIO

    1. Lngua Portuguesa 1

    2. geografia 49

    1. Histria da GeoGrafia .....................................................................................................................................................................................................................................49

    2. a GeoGrafia da populao ..........................................................................................................................................................................................................................52

    3. GeoGrafia econmica .....................................................................................................................................................................................................................................55

    4. GeoGrafia aGrria .............................................................................................................................................................................................................................................57

    5. GeoGrafia urbana ..............................................................................................................................................................................................................................................59

    6. GeoGrafia poltica ............................................................................................................................................................................................................................................62

    7. GeoGrafia e Gesto ambiental ..................................................................................................................................................................................................................65

    3. Histria do BrasiL 73

    1. o perodo colonial ...........................................................................................................................................................................................................................................73

    2. o processo de independncia ....................................................................................................................................................................................................................80

    3. o primeiro reinado (1822-1831) ...................................................................................................................................................................................................................83

    4. a reGncia (1831-1840) .......................................................................................................................................................................................................................................85

    5. o seGundo reinado (1840-1889) .................................................................................................................................................................................................................87

    6. a primeira repblica (1889- 1930) ...............................................................................................................................................................................................................93

    7. a era VarGas (1930-1945) ..................................................................................................................................................................................................................................98

    8. a repblica liberal (1945-1964) ................................................................................................................................................................................................................ 101

    9. o reGime militar (1964-1985) ....................................................................................................................................................................................................................... 106

    10. o processo democrtico a partir de 1985 ...................................................................................................................................................................................... 111

    4. Histria MundiaL 113

    1. estruturas e ideias econmicas ........................................................................................................................................................................................................... 113

    2. reVolues ........................................................................................................................................................................................................................................................... 121

    3. as relaes internacionais: modelos e interpretaes ..................................................................................................................................................... 126

    4. colonialismo, imperialismo, polticas de dominao .......................................................................................................................................................... 143

    5. a eVoluo poltica e econmica nas amricas ....................................................................................................................................................................... 150

    6. ideias e reGimes polticos ........................................................................................................................................................................................................................... 153

    7. a Vida cultural .................................................................................................................................................................................................................................................. 159

    5. PoLtica internacionaL 163

    1. relaes internacionais: conceitos bsicos, atores, processos, instituies e principais paradiGmas tericos ................... 163

    2. a poltica externa brasileira: eVoluo desde 1945, principais Vertentes e linHas de ao .................................................................... 167

    3. o brasil e a amrica do sul ....................................................................................................................................................................................................................... 172

    4. a poltica externa arGentina; a arGentina e o brasil ........................................................................................................................................................... 182

    5. a poltica externa norte-americana e relaes com o brasil ...................................................................................................................................... 185

    6. relaes do brasil com os demais pases do Hemisfrio ................................................................................................................................................... 186

    7. a poltica externa francesa e relaes com o brasil .......................................................................................................................................................... 188

    8. a unio europeia e o brasil ....................................................................................................................................................................................................................... 188

    9. a frica e o brasil ............................................................................................................................................................................................................................................ 190

    10. a poltica externa da cHina, da ndia e do Japo; relaes com o brasil .............................................................................................................. 191

    11. oriente mdio: a questo palestina; iraque; ir ........................................................................................................................................................................ 196

    12. a comunidade dos pases de lnGua portuGuesa ..................................................................................................................................................................... 198

    13. a aGenda internacional e o brasil ..................................................................................................................................................................................................... 199

  • IIISUMRIO

    14. o brasil e a formao dos blocos econmicos ........................................................................................................................................................................ 213

    15. a dimenso da seGurana na poltica exterior do brasil ............................................................................................................................................... 215

    16. o brasil e as coalizes interna ci onais: o G-20, o ibas e o bric ......................................................................................................................................... 216

    17. o brasil e a cooperao sul-sul........................................................................................................................................................................................................... 219

    18. questes combinadas .................................................................................................................................................................................................................................. 220

    19. oficial de cHancelaria ................................................................................................................................................................................................................................ 221

    6. tica ProfissionaL 223

    1. atiVidade de adVocacia e mandato ................................................................................................................................................................................................... 223

    2. direitos do adVoGado ................................................................................................................................................................................................................................. 225

    3. inscrio na oab .............................................................................................................................................................................................................................................. 227

    4. sociedade de adVoGados .......................................................................................................................................................................................................................... 228

    5. adVoGado empreGado ................................................................................................................................................................................................................................. 230

    6. Honorrios .......................................................................................................................................................................................................................................................... 230

    7. incompatibilidades e impedimentos .................................................................................................................................................................................................... 231

    8. processo administratiVo disciplinar ............................................................................................................................................................................................... 231

    9. deVeres dos adVoGados, infraes e sanes .......................................................................................................................................................................... 233

    10. oab e eleies ..................................................................................................................................................................................................................................................... 235

    11. tica do adVoGado ....................................................................................................................................................................................................................................... 239

    12. questes de contedo Variado ............................................................................................................................................................................................................ 241

    7. direito do idoso 243

    1. direitos fundamentais ................................................................................................................................................................................................................................. 243

    2. medidas de proteo .................................................................................................................................................................................................................................... 245

    3. poltica de atendimento ao idoso ...................................................................................................................................................................................................... 245

    4. acesso Justia ................................................................................................................................................................................................................................................ 247

    5. crimes ....................................................................................................................................................................................................................................................................... 248

    6. poltica nacional do idoso/conselHo nacional dos direitos do idoso ............................................................................................................... 248

    7. temas Variados .................................................................................................................................................................................................................................................. 250

    8. direito da Pessoa coM deficincia 251

    1. poltica nacional para inteGrao das pessoas com deficincia (lei 7.853/1989 e dec. 3.298/1999) ....................................................... 251

    2. acessibilidade (lei 10.098/2000 e dec. 5.296/2004) ........................................................................................................................................................................... 252

    3. sade mental ...................................................................................................................................................................................................................................................... 253

    4. acesso Justia ................................................................................................................................................................................................................................................ 253

    5. tutela penal da pessoa com deficincia ........................................................................................................................................................................................ 253

    6. temas combinados e outros temas de pessoas com deficincia .................................................................................................................................. 253

    9. direito ProcessuaL civiL 256

    1. princpios do processo ciVil .................................................................................................................................................................................................................... 256

    2. partes, procuradores, ministrio pblico e Juiz ...................................................................................................................................................................... 258

    3. prazos processuais. atos processuais ............................................................................................................................................................................................. 265

    4. litisconsrcio, assistncia e interVeno de terceiros ..................................................................................................................................................... 269

    5. Jurisdio e competncia .......................................................................................................................................................................................................................... 274

    6. pressupostos processuais e condies da ao ..................................................................................................................................................................... 283

    7. formao, suspenso e extino do processo. nulidades .............................................................................................................................................. 284

    8. tutela antecipada e liminar em cautelar ..................................................................................................................................................................................... 288

    9. processo de conHecimento. ritos sumrio e ordinrio ..................................................................................................................................................... 291

    10. sentena. liquidao. cumprimento de sentena. coisa JulGada ............................................................................................................................... 306

    11. aes anulatria e rescisria ............................................................................................................................................................................................................... 313

    12. recursos ................................................................................................................................................................................................................................................................ 316

    13. execuo................................................................................................................................................................................................................................................................ 329

    14. cautelar ................................................................................................................................................................................................................................................................. 337

    15. procedimentos especiais ........................................................................................................................................................................................................................... 343

  • SUMRIOIV

    16. Juizado especial cVel, federal e da fazenda pblica .......................................................................................................................................................... 348

    17. ao ciVil pblica, ao popular e ao de improbidade ................................................................................................................................................. 350

    18. mandado de seGurana e HABEAS DATA ............................................................................................................................................................................................. 350

    19. ao direta de inconstitucionalidade ........................................................................................................................................................................................... 352

    20. demais questes de leGislao extraVaGante .......................................................................................................................................................................... 352

    21. temas combinados ......................................................................................................................................................................................................................................... 354

    10. Lngua ingLesa 367

    11. Lngua esPanHoLa 386

    12. econoMia 389

    1. microeconomia ................................................................................................................................................................................................................................................. 389

    2. macroeconomia ............................................................................................................................................................................................................................................... 393

    3. economia internacional ........................................................................................................................................................................................................................... 397

    4. Histria econmica do brasil ................................................................................................................................................................................................................ 400

    5. economia brasileira contempornea .............................................................................................................................................................................................. 403

    6. matemtica financeira ................................................................................................................................................................................................................................ 405

    7. tpicos de contabilidade .......................................................................................................................................................................................................................... 406

    13. contaBiLidade 407

    1. teoria da contabilidade ............................................................................................................................................................................................................................. 407

    2. contabilidade Geral...................................................................................................................................................................................................................................... 410

    3. contabilidade comercial .......................................................................................................................................................................................................................... 436

    4. contabilidade de custos ............................................................................................................................................................................................................................ 443

    5. anlise das demonstraes financeiras ...................................................................................................................................................................................... 446

    6. contabilidade pblica ................................................................................................................................................................................................................................. 456

    14. direito de trnsito 457

    1. cdiGo de trnsito brasileiro (lei n 9.503/1997) ........................................................................................................................................................................ 457

    2. perfil constitucional e funes institucionais do dprf .................................................................................................................................................. 471

    3. lei n 9.654/1998 ................................................................................................................................................................................................................................................... 472

    4. decreto n 1.655/1995...................................................................................................................................................................................................................................... 472

    15. LegisLao institucionaL de carreiras 474

    1. ministrio pblico ........................................................................................................................................................................................................................................... 474

    2. defensoria pblica ......................................................................................................................................................................................................................................... 476

    3. anVisa ....................................................................................................................................................................................................................................................................... 483

    4. aGncia nacional de sade (ans) ......................................................................................................................................................................................................... 487

    5. anatel ...................................................................................................................................................................................................................................................................... 491

    6. ministrio do desenVolVimento e combate fome (mds) ................................................................................................................................................... 494

    7. ministrio da sade e sus ........................................................................................................................................................................................................................... 496

    8. inss ............................................................................................................................................................................................................................................................................. 497

    9. tcu .............................................................................................................................................................................................................................................................................. 498

    10. tribunais superiores ..................................................................................................................................................................................................................................... 499

    11. leGislao aplicada ao mpu ................................................................................................................................................................................................................... 503

  • 1. Interpretao de texto

    1 E m m i n h a o p i n i o , u m a p e r c e p o i n g n u a d o sfenmenos de mercado, como a crena nos mercadosperfeitos, fornece exatamente o que seus crticos mais

    4 ut i l izam como munio nos momentos de cr ise edescontinuidade. O argumento da suposta infalibilidade dosmercados em bases cientficas e a pretenso de transformar

    7 economia e finanas em cincias exatas produzem umaperigosa mistificao: confundir brilhantes construesmentais para entender a realidade com a prpria realidade.

    10 Os mercados no so perfeitos. So, isto, sim, poderososinstrumentos de coordenao econmica em buscapermanente de eficincia. Mas so tambm o espelho de

    13 nossos humores, refletindo nossa falibilidade nas avaliaes.So contaminados por excesso de otimismo e de pessimismo.So humanos, demasiado humanos.

    Paulo Guedes. Os mercados so demasiado humanos. In: poca, 21/7/2008 (com adaptaes).

    (Analista STJ 2008 CESPE) A partir da organizao das ideias e das estruturas lingusticas do texto acima, julgue o item subsequente.(1) O perodo inicial do texto, Em minha opinio (...) descon-

    tinuidade (l.1-5), explicitando um juzo de valor, apresenta o formato adequado, no teor e na correo gramatical, para compor o texto final de um parecer, se no final deste for acrescida a frase o parecer.

    (2) Seria mantida a correo gramatical do trecho Os mercados no so perfeitos. So, isto, sim, poderosos (l.10), caso ele fosse assim reescrito: Os mercados no so perfeitos; so, isto sim, poderosos.

    1: o perodo , claramente, introdutrio, pois deixa em aberto os fun-damentos para a afirmao feita pelo autor, que sero delineados no decorrer do texto, alm de tratar de uma questo secundria no contexto argumentativo (a percepo ingnua a respeito do mercado como munio para seus crticos). O cerne do texto refere-se imperfeio dos mercados, por sujeitarem-se s falibilidades humanas, questo que no abordada nesse perodo inicial e constaria, muito provavelmente, da concluso de um parecer. Finalmente, quanto forma, o perodo final de um parecer seria algo como Por essas razes, entendo que ....; 2: as duas oraes so equivalentes. H correspondncia semntica.

    Gabarito 1E, 2C

    A expresso caos areo j faz par te da l inguagem corrente quando o assunto a aviao comercial brasileira.A rigor, toda essa crise latente no sistema de terminaisaeroporturios que aflora nos momentos de pico de viagens e a qualquer maior instabilidade meteorolgica em regies chave j foi prevista h muito tempo. No era preciso sermdium para, mesmo antes do desastre com avio na Amaznia no final de 2006, perceber que a lenincia dasautoridades federais diante dos gargalos no setor iria, cedo outarde, desembocar na atual situao: pistas saturadas, salas de espera repletas, infraestrutura dos aeroportos, principalmenteos maiores, sobrecarregada.

    N dos aeroportos poder ser desatado. In: O Globo, 5/12/2010 (com adaptaes).

    (STM 2011 CESPE) Acerca dos aspectos estruturais e dos sentidos do texto acima, julgue o item a seguir.(1) A forma verbal aflora (l.4) poderia ser substituda por

    desencadeia, sem prejuzo nem alterao do sentido original do texto.

    1: aflorar nesse contexto tem a acepo de tornar-se visvel, dar a conhecer. Desencadear provocar uma reao sbita. Em um primeiro momento pode-se imaginar que a substituio possvel, porm devemos prestar ateno ao sujeito do verbo aflorar. Seu sujeito crise. A crise aflora nos picos de viagens. O pico de viagens desencadeia a crise: toda essa crise (...) aflora nos momentos de pico de viagens.

    Gabarito "E"

    1 O mundo do t raba lho tem mudado numa ve loc idadevertiginosa e, se os empregos diminuem, isso no quer dizerque o trabalho tambm.

    4 S que ele est mudando de cara. Como tambmest mudando o perfil de quem acaba de sair da universidade,da mesma forma que as exigncias da sociedade e por que

    7 no? do mercado, cada vez mais global izado ecompetitivo.Tudo indica que mais de 70% do trabalho no futuro

    10 vo requerer a combinao de uma slida educao geralcom conhecimentos especficos; um coquetel capaz defornecer s pessoas compreenso dos processos, capacidade

    13 de transferir conhecimentos, prontido para antecipar eresolver problemas, condies para aprender continuamente,conhecimento de lnguas, habilidade para tratar com pessoas

    16 e trabalhar em equipe.

    Revista do Provo, n. 4, 1999, p. 13 (com adaptaes).

    (Analista TST 2008 CESPE) A partir do texto acima, julgue o item subsequente.(1) Da organizao das ideias do ltimo pargrafo do texto,

    correto que se interprete coquetel (l.11) como conheci-mentos especficos (l.11).

    1: A palavra coquetel, nesse contexto, refere-se combinao de uma slida educao geral com conhecimentos especficos. Gabarito 1E

    1 Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais,mas nada mais marcante do que a nossa capacidade det rabalhar, de transformar o mundo segundo nossa

    4 qualificao, nossa energia, nossa imaginao. Ainda assim,para a grande maioria dos homens, o trabalho nada mais doque puro desgaste da vida. Na sociedade capitalista, a

    7 produtividade do trabalho aumentou simultaneamente a toforte rotinizao, apequenamento e embrutecimento doprocesso de trabalho de forma que j no h nada que mais

    10 nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grandemaioria, fazer o que temos em comum com os outrosanimais: comer, dormir, descansar, acasalar.

    13 Nossa capacidade de trabalho, a potncia humana detransformao e emancipao de todos, ficou limitada a serapenas o nosso meio de ganhar po. Capacidade, potncia,

    1. Lngua PortuguesaDiego Amorim, Eloy Gustavo de Souza, Fernanda Franco, Henrique Subi, Magally Dato e Rodrigo Ferreira de Lima*

    * Henrique Subi comentou as questes dos concursos Policiais, de Enfermagem e Bancrios, Eloy Gustavo de Souza comentou as questes de Diplomacia e Oficial de Chancelaria, Fernanda Franco comentou as questes de Assistente de Chacelaria, Diego Amorim comentou as questes dos concursos da Polcia Militar, Fernanda Franco e Rodrigo Ferreira de Lima comentaram as questes dos concursos Federais e Magally Dato comentou as demais questes.

  • DIegO AMORIM, elOy gUStAvO De SOUzA, FeRnAnDA FRAncO, HenRIqUe SUbI, MAgAlly DAtO e RODRIgO FeRReIRA De lIMA 2

    16 criao, o trabalho foi transformado pelo capital no seucontrrio. Tornou-se o instrumento de alienao no sentidoclssico da palavra: o ato de entregar ao outro o que nosso,

    19 nosso tempo de vida.Emir Sader. Trabalhemos menos, trabalhemos todos. In: Correio Braziliense, 18/11/2007 (com adaptaes).

    (Analista TST 2008 CESPE) Julgue os seguintes itens a respeito do texto acima.(1) A argumentao do texto se organiza em torno de duas

    ideias opostas de trabalho: o trabalho como puro desgaste da vida (l.6) e o trabalho como capacidade de transforma-o e emancipao de todos (l.14).

    (2) As substituies de Preferimos (l.10) por Prefere e de temos (l.11) por tem preservam a correo gramatical do texto, mas enfraquecem a argumentao de que a maioria de ns homens (l.5) que prefere comer, dormir,descansar, acasalar (l.12).

    1: essa oposio o cerne do texto. A capacidade de trabalhar, que o principal diferencial do ser humano, foi transformada, pelo capital, em instrumento de alienao; 2: de fato, o uso da primeira pessoa do plural inclui o autor no contexto, enquanto o uso da terceira pessoa afasta-o do conjunto daqueles que se igualam aos outros animais. Nesse sentido, a ideia de ns homens (o autor includo), como sujeitos, ficaria enfraquecida pelas substituies propostas.

    Gabarito 1C, 2C

    1 Falei de esquisit ices. Aqui est uma, que prova ao2 mesmo tempo a capacidade poltica deste povo e a grande3 observao dos seus legisladores. Refiro-me ao processo4 eleitoral. Assisti a uma eleio que aqui se fez em fins de5 novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca6 da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se,7 porm, diante de vcios e paixes, que as leis no podem8 eliminar. Vrios processos foram experimentados, todos9 deixados ao cabo de alguns anos. curioso que alguns deles10 coincidissem com os nossos de um e de outro mundo. Os11 males no eram gerais, mas eram grandes. Havia eleies12 boas e pacficas, mas a violncia, a corrupo e a fraude13 inutilizavam em algumas partes as leis e os esforos leais dos14 governos. Votos vendidos, votos inventados, votos destrudos,15 era difcil alcanar que todas as eleies fossem puras e16 seguras. Para a violncia havia aqui uma classe de homens,17 felizmente extinta, a que chamam pela lngua do pas,18 kapangas ou kapengas. Eram esbirros particulares,19 assalariados para amedrontar os eleitores e, quando fosse20 preciso, quebrar as urnas e as cabeas. s vezes, quebravam21 s as cabeas e metiam nas urnas maos de cdulas.22 Estas cdulas eram depois apuradas com as outras, pela razo23 especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum24 pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram25 dados pela vontade soberana do pas. A corrupo era menor26 que a fraude; mas a fraude tinha todas as formas. Enfim,27 muitos eleitores, tomados de susto ou de descrena, no28 acudiam s urnas.

    Machado de Assis. A semana. Obra completa, v.III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p.757.

    (Analista TSE 2006 CESPE) De acordo com o texto, julgue os itens a seguir.I. A reiterao da palavra votos (l.14) confere nfase ideia

    apresentada no perodo.II. Pelos sentidos do texto, conclui-se que a palavra esbirros

    (l.18) est sendo empregada com o mesmo significado que tem atualmente a palavra capanga.

    III. A expresso lhe foram dados (l.24-25) pode, sem prejuzo para a correo gramatical do perodo, ser substituda por foram dados a ele.

    IV. A palavra corrupo (l.25) est sendo empregada como sinnima de fraude (l.26).

    A quantidade de itens certos igual a(A) 1.(B) 2.(C) 3. (D) 4.

    Somente a assertiva em IV errada, pois a afirmao de que A cor-rupo era menor que a fraude indica que so conceitos distintos. No h como haver gradao sem distino.

    Gabarito "C"

    Caro eleitor,

    1 Nos lt imos meses, a campanha polt ica mobil izouvivamente os brasi leiros. No primeiro turno, foramalcanadas marcas extraordinrias: alm do alto ndice de

    4 comparecimento s urnas e de uma irrepreensvel votao,em que tudo aconteceu de forma tranquila e organizada, aapurao dos resultados foi rpida e segura, o que coloca o

    7 Brasil como modelo nessa rea.Amanh sero definidos os nomes do presidente daRepblica e dos governadores de alguns estados. O pas,

    10 mais do que nunca, conta com voc.Democracia algo que lhe diz respeito e que seaperfeioa no dia a dia. como uma construo

    13 bem-preparada, erguida sobre fortes alicerces. Essesalicerces so exatamente os votos de todos os cidados.Quanto mais fiel voc for no exerccio do direito de definir

    16 os representantes, mais slidas sero as bases da nossademocracia. Por isso, essencial que voc valorize essaescolha, elegendo, de modo consciente, o candidato que

    19 julgar com mais condies para conduzir os destinos do pase de seu estado.Voc estar determinando o Brasil que teremos nos

    22 prximos quatro anos. Estar definindo o amanh, o seuprprio bem-estar e de sua famlia, o crescimento geral, amelhoria do emprego, da habitao, da sade e segurana

    25 pblicas, do transporte, o preo dos alimentos. O momento decisivo e em suas mos entenda bem, em suas mos est depositada a confiana em dias felizes.

    28 Comparea, participe. No se omita, no transfira aoutros uma escolha que sua. Pense e vote com a firmeza dequem sabe o que est fazendo, com a responsabilidade de

    31 quem realmente compreende a importncia de sua atitudepara o progresso da nao brasileira. Esta a melhorcontribuio que voc poder dar a sua Ptria.

    Ministro Marco Aurlio de Mello. Pronunciamento oficial. Internet: (com adaptaes).

    (Analista TSE 2006 CESPE) Em relao ao texto anterior, assinale a opo correta.(A) Considerando-se o gnero textual, correto afirmar que o

    emprego de voc, no decorrer do texto, indica um interlo-cutor nico.

    (B) Na linha 3, a substituio do sinal de dois-pontos por ponto final e o emprego de inicial maiscula em alm provocam truncamento sinttico, o que prejudica a coe-rncia do texto.

    (C) A expresso nessa rea (l.7) retoma a ideia implcita, no pargrafo, de processo eleitoral.

    (D) A substituio da expresso sero definidos (l.8) por definir-se-o garante a correo gramatical do perodo.

    A: o emprego do pronome de tratamento voc indica que o autor quer proximidade com seus interlocutores, mas no, no caso, inter-locutor nico, pois se trata de carta aberta a todos os eleitores; B: no haveria alteraes sinttico-semnticas; C: o pargrafo refere-se ao processo eleitoral, embora no mencione explicitamente essa expresso; D: o uso da expresso sero definidos, no caso, gramaticalmente correta.

    Gabarito "C"

  • 31. lngUA PORtUgUeSA

    A tica o dia a dia de uma sociedade. Sociedades no existem no abstrato: elas precisam de alguma espcie de cimento que mantenha as suas peas bem-ajustadas e slidas. Antigamente, esse cimento era fornecido pelos valores religiosos. Uma das diferenas entre o Ocidente moderno e os pases islmicos que l o cimento continua a ser religioso; enquanto aqui, chegou-se concluso de que era melhor laicizar a poltica, deixando as crenas para a conscincia ou a convico de cada um.E assim, o que nos mantm unidos em torno deste ou daquele projeto poltico a ideia concreta ou difusa de uma tica; de um tipo de comportamento que preste homenagem a certos princpios. Esses princpios poderiam ser resumidos em um s: o da coisa pblica.

    O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptaes).

    (Analista TSE 2006 CESPE) Em relao s ideias do texto acima, assinale a opo correta.(A) O cimento que mantm a sociedade ocidental bem-ajustada

    e slida so os valores religiosos.(B) Os pases islmicos laicizaram a poltica em busca de um

    princpio tico.(C) O princpio da coisa pblica resume os princpios a que uma

    tica que embasa um projeto poltico presta homenagem.(D) Os pases islmicos relegam as crenas conscincia ou

    convico de cada um.

    A, B e D: os valores religiosos deixaram de ter funo de cimento da sociedade no Ocidente moderno (houve laicizao da poltica, deixaram-se as crenas para a conscincia ou a convico de cada um), embora nos pases islmicos o cimento continu[e] a ser reli-gioso (no houve laicizao); C: o cimento da sociedade ocidental moderna, segundo o autor, a ideia concreta ou difusa de uma tica; de um tipo de comportamento que preste homenagem a certos princpios. Esses princpios poderiam ser resumidos em um s: o da coisa pblica.

    Gabarito "C"

    1 Um lugar sob o comando de gestores, onde osfuncionrios so orientados por metas, tm o desempenhoavaliado dia a dia e recebem prmios em dinheiro pela

    4 eficincia na execuo de suas tarefas, pode parecer tudo menos uma escola pblica brasileira. Pois essas so algumasdas prticas implantadas com sucesso em um grupo de

    7 escolas estaduais de ensino mdio de Pernambuco. Aexperincia chama a ateno pelo impressionante progressodos estudantes depois que ingressaram ali.

    10 Como praxe no local, o avano foi quantif icado.Os alunos so testados na entrada, e quase metade deles tirouzero em matemtica e notas entre 1 e 2 em portugus. Isso

    13 em uma escala de zero a 10. Depois de trs anos, elescravaram 6 em tais matrias, em uma prova aplicada peloMinistrio da Educao. Em poucas escolas pblicas

    16 brasileiras, a mdia foi to alta. De sada, h umacaracterstica que as distingue das demais: elas soadministradas por uma parceria entre o governo e uma

    19 associao formada por empresrios da regio. Osprofessores so avaliados em quatro frentes: recebem notasdos alunos, dos pais e do diretor e ainda outra pelo

    22 cumprimento das metas acadmicas. Aos melhores, concedido bnus no salrio.

    Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio STF 2008 CESPE) Com referncia s ideias e s estruturas lingusticas do texto acima, julgue o item a seguir.(1) Predomina no fragmento o tipo textual narrativo ficcional.

    1: trata-se de uma reportagem baseada em fatos reais (no ficcionais) veiculada em revista informativa texto dissertativo. Gabarito 1E

    (Tcnico Judicirio STF 2008 CESPE) Tendo o texto prece-dente como referncia inicial e considerando o atual cenrio educacional brasileiro, julgue os itens que se seguem.(1) Em linhas gerais, os procedimentos administrativos e

    pedaggicos adotados nas escolas pernambucanas citadas no texto assemelham-se significativamente aos que so praticados na maioria das redes estaduais e municipais de educao brasileiras.

    (2) Os mecanismos de avaliao hoje existentes demonstram a persistncia de graves problemas na educao brasileira, os quais, ainda que atingindo mais fortemente a escola pblica, tambm afetam a rede privada.

    (3) Infere-se do texto que a melhoria do desempenho na edu-cao resulta de um conjunto de aes e de atitudes, entre as quais se situam o planejamento e a avaliao sistemtica de alunos e docentes.

    (4) O texto confirma uma verdade conhecida h tempos: no Brasil, o principal problema da educao bsica a falta de vagas nas escolas pblicas.

    (5) Muitos especialistas acreditam que a inexistncia de uma lei geral da educao, que estabelea as diretrizes e fixe as bases para a organizao do sistema educacional, seja a razo principal dos problemas vividos pelo setor.

    1: infelizmente os procedimentos administrativos e pedaggicos no so adotados na maioria das escolas pblicas brasileiras: Um lugar sob o comando de gestores, onde os funcionrios so orientados por metas, tm o desempenho avaliado dia a dia e recebem prmios em dinheiro pela eficincia na execuo de suas tarefas, pode parecer tudo menos uma escola pblica brasileira; 2: pelo contexto social brasileiro, verificamos que a assertiva est correta; 3: pela anlise do contexto social e pelas informaes fornecidas pelo texto, infere--se o que a assertiva descreve; 4: em momento algum o texto nos fornece essa informao. A assertiva est errada; 5: a razo no a inexistncia de lei (h a Lei de Diretrizes e Base da Educao) e sim sua efetiva aplicao.

    Gabarito 1E, 2C, 3C, 4E, 5E

    1 Um Brasi l com desemprego zero. Um Brasi l bemdistante das estatsticas que apontam para uma taxa dedesocupao em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu

    4 mercado de trabalho nas mos de empreendedores locais,formais e informais. Cerca de 30 cidades devem integrar esseBrasil fora das estatsticas. So excees e prova viva da

    7 fora empreendedora do interior e de seu papel empregador.E representam, ainda, a fora do agronegcio, o avano aoconsumo da classe C e os efeitos na economia dos programas

    10 de transferncia de renda, afirmou Luiz Carlos Barboza,diretor do SEBRAE Nacional.

    O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio STF 2008 CESPE) Com relao ao texto acima, julgue os itens a seguir.(1) Segundo os dados estatsticos apresentados no texto, os bene-

    ficiados pelos programas e transferncia de renda integram o contingente de empregados.

    (2) O primeiro perodo do texto tem natureza nominal.(3) De acordo com as informaes do texto, h cerca de 30

    cidades que no so contabilizadas nas estatsticas oficiais sobre desemprego.

    1: segundo o texto, a taxa de 9% corresponde aos desempregados que se beneficiariam dos programas de transferncia de renda; 2: o primeiro perodo Um Brasil com desemprego zero. no apresenta verbo, somente nome. Tem natureza nominal; 3: de acordo com o texto, h cerca de 30 cidades contabilizadas que esto fora das estatsticas sobre desemprego: Cerca de 30 cidades devem integrar esse Brasil fora das estatsticas. So excees e prova viva da fora empreendedora do interior e de seu papel empregador.

    Gabarito 1E, 2C, 3E

  • DIegO AMORIM, elOy gUStAvO De SOUzA, FeRnAnDA FRAncO, HenRIqUe SUbI, MAgAlly DAtO e RODRIgO FeRReIRA De lIMA 4

    1 O consumo das famlias dever crescer 7,5% nesteano, tornando-se um dos principais responsveis pelocrescimento do produto interno bruto, previsto em 5%. A

    4 nova estimativa do consumo das famlias uma dasprincipais mudanas nas perspectivas para a economiabrasileira em 2008 traadas pela Confederao Nacional da

    7 Indstria em relao s previses apresentadas em dezembrodo ano passado, quando o aumento do consumo foi estimadoem 6,2%.

    10 O aumento do emprego e os programas detransferncia de renda continuam a beneficiar mais asfamlias que ganham menos, cujo consumo tende a aumentar

    13 proporcionalmente mais do que o das famlias de renda maisalta. A oferta de crdito, igualmente, atinge mais diretamenteessa faixa.

    O Estado de S. Paulo, 7/4/2008 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio STF 2008 CESPE) Considerando o texto acima, julgue o item a seguir:(1) De acordo com os sentidos do texto, de dezembro do ano

    passado at hoje, houve uma modificao nas perspectivas para a economia brasileira no que se refere ao consumo.

    1: a assertiva est correta, pois, de acordo com o texto, o consumo das famlias dever crescer 7,5% neste ano (...) em dezembro do ano passado (...) o aumento do consumo foi estimado em 6,2%..

    Gabarito 1C

    1 A noo de tempo uma das que imediatamente atraem nossaateno, em vista de ser o tempo uma das categorias bsicasdo conhecimento construdo pelo pensamento cientfico ocidental.

    4 Tempo, espao e movimento so atributos da matria. Para osndios maxacalis, o tempo circular. Sua marcao de tempo, seucalendrio, est associada aos ciclos de chuva e seca, aos interesses

    7 de plantio e de colheita, a conflitos internos e externos, s doenase morte. A presena dos espritos da terra confere plena harmoniae grande felicidade aos humanos. Porm, ocorrendo qualquer

    10 distrbio, interrompem-se os ciclos. Ento, possvel considerar queas interpretaes de tempo para os maxacalis so circunstanciadasde muitas relaes, de muitos fenmenos, como tudo em sua vida.

    13 Por contraste, fica-nos o nosso conceito de tempo uma coisamedida, fragmentvel em outras menores, com nomes, comdimenses cada vez mais precisas. Nossa vida, pensada e escalada,

    16 segundo os valores e atributos dessa cincia ocidental, est cada vezmais fragmentada em aes programadas e confinadas a horrios, aprazos.

    Lilavate I. Romanelli. Encontros e desencontros entre a cultura acadmica e a cultura indgena. In: Linguagem,

    cultura e cognio. Belo Horizonte: Autntica e Ceale, 2001,

    pp. 159-60 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio STJ 2008 CESPE) Julgue o seguinte item, a respeito da organizao das ideias do texto acima.(1) O texto mostra, por contraste, duas concepes de tempo:

    a dos ndios maxacalis, relacionada aos fenmenos da vida humana, e a das civilizaes ocidentais, fragmentada pelas medies cientficas e associada, textualmente, a Nossa vida (l.15).

    1: para os ndios, a concepo de tempo est associada aos ciclos de chuva e seca, aos interesses de plantio e de colheita, a conflitos internos e externos, s doenas e morte.. Para as civilizaes ocidentais o conceito de tempo uma coisa medida, fragmentvel em outras menores, com nomes, com dimenses cada vez mais precisas.

    Gabarito 1C

    1 O que h de paradoxal a respeito da economiade hoje a sua fora. certo que h paralelos com aGrande Depresso norte-americana. As pessoas temem

    4 aquilo que no compreendem ou no esperam. Noincio da dcada de 30, ningum sabia por que, afinal,a economia havia se deteriorado com tanta rapidez. Da

    7 mesma maneira, boa parte das ms notcias eram, emgeral, inesperadas. As pessoas temem o que vir a seguir. Elas

    10 se preocupam com a estabi l idade dos mercadosf inance i ros e da economia g loba l i zada . Essasansiedades so legtimas. Os prazeres da prosperidade

    13 geram complacncia e inspiram equvocos que, algumtempo depois, incidem sobre os mercados financeiros,sobre a gerao de empregos e a produo. Assim como

    16 as expanses levam, af inal, autodestruio, damesma maneira, os declnios tendem a criar foras deautocorreo.

    O Estado de S.Paulo, 25/7/ 2008 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio STJ 2008 CESPE) Com referncia ao texto acima, julgue o item subsequente.(1) O desenvolvimento das ideias do texto leva a concluir que a

    economia de hoje (l.1-2) tem fora, e no entra em colapso, porque cria foras de autocorreo no seu declnio.

    1: observar o trecho: Assim como as expanses levam, afinal, autodestruio, da mesma maneira, os declnios tendem a criar foras de autocorreo.

    Gabarito 1C

    Dar o peixe ou ensinar a pescar?1 Ainda muito comum o argumento de que, no combate

    pobreza no Brasil, no se deve dar o peixe, mas ensinar a pes-car. Os resultados de pesquisas recentes, no entanto, indicam

    4 que ensinar a pescar pode ser muito pouco para uma grandemassa de populao que j se encontra em situao deextrema privao.

    7 A pobreza uma metfora para o sofrimento humano trazido arena pblica, e pode ser definida de maneiras distintas.Muita energia despendida na busca de uma definio rigo-

    10 rosa, capaz de distinguir com clareza o sofrimento suficiente dosofrimento insuficiente para classificar algum como pobre, masaqui isso no necessrio: apenas para conduzir a argumen-

    13 tao, vamos tratar pobreza como uma situao extrema, na qualse encontram os indivduos pertencentes a famlias que nodispem de renda para adquirir uma cesta de alimentos e outros

    16 bens de consumo, como vestimentas e medicamentos.Pesquisas embasadas nesse tipo de definio estimam queuma frao entre um tero e a metade da populao brasi-

    19 leira possa ser considerada pobre. Essa uma definio forte;e estimativas subjetivas de linhas de pobreza demonstram queboa parte da populao brasileira ainda consideraria insufi-

    22 cientes as rendas de famlias que se encontram em nveis supe-riores aos usados nessas pesquisas como linha de pobreza.Vamos assumir, tambm, que a existncia desse tipo de po-

    25 breza socialmente inaceitvel e, portanto, que desejamoserradic-la o quanto antes. bvio que o horizonte de tempoproposto define que tipos de mudana na sociedade sero

    28 necessrios. Provavelmente, um prazo mais curto exigirpolticas mais drsticas.Para manter a argumentao em torno das propostas mais

    31 debatidas, atualmente, para a erradicao da pobreza no pas,vamos definir como limite razovel algo entre uma e duasdcadas.

    34 A insuficincia de recursos nas mos de parte da populaopode ser entendida como resultado ou de uma insuficinciageneralizada de recursos ou de m distribuio dos recur-

    37 sos existentes. Logo, o combate pobreza pode tomar doisrumos bsicos: aumentar o nvel de recursos per capita da

  • 51. lngUA PORtUgUeSA

    sociedade ou distribuir melhor os recursos existentes. Nada40 impede, claro, que as duas coisas ocorram simultaneamente.

    Os caminhos para o aumento dos recursos per capitaencontram-se entre dois extremos: diminuir a populao ou fazer

    43 com que a economia cresa mais rpido que ela. Como asestratgias de diminuio da populao existente, em um prazorazovel, beiram o absurdo, a proposta de crescimento da

    46 economia, maior do que a do crescimento da populao, geralmente muito mais debatida no Brasil.Dadas as d i f i cu l dades que se co locam pa ra o

    49 crescimento acelerado de qualquer economia, durantemuito tempo se sugeriu que o problema da pobreza noBrasil poderia ser enfrentado pela via do controle de

    52 natalidade. Embora esse argumento, ainda hoje, encontrea lgum eco fora dos meios acadmicos, todas asevidncias empricas disponveis rejeitam a viabilidade

    55 da erradicao da pobreza por meio da reduo no ritmode reproduo da populao.

    Marcelo Medeiros. In: UnB Revista, dez./2003-mar./2004, p. 16-9 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio STJ 2004 CESPE) Acerca do texto acima, julgue os itens a seguir.(1) O texto, apesar de falar em argumentao (l.12 e 30),

    predominantemente descritivo, uma vez que apresenta os contornos e as caractersticas da parte da populao brasileira considerada pobre.

    (2) No primeiro pargrafo, a ideia central pode ser resumida da seguinte forma: necessrio dar bens de subsistncia para quem j se encontra em situao de misria extrema.

    (3) Do segundo ao quinto pargrafos, apresentada, entre dis-tintas acepes de pobreza, a que ser adotada pelo autor e mediante a qual devem ser entendidas as suas ideias.

    (4) Nos pargrafos sexto e stimo, o autor associa a pobreza, fundamentalmente, a aspectos econmicos e financeiros, argumentando que, para san-la, imperioso elevar a renda per capita.

    (5) No ltimo pargrafo, a proposta de diminuio da taxa demogrfica de pobres, com o estmulo ao controle e reduo da natalidade, defendida pelo autor.

    1: o texto predominantemente dissertativo: h um encadeamento lgico e ordenado e o raciocnio se realiza pela formulao sequencial de uma ideia a outra; 2: observe o trecho: pescar pode ser muito pouco para uma grande massa de populao que j se encontra em situao de extrema privao; 3: observe o 5 pargrafo: Para manter a argumentao em torno das propostas mais debatidas, atualmente, para a erradicao da pobreza no pas, vamos definir como limite razovel algo entre uma e duas dcadas. nesse pargrafo que o autor define a acepo que ir adotar; 4: no sexto pargrafo, o autor diz o combate pobreza pode tomar dois rumos bsicos: aumentar o nvel de recursos per capita da sociedade ou distribuir melhor os recursos existentes. A assertiva est errada; 5: o autor no defende a argumentao da diminuio da taxa demogrfica de pobres com o estmulo ao controle e reduo da natalidade. Ele apenas expe a ideia e diz: Embora esse argumento, ainda hoje, encontre algum eco fora dos meios acadmicos, todas as evidncias empricas disponveis rejeitam a viabilidade da erradicao da pobreza por meio da reduo no ritmo de reproduo da populao.

    Gabarito 1E, 2C, 3C, 4E, 5E

    1 O Super ior Tr ibunal de Just ia (STJ) compe-sede, no mnimo, 33 ministros nomeados pelo presidente daRepblica, depois de aprovada a indicao pelo Senado

    4 Federal. Os ministros so escolhidos por meio de listastrplices, por voto secreto, pela maioria do plenrio, que serene para tal fim.

    7 Podem ser min is t ros do STJ os bras i le i ros commais de 35 anos e menos de 65 anos de idade, de notvelsaber jurdico e reputao ilibada, conforme determina o

    10 texto constitucional. Um tero das vagas preenchido porjuzes dos tribunais regionais federais (TRFs) e um tero composto por desembargadores dos tribunais de justia; o

    13 tero restante reservado, em partes iguais, a advogados emembros do Ministrio Pblico Federal, Estadual, doDistrito Federal e dos Territrios, alternadamente, desde que

    16 tenham mais de 10 anos de efetiva atividade profissional esejam indicados, em listas sxtuplas, pelos seus rgosde representao.

    Internet: (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio STJ 2004 CESPE) A respeito das infor-maes e da estrutura do texto acima, julgue os itens que se seguem.(1) Se houver 36 ministros no STJ, ento pode-se garantir

    que 24 deles foram escolhidos, em partes iguais, entre os juzes de TRFs e entre os desembargadores dos tribunais de justia.

    (2) De acordo com a Constituio brasileira, qualquer brasileiro que tenha entre 35 e 65 anos de idade pode ser ministro do STJ.

    1: de acordo com o texto, o STJ compe-se de no mnimo 33 ministros. Desse modo, possvel que haja 36 ministros. Na suposio da asser-tiva, 24 ministros corresponderiam a 2/3 das vagas. Sabe-se que: Um tero das vagas preenchido por juzes dos tribunais regionais federais (TRFs) e um tero composto por desembargadores dos tribunais de justia; o tero restante reservado, em partes iguais, a advogados e membros do Ministrio Pblico Federal, Estadual, do Distrito Federal e dos Territrios (...). A assertiva est correta; 2: de acordo com a Constituio Brasileira Podem ser ministros do STJ os brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade, de notvel saber jurdico e reputao ilibada.

    Gabarito 1C, 2E

    1 Ti r a r u m c o c h i l o d e p o i s d o a l m o o m e l h o r a o desempenho do crebro, especialmente no que diz respeito sfunes de aprendizagem e memria. Segundo uma pesquisa

    4 realizada na Universidade da Califrnia, Berkeley, jovens que cochilaram tarde tiveram um desempenho 10% melhor nessesquesitos. O mesmo estudo revela que aqueles que perderam

    7 uma noite de sono tiveram a capacidade de armazenar novas informaes diminuda em at 40%. A explicao residiria nofato de que, durante o sono, o crebro faz uma espcie de

    10 faxina na memria de curto prazo para faci l i tar o armazenamento de novas informaes. Medidas como essano s melhoram a capacidade cognit iva como so

    13 extremamente importantes para compensar a restrio ao sono, cada vez mais comum na vida moderna, diz o neurologistaSergio Tufik, diretor do Instituto do Sono da Universidade

    16 Federal de So Paulo.

    Anna Paula Buchalla. Aquela sonequinha... In: Veja, 1./12/2010 (com adaptaes).

    (Tcnico STM 2011 CESPE) Julgue os itens abaixo, referen-tes aos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima.(1) Infere-se do texto que, para o diretor do Instituto do Sono

    da Universidade Federal de So Paulo, a m qualidade do sono um dos males da vida moderna.

    (2) O texto tem por objetivo principal alertar para os prejuzos causados ao organismo em decorrncia da m qualidade do sono.

    1: pelo contexto e pelo trecho compensar a restrio de sono, cada vez mais comum na vida moderna podemos inferir que a m qualidade de sono um dos males da vida moderna; 2: o texto tem como objetivo apresentar uma pesquisa realizada sobre como a qualidade do sono interfere na aprendizagem.

    Gabarito 1C, 2E

  • DIegO AMORIM, elOy gUStAvO De SOUzA, FeRnAnDA FRAncO, HenRIqUe SUbI, MAgAlly DAtO e RODRIgO FeRReIRA De lIMA 6

    1 comum ouvir que o Brasil um pas onde h leisque pegam e leis que no pegam, como se isso fosse umaoriginalidade brasileira como a jabuticaba. uma injustia.

    4 H muitos pases que sofrem com o mesmo problema.As leis, pr incipalmente as que interferem na vidacotidiana dos cidados, requerem uma sintonia fina entre

    7 vrios componentes: aparato policial, comportamentocoletivo, grau de escolaridade etc. Do contrrio, elas tendema no sair do papel. No Brasil, existe muita lei que no pega

    10 por falta dessa sintonia. Ou no h polcia suficiente parafaz-la ser cumprida. Ou a lei destoa fortemente dearraigados hbitos coletivos. E assim por diante.

    Andr Petry. Adultrio e a desonesta. In: Veja, 22/9/2004, p. 93 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio STM 2004 CESPE) Julgue os seguintes itens, a respeito das ideias e das estruturas lingusticas do texto acima.(1) O desenvolvimento do texto apresenta como deve ser

    entendido o significado do verbo pegam (l.2) a respeito de algumas leis: sair do papel.

    (2) Na argumentao do texto, o termo jabuticaba (l.3) est servindo como exemplificao para algo que to tipica-mente brasileiro como as leis que podem pegar ou no pegar; isto , dar certo ou no dar certo.

    (3) A orao uma injustia (l.3) classifica qualquer opinio que restrinja o Brasil s suas caractersticas agrcolas, ou a um simples cultivador de jabuticabas.

    (4) A expresso o mesmo problema (l.4) retoma a ideia intro-duzida pela expresso comum ouvir (l.1) e mostra que em outros pases tambm so ditas muitas coisas que no correspondem verdade.

    1: nesse contexto, o verbo pegar intransitivo e tem a acepo de firmar-se; 2: a argumentao faz um paralelismo entre um termo que tipicamente brasileiro e o fato de as leis firmarem-se ou no. Como se a falta da efetiva aplicao de algumas leis fosse algo tipicamente do Brasil; 3: uma injustia. expressa a opinio do autor em relao temtica tratada: a ideia de que a falta da efetiva aplicao de algumas leis seja algo tipicamente do Brasil; 4: a expresso o mesmo problema retoma a ideia das leis que pegam e leis que no pegam.

    Gabarito 1C, 2C, 3E, 4E

    1 Fi lhos malcr iados e agressivos. . . O problema daautoridade em crise no do vizinho, no acontece noexterior, no confortavelmente longnquo. nosso. Parece

    4 que criamos um bando de angustiados, mais do que serianatural. Sim, natural, pois, sobretudo na juventude, plena de in-certezas e objeto de presses de toda sorte, uma boa dose

    7 de angstia do jogo e faz bem.Mas quando isso nos desestabiliza, a ns, adultos, e nosisola desses de quem estamos ainda cuidando, a quem

    10 devemos ateno e carinho, brao e abrao, porque,atordoados pelo excesso de psicologismo barato, talveztenhamos desaprendido a dizer no, nem distinguimos

    13 quando se devia dizer sim.Ter um f i lho necessar iamente ser responsvel .Ensinar numa escola ser responsvel. Estar vivo, enfim,

    16 uma grave responsabilidade.

    Lya Luft. Sobre pais e filhos. In: Veja, 16/6/2004, p. 21 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio STM 2004 CESPE) Considere as ideias e as estruturas lingusticas do texto acima para julgar os itens a seguir.(1) A argumentao do texto ope vizinho (l.2) e exterior

    (l.3) a Filhos (l.1) para reforar que o problema nosso (l.3).

    (2) Ao intensificar com o advrbio mais (l.4) o que deveria ser a medida natural (l.5), a autora demonstra que a angstia na juventude deve ser evitada.

    1: a argumentao busca o paralelismo com o objetivo de reforar suas ideias; 2: a autora no diz que a angstia na juventude deve ser evitada, e sim que a angstia inerente juventude: na juventude, plena de incertezas e objeto de presses de toda sorte, uma boa dose de angstia do jogo e faz bem.

    Gabarito 1C, 2E

    1 Sempre que um crime violento envolvendo menores aba-la a sociedade, ressurge a discusso sobre a necessidadede alterar o Estatuto da Criana e do Adolescente. Segundo

    4 seus defensores, diminuir a responsabilidade penal para 16anos inibiria a ao delituosa de rapazes e moas.Segmentos da populao, assustados com o aumento da

    7 violncia, imaginam ser esse o caminho para a reconquistada segurana perdida.Encarar o Estatuto da Cr iana e do Adolescente

    10 como bode expiatrio das mazelas nacionais soluocmoda, mas ineficaz. Ningum de bom senso pode crer quesituar em faixa etria mais baixa a imputao criminal seja a

    13 frmula mgica capaz de devolver a paz s ruas e aos lares.Bandidos que hoje usam jovens menores de 18 anos comoescudo, com a mudana, recorrero a menores de 16 anos.

    16 Depois viro os de 14, 12, 10.

    Correio Braziliense. Opinio. 13/7/2004, p. 16 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio STM 2004 CESPE) Julgue o seguinte item, a respeito do texto acima.(1) O ltimo perodo sinttico do texto constitui um argumento a

    favor da ideia expressa no primeiro pargrafo: a diminuio da idade para a responsabilidade penal.

    1: o perodo Depois viro os de 14, 12, 10. constitui um argumento contra a diminuio da responsabilidade penal.

    Gabarito 1E

    1 Pesquisas constatam doses crescentes de pessi-mismo diante do que o futuro esteja reservando aos quehabitam este mundo, com a globalizao exacerbando a

    4 competitividade e colocando os Estados de bem-estar socialnos corredores de espera de cumprimento da pena de morte. prec iso inves t i r no povo , recomenda o Per

    7 Capita um centro pensante, criado recentemente naAustrlia , com seus dons progressistas. Configurar ummercado no qual as empresas levem em considerao o

    10 interesse pblico, sejam ampliados os compromissos deproteo ao meio ambiente e tenham como objetivo obem-estar dos indivduos. A questo maior saber como

    13 colocar em prtica essas belezas, num momento em que aslutas sociais sofrem o assdio cada vez mais agressivo daglobalizao e as prprias barreiras ideolgicas caem por

    16 terra.

    Newton Carlos. M hora das esquerdas. In: Correio Brazi-liense, 20/11/2007 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio TST 2008 CESPE) A partir do texto acima, julgue o item subsequente.(1) O desenvolvimento da argumentao do segundo pargrafo

    do texto prope algumas solues para se combaterem as doses crescentes de pessimismo, citadas no primeiro pargrafo.

    1: o segundo pargrafo sugere investir no povo; levar em conside-rao o interesse pblico; ampliar os compromissos de proteo ao meio ambiente; ter como objetivo o bem-estar dos indivduos. Esses argumentos correspondem a propostas para combater as doses crescentes de pessimismo.

    Gabarito 1C

  • 71. lngUA PORtUgUeSA

    1 Trabalho demais, agenda cheia, Internet, celular ecarros que chegam a mais de 200 km/h transformam ohomem moderno numa espcie de Coelho Branco de Alice

    4 no Pas das Maravilhas. Sempre apressado, eternamenteatrasado. E doente. Literalmente. A velocidade, smbolo dodesenvolvimento tecnolgico e de um modo de produo e

    7 consumo cada vez mais vorazes, criou um sentimento deurgncia que poucos conseguem administrar. Se queconseguem mesmo. O resultado um novo mal que a cara

    10 do nosso tempo: a doena da correria, uma espcie desuperestresse que foi descrito pelo mdico americano LarryDossey como uma resposta ao fato de o nosso relgio interno

    13 ter virado o relgio de pulso e o despertador.In ic ia t ivas que pr iv i leg iam o bem-estar, a s impl i -cidade, a tradio local, o resgate da histr ia e a

    16 hospitalidade comeam a pipocar pelo globo. Esse ocomeo de uma revoluo cultural, uma mudana radical naforma como vemos o tempo e como l idamos com a

    19 velocidade e a lentido.

    In: Galileu, out./2005, p.43 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio TST 2008 CESPE) Com relao ao texto acima, julgue o item a seguir.(1) Pela organizao das ideias do texto, a frase nominal Sempre

    apressado, eternamente atrasado (l.4-5) qualifica o compor-tamento do Coelho Branco (l.3) e do homem moderno (l.3).

    1: o texto apresenta paralelismo de ideias entre as qualidades do Coelho Branco e do homem moderno.

    Gabarito 1C

    (Tcnico Judicirio TST 2008 CESPE) Com relao ao texto acima, julgue os itens a seguir.(1) Conclui-se do desenvolvimento das ideias do texto que, nos

    tempos atuais, o relgio de pulso e o despertador (l.13) foram substitudos pelo nosso relgio interno (l.12).

    (2) A expresso Esse o comeo (l.16-17) refere-se ideia inicial do texto, expressa por Trabalho demais, agenda cheia (l.1).

    1: pelo contrrio, de acordo com o texto, o nosso relgio interno foi substitudo pelo relgio de pulso e o despertador: O resultado um novo mal que a cara do nosso tempo: a doena da correria, uma espcie de superestresse (...) uma resposta ao fato de o nosso relgio interno ter virado o relgio de pulso e o despertador.; 2: o sintagma Esse o comeo refere-se ideia expressa no perodo anterior: Iniciativas que privilegiam o bem-estar, a simplicidade, a tradio local, o resgate da his-tria e a hospitalidade comeam a pipocar pelo globo. Esse o comeo.

    Gabarito 1E, 2E

    1 Podem ser fios demais cados no travesseiro. Ou fiosde menos percebidos na cabea ao se olhar no espelho. Nofim das contas, o resultado o mesmo: voc est perdendo

    4 cabelo.E no est sozinho. A calvcie atinge 50% da popu-lao masculina, diz o dermatologista Ademir Carvalho

    7 Leite Jr.Se tanta companhia no vale como consolo, a vantagemde ter muita gente sofrendo com o problema que isso

    10 estimula as pesquisas cientficas. H equipes estudandoo uso de clulas-tronco para tratamento da calvcie, contaLeite Jr. Tambm j foi descoberto que so oito os pares de

    13 genes envolvidos no crescimento dos cabelos, segundo ele,o que abre possibilidades pesquisa gentica.Entre as perspectivas, est o desenvolvimento de testes

    16 genticos para diagnstico da alopecia androgentica, ouseja, a ausncia de cabelos provocada pela interao entreos genes herdados e os hormnios masculinos. O teste pode

    19 determinar o risco e os graus de calvcie antes de suamanifestao, permitindo o tratamento precoce, diz ArthurTykocinski, dermatologista da Santa Casa de So Paulo, que

    22 aponta ainda, entre as novidades na rea, os estudos parauso de robs no processo de transplante de cabelos.

    Iara Biderman. Folha de S.Paulo, 29/8/2008 (com adaptaes).

    (Tcnico Judicirio TRT/17 2009 CESPE) Com relao s ideias, organizao e tipologia do texto, julgue o item que se segue.(1) A linguagem empregada no texto permite caracteriz-lo

    como predominantemente informativo.

    1: trata-se de um texto informativo, publicado em jornal, com o objetivo de prestar informaes objetivas.

    Gabarito 1C

    Texto para a questo a seguir:

    1 Uma deciso singular de um juiz da Vara de Execu- es Criminais de Tup, pequena cidade a 534 km da cidade de So Paulo, impondo critrios bastante rgidos para

    4 que os estabelecimentos penais da regio possam receber novos presos, confirma a dramtica dimenso da crise do sistema prisional. A sentena determina, entre outras

    7 medidas, que as penitencirias somente acolham presos que residam em um raio de 200 km. Segundo o juiz, as medidas que tomou so previstas

    10 pela Lei de Execuo Penal e objetivam acabar com a violao dos direitos humanos da populao carcerria e abrir o debate a respeito da regionalizao dos presdios.

    13 Ele alega que muitos presos das penitencirias da regio so de famlias pobres da Grande So Paulo, que no dispem decondies financeiras para visit-los semanalmente, o que

    16 prejudica o trabalho de reeducao e de ressocializao. Sua sentena foi muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que ir recorrer ao Tribunal de Justia, sob

    19 a alegao de que, se os estabelecimentos penais no puderem receber mais presos, os juzes das varas de execues no podero julgar rus acusados de crimes

    22 violentos, como homicdio, latrocnio, sequestro ou estupro. Alm disso, as autoridades carcerrias alegam que a deciso impede a distribuio de integrantes de uma quadrilha por

    25 diversos estabelecimentos penais, seja para evitar que continuem comandando seus negcios, seja para coibir a formao de faces criminosas.

    28 Com um deficit de mais de 40 mil vagas e vrias unida- des comportando o triplo de sua capacidade de lotao, a j dramtica crise do sistema prisional de So Paulo se

    31 agrava todos os dias. O mrito da sentena do juiz de Tup, que dificilmente ser confirmada em instncia superior, o de refrescar a memria do governo sobre a urgncia de uma

    34 soluo para o problema.

    In: Estado de S. Paulo, 13/1/2008, p. A3. (com adaptaes).

    (Fiscal de Tributos/V. Velha-ES 2008 CESPE) Com referncia s ideias do texto, julgue os itens de 1 a 7. (1) De acordo com o texto, no ocorrem crimes violentos, como

    homicdio, latrocnio, sequestro e estupro, na cidade de Tup. (2) Depreende-se do texto que a crise do sistema prisional de

    So Paulo pode ser resolvida com a adoo de medidas que restrinjam o deslocamento dos presos e dos seus familiares.

    (3) Infere-se do texto que o juiz mencionado, ao proferir sua sentena, preocupou-se com a reabilitao dos presos.

    (4) Subentende-se da leitura do terceiro pargrafo que o governo de So Paulo considera invivel cumprir a sentena e recorrer instncia superior.

    (5) De acordo com o terceiro pargrafo do texto, o encarcera-mento de criminosos em diferentes penitencirias possibilita a desmobilizao de quadrilhas.

    (6) Segundo o autor do texto, a sentena salienta a necessidade de uma soluo para a grave situao do sistema prisional de So Paulo.

    (7) O texto caracteriza-se como texto descritivo devido sua complexidade e apresentao de fatos que ocorreram com personagens reais.

  • DIegO AMORIM, elOy gUStAvO De SOUzA, FeRnAnDA FRAncO, HenRIqUe SUbI, MAgAlly DAtO e RODRIgO FeRReIRA De lIMA 8

    1: De acordo com o texto, se os estabelecimentos penais no puderem receber mais presos, os juzes das varas de execues no podero julgar rus acusados de crimes violentos, como homicdio, latrocnio, sequestro ou estupro. (linhas 19 a 22); 2: De acordo com o texto, restringir o deslocamento dos familiares dos presos prejudica o trabalho de reeducao e ressocializao (linha 16); 3: O juiz alega que muitos presos das penitencirias da regio so de famlias pobres da Grande So Paulo, que no dispem de condies financeiras para visit-los semanalmente, o que prejudica o trabalho de reeducao e de ressocializao. (linhas 13 a 16); 4: O governo do Estado de So Paulo anunciou que ir recorrer ao Tribunal de Justia, sob a alegao de que, se os estabelecimentos penais no puderem receber mais presos, os juzes das varas de execues no podero julgar rus acusados de crimes violentos, como homicdio, latrocnio, sequestro ou estupro. (linhas 17 a 22); 5: De acordo com o texto, as autoridades carcerrias alegam que a deciso impede a distribuio de integrantes de uma quadrilha por diversos estabelecimentos penais, seja para evitar que continuem seus negcios, seja para coibir a formao de faces criminosas. (linhas 23 a 27); 6: O mrito da sentena (...) o de refrescar a memria do governo sobre a urgncia de uma soluo para o problema. (linhas 31 a 34); 7: O texto dissertativo com inseres descritivas que confirmam os argumentos do autor.

    Gabarito 1E, 2E, 3C, 4C, 5C, 6C, 7E

    1 Via jando pelas bocas dos r ios Juru e Purus no incio do sculo XIX, os naturalistas alemes Spix e Martius anotaram, em seus dirios, a presena de ndios selvagens

    4 e a falta de civi l izao, que, segundo os autores, caracterizavam a regio. Alm da explorao da regio e de suas riquezas naturais, as primeiras expedies oficiais ao

    7 Purus e ao Juru, lideradas, respectivamente, por Joo Rodrigues Camet e Romo Jos de Oliveira, em meados do sculo XIX, tinham como objetivo a atrao e a pacificao

    10 dos ndios. Essas entradas permaneceram limitadas, subindo os rios apenas parcialmente, mas inauguraram uma srie de

    13 exploraes da regio durante as dcadas de 50 e 60 do sculo XIX. Entre essas expedies, destaca-se a viagem, amando da Royal Geographical Society de Londres, do

    16 gegrafo ingls William Chandless, que subiu o Purus em 1864/65 e o Juru em 1867. Todavia, a historiografia regional consagrou os nomes de Manoel Urbano, explorador

    19 do Purus em 1858, e de Joo da Cunha Corra, que percorreu o Juru em 1861, como os primeiros desbravadores e descobridores das terras acreanas.

    Idem, ibidem (com adaptaes).

    (Fiscal de Tributos/Rio Branco-AC 2007 CESPE) Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir.(1) De acordo com o texto, os alemes Spix e Martius integraram

    as primeiras expedies oficiais aos rios Juru e Purus.(2) Os objetivos das expedies lideradas por Joo Rodrigues

    Camet e Romo Jos de Oliveira, de acordo com o texto, circunscreviam-se pacificao dos ndios da regio.

    (3) O emprego de itlico em entradas (l.11) indica que essa expresso est sendo utilizada com sentido adaptado ao contexto, pois seu sentido original no abrange expedies da regio Norte.

    (4) O uso de vrgula aps Chandless (l.16) justifica-se por isolar orao subordinada adjetiva explicativa.

    (5) O termo Todavia (l.17) pode, sem prejuzo para a correo gramatical e para as informaes originais do perodo, ser substitudo por qualquer um dos seguintes: Porm, Contudo, Entretanto, No entanto, Porquanto, Conquanto.

    1: As primeiras expedies oficiais ao Purus e ao Juru foram lideradas por Joo Rodrigues Camet e Romo Jos de Oliveira (linhas 6 a 8); 2: As primeiras expedies oficiais tinham como objetivo a atrao e a pacificao dos ndios (linhas 9 e 10); 3: A utilizao de destaques

    no texto como itlico ou as aspas indica que o termo no est sendo usado no seu sentido literal ou usual; 4: A orao que subiu o Purus em 1864/65 e o Juru em 1867 subordinada adjetiva explicativa. O pronome relativo que retoma o termo anterior William Chandless com o objetivo de explic-lo; 5: A conjuno todavia pode ser substituda por outra adversativa (porm, contudo, entretanto, no entanto) que transmitem a ideia de contraste. No pode, porm, ser substituda pela conjuno causal porquanto ou pela concessiva conquanto.

    Gabarito 1E, 2E, 3C, 4C, 5E

    1 Os heris existem em todas as culturas e em todas aspocas. Cada povo tem seus heris, que vo de fundadores decidades ou civilizaes a mrtires de causas voltadas ao bem

    4 coletivo.Os t ipos de heris so muitos. H o heri social ,aquele que luta pelas necessidades de um grupo ou de um

    7 povo; h o heri velho, experiente, que tem a misso deensinar; h o heri jovem, intrpido, que enfrenta desafiospor impulso; h o heri cotidiano, que enfrenta o trnsito e

    10 luta para sustentar com dignidade a sua famlia; h o heri deocasio, que, diante do perigo ou de uma situao limite,rene foras tiradas no se sabe de onde; h o heri

    13 equivocado, que luta por causas enganosas; h o herijusticeiro; o vingativo; o de dupla personalidade, que metade homem-comum, metade super-homem etc.

    Moacyr Scliar. Um pas chamado infncia. Portugus: linguagens. 2002, p. 57 (com adaptaes).

    (Fiscal de Tributos Estaduais/AC 2006 CESPE) Assinale a opo correta de acordo com as ideias do texto.(A) Para ser um heri preciso enfrentar perigos, lutar por uma

    causa injusta e escapar de muitas armadilhas.(B) Muitas vezes, o jovem quer ser um verdadeiro super-heri,

    o que consiste em participar de grandes aventuras e fazer o bem.

    (C) Os heris vivem em mundos hipotticos, s vezes paradi-sacos, construdos basicamente pela linguagem.

    (D) O fato de haver heris em todas as culturas e pocas faz que a tipologia desses personagens tenha contornos variados.

    A: de acordo com o texto existem vrios tipos de heris; B: dentre os diversos tipos de heris, h o heri jovem, intrpido, que enfrenta desafios por impulso; C: os heris so homens comuns, do cotidiano: Os heris existem em todas as culturas e em todas as pocas.; D: a assertiva correta.

    Gabarito "D"

    Texto para as duas questes seguintes1 Em dezembro de 2000, quando tomou posse no

    Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Ellen GracieNorthfleet obrigou a corte a uma reforma inslita: a

    4 construo de um banheiro feminino ao lado do plenrio. Atento, em 172 anos de histria, tal pea no tinha sidonecessria. Ellen foi a primeira mulher a integrar a Suprema

    7 Corte do pas. Na quarta-feira, dia 15 de maro, a juzaquebrou mais um tabu. Pelo sistema de rodzio dos ministros,foi escolhida para a presidncia do Supremo. Todos os seus

    10 40 antecessores no cargo foram homens.A chegada de uma mulher ao cargo mais alto da justiabrasileira no um fato isolado. Uma pesquisa da Associao

    13 dos Magistrados Brasileiros mostra que a presena femininana Justia cresceu muito. At o final dos anos 60, apenas2,3% dos magistrados eram mulheres. Hoje so 22,4%.

    16 Elas esto principalmente nos juizados especiais, a rea maismoderna do Poder Judicirio brasileiro. Ocupam 37,1%dessas cortes.

    19 Segundo a pesquisa, as juzas so mais crticas emrelao atuao da Ordem dos Advogados do Brasil e dajustia. So mais ticas e preocupadas com as questes

    22 humanas, tendendo individuao das sentenas. Os juzesseguiriam a lei, de forma prtica. As juzas seriam maispreocupadas com as questes sociais e econmicas que

    25 cercam os casos.

  • 91. lngUA PORtUgUeSA

    Como presidente do Supremo, Ellen Gracie passa a sera quarta pessoa na linha de sucesso presidencial, atrs do

    28 vice-presidente e dos presidentes da Cmara e do Senado.A expectativa de que ela assuma interinamente o Palcio doPlanalto durante uma das viagens internacionais do presidente

    31 Luiz Incio Lula da Silva.A primeira oportunidade poder ser no dia 12 de maio,quando o presidente Lula estar em Viena, para o encontro de

    34 cpula entre Unio Europeia e Amrica Latina. Se, na mesmadata, estiverem viajando Alencar, Renan e Aldo, Ellen Graciepoder ser a primeira mulher a ocupar a presidncia da

    37 Repblica do Brasil.

    poca, n. 409, 20/3/2006, p. 22 (com adaptaes).

    (Fiscal de Tributos Estaduais/AC 2006 CESPE) Com base nas ideias desenvolvidas nos pargrafos do texto, assinale a opo incorreta.(A) O primeiro pargrafo apresenta uma viso retrospectiva da

    histria da Suprema Corte, a partir da distribuio sexista dos membros titulares do STF, praxe quebrada pela juza, que mandou construir um sanitrio novo, para seu uso exclusivo.

    (B) O segundo e o terceiro pargrafos abordam, respectiva-mente, o significativo aumento da presena feminina entre os magistrados e a diferena da atuao das mulheres em relao aos homens, na esfera judicial.

    (C) O quarto pargrafo situa a presena da juza, doutora Ellen Gracie, como presidente do STF, no quarto lugar na linha hierrquica da substituio presidencial.

    (D) O ltimo pargrafo antev a possibilidade de, em maio, pela primeira vez na histria, o Brasil ficar sob a presi-dncia de uma mulher, desde que os trs homens que a antecedem na linha de sucesso presidencial estejam ausentes do pas.

    A distribuio dos membros titulares do STF no sexista: Pelo sistema de rodzio dos ministros foi escolhida para a presidncia do Supremo. (linhas 8 e 9).

    Gabarito "A"

    (Fiscal de Tributos Estaduais/AC 2006 CESPE) De acordo com o texto, assinale a opo correta.(A) O texto faz um percurso tipolgico singular: partindo de uma

    sequncia narrativa, no incio, passa para o predomnio da estrutura dissertativa, ao meio, at chegar ao predomnio da descrio, no ltimo pargrafo.

    (B) A palavra pea (l.5) est empregada no sentido de docu-mento incorporado aos autos para instruir um processo.

    (C) Uma mulher ocupar o cargo mais elevado do Poder Judici-rio brasileiro um fato singular, apesar de a percentagem de pessoas do sexo feminino no STF ter aumentado muito no ltimo sesquicentenrio.

    (D) Ao afirmar que as juzas so mais ticas e preocupadas com as questes humanas, tendendo individuao das sentenas (l. 21-22), o texto deixa implcita uma compa-rao com os juzes, que refletem menos a respeito da essncia dos valores e das normas humanas.

    A: trata-se de um texto informativo em que predomina a estrutura dissertativa; B: tal pea refere-se a banheiro feminino; C: o fato de uma mulher ocupar o cargo mais elevado do Poder Judicirio brasileiro realmente um fato singular. Ellen Gracie foi a primeira mulher a ser nomeada nos ltimos 150 anos (sesquicentenrio), ou melhor, nos ltimos 172 anos. De zero o STF passou a ter uma ministra. D: a assertiva correta.

    Gabarito "D"

    Texto I O retrato do Brasil em 10 anos1 O censo demogrfico a mais importante fonte de informa-

    es sobre as condies de vida da populao brasileira. A parte divulgada agora refere-se ao questionrio bsico que foi

    4 respondido em todos os domiclios visitados. Por ser a nica pesquisa que abrange os 5.507 municpios do pas, um instrumento precioso para o planejamento de todas as polticas

    7 voltadas para o bem-estar social. A concluso desse calha-mao so 500 pginas de informaes colhidas por 200.000 recenseadores entre agosto e novembro do ano 2000 que o

    10 pas avanou. Os 169 milhes de brasileiros registrados no Censo 2000 vivem, em linhas gerais, melhor do que se vivia em 1991. A questo que preciso avanar mais e mais rpido

    13 para pr fim injustia social. como um copo com gua pela metade. Alguns diro que est meio cheio e outros diro que est meio vazio, resume o presidente do IBGE. De qualquer

    16 maneira, h meio copo a ser preenchido. Trata-se de um desafio para uma dcada, ou duas, ou mais ainda do que isso. Mas bom lembrar que, se dez anos prazo curto para eliminar

    19 problemas estruturais, tambm tempo mais que suficiente para agrav-los de forma drstica. A est a Argentina a servir de exemplo. Em 1991, apostou todas as fichas no plano econmico

    22 que prometeu vida