UM OLHAR GERONTOLÓGICO SOBRE O CUIDAR
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Profª Ms. Vânia Maria Freitas Bara
Data: 27 de março de 2009
II JORNADA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA de J.F.
Tema: Um olhar gerontológico sobre o cuidar.
Envelhecimento ativo
Bara e Paschoalin, 2008
Envelhecimento Ativo: uma política de saúde
Original: OMS (2002). Tradução para o português: Ministério da Saúde (2005). Objetivo: produzir material informativo e suporte técnico à mobilização da sociedade para a promoção da saúde.
Bara e Paschoalin, 2008
Como podemos ajudar as pessoas a permanecerem independentes e ativas à medida que envelhecem?
Como podemos encorajar a promoção da saúde e as políticas de prevenção, especialmente aquelas direcionadas aos mais velhos?
Bara e Paschoalin, 2008
Envelhecimento Ativo (EA): Processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida a medida que as pessoas ficam mais velhas. Permite que as pessoas percebam seu potencial para o bem estar físico, social e mental ao longo da vida e participem da sociedade. Bara e Paschoalin,2008
“ATIVO”
Questões sociais
Questões econômicas
Questões culturais
Questõesespirituais
Questõescivis
Bara e Paschoalin, 2008
Objetivo do EA: aumentar a expectativa de vida saudável e a qualidade de vida para as pessoas que estão envelhecendo, inclusive as mais frágeis, fisicamente incapacitadas, que requerem cuidados.Meta fundamental: manter a autonomia e independência durante o processo de envelhecimento.
Bara e Paschoalin,2008
Autonomia: habilidade de controlar, lidar e tomar decisões pessoais sobre como se deve viver diariamente, de acordo com suas próprias regras e preferências.
Bara e Paschoalin, 2008
Independência: habilidade de executar funções relacionadas à vida diária, capacidade de viver independentemente na comunidade com alguma ou nenhuma ajuda dos outros
Bara e Paschoalin, 2008
Qualidade de vida: percepção que o indivíduo tem de sua posição na vida dentro de seu contexto cultural e do sistema de valores de onde vive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.
Bara e Paschoalin, 2008
Expectativa de vida saudável: expressão geralmente usada como sinônimo de “ expectativa de vida sem incapacidades físicas”.
Bara e Paschoalin, 2008
Capacidade Funcional: grau de preservação da capacidade de realizar atividades básicas de vida diária ou de auto-cuidado (AVD’s) e grau de capacidade para desempenhar atividades instrumentais de vida diária (AIVD’s).
Bara e Paschoalin, 2008
Principais doenças crônicas que afetam as pessoas idosos:
• Doenças cardiovasculares;• Hipertensão Arterial;• Derrame;• Diabetes Mellitus;•Câncer;• DPOC;• Doenças musculo-esqueléticas;• Doenças mentais;• Cegueira e diminuição da visão
Bara e Paschoalin, 2008
Fatores determinantes do envelhecimento ativo
E A DeterminantesSociais
Determinantes econômicos
DeterminantesComportamentais
Ambiente Físico
Determinantes Pessoais
Gênero
Cultura Bara e Paschoalin, 2008
Fatores determinantes transversais: Cultura: abrange todas as pessoas e populações, modela nossa forma de envelhecer pois influencia todos os outros fatores determinantes do E. A.• Valores culturais e tradições determinam como a sociedade encara os idosos e o processo de envelhecimento.
Bara e Paschoalin, 2008
Gênero: • Mulheres como cuidadoras → aumento da pobreza e problemas de saúde na velhice.• Homens → mais sujeitos a incapacitações e morte devido a violência, riscos incapacitantes ou suicídios. Assumem comportamentos de risco ( tabagismo, álcool, drogas).
Bara e Paschoalin, 2008
Fatores determinantes relacionados aos sistemas de saúde e serviço social• Sistemas de saúde → promoção da saúde, prevenção de doenças e acesso a cuidados primários e de longo prazo.• Devem ser integrados, coordenados e eficazes quanto a custos.
Bara e Paschoalin, 2008
Fatores comportamentais determinantes• Estilos de vida saudáveis: tabagismo, atividade física, alimentação saudável, álcool, medicamentos, iatrogenia, adesão.
Bara e Paschoalin, 2008
Fatores determinantes relacionados a aspectos pessoais
• Biologia e genética, fatores psicológicos.
Bara e Paschoalin, 2008
Fatores determinantes relacionados ao ambiente físico
• Quedas, água limpa, ar puro, alimentos seguros, moradia segura.
Bara e Paschoalin, 2008
Fatores determinantes relacionados ao ambiente social
• Apoio social, educação, violência e maus tratos.
Bara e Paschoalin, 2008
Fatores econômicos determinantes• Renda, trabalho, proteção social.
Bara e Paschoalin, 2008
Papel do enfermeiro na promoção do envelhecimento saudável
Bara e Paschoalin, 2008
• Estimular o idoso na realização de seu autocuidado;• Orientar idosos, famílias e comunidade para um novo conviver com o processo de envelhecimento;• Implementar ações específicas de atenção à saúde do idoso que visem a promoção da saúde, a prevenção de agravos e controle de doenças.
Bara e Paschoalin, 2008
• Implementar ações educativas que visem a manutenção da autonomia e da independência do idoso; • Estimular a adesão de hábitos saudáveis de vida: alimentação, higiene, atividades físicas, convívio social;• Auxiliar, junto com a equipe multiprofissional, o idoso a conquistar a qualidade de vida.
Bara e Paschoalin, 2008
Promoção da Saúde Atividades que ajudam a pessoa a
desenvolver os recursos que irão manter ou aumentar seu bem-estar e melhorar sua qualidade de vida.
Refere-se às atividades da pessoa para manter-se saudável e livre de sintomas; essas atividades não necessitam da assistência de um membro da equipe de saúde (Dias, 2008).
Bara e Paschoalin, 2008
Considerações finais“O segredo do bem–viver é aprender aconviver com as limitações decorrentes
do Envelhecimento”. (ZIMERMAN, 2000).
Bara e Paschoalin, 2008
“O dia morre para nascer a noite. A flor morre para nascer o fruto. As etapas da vida vão morrendo para dar lugar a outras que vão nascendo”. Guite I. Zimerman
Bara e Paschoalin, 2008
REFERENCIASBRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
Assistência à Saúde. Redes Estaduais de Atenção à Saúde do Idoso: Guia Operacional e Portarias Relacionadas. Brasília: Editora MS, 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº. 1.395, de 10/12/1999 – Aprova a Política Nacional de Saúde do Idoso. Brasília: Ministério da Saúde, 1999.
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei 8080, de 19/09/1990 – Dispõe sobre as condições para a promoção, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, 1990.
CALDAS, C.P.. Aspectos éticos: considerando as necessidades da pessoa idosa. In: SALDANHA, A. L.; CALDAS, C.P.. Saúde do Idoso: A Arte de Cuidar. 2ª ed..Rio de Janeiro: Interciência, 2004.
DESCRITORES EM CIÊNCIAS DA SAÚDE. Biblioteca virtual de Saúde. Promoção da Saúde. Disponível em: <http://www.decs.bvs>. Acesso em: 14.03.2008.
DIAS, K.C.A.. A prática profissional do enfermeiro da atenção primária a saúde na promoção do envelhecimento saudável. 2008. ___ f. Monografia (Conclusão do Curso de Graduação em Enfermagem). Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, 2008.
FERREIRA, M.H. Idoso institucionalizado: um estudo interpretativo das histórias de vida. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, 1999. 234p. (Tese, Doutorado em Enfermagem).
MOTTA, A. B. “ Chegando para a idade” In: BARROS, M.M. L. Velhice ou terceira idade? 2 ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.
NERI, A.L.. Palavras-chave em gerontologia. Campinas, SP: Editora Alínea, 2001.
PAPALÉO NETTO, M. . O Estudo da Velhice no Século XX: Histórico, Definição do Campo e Termos Básicos. In: FREITAS, E.V; Py, L.; Neri, A . et al - Tratado de Geriatria e Gerontologia - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
RODRIGUES, R.A.P., DIOGO, M.J.D’E. Como cuidar dos idosos. Campinas:Papirus, 1996.
SANTOS, S.S.C.. Enfermagem gerontogeriátrica: reflexão à ação cuidativa. São Paulo: ROBE Editorial, 2001.
SILVA, J.A.; CALDAS, C.P.. Aspectos Políticos do Envelhecimento. In: SALDANHA, A. L.; CALDAS, C.P. (Org.). Saúde do Idoso: A Arte de Cuidar. Rio de Janeiro: Interciência, 2004.
SILVA, A.L.. O Processo de Cuidar em Enfermagem. In: WALDOW, V.R.; LOPES, M.J.M.; MEYER, D.E.. Maneiras de Cuidar, Maneiras de Ensinar: A Enfermagem entre a escola e a Prática profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
VERAS, R.A.. A era dos idosos: desafios contemporâneos. In: SALDANHA, A.L.; CALDAS, C.P.. Saúde do idoso: a arte do cuidar. Rio de Janeiro: Interciência, 2004.
ZIMERMAN, Guite I. Velhice: Aspectos Biopsicossociais. Porto Alegre: ARTES MÉDICAS, 2000.
Referencia recomendada:
ENVELHECIMENTO ATIVO - Um Projeto de Política de Saúde. Uma contribuição da Organização Mundial de Saúde para o Segundo Encontro Mundial sobre Envelhecimento, Madri, Espanha, Abril 2002. Disponível em <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/envelhecimento_ativo.pdf>. Acesso em 25.06.2008.
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