Um novo líder

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UM NOVO LÍDER Iniciamos 2013 com desafios novos. Lançar produtos, SBDG Cursos Abertos, SBDG In Company, DIAV Desenvolvimento Interpessoal Avançado, Pós Graduação, seguir nosso caminho na Qualidade, executar o nosso Planejamento Estratégico e celebrar os 30 anos de vida da nossa amada SBDG. Ainda este ano teremos o VIII Congresso Brasileiro de Dinâmica dos Grupos, congresso referência no assunto em toda América Latina. O desafio maior é adequar nossos avanços mantendo a alta qualidade em meio a um mundo cada vez mais neurótico. E assim, honrar tudo aquilo que foi feito por seus fundadores e todos que contribuíram nesses anos todos perpetuando nossa sociedade. O ser humano tem um novo desafio. O inconsciente coletivo sofre os resultados do abuso do nosso sistema capitalista. As pessoas estão estressadas, sobrecarregadas, individualistas, trabalhando maior parte do seu dia, com pouco tempo para cuidar de si, viver e desfrutar de seus amores, amigos. Chegam em casa com dores, torcicolos, contraturas, nervosismo, irritação. Buscam academias para malhar o corpo, a sociedade reconhece quem trabalha muito e tem uma posição de destaque e dinheiro. Pessoas que julgam ter sucesso, mas seus olhos não brilham, fazem happy hour com frequência para abafar suas angústias em volta a uma mesa de bar. Muitos, adoecem a cada inverno. Tem a saúde fraca. Desenvolveram-se intelectualmente, mas são indigentes emocionais. O ser humano desenvolveu estratégias para sobreviver nesse cenário desde que era criança e passou a fazer somente o que os pais validavam. Engoliu o choro e hoje paga suas contas. Quanto mais nos distanciamos do que somos para tentar ser o que não somos, para tentar ser o que queremos ser ou o que achamos que os outros querem que sejamos, maior é o sofrimento. De fato pretendemos o impossível, uma laranjeira nunca poderá ser uma figueira. Não podemos deixar de ser o que somos. O sofrimento vem não tanto de não conseguir ser o que não somos, mas de tentar deixar de ser o que somos. Neste esforço vai embora nossa vitalidade, a vida perde a graça e o significado e um dia não conseguimos mais nos levantar da cama. O médico diagnostica depressão. E receita antidepressivos. E a vida segue. Infelizmente na família, na escola e diante da TV, aprendemos muitos padrões, aprendemos a imitar, a nos comparar com os outros, mas não aprendemos a ser nos mesmos. Essas mesmas pessoas fazem parte da sua equipe de trabalho. É chegada a hora de desenvolver pessoas além do intelectual. É o momento de buscarmos a reconexão do homem com seu corpo, com suas emoções, sua natureza instintiva. Dar significado aos objetivos, colocar o coração na frente dos números. Qualidade de vida de verdade, criar um ambiente dentro das equipes

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UM NOVO LÍDER

Iniciamos 2013 com desafios novos. Lançar produtos, SBDG Cursos Abertos, SBDG In Company, DIAV – Desenvolvimento Interpessoal Avançado, Pós Graduação, seguir nosso caminho na Qualidade, executar o nosso Planejamento Estratégico e celebrar os 30 anos de vida da nossa amada SBDG. Ainda este ano teremos o VIII Congresso Brasileiro de Dinâmica dos Grupos, congresso referência no assunto em toda América Latina. O desafio maior é adequar nossos avanços mantendo a alta qualidade em meio a um mundo cada vez mais neurótico.

E assim, honrar tudo aquilo que foi feito por seus fundadores e todos que contribuíram nesses anos todos perpetuando nossa sociedade.

O ser humano tem um novo desafio. O inconsciente coletivo sofre os resultados do abuso do nosso sistema capitalista. As pessoas estão estressadas, sobrecarregadas, individualistas, trabalhando maior parte do seu dia, com pouco tempo para cuidar de si, viver e desfrutar de seus amores, amigos. Chegam em casa com dores, torcicolos, contraturas, nervosismo, irritação. Buscam academias para malhar o corpo, a sociedade reconhece quem trabalha muito e tem uma posição de destaque e dinheiro. Pessoas que julgam ter sucesso, mas seus olhos não brilham, fazem happy hour com frequência para abafar suas angústias em volta a uma mesa de bar. Muitos, adoecem a cada inverno. Tem a saúde fraca. Desenvolveram-se intelectualmente, mas são indigentes emocionais. O ser humano desenvolveu estratégias para sobreviver nesse cenário desde que era criança e passou a fazer somente o que os pais validavam. Engoliu o choro e hoje paga suas contas.

Quanto mais nos distanciamos do que somos para tentar ser o que não somos, para tentar ser o que queremos ser ou o que achamos que os outros querem que sejamos, maior é o sofrimento. De fato pretendemos o impossível, uma laranjeira nunca poderá ser uma figueira. Não podemos deixar de ser o que somos. O sofrimento vem não tanto de não conseguir ser o que não somos, mas de tentar deixar de ser o que somos.

Neste esforço vai embora nossa vitalidade, a vida perde a graça e o significado e um dia não conseguimos mais nos levantar da cama. O médico diagnostica depressão. E receita antidepressivos. E a vida segue.

Infelizmente na família, na escola e diante da TV, aprendemos muitos padrões, aprendemos a imitar, a nos comparar com os outros, mas não aprendemos a ser nos mesmos.

Essas mesmas pessoas fazem parte da sua equipe de trabalho. É chegada a hora de desenvolver pessoas além do intelectual. É o momento de buscarmos a reconexão do homem com seu corpo, com suas emoções, sua natureza instintiva. Dar significado aos objetivos, colocar o coração na frente dos números. Qualidade de vida de verdade, criar um ambiente dentro das equipes

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em que seja permitido falar, chorar, discutir, brigar, ser verdadeiro. Viver a emoção presente, sem atuar. Em meu último trabalho com feedback em um Plano de Desenvolvimento de Lideranças fiz feedback na prática com 30 executivos. Eles estranharam muito pois estavam acostumados a falar com rodeios, usando técnicas de sanduíche entre outras. O mundo está maquiado, com máscaras. Há líderes vivendo vidas duplas, com mania de limpeza na empresa enquanto joga papel na rua e seu quarto em casa é um lixo. Conforme nos disse Alexander Lowen, uma pessoa que obedecendo a suas crenças, geralmente interiorizadas na infância, não expressa sua raiva, estará atraindo circunstâncias que provocam cada vez mais raiva até que seja impossível não expressá-la. Uma pessoa que não desenvolve seus talentos e insiste em trabalhar em atividades que nada tem a ver com ela, atrairá um chefe mais exigente, uma ampliação de horas de expediente sem remuneração ou até ser demitido o que pode obrigá-la a desenvolver suas capacidades. Finalmente a melhor maneira de desenvolver uma capacidade é precisar fazê-lo, especialmente se disso depende a sobrevivência.

Nosso crescimento se dá em primeiro lugar superando nossas dificuldades, resolvendo nossos bloqueios e em segundo lugar desenvolvendo nossas capacidades.

Nossos líderes precisam de autoconhecimento profundo. Poucos estão preparados para sair desse cenário e construir uma vida melhor. É uma caminhada continua, sem fim, dolorosa, mas libertadora. Assim, teremos empresas, líderes, equipes com preparo para fazer suas escolhas, serem felizes, criativas e produtivas.

Num mundo onde se trabalha mais da metade do tempo em que permanecemos acordados nossa qualidade de vida e felicidade vai depender muitíssimo de que o tempo dedicado a trabalhar nos dê ou não gratificação.

Não é necessário nenhum esforço para ser o que somos, para sair do sofrimento, para sermos felizes, basta estar atentos. Só podemos estar atentos si estamos no aqui e no agora. A vida só transcorre no aqui e no agora, a transformação só pode acontecer aqui e agora. A maneira mais simples para sair da compulsão mental de estar no futuro ou no passado é observar a respiração que só acontece e só pode acontecer aqui e agora.

Mais do que nunca contamos com todos para atingi-los.

A Diretoria de Marketing e Comercial está à disposição para ideias, sugestões, críticas, e tudo mais. Queremos cada vez mais estar próximo de você.

Rumo ao VIII Congresso Brasileiro de Dinâmica dos Grupos, até breve!

Um abraço,

Renato Morais.