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Ano IX N.º 21 | 25 de Fevereiro | 2018 UM RETIRO PARA MATAR A SEDE É notícia: o Papa está em retiro. A notícia torna-se mais curiosa: quem prega a semana de retiro ao Papa é um padre português, pela primeira vez na história. Trata-se do Pe. Tolentino Mendoça, madeirense, do clero de Lisboa, poeta e teólogo, vice-reitor da Universidade Católica. Acabou a notícia e viramos a páginacontinuamos a nossa vida, contentes pelo prestígio que os portugueses ganham, cada vez mais, lá para fora. Depois do desporto, da música, dos direitos humanos, da economia, da tecnologiamais uma área: a vida espiritual. Se calhar é uma boa notícia para pensar, também, mais uma vez, no valor deste exercício do «retiro espiritual», sobretudo em tempo de Quaresma, que, no fundo, é e deveria ser um retiro espiritual de 40 dias, em preparação da Páscoa. As várias iniciativas que uma comunidade cristã põe no calendário, nesta época, são uma grande oportunidade para viver bem este tempo de graça. Pensamos na leitura e meditação comunitária da Palavra de Deus, feita na igreja uma vez por semana, ou em volta da mesa em família: palavra que alimenta as nossas relações e o nosso ritmo quotidiano. Pensamos no exercício da Via Sacra, que os franciscanos na idade média implementaram, para contemplar a humanidade de Cristo, sobretudo nos instantes da Paixão e Morte do Senhor. Pensamos nas 24 horas para o Senhor, esta paragem contemplativa que nos dá a oportunidade de viver o Sacramento da Reconciliação, experimentando aquele abraço que o Pai misericordioso ofereceu ao seu filho, marcado pelo pecado. No dia 4 de Março, à tarde, a nossa Unidade Pastoral tem uma grande ocasião para parar algumas horas e fazer retiro, juntos pela primeira vez, sem distinção de categorias de pessoas (jovens, adultos, crianças, consagrados, etc.). Cada qual terá a possibilidade para refletir sobre a própria vida com a ajuda do Juan Ambrósio, que nos oferecerá algumas pistas de reflexão; escolher um ambiente para encontrar o Senhor, em silêncio e na oração; dar-se um estilo para pôr em ordem a sua própria vida. Por isso, marca na tua agenda e avisa no cartório que queres participar nesta experiência de retiro. Leva o farnel para uma simples refeição, às 13h na Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes (Parque das Nações). Sobretudo, leva uma Bíblia, um papel e uma caneta. Se quiseres também o Terço. Mas, sobretudo, leva a alegria de poder ter um tempo, breve, mas por ti escolhido, para estar com o Senhor. Frei Fabrizio Bordin

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Ano IX N.º 21 | 25 de Fevereiro | 2018

UM RETIRO PARA MATAR A SEDE

É notícia: o Papa está em retiro. A notícia torna-se mais curiosa: quem prega a semana de retiro ao Papa é um padre português, pela primeira vez na história. Trata-se do Pe. Tolentino Mendoça, madeirense, do clero de Lisboa, poeta e teólogo, vice-reitor da Universidade Católica. Acabou a notícia e viramos a página… continuamos a nossa vida, contentes pelo prestígio que os portugueses ganham, cada vez mais, lá para fora. Depois do desporto, da música, dos direitos humanos, da economia, da tecnologia… mais uma área: a vida espiritual.

Se calhar é uma boa notícia para pensar, também, mais uma vez, no valor deste exercício do «retiro espiritual», sobretudo em tempo de Quaresma, que, no fundo, é e deveria ser um retiro espiritual de 40 dias, em preparação da Páscoa.

As várias iniciativas que uma comunidade cristã põe no calendário, nesta época, são uma grande oportunidade para viver bem este tempo de graça. Pensamos na leitura e meditação comunitária da Palavra de Deus, feita na igreja uma vez por semana, ou em volta da mesa em família: palavra que alimenta as nossas relações e o nosso ritmo quotidiano. Pensamos no exercício da Via Sacra, que os franciscanos na idade média implementaram, para contemplar a humanidade de Cristo, sobretudo nos instantes da Paixão e Morte do Senhor. Pensamos nas 24 horas para o Senhor, esta paragem contemplativa que nos dá a oportunidade de viver o Sacramento da Reconciliação, experimentando aquele abraço que o Pai misericordioso ofereceu ao seu filho, marcado pelo pecado.

No dia 4 de Março, à tarde, a nossa Unidade Pastoral tem uma grande ocasião para parar algumas horas e fazer retiro, juntos pela primeira vez, sem distinção de categorias de pessoas (jovens, adultos, crianças, consagrados, etc.). Cada qual terá a possibilidade para refletir sobre a própria vida com a ajuda do Juan Ambrósio, que nos oferecerá algumas pistas de reflexão; escolher um ambiente para encontrar o Senhor, em silêncio e na oração; dar-se um estilo para pôr em ordem a sua própria vida.

Por isso, marca na tua agenda e avisa no cartório que queres participar nesta experiência de retiro. Leva o farnel para uma simples refeição, às 13h na Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes (Parque das Nações). Sobretudo, leva uma Bíblia, um papel e uma caneta. Se quiseres também o Terço. Mas, sobretudo, leva a alegria de poder ter um tempo, breve, mas por ti escolhido, para estar com o Senhor.

Frei Fabrizio Bordin

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II DOMINGO DA QUARESMA

1ª Leitura (Gen 22, 1-2.9a.10-13.15-18) O sacrifício do nosso Patriarca Abraão.

Salmo Responsorial (Salmo 115 (116)) Andarei na presença do Senhor sobre a terra dos vivos.

2ª Leitura (Rom 8, 31b-34) «Deus não poupou o seu próprio Filho»

Evangelho (Mc 9, 2-10) «Este é o meu Filho muito amado»

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos. Eles guardaram a recomendação, mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos

Aclamação

No meio da nuvem luminosa, ouviu-se a voz do Pai:

«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O» .

Oração

Jesus, Tu que Te entregas

e ofereces a tua vida por mim,

Ajuda-me a reconhecer

a grandeza esmagadora

das pequenas coisas do dia a dia,

a brancura resplandecente

Dos gestos humildes,

O esplendor colorido

que se pode dar a uma rotina.

Dá-me o saber viver

Em abundância o quotidiano.

Dá-me um coração ardente

Com as tarefas de todos os dias.

Ámen

A nossa fé na ressurreição… Concretamente, como fazer, que fazer? Alguns meios podem ajudar-nos: a oração, para pedir a Deus a fé (que é graça) e a sua luz; a meditação da Palavra de Deus; leituras, livros de teologia ou de espiritualidade, testemunhos de crentes; ou ainda a ajuda de um conselheiro espiritual, que nos permita debater questões mais actuais (incompatibilidade entre fé na ressurreição e crença na reincarnação, por exemplo).

Adaptado de http://www.dehonianos.org/ Que bem que se está em Ti.

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1.ª meditação: Aprendizes do espanto

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2.ª meditação: A ciência da sede

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3.ª meditação: Dei-me conta de estar com sede

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Nesta Quaresma, a nossa Unidade Pastoral terá um programa* com vários momentos para podermos dedicar “Um tempo +” a Jesus. Destacamos esta semana:

27 Fev Ter | Formação vicarial de Leitores, às 21h30 na igreja do Parque das Nações

28 Fev Qua | Noite da Palavra, às 21h em Sta Beatriz

1 Mar Qui | Noite da Palavra, às 21h em S. Maximiliano Kolbe, na casa das Irmãzinhas de Jesus e na casa do Sr. João Rodrigues

2 Mar Sex | Tertúlia de Jovens, às 21h em S. Maximiliano Kolbe (para todos os jovens da unidade pastoral)

4 Mar Dom | Terceiro Domingo da Quaresma

Retiro Quaresmal, na Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, no Parque das Nações

6 Mar Ter | Formação vicarial de Leitores, às 21h30 na igreja do Parque das Nações

7 Mar Qua | Noite da Palavra, às 21h em Sta Beatriz

8 Mar Qui | Noite da Palavra, às 21h em S. Maximiliano Kolbe, na casa das Irmãzinhas de Jesus e na casa do Sr. João Rodrigues

As CARTAS PASTORAIS e as EPÍSTOLAS CATÓLICAS

As Cartas Pastorais são as Cartas que Paulo escreveu a Timóteo (duas) e a Tito (uma), no final da sua vida, na última ida ao Oriente, antes de ser preso e enviado a Roma pela segunda vez, por volta do ano 65. Paulo deixou Timóteo (jovem líder da Igreja primitiva) em Éfeso e Tito na Ilha de Creta, no mediterrâneo, como bispos. As cartas são ricas em recomendações sobre como conduzir uma vida irrepreensível e cheia do testemunho cristão e como guiar retamente o povo de Deus, especialmente no combate contra as falsas doutrinas, além de dar as orientações sobre a organização da vida da Igreja, por isso são chamadas “Cartas pastorais”.

As Epístolas Católicas, ou universais, são sete: Tiago 1 e 2, Pedro 1, 2 e 3, João e Judas. São assim chamadas porque não eram difundidas apenas a uma comunidade, como as de São Paulo, mas a muitas comunidades da Ásia Menor.