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1 CRISTIANO RAFAEL VON DENTZ TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO UM SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS COM FOCO NA REMUNERAÇÃO ESTRATÉGICA PARA A IMT COMÉRCIO DE COMBUSTÍVEIS LTDA Trabalho conclusão de curso desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Gestão da Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí – SC, 2009

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CRISTIANO RAFAEL VON DENTZ

TRABALHO DE CONCLUSÃO

DE ESTÁGIO

UM SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS

COM FOCO NA REMUNERAÇÃO

ESTRATÉGICA PARA A IMT COMÉRCIO

DE COMBUSTÍVEIS LTDA

Trabalho conclusão de cursodesenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Gestão da Universidade do Vale do Itajaí.

Itajaí – SC, 2009

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Agradeço primeiramente a Deus por ter me

concedido saúde e perseverança para a

conclusão desse trabalho e aos meus pais

Marli e Ângelo pela oportunidade de estar

cursando o ensino superior, e pela força

dada a mim nos momentos difíceis desse

percurso.

Agradeço a todos os meus amigos (as) que

de forma direta ou indireta me auxiliaram

e incentivaram, e em especial para minhas

amigas Clarice Muller, Saranita Martinez,

Aline Fogaça e Marli Fátima que se

fizeram presente no decorrer de todo esse

percurso.

Agradeço também a todos os professores

pelos conhecimentos transmitidos no

decorrer deste curso, e em especial para

minha orientadora Professora Justina

Costa Rodrigues, pela competência,

dedicação e amizade.

E a empresa IMT Comercio de

Combustíveis Ltda pela oportunidade de

desenvolvimento do trabalho.

Muito Obrigado!

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“É preciso viver o sonho e a certeza de que

tudo vai mudar. É necessário abrir os

olhos e perceber que as coisas boas estão

dentro de nós, onde os desejos não

precisam de razão, nem os sentimentos, de

motivos. O importante é viver cada

momento e aprender sua duração, pois a

vida está nos olhos de quem sabe ver.”

Autor desconhecido.

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Cristiano Rafael Von Dentz

b) Área de estágio

Administração de Recursos Humanos

c) Supervisor de campo

Marli Inez Toigo Von Dentz

d) Orientador de estágio

Prof. Justina da Costa Rodrigues

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

IMT Comercio de Combustíveis Ltda

b) Endereço

BR 101, Km 91,5 Marginal leste – Barra Velha – Itajubá

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Recursos Humanos

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Marli Inez Toigo Von Dentz – Gerente Administrativa

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

BARRA VELHA, 04 DE NOVEMBRO DE 2009

A empresa IMT COMERCIO DE COMBUSTÍVEIS LTDA, pelo presente

instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua

biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio supervisionado,

pelo acadêmico CRISTIANO RAFAEL VON DENTZ.

___________________________________________________

MARLI INÊS TOIGO VON DENTZ

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RESUMO

O sucesso do negócio atualmente depende diretamente das pessoas, e em função desse fator as empresas passaram a aperfeiçoar processos, buscando a vantagem competitiva utilizando novas formas de remunerar a mão-de-obra. A recompensa por meio de alternativas criativas é caracterizada como uma nova forma de remuneração que promove a vinculação do desempenho imediato com a motivação dos funcionários. Considerando esses aspectos o presente estudo teve como objetivo a elaboração de um sistema alternativo de remuneração para reter e motivar os funcionários da empresa IMT Comercio de Combustíveis Ltda. O trabalho caracterizou-se com uma tipologia de estágio de proposição de planos com abordagem do método qualitativo com aporte quantitativo. Os participantes da pesquisa foram o gestor da empresa e todos os funcionários. Para o levantamento dos dados foram utilizados entrevista, questionário, e a observação não participativa. Os dados foram tratados com base em conceitos da análise de conteúdo e técnicas estatísticas e apresentadas em quadros e textos explicativos. O resultado da pesquisa apontou pontos que contribuem para a implantação do sistema alternativo de remuneração, destacando a confiança e a satisfação que os funcionários em a relação à empresa. Mas foram detectados também aspectos que merecem atenção como falta de: definição das funções, treinamento, conhecimento dos funcionários das ações, integração, a deficiência nos benefícios oferecidos e nas condições de trabalho. O plano de ação para a implantação do novo sistema de remuneração procurou apresentar contribuições de melhoria nos processos aliadas a retenção e motivação dos colaboradores.

PALAVRAS-CHAVE: administração de recursos humanos, remuneração estratégica e

benefícios.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro nº01: Participantes da Pesquisa ........................................................................... 17

Quadro nº02: Fontes Motivacionais, segundo Maslow .................................................... 39

Quadro nº03: Classificação das Atividades de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas

segundo Diferentes Autores ............................................................................................. 42

Quadro nº04: Classificação das Atividades de Gestão de Pessoas................................... 43

Figura nº01: Processos de Gestão de Pessoas................................................................... 43

Figura nº02: Os Diversos Tipos de Recompensas............................................................ 48

Quadro nº05: Fontes de Recompensas Não-Financeiras.................................................. 53

Quadro nº06: Recompensas Não-Financeiras................................................................... 54

Quadro nº07: Fundamentos dos Sistemas de Remuneração............................................. 56

Figura nº03: Componentes de um Sistema de Remuneração Estratégica......................... 60

Figura nº04: Componentes da Remuneração Funcional................................................... 61

Quadro nº08: Vantagens do Crescimento Horizontal e Vertical...................................... 66

Figura nº05: Investimentos e Ganhos............................................................................... 67

Figura nº06: Identificação de Competências..................................................................... 70

Quadro nº09: Vantagens dos Planos de Previdência Complementar................................ 71

Quadro nº10: Vantagens e Fatores Condicionantes da Remuneração Variável................ 74

Quadro nº11: Ganho e Riscos de um Plano de Participação Acionária............................ 75

Quadro nº12: Categorias de Pressupostos......................................................................... 78

Quadro nº13: Fases da Análise de Cargos........................................................................ 80

Quadro nº14: Formação, Desenvolvimento e Treinamento como Forma de Educação

Profissional....................................................................................................................... 82

Figura nº07: Construção da IMT Comercio de Combustíveis Ltda.................................. 85

Figura nº08: Logotipo da IMT Comercio de Combustíveis Ltda..................................... 86

Figura nº09: Selo Verde.................................................................................................... 87

Figura nº10: Complexo Parada Ferretti............................................................................. 88

Figura nº11: Estrutura da Empresa e Troféu de 1º lugar como Posto Mais Bonito.......... 89

Figura nº12: Estrutura Organizacional da IMT Comercio de Combustíveis Ltda............ 91

Figura nº13: Demonstrativos dos tipos de Combustíveis Oferecidos............................... 92

Figura nº14: Expositor de Óleo Lubrificante da Empresa................................................ 93

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Figura nº15: Produtos Oferecidos pela Conveniência da Empresa................................... 93

Figura nº16: Portfólio dos Vinhos e Espumantes que a Empresa Oferece....................... 94

Figura nº17: Logotipo da Polipetro................................................................................... 95

Figura nº18: Logotipo da AleSat....................................................................................... 95

Quadro nº15: Comunicações Internas visão do Gestor..................................................... 97

Quadro nº16: Administração de Cargos e Salários na visão do Gestor............................ 97

Quadro nº17: Administração de Cargos e Salários/Benefícios na visão do Gestor.......... 98

Quadro nº18: Treinamento e Desenvolvimento na visão do Gestor................................. 100

Quadro nº19: Higiene e Segurança no Trabalho na visão do Gestor................................ 101

Quadro nº20: Recrutamento e Seleção na visão do Gestor............................................... 101

Quadro nº21: Avaliação de Desempenho na visão do Gestor........................................... 102

Quadro nº22: Pontos Fortes na visão do Gestor................................................................ 102

Quadro nº23: Pontos Fracos na visão do Gestor............................................................... 103

Quadro nº24: Dados Pessoais............................................................................................ 104

Quadro nº25: Educação..................................................................................................... 105

Quadro nº26: Família........................................................................................................ 106

Quadro nº27: Perfil Funcional.......................................................................................... 106

Quadro nº28: Dados Sociais.............................................................................................. 108

Quadro nº29: Habitação.................................................................................................... 109

Quadro nº30: Transporte................................................................................................... 109

Quadro nº31: Lazer/Atividades Sociais/Culturais............................................................ 109

Quadro nº32: Saúde........................................................................................................... 110

Quadro nº33: Geral........................................................................................................... 112

Quadro nº34: Comunicação Interna na visão dos funcionários........................................ 113

Quadro nº35: Comunicações Internas na visão dos Funcionários.................................... 114

Quadro nº36: Políticas de Remuneração na visão dos Funcionários................................ 115

Quadro nº37: Políticas de Remuneração na visão dos Funcionários................................ 117

Quadro nº38: Benefícios na visão dos Funcionários......................................................... 118

Quadro nº39: Treinamento de Desenvolvimento na visão dos Funcionários................... 119

Quadro nº40: Higiene e Segurança na visão dos Funcionários......................................... 120

Quadro nº41: Recrutamento e Seleção na visão dos Funcionários................................... 121

Quadro nº42: Relações Interpessoais na visão dos Funcionários..................................... 121

Quadro nº43: Pontos Fortes na visão dos Funcionários.................................................... 123

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Quadro nº44: Pontos Fracos na visão dos Funcionários................................................... 123

Quadro nº45: Questão Aberta na visão dos Funcionários................................................. 124

Quadro nº46: Plano de Ação............................................................................................. 127

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................ 13

1.1 Problema de Pesquisa............................................................................................... 14

1.2 Objetivos do Trabalho.............................................................................................. 15

1.3 Aspectos Metodológicos............................................................................................ 16

1.3.1 Característica da Pesquisa........................................................................................ 16

1.3.2 Contexto e Participantes do Trabalho de Estágio.................................................... 17

1.3.3 Procedimentos e Instrumentos de Coleta de Dados................................................. 18

1.3.4 Tratamento e Análise de Dados............................................................................... 19

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................ 21

2.1 Administração........................................................................................................... 21

2.1.1 Abordagens da Administração................................................................................. 22

2.2 Áreas da Administração........................................................................................... 28

2.2.1 Administração Geral................................................................................................ 28

2.2.2 Administração de Produção (ou Operações)............................................................ 29

2.2.3 Administração Financeira........................................................................................ 30

2.2.4 Administração Mercadológica (Marketing)............................................................. 31

2.2.5 Administração de Recursos Humanos..................................................................... 32

2.3 Aspectos Ligados à Recompensa de Recursos Humanos....................................... 33

2.3.1 Comportamento Organizacional.............................................................................. 34

2.4 Gestão Estratégica de Pessoas.................................................................................. 40

2.5 Processos de Gestão de Pessoas................................................................................ 43

2.5.1 Processos de Valoração de Pessoas.......................................................................... 46

2.6 Remuneração............................................................................................................. 55

2.6.1 Remuneração Estratégica......................................................................................... 57

2.6.2 Componentes da Remuneração Estratégica............................................................. 59

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2.6.3 Objetivos da Remuneração Estratégica.................................................................... 77

2.7 Descrição e Análise de Cargos e Salários................................................................ 79

2.7.1 Treinamento e Desenvolvimento............................................................................. 81

2.8 Diagnóstico em Recursos Humanos......................................................................... 82

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO........................ 85

3.1 Histórico da Empresa (Caracterização da Empresa)............................................ 85

3.1.1 Missão, Visão e Valores........................................................................................... 89

3.1.2 Estrutura Organizacional.......................................................................................... 91

3.1.3 Ramo de Atuação..................................................................................................... 91

3.1.4 Principais Produtos................................................................................................... 92

3.1.5 Clientes..................................................................................................................... 94

3.1.6 Fornecedores............................................................................................................ 95

3.1.7 Concorrentes............................................................................................................ 96

3.2 Resultado da Pesquisa............................................................................................... 96

3.2.1 Diagnostico do Sistema Atual de Remuneração da Empresa.................................. 96

3.2.2 Perfil do Funcionários.............................................................................................. 104

3.2.3 Percepção dos Funcionários em Relação ao Sistema de Remuneração Atual......... 113

3.2.4 Definição do Sistema de Remuneração mais Adequado com a Realidade da

Empresa.............................................................................................................................

125

3.3 Elaboração de um Plano de Ação para Implantação do Sistema de

Remuneração...................................................................................................................

126

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................. 137

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................... 139

APÊNDICE.................................................................................................. 144

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS.................................................... 156

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1 INTRODUÇÃO

Com a abordagem humanística, a teoria administrativa passa por uma revolução

conceitual transferindo a ênfase, antes colocada na tarefa e na estrutura organizacional, agora

para as pessoas. Esta mudança de paradigma trouxe a necessidade de humanizar e

democratizar a organização, para fugir dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria

Clássica.

O nível de produção não é determinado pela capacidade física ou fisiológica do

empregado, mas sim da sua contribuição, decorrente da motivação para o trabalho que é a

excitação constante que leva o indivíduo a alguma forma de comportamento, visando à

satisfação de uma ou mais necessidades.

O sucesso do negócio depende diretamente das pessoas e, em função destas, as

empresas passaram a aperfeiçoar os seus recursos, buscando a chamada vantagem competitiva

por meio de novas formas de remunerar o trabalho de seus profissionais. A remuneração vem

sofrendo mudanças ao longo das últimas décadas, sendo direcionada para a melhoria dos

resultados da empresa aliados a motivação dos profissionais.

A remuneração é uma forma de recompensar o trabalho realizado e a organização a vê

como motivadora dos comportamentos e do desempenho das pessoas que nela trabalham

(HANASHIRO et al, 2007).

Considerando o autor, as empresas passam a adequar seus sistemas tradicionais de

remuneração ao conceito de remuneração estratégica, no qual passa a focar o individuo e não

mais o cargo que exerce. Procura dessa forma estimular o trabalho em equipe, buscando a

qualidade e maior produtividade a custos cada vez menores e redução de níveis hierárquicos,

visando conceder mais autonomia aos colaboradores e conseguir maior rapidez e flexibilidade

nas tomadas de decisões. Decorrente disso, utilizam-se da remuneração como uma estratégia

para atração e retenção de mão-de-obra qualificada.

No caso da remuneração estratégica, é considerada como um investimento que as

empresas fazem para recompensar os funcionários como incentivo para atingir seus objetivos.

Para o trabalhador, as recompensas representam o retorno dos recursos pessoais que foram

investidos no trabalho (FIDELIS e BANOV, 2007).

A remuneração é estratégica quando, além de uma condição instrumental e

transacional da relação de trabalho, é uma ferramenta que estabelece uma relação de parceria

entre empregado e organização. A empresa pode dispor de diferentes modalidades de

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recompensa para direcionar comportamentos e estimular o desenvolvimento de novas

habilidades.

Escolher um sistema de remuneração mais adequado à realidade organizacional não é

tarefa simples. Exige não somente o conhecimento de técnicas, mas também a atenção e a

observação de aspectos mais sutis, porém igualmente relevantes, como a cultura e o momento

organizacional.

As revendedoras de combustíveis, que é o ramo da empresa objeto da pesquisa,

atualmente em função da economia globalizada, nas quais o desempenho nos custos aliado ao

nível de qualidade dos serviços prestados, tornam-se crucial para a sobrevivência para as

mesmas.

Portanto, a IMT Comercio de Combustíveis Ltda voltada para o ramo de revenda de

combustíveis com uma loja de conveniência em seu interior, busca um diferencial no

atendimento prestado aos seus consumidores. Com isso procura um sistema de remuneração

estratégica adequado a sua realidade para retenção, qualificação e motivação da sua da mão-

de-obra.

Nesse sentido, a remuneração estratégica pode ser uma possibilidade de diminuir a

rotatividade e auxiliar no crescimento intelectual para agregação de valores, para a

organização e para crescimento e motivação dos seus profissionais. Considerando a

expressiva rotatividade, o elevado número de absenteísmo e a falta de comprometimento dos

funcionários nos últimos meses a empresa percebe a necessidade de revisar o seu sistema de

recompensas.

Deste modo, o presente estudo apresentou um plano para a implantação de um sistema

de remuneração estratégica como incentivo na busca de uma parceria para o alcance das

metas e resultados da organização, aliado ao crescimento dos funcionários.

1.1 Problema de Pesquisa

Toda a pesquisa se inicia com um problema e decorrente desse problema buscam-se

soluções coerentes para sua resolução. E como enfatizado pelo autor Ferreira (1999) o

significado de problema é a questão proposta para discussão e resolução de um fator.

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Complementando a autora Roesch (2005, p.90) ressalta que “um problema é um

situação não resolvida, mas também pode ser a identificação de oportunidades até então não

percebidas pela organização”.

Diante de uma sociedade, onde as empresas estão passando por várias transformações

é necessário que busquem o comprometimento e a motivação com novas estratégias para

recompensar o trabalho.

Face ao exposto, com o propósito de manter a qualidade nos serviços prestados aos

seus clientes, a empresa objeto do estudo pretende implantar um sistema de remuneração

estratégica, buscando a motivação de seus colaboradores e a melhoria de sua competitividade.

Portanto este estudo buscou responder o seguinte questionamento.

Que aspectos deverão ser considerados para que a empresa IMT Comercio de

Combustíveis Ltda adote um sistema alternativo de remuneração estratégica?

O desígnio deste problema de pesquisa inicial pretende apresentar ações estratégicas

para o aumento da competitividade da empresa aliada ao incentivo e à motivação dos

colaboradores.

Considera-se a resolução importante para as partes envolvidas, por se tratar de um

tema relevante nos dias atuais, sendo a mão-de-obra qualificada escassa no mercado de

trabalho onde a empresa está inserida.

A implantação deste sistema implicará na necessidade de qualificação dos

profissionais para a adaptação às mudanças necessárias. A viabilidade do estudo não

apresentou maiores restrições pelo fato da disponibilidade de informações e acessibilidade do

acadêmico, dado que o caso proposto é de interesse para a organização, que também se

responsabilizou pelos eventuais custos para sua realização.

O fato, de não ter sido realizada nenhuma pesquisa na organização para a melhoria da

remuneração de seus profissionais caracteriza a sua originalidade.

1.2 Objetivos do Trabalho

Considerando o Novo Dicionário Aurélio (1986 apud ROESCH, 2005 p.94) um

objetivo é definido como “alvo ou desígnio que se pretende atingir.”

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Tal definição traz em si por duas implicações importante, sendo uma, formular

objetivos fixando padrões de sucesso pelos quais o trabalho será avaliado e a outra a

formulação que leva ao autor do projeto perceber as etapas contidas no trabalho, sendo

orientado pela revisão da literatura e pela metodologia do trabalho.

Para solucionar o problema de pesquisa, define-se como objetivo geral a elaboração de

um sistema de remuneração alternativa para a empresa IMT Comercio de Combustíveis Ltda.

Considerando o objetivo geral acima, foram definidos os objetivos específicos.

Considerando Roesch (2005, p. 97) “os objetivos específicos operacionalizam – especificam o

modo como se pretende atingir um objetivo geral.” Portanto nesse estudo serão abordados os

seguintes objetivos específicos:

Diagnosticar o sistema atual de remuneração;

Identificar o perfil do colaborador;

Identificar a percepção dos funcionários em relação à remuneração da empresa;

Apresentar o plano para implantação do sistema de remuneração.

1.3 Aspectos Metodológicos

Este item descreve a metodologia utilizada no desenvolvimento da pesquisa,

especificando o método de desenvolvimento, assim como suas características, contexto e

participante, procedimentos e instrumentos de coleta e análise de dados utilizada.

Na visão de Richardson (1985) o qual enfatiza que o método científico consiste em

delimitar um problema, realizar observações e interpretá-las a partir das relações encontradas,

fundamentando com embasamento nas teorias existentes.

1.3.1 Característica da Pesquisa

Para a realização dessa pesquisa será utilizado o método qualitativo, caracterizado por

Richardson et al (1999, p.79) como um “método que não emprega um instrumento estatístico

como base do processo de análise de um problema, não pretendendo numerar ou medir

unidades ou medidas homogêneas”.

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Quanto à tipologia de estágio, foi utilizada a proposição de planos, cuja meta é

apresentar propostas objetivando elaborar procedimentos de recursos humanos. Para Roesch

(1999, p. 75), ӎ apresentar propostas de planos ou sistemas para solucionar problemas

organizacionais”.

Esta tipologia se apresentou de forma adequada para o problema de pesquisa, porque

apresenta um programa de recompensa com base na remuneração estratégica para a empresa

objeto do estudo.

Foi escolhido o método qualitativo porque as técnicas do mesmo estavam mais

apropriadas para atender aos objetivos propostos. Portanto, utilizou-se o método qualitativo

para análise dos dados de pesquisa coletados tanto na empresa quanto com os funcionários.

Quanto à estratégia, foi utilizado estudo o de caso, que, como ressalta Gil (1991, p.

58): “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou poucos

objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento [...]”.

Considerando ainda o mesmo autor, a pesquisa descritiva tem como objetivo principal

a descrição das características de uma determinada população ou fenômeno, estabelecendo

relação entre as variáveis (GIL, 2002).

1.3.2 Contexto e Participantes do Trabalho de Estágio

Participaram da pesquisa os dirigentes e todos os funcionários da IMT Comercio de

Combustíveis Ltda, como visualizado no quadro nº 01.

Participantes da PesquisaCARGOS Nº DE OCUPANTES

GERENTE GERAL 01GERENTE DE PISTA 01GERENTE DE LOJA 01OPERADORES DE CAIXA 03FRENTISTA 11

TOTAL 17Quadro nº 01: Participantes da PesquisaFonte: Elaborado pelo acadêmico

No quadro de nº 01 estão distribuídos os participantes da pesquisa com seus

respectivos cargos.

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Considerando que todos os elementos da empresa estiveram envolvidos na pesquisa a

mesma foi caracterizada como uma pesquisa censitária que, de acordo com Malhotra (2001),

envolve todos os elementos de uma população. Desta forma a pesquisa abrangerá toda a

população da empresa em estudo, sendo a população a quantidade de pessoas que atuam em

uma organização (ROESCH, 2005).

1.3.3 Procedimentos e Instrumentos de Coleta de Dados

Nesse trabalho serão utilizadas para a coleta de dados as fontes primárias e

secundárias que são definidas pelo autor Mattar, (1996) como:

...dados primários são os que não foram coletados antes, estando ainda em posse dos pesquisados, e que são coletados com o propósito de atender as necessidades específicas em andamento; dados secundários são os que já foram coletados, tabulados, ordenados, e as vezes até analisados e que estão catalogados a disposição dos clientes.

Foram utilizados cinco instrumentos para a coleta dos dados: a entrevista semi-

estruturada, que instrumentou para melhor entendimento da situação vivenciada pelos

participantes do processo e da organização, os documentos da empresa, para complementar as

entrevistas e fornecer dados concretos ao estudo, o questionário aberto para a pesquisa com os

funcionários, a observação não participante do acadêmico, que facilitou o entendimento dos

processos e por fim a pesquisa bibliográfica, onde foi executada a consulta às referências

existentes sobre o tema objeto da pesquisa.

A entrevista semi-estruturada utilizou-se de questões abertas as quais permitiriam ao

entrevistador entender e captar a perspectiva dos participantes da pesquisa, onde o

pesquisador não estava predeterminando sua perspectiva por meio de uma seleção prévia de

categorias de questões, como no caso de quem utiliza um método quantitativo. (ROESCH,

1996).

Considerando a visão do autor Labes (1998), o questionário aberto contém perguntas

que se deixam para que o entrevistado responda-as da forma mais coerente no seu ponto de

vista, não o delimitando a respostas já pré-programadas. Essas perguntas podem ser

classificadas como textuais ou numéricas.

Ainda considerando o autor citado, pode se entender a utilização dos documentos da

empresa como fonte de dados secundários, esses documentos que possuem um valor em si, e

representam sistemas e estruturas da organização.

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A observação não participante como ressaltam Marconi e Lakatos (2007, p. 195)

definem que “na observação não-participante, o pesquisador toma contato com a comunidade,

grupo ou realidade estudada, mas sem integrar-se a ela: permanecer fora.”

Considera-se a opinião de Marconi e Lakatos (2002, p.71) sobre a pesquisa

bibliográfica “abrange toda a bibliografia já tornada publica em relação ao tema de estudo,

desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses,

material cartográfico etc., até meios de comunicação orais como rádio, gravações em fitas

magnéticas e audiovisuais, filmes e televisão.”

A elaboração dos instrumentos de pesquisa considerou o autor Luz (2003) para

levantar o perfil dos funcionários e os demais objetivos.

As categorias de análise onde se buscou diagnosticar o atual sistema de remuneração

da empresa, e juntamente a percepção dos funcionários em relação ao sistema, utilizaram-se

dos critérios do autor Celinski (1994) que são:

Comunicações internas;

Administração de cargos e salários;

Treinamento e desenvolvimento;

Higiene e segurança no trabalho;

Relações interpessoais.

1.3.4 Tratamento e análise de dados

Os dados, após coletados, foram interpretados e comparados com os fundamentos

teóricos em relação ao tratamento de dados. Após a coleta, os dados encontrados serão

interpretados com base nas teorias que fundamentam o Trabalho de Estágio (ROESCH,

2005).

O tratamento e análise dos dados foram elaboradas por meio das informações obtidas

com as entrevistas, documentos da empresa, anotações das observações e das pesquisas

bibliográficas, focalizando a linguagem como é usada em textos sociais, escritos ou falados,

incluindo materiais provenientes de entrevistas e documentos.

Os dados foram analisados pelo método qualitativo, com a utilização dos conceitos da

técnica de análise de conteúdo que na visão de Weber (1990 apud ROESCH 1999, p. 169) usa

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20

uma série de procedimentos para levantar inferências válidas a partir de um texto. O método

busca classificar palavras, frases, ou mesmo parágrafos em categorias de conteúdo.

Já na visão de Gil (2002, p. 78) “A finalidade da leitura analítica é a de ordenar e

sumariar as informações contidas nas fontes, de forma que estas possibilitem a obtenção de

respostas ao problema da pesquisa.”

Depois de interpretados, os dados foram transcritos e apresentados por meio de

quadros e textos explicativos.

O trabalho foi desenvolvido na unidade caso durante o ano 2009, mais

especificamente nos meses de Março, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto, Setembro e

Outubro, sendo os quatro primeiros meses voltados para a parte de fundamentação teórica e

revisão bibliográfica e os quatro últimos meses dedicados a aplicação dos questionários,

coleta e análise dos dados e por fim a formação do plano de ação.

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21

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capitulo apresenta as teorias e críticas de autores que serviram de base para a

fundamentação do estudo. Com isso, foram relembrados alguns conceitos básicos

relacionados à administração e suas teorias científicas, administração de recursos humanos e

os aspectos relacionados com remuneração estratégica de recursos humanos.

2.1 Administração

O mundo é formado por uma sociedade institucionalizada e formada por organizações,

sendo todas as atividades relacionadas à produção de bens ou prestação de serviços que são

planejadas, coordenadas, dirigidas, executadas e controladas pelas empresas compostas por

pessoas e por recursos físicos e materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos e outros.

Como ressalta o autor Maximiano (2007, p. 11) “Administração é uma palavra antiga,

associada a outras que se relacionam com o processo de tomar decisões sobre recursos e

objetivos”.

Administrar uma empresa provém de aproveitar da melhor forma as circunstancias

externas, utilizar dos recursos que dispõem da maneira mais eficiente possível como pessoas,

máquinas, materiais e capital (LACOMBE e HEILBORN, 2003).

Em todas as organizações, independente de seu ramo ou tamanho, a administração é

necessária, sendo muitas vezes o motivo de sucesso para o negócio. As organizações são

extremamente heterogêneas e diversificadas, de tamanhos diferentes, de características

diferentes, de estruturas diferentes, de objetivos diferentes. Algumas são consideradas

lucrativas, essas são chamadas de empresas, e outras são consideradas não-lucrativas.

Como enfatiza Montana (2003, p.2), “Administração é o ato de trabalhar com e por

intermédio de outras pessoas para realizar os objetivos da organização, bem como de seus

membros”. Para o autor a administração trata do planejamento, da organização, da direção e

do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho, sendo assim

imprescindível para a existência, sobrevivência e sucesso da organização.

Concordando com o autor citado, os autores Lacombe e Heiborn (2003) ressaltam que

“a administração é ato de trabalhar com e por meio de pessoas para realizar os objetivos tanto

da organização quanto de seus funcionários”. Chiavenato (2001, p. 34) ainda complementa:

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... a administração revela-se como uma área de conhecimento humano repleta de complexidade e desafios.[...] Podendo atuar em diversas especializações da Administração: seja em Administração da Produção, Administração Financeira, Administração de Recursos Humanos, Administração Mercadológica ou Administração Geral.

A administração mediante ações empresariais e tarefas administrativas pretende atingir

aos objetivos propostos pela organização da maneira mais eficiente possível, isso fará baseada

na missão, visão e objetivos da organização aplicando os princípios éticos e legais vigentes. O

autor Daft (2006, p. 5) define administração como “o alcance de metas organizacionais de

maneira eficaz e eficiente por meio de planejamento, organização, liderança e controle dos

recursos organizacionais.”

Um administrador pode obter sucesso a partir do seu desempenho e da maneira como

dirige as pessoas e situações do que de seus traços particulares de personalidade. Para que se

torne competitiva, uma empresa necessita estar se aperfeiçoando cotidianamente integra-se a

uma gestão administrativa, na qual poderá encontrar técnicas para desenvolver e alcançar a

seus objetivos propostos.

2.1.1 Abordagens da administração

Este item destaca a importância da história e da teoria da administração na visão de

vários autores, considerando-se que os conhecimentos dessas teorias podem ser usados como

base para gerentes na atualidade compreenderem melhor suas funções.

Nas escolas administrativas existem diversas abordagens que permitem ao

administrador aperfeiçoar a execução dos processos nas organizações.

2.1.1.1 Administração Científica

A Administração Científica baseia-se na ênfase colocada nas tarefas. Essa

nomenclatura deve-se à tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas da

administração, buscando aumentar a eficiência industrial. A utilização do método científico

define qual será a melhor maneira do processo de trabalho ser efetuado (ROBBINS, 2003).

A preocupação inicial foi eliminar o fantasma do desperdício, e das perdas sofridas

pelas indústrias e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e

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técnicas da engenharia industrial, considerando ainda o autor citado. Taylor começou por

baixo, junto com os operários no nível de execução, efetuando um paciente trabalho de

análise de tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e processos de trabalho

para aperfeiçoá-los e racioná-los. Verificou-se que o operário médio e com os equipamentos

disponíveis produzia muito menos do que era potencialmente capaz.

Como enfatiza ainda o mesmo autor, Taylor procurou criar uma revolução mental

entre trabalhadores e administração, definindo diretrizes claras para melhorar a eficiência da

produção. A eficiência da produção traria resultados prósperos para a administração e para os

trabalhadores que viriam a ganhar mais salários e aquela, mais lucros.

Taylor trabalhava com enfoque no estudo de tempo e movimento; cronometrava os

movimentos dos trabalhadores e os dividia pelo número de tarefas. Em seguida analisava as

unidades básicas de trabalho procurando assim a melhor maneira de executá-las e combiná-

las. Uma das ideais fundamentais da administração científica: a produtividade resulta da

eficiência do trabalho e não da maximização dos esforços. A questão não é trabalhar duro,

nem depressa, nem bastante, mas trabalhar de forma inteligente (MAXIMIANO, 2007).

Essa abordagem considerou muito a forma de trabalho, estudando como seria a melhor

forma de efetuar as tarefas, gerando maior desempenho e lucratividade para a empresa e por

conseqüência maiores salários para os funcionários, indo em direção a abordagem clássica

que tem como enfoque a estrutura organizacional como objetivo primordial.

2.1.1.2 Abordagem Clássica da Administração

A prática da administração não é nova, já vem ocorrendo a milhares de anos, mas o

estudo formal da administração é mais recente e as primeiras idéias importantes são chamadas

de abordagem clássica da administração que na visão do autor Montana (2003), foi formulada

por engenheiros, os quais afirmavam que um dos principais fatores determinantes da eficácia

do trabalhador e a produtividade da empresa e a descrição das tarefas.

A Teoria Clássica da Administração caracteriza-se pela ênfase na estrutura que a

organização deveria possuir para ser eficiente. A Teoria Clássica parte de um todo

organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência a todas as partes envolvidas, sendo

eles órgãos ou pessoas. Como enfatiza Certo (2003), a Teoria Clássica da Administração

recomenda que os administradores empenhem-se continuamente no aumento da eficiência da

empresa a fim de que a produção cresça. Partiu de uma abordagem sistêmica, global e

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universal da empresa, inovando com uma abordagem anatômica e estrutural que rapidamente

superou a abordagem analítica e concreta de Taylor.

Considerando Griffin (2007, p. 34) “a abordagem clássica da administração consiste

no enfoque da administração de empresas sob duas divisões distintas: gerenciamento

científico e gerenciamento administrativo.”

Ainda considerando o autor citado, para Fayol o ato de administrar é definido como:

Prever (visualizar o futuro e traçar o programa de ação);

Organizar (constituir o duplo organismo material e social da empresa);

Comandar (dirigir e orientar o pessoal);

Coordenar (ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos);

Controlar (verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas

e as ordens dadas).

As primeiras contribuições ao gerenciamento administrativo foram feitas por Henry

Fayol (1841-1915). Ressalta o autor que primeiro os defensores se concentravam na maneira

pela qual os gerentes iriam controlar seus funcionários, que eram considerados como uma

peça indispensável para as máquinas pelo fato da abordagem ser muito mecanicista

(GRIFFIN, 2007)

Já na visão de Certo (2003), a abordagem clássica da administração pode ser dividida

em duas áreas distintas, sendo uma a análise da administração de tarefas que consiste no

estudo sobre os cargos de funcionários dos níveis mais inferiores da empresa. E a outra, à

análise da administração de funções a qual está relacionada com a função administrativa como

um todo. Tudo em administração é questão de medida, ponderação e bom senso. Os

princípios são universais e maleáveis e adaptam-se a qualquer tempo, lugar ou circunstância.

2.1.1.3 Abordagem das Relações Humanas

A Teoria das Relações Humanas tem suas origens voltadas para a necessidade de

humanizar e democratizar a administração, liberando-se dos conceitos rígidos e mecânicos da

Teoria Clássica. O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente da psicologia, bem

como sua crescente influência intelectual, teve como seu principal colaborador Elton Mayo,

que defendia a tese de que todo o ser humano tem necessidade de se sentir membro de um

grupo social (GRIFIN, 2007).

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25

As perspectivas das relações humanas direcionam seu interesse para participação do

funcionário, considerando a liderança, deslocando a ênfase para as tarefas desempenhadas

diariamente pelos mesmos (DAFT, 2005).

Ainda enfatizando o autor citado, as perspectivas dessa abordagem relacionados aos

trabalhos devem ser projetados de uma forma que os mesmos não sejam vistos como

desumanos e humilhantes, permitindo que os trabalhadores possam utilizar seu potencial total.

Considerando a visão do autor Robbins (2003, p. 493) a “perspectiva que estuda a

administração por meio da consideração de fatores que influenciam e explicam o

comportamento humano no trabalho.”

O início da abordagem das relações humanas ocorreu a partir dos estudos de

Hawthorne e da sua percepção por meio de experiências que o comportamento e os

sentimentos eram estreitamente relacionados; que a influência do grupo afeta

significativamente o comportamento individual, que os padrões do grupo definiam a produção

individual de cada trabalhador e que a remuneração monetária é considerada inferior em

relação aos sentimentos do grupo ou trabalhador individual (ROBBINS, 2003).

Os autores Lacombe e Heilborn (2003) destacam que estudiosos desta teoria,

pensavam que a remuneração não seria suficiente; seria necessário manter o moral do

funcionário elevado, ter um ambiente agradável e humano, fazendo com que os mesmos se

motivassem a buscar resultados favoráveis.

A abordagem das relações humanas tem seu enfoque voltado para as pessoas, com

objetivo de satisfazê-las e em decorrência disso os trabalhadores apresentam maior

produtividade, interesse, entusiasmos e motivação no cumprimento de suas tarefas. Em

contrapartida com relação à abordagem sistêmica tem seu enfoque no funcionamento da

entidade.

2.1.1.4 Abordagem Sistêmica

A abordagem sistêmica teve como seu principal idealizador o biólogo Ludwig von

Bertalanffy, na década de 1930, com o propósito de criar princípios gerais que pudessem ser

aplicados em todos os ramos do conhecimento, não busca solucionar problemas ou tentar

soluções práticas, mas produzir teorias e formulações conceituais para aplicar na realidade

empírica da organização (CERTO, 2003).

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Ainda enfatiza o mesmo autor que a premissa dessa teoria diz que, para compreender

totalmente o funcionamento de uma entidade deve-se visualizá-la como um sistema, num

conjunto de partes interdependentes que funcionam como um todo para algum propósito.

Considera-se a organização como um todo integrado, constituída de partes que

interagem entre si, e inserida num ambiente interagindo permanentemente (LACOMBE e

HEILBORN, 2003).

A abordagem sistêmica pode ser dividida em dois segmentos: os sistemas fechados,

não influenciados por aquilo que os cerca nem interagem com o meio em que estão; em sua

maioria são mecânicos ou dotados de atividades ou movimentos predeterminados, sem levar

em consideração o meio em que se inserem. Os sistemas abertos, interagem continuamente

com o ambiente em que se inserem (CERTO, 2003).

2.1.1.5 Abordagem Comportamental

A Teoria Comportamental também é conhecida como a Teoria Behaviorista que

trouxe uma nova concepção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa, a abordagem

das ciências do comportamento humano. Para o autor Maximiano (2007, p. 127) “O enfoque

comportamental considera as pessoas em sua totalidade e como parte mais importa das

organizações e de seu desempenho”.

Na abordagem comportamental surgida após a experiência de Hawthorme (Chicago)

entre os anos de 1927 a 1935, as pesquisas foram denominadas de Hawthorme, que para

Montana (2003, p. 89), “ainda são famosas pelo discernimento que forneceram sobre o

comportamento do trabalhador”, ainda cita o mesmo autor que para Mayo que foi um dos

cientistas da Hawthorme, concluía-se a necessidade de que os gerentes adquirissem mais

conhecimentos das habilidades das relações humanas e não somente das técnicas da

administração.

Na visão de Certo (2003, p. 31), a abordagem comportamental visa o aumento da

produção por meio de uma maior compreensão de como são as pessoas, e os gerentes

compreendem seus funcionários e adaptam os mesmos a empresa, de tal modo que o êxito

organizacional será uma conseqüência natural. Essa teoria fundamenta-se no comportamento

individual das pessoas, explicando como se comportam e o quanto é necessário o estudo da

motivação humana.

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27

Reforçando a idéia do autor, Montana (2003, p. 26), coloca que “A abordagem

comportamental tem suscitado esforços no treinamento e no desenvolvimento de habilidades

gerenciais eficazes em praticamente todos os principais ramos de atividade. Isso criou um

estilo mais sofisticado e eficaz da parte dos gerentes no trato com as variáveis humanas no

local de trabalho.”

Considerando ainda o mesmo autor, Maslow apresenta uma teoria da motivação em

que as necessidades humanas estão dispostas em uma hierarquia de importância e de

influência, podendo ser visualizada como uma pirâmide, constituída por necessidades

fisiológicas que são as de maior importância, necessidades de segurança, necessidades sociais,

necessidades de estima e necessidades de auto-realização.

Este tipo de abordagem está inserido em praticamente todas as organizações desde a

década de 70, com o desenvolvimento organizacional, e com a complexidade do ambiente as

empresas se viram obrigadas a estudar novas técnicas para melhorar o relacionamento com

seus funcionários.

Essa abordagem tem como enfoque as pessoas em sua totalidade, considerando-as um

bem intangível da empresa. Compete aos gerentes adaptar os funcionários a mesma, aderindo

ao êxito organizacional. Essa abordagem relacionada com a remuneração estratégica tem

enfoque nas pessoas, motivando e incentivando-as, com intuito de atingir objetivos e metas

traçadas pela empresa

2.1.1.6 Abordagem Contingência

Na abordagem contingencial, pode-se dizer que tudo é eventual, ou incerto, que pode

ou não acontecer. Considerando Lacombe e Heilborn (2003, p. 41): “Teoria das

contingências: teoria segundo a qual não existe uma única maneira certa, mas sim várias

alternativas, dependendo de cada caso.” Com a mesma visão, Griffin (2007, p. 43),

abordagem da contingência “é o ponto de vista segundo o qual, em determinada situação, o

comportamento administrativo apropriado depende de ou é determinado por uma ampla

variedade de elementos.”

Na visão de Certo (2003, p.38), a abordagem contingencial tenta descrever condições

ou situações nas quais vários métodos de administração tenham as melhores chances de êxito.

Caso os administradores queiram aplicar com êxito seus conceitos, princípios e técnicas, eles

precisam levar em conta as realidades das circunstâncias especificas que a empresa enfrenta.

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Existem maneiras diferentes de administrar porque para cada situação de determinado

ambiente é necessário utilizar critérios diferenciados, sempre com o intuito de solucionar

problemas encontrados na organização, uma vez que o administrador necessita

conhecimentos, habilidades e atitudes para o desempenho de suas funções.

O administrador de cada área tem suas obrigações e objetivos. Muitas pessoas

aprendem o ato de administrar por motivos da experiência decorrente da necessidade,

mediante a problemáticas ocorridas no dia-a-dia da organização.

2.2 Áreas da Administração

O profissional que se utiliza da administração como meio de vida pode atuar nos mais

diversos níveis hierárquicos de uma organização, desde supervisor até dirigente.

Independentemente do nível em que atua, esses executivos podem optar por trabalhar

nas mais diversas áreas da administração em uma organização, considerando o autor Griffin

(2007): marketing, finanças, operações, recursos humanos, administração...

2.2.1 Administração Geral

Todas as organizações necessitam ser dirigidas, e para que seus objetivos sejam

alcançados se faz necessária a utilização das ferramentas que auxiliem o profissional de

administração na gestão do negócio. Na visão de Silva (2007, p. 12) os administradores:

são pessoas importantes em qualquer empresa ou entidades. São encarregados de fazer planos, organizar, dirigir e controlar as operações , por meio dos esforços conjunto dos empregados.

Concordando com o autor, Maximiano (2000) exclama que administrar é um processo

de aplicação de recursos visando o alcance dos objetivos os quais são obtidos por meio das

seguintes etapas:

Planejar é definir objetivos, atividades e recursos;

Organizar é definir responsabilidades para a execução do que foi planejado;

Dirigir é mobilizar e acionar os recursos para a realização das atividades que

conduzirão aos objetivos;

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Controlar é o processo de assegurar a realização dos objetivos e de identificar

as necessidades de modificá-los.

A administração geral é considerada uma área que incorpora uma grande parte dos

desenvolvimentos da teoria organizacional. Os administradores gerais não estão associados a

nenhuma especialidade, tendendo, então a serem generalistas e possuem uma básica

familiaridade com todas as áreas funcionais de uma organização, ao contrário dos demais, que

são treinados para uma área específica GRIFFIN (2007).

Já para Maximiano (2000), a administração busca, a partir da tomada de decisão e

utilização de recursos, garantir a eficiência e a eficácia da organização.

2.2.2 Administração da Produção (ou operações)

A administração de produção trata da maneira como a organização irá produzir bens e

serviços; essa administração é mais voltada para indústrias, cujo objetivo básico da função de

produção é transformar a matéria-prima em produtos ou serviços para oferecer aos clientes

usuários e ao público alvo da organização de maneira que os satisfaça.

Além disso, deve-se ser criativo, inovador e vigoroso para se criar formas novas e

melhoradas de produzir bens e serviços, sendo a produção a função central da organização,

por que produz os bens e serviços que são a razão da sua existência (SLACK et al 2002).

Na visão do autor Silva (2007, p. 101) “A administração da produção é a

especialização administrativa que trata do planejamento, organização, direção e controle do

setor de produção de uma empresa.”

Ressalta o mesmo autor que decorrente da administração de produção é possível

conhecer e definir as melhores técnicas e estratégias para melhorar a utilização de recursos,

definição de arranjo físico e eficácia com a mão-de-obra, a fim de possibilitar a melhor

produtividade.

Os gerentes de produção são funcionários que exercem responsabilidades de

administrar alguns ou todos os recursos envolvidos pela função de produção. A administração

da produção é um termo utilizado para designar as atividades, decisões e responsabilidades

dos gerentes de produção (SLACK et al 2002).

Pode-se considerar, na visão do autor citado, três principais processos produtivos da

administração de produção:

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Produção em massa (os sistemas de produção em massa são estáveis e

padronizados, para que os produtos e serviços não apresentem variações);

Produção por processo contínuo (os processos contínuos são maquinas que

trabalham ininterruptamente, para produzir o mesmo produto);

Produção unitária e em pequenos lotes (são os produtos e serviços sob

encomenda, simples ou complexos, ex: campanha política, copa do

mundo).

Essa forma de administrar tem seu enfoque na produção, buscando inovação, controle

de qualidade e eficiência na produção; já a administração financeira é voltada para os valores,

como preço de custo, minimizar preço na produção e na compra de matéria-prima para

oferecer ao consumidor o produto com preços mais acessíveis.

2.2.3 Administração Financeira

A administração financeira tem como função administrar os recursos financeiros da

organização, e tem como objetivo a proteção e a utilização eficaz para a maximização de seu

valor de mercado, aumentando o retorno dos acionistas, no caso das empresas. Ao mesmo

tempo a função financeira busca manter certo grau de liquidez para que a organização consiga

cumprir com seus compromissos (HOJI, 2007).

A área financeira de uma empresa pode ser resumida em duas categorias:

administração financeira e serviços financeiros. Na visão de Gitman (2001), que define

finanças como a arte e a ciência de gerenciar fundos, a administração financeira lida com

obrigações do administrador financeiro na organização.

A área financeira abrange quatro decisões muito importantes para a organização que

são os investimentos, os financiamentos, o controle e a destinação dos resultados. O

responsável pela área financeira requer muito conhecimento, tendo em vista que a maioria das

decisões de negócios é mensurada em termos financeiros, considerando o mesmo autor.

As atividades operacionais existem em função do negócio do qual a organização faz

parte e não é o administrador financeiro que irá determinar como deverão ser conduzidas,

mas, com seus conhecimentos técnicos e sua visão global do negócio, poderá contribuir

decisivamente quanto à melhor forma de conduzir essas atividades operacionais (HOJI, 2007).

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Considerando o autor citado, as funções típicas do administrador financeiro de uma

empresa são:

Análise, planejamento e controle financeiro (consiste em coordenar,

monitorar e avaliar todas as atividades da empresa, por meio de relatórios

financeiros);

Tomadas de decisões de investimentos (destinação dos recursos financeiros

para aplicação de ativos correntes e não correntes considerando a relação

adequada de risco e retorno);

Tomadas de decisões de financiamentos (captação de recursos financeiros

para os financiamentos de ativos correntes e não correntes de curto e

longo prazo e a estruturação de capital).

O administrador financeiro gerencia ativamente as questões financeiras de qualquer

tipo de negócios, sendo público ou privado, grande ou pequeno, com ou sem fins lucrativos.

A área de serviços financeiros lida com a prestação de assessoria e produtos financeiros

(GITMAN, 2001).

O administrador financeiro conta com o apoio de técnico de um tesoureiro que é

responsável pelo planejamento, controle e movimentação dos recursos financeiros e o

controller que é responsável pelo planejamento, controle e análise das operações e

investimentos.

2.2.4 Administração Mercadológica (Marketing)

Marketing pode ser considerado uma ciência que pressupõe o estudo de como são

criadas, estimuladas, facilitadas e valorizadas as transações; já a administração de marketing

considera-se uma ciência normativa que envolve a criação e a oferta de valores as quais

procuram estimular as transações desejadas (LAS CASAS, 2006).

Considerando ainda o autor citado, a função do administrador de marketing é fazer a

coleta de informações e decorrente disso criar ferramentas com as quais estará buscando e

possibilitando a satisfação de desejos e necessidades dos consumidores alvo.

Na visão de Kotler (2006, p. 4), “Vemos a administração de marketing como a arte e a

ciência da escolha de mercados-alvos e da captação, manutenção e fidelização de clientes por

meio da criação, da entrega e da comunicação de um valor superior para o cliente”.

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O marketing surgiu com o crescimento industrial e o aparecimento das grandes

organizações, decorrente disso a área de marketing concentra-se em análises competitivas, de

mercado ou de comportamento do consumidor, incluindo perfil e análise do consumidor,

definição de segmentos de mercado, elaboração de plano de marketing, análise ou cadastros e

ainda decisões em relação a preço, produto, distribuição, comunicação e vendas.

Na visão de Las Casas (2006), tem como função os administradores de marketing, de

forma sucinta:

Estabelecer objetivos da organização;

Escolher e estudar o mercado selecionado e verificar as condições de atendê-

lo;

Desenvolver o composto mercadológico;

Programar o plano;

Controlar o plano para verificar se está alcançando os objetivos.

O marketing envolve o estímulo de troca, em duas ou mais partes agindo de modo

espontâneo, dar e receber buscando satisfazer necessidades.

Enfatiza o mesmo autor que:

Marketing é conhecido como a área que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade.

Os administradores de marketing objetivam o estudo do público alvo, o perfil do

consumidor, o perfil dos concorrentes, a necessidade dos consumidores. Já os administradores

dos recursos humanos têm como foco a satisfação do funcionário em exercer as suas tarefas,

sendo eles um bem intangível da empresa.

2.2.5 Administração de Recursos Humanos

A administração de recursos humanos é decorrente do crescimento das organizações e

do aumento da complexidade de lidar com as pessoas. Passou a ser conhecida na década de

60, quando esta expressão substituiu as utilizadas no âmbito das organizações: Administração

de Pessoal e Relações Industriais (GIL, 2001).

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A função do administrador de recursos humanos é selecionar, formar, integrar e

aperfeiçoar pessoas para trabalhar na empresa como uma verdadeira equipe, com objetivos

definidos, mostrando ao colaborador seu papel na organização, buscando produzir resultados.

Ainda na visão de Lacombe (2005), os administradores de recursos humanos são os

chefes, os gerentes de cada unidade da empresa, os quais são responsáveis:

Pelos resultados de sua área e de seus subordinados;

Por distribuir os trabalhos, planejar e controlar os resultados;

Por motivar e avaliar os subordinados e lhes dar feedback sobre seu

desempenho;

Por decidir quem deve ser admitido, promovido e demitido;

Pela orientação e educação dos novos empregados;

Pelo treinamento de seus subordinados;

E, sobretudo, por zelar pela segurança no trabalho e todo o seu pessoal.

A área da administração busca basicamente compatibilizar as necessidades de curto

prazo das pessoas com os objetivos de longo prazo da organização.

Na visão de Milkovich e Boudreau (2000, p. 42), “a administração de recursos

humanos entende-se como uma séria de decisões integradas que formam as relações de

trabalho e sua qualidade influencia diretamente a capacidade da organização de atingir seus

objetivos.”

Ainda considerando o mesmo autor, a função de recursos humanos tem como

componentes as funções de planejamento de mão-de-obra; recrutamento e seleção;

treinamento e desenvolvimento; avaliação de desempenho; remuneração ou compensação;

higiene, saúde e segurança; administração de pessoal e funções pós-emprego.

2.3 Aspectos relacionados à recompensa de recursos humanos

Para a implantação de um sistema de remuneração é necessário que as organizações

considerem alguns fatores que poderão interferir no processo. Como a remuneração fixa ainda

é um fator muito forte na cultura da recompensa pelos serviços prestados, é preciso quebrar

certos paradigmas e considerar aspectos como: Comportamento Organizacional, Cultura

Organizacional, Clima Organizacional, Liderança, Motivação.

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2.3.1 Comportamento Organizacional

As organizações exercem uma função importantíssima na vida dos indivíduos, porque

modela o comportamento de seus respectivos membros. O comportamento organizacional tem

como objetivo transformar o comportamento de um individuo, grupo ou de uma organização

para que as habilidades interpessoais sejam trabalhados para que possa dispor de um melhor

ambiente de trabalho na organização.

Na percepção de França (2006, p. 3), “Comportamento organizacional é o estudo do

conjunto de ações, atitudes e expectativas humanas dentro do ambiente de trabalho.” A autora

argumenta ainda que na prática há grande preocupação muito com uma gestão com a visão

das organizações, deixando-se de lado a visão integrada das pessoas, como as importantes

questões de trabalho, relacionados a seguir;

Expectativas sobre as relações de trabalho;

Contrato psicológico entre o que a pessoa quer da empresa e o que a empresa quer das

pessoas;

Perfis e tipos de personalidade;

Grupos, equipes e liderança;

Processos de cooperação, competição e apatia;

Cultura organizacional;

Valores;

Questões éticas, entre outros aspectos ligados à vida social.

As questões a cima citadas são fundamentais para os processos e práticas da vida nas

empresas.

Como enfatiza Soto (2005, p. 1), “O comportamento refere-se aos atos e atitudes das

pessoas na organização”. Ainda considerando o mesmo autor o comportamento

organizacional é um estudo sistemático para buscar a melhoria das previsões do

comportamento as quais se fariam apenas por intuição.

O comportamento organizacional consiste num estudo sistemático focando as ações e

atitudes do comportamento humano voltado para indivíduos ou grupo de uma organização,

buscando alcançar maior produtividade, redução do absenteísmo e da rotatividade e promover

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a cidadania organizacional. O exercício do comportamento organizacional é um processo

contínuo de corrigir erros, o que significa aprender, avaliar os riscos até alcançar os objetivos.

Ainda sobre a visão de Soto (2005) que, decorrente do fato de que cada pessoa é

diferente umas das outras é necessário se observar o comportamento organizacional com uma

perspectiva de contingência, utilizando-se de várias situações sendo assim possível moderar

as relações de causa e efeito.

Tal visão considera o comportamento organizacional um conjunto de ações, atitudes e

expectativas em um ambiente de trabalho. Com relação à cultura organizacional é o modo de

vida da organização sendo embasadas por idéias, costumes, tradições, regras e outros.

2.3.1.1 Cultura Organizacional

A cultura organizacional refere-se ao modo de vida da organização em todos os seus

aspectos, como idéias, crenças, costumes, regras, técnicas, atitudes, valores, diferenciando

uma organização das outras. Na percepção de Montana (2003, p. 385), “Cultura

organizacional é a soma total dos valores, costumes, tradições e significados que tornam única

uma empresa.”

A cultura organizacional pode ser considerada um conjunto de valores, crenças,

comportamento, costumes e atitudes que pode auxiliar seus membros a compreender o que a

organização apresenta e como realiza, quais são suas tarefas e o que considera importante e

relevante ao alcance de suas metas (GRIFFIN, 2007).

Considerando ainda a visão do autor citado a cultura organizacional representa as

normas informais e não escritas da organização, que orientam o comportamento da

organização no dia-a-dia que são as norteadoras das ações para que se alcancem os objetivos

organizacionais. Também pode-se dizer que define a missão e provoca o nascimento e o

estabelecimento dos objetivos, e para que a empresa consiga sobreviver e se desenvolver é

necessário que existam revitalização e inovação , mudando a cultura da organização. Sendo a

revitalização e inovação importantíssimas para organização e, só será possível essa aplicação

com a mudança da cultura organizacional da empresa.

O estudo da cultura organizacional permite compreender um pouco melhor as

organizações, levando-se em conta que cada empresa tem suas políticas, crenças e valores

individuais, sendo muitas vezes diferenciada de seus concorrentes.

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36

A cultura organizacional é direcionada para os costumes praticados pela organização,

onde se considera o clima organizacional como um dos responsáveis pelo bem estar do

trabalhador otimizando seus resultados e maximizando sua produção.

2.3.1.2 Clima Organizacional

O clima organizacional refere-se ao ambiente interno que existe entre os participantes

da empresa. É a percepção coletiva que os mesmos têm de suas características, suas políticas,

estruturas, sistemas, processos e valores. É considerado um conjunto de propriedades

mesuráveis do ambiente de trabalho, direta ou indiretamente percebida pelos indivíduos que

vivem e trabalham nesse ambiente, cabendo a ele influenciar a motivação e o comportamento

desses indivíduos (FIDELIS e BANOV, 2007).

Como ainda enfatiza Fidelis e Banov (2007, p. 142), “O clima organizacional reflete

como as pessoas interagem com as outras, com os clientes e fornecedores internos e externos,

bem como o grau de satisfação com o contexto que os cerca.” Os mesmos autores salientam

que o clima organizacional pode ser agradável, receptivo, caloroso e envolvente, em um

extremo, ou desagradável, agressivo, frio e alienante em outro.

O clima organizacional também é conhecido como indicador de satisfação dos

membros de uma empresa e é considerado uma variável que pode influir diretamente na

produtividade; é decorrente do grau de salubridade, pois se a qualidade de trabalho for boa

conduzirá a um ambiente de confiança e respeito mútuo que fará com que o individuo

aumente suas contribuições e eleve suas oportunidades de êxito psicológico. Advindo de tal

situação a administração tenderá a reduzir mecanismos rígidos de controle social.

Como ressaltam Fidelis e Banov (2007), o clima organizacional pode ser medido por

quatro diretrizes, uma vez que cada ser humano é motivado por diferentes causas:

Índices de absenteísmo, rotatividade e demissão. As empresas têm índices

esperados para estes fatores. Quando estão alterados, buscam-se as causas para

evitar maiores problemas.

Avaliação de desempenho: relacionada à satisfação com o trabalho. Quando os

resultados caem pode ser um indicio de que há problemas em relação

interpessoal ou automaticamente no clima organizacional.

Entrevistas e questionários aplicados aos empregados, objetivando o que

agrada e desagrada na organização.

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Caixas de reclamação/ sugestões espalhadas na organização para coleta

É importante compreender e aceitar que a cultura organizacional existe e é um

importante instrumento da organização que pode explicar o comportamento de seus membros.

Os profissionais de recursos humanos costumam fazer pesquisas sobre o clima

organizacional, e em decorrência destas pesquisas buscam-se encontrar alternativas para

aumentar a satisfação dos colaboradores e sua maior interação com o ambiente

organizacional. Os fatores geradores de tal satisfação e dedicação com relação ao

cumprimento das tarefas são determinados pelo líder que direciona e coordena os processos.

2.3.1.3 Liderança

As organizações vêm passando por um conjunto de transformações estruturais, sociais

e culturais, necessitando de uma nova dinâmica na gestão de pessoas. A influência de um líder

é muito importante pelo ordenamento significativo da realidade das pessoas, que

simultaneamente se identificam e consentem em tal influência.

Cita Marras (2007, p. 39) que “O líder deve agir segundo o nível de conhecimento do

seu liderado, assumindo papéis diferenciados de acordo com cada circunstância ou situação

que se lhe apresenta.” Na visão de Griffin (2007, p. 370), “Lideres são os indivíduos que

conseguem influenciar o comportamento de outros sem usar de força ou aqueles que as

pessoas aceitam que as liderem.”

Vale salientar que os líderes não podem atingir resultados por eles mesmos, mas

atuam como os integradores do sistema corporativo da organização. Não existe uma fórmula

de liderar é preciso considerar todo o contexto organizacional para elaborar a melhor maneira

de motivar os colaboradores a desenvolverem as tarefas.

O autor Certo (2003) apresenta características de lideres bem sucedidos:

Inteligência, incluindo julgamento e capacidade verbal.

Maturidade emocional e estabilidade.

Confiabilidade, persistência e um impulso para realização contínua.

Habilidade de participar socialmente e de adaptar a vários grupos.

Liderança se entende na forma de conduzir da melhor forma possível um grupo de

pessoas, motivar e influenciar fazendo com que contribuam da melhor forma possível com os

objetivos de grupo ou da organização.

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As maneiras de como são lideradas podem interferir na motivação das pessoas na

organização. Portanto é importante considerar todo o contexto organizacional para elaborar a

melhor maneira de motivar os colaboradores a desenvolverem suas atividades.

2.3.1.4 Motivação

A motivação é um dos fatores que mais preocupa os gestores de uma empresa, sendo

um atributo indispensável para o alcance de suas metas. Atualmente nas empresas, para que a

motivação seja introduzida, necessita-se de investimentos nos funcionários, que consiste em,

deliberadamente, ampliar as responsabilidades, os objetivos e os desafios das tarefas dos

cargos.

Na visão de Griffin (2007, p. 334), “Motivação é o conjunto de forças que levam as

pessoas a se comportar de determinada maneira.” Percebe-se, então, necessário o

entendimento do gerente em respeito às necessidades dos membros da organização, para

motivá-los a atingir as metas organizacionais.

Segundo Fidelis e Banov (2007, p. 175), a motivação é considerada um mecanismo

que somente cada indivíduo pode acionar como uma revolução interior, sendo uma

abordagem de dentro para fora, centrada em princípios e baseada nas atitudes e

comportamentos, voltando-se para a eficácia pessoal, interpessoal e profissional.

Pode-se dizer que existem várias teorias sobre motivação sendo estudadas ao longo

dos anos. Como afirma Certo (2003), a maior parte tem sido classificada em dois tipos

básicos: teorias de processo e teoria de conteúdo. As teorias do processo motivacional

enfatizam o modo como os indivíduos são motivados, considerando quatro importantes

teorias que descreve como a motivação ocorre:

Teoria motivacional das necessidades: para Maslow, o homem é motivado por

necessidades organizacionais numa hierarquia de relativa prepotência. Sendo isso uma

necessidade de ordem superior, surge somente quando a de ordem inferior estiver satisfeita.

McGregor resume em cinco excelentes níveis: Necessidades Fisiológicas, Necessidades de

Segurança, Necessidades Sociais, Necessidade do Ego e as Necessidades de Auto-realização.

Teoria motivacional da expectativa de Vroom: baseia-se na premissa de que as

necessidades sentidas determinam o comportamento humano. No entanto, a teoria de Vroom

também trata da questão da força motivacional – o grau de desejo que um individuo tem para

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ativar um comportamento. À medida que esse desejo aumenta ou diminui, a força

motivacional flutua correspondentemente.

Teoria motivacional da equidade: tem sua ênfase na percepção pessoal do individuo

sobre razoabilidade ou justiça relativa na sua relação laboral com a organização. O principio

da teoria da equidade depende do equilíbrio entre o que a pessoa pode oferecer a organização

por meio do seu sistema produtivo e o que receba da organização em relação ao sistema

retributivo.

A motivação é decorrente dos benefícios adquiridos da organização sendo eles

monetários, reconhecimento público, promoção, transferências etc. Uma compensação justa

para os esforços em favor da organização.

Teoria motivacional da Porter-Lawler: com essa teoria percebe-se três diferentes

processos motivacionais:

A recompensa pode dar-se intrínseca e extrínseca resultando na realização das

necessidades quando uma tarefa e concluída. Sendo as recompensas intrínsecas as

decorrentes da realização das tarefas e as extrínsecas sendo uma gratificação decorrente de

um trabalho pronto.

O decorrer da execução de uma tarefa é determinado por duas variáveis: a percepção do

individuo do que é exigido para desempenhar a tarefa e a sua capacidade de desempenhá-

la. A eficácia no desempenho da tarefa decorre do aumento da percepção e da capacidade

de execução.

As recompensas influenciam no grau de satisfação. Quando um individuo considera que a

recompensa é justa maior será sua satisfação por percebê-las.

Pode-se perceber que todas as teorias motivacionais discutidas até esse ponto afirmam

que para se entender a motivação é extremamente necessário que se entenda as necessidades

dos seres humanos.

Os seres humanos possuem cinco necessidades básicas como mostra no quadro de nº 2

e estão expostos em uma hierarquia de importância. Nessa ordem os indivíduos buscam

satisfazê-las, considerando o autor Certo (2003).

Fontes MotivacionaisTipos de necessidades O que elas representam

FisiológicasRelacionam-se ao funcionamento normal de corpo. Entre elas estão à necessidade de água, alimento, descanso, sexo e ar.

SegurançaRelacionam-se ao desejo do individuo de se livrar de danos, incluindo desde acidentes corporais até problemas econômicos.

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Fatores MotivacionaisTipos de necessidades O que elas representam

SociaisVolta-se para o desejo de amor, de companheirismo e de amizade. Essas necessidades refletem o desejo de uma pessoa de ser aceita pelos outros.

EstimaReferem-se para o desejo de respeito. Em geral são divididas em duas categorias: o respeito próprio e o respeito dos outros.

Auto-realização Refere-se ao desejo de maximizar qualquer potencial que um indivíduo possua.

Quadro 02: Fontes motivacionais, segundo MaslowFonte: Certo, (2003)

O quadro 02 demonstra que há hierarquia nas necessidades humanas que de acordo

com Maslow, deixando claro que todas as pessoas têm necessidades e cada uma com suas

devidas particularidades.

Teoria de Herzberg: Frederick Herzberg ressalta a importância da motivação no

trabalho; sugerindo que a satisfação e a insatisfação das pessoas são influenciadas por dois

conjuntos independentes de fatores: motivacionais e higiênico (GRIFFIN, 2007).

Motivacionais: têm como alvo a pessoa, especificamente com a satisfação do

funcionário, composto pela realização, reconhecimento, o próprio trabalho, responsabilidade,

evolução e crescimento. Os fatores motivacionais quando ausentes são neutros e não geram

insatisfação, mas quando estão presentes geram satisfação (FIDELIS e BANOV, 2007).

Higiênicos: relacionados ao ambiente de trabalho, tendo como pretensão a satisfação

composta de supervisão, condições de trabalho, relacionamentos interpessoais, remuneração e

segurança e as políticas administrativas da empresa. São fatores externos e sua presença não

traz satisfação, mas sua ausência gera insatisfação. Os fatores higiênicos previnem o baixo

desempenho, ainda considerando os mesmos autores.

Conhecer os fatores motivacionais e higiênicos pode auxiliar o administrador a

compreender as atitudes e comportamentos de seus funcionários individualmente. É

interessante destacar que conhecer as necessidades dos funcionários pode ser um indicador

para a escolha de um novo processo de recompensar pessoas.

2.4 Gestão Estratégica de Pessoas

As empresas estão em busca de novos métodos de trabalho com os quais maximizem o

tempo e aperfeiçoem os recursos disponíveis (FIDELIS e BANOV, 2007).

Para Hanashiro et al (2007, p. 334):

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A gestão do fator humano implica não apenas em considerar as pessoas em sua subjetividade, mas também na concepção do colaborador enquanto ativo estratégico contextualizado num tempo e espaço inserido numa teia de relações que constituem o capital social organizacional.

A abrangência de uma gestão estratégica nas organizações tem como processo uma

visão sistemática e contínua para assegurar a sustentabilidade da organização. A

administração é diariamente testada e forçada a surtir resultados positivos nos planos de ação.

Na visão de Tachizawa et al (2001), a mudança do fator de gestão está provocando

renovações, principalmente na gestão de pessoas, devido à necessidade de sobrevivência no

ambiente em que tais organizações atuam.

A área de Recursos Humanos não deve apenas nortear o passado embasado somente

em regras, normas e fatores. O mundo corporativo necessita de novas práticas de

administração de pessoas, mantendo o foco no planejamento estratégico da organização e no

desenvolvimento da carreira futura.

A gestão estratégica não diz respeito somente às decisões futuras e sim às decisões

presentes que possam vir a gerar implicações futuras, sendo um processo automático

constante de tomadas de decisões, cujos efeitos e conseqüências devem ocorrer em futuros

períodos de tempo. Esse processo decorre de ações inter-relacionadas e interdependentes,

visando o alcance dos objetivos previamente estabelecidos, viáveis, com base na vitalidade

das hipóteses em que se apóiam (TEIXEIRA, 2005).

A área de Recursos Humanos deve ter o comportamento de conselheiro das atitudes e

comportamentos dos funcionários, fortalecendo os laços de amizade empresarial, sendo que a

relações de capital x trabalho deve ser focado no ganho mútuo, tanto empresa quanto

funcionários que são os responsáveis pelo sucesso da organização (FIDELIS e BANOV,

2007).

Programar mudanças e novas práticas administrativas parece ser um grande desafio.

Mais do que parecer, é preciso saber que esse desafio é permanente para as empresas. O

desafio relacionado à mudança das práticas e atitudes, planejado com muito cuidado de todas

as etapas e tomando conhecimento das experiências de outras empresas, devendo programar

os processos de mudança considerando ainda o mesmo autor.

A gestão de pessoas abrange um amplo leque de atividades, como por exemplo, o

recrutamento, descrição de cargos, treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho

e outros. Pode-se ainda classificá-los em certo número de categorias podendo também ser

designadas como sistemas. Diversos autores desenvolveram classificações para as atividades

dos recursos humanos considerando os mesmos da gestão indicados no quadro nº03.

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Aquino (1979) Mikovich e Boudreau (2000)

Gómez-Mejia et al (1998)

Chiavenato (1999d)

ProcuraDesenvolvimentoManutençãoPesquisa

RecrutamentoDesenvolvimentoRemuneraçãoRelação com empregados

SuprimentoDesenvolvimentoCompensaçãoControle

AgregaçãoAplicaçãoRecompensaDesenvolvimentoMonitoração

Quadro nº03: Classificação das atividades de recursos humanos e de gestão de pessoas segundo diferentes autores.Fonte: Gil (2001, p. 24)

O ambiente da gestão de pessoas decorre da abrangência envolvendo diversas

dimensões externas e internas, as quais apresentam especial relevância nas seguintes ações:

mundo de negócios, mundo do trabalho, cultura e clima organizacional.

Considerando a autora Tachizawa (2001), percebe-se que a estratégia competitiva

sinaliza o desenvolvimento das estratégias dos vários processos de trabalho, em foco a gestão

de pessoas, no qual o núcleo do desenvolvimento da estratégia corporativa engloba quatro

elementos, que são:

a) Produtos a ser oferecidos “o quê”?

b) Clientes e mercados “para quem”?

c) Vantagens sobre a concorrência “por que”?

d) Prioridade de produtos e mercados “onde”?

Concordando com a autora citada ainda, Dutra (2007, p. 57) enfatiza que a gestão de

pessoas não está totalmente abrangida pelos processos de gestão, ligados unicamente à gestão

de pessoas, que são fundamentais para influenciá-lo. Esses processos são tratados com apoio à

gestão de pessoas, que são:

Informação: compreendem todo o fluxo de informação, estruturado ou não, entre as

empresas e as pessoas e vice-versa.

Comunicação: englobam os canais e os veículos de comunicação entre empresa e

pessoas e entre pessoas, empresa e comunidade.

Relações sindicais: processos que tratam da relação entre empresa, pessoas e

sindicatos, de natureza mais administrativo-financeiro e legal, como acordos, condições de

trabalho, relações de emprego, facilidades para o trabalho e outros.

Relações com a comunidade: compreende o conjunto de políticas praticadas que

balizam as relações entre empresa, pessoas e comunidade. Nesses processos, estão incluídas

as ações ligadas à responsabilidade social e organização.

O sistema de classificação refere-se às atividades clássicas desenvolvidas pelos

administradores de recursos humanos, muitas delas surgidas na década de 90, algumas já

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praticadas pelos responsáveis pela administração geral, como a motivação, comunicação e

liderança, como são apresentadas no quadro de nº04.

Sistemas de RH Atividades

Suprimento ou Agregação Identificação das necessidades de pessoal Pesquisa de mercado de recursos humanos Recrutamento Seleção

Aplicação Análise e descrição de cargos Planejamento e alocação interna de RH

Compensação ou Manutenção

Salários Benefícios Carreiras Higiene e segurança no trabalho Relações com sindicatos

Desenvolvimento ou Capacitação Treinamento e desenvolvimento de pessoal Desenvolvimento e mudança organizacional

Controle e Monitoramento Avaliação de desempenho Banco de dados Sistemas de informações gerenciais Auditoria de recursos humanos

Quadro nº04: Classificação das atividades de gestão de pessoasFonte: Gil (2001, p. 25)

Além dos processos de apoio, há um conjunto de compromissos estabelecidos entre a

empresa e as pessoas, concretizados em políticas e práticas.

2.5 Processos de gestão de pessoas

Para o autor Dutra (2006), as atividades da área de recursos humanos estão agrupados

em 03 grandes processos como mostra a figura numero 01.

Figura 1: Processos de gestão de pessoas Fonte: Dutra, 2006

Movimentação Desenvolvimento

Valorização

GestãoDe

Pessoas

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Na figura nº 01 os processos de recursos humanos estão classificados como:

movimentação, desenvolvimento e valorização.

O processo de movimentação ocorre com a mudança das pessoas dentro da organização,

resultando no desenvolvimento que as torna aptas a exercerem as atividades com maior

produtividade, possibilitando um crescimento profissional no futuro, e a valorização se

destaca como sendo a recompensa que a organização oferece pelo esforço e competência dos

funcionários. Na perspectiva das pessoas o processo de movimentação diz respeito à inserção

de pessoas no mercado de trabalho, melhores oportunidades de trabalho e retirada do

mercado de trabalho. Referente à empresa está o processo relacionado às decisões de

planejamento, atração, socialização, aclimatação, reposicionamento e recolocação das

pessoas.

O planejamento de recursos humanos é bastante complexo e dinâmico; consiste em

pensamento e planos, sendo que, depende da organização estabelecer seu procedimento.

Quando a organização faz planejamento de recursos humanos com base em competências,

significa que sabe quais competências organizacionais precisa captar, selecionar e contratar

(HANASHIRO et al, 2007).

A gestão estratégica de pessoas estabelece parâmetros para definir políticas e práticas

de movimentação de pessoas, sendo que está fortemente ligada à gestão estratégica da

empresa, ressaltando que na prática as duas se influenciam mutuamente (DUTRA, 2006)

As empresas atualmente percebem a importância de estimular e apoiar o

desenvolvimento das pessoas, como forma de manter suas vantagens competitivas. As

pessoas também buscam seu desenvolvimento para obter maior segurança em relação à

inserção no mercado de trabalho cada vez mais exigente e complexo.

O processo de desenvolvimento pode ser construído com base em competências, ou

seja, o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes esperados das pessoas, com o

objetivo de agregar valores para a organização. Sendo assim, as pessoas entregam o que a

empresa necessita de diversas maneiras, porque são diferentes na forma como articulam o

CHA com o contexto ambiental, considerando ainda o mesmo autor.

O desenvolvimento busca o aperfeiçoamento das pessoas para um desempenho

superior no futuro; entende-se a capacitação dos funcionários para o alcance de novos

desafios em sua carreira profissional, evolvendo resultados cada vez mais abrangentes

(HANASHIRO et al, 2007).

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Neste contexto está em evidência a universidade corporativa, como um sistema de

desenvolvimento de pessoas pautado pela gestão de competências. A evolução do

desenvolvimento para a educação corporativa ganhou foco e força estratégica, sendo

direcionado como um dos pilares de gestão empresarial bem sucedida (LIMONGI-FRANÇA

et al, 2002).

O processo de valorização é direcionado como a recompensa recebida pelas pessoas.

Cabe às empresas formulam procedimentos de como serão distribuídas essas recompensas,

estabelecendo metas, objetivos a serem realizados.

A forma de concretizar a valorização das pessoas pela organização, em termos de

gestão, mais importante e complexa é pela remuneração. A remuneração é um fator de

recompensa extrínseco, que por sua vez possui componentes intrínsecos importantes. A

remuneração pode ser apresentada para as pessoas em diferentes categorias, sendo

remuneração direta, remuneração indireta, remuneração fixa, remuneração variável,

remuneração básica, remuneração por senioridade e remuneração por desempenho. Está

relacionada à contribuição da pessoa para a empresa. Para a determinação da remuneração

adequada existem parâmetros tais como a educação, dignidade e educação para os filhos

(DUTRA, 2006).

O diferencial da empresas está nos recursos humanos; para tanto é de extrema

importância a maneira como são administradas, considerando que o alcance dos resultados e

sucesso de uma organização está excelência do recrutamento, seleção, treinamento,

desenvolvimento e valorização de seus profissionais (LACOMBE e HEILBORN, 2006).

A evolução da prioridade das pessoas dentro da organização as pressiona em busca de

programas de qualidade de vida com objetivo da sua manutenção e abrange a visão dos

empresários para a necessidade de novas formas de remuneração, mantendo-se, assim,

colaboradores satisfeitos e produtivos. Para tanto, é indiscutível o apoio da administração de

recursos humanos.

Na visão de Dutra (2007), um sistema de gestão de pessoas é sempre pensado para

atender as necessidades percebidas pela empresa e pelas pessoas com quem ela mantém

relação de trabalho, cuja proposta busca abranger critério de valorização de pessoas,

posicionamento na estrutura de poder, padrões de mobilidade entre carreiras e dentre as

carreiras acesso a condições concretas de desenvolvimento e reconhecimento profissional.

O autor Dutra (2007) ainda apresenta uma proposta de concepção e implementação

do sistema de administração de carreiras.

Transformação = Necessidade x Visão x Plano de Ação x Resultados esperados

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O elemento necessidade implica conhecer com clareza os problemas, oportunidades

ou necessidades geradoras do processo de transformação da realidade organizacional e as

implicações no sistema de gestão de pessoas. O elemento visão é a necessidade de haver

clareza do rumo ao qual deve estar atrelado o processo de transformação. O elemento plano

de ação indica o caminho a ser percorrido. E o elemento resultados esperados implica a

obtenção dos resultados planejados de forma segura.

Para efeito do presente estudo, considerando que está voltado à remuneração dos

funcionários, será enfatizado o processo de valorização de pessoas.

2.5.1. Processos de Valorização de Pessoas

Todos os funcionários trabalham em troca de algo como salário, status, poder entre

outros benefícios motivadores para o cumprimento de suas tarefas. Já as organizações

dependem da mão-de-obra dos funcionários para atingirem a suas metas.

Nesse caso a remuneração é um investimento que a organização faz com objetivo de

recompensar os profissionais por terem alcançado os objetivos da organização. Para o

profissional a remuneração é vista como o retorno dos recursos pessoais que foi investido no

trabalho.

O ato de recompensar os funcionários para a empresa representa custo, sendo assim,

elabora-se um estudo de custo x beneficio do sistema de recompensa, para detectar até que

ponto se torna viável um trabalho de remuneração estratégica. O modelo de remuneração vem

sofrendo mudanças ao longo dos tempos, porém sua lógica permanece simples: sendo o ato de

pagar para quem faz o trabalho em troca de um resultado (HANASHIRO et al, 2007).

O ato de remunerar é considerado um tópico de grande interesse para a organização e

é o maior componente do custo operacional, por ser uma estratégia de negócios, constituída

de uma ferramenta motivacional com um forte poder na organização. Essa ferramenta

estabelece uma relação de parceria entre organização e colaborador.

Ainda considerando as afirmações dos mesmos autores de que a remuneração é um

instrumento poderoso para promover mudanças nas organizações, pergunta-se qual deveria

ser a filosofia de recompensas de uma empresa?

Remunerar com base na importância dos cargos individuais e progressão salarial

atrelados à maturidade profissional?

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Remunerar com base na contribuição do colaborador, em uma relação de parceria e

risco, levando-se em conta essencialmente o desempeno individual?

Incluir definições sobre recompensas não financeiras?

O que pretende atingir com a política de benefícios?

A remuneração é coerente com os valores estratégicos da organização?

A remuneração reflete as características do sistema de gestão vigente?

Essas são questionamentos que os dirigentes de empresa devem utilizar ao falar com

seus empregados, buscando responder objetivamente a questão que se pretende atingir

utilizando-se de um sistema de remuneração na empresa.

2.5.1.1 Recompensas Organizacionais

As recompensas organizacionais são atributos oferecidos aos funcionários prestadores

de serviço que, com prestatividade e bom desempenho, atingem os objetivos estabelecidos

pela organização. Essas recompensas organizacionais podem ser financeiras ou não-

financeiras.

As financeiras podem ser: Diretas: Salários e comissões; Indiretas: descanso semanal

remunerado, férias, gratificações, gorjetas, 13º salário, horas extras, adicionais e outros que

são pagos em dinheiro.

Já as não financeiras podem ser: elogios, admiração, reconhecimento, segurança no

trabalho, qualidade de vida, oportunidade de crescimento, orgulho da empresa e do trabalho,

liberdade e autonomia no trabalho, no sentido de atender às necessidades de ego que não são

pagas na forma de dinheiro (FIDELIS e BANOV, 2007).

O autor Chiavenato (1999) apresenta de uma maneira mais resumida os tipo de

recompensas organizacionais na figura nº02.

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Figura nº02: Os diversos Tipos de RecompensasFonte: Chiavenato (1999)

Como pode ser visto a figura nº02 apresenta as diversas formas de recompensar

dependendo do interesse de cada empresa e de cada colaborador em aspectos diferentes.

Consequentemente a escolha correta de um tipo de recompensar pode gerar vantagem para a

organização como também beneficiar todos os envolvidos.

2.5.1.2 Recompensas Financeiras

Compõem-se a recompensa financeira da remuneração direta, pelo salário base, e da

remuneração indireta, pelos benefícios. Na remuneração direta é utilizada a abordagem do

sistema tradicional de remuneração. Apresentando tal estratégia de remuneração as diferentes

modalidades das quais a empresa possa se utilizar para recompensar o seu colaborador

(HANASHIRO et al, 2007).

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As formas de recompensas financeiras são: salários, benefícios e incentivos salariais.

Salário - modelo tradicional do salário é baseado em um processo que determina a

quantia que o empregado recebe do empregador, em dinheiro ou equivalente, pelo

cumprimento das tarefas dentro de determinado período. Também deve ser levada em

consideração a Constituição que estabelece o mínimo a se pagar e também as convenções e

acordos sindicais que determinam o piso salarial (FIDELIS e BANOV, 2007).

Na organização é imprescindível haver um controle de salários para que se aplique a

justiça em relação aos esforços e aos valores recebidos. É relevante observar o ambiente

externo, analisando como os concorrentes administram o salário do seu pessoal, considerando

o mesmo autor.

Benefícios - considerados como salários indiretos ou complemento ao salário são os

grandes responsáveis pela satisfação das necessidades básicas dos empregados. Na visão dos

mesmos autores, os benefícios podem ser:

Compulsórios: aqueles que atendem às exigências da lei ou de acordos

coletivos de trabalho. São eles: 13º salário, salário-família, férias,

aposentadoria, seguro de acidentes de trabalho, auxílio-doença, auxílio-

maternidade, etc.

Espontâneos: aqueles que as empresas oferecem aos empregados por vontade

própria. São eles: restaurante, seguro de vida, assistência médica, transporte

próprio, cesta básica, seguro de acidentes pessoais, veículo, clube,

combustível, assistência odontológica, estacionamento, horário móvel, creche

para os filhos, agência bancaria no local de serviço.

Sendo levado em consideração que em alguns locais o beneficio pode ser espontâneo

(por exemplo: creche), em outros, pode ser compulsório, decorrente de um acordo coletivo

colocado como obrigatório.

Ressaltam ainda os autores Hanashiro et al ( 2007, p. 200) que “ a área de RH nem

sempre mensura todos os benefícios na composição da remuneração total”.

As empresas também se utilizam dos benefícios oferecidos aos seus colaborados como

ferramentas para baixar a rotatividade de funcionários e ausências dos, tornando-se mais

competitivas no mercado por estarem com uma maior retenção de mão-de-obra qualificada.

Muitas vezes os benefícios estão relacionados com os aspectos de responsabilidade social da

empresa.

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Como enfatiza Chiavenato (2004), os benefícios podem ser constituídos de

pagamentos financeiros indiretos que incluem saúde e segurança, férias, pensões, planos de

educação, descontos em produtos da companhia, etc.

Ainda conforme o mesmo autor, há a existência de vários benefícios sociais oferecidos

pelas empresas que podem ser classificados como:

Benefícios legais: exigidos pela legislação trabalhista, previdenciária e convenção

coletiva “férias, 13º salário, aposentadoria, seguro de acidentes de trabalho, auxilio doença,

salário família e outros”.

Benefícios espontâneos: que são aqueles oferecidos pela empresa, sem

obrigatoriedade de lei: “gratificações, refeições, transporte, seguro de vida em grupo,

empréstimos e outros”.

Como enfatiza o autor Lacombe (2006), as empresas que oferecem benefícios

espontâneos tendem as ganhar maior competitividade no mercado de trabalho, atraindo e

retendo pessoal de melhor nível e mais qualificado para a realização das tarefas.

Os planos de benefícios flexíveis, que estão sendo adotados recentemente em países

desenvolvidos, apresentam um tipo de plano que oferece a liberdade ao funcionário de

escolher, entre os benefícios disponíveis, qual lhe oferecerá mais satisfação e interesse. Para

que seja possível a implantação dessa forma de remuneração é necessário que haja

transparência, empregados responsáveis e uma relação aberta entre as partes, de forma a

possibilitar análises sobre a relação de custo/benefício de ambos (Marras, 2002).

Concordando com o autor acima citado e complementado Chiavenato (2004), destaca

que os tradicionais pacotes fixos e genéricos de benefícios estão se adequando a flexibilização

de homogêneos e fixos estão se adequando às conveniências de cada individuo.

Incentivos Salariais - são recompensas dadas somente a alguns funcionários que se

destacaram em determinado período sendo conhecidas como bônus, participação dos

resultados, etc.

Na visão de Fidelis e Banov (2007) a remuneração variável está ligada diretamente ao

conceito de incentivos salariais, sendo os mais utilizados pelas organizações:

Planos de bonificação anual: um valor monetário oferecido ao final de cada

ano a determinados funcionários em decorrência de sua contribuição com o

desempenho da empresa.

Distribuição de ações da empresa aos empregados: a distribuição do bônus é

substituída por papeis da companhia.

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Participação nos resultados alcançados: porcentagem ou fatia de valor com que

cada pessoa participa dos resultados da empresa ou do departamento que

ajudou por meio de seu trabalho pessoal ou em equipe.

Remuneração por competência: premiação por habilidades ou comportamentos

dos funcionários, sendo o foco a pessoa e não o cargo que exerce. Observa-se

que pessoas que ocupam o mesmo cargo podem estar recebendo salários

diferentes de acordo com a sua competência.

Distribuição de lucros: a empresa distribui anualmente entre seus funcionários

certa proporção de seus lucros.

Na atualidade as empresas estão refletindo com mais intensidade sobre como atrair e

reter talentos que façam diferença para o negócio, apostando em benefícios que estimulem e

motivem a relação entre empresa e funcionário.

Considerando Fidelis e Banov (2007) há a necessidade de remunerar as pessoas pela

sua disposição em contribuir para o sucesso da empresa por meio de seus conhecimentos,

habilidades e competências no ambiente de trabalho. Os recursos humanos têm um valor

agregado alto nas empresas, decorrente disso há a necessidade de valoriza esses funcionários,

para que continuem contribuindo para o sucesso das mesmas.

Ainda as empresas contam com as recompensas não-financeiras que não geram custos

elevados.

2.5.1.3 Recompensas Não-Financeiras

As recompensas não-financeiras, (um elogio, um muito obrigado, um convite para

participar de um estudo importante, uma nota de agradecimento e muitas outras estratégias

que motivam os colaboradores a desenvolverem ainda mais as suas tarefas) não gerando

custos elevados para as empresas (HANASHIRO et al, 2007).

O homem é um ser complexo, carente de motivação e possuidor de necessidades que o

direcionam para um determinado curso de ação em busca da satisfação das mesmas, essas

necessidades podem ter um caráter universal, por exemplo, todo o ser humano sente fome ou

elas podem variar ao longo do tempo ou de acordo com o momento da vida, como

reconhecimento na sociedade, interação com um determinado grupo e outros que podem ir de

acordo com cada pessoa, na visão dos mesmos autores.

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Considerando ainda os mesmos autores, destacam-se dois fundamentos motivacionais

para as recompensas não-financeiras apoiadas nas teorias de March e Simon, que apontam

dois comportamentos distintos requeridos pelas organizações:

Motivação para participar; interpretada pela teoria de equidade, a qual o

individuo determina a equidade comparando seus imputs (contribuições) e

outcomes (recompensas) com o de outro colaborador.

Motivação para produzir ou realizar; é explicada em termos da teoria da

expectativa, na qual a formulação mais conhecida se encontra em Vroom. Três

conceitos constituem elementos básicos.

1. Expectativa: o comportamento está diretamente associado à percepção

individual da possibilidade de que o esforço conduzirá a um

determinado desempenho.

2. Instrumentalidade: o comportamento é afetado pela expectativa de

que cada nível de desempenho conduzirá a diferentes tipos de

recompensas.

3. Valência: é a força ou atração das recompensas, que deriva da

necessidade dominante de uma pessoa, em uma situação particular.

Também podem ser considerados os serviços sociais como forma de remuneração, por

afetarem a satisfação das pessoas na forma de orgulho. As recompensas não-financeiras

oferecidas pela organização, como orgulho, auto-estima, reconhecimento, segurança no

emprego etc., afetam a satisfação das pessoas com o sistema de remuneração

(CHIAVENATO 1999 apud FRANZONI et al 2009, p.139).

As recompensas não-financeiras variam de acordo com a natureza da concepção sobre

a relação de emprego que cada organização possuí, assim sendo as organizações tendem a

oferecer poucas recompensar de afiliação, considerando o emprego uma relação temporária.

Hanashiro et al (2007, p. 204) “classifica as fontes de recompensas não-financeiras em

associadas ao trabalho, ao desempenho e à afiliação.”

As recompensas não-financeiras associadas ao trabalho são munidas pela organização

como resultado do desempenho de cargo. As recompensas não-financeiras associadas ao

desempenho são ministradas em relação ao esforço e desempenho individuais e constituem-se

em recompensas intrínsecas que são ligadas ao desempenho do cargo e providas pelo próprio

individuo. Já as recompensas não-financeiras associadas à afiliação são designadas para

mantê-la e são creditadas às pessoas somente por fazer parte dela.

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Atualmente o que se espera das empresas é uma relação com uma visão empregatícia e

com relações de afiliação, obtendo um compromisso de longo prazo dos empregados.

O quadro de nº 03 apresenta fontes de recompensas não-financeiras:

Fontes de Recompensas Não-FinanceirasAssociadas ao trabalho Associadas ao desempenho Associadas à filiação

Complexidade do trabalho Reconhecimento Relacionamento interpessoalImportância da função Autonomia Símbolo de statusOportunidade para criar Uso pleno do potencial e

capacidadePrograma de treinamento e ou desenvolvimento

Conhecimento de como o trabalho si insere na tarefa global Oportunidade de progresso Administração participativaFlexibilidade requerida pelo trabalho

Desafio Trabalho em grupo

Tipo de supervisão Participação na solução dos problemas

Flexibilidade da organização

Quadro nº00: Fontes de Recompensas Não-FinanceirasFonte: Belcher (1974 apud HANASHIRO et al 2007, p. 204)

O quadro nº03 mostra algumas fontes de recompensas não-financeiras que podem ser

adotadas pelas empresas levando em consideração sua maneira de recompensar.

O gestor necessita possuir sensibilidade para que possa identificar quais são os

motivos que regem o comportamento de cada um dos colaboradores da organização. Algumas

recompensas não-financeiras não geram custos a empresa, isso pode elevar o seu valor para

estratégia de compensação, estimulo a motivação sem impacto na folha de pagamento.

E importante se destacar que a gestão das recompensas não-financeiras é complexa e

faz-se necessário um amplo conhecimento do comportamento dos colaboradores para que se

possa alocar recompensas relevantes para cada grupo de pessoas (HANASHIRO et al, 2007).

Nesse sentido os mesmos autores ressaltam o significado das recompensas não-

financeiras:

As recompensas intrínsecas (não-financeiras) são determinadas pela pessoa que a recebe. A administração pode aumentar as recompensas intrínsecas no trabalho, porém seu efeito sobre a motivação, desempenho, satisfação e outros fatores depende de seu valor pelas pessoas que executam o trabalho.

Já para o autor Marras (2002) que as necessidades intrínsecas são endógenas, nascem

e florescem no interior do individuo e têm caráter psicológico que são as necessidades sociais

de relacionamento, de status, etc. e podem ser supridas pela organização mediante políticas,

valores culturais, práticas gerenciais e outras formas que privilegiem a satisfação desse tipo de

necessidade acordado com a forma do ambiente, do momento vivido pela organização e da

intensidade da necessidade vivida.

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Na visão de Wood e Picarelli (2004 apud HANASHIRO et al 2007, p. 205) pode-se

ressaltar que essas formas de recompensa são consideradas como reforçadoras de

comportamento, que podem ser sociais, simbólicas, relacionadas ao trabalho e financeiras que

serão demonstrados no quando nº06.

Recompensas Não-FinanceirasCategoria O que representa

Reconhecimento não-financeiro

Um “muito obrigado” ou “parabéns”; Uma foto no “mural da fama”; Uma nota escrita de agradecimento; Um agradecimento público; Uma visita do diretor ou presidente ao local

de trabalho; Um convite para participar de estudo

importante.

Reconhecimento de baixo custo Pequenos presentes para os filhos; Entrada para o teatro ou para algum show; Jantar para dois.

Recompensas monetárias ou equivalentes

Dia de folga; Licença remunerada para o desenvolvimento

de um projeto pessoal; Equipamento como notebooks, impressoras,

telefone celular, e outros; Cupons para troca por dinheiro ou por

benefícios adicionais; Soma em dinheiro.

Recompensas focadas no desenvolvimento

Visita a clientes no país e no exterior; Participação em feiras e congressos; Estágio no exterior; Cursos de especialização ou pós-graduação.

Celebrações em grupo Jantar ou churrasco com a equipe de trabalho.Quadro nº06: Recompensas não-financeirasFonte: Wood e Picarelli (2004 apud HANASHIRO et al 2007)

O quadro nº04 apresenta alguns tipos de recompensas não-financeiras, que podem ser

adotadas com baixo custo para a empresa.

Algumas recompensas não-financeiras não geram custos às empresas. Um elogio, um

muito obrigado, uma nota de agradecimento servem como estratégia para motivar os

colaboradores a desenvolverem suas tarefas e a contribuírem cada vez mais com o

desenvolvimento da empresa (FIDELIS e BANOV, 2007). Todas as empresas necessitam

remunerar seus funcionários para motivá-los a executar as tarefas Tal situação é considerada

como a troca dos benefícios que o trabalhador traz para a empresa por benefícios que a

empresa pode oferecer ao mesmo.

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2.6 Remuneração

A remuneração consiste em pagar quem faz o trabalho em troca dos resultados

apresentados. A empresa gratifica seu funcionário com remuneração decorrente dos

benefícios que esse funcionário traz para a empresa. Quanto maior seu resultado, maior será

sua gratificação; em conseqüência maior será a sua remuneração sendo indiferente se direta

ou indireta.

Na visão de Hanashiro et al (2007, p. 174) “A remuneração é considerada um tópico

de grande interesse da organização, pois é o maior componente de custo operacional; impacta

no sucesso das estratégias e constitui uma ferramenta motivacional poderosa”. Ainda

considerando a visão dos mesmos autores, a remuneração é importante para os colaboradores

como recompensa pelo trabalho que realizam e para as organizações como motivador dos

comportamentos e desempenho das pessoas.

Também pode-se considerar a remuneração como uma ferramenta que estabelece uma

relação de parceria entre empresa e funcionário. Sendo que, por um lado, a empresa

demonstra quais são os seus objetivos estratégicos e o que necessita para realizá-los, por outro

lado, o colaborador contribui com esses objetivos. A recompensa seria a ponte que sustenta

essa integração.

A uma considerável maioria das organizações ainda aplica exclusivamente o sistema

tradicional de remuneração é baseado nas descrições de atividades e responsabilidades de

cada cargo. Considerando a visão dos autores Wood e Picarelli (2004), algumas

características desses sistemas podem causar problemas para a empresa:

Inflexibilidade: os sistemas tradicionais de remuneração tendem a tratar coisas

diferentes de forma única, não considerando as peculiaridades de empresas, áreas ou funções.

Falsa objetividade: a lógica que fundamenta os sistemas tradicionais de remuneração

vê a organização como um organograma formal com três pressupostos fundamentais

Primeiro, existe uma linha de autoridade claramente definida;

Segundo, as atividades principais estão definidas por normas e procedimentos escritos;

Terceiro, as responsabilidades e atribuições individuais são conhecidas e variam pouco

com o tempo.

Metodologia desatualizada: os sistemas tradicionais são trabalhosos, inflexíveis e

pouco ágeis. Os problemas mais citados são os seguintes: manutenção trabalhosa do sistema,

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tempo gasto em comitês de avaliação de cargos, dificuldade em avaliar cargos multifuncionais

e vida curta das avaliações.

Conservadorismo: os sistemas tradicionais reforçam a estrutura burocrática,

privilegiando as ligações hierárquicas em detrimento do foco nos processos críticos e no

cliente.

Anacronismo: As empresas que passaram ou estão passando por um processo de

mudança possuem alguns pontos em comum: descentralização do tomada de decisão, forte

orientação para resultados, maior autonomias para as áreas operacionais, foco na agilidade e

flexibilidade e implementação do trabalho em grupo. Como muitos dos sistemas tradicionais

de remuneração são antagônicos e essa tendência de mudança decorrente da utilização de tais

sistemas acaba por dificultar mais a própria mudança.

Divergência: os sistemas tradicionais não consideram a visão de futuro e a orientação

estratégica da organização, dificultando a convergência de esforços para objetivos comuns.

Ainda considerando os mesmos autores, percebe-se que as transformações que as

empresas estão sofrendo, colocam-nas cada vez mais distantes desses pressupostos. A urgente

necessidade de flexibilidade e agilidade torna cada um desses pressupostos indesejáveis.

Continuar utilizando-os implica ignorar a complexidade organizacional.

O quadro nº07 a seguir resume os principais fundamentos do modelo de remuneração

tradicional e os fundamentos dos modelos mais modernos onde se pode perceber a evidência

do antagonismo da remuneração tradicional.

Fundamentos dos Sistemas de RemuneraçãoItem Fundamentação dos Sistemas

TradicionaisFundamentação dos Sistemas

Modernos

Estrutura organizacional

Hierarquia rígida; Muitos níveis

hierárquicos; Ascensão salarial por

meio de promoções.

Modelos flexíveis; Poucos níveis

hierárquicos; Ascensão salarial por meio

do desenvolvimento profissional.

Amplitude de ação Restrita e bem definida. Ampla e pouco definida;

Varia em função do perfil do profissional.

Definição de responsabilidades Clara Difusa;

Orientação por meio da visão e objetivos comuns.

Processo decisório Papéis e formas de

tomada de decisão bem definidos.

Contingencial.

Estratégia Planejamento executado

pela cúpula com apoio de um grupo de especialistas.

Todos participam da gestão estratégica, orquestrada pelos gerentes de negócios.

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57

(Continuando)

Fundamentos dos Sistemas de RemuneraçãoItem Fundamentação dos Sistemas

TradicionaisFundamentação dos sistemas

modernos

Estilo gerencial

Grande distância entre líder e liderança;

Valorização da obediência, estabilidade e conformidade.

Pequena distância entre líder e liderado (líder com coach);

Valorização da adaptabilidade e prontidão para mudança.

Quadro nº07: Fundamentos dos sistemas de remuneraçãoFonte: Wood e Picarelli (2004, p. 87)

No quadro nº 07 pode-se perceber a diferença entre os fundamentos dos sistemas de

remuneração tradicional dos sistemas de remuneração modernos. E como enfatiza a autora

Franzoni (2009, p. 159):

A remuneração atua como processo que alavanca o conhecimento, elevando a satisfação no e com o trabalho, o comprometimento e a produtividade, pelasatisfação das necessidades individuais e a dedicação do colaborador à melhoria da sua qualificação, tanto proporcionada pela empresa, quanto por ele próprio.

Considerando ainda a mesma autora, ao associar a remuneração à teoria das

necessidades proposta por Maslow, pode-se observar que a remuneração é o pano de fundo

para se satisfazer as necessidades dos indivíduos, além de ser um demonstrativo em forma

monetária do valor dado ao profissional da organização.

Na atualidade, diante das grandes pressões competitivas as empresas estão

aperfeiçoando seus modelos tradicionais de remuneração e adotando sistema de remuneração

estratégica.

2.6.1 Remuneração Estratégica

As empresas começam a perceber que seus programas tradicionais de remuneração

não adequam-se às novas estruturas organizacionais, passando a procurar soluções de

remuneração compatíveis com essa nova realidade de estrutura organizacional.

Como enfatiza Nascimento (2006, p. 158), “um sistema de remuneração deve

considerar não só o que a empresa é hoje, mas sim o que ela espera ser amanhã.”

Considerando Marras (2002), remuneração estratégica representa um modelo de

compensação, permitindo que os funcionários da empresa por um motivo ou outro, procurem

se destacar dos demais em determinado período. Pontanto, pode-se implantar um sistema de

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remuneração estratégica que considere todo o contexto da organização, estrutura, políticas,

crenças e valores.

Nascimento (2006) destaca que para se construir um sistema de remuneração

estratégica é necessária a participação de vários grupos de poder, que para definir os

principais pontos deve-se alinhar aos objetivos estratégicos da empresa, como:

Melhoria do desempenho: identificar e comunicar o desempenho que pretende

recompensar;

Valor da recompensa: identificar e comunicar as diretrizes relacionadas ao valor de

recompensa, incluindo o aspecto objetivo (monetário) e o aspecto simbólico;

Reconhecimento: definir o tempo entre o cumprimento dos objetivos e o

reconhecimento;

Estabelecimento de metas: garantir que as metas sejam estabelecidas de forma

negociada e transparente;

Desenvolvimento: definir como prioridade o desenvolvimento das habilidades e

conhecimentos individuais e grupais;

Atração e retenção: definir e divulgar a orientação da empresa sobre o tipo de

profissional que deseja atrair e as diretrizes relacionadas à remuneração total que

pretende aplicar.

A remuneração estratégica pode ser considerada como um laço que liga a nova

realidade das organizações com os indivíduos. Esse laço se constrói considerando todo o

contexto organizacional, levando em conta as grandes categorias que dão forma ao conteúdo

da empresa: a estratégia, a estrutura e o estilo gerencial, não focando somente na visão atual

da empresa e sim na visão futura dela.

Na visão de Hanashiro et al (2007, p. 178), “o sistema estratégico de recompensas

sustenta-se na capacidade de agregar valor aos quatro stakeholders: o empregado, a

organização, o cliente e o acionista.”

As empresas estão passando por uma fase de transformação necessária para a revisão

da forma de remunerar, buscando valorizar seu capital humano e continuar competindo no

mercado globalizado. Ainda na visão de Marras (2002) as empresas passem a aderir a uma

modalidade de remuneração estratégica, buscando alavancar seus resultados a curto, médio e

longo prazo, focando aumentar o nível de produtividade e competitividade.

Ainda pode ser considerada a remuneração estratégica como uma combinação

equilibrada de diversas formas de remunerar, levando em consideração o contexto

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organizacional: a estratégia, a estrutura, o estilo gerencial, a visão de futuro da empresa, os

indivíduos e as características, buscando envolver os conhecimentos, habilidades,

competências, atitudes e desempenho dos colaboradores.

Pontes (2007 apud FRANZONI et al 2009, p.165) define a remuneração estratégica

como sendo o uso de várias formas de remunerar, estimulando os profissionais a trabalharem

em prol dos objetivos da organização, para estabelecer uma relação de parceria das pessoas

com as estratégias da organização.

Ainda considerando o mesmo autor, a remuneração estratégica se apresenta como uma

alternativa às organizações que desejam incrementar a sua competitividade e elevar a

valorização do capital humano. Sua implantação depende da cultura organizacional, que é um

elemento crucial na definição da forma de remunerar.

Ainda na visão do mesmo autor nas culturas mais hierarquizadas cabem formas de

remuneração mais tradicionais, com ênfase na parte fixa da remuneração, porque o valor do

cargo prevalece. Já nas culturas mais flexíveis e inovadoras cabem os novos formatos de

remuneração, sendo necessário o estímulo aos profissionais para o alcance dos objetivos

voltados ao desenvolvimento, buscando o uso da criatividade e para a eminência do

conhecimento, fator esse preponderante à competitividade organizacional.

É importante que as empresas conheçam os diversos componentes da remuneração

estratégica, para que possam vir a adotar o mais adequado com a sua realidade.

2.6.2 Componentes da Remuneração Estratégica

As estratégias de remuneração são as diferentes modalidades disponíveis que a

empresa pode utilizar para compensar o empregado pelo trabalho realizado. (HANASHIRO et

al, 2007).

A implantação da remuneração em uma empresa não é tarefa fácil. Além de quebrar o

paradigma da remuneração tradicional, é necessário que se considerem alguns aspectos

essenciais. Devido à necessidade das organizações encontrarem a melhor maneira de

remunerar seus funcionários, são destacadas várias formas de remuneração estratégica

classificadas em oito grupos distintos como demonstradas na figura nº03.

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Considerando a Visão dos autores Wood e Picarelli (2004) as formas básicas de um

sistema de remuneração estratégica são classificadas em oito grandes grupos demonstrados no

quadro de nº00.

Quadro nº03: Componente de um Sistema de Remuneração EstratégicaFonte: Wood, Jr e Picarelli, Filho (2004, p. 93)

Esse quadro apresenta os componentes de um sistema de remuneração estratégica que

são adotados pelas empresas, desde que sejam adequados com a estrutura e estilo gerencial.

Como enfatiza Marras (2002, p. 170):

Atualmente as organizações tendem a praticar alguma modalidade de remuneração estratégica como forma de alavancar os seus resultados de curto, médio e longo prazo. Elas partem do princípio que, por meio desses sistemas de remuneração, conseguem energizar a organização ao ponto de oferecer o plus necessário à obtenção de um nível de produtividade e competitividade exigidas pelo atual contexto globalizado dos negócios.

Concordando e complementado o autor acima citado enfatiza o autor Pontes (2007

apud FRANZONI et al 2009) que a literatura indica os componentes usuais do processo de

remuneração estratégica, como:

o Remuneração Fixa: remuneração funcional, remuneração por habilidades,

remuneração por competências, salário indireto, benefícios, previdência

complementar.

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o Remuneração por Desempenho: remuneração variável, bônus, comissão,

prêmios, sugestões premiadas, participação acionária e participação nos lucros

e resultados (PLR).

Cada um desses componentes é tratado individualmente para a melhor compreensão

da remuneração estratégica.

2.6.2.1 Remuneração funcional

Considerando Lacombe (2005), o foco deste tipo de remuneração é o cargo e não a

pessoa, independentemente do desempenho. Esse tipo de remuneração é a tradicional,

orientada pelo cargo e pelo mercado, envolvendo o plano de cargos e salários mais utilizados

em empresas com culturas hierárquicas.

A remuneração funcional, ou também conhecida como remuneração por cargo, é a

forma mais tradicional utilizada pelas empresas para recompensar seus funcionários por seu

trabalho, representando ainda hoje a âncora, ou seja, a maior parcela do mix total de

remuneração (WOOD E PICARELLI, 2004).

A figura nº04 apresenta elementos principais de um sistema de remuneração

funcional.

Figura 04: Componentes da remuneração funcional Fonte: Wood e Picarelli (2004)

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A estratégia da remuneração deve ser compatível com o profissional que a empresa

pretende atrair e reter, sendo necessário estabelecer em que a faixa de mercado a empresa irá

remunerar seus profissionais.

Na visão de Wood e Picarelli (2004) os componentes de um sistema de remuneração

funcional são:

Descrição de cargos: base do sistema e deve ser objetiva, clara e concisa, sem

deixar dúvidas sobre o conteúdo e as características que distinguem um cargo

de outro;

Avaliação de cargos: consiste em transformar os parâmetros qualitativos em

dados quantitativos, de tal forma que se possa estabelecer uma base única de

comparação;

Estratégia de remuneração: deve ser compatível com o perfil de profissional

que a empresa atrair e reter, necessitando estabelecer uma faixa de mercado a

qual a empresa irá remunerar sues profissionais;

Faixas salariais: é parte da administração de salários, com embasamento nas

diretrizes internas da empresa e em formações sobre as práticas remuneratórias

do mercado;

Pesquisa salarial: é um instrumento de apóio à administração de salários;

Manual de políticas: reúne as diretrizes da empresa em termos de

administração de salários, sendo o instrumento que tem como objetivo

estabelecer as regras básicas para uma administração salarial racional e

uniforme.

A remuneração funcional é determinada pela função (cargo) que a pessoa exerce na

empresa e se ajusta de acordo com o mercado. É também conhecida pela sigla de Planos de

Cargos e Salários (PCS) e é considerado o modelo mais popular em uso.

As criticas ao sistema de remuneração funcional na visão de Wood e Picarelli (2004)

são as seguintes:

o Promove um estilo burocrático de gestão;

o Reduz a amplitude de ação dos indivíduos e grupos;

o Inibe a criatividade;

o Inibe o espírito empreendedor;

o Não considera o foco nos clientes internos e externos;

o Reforça a orientação do trabalho para o superior hierárquico;

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o Não tem orientação estratégica, nem de resultados;

o Não encoraja o desenvolvimento de habilidade e conhecimentos;

o Torna as promoções excessivamente importantes;

o Incentiva o carreirismo.

As desvantagens e dificuldades apontadas podem ser contornadas com uma

abordagem moderna de remuneração funcional.

A remuneração funcional, em sua forma tradicional, representa uma maneira de pensar

a gestão de recursos humanos nas empresas, e é adequada para determinados tipos de

negócios, para certo conceito estratégico e para alguns modelos de estrutura organizacional.

2.6.2.2 Salário indireto

Wood e Picarelli (2004) denominam como salário indireto essencialmente os

benefícios oferecidos pela empresa para seus funcionários, sua importância responde por parte

importante do mix total da remuneração.

O salário indireto é norteado pelas cláusulas da convenção coletiva do trabalho e do

plano de benefícios oferecidos pela organização, incluindo férias, gratificações, gorjetas

adicionais (de periculosidade, de insalubridade, adicional noturno, adicional de tempo de

serviço, etc.) participação nos resultados e outros.

Na visão de Hanashiro et al (2007), os benefícios e serviços são chamados de

remuneração indireta, porque normalmente são concedidos como condição de emprego e não

se relacionam diretamente ao desempenho. O salário indireto compreende benefícios e outras

vantagens, sendo os benefícios flexíveis nesse caso, variando de acordo com o nível

hierárquico.

A flexibilidade dessa remuneração permite que o próprio colaborador escolha o

“pacote” de benefícios de acordo com suas necessidades e preferências, com base nas

alternativas que a empresa lhe apresenta como disponíveis. Isso faz com que a empresa invista

diretamente em benefícios que poderão proporcionar uma alocação mais racional de recursos

e um aumento de valor recebido pelo colaborador.

Como enfatiza Sena (2005), o salário é um componente do pacote de benefícios que as

organizações oferecem aos seus membros, objetivando estimular ou incentivar certos tipos de

comportamentos necessários para garantir uma produção adequada.

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64

Ainda considerando o mesmo autor o salário indireto e decorrente da convenção

coletiva do trabalho e do plano de benefícios e serviços sociais oferecidos pela organização.

2.6.2.3 Remuneração por habilidades

A remuneração por habilidades consiste em remunerar o funcionário pelo que sabe

fazer (LACOMBE, 2005). A remuneração por habilidades consiste em remunerar o

funcionário avaliando o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades adquiridas.

Concordando com o autor acima enfatiza Marras (2000) que esse é um sistema que

busca recompensar os avanços no setor cognitivo dos trabalhadores, avaliando o

desenvolvimento de conhecimentos adquiridos e de suas respectivas habilidades previamente

fixadas com metas em cada etapa do sistema.

Considerando o autor Hipólito (2001 apud FRANZONI et al 2009), habilidade é a

capacidade de fazer bem algo, de executar uma atividade ou diversas, conforme padrões

exigidos pela organização e o conhecimento posto em prática. E como enfatiza Marras (2002,

p. 172):

constitui um sistema que recompensa fundamentalmente avanços no setor cognitivo dos trabalhadores, avaliando o desenvolvimento de conhecimentos adquiridos e das respectivas habilidades ou bloco de habilidades previamente fixadas como metas em cada etapa do sistema. Na medida em que o trabalhador consegue avançar no seu nível de habilidades avança também progressivamente em termos de recompensas financeiras.

Essa formar de remunerar sai do foco voltado para o cargo ou para a função e se volta

diretamente para o individuo; portanto as habilidades passam a determinar a base da

remuneração.

Wood e Picarelli (2004), ainda concordando com o autor antes citado, colocam que o

surgimento dessa forma de remuneração é conseqüência do aumento da complexidade do

ambiente de negócios que resultou em uma série de tendências, desde a década de 90, nas

empresas:

Estruturas organizacionais com menos número de níveis hierárquicos e com

maior nível de autonomia e amplitude de responsabilidades para indivíduos e

grupos;

Valorização do trabalho em equipe;

Aumento da exigência de multifuncionalidades e visão sistêmica;

Foco no aperfeiçoamento continuo;

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65

Pressões para redução de custos.

Essas mudanças ocorrem de acordo com o reposicionamento das empresas quanto ao

fator humanos.

Como enfatiza Cardoso (2006), os sistemas de remuneração focados no individuo

apresentam-se como alternativa aos sistemas baseados no cargo, visando a superação de suas

principais desvantagens, enfraquecendo ou quebrando o paradigma do cargo e mudando o

foco para o individuo.

Esse sistema ainda é pouco praticado no mercado por estar fortemente atrelado a um

programa de treinamento e desenvolvimento de profissionais que é fundamental para esse tipo

de remuneração, exigindo investimentos consideráveis por parte da empresa (MARRAS,

2000).

A remuneração baseada em habilidades tem o seu campo de ação mais voltado para

empresas que se organizam em processos ou em agrupamentos de funções de natureza

homogênea. É utilizada também por equipes autogerenciadas que exigem flexibilidade

funcional das pessoas envolvidas, e em tais equipes todos podem fazer tudo adquirindo

habilidades que o processo exige (CHAGURI, 2000).

Esse tipo de remuneração é baseado na crença de que as pessoas cumprem papel

essencial nos resultados de uma organização e procura reconhecer o nível de capacitação dos

profissionais relacionado ao seu trabalho. Tem como objetivos na visão de Wood (2004 apud

FRANZONI et al 2009):

Remunerar segundo habilidades desenvolvidas e aplicadas no trabalho;

Alinhar a capacidade dos colaboradores às estratégias da organização;

Estimular o aprendizado contínuo;

Superar o paradigma de gestão tradicional e adequar a remuneração a um novo

contexto.

Na elaboração e implantação de um programa de remuneração estratégica por

habilidades não há um modelo único e genérico, mas esse programa deverá retratar a

realidade da organização e diferenciar-se de um sistema tradicional de remuneração, seguindo

uma abordagem diferenciada, ou seja, dinâmica visando gerar um maior desempenho por

parte do colaborador em várias funções e uma maior flexibilidade estrutural e salarial à

organização.

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66

Ainda que esse tipo de remuneração tenha um alvo direcionado a partes da

organização, apresenta-se uma série de vantagens e ganhos para as empresas, que podem ser

classificas em dois grupos como mostra o quadro nº 08.

Vantagens do Crescimento Horizontal e VerticalVantagens do Crescimento Horizontal Vantagens do Crescimento Vertical

Flexibilidade: as multifuncionalidades facilitam a mão-de-obra. Ex: preenchimento de postos de trabalho de funcionários ausentes, cobertura de férias e transferências.

Adaptabilidade: uma mão-de-obra mais qualificada responde com mais rapidez a mudança nos processos e equipamentos.

Rotatividade e absenteísmo: evidências empíricas indicam redução desses índices.

Visão sistêmica: funcionários adquirem visão mais geral da empresa, facilitando a solução de problema e melhorando os processos decisórios.

Inovação: uma visão mais ampla também incentiva a busca de melhorias e inovações.

Comprometimento: o nível de comprometimento entre colaboradores e empresa aumenta pela sua maior compreensão.

Autogestão: aumenta a capacidade de autocontrole e autogestão dos indivíduos e grupos.

Cultura participativa: é favorecida em função da maior capacitação do funcionário.

Quadro 08: Vantagens do crescimento horizontal e verticalFonte: Wood e Picarelli (2004, p. 68)

Como mostra o quadro nº 08 o primeiro grupo relaciona-se ao crescimento horizontal

e inclui ganhos diretos, resultantes do esforço de capacitação e do aumento das habilidades

técnicas adquiridas. O segundo grupo reporta-se a ganhos relacionados ao chamado

crescimento vertical dos funcionários, que está vinculado às atitudes e às habilidades de

gestão.

Uma das preocupações da organização inerente a implantação de um sistema de

remuneração por habilidades é o impacto que essa remuneração trará ao desempenho da

empresa, como apresenta a figura nº 05: um balanço considerando os investimentos realizados

e os ganhos esperados.

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67

Figura 05: Investimentos e ganhosFonte: Wood e Picarelli (2004, p. 68)

O pressuposto adotado é que a soma dos ganhos representados pela maior eficácia

organizacional supera os demais ganhos e investimentos em maior capacitação e elevação dos

salários individuais.

2.6.2.4 Remuneração por competências

Na visão de Lacombe (2005), a remuneração por competências incide em remunerar

as pessoas de acordo com seus conhecimentos, qualidades pessoais e interpessoais. Esse

sistema de remuneração passou a ser utilizado mais nas áreas de maior crescimento e

competitividade como no setor de serviços na economia, aumento de demanda de

profissionais qualificados, necessidade de conhecimento intensivo nas empresas em geral,

implantação de sistemas mais flexíveis e a redução de estruturas mais hierárquicas e rígidas.

Como enfatiza o autor Dessler (2003 apud FRANZONI et al 2009), competência é o

conjunto de características demonstráveis do profissional, incluindo conhecimento,

habilidades e comportamentos que permitam o desempenho. Está diretamente relacionada à

capacidade de transferências de conhecimentos, e a compreensão prática das situações,

apoiada em conhecimentos adquiridos e transformando-os frente a diversidade de situações.

INVESTIMENTOS GANHOS

Custo adicional do aumento dos salários individuais

Custo adicional de treinamento e desenvolvimento

Ganhos com eficiência, eficácia, qualidade e produtividade

Ganhos com racionalização da mão-de-obra

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Ainda considerando o mesmo autor, a remuneração por competências é uma forma de

avaliar mais amplamente as pessoas e todo o potencial que elas possuem nos âmbitos técnicos

e humanos.

O diferencial entre a remuneração por habilidades e a por competências é que,

enquanto a remuneração por habilidades é geralmente aplicada aos demais níveis da

organização, o sistema de remuneração por competências é mais aplicada aos funcionários

que exercem os papéis de liderança na organização.

Como argumentam Wood e Picarelli (2004, p. 70) “O aumento do interesse pela

remuneração por competências é fruto da convergência de vários fatores.

O crescimento do setor de serviços na economia, acompanhado por uma forte

demanda por profissionais mais qualificados;

A ascensão das empresas de conhecimento intensivo, principalmente em

setores de alta tecnologia;

A reestruturação de empresas, com a substituição da estruturas hierárquicas

rígidas por sistemas mais flexíveis;

A experiência acumulada coma implantação de sistemas de remuneração por

habilidades em áreas técnicas e operacionais;

A popularidade do conceito de competências.

Esse forma de remunerar, como enfatiza o autor Wood (2004 apud FRANZONI et al

2009), é adequada às organizações que atuam em ambientes de alta competitividade, cuja

capacidade de inovação é um fator essencial para o sucesso.

Na visão de Cardoso (2006, p. 15), os sistemas de remuneração que tomam como base

um conjunto de competências de domínio do indivíduo e de como ele se aplica na realização

de suas tarefas, que são denominadas como sistema de remuneração por competência, o

conceito desse sistema de remuneração é ainda um objeto de divergência quando o fato de sua

definição, e pode ser considerado ainda como um conceito em desenvolvimento.

Concordando com o autor citado, enfatiza Wood e Picarelli (2004) que a implantação

de um sistema de remuneração por competências cujo principal fator crítico de sucesso é a

definição dos aspectos que irão compor esse sistema; e o alinhamento com as estratégias da

empresa, o próprio conceito de competência não está completamente consolidado.

Levando em consideração a visão do autor Chaguri (2000, p.87) pode-se definir a

remuneração por competências como a equação do produto em três partes: saber fazer x

querer fazer x poder fazer.

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Saber fazer: são os conhecimentos e habilidades aprendidos e os quais são necessários

para realizar um trabalho ou solucionar um problema.

Querer fazer: são as iniciativas pessoais e a vontade de realizar um trabalho ou estudar

uma solução.

Poder fazer: complementa a equação, pois não adianta querer e saber fazer se não há

recursos ou liberdade para agir.

Considerando o autor Wood (2004 apud FRANZONI et al 2009, p. 169) as

competências são classificas em:

Genéricas: aquelas, julgadas pela organização, necessárias a todos os seus

profissionais figurando como condições básicas para a consecução dos

objetivos;

Por nível hierárquico ou espaço ocupacional: direcionam os profissionais de

um mesmo nível hierárquico ou espaço no desenvolvimento de atividades

semelhantes em termos de complexidade e responsabilidades;

Técnicas ou específicas: aplicadas na função ou cargo em que o profissional

atua, direcionando-o a executar as habilidades e conhecimentos para alcançar

resultados táticos e operacionais;

Gerenciais: direcionam os gestores para a gestão eficiente e eficaz dos recursos

pelos quais são responsáveis e refletem diretamente a estratégia e os objetivos

da empresa.

Ainda considerando a visão do mesmo autor há quatro passos para a identificação de

competências:

Levantar a visão do futuro, missão e direcionamento estratégico da

organização;

Identificar as competências essenciais;

Desdobrar as competências essenciais em competências genéricas, pelas quais

os profissionais serão capacitados e remunerados;

Desdobrar as competências essenciais em competências específicas

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Figura 06: Identificação de competênciasFonte: Wood e Picarelli (2004, p. 75)

É importante o alinhamento das competências as estratégias da organização com foco

em todo o trabalho desenvolvido no processo de identificação das competências.

2.6.2.5 Previdência complementar

No dizer sempre expressivo dos autores Wood e Picarelli (2004), o aumento da prática

de consentimento dessa forma de remuneração relaciona-se diretamente com a disseminação

dos sistemas de previdência privada. Esse componente complementar de remuneração tem

atraído a atenção de empresários e executivos, podendo vir a contribuir para a valorização do

compromisso ao longo prazo entre empresa e funcionário.

A previdência complementar é reconhecida como alternativa à previdência social

(INSS), o que é conhecido como um fundo de investimento a longo prazo, onde se entrega

mensalmente um determinado valor a uma empresa seguradora para que aplique em ativos

financeiros e imóveis. Tem como objetivo que os recursos depositados formem uma poupança

que garantirá uma renda complementar à aposentadoria paga pela previdência pública.

VISÃO DO FUTURO MISSÃO DA EMPRESA

DIRECIONAMENTO ESTRATÉGICO

Competências essenciais do

negócio

Competências genéricas

Competências específicas

* Análise dos processos

*Experiência de outras empresas*Lista de competências

Com

petê

ncia

s pe

ssoa

is

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71

Considerando a visão de Wood e Picarelli (2004, p 96), os planos de previdência

complementar apresentam uma série de vantagens para a empresa e para os funcionários. As

mais relevantes são apresentadas no quadro de nº09.

Plano de previdência ComplementarPara a empresa Para os funcionários

Atração de talentos; Melhoria das relações na empresa; Estímulo a produtividade; Renovação do quadro de pessoal; Redução de custo com encargos e salários; Redução da carga tributária

Melhor qualidade de vida após a aposentadoria;

Redução da carga tributária; Acesso facilitado a financiamento e

empréstimos; Acesso a seguro de vida em grupo; Acesso a convênios; Defesa contra adversidades em qualquer

momento.Quadro 09: Vantagens dos planos de previdência complementarFonte: Wood e Picarelli (2004, p. 96)

Complementando o quadro nº07 e considerando a visão do autor Wood (2004 apud

FRANZONI et al 2009) a previdência complementar está ligada à disseminação da

previdência privada das organizações, complementando a remuneração especialmente de

gerentes e contribuindo significativamente para a valorização do compromisso a longo prazo

entre organização e profissional.

2.6.2.6 Remuneração variável

Hanashiro et al (2007) enfatiza que a remuneração variável vem ganhando uma

expressiva notoriedade nas empresas que compartilham com os funcionários os riscos e

sucessos da organização. As estratégias de remuneração variável podem ser categorizadas

como individual, grupal, corporativa, de curto e longo prazo.

Na percepção dos autores Wood e Picarelli (2004), a remuneração variável é vinculada

a metas de desempenho dos indivíduos, das equipes ou da organização. Incluem formas de

remuneração variável de curto prazo, como as comissões, a participação nos lucros e

resultados, e de longo prazo, como bônus executivo.

Esse tipo de remuneração se altera em função dos resultados alcançados, considerada

móvel ou variável, normalmente atrelada ao desenvolvimento do profissional, decorrente

disso se dá a sua nomenclatura de remuneração variável, pois varia conforme o período. Essa

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remuneração é vinculada a metas de desempenho dos colaboradores, equipes, ou organização

(PONTES, 2007 apud FRANZONI et al 2009).

Considerando ainda o mesmo autor, essa forma inclui componentes de curto prazo,

como bônus, comissão, prêmios, participação nos lucros e resultados e de longo prazo, como

participação acionária, bônus executivo e outros. Considerando Souza (2005 apud

FRANZONI et al 2009) a remuneração variável tem por objetivos:

Manter a cultura participativa e comunicar valores da organização;

Reforçar processos de qualidade;

Vincular diretamente a remuneração aos resultados almejados e variá-la, para

aumentar os ganhos dos profissionais;

Motivar os profissionais a se sentirem parceiros do negócio;

Integrar esforços individuais, de equipes e de áreas para a realização dos

objetivos;

Melhorar a competitividade da remuneração da empresa.

Bônus: são valores pagos periodicamente em função do resultado obtido, tomando-se

como base um plano de resultados a titulo de premio ou pagamento pelo alcance ou superação

desses resultados, estimulando a eficácia no processo de vendas.

Comissão: é um percentual sobre o volume de vendas, normalmente praticada na área

comercial da empresa. É associada a alguns indicadores qualitativos de venda como fidelidade

do cliente, novos clientes, lucratividade e está sujeita a todos os encargos trabalhistas, como o

salário.

Prêmios: têm como finalidade a intenção de melhorar certos processos

organizacionais, aplicados na área de produção, de vendas ou mesmo premiar o melhor

funcionário. Podem ser pagos em dinheiro, bens ou serviço, atuando como incentivos.

Participação nos lucros e resultados: é a distribuição de uma parcela do lucro obtido

em certo período de acordo com critérios pré-estabelecidos.

É necessário se ter cuidado com a remuneração variável, porque a mesma deve ser de

fato variável e não incorporada ao salário (LACOMBE, 2005).

Considerando a visão de Moreira (2005), a remuneração variável tem como objetivo

proporcionar a mudança tão almejada de padrão de consumo, dando acesso a coisas antes nem

sonhadas, impossíveis de acesso com o padrão salarial tradicional. Essa remuneração se

estrutura de forma a manter essa ilusão, definindo-se como algo adicional a remuneração do

individuo.

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Ainda pode ser considerada a remuneração variável como uma alternativa para o

tradicional modelo de remuneração fixa, entendido como o processo pelos quais os

trabalhadores são remunerado por meio de uma quantia fixa advinda da estrutura salarial da

organização ou relacionado geralmente ao desempenho individual do trabalhador, ou de sua

equipe de trabalho considerando-se o desempenho da empresa como um todo (LOPES e

NETO, 2008).

Essa forma de remuneração tem sido utilizada há décadas. Alguns exemplos clássicos

de uso são as comissões e as bonificações para as equipes de vendas. A adoção recente de tal

forma de remuneração ganhou grande impulso uma vez que estimula a capacidade de apoia e

reforçar algumas práticas emergentes como: participação, envolvimento, orientação para

resultados e trabalho em grupo (WOOD e PICARELLI, 2004).

Ainda considerando os mesmos autores existem várias formas de remuneração

variável com objetivos comuns, que podem ser desdobrados em quatro formas:

Primeiro: vincular o desempenho e a recompensa de forma a motivar o

individuo ou o grupo as buscar melhorias continuas;

Segundo: partilhar os bons e maus resultados da empresa;

Terceiro: transformar o custo fixo em custo variável;

Quarto: comprometer todas as áreas e processos da organização com os

resultados esperados.

Considerando a visão de Souza (2005 apud FRANZONI et al 2009), que a

remuneração variável possibilita a recompensa do esforço pelo objetivo comum, o

alinhamento das recompensas à estratégia, o estímulo do trabalho em equipe e o incentivo ao

desempenho dos indivíduos.

Concordando com o autor citado acima e enfatizando, Pontes (2007 apud FRANZONI

et al 2009) afirma que a remuneração variável interligada a objetivos da organização e é a

principal modalidade da remuneração estratégica, incentivando uma recompensa recíproca

organizacional

O quadro nº10 mostra vantagens e fatores condicionantes da remuneração variável.

Fatores Condicionantes da Remuneração Variável

Vantagens Fatores Condicionantes

Reforça cultura participativa trabalho em

grupo;

Melhor coordenação do trabalho;

Estruturas organizacionais pequenas (células,

mini-fabricas, etc.) para que o vinculo entre

ação e resultado seja claro;

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(Continuando)Fatores Condicionantes da Remuneração Variável

Vantagens Fatores Condicionantes

Leva a uma visão mais abrangente do

negócio e dos sistemas;

Leva a uma ênfase na melhoria da qualidade

e redução de custos;

Incentiva a busca de inovação de produtos,

processos e gestão;

Reduz resistência a mudança;

Aumenta a pressão dos funcionários por

sistemas de gestão mais eficaz.

Sistemas de medição simples, transparentes e

eficazes.

Atitude gerencial favorável à participação e

ao trabalho em grupo;

Grupos maduros e capacitados;

Objetivos factíveis;

Cultura e sistemas que permitam aos

funcionários participação da gestão.

Quadro 10: Vantagens e fatores condicionantes da remuneração variável.Fonte: Wood e Picarelli (2004, p. 103)

Considerando o quadro nº10 e como ressalta Souza (2005 apud FRANZONI et al

2009) o desenvolvimento e a implantação de um sistema de remuneração variável adequado

requer;

Definição do objetivo;

Entendimento do contexto da organização, envolvendo as variáveis

estratégicas, organizacionais e externas;

Estabelecimento de características específicas do programa como o tipo de

desempenho que se pretende recompensar, como será avaliado e remunerado.

2.6.2.7 Participação acionária

É vinculada aos objetivos de lucratividade da empresa e utilizada para reforçar o

compromisso de longo prazo entre empresa e colaboradores (WOOD e PICARELLI, 2004).

Esse modelo de remuneração é aplicado aos níveis estratégicos da organização (cúpula

da empresa, gerentes, diretores, presidentes) e esse consiste em remunerar conforme os

resultados conseguidos por meio de uma concessão de ações da empresa, tronando-os sócios

da mesma.

O autor Lacombe (2005), ressalta que esse sistema de remuneração dá resultados

melhores quando as cotações da ação da empresa estão subindo, já quando estão caindo o

incentivo praticamente desaparece. Ainda o autor enfatiza que transformar o pessoal que

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trabalha na empresa em acionistas, traz grandes vantagens em termos de resultado para a

empresa.

Considerando ainda a visão de Wood e Picarelli (2004), a participação acionária é um

dos mais complexos componentes do sistema de remuneração estratégica, por motivos de

dificuldades operacionais causados pelas implicações com a legislação trabalhista e a

regulamentação do mercado, tendo como dificuldade a distância entre a forma de remunerar e

a percepção dos benefícios.

A participação acionária é uma forma complexa e sofisticada de remuneração, mas se

bem projetada pode gerar benefícios para a empresa e para seus funcionários a médio e longo

prazo.

Ainda sob a visão do mesmo autor, a complexidade do plano de participação acionária

torna a concepção e implementação cuidadosa do projeto em condição essencial para seu

sucesso. Algumas expectativas e condicionantes desse tipo de plano são:

Maior alinhamento entre os interesses do colaborador participante, acionistas

majoritários e da organização.

Fortalecimento do senso de identidade dos colaboradores. Sendo proprietário

de ações, o funcionário tende a ter mais interesse pelos resultados da empresa,

sua gestão e seu futuro.

Aumento do comprometimento do funcionário da empresa, dando ao

colaborador o sentimento de pertencer a um grupo destacado.

A questão desse componente de remuneração estratégica não é a questão de como

evitar problemas, mas sim reconhecer a existência de riscos como apresenta o quadro nº11.

Ganhos e Riscos de um plano de Participação AcionáriaGanhos Riscos

Aumento de comprometimento via co-proprietário;

Incentivo e comportamentos proativos e ações de melhoria;

Estimulo à colaboração e esforços coletivos coordenados;

Estimulo a ações individuais voltadas para o aumento do valor dos negócios.

Mudanças na legislação trabalhista e na regulamentação do mercado financeiro;

Distribuição mal dimensionada de ações pode reduzir seu valor unitário e prejudicar acionistas;

Desvalorização das ações pode descaracterizar o sistema de recompensa;

Programas focados em grupos específicos podem levar a conflitos entre grupos participantes e não participantes.

Quadro 11: Ganhos e riscos de um plano de participação acionáriaFonte: Wood e Picarelli (2004, p. 115)

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Considerando o quadro nº11 a participação acionária é uma forma de incentivo de

longo prazo, direcionada em especial para cargos de gestão, com a participação dos

colaboradores da empresa no seu capital, seja ele fechado ou aberto, decorrente da facilidade

de acesso e de negociação de ações. Essa sociedade torna uma função de todos na busca da

harmonia entre as equipes, a ênfase na qualidade, a gestão de custos e desperdícios, a

satisfação do cliente e o lucro (PONTES, 2007 apud FRANZONI et al 2009).

2.6.2.8 Alternativas criativas

São formas de incentivo e reconhecimento como prêmios e gratificações que fazem

parte de um programa direcionado para os colaboradores. Considerando a visão da autora

Villar (2003) que algumas empresas procuram gratificar seus colaboradores por um

desempenho excepcional, recompensando um comportamento passado visando e incentivando

a futura excelência no desempenho do mesmo.

Essa maneira de remunerar promove um vinculo imediato entre o fato gerador e o

reconhecimento. O reconhecimento atribuido ao funcionário, feedback e orientação são muito

importantes, porque existe uma ligação grande entre a motivação, a recompensa e o

desempenho . A questão da motivação é importante para o sistema de remuneração estratégica

pelo vinculo entre motivação, desempenho e recompensa.

Considerando o autor Minamide (2008 apud VELOSO et al 2008, p.5), alternativas

criativas são maneiras de remuneração que promovem um vínculo imediato entre o fato

gerador e o reconhecimento, sendo o reconhecimento um feedback e orientação muito

importantes por existir uma forte ligação entre a motivação, recompensa e desempenho.

São conhecidos quatro tipos diferentes de reconhecimento: social (carta de

reconhecimento, jantares de comemoração, agradecimento publico e outros.), simbólico

(passagens de avião, convites para teatro e outros.), relacionado ao trabalho (promoção,

participação em projetos especiais e outros.) e o financeiro (bônus, ações da empresa, prêmios

especiais e outros).

Diversos autores concordam que a adoção de vários sistemas de remuneração

estratégica dentro de um sistema de recompensa, aliados ao objetivo estratégico da empresa, é

o que apresenta melhor resultado (WOOD JÚNIOR; PICARELLI FILHO, 1999;

SHERMERHON JÚNIOR, HUNT; OSBORN, 1999; ROBBINS, 2002 apud VILLAR, 2003).

O sistema de remunerações criativas inclui prêmios, gratificações e outras formas

especiais de reconhecimento, essas formas têm sido utilizado com grande freqüência como

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um apoio ao esforço de construir um ambiente organizacional caracterizado pela convergência

de esforços e energias voltadas para o atendimento dos objetivos estratégicos impostos pela

organização (WOOD e PICARELLI, 2004).

As formas de remuneração apresentadas perdem sua força quando são implantadas

isoladamente, principalmente em empresas de conhecimento intensivo, nas quais a

importância dos recursos humanos é significativamente maior que em outros tipos de

empresas.

2.6.3 Objetivos da Remuneração Estratégica

A gestão de recompensas no sentido de remuneração tem objetivos definidos para que

se garanta sua efetividade como um instrumento de gestão:

Manter a eqüidade dos salários dos empregados;

Atrair e manter os melhores talentos necessários à organização;

Recompensar o desempenho passado dos funcionários;

Vincular o futuro desempenho dos funcionários às metas da organização;

Estimular os comportamentos para a realização das metas;

Veicular os valores da organização;

Ser um instrumento de gestão do desempenho, vinculando estratégias à

remuneração, com vistas ao desenvolvimento dos funcionários (HANASHIRO

et al,2007).

Considerando a visão de Wood e Picarelli (2004, p. 131) as vantagens do processo de

desenvolver e implantar um sistema de remuneração estratégica são as seguintes:

Primeiro, é a apresentação da metodologia de forma estruturada a qual facilita

a compreensão, por todos os envolvidos, do que se pretende fazer;

Segundo, a representação do processo em um diagrama proporcionando uma

visão geral para quem for implementá-lo.

Terceiro, torna a complexidade inteligível;

Quarta, possibilita a própria flexibilização e adaptação do processo.

A vantagem principal desta forma de construção é garantir que o sistema seja o mais

adequado não somente visando a organização de hoje, mas também para a organização de

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amanhã. Como apresentado no quadro nº12 às categorias de pressupostos na remuneração

estratégica.

Categorias de PressupostosCategoria de Pressupostos Definição

Base na remuneraçãoDefinição como a empresa valoriza as competências e habilidades relacionadas às diversas funções.

Salário indireto Definir quais benefícios serão concedidos e os critérios de opção para os funcionários, se houver.

Remuneração vinculada ao desempenho Definir em que nível (individual, equipe ou misto) e como o desempenho será analisado.

Posicionamento em relação ao mercadoDefinir objetivamente o mercado de referência (região, setor industrial, etc.) a forma de comparação e as diretrizes da empresa.

Comparações internas Definir os princípios de comparabilidade entre funções similares dentro da empresa.

ComunicaçãoDefinir o grau de acesso às informações relacionadas a salários e aos canais de encaminhamento de comentários, dúvidas e reclamações.

Quadro 12: Categorias de pressupostos.Fonte: Wood e Picarelli (2004, p. 135)

Como mostra o quando nº12 e na visão da autora Franzoni (2009 p. 155), “a

remuneração é um dos fatores essenciais à produtividade e à eficácia das organizações, pois

age na satisfação das necessidades humanas”. Proporciona ao individuo, ou seja, colaborador

segurança e estimulo e à organização produtos, serviços, qualificação, competências e

conhecimento.

Enfatizando ainda os autores Wood e Picarelli (2004 apud VELOSO 2008), as

empresas necessitam adotar um sistema de remuneração que ofereça valor agregados aos

colaboradores, compreendido por variáveis, ações da empresa, planos de aposentadoria e

alternativas criativas, uma remuneração que considera as habilidades, competências e

desempenho profissional.

Ainda visando o mesmo autor citado, o mesmo enfatiza que para que a política de

sistema de remuneração estratégica possa ser implantada de forma eficiente e eficaz, é

necessária ser realista e de acordo com o mercado; ser objetiva, ter critérios claros e ser

baseadas em parâmetros que possam influenciar os seus colaboradores; ter metas claras e

critérios transparentes e conhecidos.

Para que o ato de remunerar estrategicamente seja correto faz-se necessário se analisar

os cargos e salários dos trabalhadores da empresa.

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2.7 Descrição e análise de cargos e salários

A função de analisar os cargos e elaborar um sistema de remuneração adequado às

características da empresa, levando em consideração o mercado de trabalho cabe ao

profissional de recursos humanos. Para que se possa verificar as faixas salariais, é mister a

descrição, análise e classificação dos cargos conforme a hierarquia da empresa.

Levando em consideração o autor Chiavenato (2004, apud FIDELIS e BANOV, 2007,

p. 118) a análise de cargos comporta:

Os fatores de avaliação levam em consideração:

Requisitos mentais: escolaridade, experiência, iniciativa, complexidade, criatividade,

julgamento, capacidade de análise, etc.

Requisitos físicos: habilidade manual, esforço físico, concentração, estresse, etc.

Responsabilidade: por pessoas, por dinheiro, por materiais, por produtos, por valores,

por dados confidenciais, etc.

Condições de trabalho: riscos, monotonia, ambiente de trabalho, etc.

Determinação dos pesos de cada fator e tratamento estatístico: cada fator terá

um determinado peso. Para isso é necessário que uma pessoa especializada em análise de

cargos e salários o faça.

Atualmente existem recursos como softwares, por meio dos quais o peso é atribuído

por cada fator estabelecido pelo tratamento estratégico, correlacionando com os dados

externos e determinando os salários a serem pagos e as respectivas faixas salariais adequadas

a realidade da organização.

Determinação das faixas salariais, que são categorias ou disposição de salários

em ordem crescente que servem para:

Critérios de contratação em experiência inicial;

Critérios para promoções;

Enquadramentos conforme as similaridades entre cargos;

Desenvolvimento de carreira.

Para que se possa determinar as faixas salariais é necessário considerar como fator

crítico do sucesso de qualquer política de salários a média salarial praticada no mercado, no

respectivo ramo da atividade da empresa, mediante pesquisa que apoiará o processo decisório

quanto às faixas adequadas no determinado momento (FIDELIS E BANOV, 2007).

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Considerando a visão do autor Pontes (2005 p. 45) “função é a tarefa atribuída a cada

individuo na organização, implicando a existência de tantas funções quanto for o número de

colaboradores. E cargo é agregado à função substancialmente exigida, o que nos leva a

considerar que numa empresa existe um número muito menor de cargos em relação ao

número de funções.”

A análise de cargos é uma função que exige uma grande demanda de tempo e

dedicação, e constituir-se das seguintes fases:

Fases da análise de cargosColeta de dados Escolha da técnica de coleta de dados;

Coleta de dados.

Definição e especificação de cargos

Junção das funções de mesma natureza e especificações para formação dos cargos;

Redação da descrição dos cargos; Redação da especificação dos cargos; Classificação dos cargos conforme grupos

ocupacionais as organização; Catálogo de cargos.

Quadro nº13: Fases da análise de cargosFonte: Pontes (2005, p. 50)

Na visão do autor Gil (2001, p. 175), “a análise e descrição dos cargos podem ser

concebidas como o ponto de partida para o tratamento da maioria dos problemas no campo de

recursos humanos”.

A descrição de cargos e salários consiste em determinar, mediante observação e

estudo, os fatos ou elementos que compõem a natureza de um cargo e o torna diferente dos

demais cargos existentes na organização (OLIVEIRA, 2007).

As descrições de cargos variam em sua configuração de uma organização para outra,

dependendo do modelo que for adotado. Em geral, as descrições contêm como o mínimo, a

identificação dos cargos, um sumário das funções e uma descrição mais detalhada das funções

(PASCHOAL, 2001).

Ainda considerando o mesmo autor, o processo de elaborar descrições de cargos não é

muito simples, exige muito raciocínio e, sobretudo método. Logo, uma boa descrição é a base

para uma correta avaliação do cargo e outros usos, portanto é importante considerar as

seguintes recomendações:

1. Procurar descrever de maneira simples, sem formalismo exagerado e,

sobretudo, sem enfeitar.

2. Usar terminologia apropriada ao nível de cargo. Palavras compostas em cargos

simples podem levar a uma visão distorcida do cargo.

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3. Suprimir toda expressão vaga; ela só ocupa espaço e não contribui para nada.

4. Dizer o necessário e não mais o que é necessário. Tudo que puder se eliminado

sem prejudicar a clareza dever ser retirado sem hesitação.

5. A descrição deve dar a impressão de algo completo e concluído. Tudo que é

importante para o cargo deve constar.

6. A descrição deve ser especifica e circunstanciada para ser entendida por

pessoas não familiarizadas com o cargo.

7. Siglas, termos técnicos e termos estrangeiros devem ser evitados, a menos que

sejam de domínio público.

8. A especificação dos contatos, complexidades, condições de trabalho e outros

aspectos considerados na avaliação do cargo não devem repetir os enunciados

usados no manual de avaliação, sob pena de não esclarecer e ainda induzir os

avaliadores.

9. Finalmente, o cargo deve ser visto como um fato organizacional independe das

pessoas.

Para que se possa descrever um cargo, fica claro que deve-se levar em conta as

diversas funções abrangentes, incluindo as exigências básicas para ocupá-lo. É preciso,

portanto, destacar a amportância do treinamento para a análise de cargos e salários.

2.7.1 Treinamento e Desenvolvimento

As práticas de treinamento e desenvolvimento buscam o desenvolvimento e maior

desempenho por parte dos funcionários. Observe-se que a palavra treinamento tem vários

significados, podendo ser entendida como um meio de desenvolver a força de trabalho, ou

como um meio para um adequado desempenho no cargo, ou ainda, ser um nivelamento

intelectual por meio da educação geral (CHIAVENATO, 2007).

Considerando o mesmo autor, referente ao conceito de desenvolvimento apresenta

dois focos: a educação e treinamento. O treinamento representa o preparo da pessoa para o

cargo que irá exercer, já a educação é o preparo da pessoa para os ambientes internos e

externos do seu trabalho.

Concordando com o autor, e ainda argumentando, o autor Marras (2000) destaca o

treinamento como um processo de assimilação cultural em curto prazo, objetivando repassar

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ou reciclar conhecimento, habilidades e atitudes relacionadas diretamente com a execução de

tarefas.

O processo de desenvolvimento nas organizações tem aumentado muito nos últimos

anos, devido aos avanços tecnológicos e a grande competitividade, vem obrigando cada vez

mais as organizações a treinar e desenvolver seus recursos humanos.

O desenvolvimento organizacional tem por objetivo integrar o desenvolvimento

individual, grupal e empresarial.

Considerando o autor Chiavenato (2007), a educação profissional não tem fronteiras

perfeitamente definidas, fazendo com que às vezes um esforço educacional possa ser dirigido

para a formação ou para o desenvolvimento ou ainda para o treinamento do funcionário, como

apresenta no quadro nº14.

Tipo de Educação Profissional Escopo Objetivo

Extensão de Tempo Características

FormaçãoPrepara e forma a pessoa para exercício de profissão no mercado de trabalho

Amplos e mediatos

Longo prazoQualidade para futura profissão. Dada nas escolas e mesmo dentro de organizações

Desenvolvimento

Amplia e aperfeiçoa a pessoa para crescimento profissional na carreira na organização

Menos Amplos

Médio prazoProporciona conhecimento e prepara para funções complexas. Dado em organizações

Treinamento

Prepara a pessoa para ocupar determinado cargo na organização

Restritos e imediatos

Curto prazoFornece o essencial para o cargo atual. Dado nas organizações ou em empresas especializadas

Quadro nº14: Formação, desenvolvimento e treinamento como forma de educação profissionalFonte: Chiavenato (2007, p. 30)

Com esse embasamento, o treinamento e o desenvolvimento não devem ser

confundidos com uma simples questão de realizar cursos e proporcionar informações, mas

sim, preparar o funcionário para possíveis mudanças que podem ocorrer nas organizações,

com um novo sistema de remuneração que poderá mudar todo o comportamento

organizacional.

2.8 Diagnóstico em Recursos Humanos

O mundo na atualidade se encontra em constante desenvolvimento. No momento em

que se fala em remuneração dentro da empresas, não se deve ater somente em pagar o salário

mensal aos colaboradores em relação aos serviços prestados. A organização necessita ir além,

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procurando um sistema de remuneração estratégica que deve ir ao encontro dos objetivos,

metas e prioridades da empresa, portanto é necessário e importante que antes se implantar

qualquer sistema, fazer-se um diagnóstico na empresa.

Levando em consideração os autores Lacombe e Heilborn (2003, p. 168), “fazer um

diagnóstico empresarial é examinar a situação de uma empresa e determinar seus pontos

fortes e fracos em relação à sua organização”. O diagnóstico deve dar origem a metas para

eliminar os pontos fracos e aproveitar as oportunidades resultantes dos pontos fortes.

Portanto, o ponto de partida do diagnóstico é a realidade e os fatos. Na visão de

Celinski (1994, p 16) “diagnóstico é o conhecimento analítico da natureza e das

circunstâncias do estudo ou situação da administração de recursos humanos, ou parte dela

[...]”.

Utilizando como base a bibliografia para a fundamentação do presente estudo, foi

possível perceber que a remuneração é considerada um dos maiores desafios para a gestão das

pessoas na organização. Esse tema não pode ser tratado de forma isolada. è preciso se levar

em consideração a história da administração, a qual identifica a melhor forma de se

administrar a empresa e seus colaboradores.

Dessa forma é necessário buscar a excelência em toda a empresa, primordialmente na

administração dos recursos humanos, atendo-se em especial à maneira de recompensar os

colaboradores, tornando-se premente adotar métodos de remuneração estratégicas

incentivadoras na busca de maior capacitação e motivação.

Por desse motivo é necessário a atuação de um líder que compreenda o

comportamento dos colaboradores, e que tenha a capacidade de influenciá-los para a obtenção

dos resultados.

No desenvolvimento de um processo de remuneração estratégica, a escolha das formas

adequadas de remuneração é um do passos mais importantes. Tal escolha representa a decisão

que orientará todo o desenvolvimento operacional do gerenciamento de recompensas. Por

esse motivo é indispensável levar em consideração toda a estrutura e o estilo gerencial da

empresa.

É importante destacar que é necessário investigar o clima organizacional,

identificando os pontos fortes e fracos antes da implantação de um sistema de remuneração

estratégica, buscando identificar a percepção dos colaboradores sobre o novo sistema de

remuneração.

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Outro fator indispensável na implantação de um sistema de remuneração estratégica é

considerar a cultura da empresa, porque as crenças, valores, são fatores determinantes para o

alcance dos resultados esperados.

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3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Este capitulo apresenta o resultado realizado na empresa IMT Comercio de

Combustíveis Ltda com o objetivo de detectar os aspectos que deverão ser considerados para

adoção de um sistema alternativo de remuneração estratégica, com destaque para a

caracterização da empresa, enfatizando a visão, missão, valores, estrutura organizacional,

ramo de atividade, produtos, clientes, fornecedores e concorrentes, bem como a

responsabilidade social da empresa e o resultado relacionado aos objetivos específicos.

3.1 Histórico da empresa (Caracterização da organização)

Este item apresenta as características da empresa embasadas em informações extraídas

do site da mesma (http://www.paradaferretti.com.br).

A empresa IMT Comercio de Combustíveis Ltda foi fundada em 10 de maio de 2004,

na Cidade de Barra Velha, situada no litoral norte de Santa Catarina, pelo senhor Oilton José

Ferretti, um pesquisador das potencialidades das madeiras nativas descartadas pela indústria

da região, que foi o mentor do projeto de construção da Parada Ferretti onde a IMT Comércio

de Combustíveis Ltda (Posto Tio Ugo) está inserida.

O projeto da Parada Ferretti teve início no ano de 1996, com o garimpo dos troncos de

madeira descartados (das lavouras e construção civil). Devido seu baixo valor comercial

foram utilizados para a construção do empreendimento. No ano de 2002, como mostra a

figura n°07, começa a construção que reunia além do posto de combustíveis também uma

galeria de serviços e atrações culturais e ambientais.

Figura nº07: Construção da IMT Comércio de Combustíveis LtdaFonte: www.paradaferretti.com.br

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Considerando a visão do mentor do projeto, Oilton José Ferreti e como visualizado na

figura nº07: “Os trocos que medem de 18 a 25 metros de comprimento exigiam grande

investimento, principalmente em tempo para escavar, transportar e prepará-los para sua

colocação na estrutura.”

No ano de inauguração da Parada Ferretti, a empresa IMT Comércio de Combustíveis

Ltda ainda não fazia parte do complexo. Somente a partir de 01 de outubro de 2006, após uma

negociação entre os proprietários da Ferretti e Ferretti Ltda, como antes era denominada a

organização, e os proprietários do já existente Posto Tio Ugo (IMT Comercio de

Combustíveis Ltda) é que ocorreu a parceria.

A partir dessa data, a IMT Comercio de Combustíveis Ltda inicia seus trabalhos,

anexa à Parada Ferretti, situada na BR 101, km 92, marginal leste, bairro de Itajuba. A

empresa tem o logotipo apresentado a seguir:

Figura 08: Logotipo da IMT Comércio de Combustíveis LtdaFonte: Dados da empresa

O logotipo da empresa representa os serviços prestados ilustrados pela bomba de

combustível; traz o nome fantasia, seguido de uma frase e um representativo de um coração

que demonstra a satisfação e a paixão da empresa pelo que faz.

Assim como o restante do complexo, o posto também segue uma linha arquitetônica

única. Para a construção foram pesquisadas mais de 400 edificações, situadas na mesma

categoria temática em que se encontra a Parada Ferretti, de Minas Gerais até o sul do Brasil,

buscando atender da melhor forma possível as necessidades dos consumidores.

O posto de combustíveis foi o primeiro dessa categoria, ecologicamente correto, no

Brasil a receber o Selo Verde. O certificado atesta que o estabelecimento está de acordo com a

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legislação ambiental e que não causa nenhum impacto direto ao meio ambiente como

apresenta a figura nº 09.

Figura nº09: Selo VerdeFonte: www.paradaferretti.com.br

A marca selo verde é dedicada às empresas que cumprem todas as exigências impostas

pelo “Estatuto do Selo Verde para Proteção do Meio Ambiente”, considerados

estabelecimentos ecologicamente corretos. Este atestado é fornecido pela IMAMB – Instituto

de Monitoramento Ambiental da cidade de Curitiba – PR.

No início de novembro de 2007 o posto passou a contar com mais um diferencial de

atendimento ao consumidor, oferecendo também o Gás Natural Veicular (GNV), além do

serviço de troca de óleo e lavação. Em breve serão implantadas borracharia e lojas voltadas

para a comercialização de acessórios de veículos.

O posto também conta com uma ampla conveniência que trabalha com mais de 800

tipos de produtos e uma diversificação que pode atender aos mais diversos tipos de

consumidores, desde produtos de soja e sem glúten até os produtos de maior consumo no

mercado como refrigerante, chocolates, balas, chicletes, biscoitos, picolé, sorvetes, suco,

salgadinhos, entre outros. Comercialização de diversas marcas de vinhos e espumantes, além

de todos os acessórios destinados a carros, como filtros, palhetas, óleo, perfumes internos

automotivos, e entre outros produtos voltados para manutenção, também é um diferencial.

Os benefícios que a empresa oferece aos seus consumidores são os produtos de

qualidade, deixando sempre em destaque mostruários com as especificações dos produtos

ofertados, fazendo teste de qualidade e trabalhando com transparência para que seu cliente

saiba o que está consumindo.

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O posto conta com a participação de 17 colaboradores, divididos em dois turnos de

trabalho: um iniciando das 5:45 às 14:00 e o outro turno iniciando das 14:00 às 22:15.

Trabalha com formas de pagamento a vista, nos cartões de debito e credito.

A figura nº10 abaixo ilustra uma inovação idealizadas pelo mentor da construção

Parada Ferretti. Por sua vez a empresa IMT Comércio de Combustíveis Ltda (Posto Tio Ugo)

aderiu à forma de pensar de Oilton José Ferreti para que, em conjunto, pudessem trabalhar em

favor do meio ambiente sem deixar de prestar serviços à comunidade.

Figura 10: Complexo Parada FerrettiFonte: www.paradaferretti.com.br

Como pode ser visualizado na figura 10 o complexo Parada Ferretti atualmente é

conhecido como uma das únicas empresas cem por cento ambientalista, sendo que nem a

própria estrutura é prejudicial e nem poluidora do meio ambiente, considerando a IMAMB. A

Parada Ferretti recebe em média 40 mil visitantes por mês.

No mês de outubro do ano de 2009, a empresa IMT Comércio de Combustíveis Ltda

concorrendo com todos os postos de revenda de combustíveis localizados no Brasil, foi

premida em São Paulo, pelo SINCOPETRO, BRASCOMBUSTÍVEIS e pela revista PONTO

DE OBSERVAÇÃO recebendo o primeiro lugar de posto mais bonito na categoria posto

temático, como apresenta a figura nº11.

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Quadro nº11: Estrutura da empresa e troféu de 1º lugar como posto mais bonitoFonte: Dados da empresa

Esse prêmio foi decorrente da avaliação de sua estrutura diferenciada, cem por cento

ambientalmente correta, sendo analisado também no contexto desse concurso, o uniforme dos

funcionários, a forma de atendimento, a dinâmica utilizada pela empresa e outras fatores que

possibilitaram a empresa IMT Comércio de Combustíveis Ltda o titulo de o POSTO

TEMÁTICO MAIS BONITO DO BRASIL.

3.1.1 Missão, visão e valores

Toda a empresa constitui-se de determinados princípios interligados e dependentes

entre si que norteiam as estratégias e objetivos e que permitam a concretização de seus

negócios.

A missão é o motivo de sua existência como ressalta Oliveira (2007), é a resposta de o

porquê da existência da empresa referente ao mercado a ser atendido.

A missão da empresa objeto do estudo é: “Ser uma empresa prestadora de serviço de

qualidade reconhecida por nossos clientes como uma empresa que tem olhos no futuro,

buscando o bem estar e a satisfação de nossos consumidores”.

Quanto à visão, é por meio da qual é definido o objetivo de futuro, como enfatiza

Oliveira (2007) que: a visão é onde a empresa almeja chegar a longo prazo, tornando-se

fundamental para o planejamento estratégico.

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A empresa objeto de estudo tem como visão ser uma empresa exemplo, como

prestadora de serviço, levando sempre como prioridade o bem-estar do consumidor, visando à

satisfação e a comodidade dos mesmos.

Já os valores são as competências que devem estar presentes. Neste sentido, Oliveira

(2007) conceitua valores como a forma de conduta de uma empresa, de como ela irá se portar

no mercado.

A IMT Comércio de Combustíveis Ltda considera seus, os valores os que regem as

relações entre seus funcionários e clientes.

a) quanto a resultados:

o Comprometimento;

o Preservação do patrimônio;

o Atualização tecnológica.

b) quanto a colaboradores:

o Desenvolvimento;

o Trabalho em equipe;

o Transparência;

o Criatividade e capacidade de aprender;

o Disposição para mudanças;

o Espírito empreendedor;

o Saúde;

o Segurança no trabalho;

o Confiança em si, nos outros e na organização.

c) quanto a clientes:

o Orientada para o cliente;

o Fornecedor confiável.

d) quanto à comunidade:

o Preservação do meio ambiente;

o Preservação da imagem da empresa;

o Respeito.

A IMT Comércio de Combustíveis Ltda busca fidelizar os clientes com preocupação

social e investimentos permanentes na proteção do meio ambiente.

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3.1.2 Estrutura organizacional

Com relação à estrutura organizacional é responsável por projetar produtos e metas

organizacionais e assegurar que os indivíduos se ajustem às exigências da organização e

estabelecer hierarquias.

Figura 12: Estrutura organizacional da IMT Comércio de Combustíveis LtdaFontes: Dados secundários (documentos da empresa)

Dentre os tipos de estruturas existentes, com base na figura ilustrada acima e nas

afirmações do autor Cury (2005), pode-se definir a estrutura organizacional da IMT Comércio

de Combustíveis Ltda como linear ou militar, que é representada por uma pirâmide em que

há predominância de uma unidade de comando e o princípio de escalonamento hierárquico,

onde as ordens seguem por esta via hierárquica e cada função recebe ordens de um só chefe.

3.1.3 Ramo de atuação

A IMT Comércio de Combustíveis Ltda é um comércio de revenda de combustíveis e

demais serviço como troca de óleo, lavação e outros. O seu enfoque é direcionado para a

comercialização de combustíveis automotivos voltado somente para veículos de pequeno

porte.

GerenteGeral

Gerente de Loja

Gerente dePista

Operadores de Caixa

Frentista

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Na atualidade, as empresas de comercialização de combustíveis não se atem mais

somente a essa forma de prestação de serviços; tem se mostrado as mais variadas formas as

quais se destacam a diversidade de produtos e serviços por meio de instalações de lojas de

conveniências, de casas lotéricas, terminais eletrônicos 24 horas e outros.

A IMT Comércio de Combustíveis Ltda está se adequando a tal forma de prestação de

serviços com uma loja de conveniência equipada para atender as mais diversas exigências dos

seus potenciais consumidores, expandindo também a diversidade de serviços prestados aos

mesmos.

Esse ramo de comércio movimenta no ano cerca de R$ 100 bilhões e emprega cerca de

330 mil pessoas. Diante de um mercado cada vez mais competitivo, os postos de combustíveis

não devem apenas prezar pela qualidade de produtos e serviços. Para sua sobrevivência e

evolução necessitam ser competitivos, isto é, devem ser produtivos e apresentar maiores

vantagens aos clientes em relação aos seus concorrentes, a procura pelo menor

custo/beneficio, sem prejudicar a qualidade de produtos e serviços. Atualmente esses fatores

tornaram-se o principal objetivo para o mercado e o divisor de águas entre obter o sucesso, ou

o conformismo do fracasso.

3.1.4 Principais produtos

O portfólio da empresa IMT Comércio de Combustíveis Ltda pode é apresentado de

vários segmentos. Na parte do posto pode-se contar com diversos tipos diferenciados de

combustíveis, como Gasolina Comum, Gasolina Aditivada, Álcool Comum, Diesel Aditivado

e o Gás Natural Veicular.

Figura 13: Demonstrativos dos tipos de combustíveis oferecidosFontes: Dados secundários

Na figura nº13 apresenta os indicadores dos condutíveis oferecidos na empresa. A

empresa trabalha também com os mais diversos tipos de óleo para o motor, palhetas, filtros do

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óleo e do ar, diversos tipos de aromatizantes internos para carros, e alguns acessórios para

automóveis. A empresa também trabalha com lavação em geral.

Figura 14: Expositor de óleo lubrificante da empresaFonte: Fotografado pelo acadêmico

A figura nº14 apresenta parte do acervo de lubrificantes que a empresa oferece.

A empresa conta também com uma diversificada conveniência com os mais variados

tipos de produtos, os mais casuais como refrigerantes, chocolates, balas, chicletes, água,

soverte, picolé, salgadinhos, biscoitos, sucos, salgados, mates, cervejas, café e outros produtos

diferenciados como produtos de soja e sem glúten.

Figura nº15: Produtos oferecidos pela conveniência da empresaFonte: Fotografado pelo acadêmico

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A figura de nº15 apresenta o diferenciado portfólio de produtos que a empresa oferece

para seus consumidores. Trabalha com produtos de higiene pessoal como creme dental,

shampoo, cremes para pele, perfumes pessoais, sabonetes, lenços de papel, fralda, aparelhos

de barbear, escovas dentais, fio dental, entre outros. E com uma grande diversidade de vinho

das mais diversas marcas e espumantes importados.

Figura 16: Portfólio dos vinho e espumantes que a empresa ofereceFonte: Fotografado pelo acadêmico

Na figura nº16, pode-se conhecer um pouco mais do portfólio dos vinhos e

espumantes oferecidos pela empresa. Há também no seu portfólio os mais diversos tipos de

produtos artesanais da região como cachaças artesanais, pimentas artesanais, doces artesanais

e também com produtos multimídias como CDs e DVDs, e com artigos de leitura como

revistas e livros.

Atendendo ao crescimento do mercado de produtos petrolíferos, mantêm uma gerência

específica servir seus clientes em potencial.

3.1.5 Clientes

Os clientes em potencial da IMT Comércio de Combustíveis Ltda são os profissionais

liberais, famílias e demais clientes que viajam a trabalho ou passam pela BR 101, sentido

Florianópolis – Curitiba, e também podem ser considerados os clientes das cidades próximas,

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muitos dos quais utilizam automóveis movidos por GNV, sendo o posto de localização mais

próxima destas, que fornece esse tipo de combustível.

3.1.6 Fornecedores

A empresa na sua fundação trabalhou com a marca da distribuidora de combustíveis

Polipetro, originária do estado de Santa Catarina. Por uma negociação no final do ano de

2008, a empresa Polipetro foi arrendada pela grande empresa originário do estado de São

Paulo conhecida como distribuidora de petróleo AleSat.

Figura 17: Logotipo da PolipetroFonte: Dados secundários (documentos da empresa)

A figura nº17 é o logotipo da primeira distribuidora de combustível a fornecer o

produto à empresa IMT Comércio de Combustíveis Ltda.

Figura 18: Logotipo da AleSatFonte: Dados secundários (documentos da empresa)

A figura de nº18 é o logotipo da atual distribuídora de combustível que fornece o

produto para que a empresa IMT Comércio de Combustíveis Ltda possa revender a seus

consumidores, prezando pela qualidade e transparência para com seus clientes.

E em relação a loja de conveniência, conta com diversos fornecedores como:

Arcom S/A.

Distribuidora Muller Comercio e Representações Ltda

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Pepsico do Brasil Ltda

Chocolates Garoto S/A.

Logística Distribuidora Ltda

Lubriláges Comercio de Lubrificantes Ltda

Leão Junior S/A.

Nestlé Brasil Ltda

Bebidas Príncipe Ltda

Souza Cruz S/A.

Vonpar Refrescos S/A.

3.1.7 Concorrentes

Os principais concorrentes são os demais postos de combustíveis situados às margens

da BR 101 de Itajaí – Barra Velha, concentrando-se nessa região cerca de 8 postos de

combustíveis, com as mais diversas bandeiras representantes de revenda de combustíveis e

dois em potencial que são além da IMT Comércio de Combustíveis Ltda, fornecedores do

GNV (Gás Natural Veicular).

3.2 Resultado da Pesquisa

Esse item apresenta o resultado da pesquisa realizada, com a finalidade de elaborar um

sistema alternativo de remuneração para a empresa objeto de estudo.

3.2.1 Diagnóstico do Sistema Atual de Remuneração da Empresa

Para verificar o sistema atual de recompensa adotada pela empresa na remuneração de

seus funcionários, realizou-se uma entrevista semi-estruturada com a dirigente.

O resultado da pesquisa realizada pode ser visualizado nos quadros de nº15 a 23 a

seguir.

No quadro de nº15 é apresentado o resultado da pesquisa com relação a comunicações

internas da empresa.

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Comunicações InternasQuestões Respostas da Empresa

Que critérios são adotados para orientar os funcionários em relação as suas atribuições e responsabilidades? De que modo eles podem questioná-las?

Os funcionários recebem orientações em relação as suas atribuições e responsabilidades no momento de sua contratação. Essa orientação é dada por meio de conversa com os gerentes, no momento em que tiverem qualquer dúvida.

De que forma a empresa informa para os funcionários como devem se comportar dentro do ambiente de trabalho?

A empresa orienta os funcionários de como devem se portar na abordagem do cliente, em relação à atenção para suas tarefas, sobre a higiene pessoal dos próprios funcionários, educação e respeito para com todos.

Quadro nº15: Comunicações Internas na visão do GestorFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com o gestor da empresa

No quadro de nº15 pode se observar que a comunicação interna da empresa é realizada

de uma forma simples: os funcionários são orientados em relação as suas atribuições e

responsabilidades no momento da contratação.

Cabe destacar que a empresa costuma orientar os funcionários em relação ao

atendimento que prestam, a higiene pessoal e ao respeito mútuo. Essa orientação é fornecida

pelos gestores responsáveis no momento de contratação dos funcionários e no decorrer do seu

tempo no serviço, objetivando a melhoria e o aperfeiçoamento no exercício das funções.

Como já colocado por Fidelis e Banov (2007) nesse trabalho, o clima organizacional

reflete como as pessoas interagem com as outras, com os clientes e fornecedores, internos e

externos, bem como o grau de satisfação com o contexto que os cerca tornar o ambiente de

trabalho mais agradável motivando a execução das tarefas.

No quadro de nº16 apresenta as respostas da empresa relacionadas à política de

remuneração.

Política de RemuneraçãoQuestões Respostas da Empresa

Qual é a política salarial da empresa?

A empresa segue a política salarial estabelecida pelo sindicato de comércios petrolíferos, acrescido de uma gratificação em relação ao trabalho desempenhado e ao pagamento de horas extras se houver.

Como o sindicato dos trabalhadores influência no salário dos funcionários da empresa?

O sindicato influência no salário dos funcionários todo ano, quando são feitos os reajustes salariais. A empresa segue o sindicato para efetuar a remuneração de seus funcionários.

De que maneira a empresa reconhece o trabalho bem feito pelos funcionários?

A empresa tem a prática de reconhecer um trabalho bem feito por meio de elogios e gratificações.

Qual o indicador se utiliza para verificar se a remuneração oferecida para os funcionários é justa em relação ao trabalho que executam?

O principal indicador de que a remuneração dos funcionários é justa é o sindicato, onde é estabelecido o salário base para cada cargo e função. E há uma avaliação diária em relação ao desempenho dos funcionários.

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(Continuando)

Politica de RemuneraçãoQuestões Respostas da Empresa

Que critério a empresa utiliza para comparar o salário pago aos funcionários ao de outras pessoas que executam tarefas semelhantes em empresas do mesmo ramo?

A empresa obedece a critérios próprios “não mencionados na entrevista”, respeitando as normas sindicais. A empresa não busca comparar sua forma de remunerar.

A empresa pode ser considerada competitiva na forma de remuneração no mercado de trabalho?

A empresa em questão no seu ramo de atuação e na região na qual está localizada pode ser considerada sim competitiva em relação à remuneração dos funcionários.

Quadro nº16: Administração de Cargos e Salário na visão do GestorFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com o gestor da empresa

Em relação à política salarial a empresa segue o estabelecido pelo sindicato dos

comércios petrolíferos, aderindo a uma gratificação, quando ocorrer desempenho exemplar e

o pagamento das devidas horas extras realizadas pelos funcionários.

A participação do sindicato na formação salarial do funcionário ocorre nos reajustes

anuais, sendo também o fornecedor do salário base. Os funcionários também passam por uma

avaliação diária em relação ao cumprimento de suas tarefas para concessão da gratificação.

Observa-se também que a empresa conta com duas formas de gratificação e valoração

em relação ao cumprimento exemplar de suas tarefas com a prática reconhecer um trabalho

bem feito por meio de elogios e gratificações salariais.

A empresa não busca comparar a forma de remunerar seus funcionários, porque utiliza

“critérios próprios” em relação a isso. Seria positiva a comparação da forma de remunerar os

funcionários com empresas do mesmo ramo localizadas na mesma região, utilizando-a como

um marketing favorável para a mesma.

A empresa se considera competitiva na sua forma de remuneração no mercado de

trabalho. Como já citado nesse trabalho, Hanashiro et al (2007): a remuneração é um

investimento que a empresa faz com objetivo de recompensar os profissionais por terem

alcançado os objetivos.

O quadro nº17 apresentado a seguir, ainda complementa a forma de remunerar da

empresa. Agora, as respostas da entrevista são em relação a benefícios.

BeneficiosQuestões Respostas da empresa

A empresa oferece algum tipo de benefícios para os funcionários?

A empresa no momento oferece o seguro de vida e as gratificações em forma monetária, quando o funcionário cumpre com suas obrigações de forma exemplar, sendo assim merecedor de benefícios.

(Continua)

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(Continuando)Benefícios

Questões Resposta da Empresa

Qual o objetivo da empresa em oferecer benefícios aos funcionários?

O objetivo da empresa em oferecer benefícios aos funcionários em primeira instância é como um complemento em sua remuneração, com isso a empresa busca a satisfação em trabalhar, a motivação, o interesse, a qualificação e retenção de mão de obra qualificada, minimizando a alta taxa de rotatividade.

Como a empresa percebe que os benefícios atendem as necessidades dos funcionários?

A empresa acredita que os benefícios oferecidos até o momento atendem a algumas necessidades, mas percebe que há uma necessidade de implantação de uma nova forma de beneficiar seus funcionários.

Há possibilidades de oferecer outros tipos de benefícios aos funcionários? Quais?

A empresa argumenta que este disposta a implantar mais um benefício na forma de remunerar seus funcionários. Ela cita alguns possíveis benefícios que possam ser oferecidos: 1º Cesta-básica, 2º Seguro de vida, 3º Plano de saúde, 4º Vale transporte, 5º Auxilio doença, 6º Bolsa de estudos, 7º Materiais didáticos “livros”. Sendo necessário fazer a escolha de qual mais satisfaz os mesmos.

Quadro nº17: Administração de Cargos e Salários/Benefícios na visão do GestorFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com o gestor da empresa

O quadro de nº17 apresenta que os benefícios oferecidos pela empresa são seguro de

vida e gratificações de forma monetária para os funcionários que executam suas tarefas de

uma forma exemplar.

O objetivo da empresa com os benefícios é motivar, gerar interesse, satisfação,

qualificação, atração e retenção de uma mão-de-obra qualificada, ainda, um complemento

para remuneração oferecida. Como já citado no contexto desse trabalho, Lacombe (2006)

enfatiza que as empresas que oferecem benefícios espontâneos tendem a aumentar a

competitividade com relação ao mercado de trabalho atraindo e retendo pessoal de melhor

nível e mais qualificado.

A empresa ainda acredita que os benefícios oferecidos até o momento atendem a

necessidade que os funcionários apresentam, mas percebe que deve implantar um novo

sistema justificando o estudo.

A entrevistada argumenta que a empresa pretende implantar uma forma de

remuneração estratégica, utilizando-se de benefícios como a cesta básica, plano de saúde, vale

transporte, auxílio doença, bolsa de estudo e materiais didáticos.

Já no quadro nº18 são apresentados informações em relação ao treinamento e

desenvolvimento oferecido pela empresa.

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Treinamento e DesenvolvimentoQuestões Respostas da Empresa

Como é feito o treinamento do pessoal? Existe um programa de treinamento?

A empresa treina seus funcionários no momento da contratação e no decorrer da experiência, esse treinamento é feito por funcionários com mais tempo de empresa, os quais já sabem os procedimentos e as funções que cada um deverá executar. A empresa não conta com um programa de treinamento.

Que tipo de treinamento a empresa oferece aos funcionários?

A empresa trabalha com a orientação direta de atendimento ao público e com instruções em respeito às normas de segurança estabelecidas pela empresa.

Como é feito o levantamento das necessidades de treinamento da empresa?

A empresa não faz nenhum tipo de levantamento em relação à necessidade de treinamento dos funcionários, mas sempre que houver necessidade faz contato direto com o funcionário instruindo de como se portar e executar suas tarefas da melhor forma.

Quadro nº18: Treinamento e Desenvolvimento na visão do GestorFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com o gestor da empresa

Como apresentado no quadro com relação ao treinamento e desenvolvimento a

empresa treina seus funcionários no momento em que os contrata e no decorrer da experiência

equivalente há 90 dias.

Esse treinamento é oferecido por profissionais da área, que têm mais tempo de

empresa e maior conhecimento em relação aos procedimentos e atribuições que cada

funcionário deve ter e cumprir, não contando com nenhum programa de treinamento.

Como enfatiza os autores Milkovich e Boudreau (2000), que o treinamento precisa ser

estruturado de maneira eficaz para que os treinados se sintam motivados a aprender mais.

Portanto, é um aspecto que merece atenção da empresa.

Mesmo o treinamento sendo transmitido de forma verbal, há uma necessidade de

avaliação de desempenho, objetivando analisar se essa forma de treinamento está sendo

produtiva com relação ao objetivo proposto.

A empresa não tem hábito de fazer levantamentos em relação ao treinamento dos

funcionários, por não ter programa sistematizado, ocorrendo de modo informal o treinamento

dos mesmos.

Em relação ao quadro de nº19, identifica-se a percepção da empresa com respeito às

práticas de higiene e segurança no trabalho.

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Higiene e Seguranaça no TrabalhoQuestões Respostas da Empresa

Quais as práticas de higiene e segurança no trabalho que a empresa possui?

A empresa segue todas as normas de trabalho da ANP, INMETRO, FATMA, IBAMA e outras. Os funcionários são orientados na utilização dos uniformes, sapatos antiderrapantes e luvas. É obrigatória a utilização dos uniformes sempre limpos e higienizados. Com relação ao manuseio de produtos químicos são orientados na utilização de luvas e máscaras.

Quadro nº19: Higiene e Segurança no Trabalho na visão do GestorFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com o gestor da empresa.

A empresa com relação à higiene e segurança no trabalho ressalta que está praticando

todas as leis estabelecidas pelos órgãos responsáveis, em relação à higiene FATMA e

IBAMA, e em relação à segurança no trabalho ANP e INMETRO.

Todos os funcionários utilizam uniformes e sapatos antiderrapantes. E no manuseio de

produtos químicos, no caso o combustível, há a utilização de luvas e máscaras. O uniforme é

composto por boné, camisetas, calça ou calção, sapato e casaco e é utilizado por todos os

funcionários.

O quadro de nº20 apresenta a percepção da empresa sobre o processo de recrutamento

e seleção utilizada na empresa.

Recrutamento e SeleçãoQuestão Resposta da Empresa

Como é feito o recrutamento e seleção do pessoal? Quais as fontes usadas para o recrutamento?

A empresa trabalha com a forma de recrutar e selecionar currículos, aplicar entrevista com a pessoa selecionada e informações de trabalhos anteriores dos candidatos ao cargo.

Quais são as causas de absenteísmo na empresa? E da rotatividade em geral?

A empresa não soube explicar qual seria o motivo dessa taxa de rotatividade e do absenteísmo que ocorre na região, como citado pelo gestor que “todas as empresas da região sentem essa alta taxa de rotatividade e absenteísmo em relação a seus funcionários”.

Quadro nº20: Recrutamento e Seleção na visão do GestorFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com o gestor da empresa

Com relação a recrutamento e seleção de funcionários, há inicialmente seleção de

currículos, em seguida são feitas entrevistas com as pessoas selecionadas, mostrando-se qual

será o cargo de atuação e funções. Também é realizado um teste com relação as aptidões e

então são coletadas informações em empregos anteriores dos candidatos ao cargo.

Com relação à alta taxa de rotatividade e absenteísmo que oscila entre 20% e 25% a

empresa não soube informar quais são os motivos, tendo observado que acontece em todas as

empresas localizadas nessa região. Podendo estar relacionado ao baixo interesse dos

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funcionários em relação ao seu crescimento pessoal e profissional e por ser uma cidade

localizada no litoral, permitindo um vasto mercado de lazer que contribui no absenteísmo

vivenciado pela empresa. Portando o sistema de remuneração que está sendo adotado com

este estudo é uma estratégia para reter mão-de-obra qualificada.

No quadro nº21 a seguir é apresentado o ponto de vista do gestor com relação à

avaliação de desempenho dos trabalhadores.

Avaliação de DesempenhoQuestão Respostas da Empresa

Como a empresa avalia o desempenho dos funcionários?

A empresa avalia o desempenho dos funcionários observando a dedicação, entusiasmo e o empenho dos funcionários no cumprimento de suas tarefas.

Como a empresa vê a relação entre funcionários? Eles se ajudam mutuamente?

A empresa não vê uma ajuda mutua entre os funcionários, somente com muita cobrança e exigência da empresa.

Quadro nº21: Avaliação de Desempenho na visão do GestorFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com o gestor da empresa

Como política de avaliação, a gestora da empresa observa a dedicação, entusiasmo e o

empenho dos funcionários com relação a execução das tarefas. A forma com que os

funcionários desempenham as tarefas demonstra como se sentem com relação à mesma,

possibilitando a avaliação de desempenho.

Na opinião da gestora, a empresa não percebe que há ajuda mutua entre os

funcionários, havendo somente com muita cobrança e exigência por parte dos lideres. Fato

pode ser justificado pela falta de motivação e liderança entre os funcionários, sendo um ponto

que necessita atenção. Considerando o autor Griffin e Moorhead (2007), a motivação é

considerada um conjunto de forças que levam as pessoas a se comportar de determinada

maneira.

No quadro nº22 são relacionados os pontos fortes das quais a empresa usufrui.

Pontos FortesQuestão Respostas da Empresa

Quais são os pontos fortes da empresa?

Estrutura constituída de troncos de madeira; Portfólio de produtos oferecidos; Qualidade nos produtos; Atendimento; Acessibilidade e localização; Higiene do ambiente.

Quadro nº22: Pontos Fortes na visão do GestorFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com o gestor da empresa

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Considerando as respostas da entrevistada a empresa possui diferencial com relação a

seus concorrentes, como a qualidade nos produtos, o atendimento, a estrutura diferencial, a

acessibilidade, a localização, a higiene e o portfólio com uma extensa gama dos mais diversos

produtos.

Esses fatores positivos agregam valores para empresa na atração de clientes

potenciais, e por conseqüência, na manutenção de funcionários mais qualificados. Esses são

considerados os pontos fortes na percepção da gestora e que dependem também dos

funcionários para serem potencializados.

Com relação ao quadro nº23 relacionam-se os pontos fracos da empresa.

Pontos FracosQuestões Resposta da Empresa

Quais são os pontos fracos da empresa? Preço final dos produtos; Alta taxa de rotatividade dos funcionários.

Quadro nº23: Pontos Fracos na visão do GestorFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com o gestor da empresa

Em relação aos pontos fracos da empresa, são direcionados aos preços de venda

praticados. A dirigente alega o fato de ter que manter uma estrutura de nível ecológico e com

alto custo de manutenção exige um investimento alto mensal, resultando em acréscimo no

preço de venda dos produtos. Esse fator dificulta a pratica de venda dos funcionários, muitas

vezes não os motivando a oferecer o produto aos clientes.

Já relacionado à rotatividade de funcionários a empresa está buscando formas de

manter profissionais competentes e motivados para exercer suas tarefas, fato que justifica a

realização do presente estudo.

O resultado da pesquisa aponta que a base do salário dos funcionários é estabelecida

pelo sindicato responsável, complementada por benefícios e gratificações.

A empresa ainda pretende implantar novas formas de recompensas para aumentar a

motivação e reduzir a taxa de rotatividade existente.

Observa-se também que ocorre uma falha em relação à forma de treinamento, não

existindo nenhum programa sistematizado para treinar os funcionários,

Relacionados aos pontos fortes, a empresa mantêm uma forte influência no mercado

de trabalho, com objetivos fixos, e apresentando vários pontos favoráveis. Já relacionados aos

pontos fracos, a empresa se depara com problemas relacionados aos preços de venda

praticados e a alta rotatividade dos funcionários.

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3.2.2 Perfil dos Funcionários

Com o objetivo de identificar o perfil dos funcionários aplicou-se um questionário

com questões relacionadas a dados pessoais, educação, trabalho, habitação, lazer e social para

subsidiar futuras tomadas de decisões da empresa considerando o autor (LUZ, 2003).

A identificação do perfil dos funcionários poderá permitir a organização direcionar

ações com base nos resultados obtidos da pesquisa, com finalidade de buscar indicadores que

permitam as ações sugeridas.

As respostas são apresentadas nos quadros de números 24 a 33.

O quadro de nº24 apresenta os dados pessoais dos funcionários participantes da

pesquisa.

Dados PessoaisSexo

Respostas FreqüênciaMasculino 09Feminino 04

Faixa EtáriaRespostas Freqüência

16 a 20 anos 0221 a 25 anos 0526 a 30 anos 0331 anos ou mais 03

Estado CivilRespostas Freqüência

Solteiro 03Casado 04Desquitado 00Amasiado 06

Quadro nº24: Dados PessoaisFonte: Dados obtidos por meio do questionário aplicado com os funcionários da empresa

Como apresenta o quadro de nº24 percebe-se que a maioria dos funcionários é do sexo

masculino em virtude da natureza do trabalho, por necessidade de força muscular na área de

maior movimentação da empresa.

Com relação à faixa etária percebe-se maior concentração de funcionários entre 21 e

25 anos, mas também são oferecidas oportunidades para pessoas já com experiências,

caracterizando uma integração de geração.

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E em relação ao estado civil, quase 50% dos funcionários está amasiado, sendo os

outros 50% divididos entre solteiros e casados, gerando um equilíbrio.

No quadro de nº25 a seguir pode se observar o nível de escolaridade dos funcionários.

EducaçãoQual é a sua escolaridade?

Respostas FreqüênciaPrimeiro grau incompleto (até a 4ª série) 02Primeiro grau completo (até a 8ª série) 02Segundo grau incompleto 03Segundo grau completo 03Superior incompleto 03

Você ainda está estudando?Respostas Freqüência

Sim 03Não 10

Por que não está estudando? (Só responderam os que a resposta anterior foi não)Respostas Freqüência

Por causa do horário de trabalho 03Por causa da minha idade 00Por causa do meu salário 00Não tenho interesse 02Outro motivo 04

Você gostaria ou pensa em voltar a estudar?Respostas Freqüência

Sim 08Não 02

Quadro nº25: EducaçãoFonte: Dados obtidos por meio do questionário aplicado com os funcionários da empresa

Como se observa no quadro nº25, a escolaridade dos funcionários é bem diversificado

atendendo à necessidade da empresa nesse quesito.

Aqueles com o superior incompleto são os que executam a parte de gerenciamento e

operação de caixa.

Em relação a estudo, somente 03 funcionários continuam freqüentando aulas; os

demais alegaram não ter disponibilidade de horários, não têm interesse e ou outros motivos.

Ao questionar se haveria interesse em voltar a freqüentar aulas 08 mostraram interesse, 02

alegaram não ter mais interesse.

O quadro nº26 mostra o resultado da pesquisa quanto à família dos funcionários.

FamiliaVocê possui filhos?

Respostas FreqüênciaSim 08Não 05

(Continua)

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(Continuando)Familia

Você possui outros dependentes?Respostas Freqüência

Sim 02Não 11

Seu conjugue (esposa ou esposo) trabalha?Respostas Freqüência

Sim 06Não 07

Quadro nº26: FamíliaFonte: Dados obtidos por meio do questionário aplicado com os funcionários da empresa

Quanto à constituição familiar, apresentada no quadro nº26, mais de 60% dos

funcionários possuem filhos. Dos 08 funcionários que responderam ter filhos todos possuem

01 filho e 02 funcionários responderam ter dependentes.

Quando questionado se seu cônjuge trabalha, as respostas foram equilibradas, metade

dos funcionários respondeu que seu cônjuge trabalha, a outra metade que não.

São apresentadas no quadro nº27 informações relacionadas com trabalho dos

participantes da pesquisa.

Perfil FuncionalTrabalho

Esse é o seu primeiro emprego?Respostas Freqüência

Sim 01Não 12

Há quanto tempo você trabalha na empresa?Respostas Freqüência

Menos de 06 meses 06De 07 a 12 meses 01De 13 a 18 meses 01De 19 a 24 meses 01De 25 a 30 meses 00Acima de 31 meses 04

Cargo AtualRespostas Freqüências

Frentista 07Operador de Caixa 02Administração 03Outros 01

Salário AtualRespostas Freqüência

01 salário mínimo 00Entre 01 e 02 salários mínimos 09Entre 02 e 03 salários mínimos 03Entre 03 e 04 salários mínimos 00Acima de 04 salários mínimos 01

(Continua)

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107

(Continuando)Perfil Funcional

Qual a renda total, mensal (aproximada) de sua família?Entre 01 e 02 salários mínimos 0702 a 03 salários mínimos 0003 e 04 salários mínimos 0104 a 05 salários mínimos 00Acima de 05 salários mínimos 05

Considera a empresa um bom lugar para trabalhar?Sim 12Não 00Não tenho opinião 01

Principais razões pela qual trabalha na empresaSalário e Trabalho que realizo 07Estabilidade no emprego 02Ambiente de trabalho e Possibilidade de treinamento 03Autonomia no trabalho e Reconhecimento 02Benefícios oferecidos e Prestigio da empresa 01Relacionamento com a chefia 04A falta de opção de emprego 00Chances de progresso profissional 07

A empresa tem uma boa imagem entre os funcionários?Sim 07Mais ou menos 06Não 00

Você considera a empresa socialmente responsável?Sim 13Não 00

Quadro nº27: Perfil FuncionalFonte: Dados obtidos por meio do questionário aplicado aos funcionários da empresa

Como se apresenta no quadro nº27, ao ser questionado se esse é o primeiro emprego a

maioria dos respondentes afirmou já ter trabalhado em outros lugares anteriormente.

Com relação ao tempo de serviço, é bastante diversificado, concentrando em base 50%

dos funcionários com menos de 06 meses de empresa, justificando a alta taxa de rotatividade

existente, sendo um ponto frágil na empresa porque, como enfatizam os autores Fidelis e

Banov (2003), a rotatividade é a alta taxa de entrada e saída de pessoas dentro da organização.

Com relação ao cargo ocupado, 07 funcionários trabalham como frentistas, sendo no

caso a área de maior concentração de atividades da empresa. Numa observação em relação ao

salário de todos os funcionários a maioria respondeu que estão entre 01 e 02 salários mínimos.

Referente à renda total da família, apesar da maioria está entre 01 e 02 salários mínimo 05

funcionários tem uma renda superior a 05 salários mínimos.

Quando questionados se consideram a empresa um lugar bom para se trabalhar,

aproximadamente 95% responderam que sim, que a empresa é um local bom para se

trabalhar. Considerando esse ponto de vista dos funcionários, a satisfação em trabalhar é

positiva para a organização, que deve buscar manter ou melhorar essa satisfação.

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Avaliando as respostas dos pesquisados relacionadas às principais razões para

trabalhar na empresa, foram considerados as que obtiveram maior freqüência: o salário, o

trabalho realizado e as chances de progresso profissional.

No questionamento sobre a imagem da empresa do ponto de vista dos funcionários,

pode-se observar que há um equilíbrio nas respostas: 50% responderam que percebem uma

boa imagem e 50% responderam que mais ou menos; indagados sobre o porquê, não

souberam responder, ponto que merece ser verificado pelos gestores.

Sobre as questões que abordavam se a empresa é socialmente responsável, as respostas

dos funcionários foram unânimes ao afirmar em que sim.

O quadro nº28 apresenta informações relacionadas à habitação dos funcionários.

Dados SociaisHabitação

Você mora em:Respostas Freqüência

Casa 09Apartamento 03Quarto 00Pensão 01

Sua residência é:Respostas Freqüência

Própria 05Alugada 05Emprestada 02Morra com os pais 01

Qual o tipo de construção de sua residência:Respostas Freqüência

Alvenaria 10Madeira 02Mista 01Outro 00

Quadro nº28: HabitaçãoFonte: Dados obtidos por meio do questionário aplicado com os funcionários da empresa.

Com referência à habitação utilizada pelos funcionários, observa-se que a maioria

reside em casa. Considerando-se essa freqüência a maior parte das casas são de alvenaria,

sendo 40% casas próprias e 40% alugadas, os 20% restantes são divididos entre residência

emprestada ou dos os pais.

Percebe-se que há um equilíbrio entre os funcionários que possuem casa própria e os

que morram de aluguel, sendo um fator que pode afetar o orçamento.

No quadro nº29 são enumerados e detalhados os utilitários que o funcionário têm em

sua residência.

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HabitaçãoAssinale quais desses objetos têm em sua casa:

Respostas FreqüênciaGeladeira; Fogão a gás 13Freezer; Moto; Batedeira; Carro 07TV 11Telefone 06Forno microondas; Rádio 08Aspirador de pó 05Máquina de lavar; Aparelho de som 09Liquidificador; Bicicleta; DVD 10Enceradeira; Videocassete 01Máquina de lavar louça 00

Quadro nº29: HabitaçãoFonte: Dados obtidos por meio do questionário aplicado com os funcionários da empresa

O quadro de nº29 apresenta como a maioria da população economicamente ativa, os

funcionários, buscam conforto para sua residência. Baseado nesse levantamento, pode-se

observar quais são as carências ou privações sentidas pelos funcionários, para que, se houver

algum tipo de premiação, a empresa possa direcionar os prêmios oferecidos.

No quadro de nº30 apresentam-se os dados referentes ao meio de transporte de que os

funcionários se utilizam para chegar até o trabalho.

TransporteQual é o meio de transporte que você utiliza para ir ao trabalho?Respostas Freqüência

Carro 05Bicicleta 02A pé 02Moto 04

Quadro nº30: TransporteFonte: Dados obtidos por meio do questionário aplicado com os funcionários da empresa.

Por a empresa situar-se as margens da BR 101 e estar localizada a certa distância da

cidade, ocorre a necessidade da utilização de meios de transporte como, os citados no

questionário (o carro e a moto), e os moradores que residem mais próximos utilizam-se de

bicicletas ou são pedestres.

O quadro de nº31 apresenta informações quanto ao lazer e atividades sociais/culturais

dos funcionários.

Lazer/Atividades Sociais/CulturaisVocê pratica ou participa de algum tipo de esporte?

Respostas FreqüênciaSim 02Não 11

(Continua)

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(Continuando)Lazer/Atividades Sociais/Culturais

Qual o seu esporte favorito?Respostas Freqüência

Futebol de campo; Voleibol 01Futebol de salão; Caminhada; Academia 03Basquetebol 00Outros 02

Quando você está de folga o que gosta de fazer?Respostas Freqüência

Assistir a programas de televisão 02Organizar a casa 04Descansar 03Passear; Ouvir música; Viajar; Ler livro 01

Quadro nº31: Lazer / Atividades Sociais / CulturaisFonte: Dados obtidos por meio do questionário com os funcionários da empresa

Com relação as respostas no quadro do nº31, a maioria dos funcionários não pratica

nenhum tipo de esporte. Os entrevistados apresentam que no dia de folga dedicam seu tempo

para organizar a casa, descansar e assistir programas de televisão. Essas foram às opções mais

assinaladas, seguidas pela leitura de livros, passear, ouvir musica e viajar.

Com relação à preferência nos esportes, destacam-se o futebol de salão, caminhada e

academia, seguidos pelo futebol de campo, voleibol e outros.

No quadro a seguir de nº32 apresentam dados que se relacionam com a saúde dos

funcionários da empresa.

SaúdeVocê tem boas condições de saúde?

Respostas FreqüênciaSim 12Não 01

Você toma algum tipo de remédio continuamente?Respostas Freqüência

Pressão Alta 00Coração 00Diabete 00Depressão 00Stress 00Outro 01

Sua família tem algum tipo de assistência médica particular?Respostas Freqüência

Sim 05Não 08

Você e seus familiares costumam ir regularmente ao dentista?Respostas Freqüência

Sim 08Não 05

Quadro nº32: SaúdeFonte: Dados obtidos por meio do questionário aplicado com os funcionários da empresa.

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Como apresenta o quadro nº32 somente um funcionário alega ter problemas de saúde.

Isso pode ocorrer por conta da baixa faixa etária dos funcionários, apresentada no quadro

nº24.

Com relação a funcionários que tomam remédios contínuos, percebe-se também um

resultado positivo.

Quando questionados com relação a algum tipo de assistência médica particular, a

análise foi negativa. Somente 40% dos funcionários possui planos de saúde.

E em relação à freqüência de visitas ao dentista com relação à família, a análise foi em

parte positiva, contando com aproximadamente 70% que freqüentam o dentista regularmente.

Levando em consideração que a empresa não oferece benefícios relativos a esses tópicos,

como assistência médica ou odontológica, os funcionários freqüentam dentista regularmente.

No quadro de nº33 a seguir são apresentados os resultados obtidos com relação a

informações gerais.

GeralQual é o meio que você mais utiliza para se manter informado sobre os fatos atuais?

Respostas FreqüênciaJornal escrito 02Jornal falado (rádio) 03Jornal falado (TV) 08Revistas 06Outras pessoas 00Não tenho me mantido informado 02

Na sua família tem:Respostas Freqüência

Alguém que bebe (alcoólatra) 01Algum doente físico 01Algum doente mental 00Algum viciado em drogas 01Algum portador de doença crônica 03Não possui nenhum com essas características 08

Em relação a gastos mensais, quais são os três de maior gasto?Respostas Freqüência

Habitação 05Transporte 04Educação 05Saúde 03Lazer 04Alimentação 13Roupas 03

Você costuma cortar o cabelo:Respostas Freqüência

Uma vez por mês 11Duas vezes por mês 02Três vezes por mês 00

(Continua)

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112

(Continuando)Geral

Você vai ao salão de beleza:Respostas Freqüência

Toda semana 00Uma vez por mês 03Raramente 05Ocasião de festa 01Nunca 04

Quadro nº33: GeralFonte: Dados objetivos por meio do questionário aplicado com os funcionários da empresa

Observando o quadro nº33 a maioria dos funcionários busca informações em revistas e

jornais falados (TV), sendo os mais mencionados na pesquisa. O interessante é que todos os

entrevistados de alguma forma buscam informações.

Com a análise do perfil dos funcionários precebe-se que alguns têm problema como

doenças crônicas na família, outros têm problemas com parentes alcoólatras, doentes físicos e

drogados, embora a maioria alegue não ter nenhum desses problemas.

Quanto aos gastos mensais, o item com o qual há maior gasto é a habitação, seguida

pela alimentação e transporte.

Quando questionados com relação à freqüência com que cortam o cabelo, a maioria

respondeu que uma vez por mês. Com relação ao salão de beleza, a maioria respondeu que

nunca ou raramente o freqüenta. Esse resultado está relacionado com o sexo como

apresentado no quadro nº24.

Os funcionários da empresa esperam o crescimento para que progredir

profissionalmente e financeiramente, como também pelo reconhecimento profissional,

oportunidades em estudos, cursos de aperfeiçoamento, benefícios como assistência médica e

odontológica.

É fundamental conhecer o perfil dos funcionários para facilitar a implantação e

manutenção da um sistema de remuneração.

Percebe-se que o levantamento dos dados referentes ao perfil dos funcionários foi

indispensável para direcionar e reconhecer aspectos voltados para a comodidade, lazer e

qualidade de vida no trabalho possibilitando ações da empresa nesse sentido.

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113

3.2.3 Percepção dos funcionários em Relação ao Sistema de Remuneração

Atual

Com objetivo de identificar á percepção que os funcionários têm com relação ao

sistema de remuneração atual, foi aplicado um questionário no mês de agosto de 2009.

O questionário ainda possibilitava que, para os funcionários que desejassem justificar

as suas respostas, haveria campos a disposição para os devidos argumentos, o que facilitou a

análise das questões.

Foram questionados os funcionários a respeito dos temas relacionados a comunicação

interna, administração de cargos e salário, treinamento e desenvolvimento, higiene e

segurança do trabalho, relações interpessoais, utilizando como referencial teórico para a

elaboração do instrumento de pesquisa os autores Poder (2006), Prado e Souza (2002),

Celinski (1994), Wood e Picarelli (2004).

Com o instrumento de pesquisa apresentou algumas questões que possibilitavam aos

empregados justificar as suas respostas, para melhor entendimento. Para preservação da

identidade os funcionários foram classificados de A a M.

Com relação ao quadro de nº34, identifica-se a percepção dos funcionários com

relação à comunicação interna.

Comunicação InternaVocê é orientado pela empresa em relação às atribuições e responsabilidades?

Respostas FreqüênciaNo momento da contratação 06No decorrer do tempo de experiência 06Só quando é necessário 03Nunca fui orientado 00

É permitido que você faça questionamentos?Respostas Freqüência

Sempre 08Quase sempre 02Raramente 03Nunca 00

Em sua opinião a empresa reconhece o trabalho bem feito pelos funcionários?Respostas Freqüência

Sempre 04Quase sempre 04Raramente 05Nunca 00

(Continua)

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114

(Continuando)Comunicação Interna

Como é feito o reconhecimento?Respostas Freqüência

Elogiando 02Auxilio nos momento em que precisa 03Incentivando 03Parabenizando 05

Quadro nº34: Comunicações Internas na visão dos funcionáriosFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com os funcionários da empresa

Ao se observar o quadro de nº34, obtiveram-se as respostas sobre orientação com

relação as atribuições e responsabilidades. A freqüência coincide com a resposta da empresa,

em que são orientados no momento da contratação e no decorrer do período de experiência.

Com relação à possibilidade de questionar quando ocorrem dúvidas, 08 dos

funcionários responderam que sempre podem questionar, mostrando que a empresa permite

abertura para sugestões.

E quando questionado se a empresa reconhece o trabalho dos funcionários, houve um

equilíbrio nas respostas obtidas entre sempre, quase sempre e raramente.

No questionamento sobre a forma de reconhecimento, foram citados o elogio,

incentivo, parabenizando, auxílio, iniciativa e valoração dos mesmos.

O quadro de nº35 continua analisando a comunicação interna no ponto de vista dos

funcionários.

Comunicações InternasVocê é informado de como deve se portar dentro do ambiente de trabalho?

Respostas FreqüênciaSempre 10Quase sempre 03Raramente 00Nunca 00

Você é avaliado em relação ao desempenho de seu trabalho?Respostas Freqüência

Sempre 10Quase sempre 01Raramente 02Nunca 00

Você sabe quem avalia o resultado do seu trabalho?Respostas Freqüência

Gerente geral 10Gerente de loja 02Gerente de pista 01

Quadro nº35: Comunicações Internas na visão dos funcionáriosFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com os funcionários da empresa

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Com relação ao quadro nº35, nota-se que as respostas da maioria dos funcionários de

como deve se portar no ambiente de trabalho é que “Sempre” são informados.

Confirmando a resposta da empresa no quadro nº15, que alegou orientar com relação à

abordagem do cliente, a higiene pessoal de cada funcionário, como se portar com relação aos

seus colegas e com relação ao trabalho que deve executar.

Ainda levando em consideração a questão relacionada com avaliação de desempenho,

as freqüências foram maiores com relação a “Sempre”, indicando que há uma avaliação

constante relacionada ao desempenho dos funcionários.

Quando perguntada sobre o conhecimento dos funcionários com relação a quem avalia

os resultados do seu trabalho, a maioria respondeu que quem faz esse tipo de avaliação é o

gerente geral da empresa.

O quadro de nº36 relaciona as respostas dos funcionários com relação ao

conhecimento sobre a administração de cargos e salários.

Políticas de RemuneraçãoVocê é reconhecido quando realiza seu trabalho bem feito?

Respostas FreqüênciaSempre 04Quase sempre 04Raramente 05Nunca 00

Em sua opinião como é feito o calculo do seu salário?Respostas Freqüência

De acordo com o sindicato 01Sindicato + horas extras 06Sindicato + horas extras + comissões 01Tempo de serviço 00Desconheço o calculo 05

Na pratica você acredita que sua empresa respeita o princípio de remuneração (salário + benefício) igual para quem desempenha as mesmas atividades?

Respostas FreqüênciaSempre 07Quase sempre 04Raramente 01Nunca 01

Você sabe se a empresa verifica periodicamente a relação entre salário interno e os do mercado?Respostas Freqüência

Sempre 06Quase sempre 01Raramente 00Nunca 00Não tenho conhecimento 06

Quadro nº36: Políticas de Remuneração na visão dos FuncionáriosFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com os funcionários da empresa

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Observa-se no quadro nº36, referindo-se ao reconhecimento atribuído pela empresa

em relação ao trabalho bem feito que a resposta assinalada com maior freqüência foi a de

raramente. Comparando com a resposta da empresa, percebe-se que está alega reconhecer o

trabalho bem feito dos mesmos, mas não declara com qual freqüência expõe esse

reconhecimento.

Na percepção do acadêmico, haveria a necessidade de expor mais freqüentemente as

formas de reconhecimento da empresa com relação à qualidade dos serviços prestados pelos

funcionários.

É distinta percepção que os funcionários têm com relação ao cálculo da sua

remuneração. Alguns não têm nem conhecimento de como é efetuado.

Analisando a pesquisa feita com a empresa, percebe-se a remuneração da seguinte

forma: o salário de acordo com o estipulado pelo sindicado + pagamento de horas extras +

comissão em função do desempenho com relação ao comprimento de suas tarefas. Muitos dos

funcionários não reconhecem esse pagamento de comissão, talvez por não reconhecer o

beneficio. Somente um dos funcionários questionados respondeu que recebia comissão pelos

seus serviços.

Houve um desequilíbrio nas respostas, sendo assinaladas todas as variáveis de opção.

O funcionário M respondeu que o cálculo é de acordo com o sindicato, já os funcionários A,

B, C, D, E, I responderam que é de acordo com o sindicato + horas extras, o funcionário J

respondeu que é o valor estipulado pelo sindicato + horas extras + comissão e o funcionário F,

G, H, K, L responderam que desconhecem o cálculo.

Esse fator ocorre talvez por motivo da empresa não divulgar nitidamente como é feito

o cálculo do salário dos funcionários. Essa pratica seria interessante para conhecimento e

esclarecimento.

Ao serem questionados com relação à prática da empresa em remunerar por igual os

funcionários que desempenham as mesmas atividades, a maioria dos funcionários respondeu

que a empresa respeita o principio da equidade. Somente, o funcionário K respondeu que

raramente e o funcionário H respondeu que nunca. De acordo com análise comparativa, a

resposta da empresa está coerente com a resposta da maioria dos funcionários, que há um

programa único de remuneração, tendo como diferencial somente as horas extras e a comissão

quando merecida.

Com relação à verificação periódica do salário interno, comparando com o do

mercado, pode-se perceber um equilíbrio nas respostas, porque os funcionários A, B, C, D, E,

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J responderam que a empresa sempre busca estar informada. Já os funcionários F, G, H, K, L,

M alegaram não ter conhecimento sobre esse critério.

Portanto, percebe-se que os funcionários não estão bem orientados com relação ao

cálculo do próprio salário, desconhecendo as gratificações atribuídas pela empresa aos que

executaram com emprenho e aplicação as suas tarefas.

O quadro nº37 a seguir, continua apresentando a percepção dos funcionários com

relação às políticas de remuneração utilizadas pela empresa.

Políticas de RemuneraçãoDo seu ponto de vista as promessas relacionadas ao contrato de trabalho são cumpridas pela empresa?

Respostas FreqüênciaSempre 10Quase sempre 01Raramente 02Nunca 00

Como o sindicato dos trabalhadores influência no seu salário?Respostas Freqüência

Reajustes anuais 06Não influência no salário 00Não tenho conhecimento 07

Você concorda que o seu salário pode ser comparado com o de outras pessoas que executam tarefas semelhantes às suas em outras empresas do ramo?

Respostas FreqüênciaConcordo 07Concordo em partes 04Discordo 00Discordo em partes 02

Quadro nº37: Políticas de Remuneração na visão dos FuncionáriosFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com os funcionários da empresa

Como mostra o quando nº37 com relação ao ponto de vista dos funcionários sobre o

contrato de trabalho da empresa, a maioria alegou que a empresa cumpre com as promessas

feitas no momento da contratação, o que confirma a resposta do gestor.

Sobre a influência que o sindicado exerce na remuneração, muitos dos funcionários

não souberam identificar qual seria, alegando não ter conhecimento, outros responderam que

o sindicato participa com reajustes anuais. A maioria dos funcionários respondeu que não tem

conhecimento.

Os questionados concordam que seu salário pode ser comparado com o de outras

pessoas que executam as mesmas tarefas em outras empresas do mesmo ramo, a maioria

alegou que concorda com essa afirmação. Porém houve uma minoria que alegou discordar em

partes.

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Comparando-se com a análise feita em relação à entrevista aplicada com a empresa,

pode-se ver que realmente a empresa e os funcionários têm a mesma visão.

Observa-se o quadro nº38 as respostas dos funcionários, ainda com relação à

administração de cargos e salários, mas agora com foco nos benefícios.

BenefíciosEm sua opinião qual dos benefícios citados será de melhor satisfação se a empresa pode-se vir a oferecer?

Respostas FreqüênciaCesta-básica 06Seguro de vida 03Plano de saúde 10Vale transporte 01Auxilio doença 01Bolsa de estudo 04Material didático “livros” 00Outros 00

Quadro nº38: Benefícios na visão dos FuncionáriosFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com os funcionários da empresa

Com base na resposta da empresa foi formulada uma questão, para identificar a

preferência pelos benefícios que a empresa pretende oferecer.

Com o estudo das respostas dos funcionários e por ter sido aberta a múltipla escolha,

considerou-se os números de freqüências relacionados a cada benefício.

Resultante deste estudo percebeu-se que o benefício com maior freqüência de citação

foi o plano de saúde, seguido pela cesta-básica, a bolsa de estudo, o seguro de vida, o vale

transporte e o auxilio doença.

A empresa pretende a oferecer novos benefícios como motivação para a melhoria na

execução das tarefas, e observa-se que há uma diversidade com relação aos benefícios que

gerariam maior satisfação. Portanto o ideal seria a implantação de um plano de benefícios

flexíveis que são aqueles em que o empregado pode optar entre os benefícios disponíveis,

decidindo qual mais lhe interessa do seu ponto de vista ou de acordo com suas necessidades..

Considerando a visão do autor Marras (2000, p. 137), “denomina-se benefício o

conjunto de programas ou planos oferecidos pela organização como complemento ao sistema

de salário”.

Já a política de benefícios flexíveis pressupõe uma empresa transparente, empregados

responsáveis e uma relação aberta entre as partes, de forma que possibilite analisar e discutir

sobre a relação custo-benefício de ambos (MARRAS, 2002).

O quadro de nº39 apresenta informações referentes ao treinamento e desenvolvimento

dos funcionários.

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Treinamento e DesenvolvimentoA empresa oferece treinamento para os funcionários?

Respostas FreqüênciaSempre 04Quase sempre 04Raramente 04Nunca 01

Você recebe treinamento para a realização do seu trabalho?Respostas Freqüência

Sempre 02Quase sempre 05Raramente 02Nunca 04

Você acha que há necessidade de treinamento na empresa?Respostas Freqüência

Sempre 06Quase sempre 06Raramente 01Nunca 00

Você é orientado quando vai realizar uma nova tarefa?Respostas Freqüência

Sempre 08Quase sempre 03Raramente 01Nunca 01

Quadro nº39: Treinamento e Desenvolvimento na visão dos FuncionáriosFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com os funcionários da empresa

Como visto na pesquisa com a empresa, o treinamento é efetuado no momento da

contratação do funcionário e no decorrer do tempo de experiência orientado pelos

funcionários com mais tempo de empresa.

Comparando as respostas dos funcionários com relação ao mesmo questionamento,

percebe-se uma discrepância nas respostas, sendo que os funcionários com a nomenclatura B,

I, H, M assinalaram como sempre são treinados, já os D, A, C, E responderam que quase

sempre, K, L, F, G responderam que raramente e o J respondeu que nunca.

Ainda percebe-se que pelo fato da empresa não ter hábito de fazer levantamentos das

necessidades de treinamento, a mesma não tem conhecimento que no ponto de vista dos

funcionários o treinamento é necessário para o desenvolvimento do setor. Como aponta a

pesquisa, 90% dos funcionários alegou a necessidade de treinamento para o desenvolvimento,

mostrando que estão interessados. Considerando a visão de Gil (2001), ao promover o

desenvolvimento de um funcionário, a organização não estaria apenas proporcionando

conhecimento e habilidades para o desempenho das tarefas, mas também uma formação

básica onde os mesmos possam modificar seus hábitos e tornarem-se melhor no que fazem

dentro das praticas atuais.

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Levando em consideração esses aspectos, percebe-se a necessidade de se fazer um

levantamento mais minucioso para identificar os treinamentos necessários. Como ainda pode-

se observar que aproximadamente 70% dos funcionários alegaram receber orientação para

quando for necessário executar uma nova tarefa na empresa.

Como enfatiza o autor Chiavenato (2004), toda a tentativa no sentido de melhorar o

nível de eficácia pessoal e interpessoal, grupal ou intergrupal numa empresa é valida para o

desenvolvimento organizacional.

O quadro nº40 identifica a percepção dos funcionários quanto às práticas de higiene e

segurança no trabalho.

Higiene e Segurança no TrabalhoA empresa utiliza práticas de higiene e segurança no trabalho?

Respostas FreqüênciaSempre 13Quase sempre 00Raramente 00Nunca 00

Cite algumas?Ambiente de trabalho limpo 05Uniformes limpos 05Atenção com locais e produtos inflamáveis 06Materiais de segurança 03Como você avalia as condições de trabalho oferecidas pela empresa? (instalações, banheiro, uniforme,

assistência, refeitório)Respostas Freqüência

Péssima 00Ruim 00Bom 09Excelente 04

O que poderia melhorar?Refeitório 05Uniforme mais completo 09

Quadro nº40: Higiene e Segurança no Trabalho na visão dos FuncionáriosFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com os funcionários da empresa

Verificando o quadro nº40 com relação à prática de higiene e segurança na empresa,

todos os funcionários responderam que a empresa tem uma política de higiene e segurança.

Caracterizando as políticas de higiene: o uniforme bem limpo, a higiene pessoal (unhas

cortadas, cabelo cortado e outros), luvas na manutenção de produtos químicos, e outros.

Com relação à segurança: utilização de calçados fechados e antiderrapantes, auxiliar

os adeptos ao fumo de não fumar próximo a áreas de risco e outros.

Quanto às condições de trabalho oferecidas pela empresa, parte dos funcionários

respondeu que são boas. Por motivo de a questão ser aberta e dar opção para o funcionário

sugerir algumas mudanças, foram sugeridas alterações e melhorias como: a necessidade de

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novos uniformes para o rodízio e a higienização necessária, a implantação de um refeitório

para os funcionários, a disponibilização de calçados como parte do uniforme.

Com a verificação dos fatores acima, é necessário uma análise da empresa para fazer

melhorias no ambiente de trabalho. Como cita Marras (2000) os fatores higiênicos causam

insatisfação sendo que esses fatores não motivam as pessoas e sua presença não

necessariamente causa satisfação enquanto sua ausência causa insatisfação no ambiente de

trabalho.

O quadro nº41 apresenta respostas dos funcionários sobre as relações interpessoais.

Recrutamento e SeleçãoOs funcionários são informados de como ocorre o processo de recrutamento e seleção da empresa?

Respostas FreqüênciaSempre 03Quase sempre 02Raramente 06Nunca 02

Quadro nº41: Recrutamento e Seleção na visão dos funcionáriosFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com os funcionários da empresa

Considerando o quadro citado a empresa raramente informa quais são os processos de

recrutamento e seleção utilizados, na opinião da maioria dos funcionários.

No quadro nº42 analisado a seguir: as relações interpessoais no ponto de vista dos

funcionários da empresa.

Relações InterpessoaisComo é a relação entre você e seus colegas de trabalho?

Respostas FreqüênciaPéssimo 00Ruim 00Bom 09Excelente 04

Vocês se ajudam mutuamente?Respostas Freqüência

Sempre 07Quase sempre 06Raramente 00Nunca 00

Qual o fator gerador de maior insatisfação no ponto de vista do funcionário.Respostas Freqüência

Horário de trabalho 06Salário 07Falta de reconhecimento 03Falta de treinamento 02Sobrecarga de trabalho 01Relacionamento com a chefia 01

Quadro nº42: Relações Interpessoais na visão dos FuncionáriosFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com os funcionários da empresa

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Considerando o quadro nº42 os funcionários responderam haver uma ajuda mútua,

sendo que 07 responderam que sempre e 06 responderam que quase sempre se ajudam.

Percebe-se também que a empresa e os funcionários não concordam com relação à ajuda

mútua entre os funcionários.

Como demonstrado no questionamento da empresa, os funcionários não se ajudam

mutuamente e espontaneamente; somente por meio de solicitações dos superiores. Já os

funcionários alegam haver uma ajuda mútua, alguns informando ser bom o relacionamento

entre os mesmos, outros considerando ser excelente.

Desta forma cabe a empresa estabelecer diretrizes, buscando o melhoramento das

relações interpessoais no ambiente organizacional, para buscar a integração dos funcionários.

Como enfatiza a autora Casado (2002), o fato de se relacionar com outras pessoas ou

indivíduos faz mais do que só informar ou ser informado sobre fatores, e sim faz agregar

novas formas de organizar o próprio pensamento e ampliar a consciência de si próprio, de seu

lugar no mundo e de qual é sua responsabilidade social.

Quando questionados com relação ao maior fator de insatisfação, foi considerada a

resposta com maior número de freqüência, é o salário e horário de trabalho. E se formos

analisar o quadro de nº36 onde os funcionários respondem considerar a empresa competitiva

com relação à remuneração oferecida pelo mercado de trabalho no ramo em que atua, há uma

incoerência.

Por meio desse fator percebe-se que a remuneração oferecida pela empresa é

competitiva no mercado em que atua, mas os funcionários o consideram gerador de

insatisfação. Por esse motivo o presente estudo procurou uma nova forma de recompensar os

funcionários.

O segundo fator gerador de insatisfação é o horário de trabalho, como já mencionado

anteriormente nessa análise, os funcionários alegam que se sentiriam mais motivados em

trabalhar se pudessem usufruir do benefício de folgar uma vez ao mês no dia de domingo.

O presente estudo busca estruturar e remanejar os dias de folga, apresentando um

plano que permita aos funcionários a folga no dia de domingo. A implantação desse plano só

será possível com a total cooperação dos funcionários comprometendo a não faltar ao trabalho

permitindo que um de seus colegas possa folgar.

O quadro nº43 apresenta resultados com relação aos pontos fortes e fracos na

percepção dos funcionários.

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Pontos FortesEm sua opinião quais são os pontos fortes da empresa?

Respostas FreqüênciaInfra-instrutora 07Ambiente de trabalho 06Portfólio 06Qualidade dos produtos 05Ponto de venda 05Salário 04Atendimento 03Relacionamento com a chefia 03Público alvo 02

Quadro nº43: Pontos Fortes na visão dos FuncionáriosFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com os funcionários da empresa

Na análise com relação aos pontos fortes da empresa, no caso salientaram a estrutura,

localização, atendimento, portfólio, qualidade dos produtos, ambiente de trabalho.

Os pontos fortes apontados são favoráveis para a organização, e por esse motivo é

necessária a sustentabilidade com uma equipe formada de profissionais competentes e

treinada, com motivação, satisfação e entusiasmo no momento de exercer suas tarefas,

fazendo-as da melhor forma.

O quadro nº44 apresenta a análise dos pontos fracos da empresa na visão dos

funcionários.

Pontos FracosEm sua opinião quais são os pontos fracos da empresa?

Respostas FreqüênciaRotatividade de funcionários 05Preços dos produtos 05Reconhecimento dos funcionários 03Confiança nos funcionários 02

Quadro nº44: Pontos Fracos na visão dos FuncionáriosFonte: Dados obtidos por meio da entrevista com os funcionários da empresa

Analisando o quadro nº44 percebe-se que a empresa e os funcionários têm o mesmo

ponto de vista com relação aos pontos fracos, como o preço dos produtos, a alta taxa de

rotatividade dos funcionários a falta de reconhecimento dos profissionais.

Chama atenção a preocupação dos funcionários com os preços praticados pela

empresa em seus produtos, que geralmente são mais altos que a dos concorrentes, e é um

aspecto que a empresa deve esclarecer aos mesmos que os preços dos seus produtos são mais

elevados do que seus concorrentes em função do selo verde apresentado na figura de nº09 que

exige maiores investimentos por parte da empresa.

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No quadro nº45 apresenta a resposta questão aberta relacionada as sugestões dos

funcionários.

Questão abertaQue sugestões você daria para melhorar as condições de trabalho na empresa?

Respostas FreqüênciaDomingo de folga ao mês 05Remanejamento dos preços dos produtos 05Reconhecimento dos funcionários mais tem de empresa

04

Uniformes completos incluindo calçados 03Cursos de aperfeiçoamento 03Mudança nos uniformes 03Remanejamento do horário de trabalho 02Bom humor por parte da gerencia 01

Quadro nº45: Questão aberta na visão dos FuncionáriosFonte: Dados obtidos por meio do questionário aplicado com os funcionários da empresa

O objetivo desta questão foi possibilitar conhecer as sugestões dos funcionários para a

melhoria das condições de trabalho.

Como apresenta o quadro nº45, houve uma diversidade de sugestões de melhorias

ocorrendo um equilíbrio. Os benefícios ou melhorias mais relatados pelos funcionários é o

domingo de folga por mês e o remanejamento dos preços de venda praticados pela empresa.

Sugerem também cursos de aperfeiçoamento, visando mais profissionalismo no atendimento

ao cliente, o reconhecimento, mudança de uniformes e o remanejamento dos horários de

trabalho.

Esses itens podem influenciar no melhoramento do ambiente de trabalho, sendo que a

ausência destes fatores que podem gerar barreiras para a motivação dos funcionários. Como

enfatiza Silva (2005); a motivação é uma força direcionada dentro dos indivíduos, pelos quais

eles tendem a alcançar metas, a fim de preencher uma necessidade.

Outro fator importante é o conhecimento dos funcionários referente a forma de

remuneração que a empresa adota, e como são os cálculos e funcionamento do mesmo,

buscando identificar pontos fortes e fracos desse sistema de remuneração. Por este motivo

buscou-se analisar e avaliar um sistema alternativo para recompensar os funcionários.

A presente pesquisa além de reforçar alguns pontos que precisam ser melhorados nos

processos da empresa, ainda busca implantar uma nova forma de recompensar, destacando a

necessidade de treinamento, o reconhecimento pelo trabalho realizado, revisão dos benefícios

oferecidos e condições físicas do ambiente de trabalho.

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Identificaram-se ainda as dificuldade e facilidades para que possa ser implantado um

novo sistema de remuneração, que, se bem desenvolvido, poderá contribuir para a melhoria na

produtividade e na qualidade de vida no trabalho.

3.2.4 Definição do Sistema de Remuneração mais Adequado com a Realidade

da Empresa.

Com base na estrutura e as informações obtidas por meio da pesquisa feita com

gestores e funcionários da empresa, bem como referenciado pelos autores que fundamentam o

tema, o sistema de remuneração relacionado com alternativas criativas é o mais adequado

com a realidade da empresa. É mais adequado por ser uma forma de remuneração de fácil

compreensão por parte dos colaboradores, além de não haver a necessidade de grande

investimento por parte da organização o que possibilita a sustentabilidade que é um fator

fundamental para a manutenção de qualquer programa.

São formas de incentivo e reconhecimento como prêmios e gratificações que fazem

parte de um programa direcionado para os colaboradores. Essa maneira de remunerar

promove um vínculo imediato entre o fato gerador e o reconhecimento.

Considerando o autor Minamide (2008 apud VELOSO et al 2008, p.5), alternativas

criativas são maneiras de remuneração que promovem um vínculo imediato entre o fato

gerador e o reconhecimento. Sendo o reconhecimento, feedback e orientação muito

importantes por existir uma forte ligação entre a motivação, recompensa e desempenho.

O sistema de remunerações criativas inclui prêmios, gratificações e outras formas

especiais de reconhecimento. Essas formas têm sido utilizadas com grande freqüência como

um apoio ao esforço de construir um ambiente organizacional caracterizado pela convergência

de esforços e energias voltadas para o atendimento dos objetivos estratégicos impostos pela

organização (WOOD e PICARELLI, 2004).

É ainda importante destacar, que a escolha desse sistema de remuneração é oriunda da

realidade da organização, visando baixo custo de implantação, e também buscando um

sistema flexível em que a empresa possa estar se adaptando de acordo com a necessidade que

cada funcionário apresenta, tendo como objetivo alcançar as metas estabelecidas.

Page 126: UM SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS COM FOCO NA …siaibib01.univali.br/pdf/Cristiano Rafael Von Dentz.pdf · sistema alternativo de remuneração, destacando a confiança e a satisfação

126

O sistema já foi estabelecido, apresentado e está em fase de implantação, não

constando os critérios e indicadores no presente estudo por conter dados e estratégias voltadas

internas, e como este trabalho será publicado, não houve a permissão para a divulgação das

estratégias de recompensa que serão utilizadas.

3.3 Elaboração do Plano de Ação para Implantação do Sistema de

Remuneração

Neste item é apresentado o plano de ação para implantação na empresa IMT Comércio

de Combustíveis Ltda, embasado nas informações e resultados obtidos na pesquisa realizada

com o gestor e os funcionários. O objetivo proposto é melhorar os aspectos relacionados à

remuneração dos funcionários, utilizando o sistema de alternativas criativas para minimizar a

taxa de rotatividade e absenteísmo.

Para a elaboração desse plano de ação foi utilizada a ferramenta de planejamento,

5W2H, que como enfatiza o autor Corrêa (2004), é uma ferramenta prática que permite, a

qualquer momento, saber os dados mais importantes de um projeto.

Essa ferramenta é utilizada por meio de sete perguntas que devem ser respondidas na

elaboração de um plano de ação, as quais são:

What? – O quê: o que será feito.

When? – Quando: indica o período em que se desenvolve o conjunto de atividades

correspondentes.

Who? – Quem: quem irá executar

Why? – Por quê: é uma justificativa da coluna anterior, o porquê responde aos

objetivos do trabalho.

Where? – Onde: onde será executado

How? – Como: indica o método para atingir.

How much? – Quanto: qual é o orçamento para a tarefa.

Para a elaboração das ações foram considerados o resultado da pesquisa e as condições

da empresa para a realização das ações sugeridas. No quadro nº46, é apresentado o plano de

ação para a implantação dos sistema de remuneração por alternativas criativas.

Page 127: UM SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS COM FOCO NA …siaibib01.univali.br/pdf/Cristiano Rafael Von Dentz.pdf · sistema alternativo de remuneração, destacando a confiança e a satisfação

127

How

Com

o

Pes

quis

ando

as

te

oria

s ex

iste

ntes

sob

re o

tem

a.V

erif

ican

do

os

aspe

ctos

le

gais

da

re

mun

eraç

ão.

Ava

lian

do

a vi

abil

idad

e fi

nanc

eira

do

sist

ema.

Des

crev

endo

as

at

ivid

ades

e

atri

buiç

ões

das

tare

fas

de

resp

onsa

bili

dade

de

cada

fu

ncio

nári

o

Det

erm

inan

do

de

que

mod

o os

fun

cion

ário

s se

rão

reco

mpe

nsad

os

com

o

alca

nce

das

met

as.

Rel

acio

nand

o as

at

ribu

içõe

s do

s ca

rgos

com

as

re

spec

tiva

s re

spon

sabi

lida

des.

Wh

ere

On

de

Na

univ

ersi

dade

e

na e

mpr

esa.

Na

empr

esa.

Na

empr

esa.

Na

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esa

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iver

sida

de.

Wh

y

Por

Que

Par

a a

veri

fica

ção

do

sist

ema

mai

s ad

equa

do

para

a

impl

anta

ção

de

sist

ema

alte

rnat

ivo

de r

emun

eraç

ão.

Mel

hora

ndo

e di

reci

onan

do

a ex

ecuç

ão

das

tare

fas.

Par

a a

defi

niçã

o da

s m

etas

.

Par

a de

term

inar

as

at

ribu

içõe

s e

resp

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bili

dade

s.

Wh

o

Qu

em

Aca

dêm

ico

e o

supe

rvis

or d

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.

Aca

dêm

ico

e o

supe

rvis

or d

e ca

mpo

.

Dir

igen

tes,

G

eren

te

e C

onta

dor.

O a

cadê

mic

o.

Wh

en

Qu

and

o

De

Set

embr

o de

200

8 a

Nov

embr

o de

200

9.

Set

embr

o de

200

9

Set

embr

o de

200

9

Set

embr

o de

200

9.

Wh

at

O q

ue

Est

udo

para

im

plan

taçã

o de

um

si

stem

a de

re

mun

eraç

ão

por

alte

rnat

ivas

cri

ativ

as.

Def

iniç

ão d

as a

trib

uiçõ

es

dos

func

ioná

rios

da

em

pres

a.

Def

iniç

ão d

e In

dica

dore

s de

re

sult

ados

Des

crev

er

os

carg

os-c

have

da

em

pres

a.

Page 128: UM SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS COM FOCO NA …siaibib01.univali.br/pdf/Cristiano Rafael Von Dentz.pdf · sistema alternativo de remuneração, destacando a confiança e a satisfação

128

How

Com

o

Rel

acio

nand

o as

at

ribu

içõe

s do

s ca

rgos

com

as

resp

ecti

vas

resp

onsa

bili

dade

s.

Con

sult

ando

a

legi

slaç

ão,

o si

ndic

ato

e de

term

inan

do

o pe

rcen

tual

par

a ca

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eta.

Por

mei

o de

um

a re

uniã

o co

m

os

envo

lvid

os

para

de

term

inaç

ão

das

resp

onsa

bili

dade

s de

cad

a um

na

el

abor

ação

do

si

stem

a al

tern

ativ

o de

re

mun

eraç

ão.

Con

vers

as

indi

vidu

ais,

re

uniõ

es

em

grup

o e

cole

tiva

Wh

ere

On

de

Na

empr

esa

Na

empr

esa.

Na

empr

esa.

Na

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esa

Wh

y

Por

Que

Obj

etiv

ando

fo

rtal

ecer

o v

incu

lo

entr

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pres

a e

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ioná

rio.

Par

a ve

rifi

car

o im

pact

o no

s en

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os

soci

ais

da e

mpr

esa,

e

gara

ntir

a

sust

enta

bili

dade

do

si

stem

a.

Def

iniç

ão

das

açõe

s,

crit

ério

s e

indi

cado

res

nece

ssár

ios

para

se

impl

anta

r o

sist

ema.

Apr

esen

taçã

o do

s co

ncei

tos

do

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ema.

Wh

o

Qu

em

O

acad

êmic

o e

os

gest

ores

da

empr

esa.

O

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êmic

o,

cont

ador

, re

pres

enta

nte

do s

indi

cato

e

gest

ores

da

empr

esa.

Aca

dêm

ico,

re

spon

sáve

l pe

la

empr

esa

e o

cont

ador

da

mes

ma.

Aca

dêm

ico.

Wh

en

Qu

and

o

Out

ubro

de

2009

.

Out

ubro

de

2009

.

Out

ubro

de

2009

.

Out

ubro

de

2009

.

Wh

at

O q

ue

Def

iniç

ão d

as e

stra

tégi

as

alte

rnat

ivas

de

re

com

pens

ar

para

re

tenç

ão

dos

func

ioná

rios

.

Iden

tifi

car

aspe

ctos

lega

is.

Aná

lise

do

es

tudo

do

si

stem

a de

re

mun

eraç

ão

por

alte

rnat

ivas

cri

ativ

as.

Sen

sibi

liza

ção

dos

func

ioná

rios

.

Page 129: UM SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS COM FOCO NA …siaibib01.univali.br/pdf/Cristiano Rafael Von Dentz.pdf · sistema alternativo de remuneração, destacando a confiança e a satisfação

129

How

Com

o

Por

m

eio

de

curs

os,

pale

stra

s,

trei

nam

ento

, ví

deos

mot

ivac

iona

is.

Apr

esen

tar

os b

enef

ício

s do

nov

o si

stem

a pa

ra o

s fu

ncio

nári

os,

visa

ndo

à ap

rova

ção

do

mes

mo,

ju

ntam

ente

co

m

o ac

ordo

es

tabe

leci

do

entr

e em

pres

a e

func

ioná

rios

.

Tre

inar

e

orie

ntar

os

op

erad

ores

de

ca

ixa,

be

m c

omo

os f

rent

ista

s e

gere

ntes

, so

bre

a im

port

ânci

a do

cl

ient

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ra o

des

envo

lvim

ento

da

em

pres

a.

Wh

ere

On

de

Na

empr

esa

Na

empr

esa.

Na

empr

esa.

Wh

y

Por

Que

Par

a co

nhec

imen

to

dos

crit

ério

s e

indi

cado

res

do

novo

si

stem

a de

re

mun

eraç

ão,

e qu

ais

são

os

bene

fíci

os

que

prop

orci

onar

á pa

ra

todo

s qu

e co

ntri

buír

em

para

o

bom

des

envo

lvim

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do

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mo.

Ver

ific

ar

os

aspe

ctos

le

gais

do

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ema.

Obj

etiv

ando

ape

rfei

çoar

a

form

a do

ate

ndim

ento

ao

clie

nte,

co

m

serv

iço

de

qual

idad

e,

e ap

rofu

ndan

do a

rel

ação

de

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ioná

rio/

clie

nte

Wh

o

Qu

em

SE

NA

I

Con

tado

r e

resp

onsá

vel

pela

em

pres

a.

SE

NA

I

Wh

en

Qu

and

o

A

part

ir

de

Nov

embr

o de

20

09.

A

part

ir

de

Nov

embr

o de

20

09.

A

part

ir

de

Nov

embr

o de

20

09.

Wh

at

O q

ue

Tre

inam

ento

e

cons

cien

tiza

ção

Apr

esen

tar

novo

si

stem

a de

re

mun

eraç

ão

ao

sind

icat

o.

Tre

inam

ento

vo

ltad

o ao

at

endi

men

to

ao

clie

nte.

Page 130: UM SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS COM FOCO NA …siaibib01.univali.br/pdf/Cristiano Rafael Von Dentz.pdf · sistema alternativo de remuneração, destacando a confiança e a satisfação

130

How

Com

o

Com

cur

sos,

trei

nam

ento

s, v

ídeo

s m

otiv

acio

nais

e o

utro

s.

Est

ipul

ando

cr

onog

ram

as

de

resp

onsa

bili

dade

s vo

ltad

as p

ara

a hi

gien

izaç

ão

da

empr

esa,

e

bene

fici

ando

os

func

ioná

rios

que

se

mpr

e ut

iliz

arem

un

ifor

mes

li

mpo

s e

apre

sent

ávei

s.

Por

mei

o de

pal

estr

as,

curs

os

e tr

eina

men

tos

obje

tiva

ndo

o de

senv

olvi

men

to

dos

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ioná

rios

.

Por

mei

o de

cur

sos,

pal

estr

as

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eina

men

tos

para

ap

erfe

içoa

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to.

Wh

ere

On

de

Na

empr

esa.

Na

empr

esa.

Na

empr

esa.

Na

empr

esa

em q

uest

ão

ou

SE

BR

AE

.

Wh

y

Por

Qu

e

Mel

hora

r o

rela

cion

amen

to d

e to

dos

os

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ioná

rios

pa

rapr

omoç

ãoda

aj

uda

mút

ua n

o am

bien

te d

e tr

abal

ho.

Man

uten

ção

e li

mpe

za

do

ambi

ente

de

tr

abal

ho

e do

s un

ifor

mes

ut

iliz

ados

pe

los

func

ioná

rios

.

Ape

rfei

çoam

ento

do

s pr

ofis

sion

ais.

Par

a co

nhec

er

nova

s po

líti

cas

para

ger

enci

amen

to

de p

esso

as.

Wh

o

Qu

em

SE

NA

I

O

acad

êmic

o e

os

gest

ores

da

em

pres

a.

Em

pres

a es

peci

aliz

ada.

SE

BR

AE

Wh

en

Qu

and

o

A

part

ir

de

Nov

embr

o de

20

09.

A

part

ir

de

Nov

embr

o de

20

09.

A

part

ir

de

Nov

embr

o de

20

09.

A

part

ir

de

Nov

embr

o de

20

09.

Wh

at

O q

ue

Tre

inam

ento

pa

ra

inte

graç

ão

e de

senv

olvi

men

to

de

equi

pes.

Est

udo

para

de

senv

olve

r pr

oces

sos

de

higi

eniz

ação

da

em

pres

a e

dos

unif

orm

es

dos

func

ioná

rios

.

Tre

inam

ento

e

curs

os

rela

cion

ados

às

ta

refa

s de

sem

penh

as.

Cur

so

e de

senv

olvi

men

to

gere

ncia

l.

Page 131: UM SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS COM FOCO NA …siaibib01.univali.br/pdf/Cristiano Rafael Von Dentz.pdf · sistema alternativo de remuneração, destacando a confiança e a satisfação

131

How

Com

o

Rea

liza

ndo

reun

iões

col

etiv

as

e co

nver

sas

indi

vidu

ais,

alé

m

de d

ivul

gaçã

o in

tern

a.

Cri

ando

um

a ca

ixa

para

qu

e to

dos

poss

am

depo

sita

r su

as

suge

stõe

s e

recl

amaç

ões.

Ana

lisa

ndo

os r

esul

tado

s ob

tido

s do

po

nto

de

vist

a da

em

pres

a,

clie

ntes

e f

unci

onár

ios

com

bas

e no

s in

dica

dore

s de

fini

dos

para

o

sist

ema.

Com

obs

erva

ções

, pe

squi

sas

com

os

cl

ient

es

e le

vant

amen

to

dos

indi

cado

res

nece

ssár

ios

para

av

alia

ção

Wh

ere

On

de

Na

empr

esa.

Na

empr

esa.

Na

empr

esa.

Na

empr

esa.

Wh

y

Por

Qu

e

Obj

etiv

ando

o c

onhe

cim

ento

do

s fu

ncio

nári

os

com

re

laçã

o ao

s cr

itér

ios

do n

ovo

sist

ema.

Pos

sibi

lita

ndo

a pa

rtic

ipaç

ão

dos

func

ioná

rios

, pa

ra q

ue o

s m

esm

os

poss

am

expo

r su

as

idéi

as e

crí

tica

s.

Ava

liar

a

sust

enta

bili

dade

do

pr

ogra

ma.

Dim

inui

r as

fa

ltas

, at

raso

s,

ates

tado

s e

a ro

tati

vida

de c

om

rela

ção

aos

func

ioná

rios

, e

dim

inui

r as

re

clam

açõe

s do

s cl

ient

es.

Wh

o

Qu

em

O a

cadê

mic

o e

os

gest

ores

da

em

pres

a.

O a

cadê

mic

o.

Aca

dêm

ico,

ge

rent

e e

func

ioná

rios

.

O a

cadê

mic

o

Wh

en

Qu

and

o

Dez

embr

o de

200

9

A p

arti

r de

Jan

eiro

de

201

0.

De

4 em

4 m

eses

, a

part

ir d

a ef

etiv

a im

plan

taçã

o.

A p

arti

r de

Jan

eiro

de

201

0.

Wh

at

O q

ue

Div

ulga

ção

e im

plan

taçã

o do

no

vo

sist

ema

alte

rnat

ivo

de

reco

mpe

nsar

.

Cri

ar u

m s

iste

ma

de

suge

stõe

s e

recl

amaç

ões

para

os

fu

ncio

nári

os.

Rev

isão

da

s es

trat

égia

s al

tern

ativ

as

de

rem

uner

ação

of

erec

ida.

Fun

cion

ário

des

taqu

e do

mês

.

Page 132: UM SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS COM FOCO NA …siaibib01.univali.br/pdf/Cristiano Rafael Von Dentz.pdf · sistema alternativo de remuneração, destacando a confiança e a satisfação

132

How

Com

o

Impl

anta

ndo

o pr

ogra

ma.

Apr

esen

tand

o o

resu

ltad

o da

av

alia

ção

aos

func

ioná

rios

e

orie

ntan

do

os

mes

mos

co

m

rela

ção

as

açõe

s co

rret

ivas

ou

pr

even

tiva

s ne

cess

ária

s.

Wh

at

On

de

Na

empr

esa.

Na

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esa.

Wh

ere

Por

Qu

e

Mel

hori

as

cons

tant

es

nas

cond

içõe

s de

trab

alho

.

Obj

etiv

ando

av

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r os

fu

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nári

os

e ap

rese

ntar

o

feed

back

do

resu

ltad

o.

Wh

o

Qu

em

SE

BR

AE

Em

pres

a es

peci

aliz

ada.

Wh

en

Qu

and

o

A p

arti

r de

Jan

eiro

de

201

0.

A

part

ir

de

Fev

erei

ro d

e 20

10.

de

Açã

oac

adêm

ico

Wh

at

O q

ue

Pro

gram

a 5’

s

Ava

liaç

ão

de

dese

mpe

nho.

Qu

adro

nº4

6: P

lan

o F

onte

: Ela

bora

do p

elo

acad

êmic

o

Page 133: UM SISTEMA DE RECURSOS HUMANOS COM FOCO NA …siaibib01.univali.br/pdf/Cristiano Rafael Von Dentz.pdf · sistema alternativo de remuneração, destacando a confiança e a satisfação

133

Apresentou-se o plano de ação aos proprietários e à gerência da empresa; que

concordaram com às estratégias sugeridas para a implantação do sistema, alegadas que serão

aplicados nas datas propostas e de acordo com o orçamento.

Foi delegado ao acadêmico a implantação, manutenção, diagnostico e feedback do

sistema. Com relação aos custos da implantação do sistema, a empresa considera acessível, no

entanto, não foram apresentados no trabalho por questões internas. Como também os

indicadores relacionados ao plano de ação proposto, por serem consideradas ações

estratégicas da empresa para a retenção e motivação de seus funcionários.

Como se pode observar no quadro nº46 o plano de ação apresentado considerou o

resultado da pesquisa

Estudo para implantação de um sistema de remuneração por alternativas

criativas - Foi proposta a implantação de um sistema alternativo de remuneração por

alternativas criativas, embasadas por teorias já existentes sobre o tema abordado e buscando

verificar os aspectos legais, com objetivo de avaliar a viabilidade financeira da implantação.

Definição das atribuições dos funcionários da empresa - Objetivou também

estabelecer definições para as atribuições dos funcionários com relação ao cumprimento das

tarefas, descrevendo as tarefas de responsabilidade de cada funcionário.

Definição de Indicadores de resultados - Haverá também a necessidade de

definir os indicadores de resultado, com objetivo de identificar as metas a serem alcançadas.

Esses indicadores apresentam como os funcionários serão recompensados com o alcance da

meta estipulada pelo programa.

Descrever os cargos-chave da empresa - Percebe-se também a necessidade

de identificar os cargos-chave da empresa, aos quais serão determinadas as atribuições e

responsabilidades, relacionando as atribuições do cargo com as respectivas responsabilidades.

Definição das estratégias alternativas de recompensar para retenção dos

funcionários – Para fortalecer o vínculo entre empresa e funcionários, foram criadas

estratégias para motivação recompensando pelo trabalho bem feito.

Identificar aspectos legais - Identificar os aspectos legais do processo,

verificando o impacto nos encargos sociais buscando garantir a sustentabilidade do sistema,

consultando a legislação trabalhista, o sindicato, e determinando o percentual para cada meta.

Análise do estudo do sistema de remuneração por alternativas criativas -

Também se analisou o sistema de remuneração por alternativas criativas. Esse estudo foi

apresentado numa reunião para os envolvidos, no caso o acadêmico, o gestor da empresa e o

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contador da mesma, quando determinaram-se as responsabilidades de cada um com relação à

elaboração e implantação do sistema.

Sensibilização para os funcionários - Foram apresentados aos funcionários

conceitos com relação ao sistema, por meio de conversas individuais, em grupos ou reuniões

coletivas, objetivando a sensibilização. Foram também definidas as estratégias de recompensa

para retenção dos funcionários, com objetivo de estabelecer um vínculo com a empresa.

Treinamento e conscientização – Conhecer os critérios e indicadores do novo

sistema de remuneração, e quais serão os benefícios oferecidos o contribuirão para o

desenvolvimento do mesmo.

Apresentar novo sistema de remuneração ao sindicato - O novo sistema de

remuneração foi apresentado ao sindicato, para respaldo dos aspectos legais, considerando

ainda a legislação trabalhista.

Treinamento voltado ao atendimento ao cliente – Aperfeiçoar a forma de

abordagem ao cliente, oferecendo aos funcionários treinamento e um trabalho de qualidade,

proporcionando um contato mais direto entre funcionário/cliente.

Treinamento para integração e desenvolvimento de equipes – Objetivando

o melhoramento da relação entre funcionários, tornando uma equipe unida, promovendo ajuda

mutua entre os mesmos.

Estudo para desenvolver processos de higienização da empresa e dos

uniformes dos funcionários - Será efetivado um estudo que possibilite desenvolver

processos de higienização para a empresa e para os uniformes utilizados pelos funcionários,

com objetivo de manter o ambiente de trabalho limpo. Esses processos serão implantados por

meio de cronogramas de responsabilidades voltadas para a higienização da empresa, e

beneficiando os funcionários que utilizarem sempre de uniformes limpos e apresentáveis.

Treinamento e cursos relacionados às tarefas desempenhadas –

Objetivando o aperfeiçoamento dos profissionais com relação às tarefas desempenhadas. Essa

ação será efetivada por meio de palestras e cursos profissionalizantes oferecidos pelo

SEBRAE e outras empresas prestadoras desse serviço. Curso de atendente, vendas,

gerenciamento e outros,

Curso e desenvolvimento gerencial - Por meio da análise da respostas obtidas

com os questionários, foi possível perceber a necessidade da implantação de um plano de

treinamento e cursos para aperfeiçoamento do profissional na execução das tarefas. Os

treinamentos seriam oferecidos para o nível gerencial, incluindo a área de vendas.

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Divulgação e implantação do novo sistema alternativo de recompensar –

Para o conhecimento das normas do novo sistema de remuneração e, seus benefícios para

todos.

Criar um sistema de sugestões e reclamações para os funcionários. - Criar

também um sistema de sugestões para os funcionários, o que possibilita a participação dos

mesmos com idéias e sugestões para o progresso da empresa, juntamente com seus

funcionários.

Funcionário destaque do mês - Implantar a política do funcionário do mês,

motivando os funcionários a não faltar, não atrasar, diminuir a taxa de rotatividade e

absenteísmo e o número de reclamações por parte dos clientes.

Programa 5’s – Implantação do programa 5’s, proporcionando melhoria nas

condições de trabalho, e também de um programa de avaliação de desempenho, o qual

objetiva avaliar os funcionários e apresentar um feedback do resultado, orientando os

funcionários com relação as ações corretivas ou preventivas necessárias.

Considerando Vanti (1999) os principais objetivos do programa 5’s consiste no

melhoramento do ambiente de trabalho, promovendo o bem-estar dos funcionários e aumentar

a sua auto-estima; racionalizando o uso de documentos, materiais e equipamentos; reduzir

custos e agilizar os processos de trabalho; facilitar a participação de todos e o inter-

relacionamento pessoal, estimulando a execução de tarefas em equipe, e contribuir para a

melhoria da imagem da instituição.

Avaliação de desempenho – Analisar e avaliar os funcionários apresentando o

feedback do resultado; por meio disso será possível direcionar ações corretivas diretamente no

problema.

Revisão das estratégias alternativas de remuneração oferecida - Será necessário

reformular de quatro em quatro meses a forma de beneficiar os funcionários, juntamente com

as estratégias e alternativas. Isso ocorre de modo a avaliar a sustentabilidade do programa, e

analisar os resultados obtidos por meio deste no ponto de vista da empresa, clientes e

funcionários.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O cenário de transformações ocorridas no âmbito social, econômico, político,

tecnológico, e no conhecimento, exige novas estratégias de recompensa dos talentos nas

organizações que necessitam de mão-de-obra mais qualificada para manterem-se no mercado

globalizado.

Um dos desafios para a gestão de pessoas no atual contexto está relacionado com a

busca de políticas para recompensar o trabalho, considerando que a remuneração na visão dos

funcionários, corresponde à motivação para trabalhar com satisfação no desempenho de suas

tarefas. Neste sentido o presente estudo além de reforçar alguns pontos que precisam ser

melhorados nos processos da empresa, ainda buscou apresentar um novo sistema para

recompensar os funcionários. O resultado do estudo destaca a necessidade de treinamento, o

reconhecimento pelo trabalho realizado, revisão dos benefícios oferecidos e condições físicas

do ambiente de trabalho.

Com relação ao problema de pesquisa averiguou-se que o sistema mais adequado a ser

implantado na empresa IMT Comércio de Combustíveis Ltda é a de Alternativas Criativas,

que é uma nova forma de recompensa vinculada ao desempenho imediato. O reconhecimento

atribuído ao funcionário, o feedback e orientação são muito importantes, porque existe uma

ligação grande entre a motivação, a recompensa e o desempenho, como enfatizam os autores

pesquisados.

A fundamentação aborda diversos autores relacionados ao tema, apontando que este

sistema de remuneração consiste em diversas formas, como: prêmios especiais, bônus,

promoção, dias de folga, convites para cinema, teatro, jantares de comemoração, cartas de

reconhecimento, agradecimentos públicos e outros.

Os autores ressaltam ainda que, além de promover um vínculo entre funcionários e

empresa, estabelece-se um meio de motivação aliado ao desempenho imediato com

indicadores de fácil controle e um custo que permite a sustentabilidade do sistema.

Diante deste contexto analisaram-se dados colhidos por meio da pesquisa aplicada aos

funcionários que responderam espontaneamente a todas as perguntas, podendo-se perceber

que os objetivos propostos foram alcançados.

O método utilizado possibilitou a coleta de informações com relação ao objetivo da

empresa e ao sistema de remuneração mais adequado, para motivar e reter os funcionários.

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Do ponto de vista do acadêmico o processo de aprendizagem, envolvendo além dos

objetivos da empresa a percepção dos funcionários, possibilitou um conhecimento mais

acentuado com relação à função desempenhada pelos administradores de recursos humanos

em uma organização, bem como, a remuneração estratégica de pessoas.

Por meio da análise feita com relação a pesquisa, percebeu-se outros aspectos

necessários para um bom desenvolvimento do sistema, a necessidade de treinamento e

avaliação de desempenho buscando a melhor qualificação da mão-de-obra.

O plano é composto por 21 (vinte e uma) ações que objetivam a praticidade e a

funcionalidade do sistema. Essas ações são remetidas diretamente aos problemas encontrados

no sistema atual de remuneração, os quais foram possíveis de ser analisados com a pesquisa

aplicada.

As ações propostas no plano de ações englobam desde treinamento, análise de cargos,

a identificação dos aspectos legais, processos de higienização do ambiente, disponibilidade de

cursos, estudo da viabilidade da implantação do sistema até a implantação do sistema de fato.

Como novos trabalhos a serem praticados na empresa, sugere-se acompanhamento da

implantação, manutenção e funcionalidade do sistema apresentado nesse estudo.

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APÊNDICES

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APÊNDICE I.

Roteiro para identificar o perfil dos funcionários da IMT Comercio de Combustíveis

Ltda.

Dados Pessoais

Sexo:

( ) Masculino ( ) Feminino

Idade:

( ) 16 a 20 anos ( ) 21 a 25 anos ( ) 26 a 30 anos ( ) 31 anos ou mais

Estado civil:

( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Desquitado ( ) Amasiado

Educação

Qual é a sua escolaridade?

( ) Primeiro grau incompleto (até a 4ª série) ( ) Primeiro grau completo (até a 8ª série)

( ) Segundo grau incompleto ( ) Segundo grau completo ( ) Superior incompleto

Você ainda está estudando?

( ) Sim ( ) Não

Por que você não está estudando? (Obs. Só responder se a reposta da pergunta anterior for

não)

( ) Por causa do horário de trabalho ( ) Por causa da minha idade ( ) Por causa do meu

salário ( ) Não tenho interesse ( ) Outro motivo.

Você gostaria ou pensa em voltar a estudar?

( ) Sim ( ) Não

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Família

Você possui filhos?

( ) Sim, quantos? ______, sendo _____ maiores e _____ menores ( ) Não

Você possui outros dependentes?

( ) Sim, quantos? _______ ( ) Não

Seu cônjuge (esposa ou esposo) trabalha?

( ) Sim ( ) Não

Dados Funcionais

Trabalho

Esse é o seu primeiro emprego?

( ) Sim ( ) Não

Há quanto tempo você trabalha na empresa?

( ) Menos de 6 meses ( ) de 7 a 12 meses ( ) de 13 a 18 meses ( ) de 19 a 24 meses ( ) de 25

a 30 meses ( ) acima de 31 meses.

Cargo atual:

( ) Frentista ( ) Caixa ( ) Administração ( ) Outros

Salário atual

( ) 1 salário mínimo ( ) entre 1 e 2 salários mínimos ( ) entre 2 e 3 salários mínimos ( ) entre

3 e 4 salário mínimos ( ) acima de 4 salário.

Qual a renda total, mensal (aproximada) de sua família? Some o seu salário com o de seu

cônjuge e com o de seus filhos que trabalham.

( ) entre 1 e 2 salários mínimos ( ) 2 e 3 salários mínimos ( ) 3 e 4 salários mínimos ( ) 4 e 5

salários mínimos ( ) acima de 5 salários mínimos.

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Considera a empresa um bom lugar para trabalhar?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho opinião

Indique as três principais razões pelas quais você trabalha na empresa. Colocando 1 na

principal, 2 na segunda mais importante e 3 na terceira.

( ) Salário; ( ) Estabilidade no emprego; ( ) O trabalho que realizo; ( ) Ambiente de

trabalho; ( ) Autonomia no trabalho; ( ) Reconhecimento; ( ) Benefícios oferecidos pela

empresa; ( ) Relacionamento com a chefia; ( ) A falta de opção de um outro emprego;

( ) Prestigio da empresa; ( ) Possibilidade de treinamento; ( ) As chances de progresso

profissional.

A empresa desfruta de boa imagem entre os funcionários?

( ) Sim ( ) Mais ou menos ( ) Não

Você considera a empresa socialmente responsável?

( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho opinião

Dados Sociais

Habitação

Você mora em:

( ) Casa ( ) Apartamento ( ) Quarto ( ) Pensão

Sua residência é:

( ) Própria ( ) Alugada ( ) Emprestada ( ) Morra com os pais

Qual é o tipo de construção de sua residência?

( ) Alvenaria ( ) Madeira ( ) Mista ( ) Outro

Assinale quais desses objetos existem em sua residência?

( ) Geladeira ( ) fogão a gás ( ) freezer ( ) TV ( ) telefone ( )forno microondas ( ) aspirador

de pó ( ) rádio ( ) máquina de lavar ( ) liquidificador ( ) enceradeira ( ) carro ( ) batedeira

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( ) bicicleta ( ) aparelho de som ( ) moto ( ) videocassete ( ) DVD ( ) máquina de lavar

louça.

Transporte

Qual é o meio de transporte que você utiliza para ir ao trabalho?

( ) Carro ( ) Ônibus ( ) Bicicleta ( ) a pé ( ) Moto

Lazer

Você pratica ou participa de algum tipo de esporte?

( ) Sim ( ) Não

Qual o seu esporte favorito?

( ) futebol de campo ( ) futebol de salão ( ) voleibol ( ) basquetebol ( ) peteca ( ) natação

( ) tênis ( ) caminhada ( ) academia ( ) Outros.

Quando você está de folga, o que mais gosta de fazer? Marque de 1 a 22 começando pelos de

maior preferência.

( ) Assistir a programa de televisão ( ) Organizar a casa ( ) Descansar ( ) Ir ao cinema ( )

Ler jornal ( ) Ler livro ( ) Ler revistas ( ) Visitar amigos e parentes ( ) Praticar algum

esporte de sua preferência ( ) Fazer compras ( ) Jogar cartas ( ) Ir à praia ( ) Ir à igreja ( ) Ir

ao baile ( ) Pescar/caçar ( ) Ir ao teatro ( ) Fazer ginástica ( ) Caminhar na praia ( ) Ouvir

música ( ) Passear ( ) Viajar ( ) Fazer cursos

Saúde

Você tem boas condições de saúde?

( ) Sim

( ) Não, Por quê? ____________________________

Você toma algum tipo de remédio continuamente?

( ) Pressão alta ( ) Coração ( ) Diabete ( ) Depressão ( ) Stress ( ) Outro _____________

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Sua família tem algum tipo de assistência médica particular?

( ) Sim ( ) Não

Você e seus familiares costumam ir regularmente ao dentista?

( ) Sim ( ) Não

Objetivos

Qual é o meio que você mais utiliza para se manter informado sobre os fatos atuais?

( ) Jornal escrito ( ) Jornal falado (rádio) ( ) Jornal falado (TV) ( ) Revistas ( ) Outras

pessoas ( ) Não tenho me mantido informado

Na sua família tem:

( ) Alguém que bebe (alcoólatra) ( ) Algum doente físico ( ) Algum doente mental ( )

Algum viciado em drogas ( ) Algum portador de doença crônica ( ) Não possuí nenhum com

essas características.

Em relação a gastos mensais, marque as três de maior gasto.

( ) Habitação (aluguel/financiamento) ( ) Transporte ( ) Educação ( ) Saúde ( ) Lazer ( )

Alimentação ( ) Roupas

Você costuma cortar o cabelo:

( ) Uma vez por mês ( ) Duas vezes por mês ( ) Três vezes por mês

Você vai ao salão de beleza:

( ) Toda semana ( ) Uma vez por mês ( ) Raramente ( ) Ocasião de festa ( ) Nunca

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APÊNDICE II.

Roteiro para diagnosticar o sistema atual de remuneração da IMT Comercio de

Combustíveis Ltda.

COMUNICAÇÃO INTERNA

1. O que a empresa faz para se distinguir dos seus competidores?

2. Quais são os pontos fortes da empresa?

3. Quais são os pontos fracos da empresa?

4. Que critérios são adotados para orientar os funcionários em relação as suas atribuições

e responsabilidades? De que modo eles podem questioná-las?

5. De que maneira a empresa reconhece o trabalho bem feito pelos funcionários?

6. De que forma a empresa informa para os funcionários como devem se comportar

dentro do ambiente de trabalho?

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

7. Como é feito o recrutamento e seleção do pessoal? Quais as fontes usadas para o

recrutamento?

8. Como é feito o treinamento de pessoal? Existe um programa de treinamento?

Como é elaborado? Como é executado? Como é avaliado?

9. Que tipo de treinamento a empresa oferece aos funcionários?

10. Como é feito o levantamento das necessidades de treinamento da empresa?

ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS

11. Qual é a política salarial da empresa?

12. Como o sindicato dos trabalhadores influencia no salário dos funcionários da

empresa?

13. Qual indicador se utiliza para verificar se a remuneração oferecida para os

funcionários é justa em relação ao trabalho que executam?

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14. Que critérios a empresa utiliza para comparar o salário pago aos seus funcionários ao

de outras pessoas que executam tarefas semelhantes em empresas do mesmo ramo?

ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS/BENEFICIOS

15. A empresa oferece algum tipo de benefícios para os funcionários?

16. Qual o objetivo da empresa em oferecer benefícios aos funcionários?

17. Como a empresa percebe que os benefícios oferecidos atendem as necessidades dos

funcionários?

18. Há possibilidades de oferecer outros tipos de benefícios aos funcionários? Quais?

19. Como a empresa avalia o desempenho dos funcionários?

HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

20. Quais as práticas de higiene e segurança no trabalho que a empresa possui?

RELAÇÕES INTERPESSOAIS

21. Como a empresa vê a relação entre funcionários? Eles se ajudam mutuamente?

ABSENTEISMO E ROTATIVIDADE

22. Quais são as causas do absenteísmo na empresa? E da rotatividade em geral?

23. A empresa pode ser considerada competitiva na forma de remuneração no mercado de

trabalho?

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APÊNDICE III.

Roteiro para identificar a percepção dos funcionários em relação ao sistema atual de

remuneração da IMT Comercio de Combustíveis Ltda.

COMUNICAÇÃO INTERNA

1. Você é orientado pela empresa em relação às atribuições e responsabilidades?

( ) No momento de contratação ( ) No decorrer do tempo de experiência ( ) Só

quando é necessário ( ) Nunca foi orientado

2. Você é reconhecido quando realiza um trabalho bem feito?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

3. É permitido que você faça questionamento?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

4. Em sua opinião a empresa reconhece o trabalho bem feito pelos funcionários?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

Como?

5. Você é informado de como deve ser portar dentro do ambiente de trabalho?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

6. Os funcionários são informados de como ocorre o processo de recrutamento e seleção

da empresa?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

7. A empresa oferece treinamento para os funcionários?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS/BENEFICIOS

8. Em sua opinião como é feito o calculo do seu salário?

( ) De acordo com o sindicato ( ) Sindicato + Horas extras ( ) Sindicato + Horas extras +

comissão ( ) Tempo de serviço ( ) Desconheço o calculo

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9. Na pratica você acredita que sua empresa respeita o principio de remuneração (salário

+ beneficio) igual para quem desempenha as mesmas atividades?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

10. Você sabe se a empresa verifica periodicamente a relação entre salários interno e os do

mercado?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca ( ) Não tenho conhecimento

11. Do seu ponto de vista as promessas relacionadas ao contrato de trabalho são

cumpridas pela empresa?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

12. Como o sindicato dos trabalhadores influência no seu salário?

( ) Reajustes anuais ( ) Não influência no salário ( ) Não tenho conhecimento

13. Você concorda que o seu salário pode ser comparado com o de outras pessoas que

executam tarefas semelhantes às suas em outras empresas do mesmo ramo?

( ) Concordo ( ) Concordo em partes ( ) Discordo ( ) Discordo em partes

14. Em sua opinião qual dos benefícios citados será de melhor satisfação se a empresa

pode-se vir a oferecer?

( ) Cesta-básica ( ) Seguro de vida ( ) Plano de saúde ( ) Vale transporte ( ) Auxilio

doença ( ) Bolsa de estudo ( ) Materiais didáticos “livros” ( ) Outro _______________

AVALIAÇÃO DE TREINAMENTO E DESEMPENHO

15. Você é avaliado em relação ao desempenho de seu trabalho?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

16. Você sabe quem avalia o resultado do seu trabalho?

( ) Gerente Geral ( ) Gerente de loja ( ) Gerente de pista

17. Você recebe treinamento para a realização do seu trabalho?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

18. Você acha que há necessidade de treinamento na empresa?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

19. Você é orientado quando vai realizar uma nova tarefa?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

HIGIENE E SEGURANAÇA NO TRABALHO

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20. A empresa utiliza praticas de higiene e segurança no trabalho?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

Cite algumas?

RELAÇÕES INTERPESSOAIS

21. Como você avalia as condições de trabalho oferecidas pela empresa? (instalações,

banheiro, uniforme, assistência, refeitório)?

( ) Péssima ( ) Ruim ( ) Bom ( ) Excelente

O que poderia melhorar?

22. Como é a relação entre você e seus colegas de trabalho?

( ) Péssima ( ) Ruim ( ) Bom ( ) Excelente

23. Vocês se ajudam mutuamente?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca

24. Coloque um (1) no fator que gera maior insatisfação e dois (2) no segundo fator maior

fatores que gera insatisfação.

( ) Horário de trabalho

( ) Salário

( ) Falta de reconhecimento

( ) Falta de treinamento

( ) Sobrecarga de trabalho

( ) Relacionamento com a chefia

25. Em sua opinião quais são os pontos fracos da empresa?

26. Em sua opinião quais são os pontos fortes da empresa?

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DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente de estágio MARLI INÊS TOIGO VON DENTZ, IMT

COMERCIO DE COMBUSTÍVEIS LTDA, declara, para os devidos fins, que o estagiário

CRISTIANO RAFAEL VON DENTZ, aluno do curso de Administração do Centro de

Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA/Gestão da Universidade do Vale de Itajaí –

UNIVALI, cumpriu a carga horária prevista para o período de 19/10/2008 a 22/08/2009,

seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas

internas.

Barra Velha, 22 de agosto de 2009

______________________________________________

Marli Inês Toigo Von Dentz

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

________________________________________

Cristiano Rafael Von Dentz

Estagiário

_______________________________________

Marli Inês Toigo Von Dentz

Supervisor de campo

________________________________________

Justina da Costa Rodrigues

Orientador de estágio

________________________________________

Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelos Estágios em Administração