Uma Abordagem para a Gerência de Recursos Humanos de...

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – VRPPG Mestrado em Informática Aplicada – MIA Shamya Ribeiro Gomes Morais Uma Abordagem para a Gerência de Recursos Humanos de Organizações de Software Fortaleza – Ceará 2009

Transcript of Uma Abordagem para a Gerência de Recursos Humanos de...

FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – VRPPG Mestrado em Informática Aplicada – MIA

Shamya Ribeiro Gomes Morais

Uma Abordagem para a Gerência de Recursos Humanos de

Organizações de Software

Fortaleza – Ceará

2009

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – VRPPG Mestrado em Informática Aplicada – MIA

Shamya Ribeiro Gomes Morais

Uma Abordagem para a Gerência de Recursos Humanos de

Organizações de Software

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em

Informática Aplicada da Universidade de

Fortaleza (UNIFOR) como parte dos requisitos

necessários para a obtenção do Título de Mestre

em Informática Aplicada.

Orientador: Prof. Dr. Adriano Bessa Albuquerque

Fortaleza – Ceará

2009

______________________________________________________________________________ M827a Morais, Shamya Ribeiro Gomes. Uma abordagem para a gerência de recursos humanos de organizações de software / Shamya Ribeiro Gomes Morais. - 2009. 193 f. Dissertação (mestrado) – Universidade de Fortaleza, 2009. “Orientação: Prof. Dr. Adriano Bessa Albuquerque.” 1. Engenharia de software. 2. Qualidade de software. 3 Recursos humanos. I. Título. CDU 681.3:004.41 ______________________________________________________________________________

"A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original".

Albert Einstein

Dedicatória

À minha família, em especial à

minha filha Daniela, a quem

já amo infinitamente.

Agradecimentos

A Deus, pelas conquistas alcançadas e também pelos desafios e forças necessários para

que eu possa continuar a caminhada em busca das minhas metas.

Aos meus pais, Nonato e Nilce, que durante toda a minha vida têm sido minha maior

fonte de idéias e construção de valores. Por serem sempre tão amorosos, cuidadosos e

atenciosos. Tudo o que tenho em minha vida foi proporcionado com a ajuda deles, por isso,

devo a eles mais do que jamais tomarão conhecimento.

Ao meu marido, Daniel, pelo amor, carinho e cumplicidade de sempre, pela paciência

nos momentos em que fiquei ausente e por sempre acreditar e compartilhar dos meus sonhos e

ideais.

Aos meus irmãos, pelo apoio ao longo deste trabalho e de toda minha vida.

Ao meu orientador, professor Adriano Bessa, pelo entusiasmo e pela valiosa e

inestimável ajuda e participação no desenvolvimento e revisões deste trabalho. Você é um

grande mestre!

Ao eterno amigo e mestre professor Arnaldo Dias Belchior [in memorian] pelo seu

apoio e constante incentivo no início da minha jornada como mestranda. Você foi um grande

marco na minha vida acadêmica e profissional.

Aos professores Fábio Bianchi e Elizabeth Furtado, por terem aceitado participar da

banca examinadora dessa dissertação de mestrado e pelas considerações acrescentadas a este

trabalho.

Ao professor Nabor, pelo apoio durante um longo período do meu mestrado. Ao

professor Plácido, pelo apoio e incentivo desde o início do curso e, principalmente, ao final

deste. Aos demais professores do MIA, que, direta ou indiretamente, também participaram de

toda a minha jornada como mestranda, sempre dispostos a ajudar.

À Luciana, Laise, Fábio, Andréia e Adriana, pela grandiosa ajuda na implementação,

implantação e ajustes do processo proposto e por sempre me receberem tão bem durante as

nossas reuniões e também por acreditarem na melhoria trazida pelo processo.

Ao BNB, pelo auxílio financeiro concedido. Aos colegas do BNB, pelo entusiasmo e

incentivo, principalmente nos momentos difíceis.

Aos colegas do Curso de Mestrado do MIA, pelas conversas e companheirismo.

A todos que acreditaram no meu trabalho.

Resumo da Dissertação apresentada ao MIA/UNIFOR como parte dos requisitos

necessários para a obtenção do título de Mestre em Informática Aplicada.

UMA ABORDAGEM PARA A GERÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS DE

ORGANIZAÇÕES DE SOFTWARE

Shamya Ribeiro Gomes Morais

Julho de 2009

Orientador: Adriano Bessa Albuquerque

Programa: Informática Aplicada

Este estudo trata do tema gerência de recursos humanos (GRH), destacando que as

organizações somente serão bem sucedidas se souberem escolher a forma adequada de

gerenciar seu capital humano, atualmente, o principal ativo organizacional. Atentando para o

fato de que gerenciar recursos humanos não é uma tarefa simples, trata-se de um processo de

longo prazo e que envolve, necessária e principalmente, uma grande mudança da cultura

organizacional. Este trabalho apresenta uma proposta para um processo de Gerência de

Recursos Humanos, considerando os processos organizacionais de treinamento, recrutamento

e seleção, avaliação de desempenho dos colaboradores e gestão do conhecimento. O referido

processo é aderente ao MPS.Br e foi definido a partir de uma ampla revisão bibliográfica,

tendo sido executadas algumas de suas atividades em um caso real. Com este trabalho

podemos ter uma maior compreensão da importância da implantação de um processo de

GRH, bem organizado e baseado em boas práticas nacionais e internacionais, para o sucesso

das organizações na atual Sociedade do Aprendizado.

Abstract of Dissertation presented to MIA/UNIFOR as a partial fulfillment of the

requirements for the degree of Master in Applied Informatics.

AN APPROACH FOR THE MANAGEMENT OF HUMAN RESOURCES OF

ORGANIZATIONS IN SOFTWARE

Shamya Ribeiro Gomes Morais

July 2009

Advisor: Adriano Bessa Albuquerque

Program: Informática Aplicada

This work deals with human resources management (HRM), highlighting that only

organizations which know how to manage adequately their human capital, the main

organizational asset, will obtain the success. However, to manage human resources is not a

trivial task and can be thought as a long term process that encompasses the need of a large

organizational culture change. This dissertation presents a process to manage the human

resources of software organizations, considering the following organizational processes:

training, hiring and selection, collaborator’s performance evaluation and knowledge

management, which permit to identify critical points and to define an effective program of

human resource management. This process is adherent to MPS.Br and was set from an

extensive literature review, being executed some activities on a real experience. This work

could provide a better understanding of the importance of establishing a process of HRM,

well organized and based on best practice national and international organizations for

success in today's Learning Society.

Sumário

Introdução ............................................................................................................... 17

1.1. Motivação ................................................................................................................. 17

1.2. Objetivos................................................................................................................... 18

1.3. Organização do Trabalho .......................................................................................... 19

Gestão de Recursos Humanos ................................................................................ 21

2.1. Introdução................................................................................................................. 21

2.2. Treinamento.............................................................................................................. 24

2.3. Recrutamento e Seleção ............................................................................................ 28

2.4. Gestão e Avaliação de desempenho........................................................................... 32

2.5. Gestão do Conhecimento........................................................................................... 36

2.5.1. Dado, Informação, Conhecimento e Competência............................................... 37

2.5.1.1. Dado............................................................................................................ 37

2.5.1.2. Informação .................................................................................................. 37

2.5.1.3. Conhecimento.............................................................................................. 38

2.5.1.4. Competência................................................................................................ 42

2.5.1.5. Processo de Implementação de Gerência do Conhecimento ......................... 42

2.6. Conclusão ................................................................................................................. 46

Normas da Qualidade e a Gestão de Recursos Humanos...................................... 47

3.1. Introdução................................................................................................................. 47

3.2. NBR ISO 10015: Gestão da Qualidade - Diretrizes para Treinamento ....................... 48

3.3. NBR ISO 9001: Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos ................................ 51

3.4. NBR ISO 9004: Sistemas de Gestão da Qualidade – Diretrizes para Melhoria de

Desempenho .................................................................................................................... 52

3.5. NBR ISO 10006: Gestão da Qualidade – Diretrizes para a Qualidade no

Gerenciamento de Projetos............................................................................................... 57

3.6. ISO/IEC 12207: Tecnologia de Informação – Processos de Ciclo de Vida de Software

........................................................................................................................................ 59

3.6.1. Processo de Recursos Humanos.......................................................................... 62

3.6.1.1. Gestão de Recursos Humanos ...................................................................... 65

3.6.1.2. Treinamento ................................................................................................ 65

3.6.1.3. Gestão do Conhecimento ............................................................................. 65

3.7. Conclusão ................................................................................................................. 66

Recursos Humanos em Modelos de Maturidade de Software e Frameworks de

Processos de Desenvolvimento de Software............................................................ 67

4.1. Introdução................................................................................................................. 67

4.2. CMMI-DEV versão 1.2............................................................................................. 67

4.2.1. O CMMI e a Gestão de Pessoas.......................................................................... 70

4.3. MPS.Br ..................................................................................................................... 73

4.3.1. Descrição do MR-MPS.Br.................................................................................. 74

4.3.2. Os Níveis de Maturidade do MPS.Br.................................................................. 76

4.3.2.1. Nível G – Parcialmente Gerenciado ............................................................. 76

4.3.2.2. Nível F – Gerenciado................................................................................... 76

4.3.2.3. Nível E – Parcialmente Definido.................................................................. 77

4.3.2.4. Nível D – Largamente Definido ................................................................... 77

4.3.2.5. Nível C – Definido ...................................................................................... 77

4.3.2.6. Nível B – Gerenciado Quantitativamente ..................................................... 77

4.3.2.7. Nível A – Em Otimização ............................................................................ 78

4.3.3. MPS.Br e o Processo de Gerenciamento de Recursos Humanos.......................... 79

4.4. Framewoks de Desenvolvimento de Software............................................................ 84

4.4.1. EUP.................................................................................................................... 85

4.4.1.1. A disciplina de Gestão de Pessoas do EUP................................................... 86

4.5. Conclusão ................................................................................................................. 87

Uma abordagem de Gerência de Recursos Humanos para Organizações de

Software ................................................................................................................... 88

5.1. Introdução................................................................................................................. 88

5.2. O Processo ................................................................................................................ 89

5.2.1. Atividade: Revisar e Atualizar Necessidades Estratégicas da Organização.......... 90

5.2.2. Atividade: Avaliar e Comunicar Desempenho dos Colaboradores....................... 92

5.2.3. Atividade: Gerenciar Desligamento dos Profissionais ......................................... 94

5.2.3.1. Tarefa: Rescisão do Contrato de Trabalho.................................................... 95

5.2.3.2. Tarefa: Repassar Conhecimento................................................................... 96

5.2.3.3. Tarefa: Encerrar Atividades ......................................................................... 97

5.2.3.4. Tarefa: Quitação do Contrato de Trabalho ................................................... 97

5.2.4. Atividade: Gerenciar Treinamento...................................................................... 98

5.2.4.1. Tarefa: Registrar Necessidades de Treinamento ........................................... 99

5.2.4.2. Tarefa: Planejar Treinamento..................................................................... 100

5.2.4.3. Tarefa: Estabelecer Infra-Estrutura Adequada para Realização do Treinamento

Interno ................................................................................................................... 101

5.2.4.4. Tarefa: Realizar e Avaliar Treinamento ..................................................... 103

5.2.4.5. Tarefa: Melhorar Estratégia de Treinamento .............................................. 105

5.2.5. Atividade: Gerenciar Recrutamento e Seleção .................................................. 107

5.2.5.1. Tarefa: Buscar, Internamente à Organização, Recurso com Competência

Requerida............................................................................................................... 107

5.2.5.2. Tarefa: Buscar, Externamente à Organização, Recurso com Competência

Requerida............................................................................................................... 108

5.2.6. Atividade: Gerenciar Conhecimento ................................................................. 110

5.2.6.1. Tarefa Identificar Conhecimento................................................................ 111

5.2.6.2. Tarefa: Criar Rede de Especialistas............................................................ 113

5.2.6.3. Tarefa: Coletar, Organizar e Armazenar Conhecimento ............................. 114

5.2.6.4. Tarefa: Disseminar Conhecimento ............................................................. 115

5.2.6.5. Tarefa Manter Base de Conhecimento........................................................ 116

5.3. Mapeamento entre o Processo Proposto de Gerência de Recursos Humanos (GRH –

Proposto) e os Resultados Esperados e Atributos de Processo do Processo de GRH do nível

E do MPS.Br (GRH – MPS.Br)...................................................................................... 118

5.4. Conclusão ............................................................................................................... 119

Experiência de Uso do Processo de Gerenciamento de Recursos Humanos

Proposto..................................................................................................................120

6.1. Introdução............................................................................................................... 120

6.2. Perfil da Empresa .................................................................................................... 120

6.3. Análise da situação da organização, em relação ao seu processo de GRH................ 121

6.4. Adequação e Implantação do Processo GRH – Proposto na organização ................. 127

6.4.1. Atividade: Revisar e Atualizar Necessidades Estratégicas da Organização........ 127

6.4.2. Atividade: Avaliar e Comunicar Desempenho dos Colaboradores..................... 128

6.4.3. Atividade: Gerenciar Desligamento dos Profissionais ....................................... 129

6.4.4. Atividade: Treinamento.................................................................................... 129

6.4.4.1. Tarefa: Registrar Necessidades de Treinamento ......................................... 129

6.4.4.2. Tarefas: Planejar Treinamento e Estabelecer Infra-Estrutura Adequada para

Realização do Treinamento (Interno)...................................................................... 130

6.4.4.3. Tarefa: Realizar e Avaliar Treinamento ..................................................... 130

6.4.4.3. Tarefa: Melhorar Estratégia de Treinamento .............................................. 131

6.4.5. Atividade: Recrutamento e Seleção .................................................................. 131

6.4.5.1. Tarefas: Buscar, Internamente à Organização, Recurso com Competência

Requerida e Buscar, Externamente à Organização, Recurso com Competência

Requerida............................................................................................................... 131

6.4.6. Atividade: Gerenciar Conhecimento ................................................................. 132

6.4.6.1. Tarefa: Identificar Conhecimento............................................................... 132

6.4.6.2. Tarefa: Coletar, Organizar e Armazenar Conhecimento ............................. 132

6.4.6.3. Tarefas: Criar Rede de Especialistas e Disseminar Conhecimento.............. 133

6.4.6.4. Tarefa: Manter Base de Conhecimento ...................................................... 133

6.5. Conclusão ............................................................................................................... 134

Conclusão ...............................................................................................................135

7.1. Contribuições .......................................................................................................... 136

7.2. Limitações .............................................................................................................. 136

7.3. Trabalhos Futuros ................................................................................................... 136

Referências Bibliográficas .....................................................................................138

APÊNDICE I ..........................................................................................................147

Atividades e Tarefas do Processo GRH.......................................................................... 147

APÊNDICE II ........................................................................................................164

Templates ...................................................................................................................... 164

Ata de Reunião .......................................................................................................... 165

Avaliação de Desempenho do Colaborador ................................................................ 166

Avaliação de Eficiência do Treinamento .................................................................... 168

Documento de Necessidades Estratégicas da Organização.......................................... 171

Políticas da Gerência de Recursos Humanos (GRH)................................................... 174

E-mail de feedback do resultado da avaliação de desempenho dos colaboradores ....... 175

Entrevista................................................................................................................... 176

Plano de Ações Corretivas de GRH............................................................................ 177

Plano de Treinamento ................................................................................................ 178

APÊNDICE III .......................................................................................................181

Artefatos preenchidos durante o exemplo de uso do processo de proposto de GRH........ 181

Necessidades Estratégicas da Organização ................................................................. 182

Políticas da Gerência de Recursos Humanos (GRH)................................................... 186

Plano de Treinamento ................................................................................................ 190

Lista de Figuras

Figura 2.1 – Processos de conversão do conhecimento (NONAKA e TAKEUCHI, 1997).... 41

Figura 2.2 – Transformação de dados em informações e conhecimento (SILVA FILHO, 2006)

.................................................................................................................................... 41

Figura 3.1 – Ciclo de treinamento (ISO 10015, 2001) .......................................................... 51

Figura 4.1 – Áreas de Processo (PA’s) do CMMI por Nível de Maturidade.......................... 70

Figura 4.2 – Níveis do MPS.Br e suas relações com os níveis do CMMI.............................. 76

Figura 4.3 – EUP e o ciclo de vida de TI (AMBLER et al, 2005) ......................................... 85

Figura 4.4 – Fluxo de trabalho da disciplina de gestão de pessoas do EUP (AMBLER et al,

2005). .......................................................................................................................... 87

Figura 5.1 – Processo de Gerência de Recursos Humanos (GRH) ........................................ 89

Figura 5.2 – Atividade Gerenciar Desligamento dos Profissionais........................................ 95

Figura 5.3 – Atividade Gerenciar Treinamento..................................................................... 98

Figura 5.4 – Atividade Gerenciar Recrutamento e Seleção ................................................. 107

Figura 5.5 – Atividade Gerenciar Conhecimento................................................................ 111

Lista de Tabelas

Tabela 4.1 – Papéis e Responsabilidades da PA Treinamento Organizacional (OT ) do CMMI

.................................................................................................................................... 72

Tabela 4.2 – Níveis de maturidade do MR-MPS .................................................................. 78

Tabela 5.1 – Mapeamento entre as tarefas do GRH – Proposto e os Resultados Esperados do

GRH – MPS.Br.......................................................................................................... 118

17

Capítulo 1

Introdução

Este capítulo apresenta uma introdução a esse trabalho, definindo os motivos e objetivos da escolha do tema, além das limitações e da organização desse trabalho.

1.1. Motivação

Uma das principais necessidades de projetos de desenvolvimento de software é a entrega de

um produto de qualidade que obedeça ao prazo e orçamento estipulados e atenda aos

requisitos do cliente (ESPINHA, 2007) e um dos principais desafios enfrentados pelas

organizações na busca para o atendimento dessa necessidade é o de gerenciamento dos seus

recursos humanos. Partindo da premissa de que a qualidade do produto desenvolvido está

intimamente relacionada à qualidade dos processos utilizados nesse desenvolvimento e que a

correta utilização desses processos está intimamente relacionada com o empenho e qualidade

dos profissionais que o executam, percebemos que o investimento na implementação e

implantação de processos que auxiliem no desenvolvimento de software e na gestão dos

recursos humanos que executam esses processos é de extrema valia para se conseguir

alcançar bons resultados em organizações de desenvolvimento de sistemas.

Embora muitas organizações tenham o conhecimento da importância da utilização de

um processo, definido e otimizado, que permita a correta gerência de seus recursos humanos e

dessa forma as façam obter melhores resultados em seus investimentos, muitas outras,

principalmente as brasileiras, não dispõem de recursos financeiros suficientes nem encontram

tempo para definir, organizar ou institucionalizar um processo dessa importância de forma

satisfatória, pois a atividade de definição de um processo de gestão de pessoas pode tornar-se

exaustiva no momento em que esta demanda uma grande quantidade de pesquisa,

experimentação e estudo. A quantidade de variáveis que devem ser consideradas ao longo da

implantação deste processo definido, como motivação e integração da equipe, características

da organização e cultura organizacional é um fator que aumenta ainda mais a complexidade

desta atividade.

Visando solucionar este problema elaboramos um processo de gerência de recursos

humanos (GRH) que tenta agrupar boas práticas sugeridas em alguns dos mais conhecidos

18

modelos de maturidade utilizados por organizações que desenvolvem software, MPS.Br

[SOFTEX, 2007a] e CMMI [CMMI-DEV, 2006], e também em algumas Normas de Qualidade

internacionalmente conhecidas e aceitas, por exemplo a ISO 12207 [ISO/IEC 12207, 2008].

Esse trabalho, resultado de uma vasta pesquisa bibliográfica sobre o tema, define um

modelo de processo de GRH, direcionado principalmente para a realidade das micro,

pequenas e médias empresas brasileiras, que parte da premissa de que o gerenciamento de

pessoas em uma organização de software deve preocupar-se desde o recrutamento e seleção

de profissionais qualificados, partindo pelo planejamento de treinamentos quando necessário

para o desenvolvimento de um novo conhecimento e também para apoio à execução dos

trabalhos, e indo além, gerindo também o conhecimento desses profissionais, fazendo com

que ativos intangíveis sejam agregados ao patrimônio da organização.

Procuramos montar um processo bem completo e amplo, mas que fosse descrito de

uma forma simplificada, que fosse de fácil utilização e que pudesse atender a diversas

empresas, mas, principalmente, as micro, pequenas e médias empresas brasileiras. Tentamos

indicar, de forma objetiva, como um processo de GRH deve ser customizado, implementado e

utilizado, isto é, como ele deve ser encaixado em um processo produtivo já existente. Outra

preocupação foi com a aderência desse processo ao modelo de maturidade MPS.Br. Dessa

forma, espera-se facilitar a implantação de um processo de GRH nas empresas, contribuindo

para a melhoria contínua das atividades do desenvolvimento de software e o crescimento da

organização, que está diretamente ligado ao empenho e qualidade de suas equipes de trabalho.

Além, é claro, de atender a necessidade de implantação de processos mais eficientes e

aderentes à modelos de maturidade e normas de qualidade.

1.2. Objetivos

Alterar a forma de gerir pessoas, não é uma tarefa simples. Trata-se de um processo de longo

prazo e que envolve, necessária e principalmente, uma grande mudança da cultura

organizacional. Diante da importância deste tema e do conhecimento de que a grande maioria

das organizações brasileiras que desenvolvem software são micro ou pequenas e que seus

donos não têm conhecimento suficiente para tratar de questões relacionadas a pessoas, visto

terem uma formação mais tecnológica, percebe-se a necessidade da definição e

implementação de uma solução robusta para a Gestão de Pessoas, aumentando as chances das

organizações de software se manterem mais competitivas e terem uma maior sobrevida.

19

O objetivo deste trabalho foi fazer uma análise das abordagens de gestão de pessoas

nas principais normas e modelos de qualidade de Engenharia de Software. Além disso, definir

e executar em um caso real, uma abordagem de RH que fosse adequada à realidade das

organizações de software brasileiras, na sua maioria micro, pequenas e médias e que fosse

aderente ao MPS.Br, visto ser um modelo de maturidade brasileiro e tratar a gestão de pessoas

de uma forma mais ampla. Esse processo, ao ter como foco as pessoas, visa assegurar que a

empresa maximize o valor do recurso mais importante nos dias de hoje – o conhecimento.

1.3. Organização do Trabalho

Este trabalho está organizado em sete capítulos, incluindo esta introdução, além de um

conjunto de apêndices descritos resumidamente a seguir:

No Capítulo 2 são apresentados alguns conceitos relacionados à Gestão de Pessoas e

também aos seus processos correlatos de gestão do conhecimento, treinamento, recrutamento

e seleção, avaliação de desempenho e planejamento organizacional.

No Capítulo 3 são apresentadas as principais Normas de Qualidade bastante

conhecidas e aceitas pelas organizações brasileiras e suas preocupações e envolvimento com

questões relacionadas à gestão dos recursos humanos das organizações.

O capítulo 4 apresenta dois dos principais modelos de maturidade de software, CMMI

e MPS.Br, e seus processos relacionados à gestão de recursos humanos. Apresenta também o

EUP, um processo de desenvolvimento de software que aborda assuntos relativos à gestão de

pessoas e que baseia-se no RUP.

O Capítulo 5 apresenta o Processo Proposto de Gerência de Recursos Humanos (GRH

– Proposto) através da descrição das atividades e apresentação das tarefas que o compõem. A

implementação desse processo busca melhores resultados organizacionais. Apresenta também

um mapeamento entre os resultados esperados do processo de GRH do MPS.Br e as tarefas

definidas para o Processo Proposto.

O capítulo 6 apresenta uma experiência de uso da abordagem em uma empresa de

desenvolvimento de software do Ceará.

Finalmente, no Capítulo 7, apresentamos a conclusão deste trabalho e possíveis

trabalhos futuros são indicados como próximos passos.

O apêndice I descreve o processo de gerência de recursos humanos de uma forma bem

detalhada e de fácil visibilidade das atividades e tarefas desse processo. O apêndice II contém

20

os principais templates dos artefatos gerados com a execução do Processo Proposto de GRH.

O apêndice III contém os documentos preenchidos durante a experiência de uso.

21

Capítulo 2

Gestão de Recursos Humanos

Este capítulo aborda conceitos relacionados à Gestão de Recursos Humanos, envolvendo questões relacionadas a treinamento, recrutamento e seleção, avaliação de desempenho e gestão do conhecimento.

2.1. Introdução

As empresas são formadas por pessoas, e o crescimento da organização está diretamente

ligado ao empenho e qualidade de suas equipes de trabalho. Um estudo realizado por Agarwal

e Ferrat (2001) sugere que as organizações mais bem sucedidas na retenção do seu talento

humano de Tecnologia da Informação (TI) são aquelas que possuem uma estratégia

organizacional de gestão de pessoas.

Para ter sucesso, as organizações precisam de funcionários que compreendam

claramente os seus objetivos estratégicos e sejam capazes de se ajustar à medida que as

necessidades de negócios surgem ou evoluem. Nesse contexto, percebe-se a necessidade da

adoção de uma solução robusta de Gestão de Pessoas, que seja capaz de alinhar as atividades

dos funcionários à estratégia organizacional, fazendo com que os funcionários fiquem mais

responsáveis, motivados e concentrados.

Gestão de pessoas é hoje, participação, capacitação, envolvimento e desenvolvimento

do bem mais precioso de uma organização: o capital humano, que nada mais são que pessoas

que a compõe. A gestão de pessoas baseia-se no fato de que o desempenho de uma

organização depende fortemente da contribuição das pessoas que a compõem e da forma

como as pessoas estão organizadas, são estimuladas e capacitadas, e como são mantidas num

ambiente de trabalho cujo clima organizacional é adequado.

A função do RH é uma das mais nobres em toda a organização e espera-se que seja

multidisciplinar, com visão integrada da organização nos aspectos econômico, antropológico,

psicológico e social.

A área de Recursos Humanos é (ou deveria ser) a principal responsável pela

administração e desenvolvimento do capital humano nas organizações. A abertura de

mercados e a competitividade atual estão dando uma nova dimensão à gestão de Recursos

Humanos. As organizações vêm sendo pressionadas em direção à modernização na forma de

22

gerir pessoas: se por um lado essas necessitam do maior envolvimento e comprometimento

das pessoas, para garantir o seu crescimento, por outro, também as pessoas estão mudando sua

expectativa perante o trabalho.

Um dos grandes desafios do gerenciamento de recursos humanos é que as empresas

necessitam de pessoas capacitadas e engajadas para compor seu quadro funcional e a área de

Recursos Humanos deve buscar fontes de estímulo, recompensa e aprendizagem contínua

para esses talentos.

Eficiência é a palavra de ordem. Não basta colocar o profissional em seu posto de

trabalho, é preciso fornecer a este os recursos necessários para o seu desenvolvimento

profissional e pessoal, e tudo isso deve ser feito sem perder o foco nas estratégias de negócio

da organização e também sem perdas monetárias, para que ambos, organização e profissional,

fiquem satisfeitos e o relacionamento entre estes seja intensificado. Deve haver sinergia entre

os objetivos organizacionais e pessoais, quando se busca o alcance dos resultados.

Procura-se nos dias de hoje, para que as organizações alcancem melhores resultados, a

implementação de uma Gerência de Recursos Humanos mais ativa e melhor organizada, e

que, além de saber lidar com as pessoas, ouvir, liderar, ter boa comunicação e facilidade para

trabalhar em equipe, também esteja sintonizada com os negócios da empresa, com as novas

demandas do mercado e saiba preparar os profissionais da organização para as constantes

mudanças.

Toda essa mudança está sendo benéfica tanto para os profissionais quanto para as

organizações. Dentre alguns benefícios produzidos para as organizações, a partir da adoção

desta nova postura de trabalho da área de Recursos Humanos, podemos identificar os

seguintes (RABAGLIO, 2001, BOHLANDER et al, 2005)

• Redução do turnover de colaboradores (rotatividade);

• Redução dos índices de absenteísmo;

• Incremento dos níveis de satisfação e produtividade dos colaboradores;

• Reconhecimento da empresa como uma boa entidade para desenvolver a atividade

profissional dos trabalhadores em geral;

• Melhor desenvolvimento e desempenho dos profissionais;

• Melhoria na competitividade, a partir da melhoria da qualidade dos funcionários;

• Ênfase na criatividade, informalidade dentro da formalidade, valores e cultura,

adaptação e mudanças;

23

• Transformação das dificuldades em oportunidades por meio da cooperação de seus

funcionários;

• Ênfase no aprendizado contínuo, que depende do compartilhamento de

informação.

Para que as organizações possam garantir uma boa administração dos seus recursos

humanos, é necessário que elas revisem os seus valores e busquem para si alguns mecanismos

que a façam obter resultados satisfatórios, tais como (PASCHOAL, 2006, GIL, 2006)

• Promover a competência – com procedimentos adequados de seleção, formação,

avaliação, acompanhamento e informação;

• Promover o crescimento profissional – ao identificar e preparar sucessores em

todos os níveis;

• Remunerar adequadamente – de acordo com cargo, competência, mercado e

condições econômico-financeiras da empresa;

• Assegurar excelentes condições de trabalho – através de um agradável e

satisfatório ambiente físico e também humano;

• Reconhecer os melhores trabalhos – com divulgações e/ou premiações;

• Realizar reuniões periódicas – sempre mantendo os todos os profissionais

informados da situação da empresa e dos trabalhos;

• Criar e disseminar os manuais de processos e normas internas – disponibilizar

manuais de procedimentos e normas de trabalho em um ambiente de rede, de fácil

acesso e informar aos colaboradores da existência desses;

• Fornecer treinamentos – sempre mantendo os profissionais capacitados para a

execução dos seus trabalhos;

• Apresentar horários de trabalho flexíveis – o horário de trabalho deve ser adequado

para ambos, profissional e empresa;

• Respeitar a opinião dos colaboradores – ouvir os profissionais;

• Remunerar levando em consideração as habilidades e competências – através da

criação de um plano de cargos e remuneração;

• Motivar os profissionais – estabelecer fatores motivacionais na empresa;

• Compartilhar informações – disseminar conhecimentos.

24

Uma Gestão de Pessoas (GP) legítima é aquela em que a empresa coloca as pessoas

em primeiro lugar por pura convicção e não apenas por uma questão de imagem

(PASCHOAL, 2006). A empresa deve reconhecer no valor do desempenho e no potencial

realizador das pessoas a base de sustentação para os seus negócios.

Diante do exposto acima, podemos concluir que o estabelecimento de um bom e

confiável processo de gestão de recursos humanos (GRH) é muito importante para uma

organização que deseja manter-se competitiva e ativa por um longo período de tempo.

Concluímos também que a gestão de recursos humanos (GRH) abrange aspectos relacionados

ao: (i) treinamento; (ii) recrutamento e seleção; (iii) avaliação de desempenho e (iv) gestão do

conhecimento, detalhados nas próximas seções.

2.2. Treinamento

O aumento da competitividade aliado ao contínuo e assustador avanço da tecnologia, faz com

que as empresas passem a se preocupar com o freqüente aperfeiçoamento de seus

funcionários. Sendo assim, as empresas deverão se tornar verdadeiros “educandários”, onde o

gerente seja o educador, e os seus funcionários sejam os educandos, trazendo à tona o

verdadeiro sentindo da educação, que é de desenvolver a capacidade física, intelectual, e

moral do ser humano, levando este a se integrar e interagir com o meio que o cerca, podendo

refletir criticamente sobre as mudanças ocorridas a sua volta e dessa reflexão tomar uma

decisão e rumo a seguir (VASCONCELLOS, 2009).

Logicamente esta postura não será alcançada de uma hora para outra nas organizações,

cabe aos profissionais de Recursos Humanos e verdadeiros agentes de mudança, fazer desse

princípio uma realidade imprescindível para o sucesso das empresas.

Convém relembrar que o treinamento é um processo contínuo de aprendizagem

elaborado e planejado pelos profissionais de Recursos Humanos com total apoio da alta

gerência. O treinamento corresponde à constante capacitação das pessoas para torná-las mais

eficazes naquilo que fazem. É um dos processos básicos do Gerenciamento de Recursos

Humanos e, deve conter, essencialmente, quatro etapas que se bem desenvolvidas podem dar

uma importante contribuição para auxiliar a organização a melhorar suas capacidades e

alcançar seus objetivos. Estas etapas podem diferenciar sua nomenclatura conforme os

autores, mas geralmente possuem o mesmo propósito. São elas (BOHLANDER et al, 2005,

CHIAVENATO, 1994, MARRAS, 2000):

25

• Diagnóstico – levantamento de necessidades de treinamento (LNT);

• Planejamento – priorização de ações, pessoas a serem treinadas e viabilização de

recursos necessários para a capacitação, isto é, elaboração de um plano eficaz para

suprir carências de treinamentos;

• Execução – convocação e capacitação dos colaboradores;

• Avaliação – avaliar se o treinamento atingiu os objetivos estabelecidos. Essa etapa

permite coletar informações para melhoria do processo de treinamento e para

verificar se os resultados pessoais e organizacionais foram alcançados.

O treinamento é a educação, institucionalizada ou não, que visa adaptar a pessoa para

o exercício de determinada função ou para a execução de tarefa específica, em determinada

empresa. Consiste na aplicação de um somatório de atividades técnicas provenientes da

pedagogia e psicologia, objetivando a aprendizagem de novas respostas a situações

específicas. As necessidades de capacitação e treinamento devem ser definidas por meio de

reuniões entre a área de recursos humanos e os gerentes das diversas outras áreas da

organização com a participação dos colaboradores. Um instrumento que ajuda a reunião para

levantamento e definição das necessidades de treinamento é a Matriz de Competências

Profissionais que contém as informações dos colaboradores relacionadas com as informações

dos seus conhecimentos, habilidades e experiências, definidas de acordo com as competências

organizacionais.

Há vários fatores que impulsionam as empresas a treinarem seus funcionários. Alguns

deles são (VASCONCELLOS, 2009):

• A existência de recém-formados, que possuem no máximo uma boa base teórica,

cabendo assim a empresa desenvolver alguns aspectos e habilidades necessárias ao

bom desempenho do funcionário;

• Os cargos e suas funções estão se modificando a cada dia, provocando a

necessidade de um contínuo ciclo de aprendizagem;

• Novos empregados devem estar preparados para as suas responsabilidades;

• Conflitos internos que geram problemas interpessoais entre chefes e subordinados;

• A exigência mundial, onde somente a multifuncionalidade tornará uma pessoa

empregável.

26

Um bom programa de treinamento deve considerar as necessidades e aspirações do

individuo, suas motivações, e dificuldades de aprendizagem, além de estar alinhado com as

estratégias da organização. Ao se treinar um empregado, este pode se sentir prestigiado

perante sua empresa, pois desta forma ela demonstra sua preocupação em capacitar bem seus

profissionais, dando-lhe a oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Ao se realizar

um treinamento bem planejado e focado no planejamento estratégico da empresa este pode se

tornar um dos instrumentos mais valiosos na solução de muitos problemas ocorridos nas

empresas e pode trazer várias vantagens à empresa, como: (i) diminuição dos atrasos e faltas

no trabalho; (ii) redução dos conflitos internos; (iii) ganho de qualidade; (iv) redução de

custos; (v) promoção da criatividade e inovação no trabalho, entre outras

(VASCONCELLOS, 2009).

O responsável pela execução de um programa de treinamento deve empenhar-se ao

máximo para fazer com que esse treinamento se torne um investimento feito pela empresa e

que após o seu término traga reais benefícios para a organização e seus funcionários, pois

caso um programa de treinamento não seja bem organizado e planejado, pode acarretar em

uma série de perdas para a organização e também para os profissionais. Algumas das mais

usuais explicações relacionadas aos possíveis motivos para as falhas dos investimentos em

treinamento e desenvolvimento de pessoal são (QUEIROZ et al, 2007):

• Falta de comprometimento da alta direção para com o investimento.

• Falta de foco do investimento nas reais necessidades e problemas.

• Falta de vínculo do investimento com o planejamento estratégico da empresa.

• Dificuldades de mensuração do custo/benefício dos investimentos.

O processo avaliativo, para acompanhar o processo de treinamento e garantir a sua

eficácia, deve ser contínuo. Enquanto processo acumulativo, evolutivo e contínuo, a

aprendizagem necessita de feedback durante e, principalmente, após a sua realização. O

feedback consiste na retroação de resultados, levantados pela avaliação, com o intuito de

aperfeiçoar o processo de treinamento. É considerado um facilitador do processo de

aprendizagem, por fornecer informações a respeito do desempenho dos treinandos.

A avaliação de um treinamento deverá estar voltada para o desempenho do treinando,

ou seja, é necessário acompanhar o seu desenvolvimento na realidade em que ele está

inserido, a partir do desempenho concreto em cada uma das atividades e procurar a sua

evolução em direção aos objetivos propostos. Neste aspecto, a participação de pessoas que

27

interagem no mesmo ambiente do treinando também deve constar da avaliação. Avaliar um

treinamento consiste também no processo de obtenção de informações sobre os efeitos que

um programa de treinamento tem na concretização das metas da empresa, relacionadas à

aplicação do referido treinamento.

O processo de planejamento do ensino-aprendizagem deve ser também alvo de

avaliação. Assim, não só o desempenho do treinando, mas a consistência e a qualidade do

planejamento elaborado também devem ser avaliadas. O processo avaliativo deve ser

construído com a participação dos treinados tanto na montagem de seus critérios e

procedimentos, como também no ato de avaliar.

Para ter uma real avaliação de eficácia dos treinamentos é necessário constatar uma

real melhoria nas atividades e processos envolvidos. E essa melhoria pode ser observada

através das auditorias internas, dos indicadores que possam refleti-la, do desempenho das

pessoas que receberam o treinamento.

Segundo Azevedo (1997), na apreciação de um treinamento devemos considerar

quatro níveis de avaliação:

• Avaliação de Reação: avalia a reação dos treinandos quanto ao conteúdo

desenvolvido, métodos e técnicas utilizadas e a atuação do instrutor. Para essa

avaliação, o uso de questionários é de grande valia.

• Avaliação de Aprendizagem: avalia até que ponto o treinando aprendeu o que foi

proposto pelo treinamento. O uso de entrevistas objetivas ou testes de perguntas

abertas é recomendado para essa avaliação.

• Avaliação Comportamental: avalia as mudanças de comportamento do treinando

no cargo após a execução do treinamento. É o nível de avaliação mais complexo,

pois não pode ser feito de maneira imediata, geralmente leva algum tempo para

que as mudanças comportamentais possam ser observadas e analisadas. Para

realização dessa avaliação, é recomendado o uso instrumentos que possibilitem:

amostragem de atividades do treinando em projetos organizacionais, diário do

observador, entrevistas e questionários.

• Avaliação do Resultado Final: avalia se os objetivos gerais do programa de

treinamento atingirão as mudanças pretendidas pelas metas da organização como

um todo. A grande dificuldade deste nível de avaliação está em separar os efeitos

do treinamento dos efeitos de outras atividades e eventos.

28

Quando as necessidades do treinamento são bem definidas e a metodologia aplicada é

validada pelos seus executivos, a empresa deverá obter um resultado positivo na avaliação de

eficácia para justificar os investimentos feitos e, provavelmente, terá mais facilidade para

obter verbas adicionais para novos treinamentos.

2.3. Recrutamento e Seleção

Um diferencial competitivo das empresas está na capacidade de atrair, manter e empregar

bem os talentos. Empresas que superaram graves crises ou mesmo situações de insolvência

conseguiram isso, “com reversão de um ambiente ruim de trabalho e uma virada no moral do

pessoal” (PASCHOAL, 2006).

O Gerenciamento de Recrutamento e Seleção ajuda as organizações a otimizar o

processo de identificação, triagem, seleção, contratação e aquisição dos candidatos internos e

externos. Um bom e bem planejado processo de Recrutamento e Seleção pode ajudar as

organizações a (FOLHA DE DADOS, 2009a):

• Melhorar a qualidade das contratações;

• Aumentar a eficácia do recrutamento;

• Dar autonomia, maior visibilidade e controle aos gerentes de contratação;

• Garantir que os novos contratados estejam alinhados às metas organizacionais;

• Procurem de maneira rápida e eficaz os talentos certos para garantir a continuidade

do alinhamento organizacional e um alto desempenho.

O processo de Recrutamento tem importância fundamental para o desenvolvimento e

melhoria dos processos de produção de todas as áreas da empresa. Visa atrair pessoas com

conhecimentos e habilidades adequadas e qualificadas para desenvolver as funções das vagas

abertas na organização. A partir da descrição da função traça-se o perfil do candidato. Todos

os meios de recrutamento apresentam vantagens e limitações. A seguir temos exemplos deles

(PASCHOAL, 2006, GIL, 2006):

• Recrutamento dentro da empresa – neste caso os indivíduos já são conhecidos e a

empresa já lhe é familiar. Demonstra que a empresa está interessada em promover

seus empregados. Pode ser embaraçoso, porém, no caso de recusar um candidato;

• Cartazes – os cartazes são de baixo custo e atraem muitos candidatos. Eles são

colocados em locais de grande movimentação. São recomendados para cargos

simples;

29

• Recomendação – essa pode ser de dentro ou de fora da empresa. É um meio

econômico. Normalmente refere-se a pessoas com predisposição a aceitar o

ambiente de trabalho. Porém, pode criar constrangimento com o contato, no caso

de rejeição ou falhas após a contratação. Deve-se avaliar o candidato indicado,

assim como os demais;

• Pessoal dispensado – é o caso de admitir antigos empregados, desde que a dispensa

tenha sido por motivo aceitável. Os empregados já são conhecidos e já conhecem a

empresa;

• Agências de emprego – elas podem ser públicas ou privadas. Quando se recorre a

uma agência busca-se evitar gastos de tempo com recrutamento e entrevistas. A

agência mantém o sigilo e oferece candidatos qualificados. Porém, no caso de

funções específicas, os candidatos podem não ser os mais adequados;

• Associações profissionais – elas permitem que seus membros troquem idéias, e

mantenham contato profissional. Podem funcionar como fonte de recrutamento de

pessoal qualificado;

• Anúncios – eles atraem muitas pessoas. A empresa deve se perguntar onde (por

exemplo: jornais, televisão, o site da empresa na Internet ou Intranet etc), como e

quando anunciar. Os anúncios podem identificar ou não o nome da empresa.

Quando não identificado chama-se vaga confidencial ou anúncio fechado;

• Caça-talentos – normalmente as empresas recorrem a esses profissionais para

contratar executivos de alto nível. O trabalho é de curto tempo porque costuma

atrair executivos empregados;

• Internet – atualmente muitas empresas recorrem ao auxílio da internet. Isto pode

acontecer através de endereços eletrônicos que recebem currículos de candidatos

ou mesmo de sites de empresas.

Como o método de recrutamento traz mais candidatos do que as vagas a serem

preenchidas, é preciso selecionar os candidatos potencialmente mais capazes. O objetivo da

seleção é conhecer as habilidades dos candidatos, e prever seu comportamento para o cargo a

ser ocupado. Assim, o método de seleção deve ser válido e fiel, para ser capaz de medir as

características realmente importantes para o cargo a ocupar. Gil (2006) sugere os seguintes

procedimentos:

30

• Análise dos currículos: são úteis para obter informações, porém não fornece uma

visão do candidato, normalmente é associado à entrevista. Na análise do currículo

deve identificar sinais de: competência profissional, ou seja, observar motivos de

mudanças de emprego e se houve melhora de posição; desejo de permanência no

emprego e de seguir carreira; expediência prática; adequação ao grupo, neste caso

os conhecimentos e as habilidades devem estar claramente definidos; vontade de

trabalhar e de aceitar novos desafios; e orientação para os lucros e melhoria de

desempenho. Deve agrupar os currículos em três pilhas: prováveis, com

possibilidades e sem possibilidades. A primeira deve ser maior que a segunda;

• Testes escritos: No caso de se requerer conhecimentos específicos ou ter

habilidade em redação, o teste pode ser uma dissertação, ter perguntas abertas, ou

perguntas fechadas. As perguntas devem avaliar o conhecimento geral pretendido

para a vaga e não deve possibilitar múltiplas interpretações;

• Testes práticos: São indicados para cargos de natureza operacional ou

relacionados à produção (aspectos psicomotores). Estes testes têm que ser

aplicados por profissional habilitado na função que se tem a vaga;

• Testes psicológicos: Servem para indicar as aptidões dos candidatos. Podem

avaliar o potencial intelectual, suas habilidades específicas ou seus traços de

personalidades. São eficientes na avaliação de tarefas de escritório, mas não em

tarefas executivas. Ressalta-se que no Brasil apenas psicólogos devidamente

habilitados têm autorização para aplicá-los;

• Entrevista: É um dos instrumentos mais úteis para a seleção de pessoal. Pode ser

usada sozinha ou em complementação a outros procedimentos. A entrevista

possibilita o contato direto e a identificação da capacidade do candidato para

exercer o cargo. Porém, é uma ferramenta cara, pois requer tempo para aplicação e

está sujeita a subjetividade do entrevistador.

Segundo Gil (2006), a entrevista requer que o entrevistador seja uma pessoa dotada de

maturidade emocional, habilidade no relacionamento interpessoal e perspicácia para

identificar traços de personalidade, motivações e atitudes das pessoas. Ainda, o entrevistador

deve saber coletar os dados, analisá-los e interpretá-los, além de conhecer bem a organização,

e os bens e serviços produzidos.

31

Em termos de seqüência da entrevista, o entrevistador deve conduzi-la iniciando por

experiência profissional, formação e treinamento, dados familiares e sociais, conhecimentos e

habilidades e, por fim, atitudes e interesses. Isto se reproduz na forma das principais

categorias de dados que interessam à entrevista de seleção, que são: aparência do candidato

(observações); histórico profissional (experiência profissional, atitudes, motivação,

maturidade, aptidões e temperamento do candidato); histórico educacional (preferência por

questões que transcendam à escolaridade); histórico familiar e social (perguntas relevantes

apenas ao cargo); conhecimentos e habilidades (são as perguntas mais importantes); atitudes e

interesses (são críticas quanto à obtenção de dados).

Para efeito de controle e avaliação nos processos de Recrutamento e Seleção de

profissionais, deve-se tomar alguns cuidados (GIL, 2006):

• Realizar pré-seleção dos candidatos, com análise de currículos, recomendações,

mini-entrevistas, elaboração do roteiro da entrevista, definição do local da

entrevista, preparação do material.

• “Quebrar o gelo”.

• Formular perguntas que exijam respostas elaboradas.

• Controlar a entrevista.

• Tomar anotações.

• Ter uma atitude de escuta.

• Ter autocontrole, lembrando que na entrevista é o candidato quem fala.

• Analisar o comportamento não verbal.

• Cuidar na sinceridade dos aspectos positivos ou negativos do candidato.

• Ao concluir a entrevista, perguntar ao candidato se ele quer perguntar algo.

• Resumir/interpretar a entrevista, para auxiliar na comparação entre os candidatos,

que envolve: separação do material relevante; aceitação ou rejeição de

informações; e organização dos traços do candidato, que são indicadores das

características pessoais em contraste com as requeridas para o cargo.

• Realizar auto-avaliação, para o aperfeiçoamento da habilidade de entrevistar.

A avaliação de um candidato é uma tarefa bastante complexa, porque requer

conhecimento das características desse candidato e dos requisitos do cargo. É uma forma de

prever o comportamento futuro do candidato em uma situação de trabalho. Porém, não se

pode ter certeza que a avaliação é satisfatória. O resultado das avaliações dos candidatos

32

compõem o principal instrumento para a tomada de decisão do processo de recrutamento e

seleção.

A tomada de decisão é uma tarefa de suma importância. O avaliador deve: (i) observar

as credenciais do candidato; (ii) evitar preconceitos; (iii) verificar que candidatos fortes

ameaçam gerentes fracos; (iv) cuidar da motivação dos candidatos super-qualificados, pois

eles costumam sentir-se desmotivados; e (v) verificar ainda que não deve dispensar

candidatos finalistas até que o escolhido seja aceito (PASCHOAL, 2006, GIL, 2006).

Podemos considerar que um processo de recrutamento e seleção, bem estruturado e

planejado, é um instrumento bastante valioso em uma organização, no momento em que

entendemos que o sucesso das organizações está diretamente ligado à inteligência (talentos)

que elas detêm e que as funções de detectar, atrair, reter e desenvolver esses talentos (altos

potenciais) são altamente estratégicas, estão entre as principais ações gerenciais e exigem

bastante atenção, assim como a tarefa de diagnosticar talentos requer, sobretudo, um alto grau

de talento pessoal e profissional do próprio avaliador.

2.4. Gestão e Avaliação de desempenho

A gestão de desempenho de cada membro da força de trabalho de uma organização é

fundamental para prever o seu crescimento. Entender quais são as aptidões, os perfis e o

desempenho de cada membro das equipes da empresa significa entender também quais são as

deficiências e potencialidades da organização. Para tanto é necessário (SER HCM, 2009):

• Avaliar competência com eficiência;

• Identificar parâmetros comparativos claros para definir o grau de contribuição dos

colaboradores;

• Definir, claramente, os gaps e a distância entre o desempenho esperado e o

desempenho real;

• Derivar ações concretas que fortaleçam as competências dos colaboradores com o

objetivo de alcançar o nível de desempenho esperado.

Gerenciar de maneira eficaz o desempenho dos profissionais é uma tarefa muito

importante no atual ambiente dinâmico comercial. Para aumentar a produtividade, os gerentes

devem monitorar continuamente o desempenho das equipes e fornecer opiniões e orientação

significativas aos seus subordinados. Os funcionários devem estar sempre cientes do seu

33

progresso à medida que as expectativas evoluem. Finalmente, os executivos precisam ser

capazes de ver o desempenho da organização como um todo.

Através da implantação de uma abordagem abrangente de gerenciamento de

desempenho e talentos, podemos assumir que os resultados dessas avaliações devem ajudar as

organizações (FOLHA DE DADOS, 2009a):

• Identificar os profissionais de melhor desempenho – Fornece aos executivos e

gerentes informações práticas em tempo real sobre o desempenho organizacional.

• Desenvolver talentos – As análises de desempenho devem ser transformadas em

um valioso circuito contínuo de apresentação de opiniões entre gerentes,

subordinados e colegas.

• Aumentar a conformidade – Cumprimento das normas.

• Aproveitar os dados detalhados do funcionário ao avaliar o desempenho ou tomar

decisões de compensação.

• Aprimorar as competências através das atividades de aprendizagem e

desenvolvimento baseadas no panorama completo de um funcionário.

• Aproveitar todas as informações relevantes do funcionário ao tomar decisões de

sucessão.

• Identificar as brechas de conhecimento e experiência para respaldar as decisões de

contratação.

• Mensurar as habilidades, aptidões e capacidade de desenvolvimento na empresa.

• Verificar o desempenho no cargo ocupado.

• Indicar condições para desenvolvimento e necessidades de treinamento.

Os diretores e gestores, principalmente de RH, devem buscar compreender a

importância de ter um forte processo de gerenciamento de desempenho implantado na

empresa, pois ele ajudará a organização a motivar e manter os funcionários que apresentam

alto nível de desempenho, alinhar melhor as metas das pessoas as da organização, e criar uma

força de trabalho mais participativa, o que resultará em maior produtividade e,

conseqüentemente, melhorar o lucro da empresa.

Hoje, está ocorrendo uma profunda transformação no panorama empresarial no que

diz respeito ao gerenciamento de desempenho e talentos. Um número cada vez maior de

empresas tem buscado tecnologias inovadoras para aprimorar os processos de gerenciamento

de desempenho.

34

Exemplos de práticas recomendadas do gerenciamento de desempenho e talentos

(FOLHA DE DADOS, 2009b):

• Desenvolva metas inteligentes (SMART – eSpecíficas, Mensuráveis, Atingíveis,

Realistas, ponTuais);

• Alinhe as metas individuais aos objetivos corporativos;

• Inclua a auto-avaliação de um funcionário no processo de análise;

• Use um processo de análise iterativo para permitir que o gerente e o funcionário

participem igualmente da análise;

• Considere o peso e a classificação das metas para fornecer visibilidade

significativa do desempenho real de um funcionário;

• Forneça uma classificação geral (uma média ponderada das classificações em

relação às várias metas) para que os resultados sejam dignos do crédito dos

funcionários, eliminando a propensão humana à subjetividade;

• Use comentários 360º [SER HCM, 2009] anônimos para promover a cultura de

capacitação e responsabilidade e, ao mesmo tempo, reforçar o desempenho geral

da organização.

o A avaliação 360º Graus é um instrumento avaliativo bastante eficaz se

seguido de feedback aos avaliados. Os benefícios esperados com a

aplicação desse tipo de avaliação são:

§ Possibilidade de avaliar potenciais.

§ Identificação dos pontos fortes e os pontos a serem desenvolvidos

do profissional.

§ Possibilita planos de ação de auto-desenvolvimento.

§ Facilita o planejamento de carreira.

§ Apóia a atividade de levantamento de necessidades no

desenvolvimento dos colaboradores.

§ Constrói a confiabilidade, a flexibilidade à mudança e a

aprendizagem contínua.

A avaliação deve relacionar o desempenho real com o esperado. O objetivo dessas

avaliações nas empresas é identificar as causas de desempenho deficientes, constituindo um

meio para desenvolver os recursos humanos da organização.

35

O avaliador é a pessoa que faz a avaliação de desempenho, com relação ao

comportamento desejado pela empresa quanto a seus empregados, no desenvolvimento de

uma tarefa. Podemos destacar como responsáveis pela realização de uma avaliação

(PASCHOAL, 2006, GIL, 2006):

• O gerente – quando o próprio chefe avalia seus subordinados, por conviver com

ele e por ser responsável por seu desempenho;

• O próprio empregado – algumas empresas deixam a avaliação a cargo do

empregado (auto-avaliação);

• A equipe de trabalho – a própria equipe avalia o desempenho de seus membros e

define os objetivos e as metas a alcançar;

• A comissão de avaliação – existem empresas em que a avaliação cabe a uma

comissão, cujos membros pertencem a órgãos diversos. Os seus membros

permanentes decidem sobre aumentos, promoções e desligamentos. Os transitórios

são convocados desde o superior direto até a mais alta autoridade do setor onde se

está avaliando os empregados. Com o passar do tempo, os membros permanentes

passam a ter um conhecimento mais profundo dos recursos humanos da empresa,

os transitórios passam a se inteirar das políticas de pessoal da empresa. Os bons

resultados vão surgir com o tempo;

• Os subordinados – essa postura faz com que a avaliação dos chefes seja feita por

seus subordinados e não por seus superiores. O chefe passa a conhecer a opinião

de seus subordinados a seu respeito;

• Órgão de recursos humanos – é uma avaliação centralizada e burocrática,

fornecendo pouca liberdade ao avaliador, que cuida de todos os funcionários da

empresa e passa a padronizar o desempenho das pessoas, sem respeita suas

particularidades;

• O entorno do avaliado – seriam as pessoas que mantém algum tipo de interação

profissional com o avaliado: o chefe, os colegas, os subordinados, os clientes

externos e internos, bem como os fornecedores. É a mais rica de todas as formas de

avaliação, pela quantidade e qualidade de informações. Porém, sua aplicação é

trabalhosa por causa do grande número de avaliadores, além de ser incômoda para

o avaliado.

36

2.5. Gestão do Conhecimento

Para explicar o básico sobre a importância da gestão do conhecimento em uma empresa,

colocamos a seguinte situação: imagine uma empresa de TI onde o conhecimento sobre um

importante produto ou processo está todo na cabeça de um especialista e ele resolveu ir

embora. O que fazer para evitar isso?

Vivemos em uma era em que o conhecimento está disponível a todo instante nos mais

diversos meios, onde o acesso à informação não é mais privilégio de poucos, mas continua

sendo algo muito valioso. Por isso, o grande desafio que encontramos é saber gerenciar dados

estratégicos, mantendo a experiência e o conhecimento dentro de “casa”, para poder utilizá-

los da melhor forma possível mesmo depois que um profissional deixar a companhia.

As organizações precisam “saber o que sabem” e usar efetivamente esse conhecimento

para se tornarem competitivas. Se por um lado, o baixo custo de computadores e redes cria

uma infra-estrutura potencial para a gestão do conhecimento organizacional, por outro, o

advento da Internet e outras facilidades do mundo da informática, aumentou

exponencialmente a informação disponível e o seu valor como insumo de produção. As

organizações passaram a requerer informações para o desenvolvimento de suas operações e

estratégias e a informação passou a ter valor de mercadoria.

Desta forma, cada vez mais, a correta administração da informação e do conhecimento

transforma-se em um recurso valioso para as companhias. Por isso, deve-se priorizar a criação

e a implementação de processos que organizem e sistematizem a capacidade da companhia de

capturar, armazenar, gerar, criar, analisar, traduzir, compartilhar e fornecer a informação exata

de maneira rápida e precisa. Estes mecanismos e processos devem ser elaborados para

assegurar que a empresa maximize o valor de um dos mais importantes recursos competitivos

nos dias de hoje – o conhecimento.

Segundo Terra (2004), gerenciar conhecimentos significa organizar as principais

políticas, processos e ferramentais gerenciais e tecnológicos à luz de uma melhor

compreensão dos processos de geração, identificação, validação, disseminação,

compartilhamento, uso e proteção dos conhecimentos estratégicos para gerar resultados

(econômicos) para a empresa e benefícios para os colaboradores internos e externos

(stakeholders).

A gestão do conhecimento possui alguns objetivos, são eles (TERRA, 2004):

• Não reinventar a roda;

• Gerenciar excesso de informação;

37

• Prover informação relevante Just in Time (no momento requerido) e de fácil

acesso;

• Disseminar conhecimento;

• Descobrir, proteger e valorizar o capital intelectual da organização;

• Mapear competências individuais e coletivas;

• Acelerar aprendizado e aprender continuamente;

• Buscar a superioridade competitiva;

• Acelerar a geração de novos conhecimentos de valor competitivo;

• Melhorar o processo decisório;

• Reduzir custos e re-trabalho e aumentar a receita, entre outros.

2.5.1. Dado, Informação, Conhecimento e Competência

Segundo Markkula (1999), é essencial entender a diferença entre dado, informação e

conhecimento, pois o desempenho de uma organização depende freqüentemente dela saber

reconhecer o que necessita, o que já possui e o que é possível fazer com cada um deles. Nesse

contexto, acrescentamos a esses itens essenciais citados acima, a competência, pois é através

das competências dos seus profissionais que uma organização torna-se capaz de gerar

resultados observáveis e necessários ao alcance dos seus objetivos.

2.5.1.1. Dado

Dados são elementos brutos, símbolos e imagens, sem significado, desvinculado da realidade.

Constituem a matéria prima da informação e por isso, dados sem qualidade levam a

informações e decisões da mesma natureza. Dado é ainda, uma seqüência de símbolos

quantificados ou quantificáveis. E por serem símbolos quantificáveis, dados podem

obviamente ser armazenados em um computador e processados por ele (SETZER, 1999).

2.5.1.2. Informação

A informação é um bem dinâmico que possui um valor associado. Toda informação possui

um ciclo de vida desde o instante em que foi gerada, passando por sua organização,

armazenamento, distribuição e utilização, até o instante no qual, eventualmente, perde seu

38

valor e pode ser descartada, quando então se finaliza o ciclo. Um fator crítico para o sucesso

de empresas é sua habilidade de manipular e utilizar todo artefato de informação disponível.

Informação pode ser caracterizada como uma abstração informal (isto é, não pode ser

formalizada através de uma teoria lógica ou matemática), que representa algo significativo

para alguém através de textos, imagens, sons ou animação. Não é possível processar

informação diretamente em um computador. Para isso é necessário reduzi-la a dados

(SETZER, 1999).

2.5.1.3. Conhecimento

O conhecimento é um bem intangível. É uma combinação de dados que, tratados e

contextualizados, fornecem soluções essenciais no processo de tomada de decisões em todos

os níveis de uma corporação. Segundo Merton (1995), conhecer é o processo de compreender

e internalizar as informações recebidas, possivelmente combinando-as de forma a gerar mais

conhecimento.

Segundo Setzer (1999), conhecimento é uma abstração interior, pessoal, de algo que

foi experimentado por alguém. Nesse sentido, o conhecimento não pode ser descrito

inteiramente – de outro modo seria apenas dado (se descrito formalmente e não tivesse

significado) ou informação (se descrito informalmente e tivesse significado). Também não

depende apenas de uma interpretação pessoal, como a informação, pois requer uma vivência

do objeto do conhecimento. Assim, quando falamos sobre conhecimento, estamos no âmbito

puramente subjetivo do homem ou do animal. Parte da diferença entre ambos reside no fato

de um ser humano poder estar consciente de seu próprio conhecimento, sendo capaz de

descrevê-lo parcial e conceitualmente em termos de informação.

Como dito anteriormente, os dados que representam uma informação podem ser

armazenados em um computador, mas a informação não pode ser processada quanto a seu

significado, pois depende de quem a recebe. O conhecimento, contudo, não pode nem ser

inserido em um computador por meio de uma representação, pois senão seria reduzido a uma

informação. Associamos informação à semântica. Conhecimento está associado com

pragmática, isto é, relaciona-se com alguma coisa existente no “mundo real” do qual temos

uma experiência direta.

Além dessas definições, algumas considerações que esclarecem a natureza do

conhecimento são:

39

• Conhecimento inclui abstrações e generalizações de grande volume de

informações, sendo tipicamente menos preciso e mais difícil de ser verificado

objetivamente (WIEDERHOLD, 1986);

• Conhecimento evolui em estágios: conjecturas e especulações, declarações ainda

questionadas, declarações não mais questionadas e, por fim, fatos estabelecidos e

aceitos (JURISTO e MORENO, 2002).

É interessante registrar, também, os conceitos de aprendizagem e inteligência

organizacional, termos bastante relacionados à capacidade de trabalhar com o conhecimento.

Dessa forma, segue abaixo a definição desses termos:

• Aprendizagem organizacional: Capacidade de uma organização identificar e

armazenar conhecimento resultante de experiências individuais e organizacionais e

de modificar seu comportamento de acordo com os estímulos percebidos no

ambiente (SOUZA, 2009).

• Inteligência organizacional: Capacidade de uma organização como um todo reunir

informação, inovar, criar conhecimento e atuar efetivamente baseada no

conhecimento que ela gerou. É também uma interativa, agregadora e complexa

coordenação das inteligências humanas e de máquina dentro de uma organização

(SOUZA, 2009).

Quanto à natureza, o conhecimento pode ser explícito ou tácito (NONAKA e

TAKEUCHI, 1995):

• O conhecimento explícito encontra-se expresso através de palavras, símbolos e/ou

números, podendo ser facilmente transmitido e compartilhado na forma de

procedimentos codificados, fórmulas, princípios, entre outros;

• Conhecimento tácito é o conhecimento entendido e que pode ser aplicado, mas que

ainda não se encontra expresso em palavras, símbolos e/ou números. Muitas vezes,

isto ocorre em decorrência do conhecimento ser altamente pessoal e difícil de

formalizar, o que o torna também mais difícil de ser compartilhado com outras

pessoas.

Segundo Rus e Lindvall (2002), conhecimento também pode ser classificado de

acordo com o escopo, tendo-se conhecimento individual, de grupo, organizacional, multi-

40

organizacional ou de indústria. Conhecimento organizacional é conhecimento explícito ou

tácito que a organização possui sobre processos, procedimentos, mercados, produtos e

tecnologias e que são capazes de gerar lucro e torná-la competitiva (MACINTOSH, 1997) é,

ainda, formado pelos valores, crenças e normas compartilhadas que estabelecem o referencial

em que os membros de uma organização constroem a realidade, reconhecem uma informação

nova e avaliam interpretações e ações alternativas (CHOO, 1998) O conhecimento multi-

organizacional é freqüentemente requerido em processos de desenvolvimento com inovação a

curto prazo quando as organizações estão incertas de como a nova tecnologia irá afetar a

indústria (DING e RAVICHANDRAN, 2000).

2.5.1.3.1. Processo de Conversão e Evolução do Conhecimento

O Conhecimento é criado e expandido através da influência contínua e social entre

conhecimento tácito e conhecimento explícito. Através desta interação, conhecimentos tácitos

e explícitos expandem-se em termos de qualidade e quantidade (MARKKULA, 1999).

Markkula (1999) observa, ainda, que novo conhecimento está sempre relacionado a um

conhecimento já existente, de modo que o aprendizado é cumulativo e o desempenho do

aprendizado é melhor quanto mais o objeto de aprendizado estiver relacionado a algo já

conhecido.

O processo de conversão e evolução do conhecimento, conforme representação na

Figura 2.1, é uma espiral formada por:

• Socialização: um indivíduo compartilha conhecimento tácito diretamente com um

outro indivíduo;

• Externalização: acontece quando o indivíduo é capaz de converter conhecimento

tácito em explícito, permitindo que o conhecimento seja compartilhado com o

grupo;

• Combinação: conhecimento explícito combinado com outro conhecimento

explícito dá origem a terceiro e novo conhecimento explícito. Neste sentido,

conhecimentos de vários grupos podem ser combinados de forma a dar origem a

conhecimento organizacional;

• Internalização: na medida em que novo conhecimento explícito é compartilhado,

indivíduos utilizam este conhecimento para ampliar e rever seu próprio

conhecimento tácito (NONAKA e TAKEUCHI, 1997).

41

Figura 2.1 – Processos de conversão do conhecimento (NONAKA e TAKEUCHI, 1997)

2.5.1.3.2. Transformando Dados em Informações e Informações em

Conhecimento

A capacidade de compartilhar o entendimento ou consciência, criar conhecimento

promovendo a aprendizagem organizacional, e prover suporte à colaboração permite

transformar informação em vantagem operacional para empresa num mercado competitivo. E

é por isso que existe uma necessária e constante preocupação em transformar dados em

informação e conhecimento de modo a promover um entendimento ou consciência geral de

uma instituição, bem como disponibilizar o resultado deste processo aos gestores por meio,

por exemplo, de um portal corporativo, permitindo a gestão de toda informação

organizacional, conforme ilustrado na Figura 2.2, abaixo.

Figura 2.2 – Transformação de dados em informações e conhecimento (SILVA FILHO, 2006)

42

2.5.1.4. Competência

Competência está associada às realizações das pessoas, isto é, àquilo que elas produzem e/ou

entregam. Dessa maneira, a competência não é um estado ou um conhecimento que se tem e

nem é resultado de treinamento. Competência é, na verdade, colocar em prática o que se sabe

em um determinado contexto. Há competência apenas quando há competência em ação.

Competência é uma capacidade de executar uma tarefa no “mundo real”. Uma pessoa

é competente em alguma área se demonstrou, através de realizações passadas, a capacidade de

executar uma determinada tarefa. Associamos pragmática a conhecimento. Competência está

associada com atividade física.

Competência é a união do conhecimento, habilidade e atitude que a pessoa tem ou

desenvolve. Por isso, é impossível introduzir competência em um computador. Assim como

no caso do conhecimento, uma competência NÃO pode ser descrita plenamente.

Competência engloba o conhecimento real, a habilidade, a experiência, os julgamentos

de valor e redes sociais. É o elo entre conhecimento e estratégia. Não pode ser copiada com

exatidão, é transferida pela prática. Competência, ainda, é a capacidade de gerar resultados

observáveis, necessários ao alcance dos objetivos (de negócios e culturais) definidos no

posicionamento estratégico da empresa e no propósito de manutenção e desenvolvimento de

sua ideologia essencial. É um conceito pelo qual se define quais são as atitudes, as habilidades

e os conhecimentos necessários para alcançar resultados diferenciados, o conjunto de

qualificações que a pessoa tem para executar um trabalho com um nível superior de

performance (SANTOS et al, 2001).

2.5.1.5. Processo de Implementação de Gerência do Conhecimento

Segundo Villella (2004), podemos encontrar na literatura diversas propostas de processos que

apóiam a gestão do conhecimento. Ainda segundo este autor, as atividades mais adequadas a

um processo de Gerência do Conhecimento em Engenharia de Software, podem ser resumidas

conforme mostrado abaixo:

• Identificação de Conhecimento: tem como objetivo fornecer a localização dos

conhecimentos relevantes para uma organização, quer eles sejam internos ou externos.

Como nem todo conhecimento tácito de uma organização pode ser explicitado e nem

todo conhecimento explícito pode ser documentado, é essencial a capacidade de

identificar aqueles que possuem o conhecimento necessário para resolver um

determinado problema;

43

• Desenvolvimento de Conhecimento: envolve a criação de conhecimento e a captura

de conhecimentos já existentes na organização;

• Aquisição de Conhecimento: é a captura de conhecimento de fontes externas à

organização, tais como especialistas externos, organizações que têm interesse nas

atividades da organização (por exemplo: clientes e fornecedores), além de outras

organizações. Nesta atividade, é preciso ter o cuidado de verificar a compatibilidade

do conhecimento adquirido com a organização;

• Transformação e Organização de Conhecimento: comparação, análise, combinação

e síntese do conhecimento coletado para dar origem a material mais reutilizável

(empacotamento), adaptando o conteúdo e o formato para uma situação de uso

concreto antecipada;

• Disseminação de Conhecimento: distribuição e busca de conhecimento;

• Manutenção de Conhecimento: se refere à revisão, adaptação e evolução contínua da

Memória Organizacional, envolvendo tanto conteúdo quanto estrutura, de forma a

lidar com informação incompleta, potencialmente incorreta e em freqüente

atualização, e continuamente adicionar valor à Memória Organizacional;

• Avaliação e Melhoria da Infra-estrutura Técnica: têm como objetivo promover a

sua evolução contínua, de modo a lidar com a complexidade inerente a tal infra-

estrutura e com a rapidez com que as Tecnologias da Informação evoluem,

acompanhar mudanças nas metas da organização e nos fatores não técnicos

envolvidos, e incorporar o aprendizado sobre o que funciona e o que não funciona na

organização.

Pode-se considerar que os principais impactos relacionados à correta gestão do

conhecimento sobre as empresas nos próximos anos serão [REVISTA HSM MANAGEMENT,

2004]:

• A Gestão do Conhecimento ditará quais empresas serão vencedoras;

• A Gestão do Conhecimento ditará que empresas terão sua longevidade

comprometida;

• A Gestão do Conhecimento trará um desenvolvimento mais consistente e

otimizado dos colaboradores.

44

Um dos principais elementos para prover uma gestão do conhecimento adequada é a

Memória Organizacional. Segundo Dieng (2000) a Memória Organizacional ou Memória

Corporativa é uma representação persistente e explícita das informações e conhecimentos

vitais para uma organização, de forma a facilitar o acesso, o compartilhamento e a reutilização

dos mesmos pelos membros da organização durante a execução de tarefas individuais ou

coletivas.

Sob outro ponto de vista, a Memória Organizacional pode ser considerada como um

repositório do conhecimento disponível na organização, cuja finalidade é assegurar que o

conhecimento desejado possa ser recuperado no tempo e no lugar certo (KOUWENHOVEN,

1998). O termo repositório, no entanto, não significa um repositório físico único, monolítico e

de algum tipo específico, como observado por Ackerman e Halverson (2000), pois nem

mesmo as organizações são entidades monolíticas. Neste sentido, O’Leary (1998) explica que

os vários repositórios de conhecimento podem diferir quanto ao conteúdo, quanto a serem

utilizados pela máquina ou pelo usuário e quanto à complexidade de desenvolvimento,

citando fatores que influenciam na complexidade do desenvolvimento.

Schneider e Hunnius (2003) recomendam que se deve ser específico no

desenvolvimento de um repositório de conhecimentos/experiências, apoiando um processo da

organização de cada vez, o que torna mais fácil garantir que cada indivíduo que acesse o

repositório possa considerá-lo útil. Além disso, os autores fornecem cinco atributos de

qualidade a serem considerados no desenvolvimento e/ou na avaliação de um repositório de

conhecimentos/experiências: orientação ao usuário, usabilidade, conformidade com o

processo, mecanismos de feedback e manutenibilidade. Os três primeiros atributos atendem ao

desejo do usuário de utilizar facilmente o repositório, ser guiado para os

conhecimentos/experiências de que necessita e ter suas tarefas diretamente apoiadas. Os dois

últimos atributos se referem à necessidade do repositório encorajar o feedback dos usuários e

ser capaz de evoluir, pois conhecimento/experiência necessita contínua atualização.

Acabamos de mostrar onde o conhecimento coletado deve ser armazenado, mas como

divulgar esse conhecimento de uma forma segura? As ferramentas mais utilizadas e

conhecidas para disseminação de conhecimento dentro de uma empresa são: e-mail, Intranet,

Internet, fóruns, listas de discussão, bate-papo (chat), Mensagens instantâneas.

Processos de Gerência do Conhecimento devem estar embutidos em organizações que

busquem a promoção do aprendizado organizacional, pois, para que esses processos tenham

sucesso, é requerido apoio significativo e explícito da gerência, além do envolvimento de

todas as pessoas. A importância de estabelecer na organização uma cultura de apoio à

45

Gerência do Conhecimento é fundamental, porque os profissionais podem considerar que irão

perder importância no momento em que o conhecimento que possuem está sendo capturado

pela organização e podem temer que experiências negativas e lições aprendidas baseadas em

suas falhas, ao serem compartilhadas e analisadas, possam ser utilizadas contra eles.

Além disso, funcionários freqüentemente não têm tempo para fornecer e buscar

conhecimento e resistem em reutilizar soluções de outras pessoas (RUS e LINDVALL, 2002).

Assim, organizações não só devem encorajar, mas também recompensar funcionários que

compartilhem seu conhecimento e busquem e utilizem conhecimento de outras pessoas.

A resistência a mudanças é o principal item encontrado quando nos deparamos com

uma má Gestão do Conhecimento em uma organização. Além desse item, podemos enumerar

também, como dificuldades encontradas para manter a eficiência no processo de Gestão do

Conhecimento, em uma organização (BORGES, 2009).

• A empresa repete erros;

• Existem trabalhos duplicados;

• As relações com as pessoas são conduzidas com dificuldade;

• A comunicação entre os profissionais é ineficiente ou inexistente;

• As boas idéias não são partilhadas nem divulgadas;

• Existe dependência em indivíduos chave;

• Falta de gerência e organização;

• Treinamento incompleto de engenheiros do conhecimento;

• Dificuldade da tradução do conhecimento para uma linguagem compreensível

pelo computador;

• Necessidade de flexibilidade da base de conhecimentos

• Tratamento de conflitos e informações incertas.

Investir em Gestão do Conhecimento só vale a pena para aquelas empresas que

estejam pensando no longo prazo, que pretendam ainda estar no negócio daqui a muitos anos.

No curto prazo esse tipo de iniciativa não alcança seu real objetivo (mudar o modelo de

negócio e de organização), nem demonstra seu real beneficio (preparar a empresa para um

novo tipo de economia) (TEIXEIRA FILHO, 2009).

Melhorias decorrentes da implantação do processo de gestão do conhecimento deverão

estar fundamentadas na criação de uma cultura organizacional de compartilhamento de

46

conhecimentos, onde as estratégias de aquisição do conhecimento apóiem os projetos e as

necessidades de negócio (estratégicas) da organização.

2.6. Conclusão

Este capítulo teve como objetivo descrever o estado da arte da Gestão de Recursos Humanos,

apresentando conceitos importantes relacionados ao Treinamento, Recrutamento e Seleção,

Avaliação de Desempenho Organizacional e Gestão do Conhecimento, focando sempre que

pertinente, no contexto da Engenharia de Software. No capítulo seguinte falaremos sobre

alguns instrumentos normativos da Qualidade utilizados na Engenharia de Software.

47

Capítulo 3

Normas da Qualidade e a Gestão de Recursos Humanos

Este capítulo aborda Processos de Recursos Humanos em instrumentos criados para a implementação da Gestão da Qualidade nas organizações, relacionando os conceitos, os objetivos, as atividades, as vantagens e as características desses processos e enfatizando a necessidade da criação e adoção de práticas que estabeleçam um bom processo de recursos humanos para que, partindo do pressuposto de que “as pessoas são a alma do negócio”, as organizações possam alcançar os seus objetivos estratégicos.

3.1. Introdução

Quando falamos em qualidade e processos, nos instrumentos normativos existentes no

mercado, como a NBR ISO 9001 (NBR ISO 9001:2000), NBR ISO 9004 (NBR ISO

9004:2000), ISO 10006 (ISO 10006:2000), ISO 10015 (ISO 10015:2001) e ISO/IEC 12207

(ISO/IEC 12207:2008), não significa somente alcançar os quesitos exigidos pelos órgãos

certificadores de qualidade total, mas sim fazer com que as empresas certificadas apresentem

produtos e serviços com credibilidade a seus clientes e fornecedores. Dentro deste enfoque

destacamos a área de Recursos Humanos considerando, principalmente, questões relacionadas

à capacitação e desenvolvimento de pessoas.

A área de Recursos Humanos é responsável por desenvolver, implementar e gerenciar

as políticas e procedimentos de treinamento e desenvolvimento, visando atrair e manter o

comprometimento dos empregados com o Sistema da Qualidade da empresa por longo tempo.

Além de ser responsável também pela checagem das habilidades, experiências e

competências, através das descrições de cargos, declarações das qualificações, requisições,

entrevistas, cartas de recomendação, inventário das habilidades e competências, avaliação de

desempenho, entre outros, visando manter sempre atualizada a base de competências da

organização. É responsável, ainda, pelo recrutamento e seleção de colaboradores para a

organização, através de requisições de gerentes, seja pela introdução de novas tecnologias ou

mudanças no foco estratégico da organização, visando a contratação de pessoas qualificadas e

a diminuição da rotatividade e absenteísmo.

No contexto dos instrumentos de qualidade citados anteriormente, a área de Recursos

Humanos tem se tornado extremamente estratégica e passou a exercer atividades que visam

48

contribuir para o sucesso do Programa de Qualidade Total das organizações e,

conseqüentemente, ajuda a empresa a alcançar os seus objetivos estratégicos.

É necessário perceber a importância do gerenciamento dos recursos humanos e mudar

a cultura das organizações para que foquem na gestão do conhecimento e desenvolvimento

das pessoas, acrescentando, assim, ativos intangíveis a organização e fazendo com que essa

torne-se mais competitiva. Uma empresa que segue um bom processo de recursos humanos

provavelmente terá mais sucesso nos seus negócios e melhorará a qualidade dos seus serviços

e produtos.

Nesse contexto, a área de recursos humanos deve buscar, constantemente, a melhoria

dos seus processos de gerenciamento dos recursos humanos da organização, utilizando

instrumentos e procedimentos adequados, tratando-os com a importância devida, planejando-

os, organizando-os e executando-os de forma eficiente e eficaz, objetivando a obtenção dos

melhores resultados para a organização. Falhas nesse processo podem significar grandes

prejuízos.

Nas seções abaixo vamos mostrar um pouco de cada uma das normas referenciadas

acima, enfatizando os processos relacionados à gestão de pessoas, incluindo competências,

treinamento e seleção. O principal critério de seleção empregado para a escolha das Normas

ISO a serem mostradas a seguir foi: normativos que contivessem conteúdo relevante quanto a

questões relativas à gestão de pessoas e que tivessem boa aceitação nas organizações.

3.2. NBR ISO 10015: Gestão da Qualidade - Diretrizes para Treinamento

O ponto de partida para o sucesso de uma organização é: necessidade de desenvolver boas

práticas de Gerenciamento de Recursos Humanos.

Uma das principais boas práticas de Recursos Humanos diz respeito ao treinamento.

Reconhecendo a importância do treinamento, a International Organization for

Standardization, organismo internacional com sede em Genebra, na Suíça, editou a Norma

ISO 10015 (2001). A ISO 10015, no Brasil, foi editada pela Associação Brasileira de Normas

Técnicas, e passou a ser conhecida como NBR ISO 10015: Gestão da qualidade – Diretrizes

para treinamento.

A Norma ISO 10015 é, portanto, uma Norma de Gestão da Qualidade que fornece as

Diretrizes para Treinamento. Estas diretrizes compreendem o desenvolvimento,

implementação, manutenção e melhoria das estratégias e dos métodos de treinamento que

afetam a qualidade dos produtos fornecidos por uma organização. E, de acordo com essa

49

Norma, não basta treinar, é preciso avaliar o treinamento e provar que ele é um investimento

que proporciona ótimos resultados.

A Norma ISO 10015 pode ser aplicada em qualquer organização, e tem por objetivo

garantir que a identificação e análise das necessidades de treinamento estejam vinculadas aos

objetivos traçados pelo planejamento interno. A certificação ISO 10015 ainda não é

obrigatória no Brasil, porém, é fundamental como suporte à família ISO, pois utiliza as

análises de causa/efeito e os modelos de competência como base para o planejamento dos

treinamentos.

Na prática, se a área de Recursos Humanos for certificada com base na ISO 9001, ela

também estará de acordo com a ISO 10015 e poderá, portanto, declarar que o treinamento que

desenvolve segue as diretrizes da Norma ISO 10015.

Pode-se considerar que a Norma ISO 10015 oferece as seguintes vantagens:

• Oferece orientação centrada na tecnologia do treinamento e na aprendizagem

organizacional. Está desenhada especificamente para satisfazer as necessidades

relacionadas com a qualidade do treinamento;

• As empresas familiarizadas com os sistemas de gestão da qualidade ISO 9000

não terão dificuldade para entender e implementar a ISO 10015;

• A ISO 10015, a exemplo de outras normas de gestão, utiliza o enfoque baseado

em processos, o que é muito simples e prático;

• As organizações que não implementaram a ISO 9001 também podem utilizar a

ISO 10015 para aumentar a eficiência e a eficácia da área de Recursos

Humanos.

As características essenciais da Norma ISO 10015 (2001) são:

• Vincula os investimentos em treinamento com o desempenho organizacional;

• Exige que o treinamento tenha por base os princípios pedagógicos e os de

aprendizagem organizacional.

A Norma ISO 10015 dá a seguinte orientação: para selecionar e implementar o

treinamento que objetiva reduzir as lacunas entre as competências requeridas e as existentes,

recomenda-se que a gerência monitore quatro estágios, apresentados a seguir e representados

na Figura 3.1:

1) Definição das necessidades de treinamento: Esse estágio refere-se a preparação do

treinamento. Recomenda-se que a definição tome por base a análise das necessidades

50

atuais e futuras da organização, em contraposição à competência existente de seu

pessoal. Os objetivos deste estágio são:

i) definir as lacunas entre a competência existente e a requerida;

ii) definir as necessidades de treinamento dos empregados cuja competência

existente não atenda àquelas requeridas para o trabalho; e

iii) documentar as necessidades de treinamento especificadas.

2) Projeto e planejamento do treinamento: O planejamento específico dos programas

de treinamento deve passar por uma análise rigorosa. Devem ser considerados

aspectos como metodologia, adequação da verba, custo-benefício, análise do ROI

(retorno sobre o investimento), entre outros. A fase de projeto e planejamento fornece

as bases para a especificação do programa. Esta fase inclui:

i) projeto e planejamento das ações que devem ser adotadas para eliminar as

lacunas de competência identificadas na preparação do treinamento; e

ii) definição dos critérios de avaliação dos resultados do treinamento e para a

monitoração do processo de treinamento.

3) Execução do treinamento: É de responsabilidade do fornecedor do treinamento

realizar todas as atividades especificadas para o fornecimento do treinamento,

conforme previsto na especificação do programa de treinamento. Entretanto, assim

como fornecer os recursos necessários para assegurar os serviços do fornecedor de

treinamento, o papel da organização em apoiar e facilitar o treinamento pode incluir:

i) apoio aos treinandos e ao instrutor (instrutor é uma pessoa que aplica um

método de treinamento);

ii) monitoração da qualidade do treinamento fornecido: é fundamental

supervisionar todo o processo e garantir que ele está sendo seguido conforme o

planejado, alinhado com as diretrizes e objetivos propostos.

4) Avaliação dos resultados do treinamento: A finalidade da avaliação é confirmar que

ambos, os objetivos da organização e do treinamento, foram alcançados, ou seja, o

treinamento foi eficaz. Os insumos para a avaliação dos resultados do treinamento são

as especificações das necessidades e do programa de treinamento, bem como os

registros do treinamento fornecido. As avaliações devem verificar a eficácia e a

eficiência do programa, com detalhes e clareza. É conveniente que as avaliações sejam

feitas:

51

i) a curto prazo, para verificar a opinião do treinando sobre os métodos e

recursos adotados e sobre os conhecimentos e habilidades adquiridas como

resultado do treinamento; e

ii) a longo prazo, para verificar a melhoria da produtividade e do desempenho

no trabalho.

Figura 3.1 – Ciclo de treinamento (ISO 10015, 2001)

A ISO 10015 é uma ferramenta de gestão de Recursos Humanos que dá suporte ao

processo de aprendizagem da organização, para assegurar melhores resultados do

investimento em treinamento.

3.3. NBR ISO 9001: Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos

A ISO 9001:2000 é uma Norma auxiliar das normas de gestão, como é o caso da Norma ISO

10015. A ISO 9001 é equivalente à ISO 9001:2000.

Com relação à gestão de recursos humanos, a ISO 9001:2000 “cobra” resultados e

enfatiza a importância da definição das competências, das habilidades, das experiências, da

conscientização dos colaboradores e do fornecimento de treinamentos. Textualmente esta

Norma diz, em sua seção 6.2.2, que a organização deve:

• determinar as competências necessárias para o pessoal;

52

• fornecer treinamento ou tomar outras ações para satisfazer essas necessidades de

competências;

• avaliar a eficácia das ações executadas;

• assegurar que o seu pessoal está consciente quanto à pertinência e importância de suas

atividades e de como elas contribuem para atingir os objetivos da qualidade;

• manter registros apropriados de educação, treinamento, habilidade e experiência.

De acordo com o tópico descrito acima percebe-se que a adoção de uma abordagem de

processo para o gerenciamento de recursos humanos, que trate do planejamento

organizacional, da gerência das competências, habilidades e experiências das pessoas e da

empresa, que inclua também políticas de treinamento, recrutamento e seleção, que estabeleça

ainda a conscientização da importância das pessoas para o alcance dos objetivos da

organização, é um ponto bastante importante no que diz respeito à busca da qualidade de uma

organização.

3.4. NBR ISO 9004: Sistemas de Gestão da Qualidade – Diretrizes para Melhoria

de Desempenho

Esta Norma fornece diretrizes, além dos requisitos estabelecidos na NBR ISO 9001 (ISO

9001:2000), para considerar tanto a eficácia como a eficiência de um sistema de gestão da

qualidade e, por conseqüência, o potencial para melhoria do desempenho de uma organização.

Quando comparada com a NBR ISO 9001, os objetivos de satisfação do cliente e qualidade

do produto são estendidos para considerar a satisfação das partes interessadas e o desempenho

da organização.

Esta Norma é aplicável aos processos de uma organização e, conseqüentemente, os

princípios de gestão da qualidade nos quais ela está baseada podem ser desdobrados por toda

a organização. O foco desta Norma é obter a melhoria contínua, medida por meio da

satisfação dos clientes e de outras partes interessadas.

Esta Norma consiste em diretrizes e recomendações e não tem propósitos de uso

regulamentar ou contratual para certificação, nem como guia para implementação da NBR

ISO 9001. A NBR ISO 9004:2000 é a principal fonte de referência para as empresas

fornecedoras de treinamento. A ISO 9004 é equivalente à ISO 9004:2000

Para a ISO 9004:2000, o objetivo de uma organização é:

53

• Identificar e atender as necessidades e expectativas de seus clientes e de outras partes

interessadas (pessoas na organização, fornecedores, proprietários, sociedade) para

alcançar vantagem competitiva, de maneira eficaz e eficiente, e

• Alcançar, manter e melhorar o desempenho e a capacidade globais da organização.

Identificar e buscar atender as necessidades das pessoas, que são a base de uma

organização, são atividades claramente identificadas e obrigatórias para o alcance das metas

da organização, pois as pessoas são responsáveis pelos métodos de trabalho, pela execução

dos processos e pela geração de recursos materiais nas organizações, o que faz com que os

seus resultados estejam diretamente ligados e subordinados a forma com que seus

colaboradores trabalham.

Um dos princípios da boa gestão de recursos humanos considera que a organização

deve reconhecer no valor do desempenho e no potencial realizador das pessoas a base de

sustentação dos negócios dela, deve acreditar e apostar na capacidade de promover

crescimento sustentado, para as pessoas e por meio delas.

Ao tratar da gestão de recursos, a NBR ISO 9004 enfatiza que a Alta Administração

deve assegurar que os recursos – que podem ser: pessoas, infra-estrutura, ambiente de

trabalho, informação, fornecedores e parceiros, recursos naturais e recursos financeiros –

essenciais para a implementação da estratégia e para atingir os objetivos da organização sejam

identificados e tornados disponíveis.

A NBR ISO 9004 destaca, em sua seção 6.1.2, que os seguintes aspectos para a

melhoria do desempenho da organização sejam considerados, dentro do contexto da gestão de

recursos:

• Alocação eficaz, eficiente e em tempo hábil de recursos em relação às

oportunidades e restrições;

• Recursos tangíveis, tais como instalações melhoradas para os processos de

realização e de apoio;

• Recursos intangíveis, como propriedade intelectual;

• Recursos e mecanismos para encorajar a melhoria contínua inovadora;

• Estruturas organizacionais, incluindo necessidades de gestão matricial e por

empreendimento;

• Tecnologia e gestão da informação;

54

• Aumento da competência por meio de treinamento, educação e

aprendizagem específicos;

• Desenvolvimento de habilidades de liderança e perfis para futuros

gerentes da organização;

• Uso de recursos naturais e o impacto dos recursos no meio ambiente;

• Planejamento para necessidades de recursos futuros.

A NBR ISO 9004 ressalta que para que os objetivos de melhoria do desempenho da

organização sejam atingidos, é útil e muito importante que esta organização encoraje o

envolvimento e o desenvolvimento de seu pessoal, e isso pode ser conseguido de diversas

maneiras, entre elas:

• Proporcionando treinamento contínuo e planejamento de carreira.

• Definindo suas responsabilidades e autoridades.

• Estabelecendo objetivos individuais e de equipe, gerindo o desempenho de

processos e avaliando resultados.

• Facilitando o envolvimento do estabelecimento de objetivos e na tomada de

decisão.

• Reconhecendo e recompensando.

• Facilitando a comunicação da informação de forma aberta e nos dois sentidos.

• Realizando continuamente análises críticas das necessidades de seu pessoal.

• Criando condições para encorajar a inovação.

• Assegurando trabalho em equipe eficaz.

• Comunicando sugestões e opiniões.

• Usando medidas de satisfação do seu pessoal.

• Investigando porque as pessoas ingressam e deixam a organização.

A NBR ISO 9004 salienta que é conveniente que a direção assegure que as

competências necessárias estejam disponíveis para um funcionamento eficaz e eficiente da

organização. Concorda que sejam analisadas as necessidades das competências esperadas, em

comparação às competências já existentes na organização.

As seguintes fontes devem ser consideradas no levantamento das necessidades de

competências em uma organização:

55

• Demandas futuras relacionadas a planos e objetivos estratégicos e

operacionais.

• Antecipação das necessidades de sucessão de gerentes e da força de trabalho.

• Alterações em processos, ferramentas e equipamentos da organização.

• Avaliação de competência individual das pessoas para realizar atividades

definidas.

• Requisitos estatutários e regulamentares e normas que afetem a organização e

suas partes interessadas.

O treinamento de pessoal é caracterizado pelo esforço despendido pelas organizações

para propiciar oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento aos seus colaboradores.

Tem como propósitos: a identificação e a superação de deficiências no desempenho das

pessoas, a preparação dos colaboradores para assumir novas funções e a introdução de novas

tecnologias estratégicas.

A NBR ISO 9004 revela que o objetivo do planejamento das necessidades de

educação e treinamento é proporcionar às pessoas conhecimentos e habilidades que, em

conjunto com a experiência, melhorem sua competência. Durante o planejamento das

necessidades de educação e treinamento devem ser considerados os seguintes critérios (seção

6.2.2.2):

• Experiência das pessoas.

• Conhecimento tácito e explícito.

• Habilidades de liderança e de gestão.

• Ferramentas de planejamento e melhorias.

• Formação de equipes.

• Solução de problemas.

• Habilidades de comunicação.

• Cultura e comportamento social.

• Conhecimento do mercado e das necessidades e expectativas dos clientes e de

outras partes interessadas.

• Criatividade e inovação.

A fim de despertar o comprometimento das pessoas, a NBR ISO 9004 preconiza que a

educação e o treinamento também devem incluir:

• A visão de futuro da organização.

56

• As políticas e objetivos da organização.

• As mudanças e o desenvolvimento organizacionais.

• A iniciação e a implementação de processos de melhoria.

• Os benefícios oriundos da criatividade e da inovação.

• A influência da organização na sociedade.

• Os programas de integração para pessoas recém-admitidas.

• Os programas periódicos de reciclagem para pessoas já treinadas.

E ainda acentua que os planos de treinamento devem conter:

• Objetivos.

• Programas e métodos.

• Recursos necessários.

• Identificação do apoio interno necessário.

• Avaliação em termos de aumento da competência das pessoas.

• Medição da eficácia e da influência na organização.

A NBR ISO 9004 destaca que a educação e o treinamento fornecidos devem ser

avaliados, em termos das expectativas e da influência na eficácia e na eficiência da

organização, a fim de melhorar os futuros planos de treinamento.

A avaliação de um treinamento consiste no processo de obtenção de informações sobre

os efeitos que um programa de treinamento tem na concretização das metas da empresa.

Compreende:

• Avaliar a reação dos treinandos quanto ao conteúdo desenvolvido, métodos e

técnicas utilizadas e a atuação do instrutor.

• Avaliar até que ponto o treinando aprendeu o que foi proposto pelo

treinamento.

• Avaliar as mudanças de comportamento do treinando no cargo após a execução

do treinamento.

• Avaliar se os objetivos gerais do programa de treinamento atingirão as

mudanças pretendidas pelas metas da organização como um todo.

57

3.5. NBR ISO 10006: Gestão da Qualidade – Diretrizes para a Qualidade no

Gerenciamento de Projetos

Esta Norma fornece diretrizes sobre os elementos do sistema da qualidade, conceitos e

práticas para os quais a implementação é importante, e tem impacto, na obtenção da qualidade

no gerenciamento de projetos. Além disso, suplementa as diretrizes dadas na NBR ISO 9004-

1. Esta Norma não é, por si mesma, um guia para gerenciamento de projetos.

As diretrizes definidas nessa Norma têm ampla aplicação e utilizam os processos de

gerenciamento de projetos como estrutura para discussão de suas aplicações. Elas são

aplicáveis a qualquer tipo de projetos, independentemente de serem pequenos ou grandes,

simples ou complexos.

A execução de projetos envolve alocação de recursos humanos, e é, nesse aspecto que

essa Norma também trata do planejamento, identificação, controle, contribuição e

desempenho dos recursos humanos disponibilizados aos projetos.

A ISO 10006:2000 é equivalente à ISO 10006:1997. De acordo com essa Norma, em

sua seção 5.7 e sub-seções, processos relacionados aos recursos, que podem ser: programas de

computador, equipamento, utilidades, finanças, sistemas de informação, materiais, pessoal,

serviços e ambiente, visam planejá-los e controlá-los, ajudando a identificar quaisquer

possíveis problemas.

Estes processos são os seguintes:

• Planejamento de recursos: identificar, estimar, programar e alocar os recursos

relevantes. O planejamento de recursos deve ser documentado, incluindo

estimativas, alocações e limitações, em conjunto com as hipóteses feitas;

• Controle de recursos: comparar a utilização real e planejada dos recursos,

tomando providências quando necessário. O momento das análises críticas, a

freqüência de coleta dos dados e as projeções devem ser estabelecidos para

garantir controle adequado sobre o fornecimento dos recursos e, também, para

garantir que os recursos restantes sejam suficientes para alcançar os objetivos

do Projeto. Os desvios do planejamento de recursos devem ser identificados,

analisados e solucionados. As causas fundamentais da falta ou excesso de

recursos devem ser identificadas e utilizadas para a melhoria contínua.

Uma nota presente ao final da seção 5.7 dessa Norma informa que o que está descrito

nessa seção (Processos relacionados aos recursos) é aplicado a aspectos quantitativos do

gerenciamento de pessoas somente quando consideradas como recursos. Os outros aspectos

58

são descritos na seção 5.8 (Processos relacionados às pessoas) dessa mesma Norma, porque o

gerenciamento de pessoas difere significativamente daquele realizado sobre outros tipos de

recursos.

O gerenciamento de recursos humanos de um projeto inclui os processos que

organizam e gerenciam a equipe desse projeto. A equipe do projeto é composta por pessoas

com funções e responsabilidades atribuídas para a conclusão do mesmo.

As pessoas determinam a qualidade e o sucesso de um projeto, uma vez que a

execução do processo para realização de projetos depende diretamente das pessoas

envolvidas.

Tanto a organização quanto seus projetos dependem clara e fatalmente de seus

recursos humanos para atingir seus objetivos. Por outro lado, as pessoas dependem dos

projetos nos quais trabalham para atingir seus objetivos pessoais, individuais e profissionais,

isto é, para crescer profissionalmente e ser bem-sucedido. Resumindo, sem organizações e

sem pessoas não haveria a gestão de pessoas. E a gestão de pessoas na perspectiva do

gerenciamento de projetos nada mais é do que a capacidade de alinhar os objetivos e as

expectativas das pessoas e da organização.

Os processos relacionados às pessoas visam criar um ambiente no qual o pessoal possa

contribuir efetiva e eficientemente para o projeto. Estes processos são os seguintes:

• Definição da estrutura organizacional do Projeto: definir uma estrutura

organizacional adequada às necessidades do Projeto (isto é, estabelecer uma

estrutura organizacional de acordo com a política da organização e também as

condições particulares do Projeto), incluindo a identificação de funções e

definição de autoridade e responsabilidades;

• Alocação da equipe: selecionar e nomear pessoal suficiente, com competência

apropriada para corresponder às necessidades do Projeto. Uma diretriz

interessante desse processo é que a eficiência e a eficácia do pessoal seja

monitorada, e providências pertinentes tomadas quando necessário;

• Desenvolvimento da equipe: desenvolver habilidades individuais e coletivas

para melhorar o desempenho do Projeto. O desenvolvimento individual é

importante para o desenvolvimento da equipe.

59

3.6. ISO/IEC 12207: Tecnologia de Informação – Processos de Ciclo de Vida de

Software

A Norma ISO/IEC 12207 (2008) foi criada pela ISO (Institute of Organization for

Standardization) e o IEC (International Electrotechnical Commission) dentro de um esforço

conjunto dessas organizações. A ISO/IEC 12207 teve seu desenvolvimento proposto em 1988

e a primeira versão foi publicada em agosto de 1995. Em 1998 foi publicada a primeira versão

brasileira. Em 2008 foi publicada, na Suíça, uma versão modificada dessa Norma que

somente em 2009 foi traduzida e publicada no Brasil. Mais adiante veremos as alterações

relacionadas aos processos que têm ligação com a gerência de recursos humanos publicadas

nessa Norma em 2008.

O objetivo da NBR ISO/IEC 12207 é estabelecer uma estrutura comum para os

processos de ciclo de vida de software, com uma terminologia bem definida, que pode ser

referenciada pela indústria de software. A estrutura contém processos, atividades e tarefas que

servem para serem aplicadas durante a aquisição de um sistema que contém software, de um

produto de software independente ou de um serviço de software, e durante o fornecimento,

desenvolvimento, operação e manutenção de produtos de software.

O escopo da ISO/IEC 12207 abrange todo o ciclo de vida de software, desde sua

concepção até a descontinuidade do projeto de software, e por todos os envolvidos com

produção, manutenção e operação do software. A Norma pode ser aplicada para toda a

organização, mas existem casos de aplicação em projetos específicos por imposição contratual

ou nas fases iniciais de implantação.

Os processos de ciclo de vida de software podem ser empregados para adquirir,

fornecer, desenvolver, operar e manter produtos de software. O objetivo do detalhamento

desses processos é prover um guia para os usuários desta Norma para que eles possam

orientar-se na mesma e aplicá-la criteriosamente.

Os processos da ISO/IEC 12207 são agrupados de acordo com sua natureza, ou seja, o

seu objetivo principal no ciclo de vida de software. Este agrupamento resultou em 3 (três)

classes de processos: processos fundamentais, processos de apoio e processos

organizacionais. Dessa forma, as atividades que podem ser executadas durante o ciclo de vida

de software são agrupadas em cinco processos fundamentais, oito processos de apoio e quatro

processos organizacionais. Cada processo de ciclo de vida é dividido em um conjunto de

atividades e cada atividade é então dividida em um conjunto de tarefas.

60

Segundo a NBR ISO/IEC 12207, os cinco processos fundamentais do ciclo de vida de

software são:

1) Processo de aquisição: define as atividades do adquirente, organização que adquire

um sistema, produto de software ou serviço de software.

2) Processo de fornecimento: define as atividades do fornecedor, organização que

provê o sistema, produto de software ou serviço de software ao adquirente.

3) Processo de desenvolvimento: define as atividades do desenvolvedor, organização

que define e desenvolve o produto de software.

4) Processo de operação: define as atividades do operador, organização que provê

serviço de operação de um sistema computacional, no seu ambiente de funcionamento,

para seus usuários.

5) Processo de manutenção: define as atividades do mantenedor, organização que

provê o serviço de manutenção do produto de software, isto é, gerenciando as

modificações no produto de software para mantê-lo atualizado e em perfeita operação.

Este processo inclui a migração e a descontinuação do produto de software.

Os nove processos de apoio, definidos pela respectiva Norma, são:

1) Processo de documentação: define as atividades para registro da informação

produzida por um processo de ciclo de vida.

2) Processo de gerência de configuração: define as atividades de gerência de

configuração.

3) Processo de garantia da qualidade: define as atividades para garantir objetivamente

que os produtos e processos de software estão em conformidade com seus requisitos

especificados e aderem aos seus planos estabelecidos. Revisões conjuntas, auditorias,

verificação e validação podem ser utilizadas como técnicas para garantia da qualidade.

4) Processo de verificação: define as atividades (para o adquirente, o fornecedor, ou

uma parte independente) para verificação dos produtos de software, em profundidade

variável, dependendo do projeto de software.

5) Processo de validação: define as atividades (para o adquirente, o fornecedor ou uma

parte independente) para validação dos produtos de software do projeto de software.

6) Processo de revisão conjunta: define as atividades para avaliação da situação e

produtos de uma atividade. Este processo pode ser empregado por qualquer uma das

duas partes, onde uma delas (parte revisora) revisa a outra parte (parte revisada) em

um fórum conjunto.

61

7) Processo de auditoria: define as atividades para determinar a conformidade com

requisitos, planos e contrato. Este processo pode ser empregado por qualquer uma das

duas partes, onde uma delas (parte auditora) audita os produtos de software ou

atividades da outra parte (parte auditada).

8) Processo de resolução de problema: define um processo para análise e remoção dos

problemas (incluindo não-conformidades), independente da sua natureza ou origem,

que forem descobertos durante a execução dos processos de desenvolvimento, de

operação, de manutenção ou de outros processos.

9) Processo de Usabilidade: contém as atividades e tarefas do especialista em

usabilidade. O processo contém as atividades que consideram os interesses e

necessidades dos indivíduos e/ou grupos que usarão ou trabalharão com a saída de um

sistema durante o desenvolvimento e a operação do software ou sistema. O Processo

de Usabilidade garante a qualidade em uso do software.

Finalmente, os quatro processos organizacionais, que auxiliam a organização e

gerência geral dos processos e podem ser empregados fora do domínio de projetos e contratos

específicos, servindo para toda a organização, são os seguintes:

1) Processo de gerência: define as atividades básicas da gerência, incluindo gerência

de projeto, durante um processo de ciclo de vida.

2) Processo de infra-estrutura: define as atividades básicas para o estabelecimento da

estrutura de apoio de um processo de ciclo de vida.

3) Processo de melhoria: define as atividades básicas que uma organização (isto é,

adquirente, fornecedor, desenvolvedor, operador, mantenedor, ou o gerente de outro

processo) executa para estabelecer, medir, controlar e melhorar seu processo de ciclo

de vida.

4) Processo de recursos humanos (incluído na versão de 2008): define os recursos

humanos adequados à organização e aos projetos e mantém as suas competências

consistentes com as necessidades do negócio. O processo de recursos humanos,

definido na ISO/IEC 12207 era denominado, em 1998, de Processo de treinamento e

tinha como objetivo definir as atividades para prover pessoal adequadamente treinado.

As atividades e tarefas em um processo organizacional são de responsabilidade da

organização que o utiliza. Essa organização garante que o processo existe e é funcional.

62

Como o foco desse trabalho são processos, normas, boas práticas e frameworks para

processos relacionados à gestão de pessoas, incluindo nesse campo a gestão de competências,

habilidades, experiências, treinamento, recrutamento e seleção dos colaboradores das

organizações que produzem software, iremos listar e detalhar, a seguir, apenas as atividades

do processo organizacional de recursos humanos (antigo processo de treinamento) da NBR

ISO/IEC 12207.

3.6.1. Processo de Recursos Humanos

Em 2008, o Processo de Treinamento da NBR ISO/IEC 12207 foi renomeado para Processo

de Recursos Humanos.

O propósito do Processo de Recursos Humanos passou a ser: fornecer à organização

os recursos humanos adequados e manter as suas competências consistentes com as

necessidades do negócio.

Como resultado da implementação bem sucedida do Processo de Recursos Humanos

espera-se os seguintes resultados:

• As habilidades e os papéis requeridos para as operações da organização e do

projeto são identificados através da revisão, em tempo hábil, dos requisitos

organizacionais e do projeto.

• Os recursos humanos são fornecidos para a organização e para o projeto.

• As habilidades da equipe são desenvolvidas, mantidas ou aperfeiçoadas.

• Conflitos em demandas por recursos em multi-projetos são resolvidos.

• Um conjunto de necessidades de treinamento da organização é identificado e

disponibilizado, tendo como base as informações organizacionais e de projetos.

• O patrimônio intelectual da organização é disponibilizado (ou “colecionado”),

reutilizado e explorado através de um mecanismo estabelecido.

Este processo consiste em seis atividades, listadas a seguir, juntamente com suas

respectivas tarefas:

1) Implementação do processo

1.1) Uma revisão dos requisitos da organização e do projeto deve ser conduzida

para estabelecer, no momento adequado, provisão para adquirir ou desenvolver

os recursos e habilidades necessárias pela gerência e pessoal técnico. Essas

63

necessidades podem ser supridas através de treinamento, recrutamento ou

outros mecanismos de desenvolvimento de pessoal.

2) Definição dos requisitos de treinamento

2.1) Os tipos e níveis de treinamento e conhecimento necessários para

satisfazer os requisitos da organização e do projeto devem ser determinados.

Convém que um plano de treinamento seja desenvolvido e documentado,

incluindo cronogramas de implementação, requisitos de recursos e

necessidades de treinamento.

2.2) Convém que manuais de treinamento sejam desenvolvidos ou adquiridos,

incluindo materiais de apresentação usados na realização dos treinamentos.

2.3) Pessoal de treinamento deve ter o conhecimento e habilidades necessárias

para executar seus papéis.

3) Recrutamento de pessoal qualificado

3.1) Estabelecer um programa sistemático de recrutamento de pessoal

qualificado para suprir as necessidades da organização e dos projetos. Oferecer

oportunidades para o desenvolvimento da carreira do pessoal existente.

4) Avaliação do desempenho do pessoal

4.1) Definir critérios objetivos que possam ser usados para avaliar o

desempenho do pessoal.

4.2) Avaliar o desempenho do pessoal em relação à sua contribuição para o

alcance das metas da organização ou do projeto.

4.3) Garantir que a equipe receba feedback sobre os resultados das avaliações

realizadas.

4.4) Manter registros adequados do desempenho da equipe, incluindo

informações sobre habilidades, treinamentos e avaliações realizados.

5) Estabelecimento de requisitos da equipe

5.1) Definir as necessidades da organização e dos projetos para as equipes de

projeto. Definir a estrutura das equipes e as regras operacionais.

5.2) Desenvolver as equipes para desempenhar o seu papel garantindo que

tenham:

a) Um entendimento do seu papel no projeto;

b) Uma visão compartilhada ou um entendimento dos interesses

comuns quanto ao sucesso do projeto;

64

c) Mecanismos ou infra-estrutura adequados para comunicação e

interação entre as equipes; e

d) Apoio, por parte da gerência apropriada, para satisfazer os requisitos

do projeto.

6) Gestão do conhecimento

6.1) O gerente planejará os requisitos para gerenciar os ativos de conhecimento

da organização. O planejamento incluirá a definição da infra-estrutura e

treinamento para apoiar quem contribui e quem utiliza os ativos de

conhecimento da organização, o esquema de classificação dos ativos e os

critérios dos ativos.

6.2) O gerente estabelecerá uma rede de especialistas dentro da organização. A

rede conterá a identificação dos especialistas da organização, uma lista das suas

áreas de especialidade e a identificação das informações disponíveis dentro de

um esquema de classificação, por exemplo, áreas de conhecimento. O gerente

garantirá que a rede seja mantida atualizada.

6.3) O gerente estabelecerá um mecanismo para apoiar a troca de informações

entre os especialistas e as necessidades de informações dos projetos da

organização. O mecanismo apoiará os requisitos de acesso, armazenamento e

recuperação das informações.

6.4) Executar a gerência de configuração dos ativos de conhecimento de acordo

com o Processo de Gerência de Configuração especificado na seção 6.2.

Diante da lista de atividades e tarefas do processo de recursos humanos da ISO 12207,

podemos verificar que esse processo contém propósitos e resultados para os seguintes sub-

processos:

• Gestão de Recursos Humanos.

• Treinamento.

• Gestão do Conhecimento.

A seguir detalharemos os três sub-processos do Processo de Recursos Humanos da

ISO 12207.

65

3.6.1.1. Gestão de Recursos Humanos

O sub-processo de Gestão de Recursos Humanos fornece à organização e aos projetos,

indivíduos com perfil e conhecimento para executar os seus papéis efetivamente e para

trabalhar como um grupo harmônico.

Como resultado da implementação bem sucedida do sub-processo de Gestão de

Recursos Humanos, encontramos os seguintes resultados:

• Os indivíduos com as habilidades e competências requeridas são identificados

e recrutados;

• A efetiva interação entre indivíduos e grupos é apoiada;

• A força de trabalho tem as habilidades para compartilhar informação e para

coordenar as suas atividades eficientemente; e

• Critérios objetivos são definidos para o monitoramento do desempenho do

grupo e dos indivíduos, fornecendo feedback e promovendo a melhoria.

3.6.1.2. Treinamento

O propósito do sub-processo de treinamento é fornecer à organização e ao projeto, indivíduos

com habilidades e conhecimento necessários para desempenhar efetivamente os seus papéis.

Como resultado da implementação bem sucedida do sub-processo de Treinamento,

encontramos os seguintes resultados:

• O treinamento é desenvolvido ou adquirido para atender às necessidades de

treinamento da organização e do projeto; e

• O treinamento é conduzido para garantir que todos os indivíduos tenham as

habilidades requeridas para desempenhar as suas atribuições, utilizando

instrumentos tais como: estratégias e materiais de treinamento.

3.6.1.3. Gestão do Conhecimento

O propósito do sub-processo de Gestão do Conhecimento é garantir que o conhecimento, as

informações e as habilidades individuais sejam coletados, compartilhados, reutilizados e

melhorados em toda a organização.

Como resultado da implementação bem sucedida do sub-processo de Gestão do

Conhecimento, encontramos:

66

• Uma infra-estrutura é estabelecida e mantida para compartilhar informações

comuns e de domínio com toda a organização;

• O conhecimento está prontamente disponível e é compartilhado com toda a

organização; e

• A organização seleciona a estratégia para gestão do conhecimento apropriada.

Pelo exposto podemos perceber a preocupação na adoção de um processo para tratar o

gerenciamento de pessoas, incluindo a gestão de pessoas nos projetos, individualmente e na

organização, gestão de competências, gestão do conhecimento, avaliação de desempenho,

recrutamento e seleção, além da preocupação com o estabelecimento de um processo que trate

da educação, do treinamento e do desenvolvimento dos colaboradores de empresas que

desenvolvem produtos de software. A busca por boas práticas, processos e normas que

ajudem na definição do gerenciamento de pessoas nas organizações que trabalham com

desenvolvimento de software é algo que agrega qualidade aos produtos gerados, à execução

dos processos e ao trabalho desempenhado pelos colaboradores da organização.

3.7. Conclusão

Este capítulo teve como objetivo fazer conhecer alguns instrumentos, como as Normas ISO

9001, ISO 9004, ISO 10006, ISO 10015 e ISO 12207, que tratam de qualidade em projetos,

produtos, processos de software, treinamentos, gestão e definição dos requisitos dos clientes.

Esses instrumentos demonstram boas práticas e regras que devem ser seguidas para se obter

qualidade nas organizações. Levando-se em consideração que as tarefas relacionadas ao

desenvolvimento de produtos, à gestão, à execução de projetos e processos, aos treinamentos

e ao levantamento de requisitos com os clientes são realizadas por pessoas, percebe-se

claramente a necessidade da adoção de algumas diretrizes propostas por esses instrumentos

para apoiar a gestão dos recursos humanos das organizações. No capítulo seguinte, será

abordado o tema gerenciamento de recursos humanos em modelos de maturidade de software

e frameworks de processo de software.

67

Capítulo 4

Recursos Humanos em Modelos de Maturidade de Software e

Frameworks de Processos de Desenvolvimento de Software

Este capítulo apresenta dois dos principais modelos de maturidade de software e seus processos relacionados à gestão de recursos humanos. Apresenta também o EUP, um processo de desenvolvimento de software que aborda assuntos relativos à gestão de pessoas e que baseia-se no RUP.

4.1. Introdução

As próximas seções mostram uma visão geral de dois dos principais modelos de maturidade

de software: CMMI-DEV e MPS.Br, focando mais especificamente nas melhores práticas

relacionadas à gestão de pessoas, foco desse trabalho. Além disso, apresenta o EUP, um

framework de processo de software, que tem o foco na gestão de pessoas e baseia-se no RUP.

Por framework, podemos entender como uma estrutura de processos que representam

um conjunto de idéias, condições ou premissas que determinam como algo será abordado,

percebido ou entendido (CAMURUGY, 2007).

4.2. CMMI-DEV versão 1.2

O CMMI (Capability Maturity Model Integration) é o modelo de maturidade de software

desenvolvido pelo SEI (Software Engineering Institute) que integra as melhores práticas no

campo da engenharia de sistemas e de software (CMMI-DEV, 2006). Ele é atualmente um

dos mais conhecidos e utilizados modelos de melhores práticas no segmento de tecnologia.

O CMMI é estruturado por meio de um conjunto de áreas de processos relativas a

várias disciplinas (engenharia, gestão de projetos, gestão de riscos, gestão de pessoas, entre

outras), distribuídas em cinco níveis de maturidade. A intenção do modelo é melhorar a

maturidade das organizações por meio do aumento da capacidade individual e coletiva dos

processos (áreas de processos) localizados em cada um dos níveis de maturidade.

Em 2006 as designações do CMMI para engenharia de sistemas e engenharia de

software (CMMI-SE/SW) foram substituídas pelo título “CMMI for Development – CMMI-

DEV” para realmente refletir a integração desses corpos de conhecimento e aplicações do

68

modelo com a organização. O CMMI-DEV Versão 1.2 é a continuação e atualização do

CMMI versão 1.1.

O CMMI não é técnica, não é método, não é uma descrição de processos e também

não é ferramenta, é um modelo de qualidade e pode também ser considerado um guia de boas

práticas.

O CMMI permite tratar da avaliação e melhoria de processos de software usando duas

diferentes representações, que podem ser utilizadas em conjunto ou separadamente. As duas

representações do CMMI são:

1) Por Estágios: essa representação é a mais utilizada e com ela a organização busca

aumentar e avaliar a sua maturidade. Os níveis de Maturidade vão de 1 a 5, sendo o

nível 1 o inicial e o nível 5 o mais elevado. Em cada nível de maturidade a

organização precisa implementar determinadas Áreas de Processos (PA’s), sempre

mantendo as áreas de processo já implementadas no nível anterior, isto é, todas as

PA’s do nível anterior devem ser mantidas para alcançar um nível superior. O modelo

CMMI é composto por 22 PA’s. Abaixo apresentamos cada um dos cinco níveis de

maturidade do CMMI e suas PA’s (Figura 4.1):

a) Nível 1 ou Inicial: não é um nível a ser atingido, mas sim a constatação de

que uma organização não tem seus processos definidos e implementados de

forma sistemática.

b) Nível 2 ou Gerenciado (7 PA’s): gerenciamento básico de projeto, isto é,

requisitos são gerenciados e os processos são planejados, medidos e

controlados. As 7 PA’s do Nível 2 de maturidade são:

i) REQM – Gerenciamento de Requisitos.

ii) PP – Planejamento de Projeto.

iii) PMC – Monitoramento e Controle de Projeto.

iv) SAM – Gerenciamento de Acordos com Fornecedores (opcional).

v) MA – Medição e Análise.

vi) PPQA – Garantia da Qualidade de Processo e Produto.

vii) CM – Gerenciamento de Configuração.

c) Nível 3 ou Definido (11 PA’s): padronização dos processos. A retenção do

conhecimento se dá a partir do aproveitamento sistemático de boas

experiências, e seu uso em projetos subseqüentes. As 11 PA’s do nível 3 de

maturidade, são:

i) ED – Desenvolvimento de Requisitos.

69

ii) TS – Solução Técnica.

iii) PI – Integração de Produtos.

iv) VER – Verificação.

v) VAL – Validação.

vi) OPF – Foco no Processo Organizacional.

vii) OPD – Definição do Processo Organizacional + IPPD.

viii) OT – Treinamento Organizacional.

ix) IPM – Gerenciamento Integrado de Projeto + IPPD.

x) RSKM – Gerenciamento de Riscos.

xi) DAR – Análise de decisão e resolução.

d) Nível 4 ou Gerenciado Quantitativamente (2 PA’s): coleta dados e gera

estatísticas para avaliar o desempenho dos processos. O foco desse nível é o

estabelecimento de objetivos quantitativos para a qualidade e a performance

dos processos, e seu uso para a gestão eficaz. As 2 PA’s do nível 4 de

maturidade são:

i) OPP – Desempenho do Processo Organizacional.

ii) QPM – Gerenciamento Quantitativo do Projeto.

e) Nível 5 ou Otimizado (2 PA’s): melhoria contínua de processo, isto é,

quando a organização atinge esse nível de maturidade, os conceitos de

“inovação” e “melhoria contínua” estão enraizados na sua cultura. As 2 PA’s

do nível 5 de maturidade são:

i) OID – Inovação e Implantação Organizacional.

ii) CAR – Análise de Causa e Resolução.

2) Contínua: a organização busca aumentar a sua capacidade em algumas áreas. Ao

invés de implementar um conjunto de Áreas de Processos (PA’s), a organização

escolhe quais as áreas são estratégicas para ela. Os Níveis de Capacidade vão de 0 a 5,

com a seguinte classificação: a) Nível 0 ou Incompleto, b) Nível 1 ou Realizado, c)

Nível 2 ou Gerenciado, d) Nível 3 ou Definido, e) Nível 4 ou Gerenciado

Quantitativamente, f) Nível 5 ou Otimizando. Na representação Contínua, as Áreas de

Processos (PA’s), são organizadas por categoria, são elas:

• Gerenciamento de Processos, com as seguintes PA’s: i) OPF – Foco no

Processo Organizacional; ii) OPD – Definição do Processo Organizacional; iii)

OT – Treinamento Organizacional; iv) OPP – Desempenho do Processo

70

Organizacional; v) OID – Inovação e Implantação Organizacional; vi) PP –

Planejamento de Projeto; vii) PMC – Monitoramento e Controle de Projeto;

viii) SAM – Gerenciamento de Acordos com Fornecedores; ix) IPM –

Gerenciamento Integrado de Projeto; x) RSKM – Gerenciamento de Riscos; xi)

QPM – Gerenciamento Quantitativo do Projeto.

• Engenharia, com as seguintes PA’s: i) REQM – Gerenciamento de Requisitos;

ii) ED – Desenvolvimento de Requisitos; iii) TS – Solução Técnica; iv) PI –

Integração de Produtos; v) VER – Verificação; vi) VAL – Validação.

• Suporte, com as seguintes PA’s: i) CM – Gerenciamento de Configuração; ii)

PPQA – Garantia da Qualidade de Processo e Produto; iii) MA – Medição e

Análise; iv) DAR – Análise de decisão e resolução; v) CAR – Análise de

Causa e Resolução.

Figura 4.1 – Áreas de Processo (PA’s) do CMMI por Nível de Maturidade

4.2.1. O CMMI e a Gestão de Pessoas

No que se refere a pessoas, esse modelo está atento ao desenvolvimento das habilidades das

pessoas de maneira que estas possam desempenhar de forma satisfatória seus papéis junto ao

processo de software, e também preocupa-se com a questão da composição e manutenção de

71

equipes multifuncionais desenvolvendo, inclusive, uma consciência de trabalho em grupo,

através da PA denominada Treinamento Organizacional – OT, que aparece a partir do nível

3 da representação por estágios do CMMI ou na categoria de gerenciamento de processos,

quando a empresa opta por implementar o CMMI contínuo.

No entanto, desde o Nível 2 existe a preocupação do CMMI com a competência dos

colaboradores que desempenham as atividades dos processos, visto que os objetivos

específicos SG 1 e SG 2, respectivamente Estabelecer Capacidade de Treinamento

Organizacional e Fornecer o Treinamento, exigem da organização de software um

planejamento e estabelecimento das necessidades de treinamento, a realização dos

treinamentos e a avaliação de eficácia desses treinamentos.

O Treinamento Organizacional fornece suporte aos objetivos estratégicos da

organização, buscando suprir as necessidades comuns de treinamento da organização e das

pessoas. A identificação de necessidades específicas de treinamento para projetos individuais

não faz parte do escopo deste processo. A finalidade do Treinamento Organizacional é

desenvolver as habilidades e os conhecimentos das pessoas da organização, de maneira que

venham a desempenhar seus papéis de forma efetiva e eficaz.

O Treinamento Organizacional é organizado em dois objetivos específicos (Specific

Goal – SG) e sete práticas específicas (Specific Practices – SP) organizadas da seguinte

maneira:

• SG 1 – Estabelecer Capacidade de Treinamento Organizacional

o SP 1.1 – Estabelecer as Necessidades de Treinamento

o SP 1.2 – Determinar as Necessidades de Treinamento de Responsabilidade da

Organização

o SP 1.3 – Estabelecer Programa de Treinamento

o SP 1.4 – Estabelecer Capacidade de Treinamento

• SG 2 – Fornecer o Treinamento

o SP 2.1 – Realizar o Treinamento

o SP 2.2 – Estabelecer Registros do Treinamento

o SP 2.3 – Avaliar a Eficácia do Treinamento

O Treinamento Organizacional envolve atividades como a identificação das

necessidades de treinamento da organização (pessoas e projetos), o estabelecimento de um

programa de treinamento a elaboração e oferecimento de treinamento para suprir tais

necessidades (pessoais e organizacionais), o estabelecimento e manutenção da capacidade de

treinamento e de seus registros, e a avaliação da eficácia do treinamento, para que sejam

72

garantidos que os objetivos dos treinamentos estão sendo atendidos e que estão relacionados

aos objetivos estratégicos da organização.

Para a correta implementação desse processo, identificou-se a necessidade de 5 papéis

fundamentais, descritos na Tabela 4.1, sendo as suas responsabilidades de crucial importância

para o cumprimento dos objetivos e práticas específicas.

Tabela 4.1 – Papéis e Responsabilidades da PA Treinamento Organizacional (OT ) do CMMI

Papel Responsabilidades

Aluno Participar do treinamento e Realizar as avaliações

Gerente de Treinamento Definir as necessidades organizacionais de treinamento

Estabelecer o programa de treinamento

Definir registros do treinamento

Avaliar a eficácia dos resultados

Especialista Definir metodologias, materiais, qualificações e projeto

Instrutor Realizar o Treinamento

Aplicar avaliações

Efetuar atualização dos registros de treinamento

Gerente de Projetos Estabelecer necessidades de treinamento

De acordo com essa PA, os treinamentos podem ocorrer através de veículos informais

ou formais, tais como: apresentações, leitura de artigos e livros, aconselhamentos e seminários

informais, workshops, treinamento por entidades externas, mentoring. As habilidades e

conhecimentos trabalhados podem ser técnicos (relacionados à utilização de equipamentos,

ferramentas e processos de projeto), organizacionais (referente ao comportamento dentro da

estrutura organizacional, os papéis e responsabilidades) ou de contexto (auto-organização,

comunicação e habilidades interpessoais necessárias ao contexto do ambiente social e

organizacional de projeto).

73

Os principais componentes dessa PA incluem um programa de desenvolvimento dos

colaboradores gerenciado, projetos documentados, pessoal com formação específica e

multidisciplinar, além de mecanismos de medição da eficácia do programa.

4.3. MPS.Br

O MPS.Br é um programa para Melhoria de Processo do Software Brasileiro coordenado pela

Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX), contando com

apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), da Financiadora de Estudos e Projetos

(FINEP) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) (SOFTEX, 2007a).

Segundo Weber et al. (2004), apesar de atualmente o CMMI (Capability Maturity

Model Integration) ser um dos mais conhecidos e utilizados modelo de melhores práticas no

campo da engenharia de sistemas e de software, a implementação e avaliação de modelos

como o CMMI, mesmo nos níveis mais baixos, (níveis 2 e 3), está fora do alcance de algumas

empresas, especialmente no Brasil, devido a seu custo elevado.

Tentando resolver o problema de inclusão de uma grande massa de pequenas e médias

empresas de software brasileiras em um mercado que está cada vez mais competitivo e

exigente, desde dezembro de 2003, uma equipe, que conta com representantes de várias

regiões do país, todos com amplos conhecimentos a cerca de melhoria de processos de

software em empresas, participa do projeto Melhoria do Processo de Software Brasileiro

(MPS.Br) que visa criar e disseminar o Modelo de Referência para melhoria do processo de

software (MR-MPS.Br), a custo mais acessível (SOFTEX, 2007a).

O ponto de partida para definição do MR-MPS.Br foi a análise da realidade das

empresas brasileiras (WEBER et al, 2004). Esse modelo de maturidade tem como foco

principal atender a micro, pequenas e médias empresas de software brasileiras, com poucos

recursos e que necessitam obter melhorias significativas nos seus processos de software. Ele

foi desenvolvido de forma que fosse compatível com os padrões de qualidade aceitos

internacionalmente e que pudesse aproveitar toda a competência existente nos padrões e

modelos de melhoria de processo já disponíveis (CMMI e as normas ISO/IEC 12207 e

ISO/IEC 15504).

O MPS.Br baseia-se nos conceitos de maturidade e capacidade de processo para a

avaliação e melhoria da qualidade e produtividade de produtos de software e serviços

correlatos. Dentro desse contexto, o MPS.Br está dividido em três (3) componentes: Modelo

74

de Referência (MR-MPS), Método de Avaliação (MA-MPS) e Modelo de Negócio (MN-

MPS).

• O Modelo de Referência MR-MPS contém os requisitos que os processos das

unidades organizacionais devem atender para estar em conformidade com o MR-

MPS. Ele contém as definições dos níveis de maturidade, processos e atributos do

processo;

• O Método de Avaliação MA-MPS está descrito no Guia de Avaliação e está em

conformidade com a norma ISO/IEC 15504-2;

• O Modelo de Negócio MN-MPS descreve regras de negócio para implementação

do MR-MPS pelas Instituições Implementadoras (II), avaliação seguindo o MA-

MPS pelas Instituições Avaliadoras (IA), organização de grupos de empresas para

implementação do MR-MPS e avaliação MA-MPS pelas Instituições

Organizadoras de Grupos de Empresas (IOGE), certificação de consultores de

aquisição e programas anuais de treinamento por meio de cursos, provas e

workshops MPS.Br.

Cada componente é descrito por meio de guias e/ou de documentos do MPS.Br.

• Guia Geral: contém a descrição geral do MPS.Br e detalha o Modelo de Referência

(MR-MPS), seus componentes e as definições comuns necessárias para seu

entendimento e aplicação;

• Guia de Aquisição: é um documento complementar que descreve um processo de

aquisição de software e serviços correlatos. É descrito como forma de apoiar as

instituições que queiram adquirir produtos de software e serviços correlatos

apoiando-se no MR-MPS. Este guia não contém requisitos do MR-MPS, mas boas

práticas para a aquisição de software e serviços correlatos;

• Guia de Avaliação: descreve o processo e o método de avaliação MA-MPS, os

requisitos para avaliadores líderes, avaliadores adjuntos e Instituições Avaliadoras

(IA);

• Guia de Implementação: composto de 07 (sete) partes, cada uma delas

descrevendo como implementar um determinado nível do MR-MPS.

4.3.1. Descrição do MR-MPS.Br

O Modelo de Referência MR-MPS define níveis de maturidade que são uma combinação

entre processos e sua capacidade.

75

Os níveis de maturidade estabelecem patamares de evolução de processos,

caracterizando estágios de melhoria da implementação de processos na organização. O nível

de maturidade em que se encontra uma organização permite prever o seu desempenho futuro

ao executar um ou mais processos.

O MR-MPS define sete níveis de maturidade de processos para organizações que

produzem software: A (Em Otimização), B (Gerenciado Quantitativamente), C (Definido), D

(Largamente Definido), E (Parcialmente Definido), F (Gerenciado) e G (Parcialmente

Gerenciado). Conforme podemos observar na Figura 4.2, a escala de maturidade se inicia no

nível G e progride até o nível A. Os níveis são acumulativos, significando que, se a

organização está no nível F, esta possui o nível de capacidade do nível F que inclui os

atributos de processo dos níveis G e F para todos os processos relacionados no nível de

maturidade F (que também inclui os processos de nível G) e também que ao passar do nível G

para o nível F, os processos do nível de maturidade G passam a ser executados no nível de

capacidade correspondente ao nível F e assim sucessivamente, até chegar-se ao nível A, que é

o mais alto.

A divisão em estágios, embora baseada nos níveis de maturidade do CMMI-DEV tem

uma graduação diferente, com o objetivo de possibilitar uma implementação e avaliação mais

adequada às micro, pequenas e médias empresas. Na Figura 4.2 podemos ver o

relacionamento dos níveis do MPS.Br com os níveis do CMMI-DEV.

Para cada um desses 07 (sete) níveis de maturidade foram atribuídos processos e

atributos de processos (AP) que indicam onde a organização tem que colocar esforço para

melhoria, de forma a atender os objetivos de negócio e do Modelo de Referência. Segundo o

Guia Geral do MPS.Br, processo é um conjunto de atividades inter-relacionadas ou

interativas, que transformam insumos (entradas) em produtos (saídas), e atributo de processo

é uma característica mensurável da capacidade do processo aplicável a qualquer processo.

A capacidade do processo no MPS.Br possui atributos de processos (AP) que são

detalhados em termos de resultados esperados do atributo de processo (RAP) para alcance

completo do atributo de processo.

O progresso e o alcance de um determinado nível de maturidade do MR-MPS se

obtém quando são atendidos os propósitos (objetivos gerais a serem atingidos durante a

execução do processo) e todos os resultados esperados (resultados a serem obtidos com a

efetiva implementação do processo. Estes resultados podem ser evidenciados por um artefato

produzido ou uma mudança significativa de estado ao se executar o processo) dos respectivos

processos e dos atributos de processo (RAP) estabelecidos para aquele nível. Isto é, o

76

atendimento aos atributos do processo (AP), pelo atendimento aos resultados esperados dos

atributos do processo (RAP) é requerido para todos os processos no nível correspondente ao

nível de maturidade, embora eles não sejam detalhados dentro de cada processo, no MR-

MPS.Br.

Figura 4.2 – Níveis do MPS.Br e suas relações com os níveis do CMMI

4.3.2. Os Níveis de Maturidade do MPS.Br

4.3.2.1. Nível G – Parcialmente Gerenciado

O nível de maturidade G é composto pelos processos Gerência de Projetos e Gerência de

Requisitos. Neste nível os processos devem satisfazer os atributos de processo referentes ao

nível G do MPS.Br.

4.3.2.2. Nível F – Gerenciado

O nível de maturidade F é composto pelos processos do nível de maturidade anterior (G)

acrescidos dos processos Aquisição, Gerência de Configuração, Garantia da Qualidade e

77

Medição. Todos estes processos devem satisfazer os atributos de processo referentes ao nível

F do MPS.Br.

4.3.2.3. Nível E – Parcialmente Definido

O nível de maturidade E é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G e

F), acrescidos dos processos Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional, Definição do

Processo Organizacional, Gerência de Recursos Humanos e Gerência de Reutilização. O

processo Gerência de Projetos sofre sua primeira evolução retratando seu novo propósito:

gerenciar o projeto com base no processo definido para o projeto e nos planos integrados.

Todos os processos devem satisfazer os atributos de processo referentes ao nível E do

MPS.Br.

4.3.2.4. Nível D – Largamente Definido

O nível de maturidade D é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G

ao E), acrescidos dos processos Desenvolvimento de Requisitos, Integração do Produto,

Projeto e Construção do Produto, Validação, e Verificação. Todos os processos devem

satisfazer os atributos de processo referentes ao nível D do MPS.Br.

4.3.2.5. Nível C – Definido

O nível de maturidade C é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G

ao D), acrescidos dos processos Análise de Decisão e Resolução, Desenvolvimento para

Reutilização e Gerência de Riscos. Neste nível, o resultado GRU 3 do processo Gerência de

Reutilização (GRU) evolui para adequar esse processo aos resultados do processo

Desenvolvimento para Reutilização (DRU). Todos os processos devem satisfazer os atributos

de processo referentes ao nível C do MPS.Br.

4.3.2.6. Nível B – Gerenciado Quantitativamente

Este nível de maturidade é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G

ao C), sendo que ao processo Gerência de Projetos são acrescentados novos resultados. Este

nível não possui processos específicos. Todos os processos devem satisfazer os atributos de

processo referentes ao nível B do MPS.Br.

78

4.3.2.7. Nível A – Em Otimização

Este nível de maturidade é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G

ao B), acrescido do processo Análise de Causas de Problemas e Resolução. Todos os

processos devem satisfazer os atributos de processo referentes ao nível A do MPS.Br.

Para um melhor entendimento, representamos na Tabela 4.2, abaixo, os níveis de

maturidade do MR-MPS, os processos que devem ser implementados a partir de cada nível e

os atributos de processo correspondentes a cada nível.

Tabela 4.2 – Níveis de maturidade do MR-MPS

Nível Processo(s) Atributos de Processo

A Análise de Causas de Problemas e Resolução – ACP

AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2,

AP 3.1, AP3.2, AP 4.1,

AP 4.2 , AP 5.1 e AP 5.2

B Gerência de Projetos - GPR (evolução)

AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2,

AP 3.1 e AP3.2, AP 4.1 e

AP 4.2

C

Gerência de Riscos - GRI

Desenvolvimento para Reutilização - DRU

Análise de Decisão e Resolução - ADR

Gerência de Reutilização - GRU (evolução)

AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2,

AP 3.1 e AP3.2

D

Verificação - VER

Validação - VAL

Projeto e Construção do Produto - PCP

Integração do Produto - ITP

Desenvolvimento de Requisitos - DRE

AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2,

AP 3.1 e AP3.2

E Gerência de Projetos - GPR (evolução)

Gerência de Reutilização - GRU

AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2,

AP 3.1 e AP3.2

79

Gerência de Recursos Humanos - GRH

Definição do Processo Organizacional - DFP

Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional – AMP

F

Medição - MED

Garantia da Qualidade - GQA

Gerência de Configuração - GCO

Aquisição - AQU

AP 1.1, AP 2.1 e AP 2.2

G Gerência de Requisitos - GRE

Gerência de Projetos - GPR AP 1.1 e AP 2.1

Deve-se destacar que os atributos de processo AP 4.1, AP 4.2, AP 5.1 e AP 5.2

somente devem ser implementados para os processos relevantes da organização/unidade

organizacional. Os demais atributos de processo devem ser implementados para todos os

processos.

4.3.3. MPS.Br e o Processo de Gerenciamento de Recursos Humanos

As pessoas são o principal recurso de uma empresa, são consideradas na sociedade da

informação o capital intelectual da empresa. Dada à importância da contribuição das pessoas

na obtenção dos objetivos de uma empresa, torna-se essencial saber gerenciar, atrair, treinar,

desenvolver e manter as pessoas que tenham condições para satisfazer as necessidades

organizacionais, além de saber capturar e disseminar conhecimento na organização.

A partir do nível E (Parcialmente Definido) do MPS.Br verifica-se a preocupação

desse modelo com esse recurso tão essencial às organizações, através do surgimento do

processo de gerência de recursos humanos.

No entanto, assim como o CMMI, desde o nível mais baixo, o modelo já se preocupa

com questões relacionadas a pessoas, visto que, os resultados de atributos de processo RAP 5

e RAP 6, definem que os recursos necessários para a execução do processo devem ser

identificados e disponibilizados e as pessoas que executam o processo devem ser competentes

em termos de formação, treinamento e experiência.

80

De acordo com o Guia de Implementação do MPS.Br – parte 3 (SOFTEX, 2007b) o

propósito do processo Gerência de Recursos Humanos do MPS.Br nível E, é prover a

organização e os projetos com os recursos humanos necessários e manter suas competências

consistentes com as necessidades do negócio. O processo Gerência de Recursos Humanos

(GRH) deve ser visto numa perspectiva abrangente na organização para que pessoal

qualificado e experiente seja disponibilizado para desempenhar os diversos processos em

execução de forma a atingir os objetos da organização, dos projetos e satisfazer necessidades

e restrições dos clientes. Além disso, deve fornecer os meios para que os indivíduos trabalhem

como um grupo coeso e para que o conhecimento individual, informações e habilidades sejam

coletadas, compartilhadas, reusadas e melhoradas na organização (ISO/IEC 12207, 2002).

Dessa forma, as pessoas que executam atividades que afetam a qualidade do produto devem

ser competentes com base em educação, treinamento, habilidades e experiência apropriada

(ISO 9001, 2000).

A implantação de um programa de treinamento é fundamental para cumprir alguns dos

requisitos do processo Gerência de Recursos Humanos (GRH), mas, para o MPS.Br, a

Gerência de Recursos Humanos não se resume somente a treinar pessoas. As organizações

que desenvolvem software possuem processos de negócio dinâmicos, empregam diversas

tecnologias e a rotatividade de pessoal pode ser bastante alta, então, o MPS.Br entende que

também é necessário gerenciar o conhecimento que os profissionais possuem e o

conhecimento sobre as tecnologias utilizadas para a realização das atividades de

desenvolvimento de software, além de também planejar e manter políticas de recrutamento e

seleção de profissionais com as competências, habilidades e experiências necessárias à

organização. Assim, uma política de Gerência de Recursos Humanos, deve se basear,

também, na implantação de abordagens para a Gerência de Conhecimento, para a Avaliação

dos Profissionais e para o Recrutamento e Seleção.

Os resultados esperados com a implementação do processo de GRH, a partir do nível

de maturidade E do MPS.Br são:

• GRH1 – Uma revisão das necessidades estratégicas da organização e dos projetos é

conduzida para identificar recursos, conhecimentos e habilidades requeridos e, de

acordo com a necessidade, desenvolvê-los ou contratá-los

o O objetivo deste resultado esperado é verificar se o conhecimento e as

habilidades necessárias para que as atividades da organização e dos projetos

sejam executadas de forma eficiente foram identificadas. Durante o

81

levantamento destas necessidades deve-se levar em consideração um

planejamento estratégico de longo prazo.

• GRH2 – Indivíduos com as habilidades e competências requeridas são identificados e

recrutados

o O objetivo deste resultado esperado é verificar se a força de trabalho é

constituída por indivíduos identificados e recrutados com base nas habilidades

e competências requeridas pela organização, incluindo habilidades para

compartilhar informação e coordenar suas atividades eficientemente.

• GRH3 – As necessidades de treinamento que são responsabilidade da organização são

identificadas.

o O objetivo deste resultado esperado é garantir que foram identificadas as

necessidades de treinamento que devem estar sob a responsabilidade da

organização e as que serão conduzidas dentro dos contextos específicos em que

foram originadas. Desta forma, deve-se garantir que haja um acordo por parte

dos interessados desta divisão de responsabilidades.

• GRH4 – Uma estratégia de treinamento é planejada e implementada com o objetivo de

atender às necessidades de treinamento dos projetos e da organização

o O objetivo deste resultado esperado é garantir que uma estratégia de

treinamento alinhada aos objetivos de negócio foi de fato estabelecida

conforme o planejamento realizado para atender às necessidades estratégicas

de treinamento identificadas. Esta estratégia deve contemplar, dentre outros

itens, as necessidades de treinamento dos projetos e da organização, um plano

tático para execução e a infra-estrutura necessária.

• GRH5 – Os treinamentos identificados como sendo responsabilidade da organização

são conduzidos e registrados.

o O objetivo deste resultado esperado é garantir que os treinamentos para

garantir que todos os indivíduos tenham as habilidades requeridas para

desempenhar suas atribuições e que são planejados a partir da estratégia e do

plano tático foram fornecidos. Além disso, devem-se manter registros que

comprovem as realizações dos treinamentos. Os treinamentos devem ser

providos aos interessados conforme a estratégia definida pela organização.

Deve-se procurar também fornecer os treinamentos no momento mais oportuno

para que o conhecimento seja utilizado corretamente e no momento necessário.

82

• GRH6 – A efetividade do treinamento é avaliada

o O objetivo deste resultado esperado é avaliar se os treinamentos realizados

foram eficientes na transferência de conhecimento para os participantes. A

existência de mecanismos que permitam esta verificação deve estar prevista na

estratégia de treinamento da organização. Os resultados das avaliações

realizadas devem ser utilizados para melhorar a estratégia de treinamento.

• GRH7 – Critérios objetivos para avaliação do desempenho de grupos e indivíduos são

definidos e monitorados para prover informações sobre este desempenho e melhorá-lo.

o O objetivo deste resultado esperado é garantir que haja registro da avaliação

realizada sobre o desempenho dos grupos e/ou indivíduos durante a execução

de suas tarefas com base nos critérios estabelecidos e se os interessados são

comunicados dos resultados das avaliações. Ao alinhar a avaliação aos

objetivos das áreas onde os recursos humanos estão alocados aumenta-se a

possibilidade de melhorar o desempenho e a produtividade dos profissionais

avaliados. [KLEIN et al, 2001]. Deve-se pensar, também, no alinhamento do

desempenho com os objetivos estratégicos da organização.

• GRH8 – Uma estratégia apropriada de gerência de conhecimento é planejada,

estabelecida e mantida para compartilhar informações na organização.

o O objetivo deste resultado esperado é garantir que haja um plano para

gerenciar os ativos de conhecimento da organização que inclua a infra-

estrutura e treinamento para apoiar aos usuários e contribuintes dos ativos de

conhecimento da organização e esquemas de classificação dos ativos. A

estratégia de gerência de conhecimento deve conter também informações sobre

critérios para gerência dos ativos de conhecimento, por exemplo, critérios para

avaliação dos ativos antes de torná-los disponíveis aos membros da

organização e critérios para decidir quando revisar ou remover ativos de

conhecimento da base de conhecimento da organização.

• GRH9 – Uma rede de especialistas na organização é estabelecida e um mecanismo de

apoio à troca de informações entre os especialistas e os projetos é implementado.

o O objetivo deste resultado esperado é garantir que haja na organização a

identificação de uma rede de especialistas que contemple itens como a

identificação dos especialistas e suas áreas de expertise, esquemas de

83

classificação e, também, que haja um fluxo das informações providas por esta

rede para os projetos.

• GRH10 – O conhecimento é prontamente disponibilizado e compartilhado na

organização.

o O objetivo deste resultado esperado é garantir que o conhecimento seja

disponibilizado aos membros da organização e dos projetos de acordo com o

plano elaborado e no momento adequado para aumentar a eficiência na

realização das tarefas.

A seguir listamos os Atributos de Processo (AP) do Nível E do MPS.Br, que devem

ser atendidos pelos processos implementados nesse nível, como é o caso de Processo de

Gerência de Recursos Humanos (GRH), e seus respectivos resultados esperados (RAP):

• AP 1.1 O processo é executado

o RAP 1. O processo atinge seus resultados definidos.

• AP 2.1 O processo é gerenciado

o RAP 2. Existe uma política organizacional estabelecida e mantida para o

processo;

o RAP 3. A execução do processo é planejada;

o RAP 4 (A partir do Nível F). Medidas são planejadas e coletadas para

monitoração da execução do processo;

o RAP 5. Os recursos necessários para a execução do processo são

identificados e disponibilizados;

o RAP 6. As pessoas que executam o processo são competentes em termos

de formação, treinamento e experiência;

o RAP 7. A comunicação entre as partes interessadas no processo é

gerenciada de forma a garantir o seu envolvimento no projeto;

o RAP 8. Métodos adequados para monitorar a eficácia e adequação do

processo são determinados.

o RAP 9 (A partir do Nível F) A aderência dos processos executados às

descrições de processo, padrões e procedimentos é avaliada objetivamente

e são tratadas as não conformidades.

• AP 2.2 Os produtos de trabalho do processo são gerenciados

84

o RAP 10. Requisitos para documentação e controle dos produtos de trabalho

são estabelecidos;

o RAP 11. Os produtos de trabalho são documentados e colocados em níveis

apropriados de controle;

o RAP 12. Os produtos de trabalho são avaliados objetivamente com relação

aos padrões, procedimentos e requisitos aplicáveis e são tratadas as não

conformidades.

• AP 3.1 - O processo é definido

o RAP13 - Um processo padrão é definido, incluindo diretrizes para sua

adaptação para o processo definido

o RAP14 - A seqüência e interação do processo padrão com outros processos

são determinadas

• AP 3.2 - O processo está implementado

o RAP15 - Dados apropriados são coletados e analisados, constituindo uma

base para o entendimento do comportamento do processo, para demonstrar

a adequação e a eficácia do processo, e avaliar onde pode ser feita a

melhoria contínua do processo.

A grande diferença que encontramos quando relacionamos o processo de GRH do

MPS.Br com a Gestão de Pessoas do CMMI é que o CMMI trata a gestão de pessoas a partir

da Área de Processo (PA) de Treinamento Organizacional (OT), enquanto que MPS.Br trata a

gestão de pessoas de uma forma mais abrangente, envolvendo, além da área de Treinamento

(que engloba os resultados esperados GRH 3, GRH 4, GRH 5 e GRH 6), a área de

Planejamento, Recrutamento e Avaliação de Recursos Humanos (que engloba os resultados

esperados GRH 1, GRH 2 e GHR 7) e a área de Gerência de Conhecimento (que engloba os

resultados esperados GRH 8, GRH 9 e GRH 10).

4.4. Framewoks de Desenvolvimento de Software

Um processo ou framework de desenvolvimento de software é um conjunto organizado de

atividades e resultados associados que auxiliam e devem ser seguidos na produção e

manutenção de um software. Um processo serve para estruturar o planejamento, a execução e

o controle das atividades e os artefatos gerados.

85

O RUP1 é um framework de desenvolvimento e manutenção de software padronizado

e mundialmente aceito, mas está relacionado apenas ao ciclo de desenvolvimento do software,

não se preocupando, com processos organizacionais como, por exemplo, a gestão de pessoas

e, dessa forma, não será apresentado nesse trabalho. Porém, existe na engenharia de software,

outro processo, estendido do RUP, chamado EUP (Enterprise Unified Process), que mapeia

as necessidades de um ciclo de vida de TI para além do ciclo de desenvolvimento do software,

tratando assim, de questões relacionadas a processos de apoio e processos organizacionais,

como a gerência de recursos humanos (AMBLER et al, 2005). Na subseção seguinte será

apresentada uma visão geral do EUP.

4.4.1. EUP

O EUP (Enterprise Unified Process) é uma extensão do RUP, incluindo duas novas fases e

oito disciplinas e adicionando uma visão estratégica e gerencial aos objetivos técnicos e

operacionais do RUP, conforme mostrado na Figura 4.3. O EUP ainda não foi traduzido para

o português e também, ainda é pouco conhecido e utilizado no Brasil.

Figura 4.3 – EUP e o ciclo de vida de TI (AMBLER et al, 2005)

1 O RUP, abreviação de Rational Unified Process (ou Processo Unificado da Rational), é um processo proprietário de Engenharia de software criado pela Rational Software Corporation. O RUP é uma metodologia completa criada para viabilizar que grandes projetos de software sejam bem sucedidos (RUP, 2002).

86

O EUP é complementado por conhecimentos vindos de algumas abordagens

conhecidas, entre elas: i) Métodos Ágeis, ii) ITIL , iii) PMBoK , iv) Balanced Scorecards.

As duas fases acrescentadas ao RUP, no EUP são: Production (Produção) e

Retirement (Retirada). Das oito disciplinas acrescentadas ao RUP, no EUP, uma está

relacionada a processos de apoio: Operations & Support (Operação e Suporte) e as demais

estão relacionadas a processos organizacionais: Enterprise Business Modeling (Modelagem de

Negócio Organizacional), Portfolio Management (Gerência de Portfólio), Enterprise

Arquitecture (Arquitetura Organizacional), Strategic Reuse (Reutilização Estratégica),

People Management (Gestão de Pessoas), Enterprise Administration (Administração

Organizacional), e Software Process Improvement (Melhoria do Processo de Software).

4.4.1.1. A disciplina de Gestão de Pessoas do EUP

Gerir pessoas é um processo fundamental para o sucesso de todos os aspectos da empresa. A

disciplina de Gestão de Pessoas do EUP tem o objetivo de gerenciar e melhorar a eficácia dos

indivíduos dentro da organização de TI, compreendendo organizar, monitorar, educar, treinar,

motivar as pessoas e garantir que as equipes trabalharão com êxito nos projetos da

organização. Basicamente, nessa disciplina, é apresentada uma abordagem de gestão de

recursos humanos para TI. É recomendado que a área de Recursos Humanos (RH) e a de

Tecnologia da Informação (TI) trabalhem em conjunto, na execução dos conceitos presentes

na disciplina de gestão de pessoas.

Há muito mais para a gestão de desenvolvimento de software do que em esforços a

tarefas técnicas de criação e evolução do projeto, planos e horários. É preciso gerir a equipe,

ajudar as pessoas a crescer, e mediar as suas interações. Esta disciplina descreve o processo de

organização, acompanhamento, educação, treinamento e motivação das pessoas para

assegurar que elas trabalhem em conjunto e assim contribuam para projetos com sucesso

dentro da organização (AMBLER et al, 2005).

A organização irá aplicar as atividades incluídas nesta disciplina, de diferentes modos,

mas o objetivo desta disciplina é salientar o modo como as pessoas dentro da indústria de

software devem ser geridas de forma eficaz (AMBLER et al, 2005).

O fluxo de trabalho dessa disciplina, representado na Figura 4.4, é composto de quatro

processos:

• Plan Staffing (Planejar Recursos)

• Manage Staff (Gerenciar Recursos)

87

• Guide Careers (Orientar carreiras)

• Plan Succession (Planejar Sucessões)

Figura 4.4 – Fluxo de trabalho da disciplina de gestão de pessoas do EUP (AMBLER et al, 2005).

4.5. Conclusão

Este capítulo teve como objetivo descrever dois dos principais modelos de maturidade de

software: CMMI e MPS.Br, destacando como estes tratam questões relacionadas à gestão de

pessoas, além de apresentar um framework de processo baseado no RUP, denominado EUP,

que além de tratar das disciplinas que englobam o ciclo de desenvolvimento de sistemas

também aborda disciplinas de apoio e disciplinas organizacionais, sendo o processo de

gerência de recursos humanos, tratado no contexto das disciplinas organizacionais. No

capítulo seguinte, apresentaremos uma abordagem de gerência de recursos humanos, definida

neste trabalho, que se baseou nas normas de qualidade apresentadas no capítulo 3 e nos

modelos de maturidade apresentados neste capítulo.

88

Capítulo 5

Uma abordagem de Gerência de Recursos Humanos para

Organizações de Software

Esse capítulo apresenta uma abordagem para implementação de um processo de gerenciamento dos recursos humanos baseado no MPS.Br. São descritas as atividades e apresentadas as tarefas que compõem as atividades do processo proposto. Apresenta também um mapeamento entre os resultados esperados do processo de GRH do MPS.Br e as tarefas definidas para o Processo Proposto.

5.1. Introdução

Partindo dos conceitos já apresentados nos capítulos anteriores entendemos que o capital

humano é o bem mais precioso de uma organização, pois as empresas são formadas por

pessoas e o crescimento, manutenção e qualidade de uma empresa estão diretamente ligados

ao empenho, desenvolvimento e qualidade de suas equipes de trabalho. Além disso, que para

ter sucesso, as organizações precisam de funcionários que compreendam claramente os seus

objetivos estratégicos e sejam capazes de se ajustar às necessidades de negócios que surgem

ou evoluem.

No entanto, diante da relevância deste tema e do conhecimento de que a grande

maioria das organizações brasileiras que desenvolvem software são micro ou pequenas e que

seus donos não têm conhecimento suficiente para tratar de questões relacionadas a pessoas,

visto terem uma formação mais técnica, percebe-se a necessidade da definição e

implementação de uma solução para a Gestão de Pessoas, aumentando as chances das

organizações de software se manterem mais competitivas e terem uma maior sobrevida.

Assim sendo, definimos um processo de GRH estruturado a partir das principais boas

práticas das Normas e modelos de maturidade apresentados nos capítulos 3 e 4. Esse

processo, ao ter como foco as pessoas, visa assegurar que a empresa maximize o valor do

recurso mais importante nos dias de hoje – o conhecimento.

Vale ressaltar que a abordagem definida teve como uma das restrições, ser aderente ao

MPS.Br, visto ser um modelo de maturidade brasileiro e tratar a gestão de pessoas de uma

forma mais ampla.

89

Para dar suporte à criação, descrição e manutenção do processo de GRH apresentado

nesse trabalho utilizamos a ferramenta denominada Eclipse Process Framework, ou EPF2.

5.2. O Processo

A abordagem proposta enfatiza, como pode ser visto na Figura 5.1, as atividades Revisar e

Atualizar Necessidades Estratégicas da Organização, Avaliar e Comunicar Desempenho dos

Colaboradores, Gerenciar Desligamento dos Profissionais, Gerenciar Treinamento, Gerenciar

Recrutamento e Seleção e Gerenciar Conhecimento como fatores críticos de sucesso para uma

boa Gestão de Recursos Humanos (GRH) e, consequentemente, para o sucesso da

organização.

O processo está organizado em atividades e tarefas que serão descritas nas seções

seguintes. Além disso, a referida abordagem está detalhadamente apresentada no Apêndice I.

Figura 5.1 – Processo de Gerência de Recursos Humanos (GRH)

2 EPF Composer (Eclipse Process Framework Composer) [EPF Composer, 2008] é uma ferramenta gratuita, baseada no Eclipse, onde pode-se elaborar e que descreve processos de engenharia de software, abrangendo autoria de métodos e processo, gerenciamento de bibliotecas de processos, configuração e publicação de processos.

90

5.2.1. Atividade: Revisar e Atualizar Necessidades Estratégicas da Organização

Essa atividade tem como propósito revisar e atualizar os objetivos estratégicos da organização

de forma que qualquer iniciativa relacionada à gestão de recursos humanos esteja alinhada

com as estratégias de negócio da organização. As necessidades estratégicas da organização

podem ser alteradas/atualizadas por fatores como: introdução de novas tecnologias, novos

processos, novos projetos, necessidade de novo conhecimento, mudança de comportamento

da empresa em relação ao mercado.

No momento da definição e atualização da estratégia organizacional, a empresa pode

utilizar-se de metodologias já conhecidas e aceitas no mercado, como, por exemplo, o

Balanced Scorecard, desenvolvida em 1992 pelo professores da Harvard Business School,

Robert Kaplan e David Norton.

Para se definir as necessidades estratégicas, anualmente a organização deve planejar

sua estratégia organizacional, primando pela qualidade dos processos e recursos, além da

satisfação do cliente.

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa atividade são:

a. Revisar, e quando necessário atualizar, o Documento de Necessidades

Estratégicas da Organização.

• Descrição do passo: O grupo de processo deve, periodicamente, revisar

as necessidades estratégicas da organização. A periodicidade dessa

revisão é definida no documento e Políticas de GRH.

• Responsáveis: Gestor da área de Recursos Humanos (RH).

• Produtos requeridos: Documento Necessidades Estratégicas da

Organização (quando já definido e a organização estiver revisando as

estratégias organizacionais).

• Produtos gerados: Documento Necessidades Estratégicas da

Organização, atualizado.

b. Revisar e, quando necessário, atualizar as competências (conhecimentos,

habilidades e experiências) POSSUÍDAS pela organização.

• Descrição do passo: Se no momento da revisão das necessidades

estratégicas da organização, for percebido que o documento de

competências possuídas pela organização está desatualizado, este deve

ser atualizado.

• Responsáveis: Gestor da área de Recursos Humanos (RH).

91

• Produtos requeridos: documento de competências possuídas pela

organização.

• Produtos gerados: documento de competências possuídas pela

organização, atualizado.

c. Revisar, identificar e, quando necessário, atualizar as competências

(conhecimentos, habilidades e experiências) REQUERIDAS pela organização.

• Descrição do passo: Periodicamente a organização deve rever as suas

necessidades estratégicas e isso inclui as competências requeridas. A

organização deve fazer um planejamento das necessidades requeridas e

atualizar o documento de necessidades estratégicas.

• Responsáveis: Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

• Produtos requeridos: documento de necessidades estratégicas

• Produtos gerados: documento de necessidades estratégicas, atualizado

d. Revisar e, se necessário, atualizar, o documento de Políticas de Recursos

Humanos

• Descrição do passo: O documento de políticas de GRH define as

diretrizes para os processos de treinamento, recrutamento e seleção,

avaliação de desempenho e gestão do conhecimento, além das

diretrizes gerais de RH. Esse documento deve ser revisado

periodicamente e essas diretrizes devem ser atualizadas, caso

necessário.

• Responsáveis: Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

• Produtos requeridos: documento e políticas de GRH

• Produtos gerados: documento e políticas de GRH, atualizado

O Gestor da área de Recursos Humanos (RH), juntamente com os Gerentes de Projeto,

demais Gestores da empresa e o Diretor responsável pela área de RH são os responsáveis pela

execução dessa tarefa. Os outros diretores da empresa também podem participar da execução

dessa atividade, se necessário.

A Organização deve incluir em suas Políticas de RH uma diretriz que defina a

periodicidade de execução dessa tarefa (a sugestão inicial é que essa tarefa aconteça

anualmente), que além de ser executada obrigatoriamente seguindo essa periodicidade pré-

92

definida também pode e deve ser executada a qualquer momento, desde que surja o requisito

de revisão das Necessidades Estratégicas da Organização.

5.2.2. Atividade: Avaliar e Comunicar Desempenho dos Colaboradores

Essa atividade tem como propósito avaliar o desempenho dos colaboradores quando da

execução das atividades pelas quais são responsáveis, utilizando, para isso, critérios pré-

definidos.

O objetivo dessas avaliações nas empresas é identificar as causas de desempenho

deficientes, constituindo um meio para desenvolver os recursos humanos da organização.

É fundamental que os interessados (avaliados) sejam comunicados dos resultados das

avaliações (feedback) e que os desvios encontrados durante as avaliações de desempenho

sejam incluídos em um plano de ação, de forma que as ações reparadoras possam ser melhor

acompanhadas até que sejam solucionadas.

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa atividade são:

a. Avaliar colaborador

• Descrição do passo: nesse passo a avaliação de desempenho dos

colaboradores é realizada, esta avaliação deve usar critérios objetivos e

pré-definidos.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: Formulário de avaliação do colaborador

b. Registrar desvios e criar plano de ação de GRH;

• Descrição do passo: durante a avaliação dos colaboradores, os

problemas (desvios) que surgirem devem ser registrados em um plano

de ação de GRH, para que possam ser acompanhados até a sua

conclusão.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Formulário de avaliação do colaborador

• Produtos gerados: Plano de ação de GRH

c. Atualizar documento que contém as competências POSSUÍDAS pela

organização

93

• Descrição do passo: Caso seja verificada uma competência ainda não

registrada na base de competências da organização, este é o momento

da realização desse registro.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: (i) documento de competências possuídas pela

organização e (ii) documento de avaliação do colaborador

• Produtos gerados: documento de competências possuídas pela

organização, atualizado.

d. Registrar necessidade de treinamento

• Descrição do passo: registrar as necessidades de treinamento, caso seja

verificada a necessidade de um novo treinamento para eliminação de

problemas encontrados durante as avaliações.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Plano de ação de GRH

• Produtos gerados: documento de necessidades estratégicas

e. Comunicar resultados da avaliação ao colaborador

• Descrição do passo: Enviar e-mail para cada colaborador com o

resultado da sua avaliação de desempenho para o período específico.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Formulário de avaliação dos colaboradores

• Produtos gerados: E-mails

f. Realizar reunião de feedback com colaboradores que obtiveram desempenho

ruim

• Descrição do passo: Realizar uma reunião de feedback com os

colaboradores que não tiveram desempenho satisfatório em suas

avaliações de desempenho

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Formulário de avaliação dos colaboradores

• Produtos gerados: Ata da reunião

O Gestor da área de Recursos Humanos (RH) é o responsável pela execução desta

atividade, sendo bastante interessante para a organização utilizar a abordagem chamada:

avaliação 360 graus, onde todos são avaliados por qualquer outro colaborador que tenha tido

94

contato direto, sejam do mesmo ou diferente nível hierárquico. Outros métodos que podem ser

utilizados são: formulários preenchidos pelos gestores diretos dos colaboradores e até mesmo

auto-avaliações.

É importante que ao final das avaliações, os colaboradores recebam os resultados das

suas avaliações e, quando necessário, também recebam orientações e aconselhamentos sobre

seu desempenho (feedback).

A Organização deve incluir em suas Políticas de RH uma diretriz que defina a

periodicidade de execução dessa tarefa e as situações que tornam obrigatórias a necessidade

de se conversar pessoalmente com os avaliados (feedback), além da comunicação do

resultado. Sugere-se que os colaboradores que obtiverem resultados ruins em suas avaliações

sejam convocados para uma reunião/conversa para se buscar um entendimento e possíveis

soluções para dirimir ou minimizar os desvios.

5.2.3. Atividade: Gerenciar Desligamento dos Profissionais

O propósito da Atividade Gerenciar Desligamento dos Profissionais é ajudar a organização a

estabelecer uma base para o processo de rompimento do contrato de trabalho, seja pelo

trabalhador (pedido de demissão) ou pelo empregado (demissão). Na execução dessa

atividade a empresa deve procurar garantir que os direitos dos profissionais e da organização

estão sendo prezados e que o conhecimento adquirido pelo profissional na sua jornada de

trabalho na organização permanecerá na empresa, mesmo após a sua saída.

A Figura 5.4 abaixo apresenta a Atividade Gerenciar Desligamento dos Profissionais.

Ela é composta pelas tarefas: Rescisão do Contrato de Trabalho; Repassar Conhecimento;

Encerrar Atividades e Quitação do Contrato de Trabalho.

95

Figura 5.2 – Atividade Gerenciar Desligamento dos Profissionais

5.2.3.1. Tarefa: Rescisão do Contrato de Trabalho

O propósito dessa tarefa é dar início a uma rescisão de contrato de trabalho de um ou mais

profissionais, seja por iniciativa do(s) profissional(is) ou por iniciativa da própria organização.

O primeiro caso é denominado solicitação de demissão e o segundo caso é denominado de

demissão.

Nesse momento a empresa deve estar ciente de todas as suas obrigações trabalhistas

referentes a esse desligamento e deve dar entrada no desligamento do profissional do seu

quadro de funcionários.

O passo necessário para a correta execução dessa tarefa é:

a. Comunicar desligamento e conversar com profissional a ser desligado

• Descrição do passo: Procurar conversar com profissional que será

demitido, tentando minimizar o desgaste gerado pela demissão,

reforçando a imagem corporativa da empresa e reduzindo passivos

trabalhistas.

96

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Aviso Prévio

• Produtos gerados: -

b. Receber comunicado de desligamento do Profissional

• Descrição do passo: Este passo só é executado quando o colaborador

decide pelo seu desligamento. Neste caso, a empresa deve procurar

conversar com o profissional que está solicitando a demissão, para

tentar verificar as possíveis causas desse pedido..

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Aviso Prévio

• Produtos gerados: -

5.2.3.2. Tarefa: Repassar Conhecimento

O propósito dessa tarefa é garantir que o desligamento de um colaborador do quadro de

profissionais de uma organização não afetará nenhum projeto em execução.

O passo necessário para a completa e correta execução dessa tarefa é:

a. Repassar Conhecimento

• Descrição do passo: O profissional que irá ser desligado do quadro de

funcionários da organização deve repassar para outros profissionais

dessa organização todo o conhecimento adquirido durante o período em

que trabalhou na empresa, garantindo que tarefas executadas

anteriormente somente por este profissional possam ser executadas

pelos outros profissionais que permanecerão na empresa.

• Responsáveis: Gerente direto do profissional desligado

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: Conhecimento transferido

O Gestor da área de Recursos Humanos (RH), com ajuda dos Gerentes de Projeto são

os responsáveis pela execução dessa tarefa.

97

5.2.3.3. Tarefa: Encerrar Atividades

O propósito dessa tarefa é garantir que o desligamento de um profissional do quadro de

profissionais será efetuado de forma que não prejudicará o andamento das atividades em

andamento nos projetos de TI.

O passo necessário para a completa e correta execução dessa tarefa é:

a. Encerrar Atividades

• Descrição do passo: O profissional que irá ser desligado do quadro de

funcionários da organização deve encerrar todas as atividades que estão

sob sua responsabilidade, garantindo, assim, que toda a sua tarefa foi

cumprida corretamente.

• Responsáveis: Gerente direto do profissional desligado

• Produtos requeridos: Atividades em andamento

• Produtos gerados: Registro das atividades atualizado

O Gestor da área de Recursos Humanos (RH), com ajuda dos Gerentes de Projeto são

os responsáveis pela execução dessa tarefa.

5.2.3.4. Tarefa: Quitação do Contrato de Trabalho

O propósito dessa tarefa é garantir que a quitação do contrato de trabalho estabelecido entre a

organização e o profissional a ser desligado será efetuada com sucesso e sem prejuízo para

ambas as partes.

O passo necessário para a completa e correta execução dessa tarefa é:

a. Quitação do Contrato de Trabalho

• Descrição do passo: A organização deve efetuar a baixa da carteira de

trabalho do empregado e assegurar-lhe todos os direitos trabalhistas que

lhes são cabíveis..

• Responsáveis: Gerente do RH.

• Produtos requeridos: Carteira de Trabalho

• Produtos gerados: Carteira de Trabalho com baixano contrato de

trabalho

98

5.2.4. Atividade: Gerenciar Treinamento

O propósito desta atividade é capacitar, constantemente, as pessoas da empresa para torná-las

mais eficazes naquilo que fazem, contribuindo assim para o alcance dos objetivos da empresa,

o aumento de produtividade, a melhoria da qualidade e competitividade, a promoção da

criatividade e a inovação no trabalho, dentre outros benefícios.

A Figura 5.2 abaixo apresenta a Atividade Gerenciar Treinamento. Ela é composta

pelas tarefas: Registrar Necessidades de Treinamento, Planejar Treinamento, Estabelecer

Infra-Estrutura Adequada para Realização do Treinamento Interno, Realizar e Avaliar

Treinamento e Melhorar Estratégia de Treinamento.

Figura 5.3 – Atividade Gerenciar Treinamento

99

5.2.4.1. Tarefa: Registrar Necessidades de Treinamento

O propósito dessa tarefa é garantir que foram identificadas e devidamente registradas as

necessidades de treinamento que são de responsabilidade da organização (treinamentos

organizacionais). Após o registro da necessidade de treinamento, esta deve ser validada por

um diretor de RH.

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa tarefa são:

a. Identificar as necessidades de treinamento que apareçam antes da próxima

Revisão das Necessidades Estratégicas da Organização (esse passo só deve ser

executado caso a tarefa Registrar Necessidades de Treinamento não esteja

sendo executada no mesmo período da atividade Revisar e Atualizar

Necessidades Estratégicas da Organização)

• Descrição do passo: O gestor de RH deve se preocupar, sempre, com as

necessidades de treinamento para que todo conhecimento necessário à

realização das tarefas da organização esteja presente na empresa,

procurando sempre identificar essas necessidades.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: -

b. Registrar necessidade de treinamento

• Descrição do passo: O gestor de RH deve se preocupar, sempre, com as

necessidades de treinamento para que todo conhecimento necessário à

realização das tarefas da organização esteja presente na organização,

dessa forma, sempre que surgir uma nova necessidade de treinamento,

essa deve ser registrada.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: documento de necessidades estratégicas da

organização, atualizado.

c. Validar necessidade de treinamento.

• Descrição do passo: O Diretor da área de RH deve validar cada

necessidade de treinamento que seja registrada, considerando se este

realmente deverá acontecer.

• Responsáveis: Diretor da área de RH

100

• Produtos requeridos: documento de necessidades estratégicas da

organização, atualizado.

• Produtos gerados: documento de necessidades estratégicas da

organização, assinado.

O Gestor da área de Recursos Humanos (RH), juntamente com os Gerentes de Projeto,

outros Gestores, os demais colaboradores e o Diretor responsável pela área de RH são os

responsáveis pela execução dessa tarefa. O Gestor do RH é o responsável pelo registro das

necessidades de treinamento e o Diretor de RH é o responsável pela validação dos registros

dos treinamentos.

O artefato Documento de Necessidades Estratégicas da Organização deve ser alterado

caso surja uma nova necessidade de treinamento, nesse caso, a empresa deve registrar a nova

necessidade de treinamento abaixo de uma das necessidades estratégicas definidas nesse

documento.

A organização deve incluir em suas Políticas de RH uma diretriz que defina a

periodicidade de execução dessa tarefa, que além de ser executada obrigatoriamente seguindo

essa periodicidade pré-definida também deve ser executada a qualquer momento, desde que

surja uma necessidade de treinamento. A periodicidade de execução para essa tarefa deve ser

anual, semelhante a definida para a tarefa Revisar e Atualizar Necessidades Estratégicas da

Organização.

5.2.4.2. Tarefa: Planejar Treinamento

O propósito dessa tarefa é planejar a execução dos treinamentos aprovados pela Diretoria

responsável pela área de RH da empresa.

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa tarefa são:

a. Planejar execução do treinamento aprovado

• Descrição do passo: Os treinamentos aprovados pela diretoria de GRH

devem ser planejados antes de serem executados

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: documento de necessidades estratégicas da

organização, atualizado.

• Produtos gerados: Plano de treinamento

b. Aprovar planejamento da execução do treinamento

101

• Descrição do passo: O diretor de GRH deve aprovar o planejamento do

treinamento, antes que este seja executado.

• Responsáveis: diretor da área de RH

• Produtos requeridos: Plano de treinamento

• Produtos gerados: Plano de treinamento assinado pelo diretor de GRH

c. Divulgar treinamentos aprovados.

• Descrição do passo: Comunicar aos envolvidos nos treinamentos as

informações referentes a sua realização, tais como: datas, horários,

locais, entre outros.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Plano de treinamento assinado

• Produtos gerados: e-mail com comunicado/convite para o treinamento

O Gestor da área de Recursos Humanos (RH) e o Diretor responsável pela área de RH

são os responsáveis pela execução dessa tarefa.

O artefato gerado com a execução dessa tarefa, conforme pode ser observado no

Apêndice II, é o plano de treinamento, que contém as informações sobre o registro do

treinamento, tais como: nome, justificativa, ementa, tipo, forma, níveis e pré-requisitos do

treinamento, além de cronogramas previsto e realizado, infra-estrutura necessária, pessoal a

ser treinado, instrutor(es) e custos. A assinatura desse documento pela diretoria responsável

pela área de RH é uma evidência de que a alta direção está comprometida com o processo.

A tarefa Planejar Treinamento é executada após o registro da necessidade de

treinamento, tarefa descrita no item 5.2.3.1..

5.2.4.3. Tarefa: Estabelecer Infra-Estrutura Adequada para Realização do

Treinamento Interno

O propósito dessa tarefa é estabelecer uma infra-estrutura adequada para que os treinamentos

internos sejam realizados. Isto inclui, inicialmente: local físico (salas, cadeiras, entre outros);

material didático (apostilas, apresentações, livros, ente outros); hardware (computadores,

projetores, entre outros); software (programas de apresentação, ferramentas específicas

relacionadas ao tema do treinamento, entre outros); e recursos humanos (instrutores

capacitados, sejam estes internos ou externos à organização).

102

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa tarefa são:

a. Reservar espaço físico para a realização do treinamento (sala, cadeiras, mesas,

entre outros)

• Descrição do passo: conforme definido no plano do treinamento, este

deve ser fornecido pela organização, que deve providenciar um espaço

físico necessário para que o treinamento possa acontecer.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Plano de treinamento assinado

• Produtos gerados: Plano de treinamento atualizado

b. Providenciar material didático para o treinamento (apostilas, apresentações,

livros, entre outros)

• Descrição do passo: conforme definido no plano do treinamento, este

deve ser fornecido pela organização, que deve providenciar o material

didático necessário para que o treinamento possa acontecer..

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Plano de treinamento assinado

• Produtos gerados: (i) material didático e (ii) Plano de treinamento

atualizado

c. Providenciar hardware necessário para realização do treinamento

(computadores, projetores, entre outros)

• Descrição do passo: conforme definido no plano do treinamento, este

deve ser fornecido pela organização, que deve providenciar o hardware

necessário para que o treinamento possa acontecer..

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Plano de treinamento assinado

• Produtos gerados: Plano de treinamento atualizado

d. Providenciar software necessários para realização do treinamento (programas

para apresentação, ferramentas específicas relacionadas ao tema do

treinamento, entre outros)

• Descrição do passo: conforme definido no plano do treinamento, este

deve ser fornecido pela organização, que deve providenciar o software

necessário para que o treinamento possa acontecer..

• Responsáveis: Gestor de RH

103

• Produtos requeridos: Plano de treinamento assinado

• Produtos gerados: Plano de treinamento atualizado

e. Providenciar instrutor capacitado (interno ou externo)

• Descrição do passo: conforme definido no plano do treinamento, este

deve ser fornecido pela organização, que deve providenciar um

instrutor capaz de realizar o treinamento.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Plano de treinamento assinado

• Produtos gerados: Plano de treinamento atualizado

O Gestor da área de Recursos Humanos (RH) é o responsável pela execução dessa

tarefa. Para a execução dessa tarefa é necessário o plano de treinamento com o registro do

treinamento a ser realizado. O plano de treinamento é atualizado com as informações obtidas

durante a realização dessa tarefa. Se houver a necessidade de geração de material didático,

esse também deve estar providenciado ao final dessa tarefa.

A tarefa Estabelecer Infra-Estrutura Adequada para Realização do Treinamento

Interno é executada somente quando, após o planejamento inicial do treinamento, decide-se

que este deve ser realizado em um local a ser organizado e escolhido pela empresa, por isso

esta deve prover uma infra-estrutura adequada para que o treinamento seja realizado a

contento.

5.2.4.4. Tarefa: Realizar e Avaliar Treinamento

O propósito dessa tarefa é implementar o plano de treinamento, garantindo que os

treinamentos planejados sejam realizados, além de avaliar se os treinamentos realizados foram

eficientes na transferência de conhecimento para os participantes..

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa tarefa são:

a. Fornecer treinamento

• Descrição do passo: esse passo está relacionado com a execução do

treinamento

• Responsáveis: Instrutor qualificado

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: -

104

b. Registrar presença no treinamento

• Descrição do passo: os participantes de cada treinamento devem assinar

uma lista de presença.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: lista de presenças no treinamento

c. Avaliar treinamento fornecido (ao final deste)

• Descrição do passo: ao final do treinamento, os participantes devem

preencher um formulário de avaliação do treinamento.

• Responsáveis: Treinandos

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: Formulário de avaliação do treinamento (Apêndice

II).

d. Providenciar certificados para os participantes do treinamento

• Descrição do passo: os certificados de participação no treinamento

devem ser providenciados e entregues aos participantes.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: lista de presenças no treinamento

• Produtos gerados: Certificados

e. Atualizar plano de treinamento com o encerramento do treinamento

• Descrição do passo: ao final do treinamento e da análise das avaliações

dos colaboradores a cerca do treinamento, as informações ainda não

preenchidas no plano do treinamento devem ser registradas.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: Plano de treinamento

• Produtos gerados: Plano de treinamento atualizado

f. Refazer avaliação do treinamento após um período estabelecido no documento

de Políticas de RH.

• Descrição do passo: essa avaliação é denominada avaliação de eficácia

do treinamento e identifica se o conhecimento adquirido foi realmente

necessário e utilizado nos projetos. Essa avaliação deve ser realizada

após 2 meses da conclusão do treinamento

105

• Responsáveis: Gestor de RH e Gestores de Projetos

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: Formulário de avaliação do treinamento

O Instrutor do treinamento é o responsável pelo fornecimento do treinamento,

enquanto que o Gestor da área de Recursos Humanos (RH) é o responsável pela aplicação das

avaliações dos treinamentos, pela atualização do registro desses treinamentos e pela

reavaliação dos treinamentos, em um outro período que deve ser estabelecido no documento

de Políticas de RH. É recomendável que as reavaliações sejam feitas de 1 a 2 meses após o

treinamento, para garantir, dessa forma, a eficácia e eficiência dos treinamentos.

A tarefa Realizar e Avaliar Treinamento é executada após o planejamento do

treinamento e na data indicada e aprovada nesse planejamento, tarefa descrita no item 5.2.3.2.

Dessa forma, é necessário que seja realizado, primeiramente, um planejamento do

treinamento, definindo os itens necessários a execução adequada desse treinamento e somente

depois que seja executado o treinamento e sua avaliação. Se o treinamento for interno, essa

tarefa deve ser executada somente após a tarefa Estabelecer Infra-Estrutura Adequada para

Realização do Treinamento Interno, definida no item 5.2.3.3.

5.2.4.5. Tarefa: Melhorar Estratégia de Treinamento

O propósito dessa tarefa é analisar os resultados das avaliações realizadas a cerca das

estratégias de treinamento executadas e verificar a necessidade da melhoria nessas estratégias

do treinamento. Os resultados das avaliações realizadas e o documento de planejamento do

treinamento devem ser utilizados para melhorar a estratégia de treinamento.

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa tarefa são:

a. Analisar formulário da avaliação de eficiência do treinamento

• Descrição do passo: analisar as avaliações dos treinamentos,

verificando se o treinamento foi eficiente na transferência de

conhecimento para o participante e útil para a organização..

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: formulários da avaliação de eficiência do

treinamento.

106

• Produtos gerados: considerações sobre as estratégias dos treinamentos

realizados.

b. Propor melhorias nas estratégias de treinamento

• Descrição do passo: após análise dos formulários da avaliação de

eficiência do treinamento, as melhorias nessas estratégias devem ser

propostas e analisadas.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: considerações sobre as estratégias dos

treinamentos realizados..

• Produtos gerados: propostas de melhoria nas estratégias dos

treinamentos realizados

c. Fazer reunião para apresentação das melhorias propostas

• Descrição do passo: uma reunião entre o Gestor de RH e o solicitante

do treinamento deve ser realizada para se discutir as melhorias

propostas nas estratégias de treinamentos da organização..

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: propostas de melhoria nas estratégias dos

treinamentos realizados.

• Produtos gerados: ata de reunião de análise das melhorias propostas nas

estratégias de treinamentos

d. Registrar os ajustes aprovados na reunião

• Descrição do passo: as melhorias propostas e aprovadas nas reuniões

devem ser registradas.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: ata de reunião de análise das melhorias propostas

nas estratégias de treinamentos.

• Produtos gerados: Políticas de GRH atualizado

O Gestor da área de Recursos Humanos (RH) e o Diretor responsável pela área de RH

são os responsáveis pela execução dessa tarefa. Em alguns casos, os treinandos e seus

gestores diretos também são consultados, principalmente quando os comentários das

avaliações não forem muito claros e precisos.

107

A tarefa Melhorar Estratégia de Treinamento é executada após a realização e avaliação

de eficiência do treinamento, tarefa descrita no item 5.2.3.4..

5.2.5. Atividade: Gerenciar Recrutamento e Seleção

O propósito da Atividade Gerenciar Recrutamento e Seleção é ajudar a organização a otimizar

o processo de identificação, triagem, seleção, contratação e aquisição dos candidatos internos

e externos. Na execução dessa atividade a empresa visa atrair pessoas com conhecimentos e

habilidades adequadas e qualificadas para desenvolver as funções das vagas abertas na

organização.

A Figura 5.3 abaixo apresenta a Atividade Gerenciar Recrutamento e Seleção. Ela é

composta pelas tarefas: Buscar, Internamente à Organização, Recurso com Competência

Requerida e Buscar, Externamente à Organização, Recurso com Competência Requerida.

Figura 5.4 – Atividade Gerenciar Recrutamento e Seleção

5.2.5.1. Tarefa: Buscar, Internamente à Organização, Recurso com Competência

Requerida

O propósito dessa tarefa é identificar e recrutar indivíduos com habilidades e competências

requeridas pela organização e que já fazem parte do seu quadro de colaboradores.

O passo necessário para a correta execução dessa tarefa é:

108

c. Pesquisar, em seu quadro de colaboradores, profissional qualificado para

ocupar a função nas vagas da organização

• Descrição do passo: Pesquisar, em seu quadro de colaboradores,

profissional que detenha o conhecimento requerido ou ainda,

profissional que possa receber treinamentos de forma a se tornar apto a

assumir a nova função.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: (i) - Documento de Competências Possuídas pela

Organização, (ii) Documento de Necessidades Estratégicas da

Organização, (iii) Formulário de Avaliação de Desempenho do

Colaborador.

• Produtos gerados: -

O Gestor da área de Recursos Humanos (RH) com o apoio dos Gerentes de Projeto são

os responsáveis pela execução dessa tarefa.

5.2.5.2. Tarefa: Buscar, Externamente à Organização, Recurso com Competência

Requerida

O propósito dessa tarefa é recrutar e selecionar profissional qualificado (com conhecimentos e

habilidades adequadas) para desenvolver as funções das vagas abertas na organização.

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa tarefa são:

b. Comunicar necessidade de recrutamento

• Descrição do passo: Elaborar e divulgar comunicado interno e/ou

externo informando a necessidade de recrutamento de profissional

qualificado em determinado conhecimento requerido pela organização

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: comunicados

c. Analisar currículos recebidos e armazenados na base de currículos da

organização

• Descrição do passo: analisar os currículos da base de currículos da

organização para pré-selecionar os candidatos para as entrevistas.

109

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: currículos da base de currículos da organização.

• Produtos gerados: -

d. Pré-selecionar candidatos para entrevistas

• Descrição do passo: Escolher os candidatos que devem ser convidados

para entrevista.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: currículos da base de currículos da organização

• Produtos gerados: lista de candidatos pré-selecionados

e. Marcar entrevistas

• Descrição do passo: definir data e horários das entrevistas e convidar os

candidatos pré-selecionados

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: lista de candidatos pré-selecionados

• Produtos gerados: -

f. Disponibilizar infra-estrutura para realização das entrevistas

• Descrição do passo: procurar um local para realização das entrevistas

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: -

g. Entrevistar candidatos (usar critérios objetivos)

• Descrição do passo: no dia e horário marcados, a entrevista deve

acontecer e o entrevistador deve utilizar critérios objetivos na

entrevista.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: -

h. Registrar entrevistas

• Descrição do passo: Anotações das entrevistas devem ser feitas e o

registro dessas anotações guardado em um documento específico de

formulário de entrevista.

• Responsáveis: Gestor de RH

110

• Produtos requeridos:-

• Produtos gerados: formulário da entrevista (Apêndice II)

i. Escolher profissional qualificado para fazer parte do quadro de colaboradores

da organização

• Descrição do passo: diante das anotações sobre cada entrevistado,

deve-se escolher o mais adequado para preencher a vaga pleiteada.

• Responsáveis: Diretor de RH

• Produtos requeridos: formulários da entrevistas

• Produtos gerados: -

j. Contratar profissional

• Descrição do passo: Providenciar contratação do profissional

selecionado, após as entrevistas.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: carteira profissional, entre outros

• Produtos gerados: Contrato

k. Realização dos treinamentos iniciais com novo colaborador

• Descrição do passo: as principais normas, os principais sistemas e os

processos utilizados pela organização devem ser mostrados aos

profissionais logo nos primeiros dias de trabalho destes.

• Responsáveis: Gestor de RH

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: plano de treinamento

O Gestor da área de Recursos Humanos (RH), com ajuda dos Gerentes de Projeto são

os responsáveis pela execução dessa tarefa.

Para as entrevistas, a organização deve definir critérios objetivos e fazer o registrar os

resultados obtidos em uma base de entrevistas.

5.2.6. Atividade: Gerenciar Conhecimento

O propósito da Atividade Gerenciar Conhecimento é gerenciar os conhecimentos

considerados estratégicos para a organização, de forma que possam suportar a execução dos

seus processos de software, bem como trazer o máximo benefício para seu negócio.

111

A Figura 5.4 abaixo apresenta a Atividade Gerenciar Conhecimento. Ela é composta

pelas tarefas: Identificar Conhecimento, Criar Rede de Especialistas, Organizar e Armazenar

Conhecimento, Disseminar Conhecimento e Manter Base de Conhecimento.

Figura 5.5 – Atividade Gerenciar Conhecimento

5.2.6.1. Tarefa Identificar Conhecimento

O propósito dessa tarefa é identificar os itens de conhecimento que são gerenciados na

organização.

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa tarefa são:

a. Identificar tipos (ou itens) de conhecimento

112

• Descrição do passo: consiste em identificar o tipo de conhecimento que

fará parte da base de conhecimentos da organização, por exemplo:

lições aprendidas, casos de sucesso, entre outros.

• Responsáveis: Grupo de processo.

• Produtos requeridos: definição do processo de desenvolvimento de

software.

• Produtos gerados: Tipos de conhecimentos que participarão da base de

conhecimento.

b. Identificar processos que utilizarão conhecimento

• Descrição do passo: consiste em identificar os processos que

necessitam fortemente do apoio de conhecimentos para serem bem

executados.

• Responsável: Grupo de processo.

• Produtos requeridos: lista de processos existentes na organização.

• Produtos gerados: lista de processos a serem apoiados pela gestão de

conhecimentos.

c. Para cada tipo (ou item) de conhecimento definir os campos necessários para

identificá-los na base de conhecimento.

• Descrição do passo: identificar os campos que caracterizam os itens de

conhecimento.

• Responsável: Grupo de processo.

• Produtos requeridos: Lista das fontes de conhecimento.

• Produtos gerados: Lista das fontes de conhecimento atualizada.

d. Identificar as fontes de conhecimento

• Descrição do passo: identificar as fontes, de onde os tipos de

conhecimentos, identificados anteriormente, irão ser capturados. Como

exemplos de fontes temos: entrevistas, medições, lições aprendidas,

análise post-mortem, dentre outros.

• Responsável: Grupo de processo.

• Produtos requeridos: (i) lista de processos a serem apoiados pela gestão

de conhecimentos e (ii) tipos de conhecimentos que participarão da

base de conhecimento.

• Produtos gerados: Lista das fontes de conhecimento.

113

O Grupo de Processo de Software e os Gerentes de Projeto são os principais

responsáveis pela execução dessa tarefa. O Gestor de RH deve acompanhar a execução dessa

tarefa e, sempre que necessário, atualizar o documento de necessidades estratégicas.

5.2.6.2. Tarefa: Criar Rede de Especialistas

O propósito dessa tarefa é identificar os especialistas (profissionais que “dominam”

determinados conhecimentos), definindo maneiras de troca de conhecimentos e estabelecendo

sempre uma comunicação entre o especialista e a organização.

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa tarefa são:

a. Identificar especialistas

• Descrição do passo: O grupo de processo deve identificar especialistas

relevantes nas principais áreas relacionadas com os objetivos

estratégicos da organização.

• Responsável: Grupo de Processo.

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: Lista de especialistas da organização.

b. Definir abordagens para troca de conhecimentos e comunicação entre os

especialistas e a organização

• Descrição do passo: O grupo de processo deve definir diferentes tipos

de abordagens e estratégias para permitir a interação de conhecimentos

entre os especialistas.

• Responsável: Grupo de Processo.

• Produtos requeridos: -

• Produtos gerados: Relação de estratégias para troca de conhecimentos.

c. Estabelecer a comunicação entre os especialistas e a organização

• Descrição do passo: O grupo de processo deverá promover a interação

entre os especialistas utilizando as possíveis abordagens definidas

anteriormente.

• Responsável: Grupo de Processo.

• Produtos requeridos: Relação de estratégias para troca de

conhecimentos.

114

• Produtos gerados: -

O Grupo de Processo de Software e os Gerentes de Projeto são os principais

responsáveis pela execução dessa tarefa. O Gestor de RH deve acompanhar a execução dessa

tarefa e atualizar documentos organizacionais, se necessário.

A identificação dos especialistas deve ser registrada no documento que contém as

competências possuídas pela organização.

5.2.6.3. Tarefa: Coletar, Organizar e Armazenar Conhecimento

O propósito dessa tarefa é definir os procedimentos para coletar, empacotar e armazenar os

conhecimentos na base de conhecimentos da empresa.

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa tarefa são:

a. Coletar conhecimento

• Descrição do passo: Os colaboradores envolvidos com o processo de

software irão coletar os conhecimentos, guiando-se pelos tipos e fontes

de conhecimento definidos anteriormente.

• Responsável: Colaboradores da organização (grupo de

desenvolvimento de software)

• Produtos requeridos: (i) 1. lista de processos a serem apoiados pela

gestão de conhecimentos, (ii) tipos de conhecimentos que participarão

da base de conhecimento e (iii) lista das fontes de conhecimento.

• Produtos gerados: Diretriz para coleta de conhecimento atualizada no

documento de Políticas de GRH.

b. Empacotar o conhecimento

• Descrição do passo: Analisar os conhecimentos adquiridos e selecionar,

a partir do seu nível de importância para a organização, os que deverão

compor a base de conhecimentos. Além disso, formatá-los de acordo

com padrões estabelecidos pela organização, para que possam ser

armazenados.

• Responsável: Grupo de Processo

• Produtos requeridos: Conhecimento coletado.

• Produtos gerados: Lista de novos conhecimentos.

115

c. Conectar conhecimento com outros conhecimentos – opcional

• Descrição do passo: o grupo de processo deve relacionar o novo

conhecimento com os já estão armazenados na base de conhecimentos,

visando a construção de uma rede de conhecimentos. As relações

podem ser: a favor de, pró, contra, contra, pro, complementa, entre

outros.

• Responsável: Grupo de Processo

• Produtos requeridos: (i) Base de conhecimentos e (ii) lista de novos

conhecimentos.

• Produtos gerados: lista de relacionamento entre conhecimentos.

d. Armazenar o conhecimento

• Descrição do passo: Após a execução de todas as tarefas anteriores, o

grupo de processo deve armazenar os conhecimentos empacotados na

base de conhecimentos.

• Responsável: Grupo de Processo

• Produtos requeridos: (i) Base de conhecimentos, (ii) lista de novos

conhecimentos e (iii) lista de relacionamento entre conhecimentos.

• Produtos gerados: Base de conhecimentos atualizada.

O Grupo de Processo de Software e os Gerentes de Projeto são os principais

responsáveis pela execução dessa tarefa. O Gestor de RH deve acompanhar a execução dessa

tarefa.

Em relação à conexão de conhecimentos a partir de relações: a favor de, pró, contra,

complementa, entre outros, apesar de ser bastante útil para a organização, tendo em vista

permitir o estabelecimento de uma rede de conhecimentos, devido à dificuldade e o esforço

necessário para se estabelecer tal rede, esta deve ser considerada como opcional pela

organização.

5.2.6.4. Tarefa: Disseminar Conhecimento

O propósito dessa tarefa é garantir que o conhecimento seja disseminado entre os membros da

Instituição, de uma maneira que não interfira na execução dos trabalhos diários.

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa tarefa são:

116

a. Apresentar o conhecimento (torná-lo conhecido)

• Descrição do passo: apresentar o conhecimento para um colaborador,

sempre quando necessário, de forma pró-ativa, ou reativa, ou seja, o

conhecimento é apresentado apenas quando o colaborador pesquisa na

base de conhecimento.

• Responsável: Grupo de Processo

• Produtos requeridos: Base de conhecimentos.

• Produtos gerados: -

b. Comunicar publicação dos novos conhecimentos

• Descrição do passo: periodicamente, o grupo de processo deve

comunicar os novos conhecimentos disponíveis, para todos os

colaboradores da organização, por meio de intranet, e-mails, entre

outros.

• Responsável: Grupo de Processo

• Produtos requeridos: Novos conhecimentos divulgados.

• Produtos gerados: Lista de novos conhecimentos empacotados.

O Grupo de Processos de Software e os Gerentes de Projeto são os principais

responsáveis pela execução dessa tarefa. O Gestor de RH deve acompanhar a execução dessa

tarefa.

5.2.6.5. Tarefa Manter Base de Conhecimento

O propósito dessa tarefa é fazer uma avaliação dos conhecimentos existentes na memória

organizacional, analisando a necessidade ou não da sua permanência na base de

conhecimentos.

Os passos necessários para a completa e correta execução dessa tarefa são:

a. Avaliar os conhecimentos utilizados

• Descrição do passo: avaliar os conhecimentos que foram utilizados,

considerando se foram úteis e relevantes para a execução das

atividades. Ao final dessa avaliação, o grupo de processo deve fazer

uma análise nos resultados das avaliações dos usuários, verificando

117

quais conhecimentos podem ser considerados sem utilidade para apoiar

a execução das atividades.

• Responsável: Grupo de Processo e Colaboradores da organização

• Produtos requeridos: Conhecimento armazenado na base de

conhecimentos.

• Produtos gerados: relatório de análise dos conhecimentos avaliados.

b. Avaliar a base de conhecimento

• Descrição do passo: avaliar, periodicamente, o conhecimento

armazenado na base de conhecimento. Se o conhecimento for avaliado

como obsoleto ou não mais relevante para a organização, este deverá

ser removido da base.

• Responsável: Grupo de Processo

• Produtos requeridos: (i) Base de conhecimentos e (ii) Documento de

Políticas Organizacionais.

• Produtos gerados: Laudo de avaliação da base de conhecimento.

c. Remover conhecimentos da base de conhecimentos

• Descrição do passo: Remover da base de conhecimento aqueles que

foram avaliados como obsoletos ou sem utilidade para a organização.

• Responsável: Grupo de Processo

• Produtos requeridos: (i) relatório de análise dos conhecimentos

avaliados e (ii) laudo de avaliação da base de conhecimento.

• Produtos gerados: -

O Grupo de Processo de Software e os Gerentes de Projeto são os principais

responsáveis pela execução dessa tarefa.

O Grupo de Processo deve realizar essa tarefa periodicamente. A periodicidade de

execução dessa tarefa deve ser informada no documento de Políticas de GRH e pode ser a

mesma definida para a tarefa que trata da revisão das necessidades estratégicas da

organização, item 5.2.1.

118

5.3. Mapeamento entre o Processo Proposto de Gerência de Recursos Humanos

(GRH – Proposto) e os Resultados Esperados e Atributos de Processo do Processo

de GRH do nível E do MPS.Br (GRH – MPS.Br)

Conforme apresentado no capítulo anterior desse trabalho o GRH – MPS.Br é composto de

10 (dez) Resultados Esperados.

A Tabela 5.1, a seguir, apresenta o mapeamento entre as tarefas (e suas atividades

correlatas) da abordagem de Gestão de Recursos Humanos Proposta (que foi explicada nas

seções anteriores desse Capítulo) e os 10 (dez) resultados esperados do GRH – MPS.Br.

Tabela 5.1 – Mapeamento entre as tarefas do GRH – Proposto e os Resultados Esperados do GRH – MPS.Br

GRH – Proposto

ATIVIDADE TAREFA GRH – MPS.Br

Revisar e Atualizar

Necessidades Estratégicas

da Organização

- GRH 1, GRH 5 e

GRH 8

Avaliar e Comunicar

Desempenho dos

Colaboradores

- GRH 7

Rescisão do Contrato de Trabalho

Repassar Conhecimento

Encerramento das Atividades

Gerenciar Desligamento

dos Profissionais

Quitação do Contrato de Trabalho-

-

Registrar Necessidades de

Treinamento GRH 3

Planejar Treinamento GRH 4

Gerenciar Treinamento

Estabelecer Infra-Estrutura

Adequada para Realização do

GRH 4

119

Treinamento Interno

Realizar e Avaliar Treinamento GRH 5 e GRH 6

Melhorar Estratégia de

Treinamento GRH 4

Buscar, Internamente à

Organização, Recurso com

Competência Requerida

GRH 2

Gerenciar Recrutamento e

Seleção Buscar, Externamente à

Organização, Recurso com

Competência Requerida

GRH 2

Identificar Conhecimento GRH 8

Criar Rede de Especialistas GRH 9

Coletar, Organizar e Armazenar

Conhecimento GRH 8

Disseminar Conhecimento GRH 10

Gerenciar Conhecimento

Manter Base de Conhecimento GRH 8

5.4. Conclusão

Este capítulo apresentou o processo de Gerência de Recursos Humanos proposto. Foram

mostradas e detalhadas as atividades desse processo, bem como as suas tarefas. A descrição e

detalhamento dos passos, artefatos de entrada necessários para cada tarefa e os artefatos

produzidos em cada tarefa desse processo estão detalhados no Apêndice I desse trabalho. O

capítulo seguinte irá apresentar uma experiência de uso desse processo em uma empresa de

desenvolvimento de software com sede na cidade de Fortaleza, estado do Ceará.

120

Capítulo 6

Experiência de Uso Parcial do Processo de Gerenciamento de

Recursos Humanos Proposto

Esse capítulo apresenta uma experiência de uso do Processo de Gerência de

Recursos Humanos Proposto.

6.1. Introdução

Após a definição inicial do Processo de GRH baseado nos resultados esperados do processo

de GRH do MPS.Br, foi realizada uma primeira avaliação da adequação do uso do processo

proposto.

Para este uso inicial escolhemos a área de Recursos Humanos de uma empresa de

desenvolvimento de sistemas da cidade de Fortaleza-CE. Não verificamos a necessidade da

identificação da organização, partindo da premissa de que a qualificação desta organização e a

apresentação da forma de trabalho desta já é suficiente para o entendimento do processo e sua

aplicação.

A escolha foi feita por razão de oportunidade. A empresa escolhida tem como meta

organizacional a avaliação MPS.Br, nível E, para o final do ano de 2009 e um dos processos a

serem avaliados será o de “Gerência de Recursos Humanos”.

6.2. Perfil da Empresa

Trata-se de uma empresa de médio porte, que trabalha com desenvolvimento de software,

especializada em tecnologia internet, fundada em 1996. Preocupada com a excelência em

Qualidade em todas as suas atividades, somando tecnologia a uma equipe qualificada e

comprometida com resultados que permitam obter a plena satisfação dos seus clientes e a

permanente melhoria dos seus processos, produtos e serviços.

Para garantir um gerenciamento e desenvolvimento eficientes e qualificados de seus

produtos e serviços e dos seus profissionais busca sempre o uso de metodologias que

permitam facilitar esse gerenciamento. Dessa forma, em 2003 foi certificada ISO 9001:2000,

121

em 2006 teve avaliação satisfatória no nível G do MPS.Br e em 2007 foi avaliada

satisfatoriamente no nível 2 do CMMI. Sua meta organizacional, como dita anteriormente,

para o final do ano de 2009, mais precisamente em outubro de 2009, é a avaliação no nível E

do MPS.Br e o processo de Gerência de Recursos Humanos (GRH) é um dos processos que

deve ser definido e institucionalizado antes dessa avaliação.

A empresa atua em três diferentes unidades de negócios, assim organizadas:

1) Fábrica de Software: desenvolve software através do ciclo completo – definição dos

requisitos funcionais (análise), especificação das customizações ou sistemas a desenvolver

(projeto), execução das especificações de sistemas (implementação), controle de qualidade

(testes) e homologação (implantação) – com o apoio de uma equipe multidisciplinar de

profissionais que dominam as principais tecnologias do mercado (J2EE, J2ME, .NET, C, C++

etc.) e são certificados em técnicas e metodologias dos diversos fabricantes e institutos.

2) Outsourcing: quando o cliente necessita gerir seus próprios projetos e precisa de

profissionais experientes, mas não deseja aumentar o seu próprio staff, a empresa

disponibiliza através desta oferta a sua equipe de consultores e técnicos, com toda uma

preparação comportamental, certificação técnica, experiência profissional, formação nas

metodologias mais utilizadas no mercado e conhecimento dos processos organizacionais.

3) Inovação: com o objetivo de evolução contínua de produtos, soluções e processos,

mantêm uma área ativa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), participando inclusive de

editais nacionais propostos por fundos de apoio e dirigidos aos setores.

O processo de GRH dessa organização foi definido e institucionalizado a partir do

Processo Proposto de Gerência de Recursos Humanos (GRH – Proposto), passando pelas

seguintes etapas: (i) Análise da situação da organização, em relação ao seu processo de GRH

atual e (ii) Adequação e Implantação do processo GRH – Proposto na organização, que serão

detalhadas nas seções seguintes.

Na próxima seção apresentaremos como se desenvolveu a primeira etapa da adequação

do processo de GRH dessa organização de desenvolvimento de software: análise da situação

da organização, em relação ao seu processo de GRH.

6.3. Análise da situação da organização, em relação ao seu processo de GRH

Iniciamos a abordagem verificando como a empresa trata a gestão de seus recursos humanos.

Participaram deste momento: um gestor de recursos humanos (RH) da organização, um

analista da qualidade da organização e a autora desta dissertação. Essa verificação deu-se

122

através de entrevistas e coleta de informações a respeito da organização e do seu atual

processo de gerenciamento de recursos humanos. Tratamos também, conforme discutido

anteriormente, de questões relacionadas aos processos de Treinamento, Recrutamento e

Seleção e Gestão do Conhecimento, quando existirem.

Abaixo listamos algumas considerações observadas durante a execução dessa etapa:

1) A empresa possui um sistema denominado Sistema de Qualidade (SQ) que permite

o registro e acompanhamento de não conformidades tanto em projetos quanto

organizacionais e sugestões de melhoria. Uma não conformidade pode ser tratada

de duas maneiras: não conformidade Real: algo devia ter acontecido e não

aconteceu ou não conformidade Potencial: existe o risco de algo errado acontecer.

Problemas identificados:

a. Não existe uma diretriz que determina como cada um desses tipos de

conformidade deve ser tratado (prioridades)

b. O sistema não obriga o preenchimento desses campos, o que faz com que o

processo não seja corretamente executado

2) A empresa possui um sistema de competências, na sua Intranet, que permite o

registro de todos os seus profissionais, com as informações de perfil, área(s) de

conhecimento, área de atuação na empresa, certificados, entre outras. Além disso

a. Esse sistema é capaz de gerar uma matriz de competências que pode ser

consultada por diversos filtros.

b. O acesso para a atualização das informações é por usuário (apenas o

próprio profissional ou a área de RH pode alterar as informações contidas

nesse sistema), mas o acesso de leitura é geral (todos podem ver as suas

competências e as de seus colegas de trabalho). Problema identificado:

i. Mesmo com essa implementação de segurança no acesso, o

processo ainda não está seguro, pois não garante a existência de

evidências.

3) A empresa, preocupada com a satisfação dos seus colaboradores, uma vez por

trimestre realiza uma pesquisa de satisfação com alguns profissionais selecionados

aleatoriamente por amostragem. Além disso:

a. Essa atividade está relacionada com o processo de qualidade ISO

9001:2000.

4) A empresa também realiza, trimestralmente, uma pesquisa de satisfação com os

clientes.

123

a. Da mesma forma que a atividade acima está relacionada com a área de

qualidade, a pesquisa de satisfação com os clientes é de responsabilidade

dessa área e não da área de RH.

À cerca do processo de recrutamento e seleção de profissionais qualificados seguido

pela empresa antes deste trabalho, percebemos em nossas reuniões semanais que:

1) O recrutamento dá-se através da análise de currículos que são enviados para a

empresa por e-mail (endereço divulgado em diversas mídias) ou através da sua

página na Internet. Quando um candidato entrega seu currículo diretamente na

recepção da empresa (currículos impressos em papel) é sugerido que este faça o

envio do documento por e-mail ou pela Internet, acessando a página da empresa.

Problema identificado:

a. Não existe um padrão de documento para currículo, tanto na Internet

quanto por e-mail, os candidatos anexam os arquivos que quiserem

(arquivos com extensões doc, txt, pdf, xls) antes de enviar para a empresa.

2) Os currículos recebidos que foram enviados por e-mail ou pela página da Internet

são copiados para uma pasta organizacional que é compartilhada para todos da

área de recursos humanos, os diretores e gestores da empresa. Problema

identificado:

a. Não é feita uma pré-análise dos currículos recebidos antes de serem

guardados na pasta compartilhada.

3) Os currículos armazenados na pasta institucional não são organizados nem

agrupados nem seguem um padrão de nomenclatura. Problema identificado:

a. Não existe um padrão para nomenclatura dos arquivos, nem para o

conteúdo destes.

4) Sempre que se necessita de uma nova competência na organização e esta deve ser

buscada externamente à empresa, a base de currículos é analisada por completo e

as competências que atendem aos requisitos da necessidade de seleção são pré-

selecionadas e convidadas para entrevistas. Problema identificado:

a. Com a não estruturação da base de currículos, a busca por candidatos com

um perfil qualquer é feita analisando-se cada um dos currículos existentes

na base, mesmo os que já foram analisados em outras oportunidades

(retrabalho), o que faz com que o andamento do trabalho seja prejudicado.

124

5) As entrevistas acontecem no escritório central da empresa, pessoalmente. O gestor

de RH sempre está presente nessas entrevistas, a presença de uma segunda ou

terceira pessoa não é uma obrigação, mas geralmente um gerente de projetos

também participa dessas entrevistas para análise de questões relacionadas a

conhecimento e experiências em ferramentas, linguagens ou assuntos bastante

técnicos. Os gerentes de projeto podem ser pegos de surpresa quando são

convidados para participarem de uma entrevista. Problema identificado:

a. Falta de planejamento das entrevistas.

6) Ao final das entrevistas o gestor de RH em conjunto com o outro entrevistador ou

outros entrevistadores escrevem as suas considerações sobre o candidato. O

registro dessas considerações é feito em um documento que é salvo em um

repositório na Internet (Google Docs) compartilhado por toda a área de RH da

empresa. As considerações de todos os candidatos já entrevistados estão salvas em

um só arquivo e não seguem um padrão. Problema identificado:

a. Não definição de um padrão para o documento de considerações das

entrevistas.

b. A estrutura do documento não é adequada.

7) Uma lista com os nomes de todos os candidatos que se enquadrarem no perfil da

vaga a ser preenchida com a seleção e as considerações observadas pelos

entrevistadores durante as entrevistas realizadas é encaminhada para a diretoria

responsável pelo RH que é responsável por analisar as considerações dos

entrevistadores e decidir o candidato mais apropriado para a vaga. Problema

identificado:

a. Essa questão foi entendida como correta, pois mesmo estando envolvendo

um diretor da organização, o que pode ser visto em alguns casos como algo

não necessário, mostra o envolvimento da alta administração com os

processos da empresa e com os seus recursos humanos.

8) Quando a escolha é feita, o candidato escolhido é convidado a comparecer ao

escritório da empresa para negociar questões relacionadas a salário e período de

início das atividades na empresa, quem conversa com o candidato é o diretor

responsável pela área de RH. Problema identificado:

a. Mais uma vez encontramos evidências do envolvimento da alta

administração com os processos da empresa e com os seus recursos

humanos.

125

9) Os candidatos não escolhidos após a entrevista não recebem feedback. Problema

identificado:

a. A empresa deveria dar um retorno a todos os candidatos entrevistados, uma

vez que estes foram pré-selecionados para as entrevistas, significa que

atenderam uma parte dos requisitos solicitados e podem vir a ser chamados

em uma outra oportunidade.

10) O passo final é a contratação do profissional, que passará a integrar o quadro da

empresa. Problema identificado:

a. Esse processo está relacionado somente à assinatura de contratos de

trabalho e carteira profissional, por isso não entraremos em detalhes.

Pelo que podemos verificar do que foi percebido durante as reuniões inicias sobre o

processo de gerenciamento de recrutamento e seleção, existem várias falhas nesse processo, o

que nos faz sugerir a adequação do processo proposto à realidade da organização e sua

institucionalização.

Abaixo listaremos o que foi percebido nas nossas reuniões semanais à cerca do

processo de treinamento seguido pela empresa em questão, antes deste trabalho:

1) A empresa contém um sistema de treinamento em sua página na Intranet, que:

a. Registra a necessidade de treinamento com identificação de quem fez o

registro.

b. Permite a quem fez o registro do treinamento preencher um campo com as

suas considerações a cerca da eficácia do treinamento. Problemas

identificados:

i. A avaliação não segue critérios objetivos.

ii. O sistema não obriga o preenchimento desse campo (não é um

campo obrigatório), o treinamento pode ser encerrado sem

avaliação de eficácia.

c. Permite o registro e identificação dos participantes desse treinamento.

d. Envia e-mail automaticamente para os participantes cadastrados para fazer

o treinamento, convidando-os a participar do treinamento em questão.

e. Tem um campo que permite a justificativa dessa necessidade de

treinamento.

f. Possui campos para registro das informações de nome do curso, data

realização, carga horária, entre outras

126

2) Todo colaborador recém contratado deve ser treinado

a. O primeiro dia de trabalho do profissional é todo preenchido com

treinamentos: Conhecendo a Empresa (missão, compromissos, políticas

organizacionais, Intranet); Processos Organizacionais e de

Desenvolvimento de Sistemas; Sistema de Competências; Sistema de

Qualidade; Sistema de Treinamento e Sistema de Ponto; Normas de

conduta dos profissionais da empresa; Horários de trabalho e intervalos.

3) Trimestralmente as necessidades de treinamento eram incluídas no sistema de

treinamentos, mas hoje não funciona mais assim. Não havendo mais um

planejamento antecipado das necessidades de treinamento, elas são inseridas no

sistema no momento em que surgem.

a. Ausência de revisão das necessidades organizacionais

Diante desses fatos, verificamos que o processo de gerenciar treinamento, assim como

o processo de gerenciar recrutamento e seleção, necessita ser adequado e implantado na

organização.

Abaixo veremos as considerações verificadas nas reuniões semanais, à cerca do

processo de gestão do conhecimento da empresa:

1) A empresa não tem nenhum processo que trate assuntos relacionados à gestão do

conhecimento e nós encontramos uma resistência muito forte ao fato da

necessidade de ter que institucionalizar tal processo.

a. Esse entendimento inicial deu-se pelo fato do desconhecimento da empresa

em relação ao processo de Gestão do conhecimento.

Com relação às avaliações de desempenho dos profissionais, percebemos a

inexistência desse processo, pois a empresa avalia, trimestralmente, a satisfação dos seus

colaboradores para com ela, mas não avalia o desempenho dos colaboradores. A cerca do

processo de gerência do Desligamento dos Profissionais, a empresa não possui nenhuma

prática que pudesse ser incluída como início de um processo que tratasse o desligamento dos

profissionais de forma a resguardar-se de que o conhecimento de determinados sistemas,

processos ou ferramentas fossem embora da organização juntamente com o profissional

desligado.

Em duas semanas concluímos a análise da situação da organização em relação ao seu

processo de GRH. O entendimento do funcionamento existente e da cultura da organização,

127

antes deste trabalho, foi muito importante para a próxima etapa da implantação do processo,

adequando-o à realidade da organização.

Na seção seguinte, será apresentada a adequação e implantação do processo

organizacional de GRH nessa empresa, criando as orientações das políticas organizacionais de

GRH inicialmente sugeridas na fase de análise da situação organizacional em relação ao

processo de GRH, nessa fase, orientamos a organização a tratar dos problemas que foram

identificados na fase anterior.

6.4. Adequação e Implantação do Processo GRH – Proposto na organização

Nessa segunda fase, continuamos com reuniões, onde a autora desse trabalho mostrou as

principais atividades e tarefas necessárias para a execução do processo de GRH aderente ao

MPS.Br nível E. Além disso, auxiliou na execução de algumas atividades, como pode ser

visto a seguir.

6.4.1. Atividade: Revisar e Atualizar Necessidades Estratégicas da Organização

O objetivo dessa atividade é fazer com que, periodicamente, a organização reveja e, se

necessário, atualize os seus objetivos estratégicos.

As necessidades estratégicas de uma organização devem estar relacionadas ao

programa estratégico desta. Durante as reuniões para definição das necessidades estratégicas

da organização em questão, percebemos que, anualmente, o Gestor de RH envia um e-mail

para todos da organização, informando sobre o Balanced Scorecard e solicitando artigos

publicados pelos funcionários desta. Nesse e-mail também é lembrado a pesquisa de

satisfação dos funcionários, que deve ser realizada também, nesse mesmo período.

Para iniciar a execução dessa atividade, era necessário que a área de RH tivesse

disponível e ao seu alcance, um documento com o registro de todas as suas competências

(conhecimentos, habilidades e experiências) possuídas, isto é, um documento que pudesse

informar quais são as pessoas que possuem determinada competência e quais as competências

que a empresa dispõe. Foi sugerido um template para esse documento, mas, durante a nossa

reunião chegamos à conclusão de que um dos sistemas da organização, denominado Sistema

de Competências – SISCOMP, substitui esse documento, pois tem-se, nesse sistema, o

registro de todos os profissionais que fazem parte da organização e também as suas

competências, podendo inclusive serem gerados relatórios diversos com essas informações.

128

A área de RH necessitava também de um documento que identificasse as

competências (conhecimentos, habilidades e experiências) requeridas pela organização em um

determinado período de tempo, além de uma rastreabilidade entre essas informações de

competências requeridas e competências possuídas. O SISCOMP não possuía essa informação

e não deveria ser mantido nesse primeiro momento, dessa forma, a consultora sugeriu um

documento que pudesse registrar as competências requeridas, as competências existentes e um

mapeamento entre essas competências. Chamamos esse documento de Documento de

Necessidades Estratégicas da Organização (o template desse documento está no Apêndice II

desse trabalho e o Documento de Necessidades Estratégicas da Organização preenchido

durante a Experiência de Uso segue no Apêndice II desse trabalho).

Esse documento reúne informações das Necessidades Estratégicas da Organização e

deve ser revisado semestralmente. Nesse documento são registradas as competências

possuídas (competências que a organização já possui), as competências requeridas (são

competências necessárias mas que ainda não é possuída pela organização), as competências

necessárias (que envolvem as competências possuídas e requeridas, isto é, necessárias para

atendimento da estratégia da organização para o período que será finalizado na próxima

avaliação dessas necessidades), os treinamentos necessários para que essas competências

requeridas sejam acrescidas à organização.

O próximo passo ainda exigia que a área de RH tivesse disponível um documento que

tratasse das Políticas de Recursos Humanos da Organização (diretrizes gerais de RH,

diretrizes para treinamento, diretrizes para recrutamento e seleção, diretrizes para avaliação de

desempenho dos colaboradores e diretrizes para gestão do conhecimento), para tanto,

sugerimos a criação desse documento, que foi denominado documento de políticas de GRH e

que possui um template específico que pode ser verificado no Apêndice II desse trabalho.

Temos também, no Apêndice III desse trabalho, o documento preenchido durante a esta

experiência de uso.

6.4.2. Atividade: Avaliar e Comunicar Desempenho dos Colaboradores

O objetivo dessa atividade é avaliar o desempenho dos colaboradores quando da execução das

atividades pelas quais são responsáveis, utilizando, para isso, critérios pré-definidos e, ao final

dessa avaliação, comunicar aos envolvidos o seu resultado.

Durante nossas reuniões, mostramos que um instrumento bastante utilizado e que tem

retornado resultados significativos quando estamos tratando de avaliação de colaboradores é a

129

técnica denominada avaliação 360 graus [SER HCM, 2009], que permite avaliação por

superiores e por todos os integrantes de um mesmo grupo a ser avaliado, inclusive permite a

auto-avaliação. A organização decidiu por não fazer uso dessa técnica pois estava com receio

de que o clima organizacional fosse prejudicado.

Conforme informamos anteriormente, a organização não possuía a cultura de realizar

avaliações de desempenho dos seus colaboradores, dessa forma, montamos um artefato que

pudesse fazer com que essa avaliação fosse simples e objetiva e seguisse o seu propósito de

verificar qual o desempenho de cada colaborador avaliado. Sugerimos também a adoção de

um documento que pudesse reunir as ações corretivas para serem utilizadas na mitigação de

problemas encontrados durante essas avaliações. Outro ponto importante dessa atividade é a

comunicação aos avaliados sobre os resultados das suas avaliações.

Até o momento ainda não executamos essa atividade, mas os documentos já estão

definidos e aprovados pela organização e devem ser utilizados o quanto antes. O template dos

documentos: (i) avaliação de desempenho do colaborador, (ii) e-mail de feedback da avaliação

de desempenho dos colaboradores e (iii) plano de ação de GRH podem ser vistos no apêndice

II desse trabalho.

6.4.3. Atividade: Gerenciar Desligamento dos Profissionais

O fluxo proposto para essa atividade, com suas 04 (quatro) tarefas bem definidas e claras, foi

apresentado para a organização e validado pelo Gestor de RH e grupo de processo, no entanto

não executamos nenhuma tarefa dessa atividade por não ter havido necessidade de

desligamento de nenhum profissional desde a apresentação do processo e institucionalização

deste.

Informamos ainda que a inclusão dessa atividade deu-se pela necessidade de se manter

na empresa o conhecimento que está, em alguns casos, apenas na cabeça de um profissional

que irá deixar a organização e que também questões como: bem estar do funcionário e

preservação da imagem da organização devem ser observadas em todos os momentos.

6.4.4. Atividade: Treinamento

6.4.4.1. Tarefa: Registrar Necessidades de Treinamento

As necessidades de treinamento até o momento, só foram atualizadas durante a realização da

atividade Revisar e Atualizar Necessidades Estratégicas da Organização, pois após

130

implantação do processo não surgiu nenhuma nova necessidade de treinamento que ainda não

estivesse sido prevista anteriormente, quando da execução da atividade de revisão e

atualização das necessidades estratégicas da organização. O diretor de RH deve validar toda

necessidade de treinamento que surgir e essa validação pode ser feita através da assinatura do

documento alterado ou através de uma confirmação enviada por e-mail para o gestor de RH,

que é o responsável por solicitar essa validação.

As necessidades de treinamento devem ser registradas no documento de necessidades

estratégicas da organização, já comentado anteriormente e o template desse documento pode

ser visto no Apêndice II desse trabalho.

6.4.4.2. Tarefas: Planejar Treinamento e Estabelecer Infra-Estrutura Adequada

para Realização do Treinamento (Interno)

Os treinamentos definidos como necessários no documento de necessidades estratégicas da

organização devem ser planejados antes de serem executados. Mais uma vez sugerimos a

utilização de um template para registro dessa tarefa. Fizemos o planejamento de todos os

treinamentos registrados como necessários em uma reunião com a alta direção e com o gestor

de RH. Nessa reunião também definimos a infra-estrutura necessária para a execução do

treinamento interno. Temos um exemplo desses planejamentos no Apêndice III desse

trabalho, temos também, no apêndice II desse trabalho, o modelo do template utilizado nessas

tarefas.

O artefato foi discutido várias vezes, em algumas reuniões com o grupo de processo e

o gestor de RH. Ao final chegamos a um consenso de que as informações solicitadas no

template que está apresentado no apêndice II desse trabalho eram adequadas e suficientes para

atendimento dos registros de planejamentos de treinamentos. Como evidencia da validação do

documento, este deve ser assinado pelo diretor de RH da empresa, uma vez que todo o

orçamento destinado a treinamentos é definido por este.

6.4.4.3. Tarefa: Realizar e Avaliar Treinamento

Após conclusão do planejamento dos treinamentos e assinatura pelo diretor de RH desse

planejamento, o treinamento já pode ser executado, infelizmente não podemos acompanhar a

execução de nenhum treinamento, por isso não temos também exemplos de avaliações de

131

eficiência dos treinamentos realizados, mas o template que deve ser utilizado nessas

avaliações está no apêndice II desse trabalho.

6.4.4.3. Tarefa: Melhorar Estratégia de Treinamento

A revisão das estratégias de treinamento só deve acontecer daqui a mais ou menos 5 meses,

conforme definido no documento de políticas de GRH da organização em questão, que

informa que as avaliações para melhoria das estratégias de treinamentos devem acontecer

semestralmente. Essa tarefa necessita, ainda, dos documentos de avaliações dos treinamentos

executados no período correspondente a validade da estratégia de treinamento.

6.4.5. Atividade: Recrutamento e Seleção

6.4.5.1. Tarefas: Buscar, Internamente à Organização, Recurso com Competência

Requerida e Buscar, Externamente à Organização, Recurso com Competência

Requerida

Após análise da base de currículos percebemos (a autora deste trabalho e o gestor de

RH da empresa) que poderíamos marcar uma entrevista, com um candidato que havia enviado

um currículo para a empresa. Participaram dessa entrevista: a autora desse trabalho, o gestor

de RH, o entrevistado pré-selecionado e um especialista em testes da organização, por tratar-

se de um currículo de um profissional que trabalhou com testes em outra organização, tendo

sido enquadrado com esse perfil na pré-seleção. Durante a entrevista, fazendo uso do artefato

gerado para essa finalidade (ver apêndice II), foram feitas algumas perguntas e, ao final, como

sugerido no template, cada entrevistador emitiu sua opinião a cerca da indicação de

contratação ou não do profissional entrevistado. Após essa análise a autora deste trabalho

questionou os demais entrevistadores a cerca da utilidade do artefato e processo definido para

recrutamento e seleção, o que obteve resultado bastante positivo, pois o único questionamento

contrário foi de que o template deveria conter um item que questionasse sobre a necessidade

ou não da busca de referências do profissional entrevistado em seus antigos trabalhos e se essa

necessidade fosse existente, os entrevistadores deveriam solicitar ao entrevistado informações

de local e que pessoas poderiam ser contatadas para se obter essas informações.

O registro dessa entrevista, isto é, o armazenamento das informações contidas nos

artefatos preenchidos pelos três entrevistadores, será efetivado pelo gestor de RH, em uma

132

pasta de rede destinada para esse fim. Por uma questão de sigilo das informações, apenas o

template da entrevista será disponibilizado nesse trabalho (apêndice II).

6.4.6. Atividade: Gerenciar Conhecimento

Apresentamos o fluxo e tarefas propostas para a correta execução e organização da gestão do

conhecimento na empresa, mas nos deparamos com uma grande resistência à cerca desse

assunto.

Em nossas reuniões, tentamos demonstrar para a empresa a compreensão de que a

gestão do conhecimento é um investimento a longo prazo, que inicialmente pode ser difícil,

mas com a mudança de cultura tudo ficará mais simples e trará um retorno para os negócios

da organização.

Após algumas reuniões a empresa foi convencida da relevânica da Gestão do

Conhecimento como instrumento de apoio aos processos de software implementados, bem

como da sua necessidade para a futura avaliação no nível E do MPS.Br.

6.4.6.1. Tarefa: Identificar Conhecimento

Esta tarefa foi executada pela autora desse trabalho, por dois membros do grupo de processo e

pelo gestor de RH, onde em uma reunião seguimos cada um dos 04 (quatro) passos sugeridos

pelo processo. Dessa forma, definimos os processos que deverão fazer parte da gerência de

conhecimento da organização, definimos também os itens (ou tipos) de conhecimento de cada

um desses processos e os campos necessários para identificar esse conhecimento, além das

fontes de captura desses conhecimentos. Nessa reunião uma lista com todas as informações de

identificação de conhecimento a ser tratado pela organização foi definida e validada pelo

diretor responsável pela área de TI da organização. Por questões de sigilo das informações,

não publicamos esse artefato nesse trabalho.

6.4.6.2. Tarefa: Coletar, Organizar e Armazenar Conhecimento

Nas reuniões de definição dessa tarefa ficou definido que a organização utilizará a

ferramentas Team Foundation para tratar a gestão do conhecimento, armazenando, de forma

adequada e de fácil acesso, as informações geradas por esse processo e respeitando também as

questões abordadas pelo processo de gestão de configuração adotado pela organização.

133

Como padrão para o empacotamento de conhecimento ficou definido: (i) a descrição

do item de conhecimento deve ser clara e concisa; (ii) o nome completo do autor deve ser

informado; (iii) a data da última atualização desse conhecimento deve ser informada no

formato dd/mm/aaaa; (iv) as alterações desse item de conhecimento devem ser visionadas; (v)

o processo que gera o item de conhecimento deve ser identificado pelo seu nome completo e

correto; (vi) se houver algum endereço eletrônico para acesso a esse item, este deve ser

informado; (vii) o item de conhecimento deve ter um título que seja auto-contido e bastante

explicativo.

6.4.6.3. Tarefas: Criar Rede de Especialistas e Disseminar Conhecimento

Para a execução da tarefa Criar Rede de Especialistas a organização encaminhou para cada

um dos seus funcionários um e-mail solicitando que fossem enviadas ao grupo de processo as

especialidades de cada um deles. Diante do recebimento de alguns e-mails, o grupo de

processo analisou o que foi respondido por cada funcionário que enviou resposta, de acordo

com os objetivos estratégicos da organização.

Para acompanhamento da tarefa de Disseminação de Conhecimento foi definido que

um especialista deveria iniciar essa tarefa, e que a abordagem a ser utilizada para a troca de

conhecimento deveria ser uma apresentação de slides. Na data marcada para essa

apresentação a autora desse trabalho participou da plenária e ao final da abordagem algumas

perguntas foram efetuadas, buscando feedback do processo e utilização da abordagem. O

feedback foi bastante positivo, tendo os especialistas avaliado positivamente a inciativa de

criação de redes de especialistas pela organização. Relacionado às apresentações, os

participantes sugeriram a inserção de exemplos práticos. No entanto, consideraram que os

objetivos daquela apresentação haviam sido alcançados, pois certamente houve acréscimo de

conhecimento e que concordaram com a idéia de se montar um grupo de discussão para tratar

de questões relacionadas ao que foi apresentado.

6.4.6.4. Tarefa: Manter Base de Conhecimento

Essa tarefa não foi executada, pois a base de conhecimento é muito recente e não ainda não há

a necessidade de avaliá-la para alterar ou remover alguns conhecimentos já existentes. No

entanto, nas nossas reuniões, definimos que o critério a ser utilizado para a exclusão de um

item de conhecimento da base de conhecimento é a obsolescência desse item.

134

6.5. Conclusão

Neste capítulo, foi apresentada uma experiência de uso do Processo de Gerência de Recursos

Humanos Proposto. No próximo capítulo apresentamos as conclusões dessa dissertação, suas

contribuições e possíveis trabalhos futuros.

135

Conclusão

Neste capítulo são apresentadas as principais conclusões e as perspectivas futuras deste trabalho.

As organizações estão vivendo um novo modelo econômico que estabelece a necessidade da

inovação contínua, da geração de produtos e serviços com maior valor agregado e da

crescente preocupação com a satisfação do cliente. Esse novo cenário, onde a competição

ocorre em um mercado sem fronteiras, vem afetando as relações entre organizações de

software e seus profissionais.

Essa mudança de comportamento exige das organizações de software a busca

constante pela modernização de conceitos e premissas utilizados para gerir suas pessoas, de

forma a atender as necessidades de desenvolvimento de ambos. A modernização na forma de

gerir pessoas permitirá à organização avaliar o poder de contribuição de todos os seus

colaboradores face às adaptações que essa necessita em cenários inconstantes de negócio, bem

como possibilitará a conciliação de expectativas entre a organização e as pessoas de maneira

mais dinâmica.

É desejo de toda organização criadora de software (e também de outras organizações

de outras áreas) adotar, um processo de produção com o qual seja possível oferecer serviços e

construir produtos a um baixo custo, dentro do custo e prazo estimados, com uma alta

qualidade e, certamente, satisfazer os seus profissionais e seus clientes.

O que tentamos mostrar com esse trabalho foi que a adoção de um processo de gestão

de recursos humanos, bem estruturado e baseado em um modelo já difundido, constitui um

importante instrumento para a minimização dos efeitos negativos decorrentes da rotatividade

e absenteísmo de pessoas em organizações de TI, além de contribuir para a melhoria da

qualidade do software, aumento da competitividade e alcance dos objetivos estratégicos das

organizações de TI. Principalmente tendo a gestão do conhecimento como um grande aliado a

este processo.

O processo de Gestão de Recursos Humanos (GRH), aderente ao MPS.Br, construído

ao longo desse mestrado, considera diversos aspectos relacionados à gestão de pessoas em

136

micro, pequenas e médias organizações, principalmente em organizações criadoras de

software, e pode ser, facilmente adaptado a realidade destas.

7.1. Contribuições

As principais contribuições desse trabalho são:

• Revisão bibliográfica em Gerência de Recursos Humanos (GRH), contemplando

as principais normas e modelos de maturidade;

• Definição de um processo de GRH aderente ao MPS.Br capaz de atender as

necessidades e limitações das micro, pequenas e médias organizações de software;

• Definição de uma abordagem de GRH considerando vários aspectos, inclusive o

desligamento dos colaboradores, tendo em vista que as abordagens encontradas na

literatura tratam somente de alguns temas isoladamente. Por exemplo, os trabalho

de Lin e Razak (2003) e Tong e Chen (2008) trataram somente da dimensão

treinamento e Schnaider (2003) abordou apenas questões relacionadas à alocação

de recursos humanos em projetos de software.

7.2. Limitações

As limitações deste trabalho são as seguintes:

• O processo foi executado em apenas uma organização desenvolvedora de software,

por causa do curto prazo do trabalho;

• A empresa em que executamos o processo somente será avaliada, por uma equipe

de avaliadores MPR.Br, no final desse ano, o que impede de termos uma posição

oficial da aderência desse processo a esse modelo de maturidade. O mapeamento

entre os resultados esperados nesse modelo de maturidade e as tarefas e artefatos

do GRH – Proposto servirão de base para as conclusões de aderência ou não ao

referido modelo.

7.3. Trabalhos Futuros

Pensando na continuidade deste trabalho e nas possibilidades de melhorar o apoio às

empresas desenvolvedoras de software no que diz respeito à gestão de pessoas, vislumbramos

os seguintes trabalhos futuros:

137

• Realização de outras experiências de uso, em empresas com características

diferentes, de maneira que possamos identificar em que contextos algumas

atividades conseguem agregar mais valor às organizações;

• Definir um guia de adaptação do processo proposto, de acordo com algumas

características das organizações, de forma que o processo possa garantir seu nível

de eficiência independente de onde esteja sendo executado;

• Desenvolver uma ferramenta de software capaz de apoiar a execução do processo

de maneira integrada, contemplando funcionalidades relacionadas ao recrutamento,

seleção, treinamento, avaliação de desempenho e gestão do conhecimento;

• Inclusão da atividade de Gerenciamento de Sucessões, que abordaria questões

relacionadas à sucessão de gestores, buscando viabilizar um maior tempo de

permanência da empresa no mercado.

138

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[TONG e CHEN, 2008] TONG, Xueming e CHEN, Shuwen. Human

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Dalian, P.R.China. Artigo publicado no IEEE,

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[VILLELA, 2004] VILLELA, Karina Barreto. Definição e Construção

de Ambientes de Desenvolvimento de Software

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COPPE-UFRJ, Rio de Janeiro, 2004

[WEBER et al, 2004] WEBER, Kival C.; ROCHA, Ana Regina; ALVES,

Ângela, AYALA, Arnaldo M.; GONÇALVES,

Austregésilo; PARET, Benito; SALVIANO,

Clênio; MACHADO, Cristina F.; SCALET,

Danilo; PETIT, Djalma; ARAÚJO, Eratóstenes;

BARROSO, Márcio Girão; OLIVIERA, Kathia;

OLIVEIRA, Luiz Carlos A.; AMARAL, Márcio

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Teresa. (2004) Modelo de Referência para

Melhoria de Processo de Software: uma

abordagem brasileira. XXX Conferência

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[WIEDERHOLD, 1986] WIEDERHOLD, G., Knowledge versus Data. In:

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practical guidelines for business success.

Massachusetts, USA: Addison-Wesley, 1998.

147

APÊNDICE I

Atividades e Tarefas do Processo GRH

Este apêndice apresenta as atividades e tarefas do processo proposto de GRH,

em um formato de tabelas, para facilitar o entendimento e organização do fluxo

de atividades desse processo.

I.1. Processo Proposto de GRH e suas Atividades:

Processo GRH

ATIVIDADES

Revisar e Atualizar Necessidades Estratégicas da Organização

Avaliar e Comunicar Desempenho dos Colaboradores

Gerenciar Desligamento dos Profissionais

Gerenciar Treinamento

Gerenciar Recrutamento e Seleção

Gerenciar Conhecimento

I.2. Atividades do Processo Proposto de GRH e suas respectivas tarefas:

Processo GRH – Proposto

ATIVIDADE TAREFA

Revisar e Atualizar Necessidades

Estratégicas da Organização -

Avaliar e Comunicar Desempenho dos

Colaboradores -

Rescisão do Contrato de Trabalho

Repassar Conhecimento

Encerramento das Atividades Gerenciar Desligamento dos Profissionais

Quitação do Contrato de Trabalho-

Registrar Necessidades de Treinamento Gerenciar Treinamento

Planejar Treinamento

148

Estabelecer Infra-Estrutura Adequada para

Realização do Treinamento Interno

Realizar e Avaliar Treinamento

Melhorar Estratégia de Treinamento

Buscar, Internamente à Organização, Recurso

com Competência Requerida Gerenciar Recrutamento e Seleção

Buscar, Externamente à Organização, Recurso

com Competência Requerida

Identificar Conhecimento

Criar Rede de Especialistas

Organizar e Armazenar Conhecimento

Disseminar Conhecimento

Gerenciar Conhecimento

Manter Base de Conhecimento

I.3. Detalhamento das Atividades

I.3.1. Atividade: Revisar e Atualizar Necessidades Estratégicas da Organização Essa atividade tem como propósito revisar e atualizar os objetivos estratégicos da organização

de forma que qualquer iniciativa relacionada a gestão de recursos humanos esteja alinhada

com as estratégias de negócio da organização. Essa atividade não possui tarefas.

Nome da atividade Revisar e Atualizar Necessidades Estratégicas da Organização

Critério de

Entrada

- Período de revisão das necessidades estratégicas da organização,

segundo descrito no documento de políticas de RH

Critério de Saída Revisão das necessidades estratégicas da organização

Responsáveis O Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Participantes - Gerentes de Projeto

- Gerente de TI

- Equipe de desenvolvimento de software

- Diretor responsável pela área de RH

Produtos

Requeridos

- Planejamento Estratégico

Produtos Gerados - Planejamento Estratégico atualizado

Passos 1. Elaborar o planejamento estratégico da organização

149

I.3.2. Atividade: Avaliar e Comunicar Desempenho dos Colaboradores Essa atividade tem como propósito avaliar o desempenho dos colaboradores quando da

execução das atividades pelas quais são responsáveis, utilizando, para isso, critérios pré-

definidos e, ao final dessa avaliação, comunicar aos envolvidos o seu resultado. Essa

atividade não possui tarefas.

Nome da atividade Avaliar e Comunicar Desempenho dos Colaboradores

Critério de

Entrada

- Período de avaliação dos colaboradores da empresa, segundo descrito

no documento de políticas de RH

Critério de Saída Todos os colaboradores avaliados

Responsáveis O Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Participantes - Gerentes de Projeto

- Gerente de TI

- Equipe de desenvolvimento de software

- Diretor responsável pela área de RH

Produtos

Requeridos

- Documento de finalização do projeto (caso a avaliação seja no final

do projeto)

- Formulário de Avaliação de Desempenho do Colaborador

Produtos Gerados 1. Formulário de Avaliação de Desempenho do Colaborador

2. PLANO DE AÇÃO DE GRH atualizado

3. Documento de Competências Possuídas pela Organização

atualizado

4. Mala direta (e-mail) comunicando o resultado da avaliação para

cada colaborador avaliado (caso o resultado da avaliação tenha sido

ruim, esse e-mail deve ir seguido de uma observação de que o

colaborador deve entrar em contato com o gestor executivo de RH –

FEEDBACK)

5. ATA DA REUNIÃO DE FEEDBACK com os colaboradores que

obtiveram desempenho ruim e e-mail confirmando que conversaram.

Passos 1. Avaliar colaborador: os colaboradores devem ser avaliados

periodicamente (SEMESTRALMENTE) e reavaliados ao final dos

projetos dos quais fizeram parte;

150

2. Registrar DESVIOS e PLANO DE AÇÃO DE GRH

3. Atualizar DOCUMENTO DE COMPETÊNCIAS POSSUÍDAS

PELA ORGANIZAÇÃO

4. Atualizar NECESSIDADE DE TREINAMENTO: Se necessário,

uma necessidade de treinamento deve ser registrada

5. Comunicar resultados da avaliação ao colaborador: Encaminhar e-

mail com o resultado da avaliação

6. Realizar REUNIÃO DE FEEDBACK com colaboradores que

obtiveram desempenho ruim para identificar possíveis falhas no

processo ou eventual falta de conhecimento específico para

desempenhar determinada(s) tarefa(s) e também para sugerir ações

para corrigir essas não conformidades.

I.3.3. Atividade: Gerenciar Desligamento dos Profissionais O propósito da Atividade Gerenciar Desligamento dos Profissionais é ajudar a organização a

estabelecer uma base para o processo de rompimento do contrato de trabalho, seja pelo

trabalhador (pedido de demissão) ou pelo empregado (demissão). Na execução dessa

atividade a empresa deve procurar garantir que os direitos dos profissionais e da organização

estão sendo prezados e que o conhecimento adquirido pelo profissional na sua jornada de

trabalho na organização permanecerá na empresa, mesmo após a sua saída. As tarefas

envolvidas nessa atividade são:

Nome da tarefa Rescisão do Contrato de Trabalho

Descrição O propósito dessa tarefa é dar início a uma rescisão de contrato de

trabalho de um ou mais profissionais, seja por iniciativa do(s)

profissional(is) ou por iniciativa da própria organização. Nesse

momento a empresa deve estar ciente de todas as suas obrigações

trabalhistas envolvidas nesse desligamento e deve dar entrada no

desligamento do profissional do seu quadro de funcionários.

Pré-tarefa -

Critério de

Entrada

- Pedido de demissão.

151

Critério de Saída Registro da demissão

Responsáveis O Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Participantes -

Produtos

Requeridos

-

Produtos Gerados -

Ferramentas - Word

Pós-tarefa Repassar Conhecimento

Passos 1. Comunicar desligamento e conversar com profissional a ser

desligado;

2. Receber comunicado de desligamento do Profissional

Nome da tarefa Repassar Conhecimento

Descrição O propósito dessa tarefa é garantir que o desligamento de um

colaborador do quadro de profissionais de uma organização não

afetará nenhum projeto em execução.

Pré-tarefa - Rescisão do Contrato de Trabalho

Critério de

Entrada

- Registro de Demissão

Critério de Saída -

Responsáveis O Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Participantes - Gerentes de Projetos envolvidos

Produtos

Requeridos

-

Produtos Gerados -

Ferramentas -

Pós-tarefa - Encerrar Atividades

Passos 1. Repassar Conhecimento

Nome da tarefa Encerrar Atividades

Descrição O propósito dessa tarefa é garantir que o desligamento de um

profissional do quadro de profissionais será efetuado de forma que não

prejudicará o andamento das atividades em andamento nos projetos de

152

TI.

Pré-tarefa Repassar Conhecimento

Critério de

Entrada

-

Critério de Saída -

Responsáveis - Gerentes de Projetos Envolvidos

Participantes - Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Produtos

Requeridos

-

Produtos Gerados -

Ferramentas -

Pós-tarefa - Quitação do Contrato de Trabalho

Passos 1. Encerrar Atividades

Nome da tarefa Quitação do Contrato de Trabalho

Descrição O propósito dessa tarefa é garantir que a quitação do contrato de

trabalho estabelecido entre a organização e o profissional a ser

desligado será efetuada com sucesso e sem prejuízo para ambas as

partes.

Pré-tarefa Encerrar Atividades

Critério de

Entrada

-

Critério de Saída - Colaborador desligado do quadro de profissionais da empresa

Responsáveis - Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Participantes -

Produtos

Requeridos

-

Produtos Gerados -

Ferramentas - Carteira de Trabalho

Pós-tarefa -

Passos 1. Quitação do Contrato de Trabalho

153

I.3.4. Atividade: Gerenciar Treinamento O propósito desta atividade é capacitar, constantemente, as pessoas da empresa para torná-las

mais eficazes naquilo que fazem, contribuindo assim para o alcance dos objetivos da empresa,

o aumento de produtividade, a melhoria da qualidade e competitividade, a promoção da

criatividade e a inovação no trabalho, dentre outros benefícios. As tarefas envolvidas nessa

atividade são:

Nome da tarefa Registrar Necessidades de Treinamento

Descrição Quando verificada uma nova necessidade de treinamento

organizacional, um gestor da TI deve solicitar ao gestor de RH o

registro dessa necessidade. Após o registro da necessidade de

treinamento, esta deve ser validada pelo diretor da área de RH.

Pré-tarefa -

Critério de

Entrada

- Necessidade de um novo treinamento de responsabilidade da

organização;

- Período de revisão das necessidades estratégicas da organização,

segundo descrito no documento de políticas de RH, na seção de

diretrizes de treinamento.

Critério de Saída Registro e validação dos treinamentos definidos como estratégicos

Responsáveis O Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Participantes - Gerentes de Projeto

- Gerente de TI

- Equipe de desenvolvimento de software

- Diretor responsável pela área de RH

Produtos

Requeridos

- Documento de Necessidades Estratégicas da Organização

- Documento de Competências Possuídas pela Organização

Produtos Gerados - Documento de Necessidades Estratégicas da Organização atualizado

com a necessidade de treinamento, justificada.

Ferramentas - Word

Pós-tarefa Planejar Treinamento

Passos 1. Identificar as necessidades de treinamento que apareçam antes da

próxima Revisão das Necessidades Estratégicas da Organização (esse

passo só deve ser executado caso a tarefa Registrar Necessidades de

154

Treinamento não esteja sendo executada no mesmo período da

atividade Revisar e Atualizar Necessidades Estratégicas da

Organização);

2. Registrar necessidade de treinamento;

3. Validar necessidade de treinamento.

Nome da tarefa Planejar Treinamento

Descrição Após registro e validação da necessidade de treinamento, este

treinamento deve ser planejado para que possa ser executado a

contento. Nesse momento devem ser definidos: nome, justificativa,

ementa, tipo, forma, níveis e pré-requisitos do treinamento, além de

cronogramas previsto para realização, pessoal a ser treinado,

instrutor(es) e custos. A assinatura desse documento pela diretoria

responsável pela área de RH é uma evidência de que a alta direção está

comprometida com o processo.

Pré-tarefa - Registrar Necessidades de Treinamento ou

- Identificar Conhecimento

Critério de

Entrada

Registro de uma necessidade de treinamento

Critério de Saída Planejamento do treinamento

Responsáveis O Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Participantes Diretor responsável pela área de RH

Produtos

Requeridos

Documento de Necessidades Estratégicas da Organização

Produtos Gerados Plano de treinamento

Ferramentas - Word

Pós-tarefa - Estabelecer Infra-Estrutura Adequada para Realização do

Treinamento Interno ou

- Realizar e Avaliar Treinamento

Passos 1. Planejar execução do treinamento aprovado;

2. Aprovar planejamento da execução do treinamento;

3. Divulgar treinamentos aprovados.

155

Nome da tarefa Estabelecer Infra-Estrutura Adequada para Realização do Treinamento

Interno

Descrição Em paralelo com o planejamento do treinamento, caso este seja

definido como interno (organizado pela empresa), uma infra-estrutura

adequada para que esse treinamento seja realizado deve ser planejada.

Isto inclui: local físico (salas, cadeiras, entre outros); material didático

(apostilas, apresentações, livros, ente outros); hardware

(computadores, projetores, entre outros); software (programas de

apresentação, ferramentas específicas relacionadas ao tema do

treinamento, entre outros); e recursos humanos (instrutores

capacitados, sejam estes internos ou externos à organização).

Pré-tarefa Planejar Treinamento

Critério de

Entrada

Definição de treinamento interno (organizado pela empresa)

Critério de Saída Definição da infra-estrutura adequada e necessária para a execução do

treinamento

Responsáveis - Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Participantes -

Produtos

Requeridos

Plano de treinamento

Produtos Gerados Plano de treinamento atualizado

Ferramentas -

Pós-tarefa Realizar e Avaliar Treinamento

Passos 1. Reservar espaço físico para a realização do treinamento (sala,

cadeiras, mesas, entre outros);

2. Providenciar material didático para o treinamento (apostilas,

apresentações, livros, entre outros);

3. Providenciar hardware necessário para realização do treinamento

(computadores, projetores, entre outros);

4. Providenciar software necessários para realização do treinamento

(programas para apresentação, ferramentas específicas relacionadas ao

tema do treinamento, entre outros);

5. Providenciar instrutor capacitado (interno ou externo).

156

Nome da tarefa Realizar e Avaliar Treinamento

Descrição O treinamento é ministrado pelo instrutor definido e nos locais e

horários planejados e ao final do treinamento este deve ser avaliado

pelos envolvidos nessa tarefa (avaliar se os treinamentos realizados

foram eficientes na transferência de conhecimento para os

participantes).

Pré-tarefa Planejar treinamento

Critério de

Entrada

As informações do treinamento foram todas definidas

Critério de Saída Colaboradores (equipe de desenvolvimento) treinados e treinamento

avaliado

Responsáveis Instrutor

Participantes Equipe de desenvolvimento

Produtos

Requeridos

Material Didático

Produtos Gerados Certificados

Formulários de Avaliação de Eficácia do treinamento

Ferramentas - Word

Pós-tarefa Melhorar Estratégia de Treinamento

Passos 1. Fornecer treinamento;

2. Registrar presença no treinamento;

3. Avaliar treinamento fornecido (ao final deste);

4. Providenciar certificados para os participantes do treinamento;

5. Atualizar plano de treinamento com o encerramento do treinamento.

6. Refazer avaliação do treinamento após um período estabelecido no

documento de Políticas de RH, esta avaliação é denominada avaliação

de eficácia e é necessária para que a empresa possa identificar se o

conhecimento adquirido pelos treinados foi realmente necessário e

utilizado nas diversas atividades diárias dos colaboradores.

Nome da tarefa Melhorar Estratégia de Treinamento

Descrição Uma analise dos resultados das avaliações realizadas a cerca das

157

estratégias de treinamento executadas é feita para que a empresa possa

verificar a necessidade da melhoria nessas estratégias do treinamento.

Pré-tarefa Realizar e Avaliar Treinamento

Critério de

Entrada

Treinamentos realizados segundo a estratégia estabelecida

Critério de Saída Estratégia de treinamento atualizada, se necessário.

Responsáveis O Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Participantes Diretor responsável pela área de RH

Produtos

Requeridos

Plano de treinamento

Documento de Políticas de RH

Produtos Gerados Documento de Políticas de RH atualizado, se necessário

Ata da Reunião de Análise das Estratégias dos Treinamentos

Ferramentas - Word

Pós-tarefa -

Passos 1. Analisar formulário da avaliação de eficiência do treinamento

(verificar a eficiência de um treinamento significa verificar se este

treinamento foi eficiente na transferência de conhecimento para o

participante, a partir da sua avaliação que é realizada ao final deste ou

nos dias seguintes a realização deste);

2. Propor melhorias nas estratégias de treinamento;

3. Fazer reunião para apresentação das melhorias propostas;

4. Registrar os ajustes aprovados na reunião.

I.3.5. Atividade: Gerenciar Recrutamento e Seleção O propósito da Atividade Gerenciar Recrutamento e Seleção é ajudar a organização a otimizar

o processo de identificação, triagem, seleção, contratação e aquisição dos candidatos internos

e externos. Na execução dessa atividade a empresa visa atrair pessoas com conhecimentos e

habilidades adequadas e qualificadas para desenvolver as funções das vagas abertas na

organização.

As tarefas envolvidas nessa atividade são:

Nome da tarefa Buscar, Internamente à Organização, Recurso com Competência

Requerida

158

Descrição O recrutamento e seleção de indivíduos com habilidades e

competências requeridas para ocuparem as vagas abertas na

organização é realizado entre os profissionais que já fazem parte do

quadro de colaboradores da empresa. Pode-se utilizar entrevistas ou

análise de currículos (competências).

Pré-tarefa -

Critério de

Entrada

Necessidade de profissional qualificado para preenchimento de vagas

abertas na organização

Critério de Saída Escolha de profissional qualificado

Responsáveis - Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Participantes Gerentes de Projeto

Gerente de TI

Produtos

Requeridos

- Documento de Competências Possuídas pela Organização;

- Documento de Necessidades Estratégicas da Organização;

- Formulário de Avaliação de Desempenho do Colaborador;

Produtos Gerados -

Ferramentas - Word

Pós-tarefa -

Passos 1. Pesquisar, em seu quadro de colaboradores, profissional que

detenha o conhecimento requerido ou ainda, profissional que possa

receber esse treinamento, caso seja estratégia da empresa fornecer esse

treinamento.

Nome da tarefa Buscar, Externamente à Organização, Recurso com Competência

Requerida

Descrição O recrutamento e seleção de indivíduos com habilidades e

competências requeridas para ocuparem as vagas abertas na

organização é realizado entre indivíduos que não fazem parte do

quadro de colaboradores da empresa. Pode-se utilizar entrevistas ou

análise de currículos (competências).

Pré-tarefa -

Critério de

Entrada

Necessidade de profissional qualificado para preenchimento de vagas

abertas na organização

159

Critério de Saída Escolha de profissional qualificado

Responsáveis O Gestor da área de Recursos Humanos (RH)

Participantes Gerentes de Projeto

Gerente de TI

Produtos

Requeridos

- Currículos (base de currículos);

- Documento de Necessidades Estratégicas da Organização;

Produtos Gerados -

Ferramentas - Word

Pós-tarefa -

Passos 1. Elaborar e divulgar comunicado interno e/ou externo informando a

necessidade de recrutamento de profissional qualificado em

determinado conhecimento requerido pela organização;

2. Analisar currículos recebidos e armazenados na base de currículos

da organização;

3. Pré-selecionar candidatos para entrevistas;

4. Marcar entrevistas;

5. Disponibilizar infra-estrutura para realização das entrevistas;

6. Entrevistar candidatos (usar critérios objetivos);

7. Registrar entrevistas;

8. Escolher profissional qualificado para fazer parte do quadro de

colaboradores da organização;

9. Contratar profissional.

10. Realização dos treinamentos iniciais com novo colaborador.

I.3.6. Atividade: Gerenciar Conhecimento O propósito da atividade Gerenciar Conhecimento é gerenciar os conhecimentos considerados

estratégicos para a organização, de forma que possam suportar a execução dos seus processos

de software, bem como trazer o máximo benefício para seu negócio.

As tarefas envolvidas nessa atividade são:

Nome da tarefa Identificar Conhecimento

Descrição Os itens de conhecimento que são gerenciados na organização devem

160

ser identificados.

Pré-tarefa -

Critério de

Entrada

-

Critério de Saída Definição dos itens de conhecimento que são gerenciados na

organização

Responsáveis Grupo de Processos de Software

Participantes Gerentes de Projeto

Produtos

Requeridos

Lista de processos existentes na organização

Produtos Gerados 1. Lista de processos a serem apoiados pela gestão do conhecimento

2. Tipos de conhecimentos que participarão da base de conhecimento

da organização (com a definição dos Campos de cada tipo de

conhecimento)

3. Lista das fontes de conhecimento

Ferramentas -

Pós-tarefa Criar Rede de Especialistas

Passos 1. Identificar processos que utilizarão conhecimento;

2. Identificar tipo de conhecimento que fará parte da base de

conhecimento da organização (Por exemplo: lições aprendidas, casos

de sucesso, entre outros);

3. Para cada tipo de conhecimento, definir os campos necessários para

identificá-los na base de conhecimento;

4. Identificar as fontes de conhecimento, da onde os tipos de

conhecimentos serão capturados.

Nome da tarefa Criar Rede de Especialistas

Descrição

Os especialistas (profissionais que “dominam” determinados

conhecimentos) e as abordagens de troca de conhecimentos são

definidos e a comunicação entre o especialista e a organização é

estabelecida.

Pré-tarefa Identificar Conhecimento

Critério de Os itens de conhecimento que são gerenciados na organização devem

161

Entrada ser identificados.

Critério de Saída -

Responsáveis Grupo de Processos de Software

Participantes Gerentes de Projeto

Produtos

Requeridos

Lista de colaboradores da organização e suas competências

(Documento de Competências Existentes na Organização)

Produtos Gerados

- Lista de especialistas da organização (lembrar que já existe um

documento de competências da organização, e que os especialistas

devem ser escolhidos de acordo com esse documento)

- Relação de estratégias para troca de conhecimentos (e-mails, listas de

discussão, fóruns...)

Ferramentas -

Pós-tarefa -

Passos

1. Identificar especialistas;

2. Definir abordagens para troca de conhecimentos e comunicação

entre os especialistas e a organização.

Nome da tarefa Coletar, Organizar e Armazenar Conhecimento

Descrição

Os procedimentos para coletar, empacotar e armazenar os

conhecimentos na base de conhecimentos da empresa são definidos e o

conhecimento coletado é armazenado.

Pré-tarefa Identificar Conhecimento

Criar Rede de Especialistas

Critério de

Entrada

Os itens de conhecimento que são gerenciados na organização devem

ser identificados e os especialistas também.

Critério de Saída Conhecimento armazenado

Responsáveis Grupo de Processos de Software

Participantes Gerentes de Projeto

Produtos

Requeridos

- Lista de processos a serem apoiados pela gestão de conhecimentos.

- Tipos de conhecimentos que participarão da base de conhecimento.

- Lista das fontes de conhecimento.

- Conhecimento coletado enviado

162

- Base de conhecimentos

- Lista de novos conhecimentos empacotados

- Lista de relacionamento entre conhecimentos.

Produtos Gerados

- Plano de coleta de conhecimento

- Lista de novos conhecimentos empacotados

- Documento de relacionamento entre conhecimentos (matriz de

relacionamentos) - opcional

- Base conhecimento atualizada

Ferramentas -

Pós-tarefa Disseminar Conhecimento

Passos

1. Coletar conhecimento;

2. Empacotar o conhecimento;

3. Armazenar o conhecimento.

Nome da tarefa Disseminar Conhecimento

Descrição

O conhecimento coletado e armazenado deve ser disseminado entre os

membros da Instituição, de uma maneira que não interfira na execução

dos trabalhos diários.

Pré-tarefa Organizar e Armazenar Conhecimento

Critério de

Entrada

Novo conhecimento disponível na base de conhecimento da empresa

ou pesquisa realizada por algum colaborador

Critério de Saída Conhecimento divulgado

Responsáveis Grupo de Processos de Software

Participantes Gerentes de Projeto

Produtos

Requeridos

- Lista de novos conhecimentos empacotados

- Base de conhecimento

Produtos Gerados E-mail divulgando a criação de Novos Conhecimentos

Ferramentas Intranet, E-mail

Pós-tarefa -

Passos 1. Comunicar publicação dos novos conhecimentos;

2. Apresentar o conhecimento (torná-lo conhecido).

163

Nome da tarefa Manter Base de Conhecimento

Descrição

Uma avaliação dos conhecimentos existentes na memória

organizacional deve ser realizada, visando a analise da necessidade ou

não da sua permanência na base de conhecimentos.

Pré-tarefa -

Critério de

Entrada

- Definição de uma periodicidade para essa tarefa acontecer, no

documento de políticas organizacionais;

- Definição de critérios para exclusão de conhecimento da base de

conhecimentos da empresa, como por exemplo: nível de utilização e

avaliação do conhecimento.

Critério de Saída Inclusão, Exclusão ou Alteração de conhecimento na base de

conhecimento

Responsáveis Grupo de Processos de Software

Participantes Gerentes de Projeto

Produtos

Requeridos

Base de Conhecimentos

Documento de Necessidades Estratégicas da Organização

Produtos Gerados

1. Laudo de avaliação do conhecimento utilizado

2. Relatório de análise dos conhecimentos avaliados

3. Laudo de avaliação da base de conhecimento

Ferramentas Laudo de avaliação da base de conhecimentos

Pós-tarefa Organizar e Armazenar Conhecimento

Passos

1. Avaliar os conhecimentos;

2. Avaliar a base de conhecimento;

3. Manter a base de conhecimentos (incluir, excluir ou alterar

conhecimentos da base de conhecimento).

164

APÊNDICE II

Templates

Este apêndice apresenta alguns dos principais templates que compõem o

processo proposto de GRH, a saber:

• Ata de Reunião

• Avaliação de Desempenho do Colaborador

• Avaliação de Eficiência do treinamento

• Documento de Necessidades Estratégicas da Organização

• Documento de Políticas de GRH

• E_mail de Feedback avaliação de desempenho dos colaboradores

• Entrevistas

• Plano de Ação de GRH

• Plano de Treinamento .

165

Ata de Reunião

Data, horário e local <<data, horário e local da reunião>>

Pauta da reunião <<informe os itens da pauta>>

Assuntos Abordados <<informe o que foi discutido na reunião>>

Ações a serem realizadas <<informe os compromissos que ficaram pendentes de resolução, caso não exista nenhum

compromisso pendente, informe: Não se aplica>>

<<id

da

ação>

Descrição da ação: <<descreva a ação a ser realizada>>

Responsável: <<nome do responsável>>

Data prevista de conclusão: <<data prevista para conclusão>>

166

Avaliação de Desempenho do Colaborador

1. Nome do Colaborador

<<nome do colaborador>> 2. Data da avaliação

<<data de realização da avaliação>> 3. Período da avaliação

<<nome do colaborador>> 4. Responsável(eis) pelas informações/Avaliação

<<nome do(s) gestor(es) que está(ão) fazendo a avaliação>> 5. Critérios Avaliados

<<Responda SIM, NÃO ou NÃO SE APLICA a cada um dos critérios abaixo, em caso de resposta NÃO, justificar>>

5.1. Medidas de qualidade: 5.1.1. Há qualidade no trabalho realizado? <<S / N / NA>> 5.1.2. O colaborador segue adequadamente os padrões e normas da

organização e utiliza adequadamente as ferramentas disponíveis, na busca da eficiência?

<<S / N / NA>> 5.2. Medidas de Gerência

5.2.1. Há comprometimento com os objetivos da organização? <<S / N / NA>>

5.3. Medidas de Tarefas Genéricas:

5.3.1. O colaborador possui competência na realização de suas tarefas? Isto é, o colaborador possui capacidade de antecipar problemas, habilidade de comunicação e persistência?

<<S / N / NA>> 5.4. Medidas Pessoais

5.4.1. O colaborador possui habilidade de negociação com cliente, gerencia de mudanças, entendimento das necessidades do cliente?

<<S / N / NA>>

167

5.5. Medidas de Liderança e Trabalho em Equipe

5.5.1. O colaborador possui um bom grau de liderança e comprometimento com boas práticas nos trabalhos em equipe?

<<S / N / NA>>

5.6. Medidas de sucesso 5.6.1. O colaborador possui capacidade de executar múltiplas tarefas

concorrentes e executar interrupções e novas atribuições? <<S / N / NA>>

6. Resultado da avaliação:

<<Satisfatória - respostas SIM estão em número maior que respostas NÃO, mesmo excluindo as respostas NÃO SE APLICA ou Insatisfatória – respostas SIM estão em número menor que respostas NÃO, mesmo excluindo as respostas NÃO SE APLICA>>

168

Avaliação de Eficiência do Treinamento

Treinamento: <<nome do treinamento>> Instrutor: <<nome do instrutor>> Data: <<data de realização do treinamento>>

Prezado(a) Colaborador(a):

Sempre que programamos um treinamento, temos em vista contribuir da melhor forma possível, para o seu desenvolvimento/formação. E você, quando participa de um curso, espera naturalmente que ele corresponda às suas expectativas.

Para sabermos se o curso que você acaba de fazer atendeu plenamente aos objetivos a que se propôs, ou se precisa ser reformulado ou aperfeiçoado em alguns pontos, precisamos colher suas opiniões a respeito do mesmo.

Contribua, pois, com a administração da empresa, preenchendo todos os quesitos do presente questionário.

Ficamos agradecidos pela sua valiosa colaboração.

Já conhecia o assunto abordado ? ( ) vagos ( ) alguns ( ) bons

01

( ) amplos conhecimentos O curso realizado: ( ) não me proporcionou conhecimentos além dos já possuídos 02 ( ) proporcionou-me novos conhecimentos sobre o assunto Durante o curso ( ) tive ( ) não tive

03

oportunidade de reformular conceitos e pontos de vista que tinha a respeito do assunto. No meu entender: ( ) muito pouco do que se falou tem aplicação prática na minha vida profissional 04 ( ) grande parte do que se falou tem aplicação prática na minha vida profissional O curso: ( ) trouxe-me orientação segura para a aplicação de novas técnicas (processos) no campo de minha atividade 05 ( ) trouxe-me a certeza de que estou utilizando as técnicas (processos) mais adequados no campo de minha atividade profissional O curso ofereceu aos participantes ( ) pouquíssimas

06

( ) poucas

169

( ) algumas ( ) inúmeras

oportunidades de trocarem experiências e conhecimentos entre si Considero, de um modo geral, que os métodos e técnicas usados no treinamento pelo(s) expositor(es) foram ( ) pouco adequados

07

( ) adequados O material didático utilizado foi ( ) suficiente 08 ( ) insuficiente A qualidade (conteúdo) do material didático distribuído foi: ( ) deficiente ( ) razoável ( ) boa

09

( ) muito boa O expositor não se saiu muito bem na abordagem do(s) seguinte(s) tema(s): 18.1. .......................................................................................................... 18.2. ...........................................................................................................

10

18.3. ............................................................................................................. Foi, por outro lado, muito feliz, despertando grande interesse no grupo, quando abordou o(s) seguinte(s) assunto(s): 19.1. ........................................................................................................... 19.2. ............................................................................................................

11

19.3. ............................................................................................................ Seus conhecimentos teóricos ( ) suplantaram ( ) equiparavam-se ( ) estão aquém

12

da experiência (vivência, prática) revelada Tem uma ( ) razoável ( ) boa ( ) muito boa

13

( ) excelente didática ( ) Em alguns momentos ( ) Em nenhum momento 14 ( ) perdeu o controle do grupo (liderança) Sentiu-se ( ) algumas ( ) poucas

15

( ) muitas vezes

170

em dificuldades para responder às perguntas que lhe foram formuladas. ( ) Poucas vezes ( ) Algumas vezes ( ) Frequentemente 16 teve a oportunidade de justificar os princípios que ensinava, com os processos que se adotam na empresa O número de horas diárias do curso foi ( ) insuficiente ( ) razoável

17

( ) excessivo Classifico, de um modo geral, o curso realizado como: ( ) sofrível ( ) regular ( ) bom ( ) muito bom

18

( ) excelente

19 Utilize o espaço abaixo para apresentar, livremente, sugestões ou críticas que julgar necessárias, a respeito do curso concluído:

NOME: CARGO: _____________________________

20

ASSINATURA DO PARTICIPANTE

171

Documento de Necessidades Estratégicas da Organização

1. Histórico das análises/revisões das necessidades estratégicas 1.1. Revisor responsável

<<nome e cargo>>

1.2. Data da revisão <<formato: dd/mm/aaaa>>

1.3. Fator(es) motivador(es) da revisão <<Análise periódica, conforme definido no documento de políticas de RH / Introdução de

novas tecnologias / Introdução de novos processos / Surgimento de novos projetos estratégicos / Busca por novo conhecimento / Mudança de comportamento em relação ao mercado / Outro(s) motivo(s) – Favor especificar>>

1.4. Validade do documento

<<período final, sempre informar a data da próxima avaliação obrigatória, conforme descrito nas políticas de RH>> 2. Objetivo do Documento

<<Escreva, nesta seção, o objetivo desse documento, que pode ser: O objetivo desse documento é evidenciar as necessidades estratégicas da organização, de forma que se possa ter o registro das necessidades de recursos humanos nos projetos e na organização, a listagem dos treinamentos estratégicos, a identificação e consolidação dos conhecimentos, das habilidades e das experiências necessárias aos colaboradores, para que as atividades da organização e dos projetos sejam executadas de forma eficiente.>> 3. NECESSIDADES ESTRATÉGICAS da Organização 3.1. Conhecimentos, habilidades e experiências NECESSÁRIAS à organização

<<Escreva, nesta seção, os conhecimentos, habilidades e experiências necessárias à organização, com a respectiva justificativa da necessidade de cada competência ou de um conjunto de competências>>

3.2. Treinamentos registrados para o período

3.2.1. Nome do treinamento <<escolha um nome que identifique o treinamento>>

3.2.2. Categoria a ser treinada <<informar se o treinamento é específico para algumas pessoas ou se é válido

para determinados cargos ou equipes da empresa>> 3.2.3. Justificativa da necessidade do treinamento

<<Justificativa do investimento no treinamento>>

172

4. Competências POSSUÍDAS pela Organização 4.1. Conhecimentos, habilidades e experiências possuídas pela organização

<<Escreva, nesta seção, os conhecimentos, habilidades e experiências POSSUÍDAS pela organização e que devem ser tratados como necessidades estratégicas para o período em questão>> 5. Competências REQUERIDAS pela Organização

<<Se todas as competências requeridas pela organização, planejadas para o período definido nas políticas de RH (validade do documento) já são possuídas por esta, informar: Não há competência requerida para o período indicado – Todas as competências necessárias já estão atendidas.>> 5.1. Conhecimentos, habilidades e experiências requeridos pela organização

<<Escreva, nesta seção, os conhecimentos, habilidades e experiências REQUERIDOS pela organização e que devem ser tratados como necessidades estratégicas para o período em questão>> 5.2. Análise da competência requerida

<<motivo(s) pelo(s) qual(ais) essa competência ainda está definida como requerida, mesmo sendo uma necessidade da organização – informar, por exemplo, se existe algum impedimento ou outras prioridades>>

6. Há necessidade de alocação de pessoas em projetos já existentes?

<<Sim / Não / Não se Aplica>> 6.1. Qual estratégia de alocação deseja tomar

<<Se existir a necessidade de alocação de pessoas em projetos já em andamento, informar qual estratégia de alocação será utilizada: Recrutar e selecionar colaborador(es) que já faz(em) parte da empresa, executando o processo de treinamento se for necessário ou Recrutar e selecionar colaborador(es) externos à organização? Justifique a resposta, informando o projeto que será beneficiado com essa alocação.>> 7. Há necessidade de alocação de pessoas em novos projetos?

<<Sim / Não / Não se Aplica>> 7.1. Qual estratégia deseja tomar

<<Se existir a necessidade de alocação de pessoas em projetos novos, informar qual estratégia de alocação será utilizada: Recrutar e selecionar colaborador(es) que já faz(em) parte da empresa, executando o processo de treinamento se for necessário ou Recrutar e selecionar colaborador(es) externos à organização? Justifique a resposta.>> 8. Há necessidade de alocação de pessoas em grupos específicos dentro da organização?

<<Sim / Não / Não se Aplica>>

173

8.1. Qual estratégia deseja tomar <<Se existir a necessidade de alocação de pessoas em grupos específicos dentro da

organização, informar qual estratégia de alocação será utilizada: Recrutar e selecionar colaborador(es) que já faz(em) parte da empresa, executando o processo de treinamento se for necessário ou Recrutar e selecionar colaborador(es) externos à organização? Justifique a resposta.>> 9. Há necessidade de realocação de pessoas em projetos ou grupos específicos dentro da organização?

<<Sim / Não / Não se Aplica>> 9.1. Justificativa da necessidade de realocação de pessoas em projetos ou grupos específicos dentro da organização

<<Justifique.>> 10. Há necessidade de registro de novos treinamento(s) para atendimento às perguntas 6 e 7 desse documento?

<<Sim / Não / Não se Aplica>> 10.1. Justificativa e identificação do(s) treinamento(s) necessário(s)

<<Justifique e identifique os treinamentos necessários.>> De acordo, <<esse documento deve ser assinado pelo Diretor de RH, para garantir o comprometimento da alta administração com os treinamentos a serem realizados.>> << Assinatura >> <<Nome do diretor de RH>> <<Data da aprovação >>

174

Políticas da Gerência de Recursos Humanos (GRH)

1. Histórico de Revisões

Data Versão Descrição Responsável <<dd/mm/aaaa>> <<x>> Descrição da

alteração <<Responsável pela alteração>>

2. Diretrizes Gerais de GRH

<<Escreva, nesta seção, as diretrizes relacionadas à execução do processo de treinamento da empresa.>> 3. Diretrizes de Treinamento

<<Escreva, nesta seção, as diretrizes relacionadas à execução do processo de treinamento da empresa.>> 4. Diretrizes de Recrutamento e Seleção

<<Escreva, nesta seção, as diretrizes relacionadas à execução do processo de Recrutamento e Seleção da empresa.>> 5. Diretrizes de Avaliação de Desempenho

<<Escreva, nesta seção, as diretrizes relacionadas à execução do processo de Avaliação de Desempenho dos Colaboradores da empresa.>> 6. Diretrizes de Gestão do Conhecimento

<<Escreva, nesta seção, as diretrizes relacionadas à execução do processo de Gestão do Conhecimento da empresa.>> De acordo, <<esse documento deve ser assinado antes da execução do treinamento, para garantir o comprometimento da alta administração com os treinamentos a serem realizados>> << Assinatura >> <<Nome do diretor de RH>> <<Data da aprovação >>

175

E-mail de feedback do resultado da avaliação de desempenho dos

colaboradores

Caro(a) colaborador(a),

Enviamos, abaixo, o resultado da sua avaliação de desempenho que aconteceu em <<dd/mm/aaaa>>, referente ao período de <<data inicial>> a <<data final>>.

<<resultado ou arquivo anexo com avaliação completa>>

- Para colaboradores com índice de satisfação ruim:

Gostaríamos de conversar com você sobre o assunto no dia <<data>>, as <<hora>>, na <<local>>.

Atenciosamente,

<<nome>>

Gestor de RH

176

Entrevista

<<Toda entrevista deve ser iniciada com uma apresentação dos entrevistadores ao candidato, uma breve introdução e uma descrição do cargo/função procurado. Os entrevistadores devem deixar registrado as seguintes informações:>> 1. Entrevistado: <<nome completo>> 2. Entrevistador(es): <<nomes e cargos>> 3. Data e hora: <<data e horário da entrevista>> 4. Local: <<cidade da empresa>> 5. Perfil Avaliado: <<especificar cargo que a empresa procura>> 6. Foi indicado por alguém conhecido pela empresa ou que trabalhe nesta? <<responder SIM ou NÃO. Caso a resposta seja sim, especificar o nome da pessoa>> 7. Aspecto Pessoal: <<descrever as considerações importantes (pontos fortes e fracos)>> 8. Atividades e Interesses: <<descrever as considerações importantes>> 9. Perguntas do candidato: <<especificar as perguntas feitas pelo candidato>> 10. Aspecto Técnico: <<descrever as considerações importantes (pontos fortes e fracos) sobre as experiências de trabalho do entrevistado>> 11. Escolaridade e Certificações: <<especificar a formação escolar do entrevistado e suas certiicações, caso possua>> 12. Emprego atual e remuneração: <<escreva as informações dadas pelo candidato>> 13. Disponibilidade para início: <<escreva as informações dadas pelo candidato>> 14. Idiomas: <<especificar idiomas e se fala (F), lê (L) e/ou escreve (E)>> 15. Indica a contratação: <<especificar SIM ou NÃO e justificar>>

177

Plano de Ações Corretivas de GRH

1. Histórico de Revisões

Data Versão Descrição Responsável <<dd/mm/aaaa>> <<x>> Descrição da alteração <<Responsável pela alteração>> 2. Objetivo do Documento

Registro das não conformidades encontradas na execução do processo organizacional de Gestão de Recursos Humanos 3. Ações Corretivas a serem realizadas Problema

[Descrição do Problema]

Ação Corretiva: [Descrever Ação.]

Responsável: [Nome do responsável pela ação.]

Data de início: [Data em que a ação foi aberta.]

Data de resolução: [Data prevista para a conclusão da ação.]

Status: [Aberta, Em Andamento, Rejeitada, Cancelada,

Fechada.]

178

Plano de Treinamento

<<Nome do treinamento>> <<mês/ano>>

1. Histórico de Revisões

Data Versão Descrição Responsável <<dd/mm/aaaa>> <<x>> Descrição da alteração <<Responsável pela alteração>> 2. Objetivo do Documento

Definição e registro das informações necessárias para execução de um treinamento estratégico. 3. Informações do Treinamento 3.1. Nome do treinamento

<<nome que identifique o treinamento>> 3.2. Justificativa do treinamento

<<Justificativa do investimento no treinamento>> 3.3. Ementa do treinamento

<< principais tópicos a serem abordados durante o treinamento>> 3.4. Tipo de treinamento

<<externo, externo mas com instrutor da empresa, interno, interno mas com instrutor contratado de outra organização>>

3.5. Forma de treinamento

<<presencial, mentoring, palestras>>

3.6. Níveis de treinamento <<inicial, intermediário ou avançado>>

3.7. Cronograma de implementação planejado

3.7.1. Data inicial prevista: <<dd/mm/aaaa>> 3.7.2. Data final prevista: <<dd/mm/aaaa>> 3.7.3. Periodicidade: <<somente um dia; mais que um dia: informar a quantidade

de dias e dizer se é: diário, semanal, quinzenal, mensal, anual>> 3.7.4. Carga horária total 3.7.5. Carga horária diária

179

3.8. Cronograma de implementação realizado

3.8.1. Data inicial: <<dd/mm/aaaa>> 3.8.2. Data final: <<dd/mm/aaaa>> 3.8.3. Periodicidade: <<somente um dia; mais que um dia: informar a quantidade

de dias e dizer se é: diário, semanal, quinzenal, mensal, anual>> 3.8.4. Carga horária total 3.8.5. Carga horária diária

3.9. Será realizado durante o expediente de trabalho da organização? <<Sim ou não e a justificativa>>

3.10. Planejamento da Infra-estrutura para o treinamento <<Informações importantes para a execução do treinamento>>

3.10.1. Local de realização do treinamento 3.10.2. Hardware e software necessários 3.10.3. Necessidade de geração de material didático

3.11. Participantes do Treinamento

3.11.1. Categoria a ser treinada <<informar se o treinamento é específico para algumas pessoas ou se é válido para determinados cargos ou equipes da empresa>> 3.11.2. Nome dos treinandos e função que exerce na empresa <<nome - função>> 3.11.3. Justificativa de dispensa do treinamento <<colaboradores que já foram treinados não precisam ser treinados novamente, colaboradores que não possuem o pré-requisito necessário para o treinamento não podem participar do treinamento) – citar nomes e justificar, quando a categoria for informada, isto é, quando o treinamento não for para pessoas específicas.>>

3.12. Quem realmente foi treinado

<<nome - função>>

3.13. Pré-requisito do treinamento <<pré-requisitos para participação do treinamento>>

3.14. Resultado da avaliação do Treinamento <<média das avaliações feitas pelos colaboradores, para o treinamento>>

3.15. Instrutor

a. Nome b. Empresa c. Cargo / função

180

d. Competência do(s) instrutor(es) <<Currículo resumido do(s) instrutor(es)>>

3.16. Custo do treinamento

3.16.1. Custo Previsto 3.16.2. Custo realizado

De acordo, <<esse documento deve ser assinado antes da execução do treinamento, para garantir o comprometimento da alta administração com os treinamentos a serem realizados>> << Assinatura >> <<Nome do diretor de RH>> <<Data da aprovação >>

181

APÊNDICE III

Artefatos preenchidos durante o exemplo de uso do processo de

proposto de GRH

Este apêndice apresenta três artefatos preenchidos durante a execução do

processo na empresa (exemplo de uso do processo em uma empresa de

desenvolvimento de software), a saber:

• Documento de Necessidades Estratégicas da Organização

• Documento de Políticas de GRH

• Plano de Treinamento .

182

Necessidades Estratégicas da Organização

1. Introdução

O objetivo desse documento é evidenciar as necessidades estratégicas da organização, de forma que se possa ter o registro das necessidades de recursos humanos nos projetos e na organização, a listagem dos treinamentos estratégicos, a identificação e consolidação dos conhecimentos, das habilidades e das experiências necessárias aos colaboradores, para que as atividades da organização e dos projetos sejam executadas de forma eficiente.

2. Histórico das Análises/Revisões das Necessidades Estratégicas

Revisor Responsável

Data da Revisão

Fator Motivador da Revisão

Validade do Documento

Gestor de RH Abril de 2009 Análise periódica Setembro de 2009 * Fatores Motivadores da Revisão:

• Análise periódica, conforme definido na Política Organizacional – diretriz de Recursos Humanos

• Introdução de novas tecnologias / Introdução de novos processos • Surgimento de novos projetos estratégicos • Busca por novo conhecimento • Mudança de comportamento em relação ao mercado • Outro(s) motivo(s) – Favor especificar

3. Necessidades Estratégicas da Organização

3.1. Conhecimentos, habilidades e experiências necessárias à organização

Necessidades Estratégicas da Organização Justificativa da Necessidade Cargo: Desenvolvedor Conhecimentos em pelo menos uma das seguintes

linguagens de programação: PHP e ASP,

Para atender novos projetos.

3.2. Treinamentos registrados para o período

Nome do

Treinamento Categoria a ser treinada Justificativa da

Necessidade do Treinamento

Metodologias ágeis (XP ou Scrum)

Específico para algumas pessoas: CLAUDIO ROCHA G PERREIRA, RAFAEL MARTINS CARDOSO PONTE e RAFAEL MEIRELES CAETANO – justificativa: colaboradores que já possuem noção do assunto.

Trata-se de um incremento em tempo e qualidade na entrega do produto.

Test Driven Development (TDD)

Específico para algumas pessoas: FRANCISCO FLÁVIO SOARES FREIRES, RAFAEL MARTINS CARDOSO PONTE e RAFAEL MEIRELES CAETANO – justificativa: colaboradores que já possuem

Aplicar testes mais eficientes e facilitar a manutenção.

183

noção do assunto. JBoss Seam Específico para algumas pessoas:

FRANCISCO FLÁVIO SOARES FREIRES, FRANCISCO HARLEY DINIZ FREITAS MORAIS, RAFAEL MARTINS CARDOSO PONTE e RAFAEL MEIRELES CAETANO – justificativa: colaboradores que já possuem noção do assunto.

Aumentar a produtividade.

PMBOK Específico para algumas pessoas: ANA ADELIA CISNE CUNHA, ANDERSON NUNES CARNEIRO, JOSÉ ALEX MEDEIROS DE LIMA, PEDRO VICENTE VERISSIMO LOPES PISANDELLI e THAIS CRISTINA SAMPAIO MACHADO – justificativa: colaboradores que já possuem noção do assunto.

Melhorar o gerenciamento de projetos

4. Competências Existentes na Organização

Nesta seção estão descritos os conhecimentos, habilidades e experiências que a organização possui.

Competências existentes na organização Perfil Análise/Desenvolvimento

ASP.NET C#.NET Visual Basic .NET Java JSP Linguagem SQL JavaScript XML

Programação

Web Services 5. Competências Requeridas pela Organização

Nesta seção estão descritas as competências que a organização está necessitando e, para cada competência requerida, está descrito o(s) motivo(s) pelo(s) qual (ais) essa competência ainda está definida como requerida, mesmo sendo uma necessidade da organização.

Competência Requerida Análise da Competência Requerida

Cargo: Desenvolvedor Conhecimentos na seguinte linguagem de

programação: PHP Para atender o projeto Portal do Colaborador.

6. Necessidade de Alocação de Recursos

6.1. Necessidade de Alocação de Recursos em Projetos Nesta seção estão descritas as necessidades de alocação de recursos em projetos já existentes na organização ou em novos projetos.

184

Nome do Projeto Estratégia a ser tomada Justificativa Portal do colaborador

Recrutar e Selecionar colaborador externamente:

O único desenvolvedor ASP.NET que possuímos já está alocado em outros 3 projetos.

*Opções de estratégias a serem tomadas:

• Recrutar e Selecionar colaborador internamente: Essa estratégia deve ser tomada caso a organização possua a competência podendo o recurso ser selecionado dentro da organização.

• Recrutar e Selecionar colaborador externamente: Essa estratégia deve

ser tomada caso a organização não possua a competência e decida não treinar um colaborador já existente.

• Treinar um Colaborador já existente: Essa estratégia deve ser tomada

caso a organização não possua a competência requerida e decida treinar um colaborador já existente.

6.2. Necessidade de Alocação de Recursos em Grupos Específicos dentro da Organização

Nesta seção estão descritas as necessidades de alocação de recursos em grupos específicos dentro da organização.

Grupo Específico Estratégia a ser tomada

Justificativa

Gerente de Serviços de TI Treinar um Colaborador já existente

Temos um gerente de projeto que está acompanhando apenas 1 projeto. Como surgiu um contrato de outsourcing (pequeno) de 10 colaboradores, decidimos treinar o gerente de projeto para ser gerente deste contrato.

*Opções de estratégias a serem tomadas:

• Recrutar e Selecionar colaborador internamente: Essa estratégia deve ser tomada caso a organização possua a competência podendo o recurso ser selecionado dentro da organização.

• Recrutar e Selecionar colaborador externamente: Essa estratégia deve

ser tomada caso a organização não possua a competência e decida não treinar um colaborador já existente.

• Treinar um Colaborador já existente: Essa estratégia deve ser tomada

caso a organização não possua a competência requerida e decida treinar um colaborador já existente.

185

Nome do Treinamento Categoria a ser treinada Justificativa da Necessidade do Treinamento

Programa Gerente de Serviços de TI (Master)

Específico para: Adriana Maria Gregory Cavalcante – justificativa: está com somente 1 projeto e a empresa está precisando de um gerente de serviços para acompanhar novo contrato.

Capacitar um gerente de projeto, que, no momento, está com tempo livre, para gerenciar um contrato de outsourcing, que a empresa acabou de conseguir.

7. Aprovação

Aprovo este documento. Fortaleza, ____ de ____________ de 20___

EMPRESA:

Representante autorizado da EMPRESA Diretor de Operações

EMPRESA

186

Políticas da Gerência de Recursos Humanos (GRH)

1. Histórico de Revisões

Data Versão Descrição Responsável

01/2009 01 Criação do Documento Gestor de RH

2. Diretrizes Gerais de GRH

2.1. Devem ser revisadas e, se necessário atualizadas, semestralmente, os seguintes

documentos/informações:

2.1.1. As Políticas Organizacionais de GRH.

2.1.1.1.Diretrizes Gerais de GRH;

2.1.1.2.Diretrizes de treinamento;

2.1.1.3.Diretrizes de Recrutamento e Seleção;

2.1.1.4.Diretrizes de Avaliação de Desempenho dos Colaboradores;

2.1.1.5.Diretrizes de Gestão do Conhecimento.

2.1.2. As Necessidades Estratégicas da Organização.

2.1.2.1.As competências requeridas pela organização;

2.1.2.2.As competências possuídas pela organização;

2.1.2.3.As necessidades de treinamentos;

3. Diretrizes de Treinamento

3.1. Semestralmente as necessidades de treinamento devem ser repensadas.

3.2. As necessidades de treinamento registradas devem ser analisadas pelo Diretor

responsável pela área de GRH, para que a execução dos treinamentos possa ser

planejada.

3.3. Estratégia organizacional de execução dos treinamentos

3.3.1. As estratégias definidas abaixo devem ser revistas semestralmente.

187

3.3.2. Quanto ao tipo, os treinamentos podem ser: internos (realizados nas

dependências da organização) ou externos (realizados fora das dependências da

organização), essa escolha deve está associada ao fator custo e instrutor

qualificado.

3.3.3. Quanto a forma, o treinamento pode ser classificado em: presencial (na sala de

aula, com instrutor qualificado), mentoring (acompanhamento de tarefas por um

profissional qualificado, que deverá explicar como executar alguma tarefa),

palestra (reunião/conversa em auditório, com um instrutor – palestrante).

3.3.4. A competência dos treinadores deve ser comprovada através da apresentação

de um currículo resumido que possibilite a identificação da experiência,

conhecimento e capacidade do instrutor.

3.3.5. Os pré-requisitos necessários para os participantes realizarem o treinamento

devem ser identificados e cumpridos.

3.3.6. Na escolha do público-alvo para o treinamento deve-se levar em consideração

a função e as tarefas exercidas na organização.

3.3.7. A carga horária mínima para um treinamento é de 8 horas em seu total e 2

horas em um determinado dia.

3.3.7.1.Os treinamentos não podem ultrapassar 8 horas diárias, nem devem

acontecer em um período menor que 2 horas.

3.3.8. A periodicidade de um treinamento deve ser escolhida levando-se em

consideração a carga horária e o impacto no horário de trabalho.

3.3.9. Os colaboradores que já possuírem as competências necessárias para

desempenhar as funções requeridas podem ser dispensados do treinamento, desde

que essa dispensa seja justificada.

3.3.10. É necessário que haja uma infra-estrutura adequada para que os treinamentos

sejam realizados. Isto inclui, mas não se limita a: local físico (salas, cadeiras,

entre outros); material didático (apostilas, apresentações, livros, entre outros);

hardware (computadores, projetores, entre outros); software (programas de

apresentação, ferramentas específicas relacionadas ao tema do treinamento, entre

outros); e recursos humanos (instrutores capacitados, sejam estes internos ou

externos à organização).

3.4. A estratégia organizacional para os treinamentos deve ser revista em uma

periodicidade semestral, e as avaliações dos treinamentos realizados naquele período

188

devem ser levadas em consideração, além das novas necessidades de treinamento

identificadas ao longo desse período.

4. Diretrizes de Recrutamento e Seleção

4.1. Para suprir as necessidades profissional qualificado para exercer determinada função

nas vagas abertas na organização, o processo de recrutamento e seleção deve ser

executado.

4.2. O recrutamento pode acontecer:

4.2.1. Dentro da empresa: o profissional escolhido já pertence ao quadro de

profissionais da empresa, este irá apenas mudar de cargo/função (promoção). O

gestor de RH convida o profissional para uma entrevista, em conjunto com um

gerente da área de TI, para avaliar se este profissional está realmente apto a

exercer as atividades da função procurada.

4.2.2. Por recomendação: profissionais da organização indicam outros profissionais

qualificados e estes são convidados para entrevistas para avaliação das suas

competências.

4.2.3. Por anúncios na Internet ou Intranet: aviso da necessidade de profissional

qualificado é disponibilizado na página da empresa e pode ser visto tanto pela

intranet (portal corporativo) quanto pela internet.

4.3. Quando da execução do processo de recrutamento e seleção o procedimento de

análise de currículos dispostos na base de currículos da organização, deve ser feito

para uma pré-seleção de candidatos a entrevistas.

4.4. As entrevistas devem acontecer sempre no horário do início da manhã ou início da

tarde.

4.5. O Gestor de Rh e um gestor de TI devem estar presente nas entrevistas.

4.6. Em termos de seqüência da entrevista, o entrevistador deve conduzi-la iniciando por

experiência profissional, formação e treinamento, dados familiares e sociais,

conhecimentos e habilidades e, por fim, atitudes e interesses. Ao final da entrevista,

um relatório deve ser gerado com as observações de todos os entrevistadores.

4.7. A tomada de decisão é uma tarefa de suma importância, nesse momento o avaliador

deve: observar as credenciais do candidato e evitar preconceitos.

189

5. Diretrizes de Avaliação de Desempenho

5.1. As avaliações dos colaboradores devem ser realizadas semestralmente e devem seguir

critérios pré-estabelecidos.

5.2. Os colaboradores devem receber um retorno do resultado das suas avaliações

(feedback), independente do seu resultado.

5.3. Caso o colaborador seja avaliado insatisfatoriamente, este deve ser convidado para

uma reunião com o gestor de RH, um gestor da TI e o(s) gerente(s) do(s) projeto(s)

que este esteja trabalhando.

5.4. os desvios encontrados durante as avaliações dos colaboradores devem ser registrados

em um documento denominado plano de ações de GRH.

6. Diretrizes de Gestão do Conhecimento

6.1. Divulgar e utilizar o processo organizacional de gestão do conhecimento.

6.2. Incentivar e reconhecer a participação de especialistas da Organização como

instrutores nos programas de desenvolvimento de competências.

6.3. Assegurar a identificação, por área de atuação, dos perfis profissionais necessários à

execução das atividades e à realização da estratégia empresarial da Organização.

6.4. Incentivar e reconhecer a geração de conhecimentos que promovam o

aperfeiçoamento de atividades, processos, projetos, produtos, serviços e negócios.

De acordo,

<<esse documento deve ser assinado antes da execução do treinamento, para garantir o

comprometimento da alta administração com os treinamentos a serem realizados>>

<< Assinatura >>

<<Nome do diretor de RH>>

<<Data da aprovação >>

190

Plano de Treinamento

Implementing Microsoft Internet Security and Acceleration Server 2004 1. Histórico de Revisões

Data Versão Descrição Responsável 04/2009 01 Criação do Documento Gestor de RH

2. Objetivo do Documento

Definição e registro das informações necessárias para execução de um treinamento estratégico. 3. Informações do Treinamento 3.1. Nome do treinamento

Implementing Microsoft Internet Security and Acceleration Server 2004 3.2. Justificativa do treinamento

O colaborador Marcos Lima Domingos está pleiteando o Curso: 2824 – Implementing Microsoft Internet Security and Acceleration Server 2004 (40h/a), tendo em vista que seus conhecimentos nessa área são limitados e essa solução é parte importante na Infra-estrutura da empresa, área em que ele está atuando.

3.3. Ementa do treinamento

Módulo 1 - Visão Geral do Microsoft ISA Server 2004 Introdução ao ISA Server Isa Server e Segurança de Rede Cenários para o Isa Server 2004 Módulo 2 - Instalando e Mantendo ISA Server 2004 Instalando ISA Server Instalando e Configurando Clientes ISA Server Configuração avançada de clientes Mantendo o ISA Server Módulo 3 - Habilitando Acesso Seguro a Internet Instalando um Isa Server 2004 como um Proxy Server Configurando um Isa Server 2004 em um ambiente com múltiplas redes Criando componentes de diretivas Configurando regras e diretivas de acesso. Módulo 4 - Configurando o Isa Server 2004 como um Firewall Examinando a rede perimétrica (DMZ) Examinando o filtro de pacotes e roteamento IP Configurando o: filtro de pacotes e roteamento IP filtro de Aplicações. Intrusion Detection o filtro de pacotes e roteamento IP o filtro de Aplicações. o Intrusion Detection

191

Módulo 5 - Configurando Acesso a Recusos Internos Introdução ao Publishing Configurando: Web Publishing, Server Publishing, Autenticação Módulo 6 - Integrando Isa Server 2004 e Microsoft Exchange Server Configurando ISA Server para segurança de: SMTP Web Clients Client Connections Módulo 7 - Filtros avançados de Application e Web HTTP Web filters Applications Módulo 8 - Configurando Acesso de Clientes e Redes Remotas Visão geral de VPN Configurando VPNs para: Clientes remotos Sites Remotos VPN Quarantine Módulo 9 - Implentando Cache para otimização de performance Visão geral Configurando: Propriedades Regras Download de conteúdo Módulo 10 - Monitorando e Criando Relatórios Planejando uma estratégia de monitoração e relatórios Monitorando Detecção de Intrusos Monitorando as atividades do ISA Server Analisando o uso do ISA através dos relatórios Monitorando atividades em tempo-real Testando configuração do ISA Server

3.4. Tipo de treinamento

Externo 3.5. Forma de treinamento

Presencial 3.6. Nível do treinamento

Avançado 3.7. Cronograma de implementação planejado

3.7.1. Data inicial: 27/04/2009

192

3.7.2. Data final: 11/05/2009 3.7.3. Periodicidade: não se aplica 3.7.4. Carga horária total: 40h/a 3.7.5. Carga horária diária: 4h/a

3.8. Cronograma de implementação realizado 3.8.1. Data inicial: 20/05/2009 3.8.2. Data final: 05/06/2009 3.8.3. Periodicidade: não se aplica 3.8.4. Carga horária total: 40h/a 3.8.5. Carga horária diária: 4h/a

3.9. Será realizado durante o expediente de trabalho da organização?

Não 3.10. Planejamento da Infra-estrutura para o treinamento

3.10.1. Local de realização do treinamento LanLink Informática LTDA.

3.10.2. Hardware e software necessários

a cargo da LanLink Informática LTDA

3.10.3. Necessidade de geração de material didático Sim - a cargo da LanLink Informática LTDA

3.11. Quem será treinado

3.11.1. Categoria a ser treinada Gestores da Infra-estrutura de TI

3.11.2. Nome dos treinandos e função que exerce na empresa Marcos Lima Domingos - Gestor da Infra-estrutura de TI

3.11.3. Justificativa de dispensa do treinamento

não se aplica, visto que ele é o único neste cargo

3.12. Quem realmente foi treinado Marcos Lima Domingos - Gestor da Infra-estrutura de TI

3.13. Pré-requisitos do treinamento

- Finalização com sucesso do Curso 2152, Suportando Windows 2000 Professional e Server ou ter conhecimento e habilidades equivalentes de Microsoft Windows 2000 Professional e Server; - Finalização com sucesso do Curso 2153, Implementando a Infra-estrutura de Rede Microsoft Windows 2000.

193

3.14. Resultado da avaliação do Treinamento

Satisfatório

3.15. Instrutor 3.15.1. Nome

Rafael Vieira

3.15.2. Empresa LanLink Informática LTDA.

3.15.3. Cargo / função Instrutor / Analista de Segurança da Informação

3.15.4. Competência do(s) instrutor(es): Currículo resumido do(s) instrutor(es) Atuando na área Tecnologia da Informação (TI) desde 1993, obteve experiência em Administração de Redes e Sistemas Windows e Linux, projeto e desenvolvimento de políticas de segurança da informação, integração e migração de sistemas proprietários para open-source e Suporte. Sempre procurando me aperfeiçoar, com o intuito de cada vez mais apresentar trabalhos de excelente qualidade, bem como crescimento profissional. Implantação, Administração e Suporte em Servidores Microsoft, Linux e Unix. Graduado em Ciência da Computação e em Engenharia de Computação. Excelentes resultados em trabalhos de equipe; dinâmico e organizado.

3.16. Custo do treinamento

3.16.1. Custo previsto: R$ 1.030,00 3.16.2. Custo real: R$ 1.030,00

De acordo, <<esse documento deve ser assinado antes da execução do treinamento, para garantir o comprometimento da alta administração com os treinamentos a serem realizados>> << Assinatura >> <<Nome do diretor de RH>> <<Data da aprovação >>

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