Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

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Cirina Batista de Paula Elenir Leandro de Oliveira Emanuela Laranjeira Freitas Marytânia Lima da Silva Um panorama sobre a Inteligência Artificial no Brasil Trabalho de Conclusão de Curso SÃO PAULO 2011 CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL PROFESSOR APRÍGIO GONZAGA EXTENSÃO CEU QUINTA DO SOL

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Trabalho de Conclusão de Curso

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Cirina Batista de Paula

Elenir Leandro de Oliveira

Emanuela Laranjeira Freitas

Marytânia Lima da Silva

Um panorama sobre

a Inteligência Artificial no Brasil

Trabalho de Conclusão de Curso

SÃO PAULO

2011

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL PROFESSOR APRÍGIO GONZAGA

EXTENSÃO CEU QUINTA DO SOL

Page 2: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

Cirina Batista de Paula

Elenir Leandro de Oliveira

Emanuela Laranjeira Freitas

Marytânia Lima da Silva

Um panorama sobre

a Inteligência Artificial no Brasil

SÃO PAULO

2011

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

à Escola Técnica Estadual Professor Aprígio

Gonzaga - Extensão CEU Quinta do Sol,

mantida pelo Centro Estadual de Educação

Tecnológica Paula Souza, como pré-requisito

para obtenção do nosso Certificado de

Técnico em Informática, sob orientação do

Professor Ms. Renato Antonio de Souza.

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL PROFESSOR APRÍGIO GONZAGA

EXTENSÃO CEU QUINTA DO SOL

Page 3: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

Ficha Catalográfica

FREITAS, Emanuela Laranjeira; OLIVEIRA, Elenir Leandro de; PAULA,

Cirina Batista de; SILVA, Marytânia Lima da.

Um panorama sobre a Inteligência Artificial no Brasil.

São Paulo: 2011.

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Centro Estadual de Educação

Tecnológica Paula Souza – Escola Técnica Estadual Professor Aprígio

Gonzaga - Extensão CEU Quinta do Sol.

Área de Concentração: Informática.

Orientador: Professor Ms. Renato Antonio de Souza.

Inteligência Artificial, Características de Inteligência Artificial,

Pesquisa Bibliográfica, Aplicação de Inteligência Artificial.

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Banca Examinadora

_______________________________________

Orientador: Professor Ms. Renato Antonio de Souza

_______________________________________

_______________________________________

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela possibilidade de adquirirmos novos conhecimentos, os

quais poderemos aplicá-los em nossa vida profissional e na vida pessoal.

Ao nosso Orientador, Mestre Renato Antonio de Souza, por sua

sabedoria, pela paciência em nos orientar, sua dedicação e contribuição em ampliar

nossos conhecimentos.

Aos demais professores, que contribuíram com seus conhecimentos

para nossa formação.

Aos colegas de turma, pela amizade, pelo companheirismo durante

o tempo em que permanecemos juntos.

A nossa família e amigos, pela paciência, apoio e compreensão

pelos momentos que estivemos ausentes.

Page 6: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

“A compreensão do mundo se desenvolve

a partir da capacidade de processar e

interpretar informações”.

Tom Dwyer

Page 7: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi identificar um panorama sobre o Estado

da Arte da Inteligência Artificial no Brasil. A teoria que foi utilizada para análise dos

fatos foi o conceito de IA, segundo Rich (1988), Dwyer (2001) e Pereira (2004); a

respeito da origem, segundo Bittencourt (2006) e Ciriaco (2008); as características

de IA, na visão de Fetzer (2001), Setzer (2002) e Bittencourt (2006) e a finalidade da

IA, do ponto de vista de Rich (1988) e Bittencourt (2006). Trata-se de uma pesquisa

bibliográfica que foi construída por meio de trabalhos científicos, bibliográficos e

artigos da web para coleta de dados a respeito do tema pesquisado. Dentre os

dados coletados, identificamos trabalhos teóricos realizados nas áreas médica,

ciências sociais, ensino superior e uma que abrange de modo geral a aplicação da

IA na vida real e na ficção científica. Os resultados encontrados foram: o estudo do

desenvolvimento e uso da Inteligência Artificial, a relevância da velocidade de seu

desenvolvimento e que a própria Inteligência Artificial é impulsionada pela

velocidade do desenvolvimento das informações. A IA, por meio da internet, oferece

fácil acesso a dados atualizados e informações e muito contribui no desenvolvimento

intelectual. Tudo isso permite fazer mais e em menos tempo e com melhor

qualidade. O Brasil precisa investir mais em pesquisas e produção de equipamentos

tecnológicos avançados e não apenas se submeter a comprar equipamentos de

outros países e montá-los aqui. Dessa maneira, o Brasil aumentará o número de

pesquisadores brasileiros com condições de competitividade com cientistas do

mundo inteiro. Aliás, nossos pesquisadores já estão chamando mais a atenção dos

pesquisadores do resto do mundo para as suas teses por conta do aumento em

investimentos tecnológicos que o Brasil está fazendo, ainda que sejam pequenos se

comparados com outros países.

Palavras-Chave: Inteligência Artificial, Características de Inteligência Artificial,

Pesquisa Bibliográfica, Aplicação de Inteligência Artificial.

Page 8: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

ABSTRACT

The aim of this study was to identify an overview of the State of the

Art of Artificial Intelligence (IA) in Brazil. The theory that was used for analysis of the

facts was the concept of IA, according to Rich (1988), Dwyer (2001) and Pereira

(2004), regarding the origin, according to Bittencourt (2006) and Ciriaco (2008), the

characteristics of IA, in Fetzer (2001), Setzer (2002) and Bittencourt (2006)´s vision

and the purpose of IA, from the perspective of Rich (1988) and Bittencourt (2006).

This is a literature that was constructed through scientific papers, articles and

bibliographic web for data collection on the topic searched. Among the data

collected, we identified theoretical work performed in the medical, social science,

higher education and one that generally covers the application of IA in real life and

fiction. The results were: the study of development and use of Artificial Intelligence,

the importance of speed of development and that its own artificial intelligence is

driven by the speed of development of the information. AI through the internet,

offering easy access to updated data and information and contribute greatly in

intellectual development. All this allows us to do more in less time and with better

quality. Brazil needs to invest more in research and production of advanced

technological equipment and not just submitting to buy equipment from overseas and

assemble them here. Thus, Brazil will increase the number of Brazilian researchers

with competitive footing with scientists around the world. Incidentally, our researchers

are already drawing more attention from researchers around the world for their

theses due to the increase in technology investment that Brazil is doing, even if they

are small compared with other countries.

Keywords: Artificial Intelligence, Characteristics of Artificial Intelligence, Library

Research, Application of Artificial Intelligence.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10

CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................ 12

1.1 Conceitos de Inteligência Artificial ................................................................ 12

1.2 Origem e desenvolvimento de Inteligência Artificial ..................................... 13

1.3 Características de Inteligência Artificial ........................................................ 14

1.4 Finalidades de Inteligência Artificial ............................................................. 16

CAPÍTULO II – METODOLOGIA DE PESQUISA ..................................................... 18

2.1 Contexto de Pesquisa. ................................................................................ 18

2.2 Instrumentos de coleta de dados ................................................................ 19

2.3 Procedimentos de análises de dados .......................................................... 19

CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .............. 21

3.1 Categorização dos dados ............................................................................ 21

3.1.1 Inteligência Artificial na oftalmologia ..................................................... 22

3.1.2 Inteligência Artificial nas ciências sociais ............................................. 24

3.1.3 Inteligência Artificial no ensino superior ............................................... 27

3.1.4 Inteligência Artificial na vida real e na ficção científica ......................... 29

3.2 Semelhanças entre trabalhos teóricos ........................................................ 30

3.3 Diferenças entre trabalhos teóricos ............................................................. 31

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 35

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INTRODUÇÃO

Este trabalho refere-se a uma pesquisa bibliográfica que objetiva

identificar um panorama sobre a Inteligência Artificial (IA) no Brasil.

Inteligência Artificial é uma ciência que estuda e explora a

capacidade computacional para melhoria de diversas áreas na sociedade. Visto que

há muitas ramificações da inteligência artificial, cada uma dedica-se a uma parte do

comportamento humano. Uma estuda os robôs e se preocupa com a parte motora,

outra tem como objeto de estudo a fala, com o intuito de criar máquinas com

capacidade de falar e entender as línguas e seus significados. Essas máquinas são

utilizadas desde projetos cinematográficos até projetos robóticos caríssimos

desenvolvidos para a área da saúde.

Pereira (2004) justifica e salienta a importância tecnológica e

econômica da Inteligência Artificial.

Dwyer (2001) afirma que:

Nas sociedades contemporâneas, o aprofundamento do uso dessas novas tecnologias pode trazer importantes consequências para as Ciências Sociais afetando, potencialmente, o ensino, a pesquisa e a construção de teoria, sem contar também o crescente número de informações disponibilizadas por meio do computador que viabilizam com maior velocidade e integridade, aumentando assim o conhecimento de quem as utiliza (DWYER, 2001, p.58).

Diante do surgimento dessa nova tecnologia, formulamos as

seguintes questões de pesquisa:

1) Em quais áreas são aplicadas a inteligência artificial no Brasil ?

2) Quais contribuições trouxeram a essas áreas?

Este trabalho justifica-se por ser pré-requisito para obtenção do

nosso Certificado de Técnico em Informática, cursado na Escola Técnica Estadual

Professor Aprígio Gonzaga - Extensão CEU Quinta do Sol, mantida pelo Centro

Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza.

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Acreditamos que esta pesquisa é importante por esclarecer o que

é Inteligência Artificial e assim despertar interesse de outras pessoas em conhecer

melhor e pesquisar essa parte da ciência da computação e, além disso, por mapear

um panorama de estudos dessa área no Brasil

Para respondermos nossas perguntas de pesquisa, organizamos

nosso trabalho da seguinte forma:

No capítulo I, apresentaremos a fundamentação teórica sobre a

Inteligência Artificial, seu conceito, origem, características e sua finalidade.

No capítulo II, apresentaremos a metodologia de pesquisa utilizada

para responder às questões citadas neste trabalho.

No capítulo III, apresentaremos e discutiremos os resultados

encontrados nesta pesquisa.

A seguir, apresentaremos as Considerações Finais e as

Referências Bibliográficas utilizadas para realização desta pesquisa encerram este

trabalho.

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CAPÍTULO I

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O objetivo deste capítulo é apresentar o conceito da Inteligência

Artificial, assim como sua origem, características e sua finalidade.

1.1 Conceitos de Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial, de acordo com Pereira (2004), é uma

disciplina científica que utiliza as capacidades de processamento de símbolos da

computação com o fim de encontrar métodos genéricos para automatizar atividades

perceptivas, cognitivas e manipulativas, por via do computador. Comporta quer

aspectos de psicanálise quer de psicossíntese. Possui uma vertente de investigação

fundamental acompanhada de experimentação e uma vertente tecnológica, as quais,

em conjunto, estão a promover uma revolução industrial: a da automatização de

faculdades mentais por via da sua modelização em computador.

Dwyer (2001), em seu trabalho, apresenta a seguinte definição:

A capacidade de um computador digital ou aparelho robótico controlado por um computador a cumprir tarefas normalmente associadas com processos intelectuais superiores, características de seres humanos tais como capacidade de raciocinar, descobrir significados, generalizar ou aprender a partir de experiências do passado. Se usa a expressão para se referir aquele ramo da ciência da computação que cuida do desenvolvimento de sistemas dotados com tais capacidades. (DWYER, 2001, p.58).

Além disso, o ponto de vista de Dwyer (2001) é que a Inteligência

Artificial copia a atividade humana, reproduz artificial e rapidamente atos rotineiros

de pesquisadores, tais como classificação ou codificação de dados qualitativos, atos

que teriam que ser executados manualmente se essas tecnologias não existissem.

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Segundo Rich (1988), inteligência artificial é o estudo de como

fazer os computadores realizarem tarefas em que, no momento, as pessoas são

melhores.

Bittencourt (2006) diz que dada a impossibilidade de uma definição

formal precisa para inteligência artificial, visto que para tanto seria necessário definir,

primeiramente, a própria inteligência, foram propostas algumas definições

operacionais: “uma máquina é inteligente se ela é capaz de solucionar uma classe

de problemas que requerem inteligência para serem solucionados por seres

humanos”; “Inteligência Artificial” é a parte da ciência da computação que

compreende o projeto de sistemas computacionais que exibam características

associadas, quando presentes no comportamento humano, à inteligência; ou ainda

“Inteligência Artificial” é o estudo das faculdades mentais através do uso de modelos

computacionais”. Outros se recusam a propor uma definição para o termo e

preferem estabelecer os objetivos da inteligência artificial: “tornar os computadores

mais úteis e compreender os princípios que tornam a inteligência possível”.

(BITTENCOURT, 2006, p. 53).

Definir Inteligência Artificial, de acordo com Bittencourt (2006), é

difícil. Contudo, observamos que há semelhança entre as definições apresentadas,

visto que todas as definições referem-se à capacidade do computador a realizar

serviços que necessitam de raciocínio, ou seja, tarefas que para serem executadas

necessitam de um intelecto, as quais são praticadas por seres humanos. Em relação

à função do computador, os autores compartilham do mesmo ponto de vista.

1.2 Origem e desenvolvimento de Inteligência Artificial

Segundo Ciriaco (2008), a história de IA é iniciada a partir de 1940.

A pesquisa em torno dessa nova ciência objetivava encontrar novas funcionalidades

para o uso do computador, ainda em projeto. Com o início da Segunda Guerra

Mundial, surgiu a necessidade de desenvolver a tecnologia para impulsionar a

indústria bélica. A partir daí surgem várias linhas de estudo da inteligência artificial,

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sendo uma delas a biológica, a qual estuda o desenvolvimento de conceitos que

almejavam imitar as redes neurais humanas.

Ciriaco (2008) diz que:

Na verdade, é nos anos 60 em que essa ciência recebe a alcunha de Inteligência Artificial e os pesquisadores da linha biológica acreditavam ser possíveis máquinas realizarem tarefas humanas complexas, como raciocinar. Depois de um período negro, os estudos sobre redes neurais voltam à tona nos anos 80, mas é nos anos 90 que ela tem um grande impulso, consolidando-a verdadeiramente como a base dos estudos da IA. Hoje em dia, são várias as aplicações na vida real da Inteligência Artificial: jogos, programas de computador, aplicativos de segurança para sistemas informacionais, robótica (robôs auxiliares), dispositivos para reconhecimentos de escrita a mão e reconhecimento de voz, programas de diagnósticos médicos e muito mais. (CIRIACO, 2008, p.1).

De acordo com Bittencourt (2006, p.52), as correntes de

pensamentos da Inteligência Artificial já estavam em elaboração por volta dos anos

30. Porém, oficialmente, a inteligência artificial nasceu em 1956, em uma

conferência de verão em Dartmouth College, NH, USA. Nessa conferência, surgiu

uma proposta, escrita por John McCarthy (Dartmouth), Marvin Minsky (Hardward),

Nathaniel Rochester (IBM) e Claude Shannon (Bell Laboratories), que foi apreciada

pela fundação Rockfeller, na qual consta o objetivo dos autores de fazer um estudo

da Inteligência Artificial, no período de dois meses por dez homens. Ao que tudo

indica, essa foi a primeira vez que usaram oficialmente a expressão Inteligência

Artificial. Desde o seu início, a inteligência artificial causou polêmica no sentido de

que alguns consideravam seu nome pretensioso, inclusive sua definição, objetivos e

metodologias. As promessas exageradas e consequentemente suas decepções tem

como causa a falta de conhecimento dos princípios da inteligência, bem como os

limites da capacidade de processamento dos computadores.

1.3 Características de Inteligência Artificial

Segundo o estudo de Setzer (2002), a Inteligência Artificial está

dividida em duas categorias: Inteligência Artificial forte e fraca. Nesse estudo ele cita

outros autores que apresentam seus pontos de vista sobre essas categorias. Um

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desses pontos de vista resume-se em “que a mente está para o cérebro assim como

o programa está para o hardware do computador” (SEARLE,1991,p.28). Contudo, na

Inteligência Artificial fraca os computadores são considerados apenas ferramentas,

dispositivos que podem ser úteis no estudo das características da mente, mas que

não possuem mentes, mesmo quando estão executando programas.

Setzer (2002) comenta sobre o trabalho de Pollock (1989),

apontando que a tese da Inteligência Artificial forte é a construção de máquinas que

tenham capacidades humanas: é a de que podemos construir (uma coisa que

literalmente pensa, sente e é consciente) por meio de um sistema físico dotado de

Inteligência Artificial apropriada.

O autor, ao citar Fetzer (2001), menciona que a Inteligência Artificial

forte trata de como nós pensamos e que a Inteligência Artificial fraca trata de como

nós devemos pensar e que hoje a visão dos pesquisadores levam a crer que a tese

forte está correta. Embora Setzer (2002) não concorde com essas teses, pois para

ele inteligência e pensamento não são processos físicos, ele acredita que os

computadores podem ser válidos, mas não como base para estudo da inteligência

ou dos pensamentos, porque esses últimos não são processos digitais ou

algorítmicos.

Conforme Bittencourt (2006), há duas linhas fundamentais de

pesquisa para a construção de sistemas inteligentes: a linha conexionista e a linha

simbólica.

A linha conexionista aponta a modelagem da inteligência humana

por meio da simulação dos componentes do cérebro, ou seja, de seus neurônios, e

de suas interligações. Essa proposta tem como base um primeiro modelo

matemático para um neurônio, que foi desenvolvida pelo neuropsicólogo McCulloch

e o lógico Pitts, inicialmente em 1943. O primeiro modelo de rede neuronal chamado

Perceptron, proposto por Rosenblatt (1957), teve suas limitações apresentadas em

livro cujas propriedades matemáticas de redes artificiais de neurônios são

analisadas por Minsky e Papert. Segundo Bittencourt (2006), essa linha de pesquisa

não foi ativada durante muito tempo, porém, ao lançarem no mercado

microprocessadores, pequenos e baratos, possibilitou a implementação de

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máquinas de conexão compostas de milhares de microprocessadores, isso, junto

com a solução de alguns problemas teóricos importantes, ofereceu um estimulo às

pesquisas nessa área. A área de redes neuronais artificiais tem como origem o

modelo conexionista (BITTENCOURT, 2006, p. 53).

Bittencourt (2006), para argumentar sobre a linha simbólica, a qual

segue a tradição lógica, aponta McCarthy e Newell como os seus principais

defensores. Segundo o autor, os princípios dessa linha de pesquisa são abordados

no Physical symbol systems de Newell. Por volta dos anos 70, os sistemas

especialistas (SE) (do inglês, expert system), que são idealizados com o objetivo de

reproduzir o comportamento de especialistas humanos ao resolverem problemas do

cotidiano, conquistaram o sucesso, estabelecendo a manipulação simbólica para a

construção de sistemas inteligentes desse tipo.

1.4 Finalidades de Inteligência Artificial

As finalidades da Inteligência Artificial é o estudo de como fazer os

computadores realizarem tarefas em que, no momento, as pessoas realizam com

mais afinco (RICH, 1988, p.1).

Bittencourt (2006) não trata da finalidade, mas sim dos objetivos,

apresentando a história e os objetivos da Inteligência Artificial dividida em épocas,

conforme proposto em relatórios internos do MIT (Massachusetts Institute of

Technology), conforme demonstramos a seguir:

Clássica (1956-1970) Objetivo: simular a inteligência humana Métodos: solucionadores gerais de problemas e lógica Motivo do fracasso: subestimação da complexidade computacional dos problemas. Romântica (1970-1980) Objetivo: simular a inteligência humana em situações pré-determinadas. Métodos: formalismos de representação de conhecimento adaptados ao tipo de problema, mecanismos de ligação procedural visando maior eficiência computacional.

Page 17: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

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Motivo do fracasso: subestimação da quantidade de conhecimento necessária para tratar mesmo o mais banal problema de senso comum. Moderna (1980-1990) Objetivo: simular o comportamento de um especialista humano ao resolver problemas em um domínio específico. Métodos: Sistemas de regras, representação da incerteza, conexionismo. Motivo do fracasso: subestimação da complexidade do problema de aquisição de conhecimento (BITTENCOURT, 2006, p.54).

Atualmente, a influência da Inteligência Artificial, em outros campos

da computação, como engenharia de software, bancos de dados e processamento

de imagens vem crescendo constantemente. O desenvolvimento dos muitos

sistemas especialistas (SE‟s) existentes em operação nos mais variados ramos

(agricultura, química, sistemas de computadores, eletrônica, engenharia, geologia,

gerenciamento de informações, direito, matemática, medicina, aplicações militares,

física, controle de processos e tecnologia espacial.) trouxe diversos benefícios, tais

como: distribuição de conhecimento especializado, memória institucional,

flexibilidade no fornecimento de serviços (consultas médicas, jurídicas, técnicas,

etc.), facilidade na operação de equipamentos, maior confiabilidade de operação,

possibilidade de tratar situações a partir de conhecimentos incompletos ou incertos,

treinamento, entre outros.

A evolução dos objetivos da Inteligência Artificial, desde a aspiração

de construir uma Inteligência Artificial semelhante a do ser humano até a de tornar

os computadores mais úteis utilizando ferramentas que ajudam as atividades

intelectuais dos seres humanos, aponta a Inteligência Artificial e a computação em

geral como um processo constante de criação de representações de conhecimento.

Page 18: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

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CAPÍTULO II

METODOLOGIA DE PESQUISA

O objetivo deste capítulo é apresentar a metodologia de pesquisa

bibliográfica, que envolve o contexto de pesquisa, os instrumentos de coleta de

dados e procedimentos utilizados para a análise do corpus.

2.1 Contexto de pesquisa

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que, para Appolinário (2006),

é o tipo de pesquisa que visa a lançar um novo olhar sobre uma temática que já foi

pesquisada por outros autores, ou seja, tomar como documento de análise outras

pesquisas anteriormente elaboradas.

Isso significa dizer que pesquisa bibliográfica não se confunde com

pesquisa documental. Enquanto a primeira trata-se de um novo olhar sobre um

trabalho já realizado, a segunda, na visão de Appolinário (2006), trata-se de uma

pesquisa, cujo objeto de análise é um documento. Documento é considerado, na

visão desse autor, livros, revistas, filmes em VHS ou DVD, CD‟s etc. Então, a

documental seria aquela pesquisa cuja preocupação está em verificar um

documento que ainda não teve um tratamento científico.

De acordo com o autor, outro conceito fundamental é a de sujeito

de pesquisa, o qual não se reporta apenas a pessoas pesquisadas, mas também

pode significar um animal, uma empresa, uma cidade. Segundo o autor, o termo

correto seria unidade observacional e unidade experimental. A primeira refere-se à

pesquisa descritiva e, a segunda, tem referência à pesquisa de tipo experimental.

Page 19: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

19

2.2 Instrumentos de coleta de dados

Instrumentos de coleta de dados para Appolinário (2006) é a

estratégia utilizada para obtenção das informações necessárias para pesquisa. A

coleta de dados pode ser feita por meio de um questionário, uma entrevista, um

microscópio, observação direta do comportamento de pessoas, um tomógrafo

computadorizado, quer dizer, significa coletar informações para, a partir de então,

agrupá-la, observá-la ou compará-la a fim de produzir informações relevantes com a

teoria adotada para a explicação do fenômeno analisado.

Por meio das palavras-chave (Inteligência Artificial, Pesquisa

Bibliográfica de Inteligência Artificial, Áreas de Inteligência Artificial, Características

de Inteligência Artificial) pesquisamos nos sites abaixo mencionados a fim de

identificarmos trabalhos já realizados a respeito da temática pesquisada por este

estudo.

site: http://centria.di.fct.unl.pt

site: http://www.das.ufsc.br

site: http://www.dominiopublico.gov.br

site:http://fatec.org

site:http://www.ime.usp.br

site: http://www.scielo.br

2.3 Procedimentos de análise de dados

O corpus de análise é composto por quatro artigos. Esse material

compreende o período de 2000 a 2008. A fim de alcançarmos os objetivos

propostos, lemos os materias selecionados para compor as categorias de análise. A

palavra categoria refere-se às características comuns entre si, estando ligada à ideia

de classe ou série, com o intuito de estabelecer classificações e uma maior

compreensão dos resultados alcançados (GOMES, 2001).

A partir das etapas acima mencionadas, aplicamos a análise de

conteúdo que, segundo Appolinário

Page 20: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

20

“tem por finalidade básica a busca do significado de materiais textuais, sejam eles artigos de revistas, prontuários de pacientes de um hospital seja a transcrição de entrevistas realizadas com sujeitos, individual ou coletivamente” (APPOLINÁRIO, 2006, p.161).

Page 21: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

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CAPÍTULO III

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Este capítulo tem como objetivo identificar em quais áreas tem sido

aplicada a Inteligência Artificial e discutir as semelhanças e diferenças entre os

trabalhos teóricos que exemplificam e justificam aplicações dessa temática em

segmentos distintos, com a finalidade específica de mapear um panorama de

estudos a respeito da Inteligência Artificial no Brasil.

3.1 Categorização dos dados

A partir do corpus de análise deste trabalho teórico que também

exemplifica e justifica a aplicação da Inteligencia Artificial em várias áreas,

identificamos pesquisas realizadas sobre a Inteligência Artificial na área médica

(especificamente na oftalmologia), na área das ciências sociais, na área do ensino

superior de Inteligência Artificial e uma pesquisa que abrange de modo geral a

aplicação da Inteligência Artificial na vida real e na ficção científica. Não

identificamos trabalhos práticos, mas parece que a iniciativa privada é a grande

financiadora de pesquisas em tecnologia. As universidades públicas ou privadas

parece que não estão preocupadas em fomentar esse tipo de pesquisa. Isso pode

comprometer o desenvolvimento do país, pois tal desenvolvimento depende em

primeiro lugar de capital humano, pessoas capacitadas a pensar e resolver

problemas cada vez mais complexos, e o capital tecnológico. Para desenvolver o

capital tecnológico, primariamente precisa-se de pessoas qualificadas. Se as

empresas estão financiando esse tipo de pesquisa, muito provavelmente elas não

compartilharão seus resultados com a sociedade, pois elas visam a lucro, certo? Se

o conhecimento não é compartilhado, a sociedade não se beneficia dele.

A seguir citaremos os objetivos dos trabalhos teóricos.

Page 22: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

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O trabalho que foca a área da oftalmologia de Belfort Jr. & Schor

(2000), teve como principal objetivo conscientizar a classe médica que saber utilizar

os recursos tecnológicos disponíveis como: a internet, sites de busca, programas e

ferramentas usadas na área médica providas de Inteligência Artificial e a busca por

informações é mais importante que memorizá-las.

O objetivo de Dwyer (2001) foi analisar o desenvolvimento e uso de

novas tecnologias como a Inteligência Artificial, quais as consequências que o uso

dessas tecnologias provocarão no ensino das ciências sociais.

O trabalho de Bittencourt (2006) teve como finalidade auxiliar a área

do ensino superior demonstrando uma breve história da inteligência artificial.

Ciriaco (2008) teve como objetivo esclarecer o que é Inteligência

Artificial e mostrar suas aplicações na vida real e na ficção científica, assim como as

consequências que essa temática pode trazer à humanidade.

Apresentaremos a seguir a discussão desses trabalhos.

3.1.1 Inteligência Artificial na oftalmologia

Em um dos trabalhos teóricos que exemplifica e justifica a aplicação

da Inteligencia Artificial identificado sob o título Programas inteligentes, inteligência

artificial e oftalmologia, de Belfort Jr. & Schor (2000), verificamos que o principal

objetivo dos professores de médicos é conscientizar a classe médica que saber

utilizar os recursos tecnológicos disponíveis como a internet, sites de busca,

programas e ferramentas usadas na área médica providas de Inteligência Artificial e

a busca por informações é mais importante que memorizá-las.

Com o avanço tecnológico, a informação está sendo digitalizada e

sua leitura está direcionada para os teclados e monitores. A constante alimentação

de dados e de informações e as correções de diagnósticos errôneos proporcionam

atualizações dessas ferramentas.

Observamos também que os autores valorizam a importância da

velocidade das informações que a Inteligência Artificial traz à área da oftalmologia e

como a Inteligência Artificial ajudará os pacientes que aguardam tratamento na fila

Page 23: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

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de espera, visto que tempo é vital para pacientes portadores de doenças graves.

Segundo os autores, “A vida média das „verdades científicas e médicas‟ é cada vez

mais curta” (2000, p.1). Isso porque os especialistas em oftalmologia atualmente

dispõem de programas de computadores que são sistemas inteligentes, os quais

agilizam as pesquisas que são atualizadas constantemente.

O médico por saber, ou julgar saber, não procura as novidades e as

soluções para problemas clínicos em sua área. Essas novidades são

disponibilizadas nos sites e atualizadas a cada meia hora, no Brasil.

De acordo com os autores, com a inauguração da Internet II, que é

uma rede de computadores com muito mais recursos que a Internet comum, a qual

serve como ferramenta e objeto de pesquisa, devido à alta velocidade de

transmissão de dados, essa rede interliga várias instituições acadêmicas e

científicas, tais como a Unifesp, Unicamp, USP, Incor, PUC e Fapesp. Essa ligação

possibilitou a discussão de exames oftalmológicos entre médicos em tempo real. Os

médicos virtuais começam a ser uma realidade, e podem exercer suas atividades em

casa ou em qualquer lugar.

Os estudos da Inteligência Artificial estão avançando a tal ponto que

os programas formularão as hipóteses em 30 segundos, as quais serão reavaliadas

por um especialista em 30 minutos. Como exemplos, os autores citam sistemas

inteligentes de diagnósticos, que dão apoio aos médicos, o Iliad e o Quick Medical

Reference. Esses programas realizam diagnósticos em várias áreas da medicina

interna. O uso desses programas resulta não só na economia de tempo, recursos

humanos e econômicos, mas também em tratamentos antes impossíveis na

oftalmologia.

Assim, programas de Inteligência Artificial poderão guiar o

tratamento oftalmológico automaticamente e quase que instantaneamente, sem o

empenho humano direto, assim como os tratamentos de doenças como diabetes,

alterações sistêmicas e inflamatórias. Isso porque já existem laboratórios em que o

paciente acompanha o resultado do seu exame on-line com todo o sigilo que a ética

médica exige.

Page 24: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

24

3.1.2 Inteligência Artificial nas ciências sociais

Outro trabalho teórico que exemplifica e justifica a aplicação da

Inteligência Artificial é Inteligência, tecnologias informacionais e seus possíveis

impactos sobre as Ciências Sociais, do professor Dwyer (2001). Inferimos que o

autor, ao falar de tecnologias informacionais, refere-se à inteligência artificial, isso

porque, segundo o autor “a tecnologia informacional copia a atividade humana,

reproduz artificial e rapidamente atos rotineiros de pesquisadores” (2001, p.6).

Esse trabalho diz respeito ao crescente número de informações em

formato eletrônico que estão disponíveis na internet, transforma o sistema de ensino

nas Ciências Sociais, mudando o modo de ensinar, de pesquisar e de formar teoria.

Além disso, a revolução informacional abriu novos campos de pesquisa. Devido às

novas informações e recursos disponíveis aos alunos, professores e pesquisadores,

essas pessoas poderão transformar várias áreas de pesquisas.

Verificamos ainda que o autor aponta que uma das consequências

da informatização e de se ter um nível de recursos tecnológicos enorme é a

mudança na relação professor-aluno. Desse modo, o professor não transmite mais

as informações, mas ajuda o aluno a entender o que ele mesmo pesquisou. Outra

consequência é a de que os professores devem utilizar e também ensinar seus

alunos a utilizarem essa gama de recursos, pois caso contrário, eles serão vistos

como preguiçosos ou defensores da anticiência, já que se usarem livros e dados

desatualizados estarão transmitindo conceitos ultrapassados.

Dwyer (2001) afirma que por meio da tecnologia provida de

inteligência artificial se faz mais com maior qualidade e em menos tempo, como no

caso de uma pesquisa informatizada e de fichário informatizado. Entendemos assim

que a tecnologia reduz a quantidade de erros de catalogação e o tempo gasto em

uma pesquisa, caso essa fosse feita manualmente.

Outra utilização que destacamos citada por Dwyer (2001) é a de

que programas especializados catalogam informações e mecanizam atividades de

pesquisadores, como cruzar conteúdos para compará-los e classificá-los, e a partir

disso formular ou reformular conceitos e teorias. O autor afirma que esses

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25

programas transformaram uma das técnicas mais antigas das ciências sociais, a

análise de conteúdo. Essa transformação traz grandes benefícios para os

pesquisadores, economizando tempo, recursos e gastos, resultando em melhor

qualidade na pesquisa. Dessa forma, uma pesquisa pode ser feita por um único

pesquisador que sabe manipular programas inteligentes, que tenha uma boa

percepção sociológica e que sabe teorizar, em vez de ser feita por uma equipe de

pesquisadores.

Outro relato é que muitas pesquisas antes inviáveis por causa do

tempo já podem ser realizadas, graças aos recursos tecnológicos existentes e

disponíveis.

Constatamos que a informatização da sociedade disponibilizou uma

grande quantidade de dados em formato digital, como o de jornais e revistas em CD-

Rom, mas para a análise de tanta informação é preciso não só usar as tecnologias

disponíveis como programas de planilhas e de análise quantitativa de dados

qualitativos, como também o pesquisador deve saber interpretar o que é analisado.

Destacamos dois problemas identificados por Dwyer (2001),

relacionados ao uso de tecnologias informacionais, o primeiro é a necessidade de

uma formação teórica adequada, já que a tecnologia não substitui a tarefa do

pesquisador de teorizar. O segundo problema é que os dados para serem tidos

como legítimos devem estar contidos no banco de dados, ou seja, dentro do

programa, caso contrário, não poderá ser analisado.

Dwyer (2001), em seu trabalho, para tecer comentário sobre a

inteligência social artificial cita a definição de Bainbridge et ali (1994) “a inteligência

social artificial como a aplicação de técnicas de inteligência mecânica a fenômenos

sociais... inclusive construção de teoria e análise de dados”. Segundo Dwyer (2001),

os autores referem-se à representação da vida em sociedade, grupos ou

organizações, através de processos de modelagem que produzem simulações do

comportamento humano em determinados contextos. Consideramos baseado na

descrição de Dwyer (2001) que a inteligência social artificial é a aplicação da

inteligência artificial para análise do mundo social, por meio de pesquisa, análise e

Page 26: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

26

teorização de dados. Esse recurso, conforme pesquisado, representa a vida em

sociedade, por meio de simulação do comportamento humano em certas situações.

Segundo Dwyer (2001), pesquisadores de inteligência artificial

desenvolveram programas inteligentes com a habilidade de entrevistar. Esses

programas começaram a ser utilizados no campo da psicoterapia por volta dos anos

80. O paciente faz uma entrevista com a máquina e em seguida relaciona os motivos

que estão deixando-o com depressão, por meio de técnicas de múltipla escolha.

Esse sente-se mais confortável em responder a questões sobre sua depressão a

uma máquina do que responder essas mesmas perguntas diretamente ao seu

psiquiatra.

De igual modo, esses programas inteligentes estão sendo utilizados

em pesquisas nas Ciências Sociais. Há pesquisas sobre a utilização de máquinas

dotadas de certo grau de inteligência artificial para nortear entrevistas. Um dos

benefícios notados foi que as pessoas entrevistadas ficam mais à vontade ao

responder para a máquina do que para outra pessoa, mesmo que esse tema seja

delicado, quer dizer, um assunto que possa lhe gerar certo constrangimento. O

mesmo benefício foi encontrado no campo da psicoterapia. Outro benefício é a

utilização de hipertextos para conduzir a entrevista e desse modo aprofundar

questões peculiares e, com o auxílio da tabulação das respostas, economizar tempo,

esforço e também o benefício de realizar pesquisas de opinião pública pela internet.

Outra área que utiliza a inteligência artificial é a estatística, o

programa Statiscal Navegator apresenta e auxilia o pesquisador a escolher entre

200 tipos de análise de estatísticas, os quais são mais adequados para serem

adotados em seu projeto. Nesse programa também há entrevista sobre os objetivos

e as prioridades do projeto. As tecnologias informacionais, segundo Dwyer

(2001) são utilizadas nas ciências sociais para testar e gerar novas hipóteses de

pesquisadores. Outros cientistas dedicam-se na construção de formas de vida

artificial para simularem comportamentos de animais e de seres humanos e

desenvolverem modelos computacionais capazes de simularem o que ocorre em

sociedade, como guerras, epidemias, fome, desastres. Contudo, de acordo com

Dwyer (2001), essas simulações funcionam adequadamente quando os

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27

comportamentos são automáticos e, portanto, previsíveis pela máquina, do que

ações que requeiram cálculo e reflexão. Assim, de posse desses comportamentos,

pode-se teorizar qual a melhor e mais rápida maneira de ajudar pessoas em

dificuldades, como no caso da catástrofe ocorrida no Japão em 2011.

Em seu trabalho, Dwyer, em 2001, argumentava que a inteligência

artificial ameaçava chegar ao ensino, principalmente, nas salas de aulas de alunos

de ciências sociais. De acordo com seu ponto de vista, as universidades

particulares, com o objetivo de reduzir o custo de ensino por aluno, seriam as

primeiras a adotarem essa tecnologia. O autor tinha razão, a inteligência artificial é

uma realidade dentro das universidades no Brasil, e como ele previu, a

aplicabilidade dessa tecnologia teve seu início nas universidades particulares, as

quais oferecem cursos a distância para diversas áreas de ensino. O desempenho do

professor nessa nova modalidade de ensino é orientar a distância o aluno para que

ele seja autônomo na busca do seu conhecimento.

3.1.3 Inteligência Artificial no ensino superior

Outra pesquisa teórica intitulada Breve história da Inteligência

Artificial, de Bittencourt (2006), exemplifica a aplicação da inteligência artificial e tem

como foco auxíliar o ensino dessa temática no nível superior. De acordo como o

autor, existem duas linhas de pesquisas para a construção de sistemas inteligentes,

a conexionista e a simbólica. A linha conexionista, segundo o autor, visa à

modelagem da inteligência artificial por meio da simulação dos neurônios do

cérebro. Durante muito tempo, essa linha de pesquisa não foi muito ativa, somente

com o surgimento dos microprocessadores pequenos e baratos e com a

implementação dessas máquinas de conexão fomentou as pesquisas na área. Esse

modelo deu origem à area de redes neuronais artificiais. O autor esclarece que um

primeiro modelo de rede neuronal (conjunto de neurônios interligados) foi proposto

por Rosenblatt (1957).

A linha simbólica, do ponto de vista do autor, segue a tradição

lógica e visa à manipulação simbólica de um grande número de fatos especializados

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28

de determinada área para construção de sistemas inteligentes do tipo simbólico.

Suas áreas principais de pesquisas são: sistemas especialistas, aprendizagem,

representação de conhecimento, aquisição de conhecimento, tratamento de

informação imperfeita, visão computacional, robótica, controle inteligente,

inteligência artificial distribuída, modelagem cognitiva, arquiteturas para sistemas

inteligentes, linguagem natural e interfaces inteligentes. Essa linha simbólica está

dividida em três partes: clássica, romântica e moderna.

Segundo Bittencourt (2006), a linha clássica dedica-se ao estudo do

desenvolvimento de sistemas gerais capazes de resolver qualquer tipo de problema.

Tal estudo ajudou a estabelecer os fundamentos teóricos dos sistemas de símbolos

e deram à inteligência artificial uma série de técnicas de programação voltadas à

manipulação simbólica e não à solução de um problema real.

Já a linha romântica, conforme o autor, tem como objetivo a

construção de teorias e o desenvolvimento de programas inteligentes, que

verificassem essas teorias. Essas pesquisas eram restritas a ambiente acadêmico,

por não haver interesse em construir programas de inteligência artificial com

aplicações práticas. De acordo com o autor, no transcorrer da década de 70, ocorreu

importante mudança nos critérios acadêmicos de julgamento de trabalhos em

inteligência artificial, visto que passou-se a exigir formalização matemática. A análise

formal da metodologia, decidibilidade, completude, complexidade e a semântica bem

fundada passou a ser fundamental e o programa passou a ter menos importância.

Ainda nessa década surgiram os primeiros sistemas especialistas (SE‟s) cujo

objetivo era reproduzir o comportamento de especialistas humanos na resolução de

problemas do mundo real.

Mas, foi na linha moderna que essa tecnologia (SE‟s), conforme

Bittencourt (2006), teve grande crescimento, despertando o interesse dos

empresários por um produto comercializável que utilizasse essa tecnologia e que

fosse implementado uma só vez e vendido em milhares de unidades. Porém os SE‟s

não eram esse produto esperado pelos empresários e sim um sistema específico

para resolver um determinado problema. Surgiu, assim, no mercado, os arcabouços

de sistemas especialistas (ASE), ferramentas que suportam todas as

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29

funcionlalidades de um SE, e que prometiam resolver o problema de construção de

SE. Tais ferramentas ajudaram muito na construção de um sistema complexo, mas

saber o que programar era preponderante para os usuários.

O autor afirma que o desenvolvimento de SE‟s trouxe muitos

benefícios, assim como: distribuição de conhecimento especializado, memória

institucional, flexibilidade no fornecimentro de serviços tais como: consultas médicas,

jurídicas, técnicas, etc., facilidade na operação de equipamentos, maior

confiabilidade de operação, possibilidade de tratar situações a partir de

conhecimentos incompletos ou incertos, treinamento, entre outros. Ele diz também

que hoje em dia há muitos SE‟s em operação nas diversas áreas e que a inteligência

artificial evolui constantemente influenciando outros campos da computação, assim

como engenharia de software, banco de dados e processamento de imagens.

3.1.4 Inteligência Artificial na vida real e na ficção científica

Outra pesquisa teórica que exemplifica e justifica a aplicação da

Inteligencia Artificial de título O que é Inteligência Artificial?, de Ciriaco (2008), teve

como objetivo de trabalho esclarecer o que é inteligência artificial e mostrar suas

aplicações na vida real e na ficção científica e a controvérsia baseada em filmes de

ficção, do uso da inteligência artificial sem a ética e o bom senso.

Segundo o autor, Inteligência Artificial é um ramo da ciência da

computação que se propõe a elaborar aplicativos que simulem a capacidade

humana de raciocinar e resolver problemas, ou seja, a habilidade de ser inteligente.

Essa ciência existe desde os anos 40 e é grandemente

impulsionada com o rápido desenvolvimento das informações e da computação,

permitindo assim que novos elementos se agreguem a ela. Contudo, no início, as

pesquisas eram feitas apenas para descobrir novas maneiras de se utilizar o

computador ainda em projeto.

Hoje em dia, segundo Ciriaco (2008) a inteligência artificial é

aplicada em jogos, programas de computador, aplicativos de segurança para

sistemas informacionais, robótica (robôs auxiliares), dispositivos para

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reconhecimentos de escrita a mão e voz, assim como, programas de diagnósticos

médicos e muito mais. Ela está presente em livros, desenhos animados e filmes. Um

autor de destaque nessa área é o russo Isaac Asimov, autor de histórias de sucesso

como O Homem Bicentenário e Eu, Robô. Outro autor de sucesso é Steven

Spielberg diretor do filme AI: Inteligência Artificial.

Os robôs inteligentes podem ser de grande auxílio não só na

medicina, diminuindo o número de erros médicos, como também na exploração de

outros planetas e no resgate de pessoas soterradas por destroços. Além disso,

esses sistemas inteligentes são utilizados para resolver cálculos e realizar pesquisas

que podem encontrar a cura de doenças.

Contudo, há opiniões divergentes que temem as consequências que

poderão acontecer se as máquinas ou robôs agissem independentemente da

vontade do homem, como exemplo a escravidão ou até mesmo a extinção da raça

humana. Exemplos dessas divergências também são contados em outros filmes

como Exterminador do Futuro, de James Cameron, e Matrix, de Andy e Larry

Wachowski. Por esse motivo, é necessária a prática da ética e do bom senso não só

nas pesquisas de inteligência artificial, como também no bom uso de sua

aplicabilidade para o bem da sociedade e não somente para benefício de alguns.

Este trabalho mostrou-nos um panorama geral da aplicabilidade da

inteligência artificial na vida real e também na ficção científica. O autor faz um bom

relato dessa aplicabilidade, entretanto nos parece faltar em seu trabalho a área

especifica de análise, como demonstrou o professor Dwyer (2001) em seu trabalho.

3.2 Semelhanças entre trabalhos teóricos

Belfort Jr. & Schor (2000), Bittencourt (2006) e Ciriaco (2008) têm

em comum o estudo do desenvolvimento e uso da Inteligência Artificial. Eles

compartilham a relevância da velocidade de seu desenvolvimento. Essa velocidade

tem como consequência o auxílio na área da medicina, diminuindo o número de

erros médicos e de diagnósticos aumentando assim a possibilidade de encontrar a

cura de doenças e tratamentos antes impossíveis, de modo que resulta não só na

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economia de tempo, recursos humanos e econômicos. Também a própria

inteligência artificial é impulsionada pela velocidade do desenvolvimento das

informações e da computação e que graças a essa velocidade novos elementos são

agregados à inteligência artificial.

Belfort Jr. & Schor (2000) e Dwyer (2001) concordam que a

Inteligência Artificial, por meio do uso da internet, oferece fácil acesso tanto a dados

atualizados e informações quanto à discussão de exames médicos em tempo real,

os chamados médicos virtuais que podem exercer suas atividades em casa ou em

qualquer lugar. Eles têm em comum a opinião de que a Inteligência Artificial muito

contribui no desenvolvimento das capacidades intelectuais, na área do ensino e

pode servir de apoio didático. Para ambos, é mais importante saber fazer a melhor e

mais rápida busca pela informação do que memorizá-la. Além disso, permite fazer

mais e em menos tempo e com melhor qualidade.

3.3 Diferenças entre trabalhos teóricos

As diferenças que visualizamos entre os autores foram os focos de

seus trabalhos. Um trabalho aponta para Inteligência Artificial voltada para o ensino

superior, outro foca também no ensino superior, mas voltado para a classe médica,

e ainda outro concentra-se no ensino superior voltado para as ciências sociais. O

último faz sua avaliação para as áreas em geral, entretanto, seria de muito valia se o

autor pontuasse sua análise por área. A definição de Inteligência Artificial foi outra

diferença encontrada entre os autores, pois cada um tem a sua própria definição,

embora, o significado seja o mesmo.

Page 32: Um panorama sobe a inteligência artificial no Brasil

32

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desta pesquisa foi identificar um panorama sobre a

Inteligência Artificial no Brasil. Pudemos observar que a Inteligência Artificial é uma

ciência que estuda e explora a capacidade de automatizar atividades por meio do

computador para melhoramento de diversas áreas da sociedade. Também, visto que

a temática escolhida está em constante evolução, é necessário que os

pesquisadores continuem sempre se atualizando, aprofundando-se e formulando

novas teorias a respeito desse tema, como nos dedicamos a fazer nesta pesquisa.

Sugerimos também que esse tema seja ensinado com mais afinco no nível superior

não só na teoria, mas também na prática, para formar pessoas capazes de

desenvolver sistemas especialistas providos de Inteligência Artificial.

A cada ano que passa só aumenta o número de empresas e de

seus níveis de investimentos financeiros em inovação tecnológica no país. Mesmo

com a crise financeira internacional ocorrida a partir de 2006, pouco refletiu

negativamente aqui no Brasil, não afetando o crescimento tecnológico no país. Em

resultado disso, a influência e aplicação da Inteligência Artificial na área da

computação e em áreas que não estão diretamente relacionadas com a computação

estão crescendo constantemente. Assim, o desenvolvimento dos muitos sistemas

especialistas (SE‟s) existentes nos mais variados ramos tais como: entretenimento,

educação, ciências sociais, agricultura, química, sistemas de computadores,

eletrônica, engenharia, direito, matemática, medicina, aplicações militares e

tecnologia espacial trouxeram diversos benefícios como: distribuição de

conhecimento especializado e atualizado, flexibilidade no fornecimento de serviços

(consultas médicas, jurídicas, técnicas, etc.), maior confiabilidade de operação,

treinamento, agilidade de pesquisas com ganhos de economia de tempo, recursos

humanos, econômicos e maior qualidade.

Contudo, para se beneficiar dessas tecnologias informacionais, é

necessário saber utilizar essas ferramentas, além de analisar e interpretar o

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conteúdo coletado, já que a tecnologia não substitui a tarefa do pesquisador de

teorizar.

Em contrapartida às contribuições que a Inteligência Artificial trouxe,

há opiniões divergentes que temem as consequências do que poderá acontecer se

as máquinas agissem independentemente da vontade do homem como exemplo a

escravidão ou até mesmo a extinção da raça humana. No entanto, para nós, o temor

de que as máquinas possam substituir o homem não tem sustentação, pois as

máquinas não pensam, não raciocinam e sempre estarão sujeitas aos homens e não

os homens às máquinas. Mas ainda assim, é necessária a prática da ética e do bom

senso não só nas pesquisas de inteligência artificial como também no bom uso de

sua aplicabilidade para o bem da sociedade como um todo e não somente para

benefício daqueles que a empregam, como por exemplo, o uso de Inteligência

Artificial na fabricação de robôs, armamentos, material bélico, químico, biológico, etc.

Na realização de nossa pesquisa, encontramos dificuldade para a

definição de Inteligência Artificial, pois cada autor tem a sua própria definição, outros

não apontam uma definição, mas seu objetivo. Constatamos que Inteligência

Artificial não é a capacidade do computador ser inteligente, pensar e realizar tarefas

por conta própria, mas sim programar a máquina por meio de processos algorítmicos

para que execute tarefas que necessitam de raciocínio e intelecto, as quais são

praticadas por seres humanos. Vale destacar que, assim como os sistemas

inteligentes simulam o comportamento humano, eles também erram como nós.

A Inteligência Artificial muito tem contribuído de maneira vital na

área da medicina, diminuindo o número de erros médicos. Por meio dessa

tecnologia podem ser feitos diagnósticos mais precisos e em menos tempo, exames

mais complexos, cirurgias delicadas e tratamentos alternativos, ocasionando mais

chances de cura para pacientes com doenças graves ou ainda melhorando a

qualidade de vida desses.

Esses sistemas inteligentes são utilizados para resolver cálculos,

auxiliar a realização de projetos, ensinar e informatizar a sociedade, lançar grandes

produções cinematográficas, analisar o mundo social, sondar a opinião pública e

realizar pesquisas. É bem verdade que a Inteligência Artificial está presente em

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nosso cotidiano há muitos anos, desde o mais antigo vídeo game até as máquinas

fotográficas mais modernas, que disparam ao encontrar um sorriso, ou mesmo

quando utilizamos o computador e acessamos os corretores ortográficos de textos,

ou ainda quando um erro de sintaxe na frase é detectado e oferecida a correção.

Nisso tudo existe Inteligência Artificial, nós a usamos em nosso dia a dia e essa

ciência facilita e melhora a nossa vida. Dessa forma, a Inteligência Artificial é

aplicada em todas as áreas no Brasil.

Essa temática pesquisada pode contribuir muito com o

desenvolvimento tecnológico do país, haja vista que sua aplicação pode promover

inovação nos meios de produção. O Brasil precisa investir aqui em pesquisas e

produção de equipamentos tecnológicos avançados, com alto grau de valor

agregado e não apenas se submeter a comprar equipamentos de outros países e,

quando no máximo, propor-se a montá-los aqui. Dessa forma, o Brasil aumentará o

número de pesquisadores brasileiros com condições de competitividade com

cientistas do mundo inteiro. Outra consequência notada com o crescimento de

investimentos tecnológicos, embora ainda esses investimentos sejam poucos, se

comparados a de outros países, é que nossos pesquisadores estão chamando mais

a atenção de pesquisadores do resto do mundo para as suas teses e opiniões.

Por fim, sabemos que há muito a ser feito quando se fala de

Inteligência Artificial, e entender a nós mesmos é o começo para estarmos

preparados para os desafios do futuro e para colocar um pouco mais de inteligência

em nossas máquinas.

Em suma, há de se observar que: [...] a mente está para o cérebro

assim como o programa está para o hardware do computador. (SEARLE, 1991

p.28).

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35

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