Realização: FFCLRP/USP, Unesp/Rio Claro e UFSCar

Ribeirão Preto – SP 10 a 13 de julho de 2005

III Epea – Encontro Pesquisa em Educação Ambiental

TRABALHO 21UM ESTUDO SOBRE O TEMA BIODIVERSIDADE EM LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Edna Maria DinizMaria Guiomar Carneiro Tomazello

Universidade Metodista de Piracicaba RESUMOEste trabalho é um recorte de uma dissertação de mestrado em elaboração que tem como tema central a questão da biodiversidade que a nosso ver constitui um componente básico para a Educação Ambiental, pois fornece elementos de discussão, de reflexão e de ação necessários à mudança das relações entre o homem e o meio. Teve como foco de interesse investigar o modo como são enunciadas as manifestações sobre o tema biodiversidade nos livros textos utilizados de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental. Nosso estudo se justifica pela importância que os livros têm como recurso didático no dia-a-dia das escolas. Um questionário foi enviado a vinte escolas da região de Moji Mirim solicitando que indicassem o título e o autor dos livros de Ciências utilizados de 5º a 8º séries do ensino fundamental. Optou-se por analisar as quatro coleções mais citadas pelos professores. As categorias utilizadas para investigar o modo como são enunciadas as manifestações sobre o tema biodiversidade foram as seguintes: evocação; definição, aplicação, descrição, interpretação e problematização, que representam uma análise sequencial de conteúdos.De maneira geral, o tema biodiversidade é pouco explorado pelos autores dos livros do ensino fundamental. É feito de forma fragmentada, sem a intenção de apresentar o tema de maneira seqüencial. Os prejuízos para o homem com a perda da biodiversidade parecem dominar as preocupações dos autores, o que demonstra uma visão bastante antropocêntrica, apesar das orientações dos PCNs de que a diversidade biológica não deve ser conservada apenas por sua importância como recurso para o homem, mas também por um princípio ético. Os animais e plantas estão à disposição do homem, para servirem como recursos econômicos, alimentos, remédios, etc. Os livros, quando definem biodiversidade se limitam à diversidade de espécies mesmo após o termo ter se expandido para compreender três níveis de diversidade biológica: diversidade genética, diversidade

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de espécies e diversidade ecológica. As informações dos alunos sobre a diversidade de seres vivos ficam muito restritas às descrições morfológicas e fisiológicas dos seres vivos. Além disso, o fato dos textos serem apresentados como complementares, aos finais dos capítulos, pode suscitar nos aprendizes que aquele assunto é menos importante, opcional. No caso do tema biodiversidade, em função das deficiências encontradas, não seria conveniente que os livros analisados fossem o único recurso didático a ser utilizado pelos professores em sala de aula.Palavras-Chave: Biodiversidade, livros textos, ensino fundamental ABSTRACTThis work is a piece of a Mastership dissertation in course which main subject is biodiversity. In our point of view such question constitutes a basic component for Environmental Education because it provides points for debate, reflection and action which are necessary for the changing in the relations between man and the environment. Its interest was focused in the investigation of how manifestations about this subject are enunciate in didactic books from 5th to 8th degree of basic teaching. Our study is justified for the importance belonged to books as a didactic resource of schools routine. A questionnaire was sent to twenty schools of Moji Mirim region in order to ask Science teachers for 5th to 8th degrees to indicate the title and author of the used books. It was chosen the four more quoted collections for analyses. The categories used to investigate how manifestations about biodiversity are enunciated were the following: evocation, definition, application, description, interpretation and problematization, which represent a sequential analysis of contents. In a general way the subject biodiversity is little explored by the authors of basic teaching books in a fragment form not concerning to presenting the subject in a sequential manner. Prejudices for man with the loss of biodiversity seem to occupy authors preoccupations what demonstrates a very anthropocentric view, in spite of the PCNs orientations that biological diversity should not be preserved only for its importance as a resource for man, but also an ethical principle. Animals and plants are at man’s disposal to serve as economical resources, food, remedies, etc. Books, when they define biodiversity, are restricted to the species diversity even after the term have suffered

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an expansion to comprehend three levels of biological diversities: genetics diversity, species diversity and ecological diversity. Student’s information about diversity of live beings remains restricted to morphological physiological descriptions of live beings. Furthermore, the fact of texts are presented as complementary texts in the end of chapters can rouse that such subject is less important or optional in the students. In the biodiversity subject case, in the function of deficiencies found, it shouldn’t be convenient that the analyzed books were the only didactic resource to be used by teachers in the classroom.Key words: Biodiversity, textbooks, basic teaching I. INTRODUÇÃO Este trabalho é um recorte de uma dissertação de mestrado em elaboração que tem como tema central a questão da biodiversidade que a nosso ver constitui um componente básico para a Educação Ambiental, pois fornece elementos de discussão, de reflexão e de ação necessários à mudança das relações entre o homem e o meio. Como o objetivo da dissertação é conhecer as concepções que têm os alunos do primeiro ano do ensino médio sobre a temática, uma vez que é nessa série que os alunos vão ter um aprofundamento de conceitos mais específicos de Biologia, entre eles o de biodiversidade, consideramos importante analisar o que trazem os livros textos utilizados no ensino fundamental, para estabelecer possíveis relações. Assim sendo, este trabalho tem como foco de interesse investigar o modo como são enunciadas as manifestações sobre o tema biodiversidade nos livros textos utilizados de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental. Apesar da perda da biodiversidade não ser um problema recente, só nesses últimos anos é que a comunidade internacional tomou providências quanto ao estabelecimento de planos e estratégias para a sua conservação e uso sustentável. Em 1992, foi realizada no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Nesta reunião, 150 países, incluindo o Brasil, assinaram a Convenção da Diversidade Biológica (CDB), que entrou em vigor no dia 29 de dezembro de 1993. O Brasil ratificou a CDB em fevereiro de 1994. A CDB é o principal instrumento do compromisso firmado por estes países para buscar “...a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e eqüitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos...” (Art.1, CDB).

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Além deste tratado, a biodiversidade também é tratada no Capítulo 15 da Agenda 21, outro importante acordo internacional assinado na mesma época. Neste documento, é enfatizada a necessidade de se aprimorar e estimular a sua conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. De acordo com o Art. 13 da CDB, que trata da Educação e Conscientização Pública, deve-se: “Promover e estimular a compreensão da importância da conservação da diversidade biológica e das medidas necessária a esse fim, sua divulgação pelos meios de comunicação e a inclusão desses temas nos programas educacionais”.Portanto, é necessário desenvolver nas escolas uma educação ambiental adequada, no sentido de sensibilizar os educandos para a real importância da biodiversidade e desenvolver uma consciência ecológica voltada para a criação de uma sociedade moderna, com valores e atitudes ambientalmente corretas. Mas o estudo da biodiversidade não pode estar dissociado de todos os demais problemas ambientais e sociais. É necessário desenvolver mecanismos de integração às ações e objetivos mais gerais e abrangentes da educação e em especial da educação ambiental. Segundo Manzochi (1994), a conservação da biodiversidade é um tópico, dentro do próprio ensino de Ecologia, potencialmente capaz de suscitar discussão de valores e ética ambiental, incluindo aspectos utilitários e os essencialmente éticos. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) / Temas Transversais “Meio Ambiente” o tema biodiversidade é também considerado: “Um dos valores que passa a ser reconhecido como essencial para a sustentabilidade da vida na Terra é o da conservação da diversidade biológica (biodiversidade”) (PCNs,1998, p.241). A sustentabilidade no planeta está ameaçada devido às ações humanas. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), um dos princípios fundamentais para uma sociedade sustentável é respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos (princípio fundamental). Outro princípio fundamental que corresponde a um critério de sustentabilidade é o de conservar a vitalidade e a diversidade do Planeta Terra (PCNs, 1998, p.240).Nos PCNs da área de Ciências Naturais e Meio Ambiente/Ensino Fundamental (1998), o tema biodiversidade é destacado e os aspectos da Ecologia importantes são o estudo da biodiversidade de ecossistemas, biodiversidade de espécies e biodiversidade genética. Também é importante o estudo de como as espécies aparecem, permanecem e

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desaparecem; as causas da perda da biodiversidade, a compreensão da gravidade da extinção de espécies e da alteração irreversível de ecossistemas.Segundo os PCNs (1998) no ensino de Biologia é essencial o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento, contribuindo para a educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do mundo e da vida, capazes assim de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões.A conservação da diversidade biológica é considerada estratégica para a qualidade de vida no planeta. Cada espécie tem um importante papel na manutenção do equilíbrio biológico. Cada vez mais descobrimos novas substâncias naturais de grande valor para a saúde humana, para alimentação, para obtenção de produtos como tinturas, fibras, etc. A diversidade biológica é um verdadeiro laboratório de animais e vegetais, um banco genético de riqueza incalculável. Mas, a diversidade biológica não deve ser conservada apenas por sua importância como recurso para o homem, mas também por um princípio ético.“Todas as espécies merecem respeito, pertencemos todos à mesma e única trama da vida neste planeta” (PCNs, 1998, p. 242).Pelo exposto, como pode ser observado, tanto nos documentos internacionais como nos Parâmetros Curriculares Nacionais há um destaque para a questão da biodiversidade que é hoje um dos mais graves problemas ambientais, pois uma vez destruído o ecossistema e a espécie extinta não há retorno, tornando-se um fato irreparável. Segundo Primack e Rodrigues(2002, p.82), as atividades humanas que apresentam as maiores ameaças à diversidade biológica são: destruição; fragmentação; degradação do hábitat (incluindo poluição); superexploração das espécies para uso humano; introdução de espécies exóticas e o aumento da ocorrência de doenças. O biólogo Wilson (s/d) apud Santos (s/d) resume sua inquietação em relação à perda da biodiversidade: É a tolice que nossos descendentes estarão menos dispostos a nos perdoar.Feitas essas considerações iniciais, gostaríamos de esclarecer que o trabalho não tem como objetivo procurar nos livros didáticos, imprecisões e/ou erros conceituais, mas deficiências que podem comprometer as concepções dos alunos do ensino fundamental a respeito do conceito de biodiversidade. Esperamos com isso auxiliar o professor de Ciências e de Biologia a abordar o conceito de biodiversidade de forma complexa, concernente à

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totalidade do mundo vivo, dos genes à biosfera, considerando questões de ordem econômica, ecológica e ética. II. FUNDAMENTOSO que é Biodiversidade? Conceituação e ImportânciaBiodiversidade é hoje um termo mundialmente conhecido e muito usado na mídia. É um termo recente, introduzido em 1988, num livro organizado pelo ecólogo Edward O. Wilson, da Universidade de Harvard a partir do Fórum Nacional sobre Biodiversidade, realizado em Washington, Estados Unidos, de 21 a 24 de setembro de 1986. O termo que originalmente significava diversidade de espécie passou a ter um sentido mais abrangente, de diversidade genética e riqueza de espécies e, em seguida expandiu-se para compreender três níveis de diversidade biológica: diversidade genética (dentro das espécies), diversidade de espécies (entre as espécies) e diversidade ecológica (entre as comunidades e ecossistemas).Há muitas definições, mas todas elas enfatizam que diversidade biológica ou biodiversidade refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna e de microorganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e ecossistemas formados pelos organismos. Portanto, deve-se considerar a biodiversidade segundo três níveis: diversidade genética, diversidade de espécies e diversidade ecológica, estabelecendo uma certa hierarquia entre elas, pois: - Genes determinam as diferenças entre os indivíduos de uma população, indivíduos semelhantes pertencem a uma mesma espécie e populações em conjuntos formam comunidades que fazem parte dos ecossistemas. A diversidade genética, analisada dentro de cada espécies, se refere à totalidade de genes diferentes, medindo tanto as diferenças entre indivíduos de um determinado universo, quanto as diferenças entre populações naturais, que podem estar separadas entre si, pela perda e fragmentação dos hábitats naturais.A diversidade de espécies trata-se da totalidade de espécies diferentes presentes num determinado ambiente. Abrange a diversidade da vida em todos os seus níveis, desde as bactérias e protistas até os reinos das plantas, dos fungos e dos animais.

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A diversidade de comunidades/ecossistemas tem sido a mais difícil de caracterizar, pois podemos entender como sendo um ecossistema, desde uma poça de água até uma imensa floresta. Deve-se considerar não apenas a variação entre as comunidades biológicas nas quais as espécies vivem e os ecossistemas onde estas comunidades se encontram, como também as interações entre esses níveis. É necessário compreender que todos os níveis de diversidade biológica são necessários para a sobrevivência contínua das espécies e das comunidades naturais e todos são importantes para a espécie humana (PRIMACK; RODRIGUES, 2002, p. 10-11).Os serviços prestados pelos ecossistemas ao homem são incalculáveis. A manutenção das florestas tropicais e das bacias hidrográficas é a grande aliada na manutenção do ciclo da água, garantindo não só a quantidade, mas também a qualidade da água. Já perda da biodiversidade põe em risco ecossistemas inteiros, o que seria uma perda irreparável.A biodiversidade representa um conjunto de recursos biológicos essenciais para a vida das sociedades humanas. É fonte de matéria prima para nossa alimentação, na indústria farmacêutica (fonte de moléculas para produção de medicamentos), matéria prima para a indústria e uso doméstico (madeira, borracha, algodão, etc). Na agricultura, a biodiversidade tem grande importância como fonte de materiais genéticos, fornecendo genes selvagens para melhorar as plantas cultivadas. Segundo Lévêque (1999), pode-se considerar três grandes motivos para a preservação da biodiversidade: Motivos econômicos, motivos ecológicos e motivos éticos e patrimoniais. Embora o uso prático da biodiversidade seja importante, não é apenas com ele que as pessoas precisam se preocupar. Há também o valor de existência. Este valor leva as pessoas a terem vontade de manter as espécies independentes do lucro ou benefício direto que ela pode dar. Este valor está associado ao desejo de manter uma espécie, para poder visitar um habitat natural e ver esta espécie viva, admirar as belezas naturais, poder imaginar que estas poderão permanecer para as futuras gerações. Diante de tais situações, torna-se urgente criar condições para preservar o que ainda pode ser salvo. Para isso é necessário mobilizar conhecimentos científicos, sensibilizar políticos, despertar o interesse da população e de grandes lideranças. O contato com a natureza e com outras formas de vida será essencial nesses tempos de crise. A importância dos livros didáticos

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Nosso estudo se justifica pela importância que os livros têm como recurso didático no dia-a-dia das escolas. Eles são, ainda hoje, a maior fonte de informações para os alunos, principalmente nas escolas públicas. Utilizados com muita regularidade no cotidiano escolar, muitas vezes tornam-se a única fonte do saber e a única literatura do aluno. Com a distribuição gratuita do livro didático pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), todos os alunos do ensino fundamental têm garantido o acesso a este recurso, que utilizado durante o ano letivo, tem que ser devolvido para a reutilização no ano seguinte. O livro didático acaba sendo, na maioria das vezes, o único recurso didático-pedagógico utilizado pelos professores da rede pública.É ingênuo acreditar que os livros não trazem erros, imprecisões e deficiências de toda a ordem. São muitas as evidências que demonstram que os manuais utilizados em sala de aula contêm enganos que podem vir a comprometer a aprendizagem dos alunos. Campanário (2003) cita um trabalho de investigação em que 8 revisores analisaram 19 livros textos de Física, os mais utilizados nos Estados Unidos, e encontraram um número impressionante de erros.Para Ortiz de Haro (1999, apud Cobo; Batanero, 2004, p.6) um livro texto é considerado como um segundo nível de transposição didática, depois do primeiro nível que é constituído pelos currículos e programa oficiais. Se em um livro aparece um significado equivocado, incompleto, este pode chegar a ser transmitido aos alunos. Por isso, há necessidade que o professor mantenha uma vigilância epistemológica sobre os conteúdos dos livros didáticos, mas nem sempre isso é possível.O professor, que muitas vezes tem uma jornada muito grande de trabalho, acumulando um grande número de aulas, em duas ou mais escolas, muitas vezes acumulando dois cargos na rede pública ou mesmo na rede pública e particular, não encontra tempo para o preparo de suas aulas e nem de recursos auxiliares. Também, muitas vezes não encontra na rede pública, outros recursos disponíveis, tornando assim, o livro didático indispensável no seu trabalho diário. “Os professores, diante das péssimas condições de trabalho, baixos salários e falta de recursos pedagógicos, são obrigados a ministrarem muitas aulas, adotando os Livros Didáticos como suporte básico nas atividades educacionais” (SATO, 2003, p.34).Pelo quadro estabelecido, pelas condições de trabalho do professor e pela falta de recursos

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pedagógicos, o livro didático acaba se tornando um mal necessário, segundo Faria (1994, p. 80), “já que de alguma forma facilita o trabalho do professor, que, ganhando tão pouco, precisa dar muitas aulas e não tem tempo de prepará-las como gostaria”. III- METODOLOGIAPara se levar a cabo a análise, foi realizada uma seleção dos principais livros didáticos distribuídos pelo Programa Nacional de Livro Didático (PNLD) no ano de 2002 e 2003, nas escolas pertencentes à Diretoria de Ensino de Moji Mirim, SP. Os livros didáticos foram escolhidos de acordo com uma pesquisa realizada com professores da rede pública de ensino das cidades de Moji Mirim e Mogi Guaçu, ligadas à Diretoria de Ensino de Moji Mirim.Um questionário foi enviado a vinte escolas dessa região solicitando que indicassem o título e o autor dos livros de Ciências utilizados de 5º a 8º séries do ensino fundamental. Dos vinte questionários enviados treze retornaram respondidos e estes serviram de material para a pesquisa. Optou-se por analisar os quatro títulos mais citados pelos professores. Cremos que essas coleções representam bem os livros de Ciências neste nível escolar. Ao todo foram analisados 16 livros.A pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, utilizou os pressupostos da análise de conteúdo. Por técnica de análise de conteúdo está se tomando aquela que define uma unidade de análise, seja ela através do aparecimento ou total ausência de palavras-chave ou de afirmativas e propostas sobre uma determinada questão (BARDIN, 1977). As categorias utilizadas para investigar o modo como são enunciadas as manifestações sobre o tema biodiversidade foram as seguintes: evocação; definição, aplicação, descrição, interpretação e problematização, que representam, segundo Jiménez; Perales (2001) uma análise sequencial de conteúdos (tabela 1).Tabela 1. Categorias utilizadas no estudoCategoria DescriçãoEvocação Quando se faz uma referência a um fato da experiência cotidiana ou a um

evento que se supõe conhecido pelo alunoDefinição Quando se estabelece o significado de um termo novo em seu contexto teóricoAplicação É um exemplo que consolida a definição

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Descrição Refere-se a fatos ou eventos que se supõem desconhecidos pelo aluno e que permitem apresentar um contexto necessário

Interpretação São passagens explícitas nas quais se utilizam os conceitos teóricos para descrever relações entre os acontecimentos

Problematização São questões colocadas que não podem ser resolvidas com os conceitos já definidos. Sua finalidade é incitar os alunos e estimular o interesse pelo tema

Fonte: Categorias adaptadas de Jiménez; Perales (2001, p.5)Os procedimentos utilizados para a análise dos livros didáticos foram os seguintes: em primeiro lugar foi realizada uma leitura minuciosa das coleções, com o objetivo de se identificar os volumes, os capítulos e os eventos que utilizavam o termo biodiversidade e questões relacionadas. Denominamos evento à aparição no texto de uma frase que desempenha uma das funções definidas na tabela 1. As frases foram separadas em grupos, contemplando as categorias propostas.Os livros utilizados foram os seguintes: Coleção 1: Ciências, dos autores Pereira, Santana & Waldhelm. Editora do Brasil ; Coleção 2: Ciências – Entendendo a Natureza, dos autores César, Sezar & Bedaque. Editora Saraiva ; Coleção 3: Ciências, dos autores Carlos Barros e Wilson Roberto Paulino. Editora Ática; Coleção 4: Vivendo Ciências, dos autores Mariz e Santos, Editora FTD

IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os livros de Ciências do ensino fundamental, geralmente se apresentam em coleções de quatro volumes, cada um destinado a uma das quatro últimas séries do ensino fundamental. De forma geral, os livros de Ciências destas séries têm sido elaborados de acordo com temáticas próprias para cada série. Esta tendência foi observada nos livros analisados e, também, muita proximidade tanto na abordagem quanto no conjunto de conceitos desenvolvidos. A excessiva padronização nos livros didáticos é um dos aspectos negativos deste recurso, segundo Fracalanza et al. (1986) e Fracalanza (1992).Tradicionalmente, no ensino de Ciências, o conteúdo relativo à temática “seres vivos” está enfocado com mais profundidade na 6ª série. Embora haja uma sugestão para que esse tema seja trabalhado nas demais séries e, alguns autores já seguem esta tendência, como

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foi observado numa das coleções analisadas, a maioria continua apresentando este padrão. Nos volumes que são utilizados na 5ª série registrou-se a segunda maior concentração de temas relativos aos “seres vivos e ambiente”. A tabela 2 mostra o número de vezes em que o termo Biodiversidade foi encontrado nas 4 coleções. Tabela 2. Número de vezes que o termo foi encontrado nos volumes destinados a cada sérieColeção 5ª série 6ª série 7ª série 8ª sérieColeção 01 Nenhuma 02 Nenhuma NenhumaColeção 02 01 02 Nenhuma Nenhuma Coleção 03 Nenhuma 02 Nenhuma Nenhuma Coleção 04 Nenhuma Nenhuma Nenhuma Nenhuma

A análise mostra que poucas vezes o termo biodiversidade foi citado e mesmo assim, não se verificou uma discussão mais aprofundada sobre a sua importância. Pelo visto os autores ainda não incorporaram esse conceito nos conteúdos trabalhados em Ciências, talvez por ser um tema relativamente recente.A seguir, são registrados os eventos encontrados nas categorias estabelecidas na tabela 1, para todas as coleções. Tabela 3. 1ª Categoria: EvocaçãoColeção/livro/p. evento1ª Coleção/6ª série (p.44) “Com certeza, você não conhece todos os seres vivos que habitam a Terra,

pois eles constituem uma variedade muito grande.2ª Coleção/5ª série (p.214) Não há evocação3º Coleção/6ª série (p.48) A água do rio chega ao final de seu percurso muito rica em nutrientes,

formando nessa região um ambiente aquático muito especial. As lagunas são exemplos desse tipo de ambiente que favorece uma rica biodiversidade”.

4º Coleção/6ª série (p.31) “A floresta Amazônica abriga a maior variedade de vida de todo o mundo. A diversidade de animais da região é imensa”.

Tabela 4. 2ª Categoria: DefiniçãoColeção/livro/p. evento1ª Coleção/6ª série (p.44) “É a essa grande variedade de seres vivos existentes no nosso planeta que

chamamos biodiversidade”

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2ª Coleção/5ª série (p.214) 2ª coleção/6ª série (p.14)

“A palavra biodiversidade está muito em moda, atualmente, quando se fala do ambiente. Ela quer dizer riqueza biológica e refere-se ao grande número de espécies de animais e vegetais que existem em determinada região”.Esse tema, que tem despertado vivo interesse e muitas discussões nos meio científicos(...) se refere à grande diversidade, variedade de espécies que povoam a Terra, e à importância que isso representa para a humanidade”.

3º Coleção/6ª série (p.48, 74) “Biodiversidade – A palavra bio é de origem grega e significa vida. O termo biodiversidade – diversidade da vida – se refere a numerosos e diferentes seres que vivem e interagem num sistema de interdependência entre si e com o ambiente” “Vimos ao longo deste capítulo que a biodiversidade é composta por milhares de forma de vida que habitam os mais diversos ambientes do globo terrestre, de pólo a pólo”.

4º Coleção/6ª série (p.31) Não define

Tabela 5. 3ª Categoria: AplicaçãoColeção/livro/p. evento1ª Coleção/6ª série (p.44) Não há exemplos2ª Coleção/6ª série (p.14 e 177)

“Um simples mergulho numa região de recifes de corais, em qualquer um dos mares tropicais do mundo, nos dá uma boa idéia do que significa biodiversidade”. “Um dos mais espetaculares exemplos de biodiversidade numa família de vegetais é revelado num simples passeio pelas matas tropicais do Brasil, onde podemos encontrar muitas espécies de bromélias”

3º Coleção/6ª série (p.49) Não há exemplos4º Coleção/6ª série (p.31) Não há exemplos

Tabela 6. 4ª Categoria: DescriçãoColeção/livro/p. evento1ª Coleção/6ª série (p.266) “Muitas espécies vegetais e animais já desapareceram da Terra e outras estão

ameaçadas”. 2ª Coleção/5ª série (p.214) “Acredita-se que exista um número muito grande espécies desconhecidas em

nossas florestas, que poderão vir a ser de grande valia para o homem. É claro que o desaparecimento de espécies é um prejuízo para toda a biosfera, incluindo a espécie humana. Afinal está sendo jogada fora uma riqueza biológica cujas características não foram sequer pesquisadas”

3º Coleção/6ª série (p.185 e 171)

“Com desmatamentos, queimadas, alagamentos de grandes áreas, muitas espécies podem ser extintas antes que as conheçamos, se não tomarmos cuidados”.“Leia com atenção este artigo dos Direitos dos Animais: Declaração Universal dos Direitos dos Animais”

4º Coleção/6ª série (p.159) “Esquecem-se (as pessoas) de um grande número de espécies (de cobras) controla de forma eficaz o crescimento das populações de insetos e roedores”.

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Tabela 7. 5ª Categoria: InterpretaçãoColeção/livro/p. evento1ª Coleção/6ª série (p.266) “A biodiversidade já está diminuindo a passos largos. Uma das causas, talvez

a principal, é a destruição dos hábitats”.“As causas da extinção das espécies são as mais diversas: mudanças no ambiente, falta de alimento, dificuldades de reprodução e, sobretudo, a ação destruidora do ser humano”.

2ª Coleção/5ª série (p.214) “O desmatamento indiscriminado leva à destruição dos ecossistemas, e à extinção das espécies que neles vivem. Num cálculo aproximado, avalia-se que, por esse motivo, desaparecem a cada dia do planeta mais ou menos 100 espécies”.

3º Coleção/6ª série (p. 184) “O tráfico de animais, por ano, retira muitas espécies do seu habitat. A maioria deles morre por falta de alimento apropriado, etc.”

4º Coleção/6ª série (p. 159 e 174)

“A caça indiscriminada de certos lagartos, de jacarés e de tartarugas tem reduzido muito a população desses répteis”. “Com as matas cada vez mais cedendo lugar às lavouras, os animais que nela vivem ficam sem alimento. Os herbívoros resolvem o problema invadindo e comendo plantações. Os carnívoros passam a caçar animais como ovelhas, bezerros e outros filhotes”.

Tabela 8. 6ª Categoria: ProblematizaçãoColeção/livro/p. evento1ª Coleção/6ª série (p. 269, 270)

“Se o ser humano souber explorar os diversos ecossistemas da Terra sem destruí-los, estará preservando todas as espécies e garantindo recursos para gerações futuras”.Recentes estudos no Brasil e Peru têm revelado que o modo mais criativo e imediato de combinar objetivos de desenvolvimento e conservação é explorar as florestas apenas para produtos como alimentos, óleo, borracha e medicamentos”. “Por que faz sentido dizer que os animais estão ameaçados de desaparecer da Terra por extermínio em vez de por extinção?”

2ª Coleção/5ª série (p.214) Quantos possíveis remédios para a AIDS, ou para o câncer, ou para o enfarte não estão sendo descartados antes de um estudo conveniente?Que perigo resulta, para a humanidade, do desaparecimento de espécies vegetais ainda não bem conhecidas e estudadas?

3º Coleção/6ª série (p.172, 185 )

“A criação de reservas e parques florestais visa a proteger e garantir a reprodução de várias espécies em risco”. “Quais as possíveis ações do homem que podem pôr as aves (e os animais) em perigo?”

4º Coleção/6ª série (p.32) “O crescimento da população e desenvolvimento ocorridos durante o século XX vêm levando à ocupação de áreas cada vez maiores da floresta amazônica”

De maneira geral, o tema biodiversidade é pouco explorado pelos autores dos livros do

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ensino fundamental. É feito de forma fragmentada, esporádica, sem objetivos claros. Quando definem biodiversidade se limitam à diversidade de espécies, conforme pode ser observado na tabela 4, mesmo após o termo ter se expandido para compreender três níveis de diversidade biológica: diversidade genética (dentro das espécies), diversidade de espécies (entre as espécies) e diversidade ecológica (entre as comunidades e ecossistemas). Somente um deles, ao dar exemplos, trabalha a questão da biodiversidade genética, ao se referir à diversidade dos corais e das bromélias (tabela 5).Observa-se que a evocação de situações familiares e a aplicação, que são exemplos que ajudam a consolidar a definição, são insuficientes em todas as coleções.Na categoria interpretação (tabela 7) parece haver, por parte dos autores, uma maior atenção à perda da biodiversidade do que a sua manutenção. Culpam o desmatamento, a destruição dos hábitats, a caça e o tráfico de animais dissociados de todos os demais problemas ambientais e sociais. A descrição e apresentação de situações problemáticas desempenham também papéis importantes na construção do conceito. Nessas duas categorias, representadas nas tabelas 6 e 8, os prejuízos para o homem com a perda da biodiversidade parecem dominar as preocupações dos autores, o que demonstra uma visão bastante antropocêntrica, isto é, os animais e plantas estão à disposição do homem, para servirem como recursos econômicos, alimentos, remédios, etc. Uma das questões colocadas sobre o problema da perda da biodiversidade (tabela 8) mostra bem isso: Quantos possíveis remédios para a AIDS, ou para o câncer, ou para o enfarte não estão sendo descartados antes de um estudo conveniente? Parece dizer que se houver um estudo preliminar e nada de novo for encontrado, a espécie pode ser descartada.Segundo os PCNs (1998, p.242), a diversidade biológica não deve ser conservada apenas por sua importância como recurso para o homem, mas também por um princípio ético.“Todas as espécies merecem respeito, pertencemos todos a mesma e única trama da vida neste planeta”. Não é isso que se observa nos livros, em geral. Somente um deles traz a declaração dos direitos dos animais. Em todos as coleções há destaques para os animais em extinção: jacaré, ema, paca, pássaro (curió, canário-da-terra, canário-belga, sabiá, estevão, azulão e cardeal), siriema, lobo-guará, tamanduá-bandeira, cervo-do-pantanal, onça-pintada, pica-pau-de-cara-amarela,

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ararinha-azul, mico-leão-dourado, mutum-cavalo, tartaruga-de-couro, capivara, peixe-boi. Quanto à extinção de vegetais, o número total citado nas 4 coleções não passa de quatro: pau-brasil, palmiteiro, samambaiaçu e pinheiro -do- paraná. V. CONSIDERAÇÕES FINAIS Observa-se nos livros, em geral, pouca atenção ao tema. As questões sobre a extinção das espécies, perda da diversidade, aparecem, geralmente, em textos complementares, sem questionamentos, nos livros de 6 º séries que abordam “Seres Vivos”. Não estão integradas de modo efetivo aos conteúdos. Isto faz com que se dê maior ênfase aos conteúdos teóricos de classificação e características dos seres vivos ou ecossistemas, deixando de lado as reflexões importantes sobre os problemas ambientais. Pelo fato desses textos serem, em geral, apresentados como “leitura complementar”, aos finais dos capítulos, pode suscitar no aluno que o assunto é menos importante, opcional. De maneira geral é inadequada a abordagem sobre o tema biodiversidade, pois a visão antropocêntrica coloca em risco o respeito à natureza pelo seu valor em si, independentemente dos serviços que possa prestar à espécie humana. Para Larrère (2000, p.17), não se trata de opor-se ao antropocentrismo instrumental ao ecocentrismo do valor intrínseco, como se fosse necessário fazer uma escolha, como se fosse necessário perecer o último homem para poder viver o último lobo, ou vice-versa. Para a autora, os dois enfoques podem existir desde que haja consenso sobre uma concepção dinâmica e integrada da biodiversidade, sistema evolutivo que inclui o homem. As categorias utilizadas para investigar o modo como são enunciadas as manifestações sobre o tema biodiversidade se mostraram adequadas, pois apontam ausências de elementos que poderiam fazer o ensino do tema biodiversidade mais significativo e mais apropriado, conforme indicações dos PCNs e da Convenção sobre Diversidade Biológica. Como já alertamos no início desse trabalho, o objetivo não foi descobrir erros, mas mostrar ao professor que o livro didático não pode ser concebido como aquele que contém todas as informações necessárias sobre um determinado assunto. Sempre que possível, é interessante o professor utilizar outros materiais didáticos, além do livro-texto. Finalizando, concordamos com Sato (2003, p.33) quando diz: “Não existe um livro bom

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ou ruim. O valor do texto é determinado pelo professor, que deve decidir como usar, criticamente, um livro didático”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa/Portugal: Edições 70, 1977BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998._______, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclo: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998._______, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999. CAMPANÁRIO, J. M. De la necesidad, virtud: cómo aprovechar los errores y las imprecisiones de los libros de texto para enseñar física. Enseñanza de las Ciencias, vol.21, número 1, marzo de 2003.COBO, B.; BATANERO, C. Significado de la media en los libros de texto de secundaria. Enseñanza de las Ciencias, vol.22, número 1, marzo de 2004.FARIA, A.L.G.de. Ideologia no Livro Didático, 11ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. FRACALANZA, D.C. Crise ambiental e ensino e ecologia: o conflito na relação homem-mundo natural. Campinas, 1992, Tese (doutorado) Faculdade de Educação, UNICAMPFRACALANZA, H.; AMARAL, I.A. do; GOUVEIA, M.S.F. O ensino de Ciências no primeiro grau. São Paulo: Atual, 1986.JIMENEZ, J. De Dios; PERALES, F. J. Aplicación del análisis secuencial al estudio del texto escrito e ilustraciones de los libros de física y química de la ESO. Enseñanza de las Ciencias, vol.19, número 1, marzo de 2001.LARRÈRE, C. O homem e a natureza, juntos. O Correio da Unesco. Ano 28, nº 7, jul. 2000.LÉVÊQUE, C. A Biodiversidade. Bauru: EDUSC, 1999.MANZOCHI, L.H. Participação do ensino de ecologia em uma educação ambiental voltada para a formação da cidadania: a situação das escolas de 2º

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grau no município de Campinas. Campinas, 1994. 2v. Tese(Mestrado) – Inst. de Biologia, UNICAMP.PRIMACK,R.B., RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. Londrina: Vida, 2002.SANTOS, A.S.R. A Biodiversidade: Conceito e Importância. Disponível em: www.aultimaarcadenoe.com. Acesso em 08.08.2004SATO, M. Educação Ambiental, São Carlos: RIMA, 2003.WILSON, E.O. Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997.

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