Um norte para a política industrial...de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado...

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ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB ANO XVII Nº 217 DEZEMBRO 2011 Bahia FIEB, governo do Estado e Petrobras definem prioridades para a indústria baiana Um norte para a política industrial

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ISSN 1679-2645

Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB aNo XVII Nº 217 dezemBro 2011

Bahia

FIEB, governo do Estado e Petrobras definem prioridades para a indústria baiana

Um norte para a política industrial

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� Bahia Indústria

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Um passo importante no planejamento industrialNas últimas seis décadas, o Nordeste experimentou certo surto de in-

dustrialização a partir dos incentivos fiscais concedidos pela SUDE-

NE ou pelos estados da região. Com o fim da guerra fiscal decretado

pelo Supremo Tribunal Federal, é necessário repensar alternativas

de desenvolvimento, particularmente de incentivo à indústria.

É com essa finalidade que, no âmbito do Projeto Aliança, Gover-

no do Estado, Petrobras e Federação das Indústrias do Estado da

Bahia, com a coordenação do Instituto Euvaldo Lodi, lançaram o

documento Política Industrial da Bahia – Estratégias e Proposições.

O lançamento, durante evento com a presença do governador Jaques

Wagner, foi prestigiado por personalidades dos mundos político,

acadêmico e empresarial.

Elaborado a partir das contribuições de 86 profissionais de reco-

nhecido mérito e de consultas a vasta bibliografia, o documento faz

um diagnóstico da realidade industrial baiana e propõe alternativas

capazes de alavancar o crescimento de dez segmentos escolhidos: au-

tomotivo; agoindústria; calçados e segmentos intensivos em design;

celulose e a cadeia da madeira; construção civil; intensivos em tecno-

logia (informática, fármacos etc); mineração e transformação mineral;

naval e offshore; petróleo e gás; química e petroquímica.

Ao mesmo tempo, aborda também temas transversais aos dez

segmentos selecionados. São: política fiscal e de desenvolvimento

regional; energia; infraestrutura logística; inovação tecnológica;

educação profissional; sustentabilidade ambiental e responsabilida-

de social empresarial; e fomento ao empreendedorismo e promoção

de pequenas empresas.

Para cada um dos dez segmentos tratados são definidas estra-

tégias e correspondentes proposições. Por exemplo, na construção

civil, uma das quatro estratégias aponta para a necessidade de

melhorar a produtividade do setor com a incorporação de técnicas

construtivas inovadoras. As proposições daí decorrentes incluem a

criação de grupo de inteligência tributária intra-cadeia para reduzir

a cunha tributária e incentivar o encadeamento produtivo; e sugere

criar laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, mais um

Núcleo de Certificação de Desempenho e de Novas Soluções na Cons-

trução, com liderança do SENAI.

Como afirma o presidente da FIEB, José Mascarenhas, uma pro-

posta de planejamento foi feita; agora ela precisa ser implementada.

EDITORIAL

FIEB, Governo do Estado e Petrobras lançam proposta de planejamento para a indústria na Bahia, definindo estratégias e ações

A indústria baiana foi

radiografada pelo estudo, com a

colaboração de 86 entrevistados

joão a

lvarEz

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SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação

e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia,[email protected] / Sindicato da

indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de

ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da

cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,

PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-

triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-

trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS

no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro

de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS

indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria

da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS Sintéti-

caS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da

indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS Quími-

coS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de

mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS,

SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS

e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindica-

to daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e

itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana,

[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS,

BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected]

fiEBPresidente josé de Freitas Mascarenhas. 1º Vice-

Presidente: victor Fernando ollero ventin. Vice-

Presidentes Carlos Gilberto Cavalcante Farias;

Emmanuel Silva Maluf; reinaldo Dantas Sampaio;

vicente Mário visco Mattos. diretores titulAres alberto Cânovas ruiz; antonio ricardo alvarez al-

ban; andré régis andrade; Carlos Henrique jorge

Gantois; Claudio Murilo Micheli Xavier; Eduardo Ca-

tharino Gordilho; josair Santos Bastos; leovegildo

oliveira De Souza; luiz antonio de oliveira; Manuel

ventin ventin; Maria Eunice de Souza Habibe; re-

ginaldo rossi; Sérgio Pedreira de oliveira Souza;

Wilson Galvão andrade. diretores suPlentes adal-

berto de Souza Coelho; alexi Pelagio Gonçalves

Portela júnior; Carlos alberto Matos vieira lima;

juan josé rosário lorenzo; Marcos Galindo Pereira

lopes; Mário augusto rocha Pithon; Noêmia Pinto

de almeida Daltro; Paulo josé Cintra Santos; ricar-

do de agostini lagoeiro

conSElhoSconselho de economiA e desenVolVimento in-

dustriAl antônio Sérgio alípio; conselho PArA

o desenVolVimento emPresAriAl estrAtégico Clóvis Torres júnior; conselho de Assuntos Fis-

cAis e tributários Cláudio Murilo Micheli Xavier; conselho de comércio exterior reinaldo Dantas

Sampaio; conselho dA micro e PequenA emPresA

industriAl Carlos Henrique jorge Gantois; con-

selho de inFrAestruturA Marcos Galindo Pereira

lopes; conselho de meio Ambiente Irundi Sam-

paio Edelweiss; comitê de Petróleo e gás Edu-

ardo rappel; conselho de inoVAção e tecnologiA josé luís Gonçalves de almeida; conselho de

resPonsAbilidAde sociAl emPresAriAl Marconi

andraos oliveira; conselho de relAções trAbA-

Editada pela Superintendência

de Comunicação Institucional

do Sistema Fieb

conselho editoriAl Irundi Ede-

lweiss, Maurício Castro, Cleber

Borges e Mônica Mello. editor

Cleber Borges. estAgiário Fábio

araujo. Projeto gráFico e diA-

grAmAção ana Clélia rebouças.

ilustrAção Gentil. inFogrAFiA Bamboo Editora. trAtAmento de

imAgem Marcelo Campos.

imPressão Stilo Gráfica e Editora FederAção dAs indÚstriAs

do estAdo dA bAhiArua Edístio Pondé, 342 –

Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone: 71

3343-1280 /

www.f ieb.org.br/bahia_ indus-

tria_online

as opiniões contidas em artigos

assinados não refletem necessa-

riamente o pensamento da FIEB.

Filiada à

BahialhistAs Homero ruben rocha arandas; comitê de

Portos reinaldo Dantas Sampaio

ciEBdiretor-Presidente josé de Freitas Mascarenhas.

Vice-Presidentes josé Carlos Boulhosa Baqueiro;

Irundi Sampaio Edelweiss; Marco aurélio luiz

Martins. diretores titulAres Carlos antônio Bor-

ges Cohim Silva; Clovis Torres junior; Fernando

Elias Salamoni Cassis; joão de Teive e argollo;

luís Fernando Galvão de almeida; luiz antunes

athayde andrade Nery; Marconi andraos oliveira;

roberto Fiamenghi; rogelio Golfarb; ronaldo Mar-

quez alcântara; diretores suPlentes Davidson de

Magalhães Santos; Erwin reis Coelho de araujo;

Givaldo alves Sobrinho; Heitor Morais lima; jor-

ge robledo de oliveira Chiachio; josé luiz Poças

leitão Filho; Mauricio lassmann diretor regionAl

oeste Pedro ovídio Tassi

SESi

Presidente do conselho e diretor regionAl josé

de Freitas Mascarenhas. suPerintendente josé Wagner Fernandes

SEnaiPresidente do conselho josé de Freitas Masca-

renhas. diretor regionAl: leone Peter

iElPresidente do conselho e diretor regionAl josé

de Freitas Mascarenhas. suPerintendente arman-

do da Costa Neto

diretor executiVo do sistemA Fieb roberto de Miranda Musser

Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema Fieb, entre em contato

Unidades do Sistema Fieb

sesi – serViço sociAl dA indÚstriA

sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS - (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social - (71) 3343-1490@Camaçari – (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias - (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe - (71) 3254-9930@Itaigara - (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia - (71) 3205-1801@Piatã - (71) 3503 7401@Retiro - (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho - (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho - (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis - (73) 8822-1125@Feira de Santana - (75) 3602 9762@Sul - (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié - (73) 3526-5518@Norte - (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença- (75) 3641 3040@Sudoeste - (77) 3422-2939

senAi – serViço nAcionAl de APrendizAgem industriAl

sede- 71 3343-1351@Cimatec - (71) 3462-9500@Dendezeiros - (71) 3310-9900 @Cetind - (71) 3287-8200@Feira de Santana - (73)3639-9302 @Ilhéus - (73) 3639-9302 @Luís Eduardo Magalhães - (77) 3628-5609@Barreiras - (77) 3612-2188

iel – instituto euVAldo lodi

sede - 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras -77 3611-6136@Camaçari – 71 3621- 0774@Eunápolis - 73 3281- 7954@Feira de Santana - 75 3229- 9150@Ilhéus – 73 3639-1720@Itabuna – 3613-5805@Jacobina - 74 3621-3502@Juazeiro -74 3611-0155@Teixeira de Freitas -733291-0621@Vitória da Conquista - 77 3424-2558

cieb - centro dAs indÚstriAs do estAdo dA bAhiA

sede - 71 3343-1214

sistema fieb nas mídias sociais

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CIN fomenta

comércio exterior

de produtos

baianos, diz João

Marcelo Alves

Rumo a novos meRcados

A Semana Internacional de Fibras

Naturais, realizada em novembro em

Salvador, reuniu pesquisadores e

empresários do setor para definir acordos

comerciais e sugerir políticas públicas

os novos usos das fibRas natuRais paRa a indústRia

Em 7ª edição do evento realizado em

parceria com a Rede Globo, SESI Simões

Filho oferece serviços à população por

meio de mais de 40 atividades de

incentivo ao bem estar

saúde e lazeR paRa mais de quatRo mil pessoas

Em Salvador, o

SENAI-BA forma

primeiras turmas

do Pronatec no

Brasil

foRmação pioneiRa

Documento

lançado pela

FIEB, no âmbito

do Projeto

Aliança, reúne um

diagnóstico da

indústria na

Bahia, aponta

seus gargalos e

propõe estratégias

de crescimento

indústRia mapeada

sUmáRIO dEz 2011

28

FoTo

S jo

ão a

lvarEz

ilustração: gentil

3314

joão alvarEz

16

7

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� Bahia Indústria

Após um longo processo de negociação, no

âmbito de um grupo de trabalho formado

por seis entidades – inclusive a FIEB – e co-

ordenado pela Secretaria da Fazenda do Es-

tado (Sefaz), ficou decidido que as empresas baianas

não incluídas no Simples Nacional terão prorrogado o

prazo de entrega dos arquivos do Sistema Público de

Escrituração Fiscal Digital. Este mecanismo, popular-

mente conhecido como Sped Fiscal, vem ensejando

dificuldades operacionais para ser implementado no

prazo programado para o dia 25 de dezembro, espe-

cialmente para as empresas de pequeno porte.

O documento aprovado pelo grupo de trabalho foi

entregue, no último dia 7 de dezembro, ao secretá-

rio da Fazenda, Carlos Martins. Este ressaltou que o

acordo é fruto do diálogo entre o Fisco estadual e os

empresários e buscou o consenso “dentro do limite

do possível”, inaugurando uma nova fase na busca

do entendimento entre o interesse público e privado.

Falando em nome do grupo de trabalho, o diretor

da FIEB e coordenador do seu Conselho de Assuntos

Fiscais e Tributários, Cláudio Murilo Xavier, disse

esperar que novas parcerias sejam concretizadas a

partir dessa experiência de negociação. “Esse pacto

dá às empresas maior flexibilidade para atender às

exigências da Escrituração Fiscal Digital, com prazo

maior para aquelas de menor faturamento”, ressaltou

o empresário. A previsão da Sefaz era de que o de-

creto regulamentando o assunto fosse publicado no

Diário Oficial do dia 20 de dezembro.

PRAZOSConforme a proposta aprovada pelo grupo de tra-

balho e acatada pela Sefaz, empresas com faturamen-

to em 2011 acima de R$ 36 milhões têm até 25 de abril

de 2012 para entregar à Sefaz os arquivos referentes

aos meses de janeiro/outubro de 2011. Para elas, os

arquivos referentes aos meses de novembro e dezem-

bro continuaram com o prazo inicial de entrega em 25

de dezembro. As empresas com faturamento entre R$

15 milhões e R$ 36 milhões têm prazo até 25 de julho

de 2012, com retroatividade a partir de 1º de janeiro do

próximo ano; com faturamento entre R$ 3,6 milhões

e R$ 15 milhões, a partir de janeiro de 2013 e até 25 de

fevereiro daquele ano; e com faturamento inferior a

R$ 3,6 milhões, até 1º de janeiro de 2014.

Em compensação, os subscritores do acordo

(FIEB, Fecomércio, Federação das Câmaras de Diri-

gentes Lojistas da Bahia, Conselho Regional de Con-

tabilidade, Associação das Empresas Brasileiras de

Tecnologia da Informação e Sindicato Patronal de

Empresas Contábeis) se comprometem a desenvol-

ver ações voltadas para a capacitação das empresas

na adoção da Escrituração Fiscal Digital, incluindo

distribuição de cartilhas, realização de palestras e

road shows de soluções tecnológicas, em uma ação

conjunta com a Sefaz. [bi]

murilo (e)

entrega

propostas

ao secretário

carlos martins

Prorrogado prazo do Sped FiscalPrazo maior atende às necessidades das empresas baianas, especialmente as de pequeno e médio portes

joão alvarEz

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Bahia Indústria  �

joão alvarEz

SENaI-Ba é primeiro a formar pelo PronatecExperiência da instituição do Sistema FIEB servirá como base para a aplicação do programa em todo o país

Os primeiros 34 diplomas

dos Cursos de Formação

Inicial do Programa Nacio-

nal de Acesso ao Ensino Técnico

e Emprego (Pronatec) no Brasil

foram entregues pelo SENAI-BA

no dia 1º de dezembro. Em cará-

ter experimental, beneficiários

de programas de transferência de

renda tiveram a oportunidade de

receber capacitação para atuar no

mercado de trabalho. A cerimô-

nia de formatura foi realizada na

Unidade Cimatec e contou com a

presença da secretária extraordi-

nária para Superação da Extrema

Pobreza do Ministério do Desen-

volvimento Social, Ana Fonseca,

além de representantes do SENAI

e da prefeitura de Salvador.

Aos 30 anos, a sacoleira Adi-

cléia Macêdo também já sonha

com outro destino. Recém-forma-

da no Curso para Pintor de Obras,

ela já tem dois trabalhos em anda-

mento como pintora, mas quer se

preparar para atuar como pedrei-

ra. Depois, quer fazer faculdade.

“Me apaixonei pela área e já de-

cidi: serei engenheira civil”, disse

determinada.

Para a gerente de Clientes

Nacionais do SENAI Nacional,

Anamaria Raposo, este novos

profissionais podem fazer fren-

te ao desafio de crescimento do

Brasil, pois receberam capaci-

tação de valor agregado e agora

têm condições de se inserir no

mercado de trabalho que a in-

dústria demanda. “Esta primeira

formatura do Pronatec do SENAI

tem um grande simbolismo pela

importância deste programa pa-

ra o país”, afirmou.

Segundo a gerente da Escola

Técnica do Cimatec, Greta Morei-

ra, o Pronatec já tem outras turmas

em andamento e, somando-se as

vagas deste ano às de 2012, serão

oferecidas cerca de 22 mil pelo SE-

NAI Bahia. “Estamos atuando em

parceria com os ministérios, o es-

tado e a prefeitura para fazer com

que os alunos do ensino médio e

os beneficiários de programas so-

ciais cheguem às nossas salas de

aula”, disse. [bi]

Adicléia (d)

é um dos 34

formandos do

Pronatec

“Foi muito importante que as

turmas experimentais (chamadas

de Prova Conceito) fossem execu-

tadas por instituições de excelên-

cia como o SENAI e o resultado foi

muito bom. A partir desta experi-

ência vamos fazer os ajustes para

atuar em grande escala no Prona-

tec”, disse Ana Fonseca.

“Gostaria de ter recebido esta

oportunidade há 30 anos”, disse

emocionado seu Jair Dias Araújo,

50, ao receber o diploma do curso

para Eletricista Predial de Baixa

Tensão. Autodidata, o eletricista

diz que agora está melhor pre-

parado para fazer os “bicos” dos

quais tira o sustento, mas já tem

outros planos: quer trabalhar na

indústria.

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� Bahia Indústria

C om a economia mundial em transformação, boas opor-

tunidades de negócio estão surgindo em mercados até

então pouco explorados pelos empresários, os de países

da África e Oriente Médio. As vendas de produtos baianos pa-

ra estas regiões, em 2010, não passaram de 0,85% do total do

estado comercializado para o exterior, mas este cenário pode

mudar, desde que se tenham informações, apoio e um pouco

de coragem, garantem os especialistas convidados do Seminá-

rio Mercado Foco África e Oriente Médio, realizado no dia 12 de

dezembro, na FIEB.

“Ao contrário do que se pensa, os povos árabes estão aber-

tos a negociar com os brasileiros, inclusive com as mulheres”,

afirma o diretor de Comércio Exterior da Câmara de Comércio

Árabe Brasileira (CCAB), Michel Alaby.

Com uma alta renda per capta, os Emirados aceitam bem

produtos de luxo, de acordo com o analista da Unidade de In-

teligência da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de

Exportações e Investimentos), João Ulisses Pimenta. “Vários

oportunidades na África e oriente MédioEm seminário realizado na FIEB, empresários puderam conhecer características destes mercados e obter informações sobre como exportar

estilistas e alguns produtores de joias já

estão se saindo muito bem nestes merca-

dos”, explica Pimenta.

O analista conta ainda que há espa-

ço para outros setores em expansão em

diversos países do Oriente Médio, como

o de alimentos e bebidas, logística, ser-

viços, e casa e construção, estes últimos

com expressivo crescimento na Arábia

Saudita e Catar.

Já nos principais mercados da Àfrica

(África do Sul, Moçambique e Angola), a

situação é diferente. Boa parte destas po-

pulações pertence às classes C e D, por-

tanto as oportunidades de negócio estão

na venda de produtos em escala, princi-

palmente alimentos e bebidas, calçados,

plásticos, agronegócio, papel e celulose

e construção. Em Angola, há espaço pa-

ra negócios na cadeia do petróleo e, em

Moçambique, no extrativismo do gás e

do carvão.“São mercados carentes de di-

versos produtos e serviços e a presença

de brasileiros é grande, mas tem espaço

para crescimento, porque os governos

locais estão investindo muito em infra-

estrutura”, disse Pimenta.

Disponibilizar este tipo de informação

é parte das ações que o Centro Interna-

cional de Negócios (CIN) vem realizando

no sentido de fomentar a internacionali-

zação. “Em breve, vamos fazer um diag-

nóstico das exportações na Bahia e focar

nossa atuação em inteligência comercial,

fazendo com que os empresários possam

adequar-se aos padrões e aumentar a

competitividade”, assegurou o diretor

executivo da FIEB, Roberto Musser. [bi]

joão Pimenta diz

que alimentos,

bebidas, calçados

e plásticos têm

mercado

FÁBIo araujo

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circuito poR clebeR boRges

Bahia Indústria �

Participação de importados bate recordeA participação dos produtos

importados no mercado

brasileiro de bens industriais

bateu recorde em 2011. O peso

dos produtos importados no

consumo doméstico de itens

industriais atingiu 21,5% no

acumulado dos quatro trimestres

encerrados em setembro último.

A informação é do estudo

Coeficientes de Abertura

Comercial, da Confederação

Nacional da Indústria (CNI). O

indicador considera tanto o

consumo final das pessoas

quanto o de insumos pela

indústria e mostra que de todos

os bens industriais

comercializados no país 21,5%

vêm de fora. Esse indicador

cresceu 1,2%. A CNI atribui o

crescimento das importações à

valorização cambial e à retração

da economia.

empresas mais admiradasCompromisso com a ética,

respeito ao consumidor,

compromisso com os recursos

humanos, responsabilidade

social, compromisso com o

desenvolvimento sustentável e a

busca da inovação são os

requisitos que levam atualmente

uma empresa a ser admirada

pela sociedade. Essa é a

conclusão de pesquisa realizada

para a edição As Empresas mais

Admiradas no Brasil 2011, da

revista Carta Capital. Por ordem

decrescente, as dez mais

admiradas do ano foram:

Natura, Apple, Vale, Petrobras,

Nestlé, Itaú, AmBev, Google,

Embrase e Gerdau.

bahia terá usina de álcoolA Bahia pode ganhar uma usina

de álcool em Pilão Arcado, na

região do Vale do São

Francisco. O projeto

prevê investimentos de

R$ 4 bilhões, valor 45

vezes maior que o PIB

da cidade – o último

relatório do IBGE indica

que o total de riquezas

geradas pelo município

foi de R$ 89 milhões em

2008. A informação foi

publicada no site iG.

Segundo a publicação, o

protocolo para instalação da

usina já foi assinado e o anúncio

oficial pode ser feito nas

próximas semanas. O

investimento será de um

consórcio formado por três

sócios: uma empresa da Bahia,

uma de São Paulo e outra do Rio

de Janeiro. Ainda segundo o iG,

a Petrobras, por meio de sua

subsidiária PBio, informa que a

produção deve superar 70 mil

metros cúbicos de álcool. José

Sergio Gabrielli, presidente da

estatal, disse recentemente que

a meta é aumentar de 5,3%

para 12% a participação da

Petrobras na produção nacional

de etanol até 2015.

“o NorDESTE Não TEM uM ProjETo GloBal DE DESENvolvIMENTo, CoMo Na éPoCa DE CElSo FurTaDo, E ISSo FraGMENTa açõES E rEalIzaçõES”

Antonio risério, poeta, ensaísta e antropólogo baiano, ao defender que o Brasil precisa acolher a região como parte de um projeto nacional

despesas crescem mais que receitas na bahiaAs Despesas Correntes do governo do Estado cresceram 10% mais que as Receitas

Correntes, no período 2003-2010, de acordo com levantamento feito pela Superintendência

de Desenvolvimento Industrial da FIEB. O aumento das despesas foi liderado pela alta de

69,4% no item Outras Despesas Correntes, que inclui serviços de terceiros e transferências

constitucionais para municípios, e pelo aumento de 58,4% nos gastos com pessoal e

encargos sociais. Já a participação relativa dos investimentos nas despesas totais do

governo estadual manteve-se em patamar de 6% a 8%. As despesas com saúde ficaram no

patamar de 15% a 16% do total e com educação em 13%, mesmo com o crescimento

acumulado de 43% verificado no período pesquisado.

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10 Bahia Indústria

sindicatos

Simagran sob nova direção

Levar as atividades do Sindicato das Indústrias de

Mármores, Granitos e Similares do Estado da Bahia

para indústrias do interior, em alinhamento com o

Programa da Interiorização da Federação das Indús-

trias do Estado da Bahia, é uma das prioridades do

mandato de Marcos Régis Andrade, novo presidente

do Simagran. Ele coordenará as ações do sindicato

no triênio 2011-2014. Neste período, Marcos Régis im-

plantará uma linha de trabalho com visão de futuro

e pretende modernizar a marca do sindicato. “Vamos

convocar o empresariado local para mudar a realida-

de atual”, destacou. O Simagran foi presidido por três

mandatos consecutivos pelo vice-presidente da FIEB,

Reinaldo Sampaio, atual delegado representante do

Conselho junto à FIEB. “Continuo com a camisa do

Simagran para a defesa dos interesses do nosso seg-

mento”, afirma Reinaldo.

sinditabaco no Anuário brasileiro

Interessados em conhecer o cenário econômico do tabaco na Bahia,

as produções de cigarrilhas e charutos e as tecnologias utilizadas para

cultivo e beneficiamento da planta no Brasil podem consultar o Anu-

ário Brasileiro do Tabaco 2011, lançado pela Editora Gazeta. Além dos

aspectos econômicos, a publicação apresenta informações sobre a re-

presentatividade do setor, tanto para a geração de emprego e renda nas

micro e pequenas propriedades, quanto para questões sociais e cultu-

rais. De acordo com Odacir Tonelli Strada, presidente do Sindicato das

Indústrias do Tabaco no Estado da Bahia - Sinditabaco, a atividade é de

significativa importância para

o estado, em especial o Recôn-

cavo baiano. “Não conhecemos

atividade agrícola rentável co-

mo o tabaco em propriedades

pequenas, o que faz com que

o produtor rural possa utilizar

os recursos naturais de forma

sustentável, consciente e prote-

gendo o meio ambiente”, comentou. Em 2010, foram produzidas 6.147

toneladas de tabaco no estado. Nos próximos anos, serão desenvolvidas

ações estratégicas para criação da sustentabilidade do setor no estado,

em parceria com as câmaras Setoriais das Cadeias Produtivas do Cha-

ruto Baiano e do Tabaco. O anuário pode ser consultado no endereço:

www.gaz.com.br/tratadas/flip/editora/anuario_tabaco_2011

valTEr PoNTES

marcos régis aposta na interiorização e busca apoio dos associados

diretoriA emPossAdA- Empresários e convidados participaram da cerimônia de posse da diretoria do Sindicato as Indústrias da Construção Civil do Estado da Bahia, realizada no auditório da FIEB, este mês. Carlos Alberto Vieira Lima, presidente reeleito, irá comandar a direção Sinduscon por mais dois anos.

valTEr PoNTES

joão a

lvarEz

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Bahia Indústria 11

sinprocim na Parada do bem-estar

Trezentos e cinquenta traba-

lhadores de dez indústrias de pro-

dutos de cimento participaram da

3ª edição da Parada do Bem-Estar,

promovida pelo Sindicato das In-

dústrias de Produtos de Cimento

do Estado da Bahia – Sinprocim.

Realizado no SESI Simões Filho, o

encontro teve por objetivo promo-

ver a integração e entretenimen-

to entre trabalhadores das indús-

trias do setor por meio de práticas

esportivas e socioeducativas. De

acordo com Carlos Gantois, presi-

dente do Sinprocim - BA, o sindi-

cato, por meio da parada cumpre

o seu objetivo na promoção da

qualidade de vida dos trabalha-

dores e familiares. Além das com-

petições esportivas, durante o dia

os trabalhadores participaram do

Circuito do Bem-Estar e das ativi-

dades de lazer.

joão alvarEz

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1� Bahia Indústria

Qualidade reconhecidaEnsino e unidades do SENaI são referência para projetos do governo federal

poR Carolina Mendonçafotos joão alvarez

dilma rousseff disse que senAi é instituição de excelência

Um dos mais importantes polos nacionais

de geração e difusão de conhecimento

aplicado à indústria, o Serviço Nacional

de Aprendizagem Industrial (SENAI) é ho-

je reconhecido nacional e internacionalmente pela

qualidade dos serviços que oferece. Com uma estru-

tura composta de profissionais de excelência e equi-

pamentos de ponta, a instituição tornou-se referência

para projetos e programas do governo federal.

Ao sancionar a lei que cria o Programa Nacional de

Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em

26 de outubro, a presidente Dilma Rousseff destacou

a excelência da instituição na formação de mão de

obra para a indústria. “Poucos países no mundo po-

dem contar com a qualificação do SENAI e do Senac

(Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). Com

o Pronatec, estamos dizendo: o Estado cumpre a sua

MarCEllo CaSal jr./aG. BraSIl

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Bahia Indústria  13

parte e os setores produtivos, como a indústria, dão a

sua importante contribuição”, declarou a presidente.

A cerimônia, no Palácio do Planalto, contou com

a presença de ministros, parlamentares e governado-

res, além do presidente da Confederação Nacional da

Indústria, Robson Andrade, e dez alunos do SENAI-

BA, que fizeram parte das duas turmas-piloto para o

Programa do governo federal, uma para formação de

pintor de obras e outra de eletricista predial de baixa

tensão. Os alunos se formaram no fim de novembro.

A experiência com estas turmas serviu como base

preparatória para a realização do programa em gran-

de escala. Em 2012, serão oferecidas 15.920 vagas em

cursos de Formação Inicial e Continuada e mais duas

mil para cursos técnicos em Salvador e vários outros

municípios do estado. A oferta faz do SENAI líder do

Pronatec na Bahia.

O SENAI também foi citado como um dos princi-

pais parceiros do governo federal para capacitar pes-

soas em situação de extrema pobreza pela ministra

do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS),

Tereza Campello, em videoconferência na sede do

Sistema CNI, em Brasília, no dia 4 de outubro. “A nos-

sa parceria com o SENAI permitirá que o Brasil, que

está na miséria, se encontre com o que está em cresci-

mento e precisa de trabalhadores qualificados”, asse-

gurou Tereza Campello.

MOdelO CiMAteCLocalizado no bairro de Piatã,

em Salvador, o Centro Integrado

de Manufatura e Tecnologia (Cima-

tec) do SENAI-BA será um dos três

centros de pesquisas apoiados pe-

la Empresa Brasileira de Pesquisa

e Inovação Industrial (Embrapii)

quando esta iniciar suas ativida-

des. Este foi um dos motivos que le-

vou o ministro de Ciência e Tecno-

logia, Aloizio Mercadante, a fazer

uma visita à unidade quando este-

ve na capital baiana para o lança-

mento do Plano de Desenvolvimen-

to Científico e Tecnológico para o

Nordeste, dia 4 de novembro.

Pouco antes, na sede da FIEB,

o ministro ressaltou a qualidade

técnica do centro: “O Cimatec é

um dos grandes centros de pesqui-

sa na área industrial atualmente,

talvez o melhor do SENAI em ter-

mos de perfil e de desempenho”,

afirmou.

Mercadante percorreu a sede

do Cimatec e conheceu de perto

O SENAI vai ampliar a formação

de mão de obra para o setor de

energia eólica, de acordo com in-

formações divulgadas pela Con-

federação Nacional da Indústria

em novembro. O projeto, uma

parceria com a Cooperação Alemã

para o Desenvolvimento (GIZ), vai

capacitar 500 pessoas, entre téc-

nicos de planejamento e análise

de instalação de parques eólicos,

profissionais para construção,

operação e manutenção desses

parques e instrutores do próprio

SENAI até 2014.

A Bahia está entre os nove es-

SENAI e instituição alemãformarão mão de obra

tados brasileiros em que os cursos

serão oferecidos. Além das aulas

teóricas e práticas, estão previstas

visitas técnicas de profissionais

do SENAI a parques eólicos da

Alemanha e de outros países euro-

peus referências na área.

O curso vai contribuir para a am-

pliação de mão de obra qualificada,

um dos gargalos do setor. De acor-

do com o Marcello Coelho, analis-

ta de Desenvolvimento Industrial

do SENAI nacional, a escassez de

trabalhadores especializados é um

forte obstáculo para o crescimento

da energia eólica no Brasil.

algumas das pesquisas em desen-

volvimento, como a de polímeros

biodegradáveis, que já resulta em

produtos de “plástico ecológico” à

base de sisal. Entusiasmado com

a possibilidade de produzir, em

escala, objetos e móveis de origem

vegetal, o ministro idealizou uma

unidade como a de Salvador no

norte do país. “Imagino a quanti-

dade de produtos que poderão ser

beneficiados em um Cimatec Nor-

te. Vamos elaborar este projeto e

queremos a colaboração da equipe

daqui”, anunciou.

O presidente da Federação das

Indústrias do Estado da Bahia

(FIEB), José Mascarenhas, que

acompanhou o ministro na visi-

ta, afirmou que o SENAI-BA está à

disposição para ajudar o governo

nesta empreitada. “Se o projeto se

concretizar, estaremos prontos a

levar nossos profissionais e nosso

conhecimento ao local para mon-

tar uma unidade no norte do pa-

ís”, afirmou. [bi]

ministro

mercadante

conheceu

no cimatec

produtos feitos

de plástico e

fibras naturais

FÁBIo araujo

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1� Bahia Indústria

Um dia de cidadania e de muita descontra-

ção. Foi o que vivenciaram os mais de 4 mil

participantes do evento Esporte, Cidadania

e Saúde, no dia 26/11, no SESI Simões Filho.

Em sua maioria crianças e adolescentes, os presentes

participaram das mais de 40 atividades realizadas,

totalizando 12 mil atendimentos. O evento, que está

em sua 7ª edição, é uma parceria do SESI com a Rede

Globo e acontece simultaneamente em todo o país,

Exemplo de cidadania e apoio à saúde

com o objetivo de incentivar a prática esportiva e pro-

mover ações educativas e preventivas de saúde para

a população.

O sábado começou com uma caminhada de rua

do centro da cidade até a unidade do SESI, em um

percurso de quase dois quilômetros. Na sequência,

participaram de atividades nas áreas de saúde (tes-

te de glicemia, exame de pressão arterial, noções de

higiene bucal etc), alimentação saudável (com dicas

de aproveitamento de alimentos do Cozinha Brasil) e

esportivas, estas voltadas para alunos do Programa

Atleta do Futuro.

José de Oliveira, 12 anos, estudante da 5ª série do

ensino básico, morador de Simões Filho, passou boa

parte da manhã do evento participando das várias

atividades de lazer. “O que mais gosto é dos jogos do

Xbox”, falou. Já Mariana dos Santos, 11 anos, jogava

cartas com amigas e, segundo ela, não se cansava de

ganhar. “Se deixar, elimino tudo mundo”, disse sem

modéstia.

Na abertura, o superintendente do SESI Bahia,

Wagner Fernandes, destacou a importância do espor-

te na vida de jovens e adultos e como ele ajuda a refor-

çar conceitos de cidadania. Por sua vez, Alessandra

Franco, do setor de Marketing da Rede Bahia, disse

que para a empresa de comunicação “é um prazer de-

senvolver eventos dessa natureza em parceria com o

SESI. Eles possuem um grande apelo na comunida-

de”, destacou.

Milhares de pessoas foram ao SESI Simões Filho, onde puderam contar com mais de 40 atividades

poR Cleber borges fotos joão alvarez

industriários e

dependentes

fizeram

caminhada do

centro à unidade

do sesi

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Bahia Indústria  15

joão alvarEz

Semana de Promoção daVida SaudávelAlém dos atendimentos realizados no sábado, o

Esporte, Cidadania e Saúde contou também com a

Semana de Promoção da Vida Saudável, realizada

entre os dias 21 e 25/11 em aproximadamente 40

empresas industriais na Bahia, com mais de 11 mil

trabalhadores atendidos. Por meio da tecnologia SE-

SI Lazer Ativo, foram feitas intervenções utilizando

ações voltadas ao bem-estar: atividade física, ali-

mentação saudável, controle do estresse, comporta-

mento preventivo e relacionamento saudável.

Os trabalhadores participaram de atividades por

meio da vivência do lazer com foco no estilo de vida.

Conviver bem com outras pessoas, ter uma alimen-

tação saudável, interagir positivamente com o meio

ambiente e praticar atividade física regularmente,

são os pilares deste programa que, em um conjun-

to de ações integradas por meio de uma experiência

prazerosa e voluntária, as pessoas melhoram seus

estilos de vida, obtendo ainda mais saúde. [bi]

Wagner

Fernandes

destacou papel

do esporte na

cidadania

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1� Bahia Indústria

Música e poesia valorizam o trabalhador poR larissa Cortizo

Idealizados como uma oportu-

nidade para despertar e formar

talentos musicais dentro da in-

dústria baiana, o Festival SESI

Música e o Concurso SESI Poesia

cumpriram mais uma vez sua mis-

são. Em 2011, os eventos contaram

juntos com 158 inscritos, de mais

de 70 empresas diferentes, que con-

correram em categorias de conteú-

do inédito e de interpretação. Após

o término das inscrições, uma co-

missão julgadora selecionou 20 fi-

nalistas de música e dez de poesia,

que se apresentaram nas cerimô-

Talentos revelados da música e da poesia encantaram o público que compareceu às noites de premiação do SESI

nias de entrega dos prêmios, mo-

mentos em que foram conhecidos

os grandes vencedores.

A cerimônia do Festival SESI

Música aconteceu no dia 14 de no-

vembro. O público lotou o Teatro

do Instituto de Radiofusão Educa-

tiva da Bahia (Irdeb), em Salvador,

para conferir a apresentação dos

finalistas. Em seguida, enquanto

os jurados definiam os vencedo-

res da grande noite, o cantor Luiz

Caldas tomou conta do palco com

canções marcantes de sua carrei-

ra. Após a participação especial

que agitou a noite, foi apresentado

o resultado.

Estreante no concurso e única

mulher entre os classificados para

a etapa final, Damares Galisa foi

a campeã na categoria interpreta-

ção com a música gospel Coração

que Sangra, de Fernanda Brum.

Emocionada, a representante da

empresa MK Eletrodomésticos, de

Conceição do Jacuípe, não poupou

elogios ao projeto. “Desde que fiz

a inscrição, as pessoas me recebe-

ram muito bem no SESI e isso me

motivou. Estar aqui hoje é inex-

plicável e sem essa iniciativa e

apoio, nada disso seria possível”,

ressalta. Participante pelo terceiro

ano consecutivo, o trabalhador da

empresa Celiga, em Ilhéus, Deníl-

son Guimarães ficou em segundo

lugar ao interpretar Romaria.

Na categoria composição, o ven-

cedor foi o técnico de produção Cel-

so Andrade, colaborador da Norsa,

que levou o público às gargalha-

das com a canção Melô da Sogra.

Ele afirmou que não esperava ser

consagrado campeão e agradeceu

aos organizadores do festival pela

oportunidade. “O incentivo do SE-

SI é importante para nos tirar do

damares galisa

(abaixo) e

rosana silva

(ao lado, melhor

performance

em poesia)

são talentos

revelados

valTEr PoNTES

joão a

lvarEz

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Bahia Indústria  1�

ambiente fabril e nos dar a chance

de mostrar nosso talento. Tomara

que venham outras edições des-

se projeto e que ele nunca acabe”,

destaca Andrade, que representou

Vitória da Conquista.

A grande noite do Concurso SE-

SI Poesia aconteceu no dia 25 de

novembro, no Teatro SESI Rio Ver-

melho, em Salvador. Na ocasião,

os dez finalistas tiveram seus tra-

balhos interpretados em clima de

muita descontração e emoção. Gri-

gório Maurício Rocha, da empresa

Embasa, foi o primeiro colocado

no concurso, com o poema Ícaro e

a Lua. Para ele, o maior ganho na

participação do evento é a possi-

bilidade de interagir com poetas

de outras empresas e também de

conhecer talentos da sua empre-

sa, que desconhecia. “O concurso

possibilita que os artistas rompam

com a timidez e mostrem o seu ta-

lento”, afirma Grigório, que escre-

ve há cerca de seis anos.

Os vencedores receberam um

total de R$ 9.500 em prêmios. Além

disso, para o Festival de Música foi

concedido o registro do evento em

DVD e, para o Concurso de Poesia,

será feita a publicação do material

em um livro. Catarina Laborda,

coordenadora dos eventos, rea-

firma a importância da iniciativa.

“É uma emoção muito grande ver

esses trabalhadores no palco. Os

dias anteriores às cerimônias fo-

ram de muito trabalho, mas nós,

mais uma vez, conseguimos al-

cançar o nosso maior objetivo que

é promover a cultura e estimular a

criatividade dos trabalhadores da

indústria.” [bi]

>>Confira tabela com vencedores em www.fieb.org.br/sesi/noticia/420/conheca-os-vencedores-do-concurso-sesi-poesia-2011.aspx

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1� Bahia Indústria

té recentemente, a política de in-

centivos respaldou o crescimento

da indústria brasileira. Com o fim

da guerra fiscal, decretado pelo

Supremo Tribunal Federal, os es-

tados mais pobres da Federação,

especialmente os do Nordeste,

devem criar mecanismos alternativos de desenvolvi-

mento regional. Em razão disso, é importante que a

Bahia planeje seu desenvolvimento industrial, defi-

nindo os papéis que cabem ao setor público, iniciati-

va privada e academia.

“A indústria na Bahia é concentrada na RMS. Para

criar oportunidades de emprego e renda no interior

é preciso desconcentrá-la. Além disso, é estratégico

definir políticas que conduzam à verticalização de

nossa cadeia produtiva, para que possamos produzir

bens finais, e também investir na logística de trans-

portes, especialmente em ferrovias e portos”, afirmou

o presidente da Federação das Indústrias do Estado

da Bahia, José Mascarenhas, no lançamento, no final

de novembro, na sede da FIEB, do documento Política

Bahia define política industriallançado na FIEB, estudo define estratégias e propostas que contemplam dez segmentos industriais do estado

poR Cleber borges e Carolina Mendonçafotos joão alvarez

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Bahia Indústria  1�

josé mascarenhas entrega cópia de

documento ao governador jaques Wagner

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�0 Bahia Indústria

industrial da Bahia – Estratégias e

Proposições.

Fruto de parceria firmada entre

a Secretaria da Indústria, Comér-

cio e Mineração da Bahia (Sicm),

Petrobras e FIEB, no âmbito do

Projeto Aliança, o documento pro-

põe um novo olhar sobre a forma

como o estado deve conduzir seu

desenvolvimento econômico nesta

década. O evento de lançamento

contou com a presença do gover-

nador da Bahia, Jaques Wagner,

que elogiou a iniciativa.

“Acredito que o plano pro-

posto é um guia e não uma obra

acabada, porque as condições

da realidade mudam, mas é uma

demonstração de que temos na

Bahia um ambiente de diálogo

para se liberar energias produti-

vas para o desenvolvimento”, dis-

se o governador.

O secretário estadual de Indús-

tria e Comércio, James Correia,

elogiou os 86 profissionais que

participaram do estudo coorde-

nado pelo Instituto Euvaldo Lodi

(IEL), entidade vinculada ao Sis-

tema FIEB, além de ressaltar que,

apesar dos entraves estruturais, a

Bahia tem sido um polo de atração

de investidores no setor industrial.

“Temos novas plantas industriais

sendo implantadas pela Kimberly-

Clark, a Basf, a Jac Motors e não

são investimentos só na Região

Metropolitana de Salvador (RMS),

70% das empresas abertas estão

no interior”, garantiu.

Representando o ministro do

Desenvolvimento, Indústria e Co-

mércio Exterior (MDIC), Fernando

Pimentel, a secretária de Comér-

cio Exterior, Tatiana Prazeres,

destacou que, com o lançamento

da Política Industrial, a Bahia sai

na frente de outros estados brasi-

leiros. “O estado dá um exemplo

ao país e intensifica sua política

de desenvolvimento industrial”,

afirmou.

Neste sentido, o presidente da

Academia de Ciências da Bahia,

Roberto Santos, pontuou que “as

mudanças necessárias ao desen-

volvimento exigem planejamento,

novas tecnologias e educação, e a

indústria tem um importante pa-

pel neste processo.”

PUBliCAÇÃOA nova Política Industrial da

Bahia faz um diagnóstico e propõe

ações capazes de criar condições

favoráveis ao desenvolvimento de

dez segmentos selecionados da

atividade industrial no estado: au-

tomotivo; agroindústria; calçados

e segmentos intensivos em marca

e design; celulose e a cadeia da

madeira; construção civil; inten-

sivos em tecnologia (informática,

fármacos etc); mineração e trans-

formação mineral; naval e offsho-

re; petróleo e gás; química e petro-

química.

Foram abordados também

temas transversais aos dez seg-

mentos selecionados. Dentre eles,

energia, infraestrutura logística,

educação profissional, inovação

tecnológica, responsabilidade so-

cial e sustentabilidade ambiental.

Sob a coordenação técnica do Ins-

tituto Euvaldo Lodi (IEL), entidade

vinculada ao Sistema FIEB, o estu-

Autoridades,

empresários

e formadores

de opinião

prestigiaram

lançamento

da Política

industrial

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Bahia Indústria  �1

do partiu de ampla sondagem feita

junto a personalidades dos setores

público, privado e da academia,

formadores de opinião, com o in-

tuito de definir ações estratégicas

e estabelecer proposições.

“Este é o primeiro projeto que

apresenta estratégias para o setor

no nosso estado formulado com

a participação de empresários e

líderes sindicais – que contribuí-

ram com a vivência prática no se-

tor –, e de professores e pesquisa-

dores de universidades baianas e

de outros estados, que trouxeram

o conhecimento teórico sobre o te-

ma”, explica o superintendente do

IEL, Armando Costa.

Conforme declara o presidente

da Petrobras, José Sergio Gabrielli,

as proposições que brotaram dos

diagnósticos setoriais e temáticos

estão em linha com a realidade

nacional e internacional e “foram

legitimadas por ampla sondagem

feita junto a agentes públicos e

privados.”

iNFRAeStRUtURAO estudo Política Industrial

da Bahia mostra que a dinâmica

industrial desloca-se das plantas

(unidades fabris) para o centro

de decisão das empresas; que as

cadeias industriais tornam-se

segmentadas, com a criação de

produtos regionalmente adapta-

dos; as empresas líderes tendem

a fomentar fornecedores locais; e

que a inovação é fundamental na

valorização de cadeias produtivas.

No primeiro caso, ressalta que é

importante para um estado como

a Bahia, em processo de industria-

lização, atrair plantas produtivas,

pois resultam em empregos e tri-

butos, mas é ainda mais importan-

te atrair e fixar empresas que tra-

zem decisões fundamentais para o

No lançamento da publicação

Política Industrial, o presidente da

Federação, José Mascarenhas,

concedeu entrevista à imprensa.

Leia abaixo alguns dos principais

trechos:

A partir da publicação da Política

industrial, o que muda em relação

á atração de investimentos para o

estado?

jm – Este é um plano de médio

a longo prazos e, como nós te-

mos muitas deficiências de in-

fraestrutura, é preciso avançar

primeiro em algumas questões

fundamentais, como a do porto,

por exemplo. Pernambuco tem

menos potencial de desenvolvi-

mento industrial que a Bahia,

mas eles fizeram o porto, o que

tem atraído muitos investimentos

importantes para aquele estado.

Na Bahia, ainda faltam soluções

nesta questão de movimentação

de grandes cargas, que a gente

precisa corrigir. Uma proposta de

planejamento foi feita, agora pre-

cisa ser implementada. A decisão

das ações a serem iniciadas é do

estado. Por outro lado, o governo,

sozinho, não tem recursos para

resolver tudo, como a moderniza-

ção do Porto de Aratu. É preciso

abrir uma concorrência pública

para se fazer esta concessão.

neste sentido, é preciso também

implementar medidas de mudança

no interior do estado?

jm - A interiorização é um elemen-

to-chave para o desenvolvimento

industrial da Bahia. Falta integração. Nós temos

que oferecer aos empresários destas regiões as

mesmas oportunidades que são oferecidas aos da

capital e Região Metropolitana, até para reduzir a

pressão sobre Salvador. A FIEB está engajada nes-

sa perspectiva, mas a política (de interiorização) é

uma decisão de estado.

como ficam as questões ambientais frente à neces-

sidade de realização de obras estruturantes para o

desenvolvimento?

jm - Temos um acúmulo de processos a serem jul-

gados que acabam inviabilizando os investimentos.

Quantos já deixaram de ser feitos aqui porque a li-

cença ambiental não saiu? Por isso, apoiamos total-

mente a iniciativa do governo de realizar mudanças

na legislação ambiental presumindo que, em princí-

pio, as pessoas são sérias. Se elas estiverem fazendo

coisas erradas, serão punidas com a fiscalização,

assim como acontece com a Declaração de Renda

em que, primeiro, o cidadão declara os rendimentos

e, depois, verifica-se se o que foi declarado está cor-

reto. Isso pode ser feito com as atividades não po-

luidoras, o que daria agilidade aos processos, pois

teríamos mais técnicos e fiscais disponíveis.

“Uma proposta de planejamento foi feita, agora ela precisa ser implementada”

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�� Bahia Indústria

agroindústria• Definir programa de atração seletiva de investimentos• Planejar a espacialização de investimentos e o sistema logístico alimentador da Ferrovia Oeste-Leste• Estimular modelos integrados de produção agropecuária, industrialização e comércio, inclusive Programa de Marcas (Café Gourmet Bahia, Vinhos do São Francisco etc).• Capacitar recursos humanos em gestão empresarial, produção e logística para a agroindústria.

automotivo• Apoiar o parque automotivo instalado e estimular sua expansão, atraindo novos projetos e adensando a cadeia de fornecedores• Implantar programa CKD (processo de produção que consiste em enviar um veículo completo desmontado para ser finalizado no país onde será vendido) no estado, com ênfase em motos e veículos especiais.

intensivos em marca e design• Tornar atrativo investir no setor calçadista na Bahia e ampliar conteúdo local da cadeia de fornecedores• Adensar indústria moveleira• Fortalecer a aglomeração da indústria de confecções e valorizar a marca de origem Bahia

celulose• Fomentar as atividades transformadoras com base florestal• Fomentar a cadeia industrial da madeira

construção civil• Fomentar negócios sustentáveis• Melhorar produtividade pela incorporação de novas técnicas construtivas e organização da cadeia construtiva em bases industriais• Ampliar o conteúdo local da cadeia de fornecedores

intensivos de tecnologia • Agregar valor à produção de hardware• Articular a produção de software com os segmentos dinâmicos da economia

dinamismo da industrialização.

Para se beneficiar dessas ten-

dências, é necessário que a Bahia

invista em infraestrutura logís-

tica, especialmente ferrovias e

portos. “É imprescindível tornar

realidade a Ferrovia Oeste-Leste e

o Porto Sul, criar um eixo ferrovi-

ário ligando Salvador a São Pau-

lo e qualificar o Porto de Aratu”,

afirmou o presidente da FIEB, José

Mascarenhas. Em relação a Aratu,

é importante mencionar que existe

na Antaq uma proposta de conces-

são da sua exploração feita por um

consórcio privado.

Outras recomendações contidas

no documento Política Industrial

da Bahia – Estratégias e Proposi-

ções envolvem a necessidade de

investir na qualificação de peque-

nos fornecedores locais, em ino-

vação tecnológica e na atração e

fixação de empresas, ao invés de

apenas estimular a vinda de plan-

tas produtivas.

Para cada um dos dez segmen-

tos industriais selecionados, o do-

cumento assinado pela Sicm, FIEB

e Petrobras define ações estratégi-

cas e propõe iniciativas para os vá-

rios entes envolvidos. Por exemplo,

na área automotiva, define como

ações estratégicas qualificar sítios

para implantar futuras montado-

ras e estimular o adensamento da

cadeia de fornecedores. Para tanto,

propõe a remodelagem regulatória

da Ferrovia Centro-Atlântico para

assegurar o fluxo de mercadorias;

a consolidação de modelo opera-

cional do Terminal de Veículos e a

criação do Terminal de Contêineres

em Aratu; um programa de atração

de fabricantes de veículos pesados

e de duas rodas; além de um pro-

grama de qualificação em mão de

obra e serviços tecnológicos.

• Articular iniciativas de inovação do Centro Industrial de Subaé (Feira) com a pesquisa acadêmica• Fortalecer o Parque Tecnológico da Bahia

mineração e transformação mineral• Reforçar funções institucionais na cadeia mineral, inclusive fortalecendo a base de dados• Ampliar externalidades positivas, incluindo infraestrutura de suporte com rede logística• Encadear elos do comércio, serviços e logística na indústria da mineração, inclusive com formatação de planos para a indústria cerâmica e de rochas ornamentais

naval e offshore• Criar condições, inclusive definição de sítios, para atrair empresas construtoras de navios e plataformas de grande porte, além de sondas e outras unidades offshore• Adensar a cadeia de fornecedores locais para a indústria naval

petróleo e gás• Interiorizar a oferta de gás canalizado e ampliar sua competitividade• Promover a maior integração dos campos maduros à cadeia do petróleo

química e petroquímica• Promover maior integração operacional entre a Rlam e a central de matérias-primas do polo de Camaçari• Melhorar a integração logística com o mercado do Sudeste e o mercado internacional, incluindo a remodelagem regulatória do Porto de Aratu e o fomento da cabotagem• Na base da cadeia petroquímica focar a descomotização, aproveitando a potencialidade do pólo acrílico

Estratégias Setoriais

estudo selecionou dez segmentos

industriais estratégicos para a bahia

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Bahia Indústria  �3

Já no segmento naval e offshore, a Bahia, estado

com grande disponibilidade de áreas costeiras, de-

ve atrair empresas de construção de navios de por-

te, sondas, plataformas e outras unidades offshore;

adensar a cadeia de fornecedores locais e fomentar

o desenvolvimento de uma indústria de construção

de embarcações de esporte e lazer de pequeno porte,

integrada às áreas de turismo e esportes náuticos.

eStRAtÉGiAAo identificar estratégias empresariais, cria-se es-

paço para a formulação de uma política industrial.

Elas compreendem não apenas as indústrias ins-

taladas na Bahia como aquelas com potencial para

investir em território baiano, criando um bom am-

biente institucional e econômico. A grande pauta do

momento, afirma o documento Política Industrial da

Bahia, é atuar nas relações da indústria com seu en-

torno para melhorar o ambiente de negócios.

A estratégia de industrialização proposta é empre-

endida em três planos: o primeiro envolve as possibi-

lidades de inserção da Bahia nos movimentos globais;

um segundo, a inserção do Estado na matriz indus-

trial nacional, identificando movimentos que favore-

cem ou dificultam a expansão da indústria estadual

no marco de crescimento nacional; e dimensionar e

antecipar ações e proposições para a construção de

uma nova dinâmica de industrialização. [bi]

Foram

definidas

estratégias e

apresentadas

proposições

sobre

segmentos

como

automotivo,

agronegócio,

construção e

petroquímica

aG. BraSIl

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�� Bahia Indústria

Workshop de estágio em campo FormosoO Instituto Euvaldo Lodi –

IEL/BA e a Prefeitura

Municipal de Campo

Formoso realizaram,

naquela cidade, o I

Workshop de Estágio, no dia

09 de dezembro, na Escola

Rural de Campo Formoso. O

objetivo foi disseminar a

importância da educação na

formação dos jovens através

da prática de estágio.

Participaram

aproximadamente 200

estagiários da área de

educação. O encontro

proporcionou aos

participantes um dia de

muita interação,

esclarecimento de dúvidas,

com o IEL, mostrando a

importância de uma postura

profissional durante o

desenvolvimento do estágio.

senAi-bA vence Prêmio AutomaçãoO Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial

(SENAI Bahia) recebeu o

XIV Prêmio Automação da

GS1, entregue no dia 9 de

novembro, em São Paulo. A

instituição dividiu o

primeiro lugar na categoria

Inovação e Capacitação com

a Rfid COE. Ao todo, 35

empresas e entidades

representativas de classe

foram reconhecidas pelos

esforços na difusão do

Sistema GS1. O prêmio,

criado em 1998, contempla

as empresas pelo melhor

desempenho e realização de

projetos inovadores.

Carlos Cavalcante foi homenageado com a comenda Deputado Luís Eduardo Magalhães

valTEr PoNTES

Vice-presidente da Fieb recebe comenda“As reformas política, administrativa e tributária são um atalho na busca de um Estado

verdadeiramente voltado ao cidadão, com serviços de qualidade e tendo como regra número

um a transparência. Não o Estado do privilégio a grupos e corporações. Mas aquele que não

abandona a maioria à própria sorte, que não seja fonte de injustiça e exclusão.” A declaração,

do empresário Carlos Gilberto Cavalcante Farias, foi feita durante a solenidade na qual

recebeu, do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, a Comenda

Deputado Luís Eduardo Magalhães. A solenidade aconteceu no dia 10 de novembro, no

plenário da Assembléia Legislativa da Bahia. A outorga da comenda resultou de projeto de

autoria do deputado Pedro Alcântara. Vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado

da Bahia, Carlos Cavalcante é diretor da Agroindústrias do Vale do São Francisco (Agrovale),

localizada em Juazeiro (BA), considerada uma das principais produtoras de etanol, açúcar e

bioenergia do Nordeste.

painel

campanha do sesi vai atender 30 mil trabalhadoresEntre os meses de dezembro e fevereiro o SESI Bahia realiza campanha educativa para a

prevenção às DST/AIDS junto a cerca de 300 empresas industriais. Será feita a distribuição de

material informativo e ações de engajamento, com previsão de atender 30 mil trabalhadores. A

campanha, realizada em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Mundial da

Saúde (OMS), será implantada por promotores de Qualidade de Vida, capacitados pelo SESI

para sensibilizar os trabalhadores para o tema. Essa e outras campanhas podem ser

solicitadas gratuitamente ao SESI. Mais informações, no endereço www.fieb.org.br/sesi/sv.

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Bahia Indústria  �5

demanda porengenheirosirosA necessidade de atender

a demanda da indústria

por engenheiros levou o

Grupo Temático de

Engenharia do Fórum de

Inovação da Bahia a

elaborar o Programa de

Incentivo à Formação e à

Atuação de Engenheiros,

um documento

propositivo apresentado

durante a II reunião do

Comitê Gestor do Fórum,

realizada na Federação

das Indústrias do Estado

da Bahia (FIEB). O

objetivo do Programa é

ampliar a oferta de

profissionais ao mercado

baiano aumentando o

número de ingressos nas

faculdades, diminuindo a

evasão dos alunos, que

chega a 50%, segundo o

INEP, e fomentar o

empreendedorismo, a

inovação e o

desenvolvimento da

pesquisa aplicada. Em

recente publicação do

IPEA (2011), prevê-se que

a demanda por

engenheiros no país deva

continuar crescendo,

apresentando a

estimativa de que, em

2020, o Brasil precise de

560 mil a 1,16 milhão de

engenheiros, dependendo

do crescimento

econômico alcançado.

Lançado em 10 de junho

de 2011, o Fórum tem

como meta apoiar a

Inovação no estado.

joão alvarEz

embaixador da nova zelândia visita FiebO embaixador da Nova Zelândia no

Brasil, Mark Trainor, esteve na sede da

FIEB, no dia 10 de novembro, onde

reuniu-se com o presidente da casa,

José Mascarenhas. Acompanhado do

vice-presidente de vendas da América

latina da Tait, empresa especializada

em rádio comunicadores, Trainor

entregou a Mascarenhas uma

proposta de colaboração para a

melhoria do ensino de inglês no

Brasil. O vice-presidente de vendas da

Tait, Hamish Wiig, afirmou que a

empresa, que já atua no Brasil há 20

anos, deve montar uma base no país e

a Bahia pode ser o local escolhido.

Secretário Zezéu Ribeiro disse na FIEB que a intenção é proteger áreas consideradas vulneráveis

secretário apresenta zee a empresáriosPrevisto para ser implantado em junho de 2012, o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) foi

apresentado pelo secretário estadual do Planejamento, Zezéu Ribeiro, às lideranças

empresariais em reunião de diretoria da FIEB, em 24 de novembro. Instrumento de gestão que

vai orientar os investimentos públicos e privados no Estado, o ZEE aponta quais são as áreas

adequadas à implantação de arranjos socioprodutivos, os locais que devem ser protegidos

devido a vulnerabilidade ambiental e as regiões degradadas que deverão receber ações de

recuperação. “O ZEE foi elaborado com base na compreensão de que o nosso parque ambiental

é um ativo importante ao desenvolvimento do estado”, disse.

Mark Trainor quer melhorar o ensino de inglês

joão alvarEz

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�� Bahia Indústria

InDIcADOREs Números da Indústria

Produção industrial da Bahia caiu 5%

Em outubro, a taxa anua-

lizada da produção física

da indústria de transfor-

mação da Bahia apresen-

tou queda de 5%, após registrar

redução de 4,2% em setembro,

mantendo a trajetória descenden-

te iniciada no último trimestre

do ano passado. Em razão disso,

ficou em antepenúltimo lugar no

ranking dos 13 estados pesquisa-

dos pelo IBGE, acima apenas do

Espírito Santo e do Ceará.

Tal resultado pode ser atribu-

ído à retração de quatro dos oito

segmentos pesquisados: Produtos

Químicos/Petroquímicos (-13,4%),

Metalurgia Básica (-10,4%), Refino de Petróleo e Prod.

de Álcool (-4,7%), Veículos Automotores (-3%). Por ou-

tro lado, os segmentos de Alimentos e Bebidas (7,5%),

Minerais não-metálicos (7,1%), Borracha e Plástico

(4,4%) e Celulose (0,9%) apresentaram resultados

positivos.

Na comparação do acumulado de janeiro a outubro

de 2011 com igual período do ano anterior, a produção

física da indústria de transformação baiana registrou

queda de 4,4% (contra uma alta de 0,7% da média na-

cional), refletindo, principalmente, a interrupção do

fornecimento de energia elétrica que atingiu o Nor-

deste no início de fevereiro, com maior impacto sobre

o Polo Petroquímico de Camaçari.

Apresentaram resultados negativos cinco dos oito

segmentos pesquisados: Metalurgia Básica (-11,6%,

queda na produção de alumínio não ligado em for-

Somente Espírito Santo e Ceará tiveram desempenho pior que a Bahia, segundo levantamento do IBGE

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Bahia Indústria  ��

mas brutas, por conta do fecha-

mento da planta da Novelis no

final de 2010, e de ouro em bar-

ras), Produtos Químicos/Petro-

químicos (-10,2%, menor fabri-

cação de etileno não-saturado,

polietileno de alta e baixa den-

sidade e polipropileno, ainda

influenciado pela paralização

técnica provocada pelo desli-

gamento do sistema elétrico da

Região Nordeste em fevereiro),

Refino de Petróleo (-5,7%, redu-

ção na fabricação de naftas pa-

ra petroquímica e óleo diesel),

Veículos Automotores (-2,6%) e

Celulose e Papel (-0,5%). Por ou-

tro lado, registraram resultados

positivos: Alimentos e Bebidas

(7,5%, aumento na produção de

refrigerantes, cerveja e chope),

Minerais não-metálicos (7%) e

Borracha e Plástico (4,3%).

Na comparação de outubro

de 2011 com igual mês do ano

anterior, a produção física da in-

dústria de transformação baiana

apresentou queda de 3,6% (con-

tra uma queda de 2,4% da média

nacional). Três dos oito segmen-

tos da Indústria de Transforma-

da na atividade: Veículos Auto-

motores (-43,1%, redução influen-

ciada pela concessão de férias

coletivas em importante empresa

automobilística), Metalurgia Bási-

ca (-10,3%, redução na fabricação

de alumínio não ligado em formas

brutas e ouro em barras), Produtos

Químicos/Petroquímicos (-9,5%,

devido ao recuo na produção de

hidróxido de sódio ou de potás-

sio, misturas de alquilbenzenos

e polietileno de alta densidade),

Minerais não-metálicos (-0,9%),

Borracha e Plástico (-0,3%).

A produção de petroquímicos

representou uma influência nega-

tiva para o agregado da indústria

de Transformação da Bahia em

virtude principalmente da inter-

rupção do fornecimento de ener-

gia elétrica verificada em feverei-

ro, comprometendo o resultado

do agregado na análise anualiza-

da. Por outro lado, a atividade dos

segmentos produtores de bens de

consumo tem-se mantido aqueci-

da, influenciando positivamente

o agregado, apesar da tendência

de arrefecimento no segmento de

Veículos Automotores. [bi]

São Paulo -4,6 1,1 1,4

minas gerais -4,6 0,1 0,7

Rio de Janeiro -1,3 3,5 4,2

paraná 13,4 5,2 5,5

Rio grande do sul 6,9 2,4 2,6

Bahia -3,6 -4,4 -5,0

santa catarina -8,5 -4,4 -3,1

amazonas 16,0 4,5 5,1

espírito santo -9,6 -5,1 -5,5

pará 2,2 -1,5 -0,8

goiás 2,9 5,8 6,7

pernambuco 4,1 -0,7 -0,4

ceará -6,4 -12,6 -11,6

Brasil -2,4 0,7 1,1

produção física por estados: indústria de transformação

Fonte IBGe; elaboração Fieb/SdI

estAdos varIação (%)

out11/ jAn-out11/ noV10-out11/ out10 jAn-out10 noV09-out10

ção registraram crescimento da

atividade, como segue: Celulose e

Papel (7,1%, devido ao aumento da

produção de celulose), Refino de

Petróleo e Prod. de Álcool (1,8%,

aumento da produção de álcool,

gasolina automotiva e óleos lu-

brificantes básicos) e Alimentos e

Bebidas (0,9%).

No entanto, no mês em questão,

cinco segmentos registraram que-

JAN

JUL

FEV

MAR

ABR MAI

JUN

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

130

135

140

125

120

115

110

105

100

95

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2002)

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2009 - 2011)

2009

2011

2010

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�� Bahia Indústria

Em encontro internacional, comitê discute questões econômicas e novas políticas para uso das fibras

Há muito as fibras natu-

rais produzidas pelo

mundo deixaram de

ser matéria-prima de

artesãos e ganharam novos mer-

cados. O crescente interesse de

alguns segmentos industriais em

inovar suas produções utilizando

fibras naturais, em especial o si-

sal, piaçava, algodão e coco, vem

promovendo discussões econômi-

cas e políticas em torno da atual

situação do mercado de fibras e as

perspectivas para o setor a médio

e longo prazo.

O destino das fibras naturais

Wilson

Andrade

destacou a

importância

de realizar

encontro na

bahia

poR bárbara assisfotos joão alvarez

da FAO e definiu acordos econômi-

cos e comerciais para o setor.

Para Wilson Andrade, presi-

dente do Sindifibras, realizar esta

edição do encontro na Bahia foi

de fundamental importância para

a construção conjunta de políti-

cas públicas estratégicas para o

desenvolvimento sustentado das

fibras de coco, piaçava, sisal, entre

outras, e a sustentabilidade da ca-

deia produtiva. O estado é o maior

produtor de sisal do Brasil. “O pe-

so econômico dos nossos produtos

é significativo, mas, ainda mais

importante é a sua contribuição

social”, destacou o presidente, ao

lembrar as transformações mun-

diais em áreas ambientais, sociais

e econômicas. Andrade também

destacou a necessidade do apoio

do governo na execução das ações.

Além da participação nas reuni-

ões temáticas, representantes do

Fundo Comum de Commodities

(pertencente à FAO) visitaram o

SENAI Cimatec e conheceram as

pesquisas de desenvolvimento de

compósitos de sisal para uso nas

indústrias moveleira, automobilís-

tica e de calçados.

Reinaldo Sampaio, vice-presi-

dente da FIEB, chamou a atenção

para a característica da sociedade

contemporânea que tem uma cres-

No mês de novembro, represen-

tantes da Alemanha, Bangladesh,

Colômbia, Filipinas, Guatemala,

Malásia, Nigéria, Portugal, Repú-

blica Unida da Tanzânia e Brasil,

membros do Fundo para Agricul-

tura e Alimentação (FAO), partici-

param da Semana Internacional

de Fibras Naturais, realizada em

Salvador.

O encontro, promovido pelo

Sindicato das Indústrias de Fibras

Naturais do Estado da Bahia, abri-

gou a 36ª reunião do Grupo Inter-

governamental das Fibras Duras

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Bahia Indústria  ��

cente difusão social do trabalho

através da especialização das pes-

soas, empresas e dos territórios. “A

especialização só se torna possível

na medida em que há uma mobili-

dade e uma fluidez do conhecimen-

to, da informação, das finanças,

da mobilidade dos bens variáveis,

das máquinas, insumos e produtos

e das pessoas. Essa fluidez é uma

condição primordial para que a ci-

ência e a técnica se espalhem em

prol do desenvolvimento histórico

da humanidade”, comentou.

No encontro, foram definidos

acordos extraoficias sobre os pre-

ços relacionados á produção e co-

mercialização de fibras como sisal,

piaçava, coco e juta, encontradas

na Ásia e, no Brasil, na Amazônia;

kenaf, oriunda da Malásia, usada

na confecção de sacos e cordas; e

abacá (das Filipinas, muito resis-

tente à tensão e usada em cabos

para navios). Na agenda do setor

para a Bahia, estão ainda ações

estratégicas como a recuperação

da produtividades e das condições

do trabalho no campo; moderniza-

ção das máquinas e equipamentos

utilizados nos processos produ-

tivos; e a utilização integral das

plantas, com foco na eliminação

da geração de resíduos na produ-

ção ambiental. [bi]

representantes

de países

produtores

trocaram

experiências

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30 Bahia Indústria

Não estou aqui para di-

zer a vocês o que devem

fazer, mas para que nos

digam como podemos

ajudar.” Com esse espírito, o pre-

sidente do Sistema Federação das

Indústrias do Estado da Bahia,

José Mascarenhas, lançou no dia

1º de dezembro, no Centro de Con-

venções de Ilhéus, o Programa de

Interiorização do Sistema FIEB pa-

ra a Região Sul da Bahia.

A iniciativa foi apresentada por

José Mascarenhas e executivos

do Sistema FIEB a empresários e

autoridades locais, sendo recebi-

da em clima de grande otimismo.

Idealizado por José Mascarenhas

e incluído como ação prioritária

FIEB vai reforçar atuação na Região Sul o presidente da FIEB, josé de Freitas Mascarenhas, anunciou em Ilhéus ações de incentivo ao aumento da competitividade do sul da Bahia

poR Cleber borges

no Planejamento Estratégico 2012-

1016 da entidade, o Programa de

Interiorização partiu de um estu-

do econômico realizado pela FIEB

sobre as três regiões que considera

estratégicas: Sul da Bahia (Itabu-

na e Ilhéus), Oeste (Luís Eduardo

Magalhães e Barreiras) e Feira de

Santana. Futuramente, outras re-

giões serão incluídas.

O Programa de Interiorização

visa respaldar o desenvolvimento

industrial das três regiões, po-

tencializando suas vocações. Sua

execução será realizada em par-

ceria com empresários regionais,

governo do Estado e prefeituras.

Por meio do Sistema FIEB, serão

reforçados, pelo SESI, SENAI e

IEL, os serviços prestados atualmente em áreas como

qualificação de mão de obra, educação, saúde, lazer

e apoio à inovação, com investimentos na construção

e aparelhamento de novas unidades.

No caso do sul do estado, os investimentos previs-

tos ou realizados na área de infraestrutura, a exem-

plo do Complexo Porto Sul, Ferrovia de Integração

Oeste-Leste e Gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene)

potencializarão o desenvolvimento econômico e so-

cial da região. Em municípios como Itabuna e Ilhéus

há um visível clima de otimismo, não obstante todas

as atuais carências, especialmente nas áreas de mo-

bilidade urbana e de infraestrutura para o escoamen-

to da produção, bem como do relativo abandono em

que se encontra o Distrito Industrial de Ilhéus.

A FIEB, na gestão do Programa de Interiorização

para a Região Sul, atuará em várias frentes. Estimula-

rá o desenvolvimento mediante a defesa de interesses

da indústria e reivindicando a melhoria do ambiente

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Bahia Indústria  31

de negócios. Além disso, desen-

volverá programas que fortaleçam

o associativismo e a gestão empre-

sarial. Para tanto, pretende cons-

truir uma nova e moderna unida-

de em área a ser definida, próxima

ao campus da Universidade Esta-

dual de Santa Cruz, às margens da

rodovia Ilhéus-Itabuna.

FORtAleCiMeNtOApós se reunir com lideranças

políticas da região, às quais solici-

tou apoio para a iniciativa, o presi-

dente do Sistema FIEB esteve com

empresários de vários segmentos,

dos municípios de Ilhéus e Itabu-

na, aos quais disse ser importante

levar a industrialização ao inte-

rior. “Não viemos trazer dádivas,

mas buscar o diálogo. Vocês é que

vão nos dizer do que precisam, pa-

ra que todos nós, juntos, possamos

melhorar o emprego e renda na re-

gião”, afirmou José Mascarenhas,

na companhia do diretor executi-

vo do Sistema Roberto Musser; do

diretor regional do SENAI, Leone

Peter; do superintendente do SE-

SI, Wagner Fernandes; do supe-

rintendente do Instituto Euvaldo

Lodi, Armando Neto; do superin-

tendente de Desenvolvimento In-

dustrial, João Marcelo Alves; e do

superintendente de Comunicação

Institucional, Maurício Castro.

“A presença da entidade aqui

já é forte e será fortalecida. Isso é

muito importante, pois os investi-

mentos estão chegando”, afirmou

o secretário de Indústria e Co-

mércio de Itabuna, Carlos Leahy.

Por sua vez, o prefeito de Ilhéus,

Newton Lima, observou que o re-

forço na atuação do Sistema FIEB

deve ser um fator importante para

a atração local de investimentos.

Por sua vez, o consultor portu-

ário e diretor da Associação Co-

mercial de Ilhéus, Libério Mene-

zes Filho, explicou que, além da

manutenção do Porto de Malhada,

que não vem recebendo a devida

atenção, também é necessário ela-

borar estudo logístico, incluindo o

município de Itabuna. Ele lembrou

que a BR-415 ainda é utilizada in-

Autoridades

brasileiras

e japoneses

prestigiaram

evento do

comitê de

cooperação

econômica

CloDoalDo rIBEIro

mascarenhas:

o sistema Fieb

não dirá ao

empresário o

que deve ser

feito

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3� Bahia Indústria

devidamente como corredor rodo-

viário para o tráfego de carretas

para o desembarque no porto.

“Queremos tirar um pouco da

carga sobre a RMS, que hoje en-

frenta, por conta da concentração

econômica, problemas urbanos

graves. É preciso mais equilíbrio

regional, democratizar os frutos

do desenvolvimento na Bahia”,

explicou na ocasião José Masca-

renhas.

PORtOSO presidente do Sistema FIEB

destacou a importância estratégi-

ca do Porto Sul e garantiu que a

FIEB se juntará ao empresariado

local para defender essa bandeira,

sem que isso signifique desprezar

o atual Porto de Malhada. “O Porto

Sul é extremamente importante,

mas não podemos simplesmente

descartar Malhada ou transformá-

lo em simples porto de cruzeiro

turístico”, disse. Para ressaltar a

importância do porto na econo-

mia, citou que nos últimos anos a

Bahia perdeu investimentos para

outros estados, inclusive na área

automotiva, porque o estado não

tem portos estruturados.

Também destacou que é crucial

criar na região Sul uma estrutura

empresarial forte, com lideranças

locais, capaz de defender os inte-

resses da tradicional região. “No

caso de Ilhéus, temos como dife-

rencial o Polo de Informática”, ava-

liou. Ponderou que essa entidade

deve reunir as lideranças dos vá-

rios segmentos econômicos, inclu-

sive o comércio, para defender com

maior vigor os pontos de vista do

empresariado local frente às ins-

tâncias públicas. “Normalmente, o

governo prefere conversar com um

grupo de empresários que com um

empresário isolado”, disse.

A economia do Sul da Bahia de-

senvolveu-se com base na mono-

cultura do cacau. Com a introdu-

ção da praga vassoura-de-bruxa e

o forte declínio dos preços inter-

nacionais do cacau, entre o final

dos anos 1980 e início da década

de 1990, a região experimentou

uma progressiva decadência, que

só recentemente começou a ser re-

vertida, mediante a diversificação

da sua economia, culminando

com a implantação de novos seg-

mentos industriais, especialmen-

te o de informática, e a expansão

de outros, já existentes, como os

de vestuário e têxtil.

Com uma população estimada

em quase 800 mil habitantes, o sul

do estado possui PIB de R$ 5,1 bi-

lhões, com PIB per capita de R$ 6,4

mil. Itabuna tem um PIB de R$ 1,9

bilhão e Ilhéus, de R$ 1,6 bilhão. A

Expectativa de novo ciclo econômico

economia ilheense é dominada pe-

lo setor de serviços/comércio (67%),

vindo a seguir a indústria (29%,

com 105 empresas instaladas, des-

taque para produtos de informática

e alimentos) e agropecuária (4%).

Já a economia itabunense é ainda

mais dominada pelo setor serviços/

comércio (82%), vindo a seguir a

indústria (17%, com 108 empresas

instaladas, destaque para produtos

têxteis e alimentos) e o setor agro-

pecuário (1%).

Composta por 27 municípios,

atualmente, a região sul vive a ex-

pectativa de um novo e promissor

ciclo de desenvolvimento com a

esperada concretização de proje-

tos estruturantes, a exemplo da

Ferrovia Oeste-Leste (investimen-

to previsto de R$ 6 bilhões), do

Porto Sul e a duplicação da rodo-

via Ilhéus-Itabuna. [bi]

CloDoalDo rIBEIro

comitiva da

Fieb visitou a

fábrica da invix

no polo de

informática

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Bahia Indústria  33

IDEIAs

poR joão MarCelo

Nos últimos dez anos as exporta-

ções baianas apresentaram uma

dinâmica bastante favorável,

com elevado crescimento, alcan-

çando em 2010 um valor expor-

tado quatro vezes superior ao de

2001, com média de crescimento

anual de 16,4%. No acumula-

do até o terceiro trimestre desse

ano, o crescimento foi de 22,6%,

comparado ao mesmo período do

ano anterior e as exportações do

estado atingiram 60% do total

do Nordeste, ou seja, exportamos

mais que todos os outros estados

da região reunidos.

Embora os resultados no perí-

odo analisado tenham sido alta-

mente positivos em termos de valor

exportado, não houve mudança na

composição da pauta baiana, que

continua muito concentrada em

poucos setores. Segundo dados

do Ministério do Desenvolvimento

Indústria e Comércio (MDIC), no

ano de 2010, apenas cinco setores

ou produtos (celulose, químicos,

petróleo e derivados, automotivo

e soja) responderam por 60% das

exportações.

Apesar do grau de internacio-

nalização das empresas baianas

(método FSTS: exportações/ven-

das totais) nos últimos anos ter

ficado acima da média nacional,

inclusive de alguns estados com

forte base industrial, como São

Paulo, os números analisados in-

dicam um alto grau de concentra-

ção das exportações baianas em

pouquíssimas empresas indus-

triais de grande porte. Dados do

MDIC indicam que apenas cinco

Um passo rumo à internacionalização

empresas baianas exportaram aci-

ma de 50% do total do estado no

ano passado e 38 empresas foram

responsáveis por 89% do total ex-

portado.

Ainda segundo o MDIC, das

428 empresas baianas exporta-

doras em 2010, 181 eram grandes

empresas que exportaram 95,4%

do total. As 247 micro, pequenas e

médias empresas que exportaram

no ano passado responderam por

apenas 6,4% das exportações do

estado e têm perdido terreno pa-

ra as grandes nos últimos anos:

as exportações das menores ca-

íram de 8,7% em 2002 para 4,6%

em 2010. Além disso, 143 grandes

empresas não estão engajadas no

esforço de exportações, pois res-

ponderam por apenas 6,4% do seu

total.

A elevada concentração das ex-

portações em empresas e produtos

ressalta a falta de estruturas de su-

porte no estado direcionadas à in-

ternacionalização das empresas e

à promoção de uma cultura expor-

tadora. A recente reestruturação

do CIN - Centro Internacional de

Negócios - da FIEB, que culminou

com o lançamento da Unidade de

Atendimento Apex, em 22 de no-

vembro, vai na direção de se criar

uma estrutura ágil e competente,

capaz de apoiar as iniciativas de

internacionalização das indús-

trias do estado.

O CIN-FIEB atuará como arti-

culador das áreas voltadas à in-

ternacionalização das indústrias

baianas, trabalhando com parcei-

ros estaduais, nacionais e interna-

cionais, públicos e privados para,

por meio de ações comuns, desen-

joão marcelo é superintendente de desenvolvimento industrial da FieB, à qual está vinculado o CiN

Internacionalização leva a empresa a buscar novos patamares de produção, gerando escala e diminuindo custos

“volver estudos e projetos voltados

ao aumento do comércio exterior e

à cooperação internacional entre

empresas industriais.

A internacionalização leva a em-

presa a buscar novos patamares de

produção, gerando escala e redu-

zindo custos. Dessa forma, produz

um efeito multiplicador na econo-

mia local via aumento da demanda

por insumos e da melhoria contí-

nua dos fornecedores. Portanto, a

estrutura de promoção e suporte à

internacionalização de empresas

industriais do CIN-FIEB será fun-

damental para elevar a competi-

tividade e o potencial exportador,

em especial das empresas de pe-

queno e médio porte; disseminar

as melhores práticas de gestão; ele-

var a qualidade do produto/serviço

e promover o desenvolvimento de

cadeias produtivas em diferentes

regiões do estado. [bi]

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teatro

livros

leitura&entretenimento

Bahia Indústria 3�

discutindo o conceitoComo definir sustentabilidade? São

muitas as variáveis em jogo, o que acaba

abrindo brechas para se cometer atos

ilícitos no campo ambiental. Em

Sustentabilidade: a Legitimação de um

Novo Valor, o autor afirma que a falta de

uma definição clara de sustentabilidade

não pode (e não deve) impedir medidas

restritivas por parte do poder público.

Um assunto atual de ampla discussão em

vários segmentos da sociedade civil

moderna.

questões humanasEm meio ao drama de um sequestro, a dor de três mulheres

inspira a discussão sobre o universo feminino em O Voo das

Borboletas, espetáculo teatral realizado pelo Instituto de

Inclusão Social Solidão Solidária. Com texto e direção do

dramaturgo e ator Ivan Antônio, a narrativa trata de questões

existenciais dos personagens, algumas comuns a todos os

seres humanos. Utilizando o método do Teatro da Solidão

Solidária, que busca a aproximação com o público, a

montagem foi elaborada de modo a instigar o espectador a

refletir sobre a situação em que se encontra cada personagem

e, possivelmente, sua própria identidade.

o caminho de um visionárioBaseado em mais de 40 entrevistas com

Steve Jobs e entrevistas com familiares,

amigos, colegas, adversários e

concorrentes, o livro narra a vida do

fundador da Apple, que morreu aos 56

anos em outubro de 2011. Nos

depoimentos, a paixão do empresário

pelas ideias que contribuíram para a

inovação em seis segmentos industriais:

computação pessoal, cinema de animação,

música, telefonia celular, computação em

tablet e edição digital.

Sustentabilidade – A Legitimação de um novo ValorJosé eli da Veiga, editora SeNaC São Paulo, 160p. R$ 35

Steve Jobs: A BiografiaWalter Isaacson, editora Companhia das Letras, 632p. R$ 49,90

DIvulGação

música&dança

DIvulGação

Arte flamencaResultado do trabalho de pesquisa e inovação na arte flamenca

da dançarina Presentación Gonzalez, da percussionista

Mariana Marin e do guitarrista Ricardo Cathalá, o Grupo

Farrucos leva ao público músicas de flamenco tradicional e

contemporâneo, além de encenações autorais e poemas

musicados com percussão e baile no espetáculo “Nuestros Piés,

nuestras manos y nuestros amigos”. Tendo textos de Federico

Garcia Lorca como fio condutor, a montagem reúne números

que usam o sapateado como instrumento percussivo, a fala

como canto e o silêncio como música.

nãO pERcA Teatro do SESI, no Rio Vermelho, quarta-feira (11/01), às 20h. R$ 20 (inteira). Informações: (71) 3616-7061/ 3616-7060

nãO pERcA Teatro do SESI, Rio Vermelho, quarta-feira (25/01), às 20h. Classificação: 16 anos. Informações: (71) 3616-7061/ 3616-7060

teatro

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Bahia Indústria  35

Faculdades SENAI> Pós-Graduação Lato Sensu

(Especialização e MBA)

> Pós-Graduação Stricto Sensu

71

75 O mErcAdO PrEcISAdE PrOFISSIONAISPrONtOS PArANOvAS PrOFISSõES.FAçA PóS-GrAduAçãONAS FAcuLdAdESSENAI.

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3� Bahia Indústria

De educação equalidade de vida,

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