Um Prólogo a Dornelles

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Um prólogo a Dornelles

Por purpúreos mantos são as vidas revogadas

Confundem-se decretos às palavras simplórias

E inflamados discursos a mirar infindas glórias

Ocultam misérias e venturas da alma alçadas

Tantas figuras a palácios e palanques condenadas

Em sôfrega egolatria por soldarem-se memórias

Na tragicomédia do tempo repercutem vanglórias

Prosápias a pátrias, promessas e palmeiras atadas

Podem tais figuras criar as aquarius mais suaves

Quiméricas pasárgadas a tropéis de tolos erguer

Mas são ainda infantes que não supõem entraves

Nas enleadas teias que cabe à História tecer

Não cuidam que são, sois, sou dos séc’los claves

Quinquilharia em carne sem coroa a fenecer.