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Nº1 | Maio 2014 | Faro UM NOVO PROJECTO EM FARO 25 de Abril Sempre!

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Nº1 | Maio 2014 | Faro

UM NOVO PROJECTO EM FARO

25 de Abril Sempre!

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Aqui para nós

Iniciamos este primeiro editorial com uma saudação amiga a todas as pessoas e entidades que connosco

colaboram e a todas as pessoas com que trabalhamos por esse concelho afora. Felizmente, já somos uma

pequena multidão.

Recriada comunidade e comunicação, passamos à apresentação sucinta do nosso projecto.

Com base numa parceria constituída pela Associação In Loco, o Centro Cultural e Social da Paróquia de

São Martinho de Estoi e o Grupo de Ajuda a Toxicodependentes, o projecto organiza-se em 3 eixos:

Promoção do emprego, formação e qualificação;

Intervenção parental e familiar;

Capacitação das pessoas e comunidades.

O primeiro eixo, que cobre todo o concelho, inclui:

Desenvolvimento de atitudes de procura activa de emprego e Divulgação de ofertas de emprego /

oportunidades de trabalho;

Informação sobre oportunidades de qualificação e encaminhamento;

Apoio à criação do próprio emprego, com apoio de tutores ligados ao mundo empresarial;

Criação de Bolsa de Serviços, que permite a pessoas desempregadas realizar pequenas prestações,

obter um rendimento e manter-se em contacto com o mundo do trabalho;

Abertura de Loja Colaborativa, em que pessoas desempregadas podem colocar à venda produtos

seus, obter um rendimento e ver reconhecidas as suas capacidades;

Mobilização de pessoas beneficiárias do RSI para trabalho socialmente necessário, em entidades

públicas ou solidárias, mantendo-as em contacto com o mundo do trabalho;

Criação de Rede pela Responsabilidade Social e a Inserção, mobilizando empresários/as e elemen-

tos ligadas ao mundo empresarial para apoiarem a inserção socioprofissional de pessoas desem-

pregadas;

Sinalização de estudantes que terminaram ou abandonaram o ensino e seu encaminhamento para

percurso formativo ou integração socioprofissional;

Realização de acções de empreendedorismo para estudantes do secundário.

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O segundo eixo, que envolve o interior rural e a cidade, ensaia duas abordagens distintas.

Nas freguesias rurais de Conceição, Estoi e Santa Bárbara envolve as famílias em oficinas variadas, que

tanto podem reunir os pais e os filhos em torno da saúde, do desporto, da reciclagem, entre outros te-

mas, como aproximar as crianças e as pessoas mais idosas em propostas intergeracionais.

Na cidade, funciona um serviço de apoio psicológico e social dirigido a todos os grupos etários, e paralela-

mente é feito treino em competências pessoais e sociais para crianças.

O terceiro eixo, concentrado nos bairros de Cidade de Hayward, Horta da Areia e Santo António do Alto,

desenvolve duas linhas complementares:

Capacitação das pessoas através do seu envolvimento activo em oficinas, simultaneamente, lúdi-

cas formativas;

Capacitação das comunidades através da criação ou dinamização de associações locais que asse-

gurem a sua auto-organização.

Maria Priscila Soares

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Faro Adentro em números (até ao final de Maio de 2014) Nº pessoas em acções para desempregados/as: 342 Entre as anteriores, nº pessoas apoiadas no processo de criação do próprio emprego:30 Nº estudantes que abandonaram a escola em processo de encaminhamento:7 Nº estudantes do secundário sensibilizados/as para o empreendedorismo:134 Rede para a Responsabilidade Social e Inclusão: 7 pessoas ligadas ao mundo empresarial, 2 empresas, 1 associação empresarial, 1 Junta de Freguesia Nº de oficinas dirigidas a famílias no interior rural:1 Nº de pessoas envolvidas nessas oficinas:9 Nº de pessoas que receberam apoio psicológico (cidade):57 Nº de pessoas que receberam apoio social (cidade):17 Nº de crianças envolvidas em treino de competências pessoais e sociais (cidade): 24 Nº de crianças e jovens que frequentaram as oficinas de capacitação (bairros sociais de Faro):84 Nº de horas de actividades para a capacitação de crianças e jovens (bairros sociais de Faro):269 Nº de pessoas que frequentaram as oficinas de capacitação de adultos/as (bairros sociais de Faro):51 Nº de horas de actividades para a capacitação de pessoas adultas (bairros sociais de Faro):79

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De lés a lés

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O Faro Adentro é feito de muitos e variados pequenos acontecimentos. Aqui ficam notícias sobre al-

gumas das actividades desenvolvidas pelo projecto ou a que o projecto se associou.

Apoio à criação do próprio emprego:

Em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, o

projecto arrancou em Janeiro com o apoio a pessoas que pretendem

criar o seu posto de trabalho/empresa. Para desenvolver esta acção,

conta-se com a prestação benévola de consultores – empresários ou

pessoas ligadas ao mundo empresarial – que integram a Rede Para a

Responsabilidade Social e a Inclusão, também criada pelo Faro Aden-

tro.

Até ao momento, iniciámos o trabalho com 30 candidatos, 3 dos

quais já se encontram numa fase mais avançada de desenvolvimento

do seu projecto.

Fábio Domingues

Formação em empreendedorismo nas Escolas Secundárias de Faro:

A estimulação das capacidades empreendedoras de estudantes do

ensino secundário foi o mote para mais uma das acções desenvolvi-

das pelo Projecto Faro Adentro.

Com o apoio da empresa “Make it Better”, mais propriamente das

suas animadoras Eurídice Cristo e Susana Imaginário, o projecto pro-

moveu sessões de sensibilização ao empreendedorismo junto de 134

estudantes das Escolas Secundárias João de Deus e Pinheiro e Rosa,

mostrando assim os benefícios de uma atitude empreendedora a ní-

vel pessoal e profissional.

Fábio Domingues

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Formação em competências pessoais e sociais:

Crianças do 1º ano da Escola Básica da Penha estão a participar numa

acção de desenvolvimento de competências pessoais e sociais, que

visa promover o seu equilíbrio emocional e ajudá-las a ter uma rela-

ção mais satisfatória consigo e com os outros. As atividades realiza-

das, de carácter lúdico-pedagógico, procuram promover a auto-

estima, a assertividade, a capacidade de tomar decisões, entre outros

aspectos. O processo constitui uma experiência enriquecedora tam-

bém para as técnicas que o realizam. Merecem destaque especial a

excelente colaboração da Professora Luísa Colaço e a disponibilidade

do Agrupamento de Escolas João de Deus para aceitar este desafio.

Ana Margarida Teixeira

Workshop sobre temática da saúde:

No dia 7 de Abril, realizou-se em Estoi uma acção de sensibilização

sobre hipertensão arterial. A enfermeira Andreia Pargana explicou o

que é a hipertensão, o que está na sua origem, a forma de a prevenir

e como a tratar. No final realizou-se um rastreio de hipertensão e

aconselhou-se a adopção de um estilo de vida mais saudável.

As pessoas presentes mostraram-se muito interessadas e participati-

vas.

Andreia Barracha

Curso de agricultura biológica:

Chegou ao fim uma formação em agricultura biológica com a duração

de 25 horas. A componente teórica teve lugar no Instituto do Despor-

to e da Juventude e a prática no Jardim da Alameda, graças à colabo-

ração da Câmara Municipal. Inscreveram-se mais de 25 pessoas, entre

as quais 6 em situação de desemprego ou trabalho precário. A acção

beneficiou, também, 6 pessoas já reformadas. Embora não seja finan-

ciada pelo projecto, a iniciativa contou com a sua equipa desde a pri-

meira hora, na divulgação, negociação de apoios e acompanhamento

da execução.

Priscila Soares

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Do lado de cá

É importante olhar o projecto na perspectiva de quem dele beneficia. Daí este espaço em que a pala-

vra é dos verdadeiros protagonistas do Faro Adentro.

Comemorámos o 25 de Abril com as crianças do Bairro Cidade Hayward, com quem estamos a trabalhar, e conjuntamente com a Associação Designers do Sul. Construímos dois tanques para o dia comemorativo e realizámos uma gravação para passar na Rádio Rua como forma de divulgação. No próprio dia encontrámo-nos todos na Pontinha e rumo à Câmara Municipal de Faro, percorremos toda a Rua de Santo António com os nossos tanques cantando a famosa Grândola Vila Morena. Che-gando à Câmara cantámos mais uma vez para todos os presentes e fomos embora. O nosso 25 de Abril Primeiro a Fábia, a Gina, o Eddy, o Rubinho e eu fomos lá em cima pintar o tanque. Em segundo trouxemos o tanque cá para baixo e a Aurora escolheu quatro pessoas que eram do mesmo tamanho para ir dentro do tan-que. Depois essas quatro pessoas foram lá dentro e os outros que ficaram de fora, cantaram a Grândola Vila Morena. Em terceiro fomos à Câmara e cantámos para os presidentes e um senhor piscou-me o olho. Em quarto lanchámos e fomos para o bairro e a Aurora deixou-nos brincar com o tanque. A parte que eu gostei mais do dia 25 de Abril foi quando cantámos à frente dos presidentes todos. Cristina Garcias

O que eu gostei mais foi de construir o tanque e cantar a música Grândola Vila Morena. Fábia Montes

Gostei de construir o tanque. Gostei de ir cantar ao presidente. Gos-tei do passeio. Laurentino Cangola

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Retratos à la minuta

Sem colaboração de um grupo alargado de pessoas e entidades, o Faro Adentro não seria possível.

Aqui ficam os retratos rápidos de dois desses agentes insubstituíveis.

Grupo Desportivo da Atalaia

Em 1972, quando ainda só existia a Atalaia no meio da Horta do Fialho, um grupo de amigos decidiu criar

um espaço de convívio para os moradores. Assim nasceu o Grupo Desportivo da Atalaia. E com ele, o fute-

bol de 11 e de salão, as Marchas dos Santos Populares e os baile – a animação tão desejada!

Entretanto, a colectividade foi-se consolidando, graças ao espírito comunitário e ao orgulho bairrista.

Em 2006, um grupo de mulheres decidiu organizar-se e concorrer às eleições. Tendo ganho por maioria

expressiva, de imediato meteram mãos à obra.

O resultado não se fez esperar: saldaram as dívidas existentes, compraram uma bela carrinha de 9 lugares

para apoiar as actividades desportivas, fizeram obras na sede e reequiparam o café, o espaço de encontro

que a população reconhece e sente como seu.

Se o futebol de 11 foi abandonado porque representa uma despesa demasiado elevada para uma peque-

na colectividade, o futebol de salão continua (17 jovens praticantes em 2013), bem como as festas, os bai-

les, os passeios organizado, à Isla Magica ou às praias do Algarve.

A colectividade está disponível, também, para trabalhar em parceria: colaborou no passado com a Cruz

Vermelha e agora acolhe várias oficinas do Projecto Faro Adentro:

Ginástica para Avós, Bairro em Movimento, Clube da Boa Disposi-

ção…

Já no seu 3º mandato, a presidente afirma com convicção: “Gosto

disto, gosto do meu bairro. Continuamos a pagar por um mau rótulo,

mas a Atalaia é um bairro tranquilo, onde as crianças brincam em

liberdade. E o meu desejo é que este continue a ser o melhor clube

do mundo.”

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Fernanda Santos

Chamo-me Maria Fernanda Fontes Ferreira dos Santos, sou casada, tenho dois filhos, dois netos e uma

neta!

Nasci em 1947, no Lugar de Esposade, na Foz do Sousa, em Gondomar, na margem norte do rio Douro.

Terminei o Curso de Finanças em 1971, no antigo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.

Entre 1969 e 1971, dei aulas nas Escolas Comercial e Industrial Josefa de Óbidos e Comercial Ferreira Bor-

ges, em Lisboa.

Em 1972 rumei para a “tropa” em Angola, já casada e grávida.

Aí trabalhei na Inspecção de Crédito e Seguros – fui Inspector Bancário (não é engano, o “cargo” era mas-

culino!), chefiei a Inspecção Bancária, passei a Perito Económico de 1ª classe e fui assistente da Faculdade

de Economia, onde integrei a Comissão Directiva.

Em 1975, finda a tropa, regressei com o meu marido a Portugal e instalámo-nos em Faro.

Em meados desse ano, comecei a trabalhar como economista na Comissão Administrativa para as Empre-

sas Turísticas do Algarve.

Em 1978, fui para o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas Industriais, onde fiquei até 1996.

Pelo meio, no ano lectivo de 1987/88 ainda assegurei a docência de Gestão Financeira na Universidade do

Algarve.

Saí do IAPMEI para o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Fui Sub-delegada e Delegada

Regional, tendo passado à reforma em 2012.

Posso dizer que os meus 43 anos de vida profissional foram muito gratificantes.

Hoje em dia mantenho-me activa, junto da minha família e como voluntária. Para além do trabalho na

Misericórdia de Faro, colaboro no Projecto Faro Adentro, apoiando pessoas que querem criar o seu pró-

prio emprego.

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Na minha ideia

Nesta secção, damos espaço a alguém que se dispõe a partilhar connosco as suas ideias e experiên-

cia, fornecendo-nos instrumentos para compreendermos a realidade e agirmos no mundo.

Voluntariado – “Uma forma de estar” O voluntariado tem – como todos os conceitos – várias definições e interpretações possíveis, desde a sua noção mais básica de doação gratuita do tempo e talentos como forma de apoiar quem necessita, à descrição mais elaborada da legislação que, em 1998, veio regular esta prática a nível nacional: „ o conjunto de acções de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas.“ (art.º 2.º da Lei n.º 71/98, de 3 de Novembro). A definição com a qual me identifico enquanto voluntária é a partilhada pelo Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária (ISU) que define voluntariado como “um compromisso, não remunerado, através de uma acção concreta, continuada e enquadrada, com base na tomada de consciência das desigualdades e diferenças que, enriquecendo e aprofundando as referências e valores de cada um, conduz a uma participação activa com os indivíduos e a sociedade, tornando-se uma forma de estar.“ Em 2004 conheci Margarete Gama - uma das pessoas que me inspirou para uma prática de voluntariado consciente e para um rumo diferente na minha vida, dando-me a conhecer o ISU. Desde então tenho descoberto e aprendido a complexidade do conceito de voluntariado – o quanto ultrapassa o mito de “dar sem receber nada em troca” e o processo gradual em que deixa de ser uma prática e passa a ser uma forma de estar. Na minha perspectiva, o voluntariado não é algo que se possa praticar como um desporto ou outra acti-vidade de ... nem é o equivalente a uma ida ao cinema, com hora marcada, uma vez por semana, das 18h00 às 19h00. O voluntariado enquanto forma de estar permite a cada um olhar para o mundo à sua volta com respon-sabilidade, percebendo o seu contributo para as desigualdades existentes e o papel activo e transforma-dor que pode ter no combate das mesmas, atenuando as injustiças que observa. Atenção ao ego: não, não existem capas de “Super-homens” e “Super-mulheres” para os voluntários e voluntárias vestirem! O ideal não é actuar de forma isolada mas, pelo contrário, apoiar estruturas (organizações, projectos, etc.) que tenham conhecimento regional, nacional ou internacional sobre as problemáticas, necessidades e potencialidades dos grupos que se encontram numa situação desfavore-cida. Este enquadramento permite que o voluntariado seja um complemento – nunca um substituto – ao tra-balho que já é realizado a nível social, cultural, ambiental, educacional, entre outros, como uma força de mudança e inovação para as organizações e para os seus beneficiários. Para mim voluntariado é perceber que “o essencial é invisível aos olhos” (O Principezinho, A. Saint-Exupéry) e deixarmo-nos surpreender por tudo aquilo que aprendemos quando estamos a ensinar, com tudo aquilo que recebemos quando estamos a dar, com tudo aquilo que muda em nós quando estamos a mudar algo com os outros!

Rita Beckman ISU Instituto de Solidariedade e Cooperação Universitária

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Com gosto e com tempero

Caldo Verde nutritivo (mínimo 8 sopas)

Utilize 2 panelas, cada uma com 1 litro de água. Numa, meta as couves quando a água ferver e deixe cozer.

É melhor cozê-las separadas porque, por vezes, a couve para caldo verde do supermercado é muito rija.

Na outra panela, coloque os vegetais cortados em pedaços pequenos para cozerem rapidamente. Quando

começar a ferver, junte os flocos de aveia ou farinha de milho. Quando os legumes estiverem cozidos,

faça um puré. Por fim, junto o puré às couves e à água onde cozeram.

Tempere com sal e verta o azeite. Mexa bem.

Se o puré estiver muito espesso, acrescente um pouco de água, até ter a consistência desejada.

Características nutricionais

Esta sopa é muito saborosa e nutritiva! A couve portuguesa ajuda ao bom funcionamento do sistema ner-

voso. O azeite beneficia a saúde cardiovascular. O feijão branco tem fibra para regularizar o intestino, vita-

minas e minerais para a defesa do organismo e é uma leguminosa com 20% de proteína (quantidade se-

melhante à da carne, peixe e ovos). As proteínas dos cereais (farinha de milho ou flocos de aveia) e do fei-

jão complementam-se e garantem as necessidades do organismo.

Um prato desta sopa é uma refeição completa!

Preço total = 2.18 € | preço por dose = 0.27 €

200g de couve para caldo verde 0.79 €

200g de feijão branco 0.29 €

100g de nabo 0.13 €

100g flocos de aveia ou farinha de milho 0.23 €

200g de curgete 0.26 €

200g de couve-flor 0.28 €

100g de cebola 0.19 €

2 colheres de sopa de azeite (10ml) 0.02 €

2 litros de água (1 litro + 1 litro)

Sal e pimenta

Ana Paula Carvalho

Escola Superior de Saúde (UAlg)

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Faça do seu jeito

Procurar emprego aprende-se

Procurar emprego é uma actividade a tempo inteiro. É preciso ter motivação, pois requer tempo, ener-gia, determinação, persistência, organização e uma atitude positiva e dinâmica. Ponha em prática o seguinte Plano de Acção. Para começar, conheça-se a si próprio Conheça as suas capacidades e interesses. Lembre-se das suas experiências escolares, profissionais e actividades extraprofissionais. Identifique os seus pontos fortes.

Depois, tente conhecer o mercado Procure saber em que consistem as actividades dos postos profissionais que lhe interessam. Procure perceber as exigências das profissões. Identifique os constrangimentos do mercado de trabalho.

Por fim, descubra o que precisa de desenvolver Identifique quais as competências que pretende desenvolver para ir ao encontro das exigências dos postos de trabalho que lhe interessam. Veja como o conseguir, através de formações, de estágios ou de outras possibilidades.

Com este Plano de Acção aposta na sua evolução como pessoa e profissional e torna mais fácil a procu-ra de emprego. Este trabalho ajuda-o a preparar o seu currículo, a responder a ofertas de emprego, a fazer candidatu-ras espontâneas, a preparar as entrevistas de emprego.

Até à próxima edição.

Ana Santos

Neste caso, responde às perguntas: Como é o mercado? O que se espera de mim?

Os meus interesses e motivações | As minhas competências profissionais | A minha formação | Os meus pontos fortes e fracos.

Os conteúdos das actividades | As características e exigências das profissões | Os constrangimentos do mercado de trabalho

Competências a desenvolver | Formas de o conseguir (formação, estágios…)

Saber o que se quer e como o obter é fundamental na procura de emprego!

Está a responder às perguntas: O que quero desenvolver em mim? De que forma o vou conseguir?

Apresentação de sugestões úteis para responder a problemas concretos.

Ao fazê-lo, responde à pergunta: O que tenho eu para oferecer a um Empregador?

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Ana Luísa Santos

Promoção do Emprego e Animação Comunitária

GATO

Ana Margarida Teixeira

Apoio Psicossocial e Treino de Competências

GATO

Andreia Barracha

Promoção do Emprego e Capacitação das famílias

CCSE

Andreia Revêz

Administração, Secretariado e Gestão da Base de Dados

In Loco

Aurora Coelho

Capacitação das Pessoas e Animação Comunitária

In Loco

Fábio Domingues

Promoção de Emprego e Empreendedorismo

In Loco

Maria Priscila Soares

Coordenadora do projecto

In Loco

Edição: CLDS+ Faro Adentro

Promotores:

Financiamento:

E porque os projectos têm rostos por detrás, aqui ficam os da equipa do Faro Adentro.