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  IX ENGEMA - ENCONTRO NACIONAL SOBRE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE CURITIBA, 19 a 21 de novembro de 2007 Autores: Aline Magela Adelino; Gabriela Silva Dias; Luciana Frazão Santos Silva; Michelle Miyuki Mitsunaga; Renata Porto Zanasi; Roberto Gardesani. UMA ANÁLISE DA APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE AÇÃO AMBIENTAL E LOGÍSTICA REVERSA EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DA INDÚSTRIA QUÍMICA DE SÃO PAULO RESUMO A história mundial da indústria química e petroquímica é marcada por alguns acidentes que causaram a morte de milhares de pessoas e trouxeram impactos de grandes dimensões ao meio ambiente. Segundo dados da CETESB (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental), embora no Estado de São Paulo, o número de acidentes ambientais originados na indústria química seja relativamente baixo, existe a preocupação ambiental, já que esses acidentes são complexos,  particularmente quando trazem danos significativos a ecossistemas sensíveis, aos bens públicos e  privados e, contaminam o subsolo e a água subterrânea. Este trabalho, f oi desenvolvido com o objetivo de verificar a prática da Logística Reversa na indústria química e conhecer as ações ambientais desenvolvidas pelo setor. Trata-se de uma pesquisa exploratória qualitativa, complementada por um estudo de caso. Compõe-se da revisão bibliográfica de alguns conceitos referentes à Logística Reversa e ações ambientais, pelo levantamento de dados secundários e informações sobre as práticas da empresa estudada. A coleta de dados, foi feita por meio de entrevistas realizadas com os gestores das áreas de Logística Reversa e Meio Ambiente da instituição. Verificou-se na empresa, uma intensa  preocupação com a armazenagem de produtos químicos, a prevenção de contaminação e detecção de vazamentos e também, com o destino do lixo gerado pelos seus processos. Notou-se ainda que, os gestores são sensíveis às questões ambientais não só pelos aspectos de Licenciamento Ambiental mas também, por fatores relacionados à responsabilidade social da empresa. PALAVRAS-CHAVES: meio ambiente; social; logística; reversa. INTRODUÇÃO Ao longo da história, as empresas buscaram o lucro de diversas formas. Na “era da produção”, seguida do fenômeno da revolução industrial, as organizações eram orientadas para o produto. Com o avanço da tecnologia e da globalização, as fronteiras comerciais entre os países foram se estreitando e com isso as organizações passaram a ter seu foco no mercado. Um mercado com um número de entrantes crescendo cada vez mais, exige das empresas um maior direcionamento para as questões voltadas ao contexto sócio-cultural em que se insere, além das necessidades e desejos de seus clientes.

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CURITIBA, 19 a 21 de novembro de 2007 

Autores: Aline Magela Adelino; Gabriela Silva Dias; Luciana Frazão Santos Silva; Michelle MiyukiMitsunaga; Renata Porto Zanasi; Roberto Gardesani.

UMA ANÁLISE DA APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DE AÇÃO AMBIENTAL E

LOGÍSTICA REVERSA EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DA INDÚSTRIA QUÍMICA

DE SÃO PAULO

RESUMO

A história mundial da indústria química e petroquímica é marcada por alguns acidentes quecausaram a morte de milhares de pessoas e trouxeram impactos de grandes dimensões ao meioambiente. Segundo dados da CETESB (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental), embora

no Estado de São Paulo, o número de acidentes ambientais originados na indústria química sejarelativamente baixo, existe a preocupação ambiental, já que esses acidentes são complexos,  particularmente quando trazem danos significativos a ecossistemas sensíveis, aos bens públicos e privados e, contaminam o subsolo e a água subterrânea. Este trabalho, foi desenvolvido com o objetivode verificar a prática da Logística Reversa na indústria química e conhecer as ações ambientaisdesenvolvidas pelo setor. Trata-se de uma pesquisa exploratória qualitativa, complementada por umestudo de caso. Compõe-se da revisão bibliográfica de alguns conceitos referentes à Logística Reversae ações ambientais, pelo levantamento de dados secundários e informações sobre as práticas daempresa estudada. A coleta de dados, foi feita por meio de entrevistas realizadas com os gestores dasáreas de Logística Reversa e Meio Ambiente da instituição. Verificou-se na empresa, uma intensa preocupação com a armazenagem de produtos químicos, a prevenção de contaminação e detecção de

vazamentos e também, com o destino do lixo gerado pelos seus processos. Notou-se ainda que, osgestores são sensíveis às questões ambientais não só pelos aspectos de Licenciamento Ambiental mastambém, por fatores relacionados à responsabilidade social da empresa.

PALAVRAS-CHAVES:  meio ambiente; social; logística; reversa. 

INTRODUÇÃO

Ao longo da história, as empresas buscaram o lucro de diversas formas. Na “era da produção”,

seguida do fenômeno da revolução industrial, as organizações eram orientadas para o produto. Com oavanço da tecnologia e da globalização, as fronteiras comerciais entre os países foram se estreitando ecom isso as organizações passaram a ter seu foco no mercado.

Um mercado com um número de entrantes crescendo cada vez mais, exige das empresas ummaior direcionamento para as questões voltadas ao contexto sócio-cultural em que se insere, além dasnecessidades e desejos de seus clientes.

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Hoje vivemos na “Era do social”, onde práticas da responsabilidade social (RS) passaram a ser observadas como estratégias adotadas pelas empresas para poderem obter não apenas o lucro, mastambém, o reconhecimento ético, obedecendo a rigorosos valores morais.

  No Brasil, o início da propagação da responsabilidade social remonta à década de 60, sendo

considerado, contudo um tema ainda em desenvolvimento. O cenário empresarial brasileiro vemsofrendo inúmeras alterações ligadas à aceitação deste conceito nos últimos anos e esse quadro tende amudar ainda mais pela grande expectativa no sentido de propagar um ideário social neste meio. Ocrescimento da temática no Brasil vem indicando que a prática social tende a estar cada vez mais presente nas atividades da iniciativa privada brasileira.

Diante da conscientização por parte da sociedade, em relação aos danos causados ao meioambiente e suas conseqüências para as gerações futuras, torna-se marcante a influência docomportamento do consumidor em relação ao consumo de bens e serviços. Se as pessoas estão mais propícias a consumir produtos que agridam menos o meio ambiente, então as empresas precisam seadequar, para poderem atender a exigência do mercado.

Quando a realidade brasileira é analisada, verificam-se poucas ações de preservação do meio

ambiente. Contudo as empresas e a sociedade brasileira já estão se conscientizando da importância da preservação do meio ambiente e dos ganhos que todos envolvidos podem obter.O setor químico destaca-se pela intensiva conscientização das empresas que o compõem, uma

vez que estas, com o decorrer do tempo passaram a perceber a importância dos danos causados ao meioambiente e desequilíbrio aos sistemas ecológicos, associados à percepção de que isso trás sériasameaças aos sistemas sociais e ao bem estar global. Isso tem levado as organizações a investirem emações socialmente responsáveis como forma de melhorar o desempenho ambiental, social econseqüentemente o desempenho econômico.

 Neste sentido, a responsabilidade social, passa a ser utilizada como estratégia em busca de umamaior lucratividade além de um diferencial adotado pelas empresas para dar destaque a seu produto, aomesmo tempo que atrai e retêm clientes, Levando em consideração a importância das empresas se

tornarem socialmente responsáveis, particularmente em decorrência dos benefícios que isso traz àsociedade e ao meio ambiente, existem muitos fatores com os quais as empresas têm se preocupado emrelação ao meio ambiente. 

Este estudo se propôs a responder, “Como a Logística Reversa pode interferir nas ações

ambientais da indústria química?”. Para tanto, objetivou-se a conhecer as ações ambientaisdesenvolvidas na indústria química, relacionando-as com os conceitos da Logística Reversa.

1. REFERENCIAL TEÓRICOEm decorrência da importância das ações ambientais nas empresas buscou-se desenvolver uma

  pesquisa na indústria química. Para tal proposta torna-se necessário uma melhor compreensão das,características gerais e representatividade econômica da indústria, seguida dos conceitos que envolvem

a responsabilidade social, as ações ambientais e por fim, a logística reversa.

1.1 Indústria Química no BrasilA indústria química brasileira é líder na América Latina e em todo o Hemisfério Sul. Com uma

  produção diversificada e de qualidade, exporta para diversos países. Garantir o fornecimento de produtos químicos para a indústria brasileira, com qualidade e preços competitivos, bem como elevar ovolume de exportações, são desafios que não envolvem apenas a indústria química, mas também o

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governo. Para embasar as ações necessárias ao crescimento sustentável, a Abiquim tem procuradoanalisar cuidadosamente os gargalos que dificultam a expansão da indústria química brasileira e sededicado à construção de propostas de solução, debatidas de forma transparente, para os problemasdetectados (Anuário, 2004, ABIQUIM).

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) o setor químico possui grande diversidade de processos, produtos e aplicações, justificando-se assim uma apresentação.A ABIQUIM no ano de 2000, enquadrou os produtos considerando-se do setor químico a

fabricação dos seguintes segmentos: produtos inorgânicos; produtos químicos orgânicos; resinas eelastômeros; fibras, fios, cabos e filamentos contínuos artificiais e sintéticos; produtos farmacêuticos;defensivos agrícolas; sabões, detergentes, produtos de limpeza e artigos de perfumaria; tintas, esmaltes,lacas e produtos afins e; preparados químicos diversos.

Em 2004 o faturamento líquido subiu 30,5% em 2004, chegando a atingir o valor de US$ 59,4 bilhões.   Na moeda nacional, o faturamento líquido cresceu 24,1%, passando de R$ 140 bilhões em2003 para R$ 173,8 bilhões em 2004. Essa melhora em 2004 se deu pelo fato do crescimento de 5,2 %PIB, que originou um grande impacto na receita do setor. Outra justificativa para o crescimento foi a

valorização do Real, em comparação ao dólar durante todo o ano de 2004.O aumento do consumo interno e o crescimento das exportações brasileiras de produtosmanufaturados e de commodities agrícolas elevaram significativamente a demanda por produtosquímicos, ressaltando a ampla capilaridade da indústria química e sua importância para todos os setoresda economia. No terceiro trimestre de 2004, os fabricantes de determinados grupos de produtos, comoo de petroquímicos básicos, operaram a plena capacidade.

Atualmente a continuidade do crescimento do PIB do País, poderá levar ao esgotamento dacapacidade de produção do setor, caso não sejam realizados, com urgência, novos investimentos naindústria química. Este mercado representa um enorme espaço a ser explorado e uma gama ampla deoportunidades.

Com base nos dados do ano de 2004, o Brasil elevou as exportações de produtos químicos para

todas as regiões, mas os parceiros do País no Mercosul, em conjunto permaneceram como o principaldestino de vendas externas do País. Argentina, Paraguai e Uruguai importaram do Brasil mais de US$1,7 bilhão, valor que representa 29% do total das exportações brasileiras de produtos químicos. Emrelação a 2003, as compras de produtos químicos fabricados no Brasil pelos demais países do Mercosulcresceram 32,3%. A Argentina importou US$ 1,4 bilhão, o que representa um aumento de 31,9% emrelação ao ano anterior. A participação da Argentina como destino das exportações totais brasileiras de produtos químicos foi superior a 23%. Naquele ano, as exportações brasileiras de produtos químicos para o Mercosul, que cresceram 33,5% em relação a 2003 e ficaram próximas de US$ 1,3 bilhão ou 9%do total das exportações químicas realizadas pelo País. O superávit obtido pelo Brasil na balançacomercial com os demais países do Mercosul foi de US$ 438 milhões, valor 29% superior ao registradoem 2003 (Anuário, 2004, ABIQUIM).

Os países que compõem a zona de livre comércio do NAFTA são, em conjunto, o segundo  parceiro comercial do Brasil na área de produtos químicos. Canadá, Estados Unidos e Méxicoimportaram em 2004 mais de US$ 1,1 bilhão em produtos químicos do Brasil e exportaram cerca deUS$ 4,3 bilhões para o País. Em comparação com 2003, as exportações brasileiras de produtosquímicos para os países do NAFTA aumentaram 21,8% e as importações oriundas do Canadá, EstadosUnidos e México tiveram incremento de 29,3%.

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As exportações brasileiras de produtos químicos para a União Européia, que somaram US$ 973milhões, cresceram 14,1% na comparação com 2003(Anuário, 2004, ABIQUIM).

A análise do ano 2004 deixa evidentes dois aspectos: a relevante participação da indústriaquímica em todas as cadeias produtivas e a existência de oportunidades para a ampliação da capacidade

de produção do setor.

1.2 Responsabilidade Social Corporativa (RSC)A responsabilidade corporativa tornou-se evidente em 1919, com o julgamento na Justiça

americana do caso Henry Ford, presidente e acionista majoritário da Ford Motor Company, e seu grupode acionistas liderado por John e Horace Dodge, que contestavam a idéia de Ford. Durante a SegundaGuerra Mundial, a idéia de que a empresa deveria responder apenas a seus acionistas começou areceber críticas. Sendo os acionistas proprietários passivos que abdicavam do controle em prol dosdiretores, estes, sim, poderiam assumir responsabilidades com seus públicos.

 Nos anos 60, autores europeus se destacaram apresentando problemas sociais e suas possíveissoluções, e nos Estados Unidos as empresas já se preocupavam com a questão ambiental e em divulgar 

suas atividades no campo social (ASHLEY, 2000, p.65-66).A autora define como aspectos principais da responsabilidade social de uma empresa atuar deforma a desenvolver a comunidade onde atua, preservar o meio ambiente, investir no bem-estar dosfuncionários e seus dependentes e um ambiente de trabalho agradável, trabalhar com comunicaçãotransparente, dar retorno aos acionistas, possuir sinergia com os parceiros, satisfazer osclientes/consumidores.

De acordo com Grajew (2001), uma empresa ter sucesso, para conquistar e ampliar mercado, para ter competitividade, a responsabilidade social é indispensável.

1.2.1  Os quatro tipos de responsabilidade socialDe acordo com o modelo piramidal de Archie Carrol (citado em DAFT, 1999), a

responsabilidade social da empresa pode ser subdividida em quatro tipos: econômico (ser lucrativo),legal (obedecer à lei), ético (evitar dano-fazer o certo) e discricionário (filantrópico/contribuir para acomunidade).

1.3 Ações ambientaisO comprometimento das empresas em praticar ações ambientais tem aumentado e adquirido

enorme proporções. As empresas deixam de ser vistas apenas como instituições econômicas. Tem-se presenciado o surgimento de novos papéis como resultado das alterações no ambiente em que operam,em face da problemática ambiental vivida (DONAIRE, 1999, p.13).

De acordo com o autor, grande parte dessas organizações está se preocupando com fatores político-sociais (proteção ao consumidor, controle de poluição, segurança, qualidade de seus produtos,

entre outros) além das questões econômicas. A sociedade também interfere em tais mudanças devido a pressões como movimentos sociais reivindicatórios, formação de grupos, entre outros. Tudo isso fazcom que a empresa crie novas diretrizes e esteja limitada para poder operar de forma eficaz. A empresadeve reconhecer suas atitudes e responsabilidades em relação sociedade e que estas vão muito alémapenas de seus clientes. 

A responsabilidade social implica um sentido de obrigação para com a sociedade. Estaresponsabilidade assume diversas formas, entre as quais se incluem proteções ambientais, projetos

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filantrópicos e educacionais, planejamento da comunidade, equidade nas oportunidades de emprego,serviços sociais em geral, de conformidade com o interesse público. Assim, este novo conceito, emboranão invalidando os conceitos anteriores, adiciona novos termos ao contrato entre a sociedade e asorganizações, os quais envolvem a redução de custos sociais e a responsabilidade destas últimas de

contribuir tanto para o desenvolvimento econômico como para a melhoria das condições sociais  (DONAIRE, 1999, p.20). Segundo o autor, esta responsabilidade social é fundamentalmente um conceito ético que

envolve mudanças nas condições de bem-estar e está ligada às dimensões sociais das atividades produtivas e suas ligações com a qualidade de vida na sociedade. Portanto, consubstancia-se na relaçãoentre a empresa e seu ambiente de negócios.

A relação da empresa com o ambiente deve ser levada em consideração, sendo que, a mútuainteração permite que as decisões tomadas pela empresa sofram “influência” do meio ambiente, este pode ajudar ou até mesmo afetar na escolha dessas decisões uma vez que as atividades realizadas pelasempresas não são apenas econômicas, mas também afetam nas condições da comunidade em que estainserida. 

A questão da responsabilidade social envolve questões éticas e morais sendo um aspecto  bastante discutido atualmente. Os que defendem sua utilização abordam que as organizações devemadaptar-se as mudanças, desenvolvendo um papel social visando atender às expectativas da sociedade.A organização assumindo essa postura fará com que reflita em sua imagem um aspecto favorável,garantindo o aumento de consumidores, empregados mais qualificados, entre outros pontos positivos,ou seja, seria uma vantagem estratégica (DONAIRE, 1999, p. 21-22).

1.3.1  A questão ambiental nos negóciosA preocupação com o meio ambiente, cada vez mais, têm-se destacado de forma relevante,

sendo um ponto que afeta não só o ambiente de negócios, mas também a qualidade de vida dasociedade. Essa preocupação têm resultado em diversos estudos e modelos que avaliam o impacto e

custos/benefícios ambientais nos projetos econômicos, resultando na criação de regulamentos e leis.Isso faz com que surja uma nova visão na gestão dos recursos naturais o que favorece tanto ao meioambiente como a organização na prática de suas atividades (DONAIRE, 1999, p. 28). 

A preocupação da sociedade, quanto às questões ambientais surgiu quando pela primeira vez ohomem sentiu o poder da destruição de si mesmo e do planeta, ao explodir a primeira bomba atômicasobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, em 1945. Iniciou-se então a idade ecológica. (ANDRADE,TACHIZAWA E CARVALHO 2000, p.5-8).

 No Brasil, a gestão do ambiental envolve diferentes organismos, na busca do desenvolvimentodo país, desde os anos 50 houve grande preocupação apenas com o crescimento econômico rápido,industrialização, a implantação de projetos relacionados à infra-estrutura, através da exploração derecursos minerais e agropecuários o que causaram grande impacto, juntamente com o crescimento

acelerado da urbanização nas cidades (DONAIRE, 1999, p.33).As atividades de gestão ambiental dão origem a algumas situações favoráveis ao Brasil, no quetange a informações intra e inter organizacionais que facilitam processos entre clientes e serviços.

Ashley (2000, p.69) ilustra que as exigências da legislação para com as organizações estárelacionada com variáveis como: ramo de atividade da empresa; produtos; processo; conscientizaçãoambiental; padrões ambientais; comprometimento gerencial; capacitação do pessoal; capacidade deárea de P&D e; capital.

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Tradicionalmente, as exigências à proteção ambiental eram consideradas um freio aocrescimento da produção, um obstáculo jurídico legal e demandante de grandes investimentos de difícilrecuperação e, portanto, fator de aumento dos custos de produção. Começa a ficar patente que adespreocupação com os aspectos ambientais pode traduzir-se no oposto: em aumento de custos, em

redução de lucros, perda de posição no mercado e, até, em privação da liberdade ou cessação deatividades. Meio ambiente e sua proteção estão-se tornando oportunidades para abrir mercados e  prevenir-se contra restrições futuras quanto ao acesso a mercados internacionais (DONAIRE, 1999, p.34-35).

A cotação de um país, complementa o autor, para receber investimentos estrangeiros, está cadavez mais relacionada com sua imagem internacional associada com seus cuidados com o meioambiente.

Surgindo inicialmente nos países desenvolvidos, este mercado tem origem em consumidores jásatisfeitos em suas necessidades quantitativas, e que passam a preocupar-se com o conteúdo dos produtos e a forma como são feitos, rejeitando os que lhes pareçam mais agressivos ao meio ambiente – nem sempre com fundamentação e muitas vezes na esteira de campanhas idealizadas por empresas e

setores concorrentes. Com isso, a proteção ao meio ambiente deixa de ser uma exigência punida commultas e sanções e inscreve-se em um quadro de ameaças e oportunidades, em que as conseqüências  passam a poder significar posições na concorrência e a própria permanência ou saída do mercado(DONAIRE, 1999, p.37).

  No contexto nacional, Andrade, Tachizawa e Carvalho (2000, p.78-81), destacam que essainfluência externa caracteriza-se pelas exigências da legislação ambiental, que passam a estabelecer normas de atuação que resultam em repercussões em nível interno nas organizações interessadas emequacionar seus problemas ambientais.

1.4 LogísticaA logística é o ramo da ciência militar que lida com a obtenção, manutenção e o transporte de

materiais, pessoal e instalações, tendo como principal objetivo o de prover mercadorias e serviços deacordo com a necessidade e exigência dos clientes. Apesar de ser um campo de estudos praticado hámuitos anos, sua maior novidade é o gerenciamento coordenado das atividades relacionadas e acaracterísticas de adicionar valor aos produtos e serviços essenciais para a  satisfação dos clientes(BALLOU, 2001, p.19-21).

1.4.1  Processo LogísticoDe acordo com Bowersox e Closs (2001, p.43-45) o processo logístico é visto como um sistema

que liga a empresa ao consumidor e seus fornecedores. (Figura 2).

Figura 1 - Sistema Logístico

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Fonte: Adaptado de BOWERSOX E CLOSS, 2001, p. 44

Desta forma, o processo logístico é apresentado em termos de dois esforços inter-relacionados:o Fluxo de Estoques de Valor Adicionado e as Necessidades de Fluxo de Informações. Apesar do

  planejamento logístico, muitas vezes, priorizar apenas o estudo do fluxo de produtos no sentidoEmpresa-Cliente. Neste sentindo, as operações logísticas tem início com a expedição inicial de materiais por um

fornecedor e terminam quando um produto é entregue a um cliente.A área da distribuição física trata da movimentação de produtos acabados para entrega aos

clientes. A área de fabricação (apoio à manufatura) por sua vez concentra-se no gerenciamento deestoque à medida que este flui entre as fases de fabricação. Dessa forma, sua principal responsabilidadelogística é saber o que é fabricado, e quando e onde estes produtos são fabricados (BOWERSOX ECLOSS, 2001, p. 45).

A área de compras (suprimentos) diz respeito à compra e à organização da entrada de materiaisdos fornecedores para as fábricas.

A combinação das áreas de distribuição física, fabricação e compras propicia o gerenciamentointegrado da movimentação de materiais.O fluxo de informações identifica áreas específicas dentro de um sistema logístico onde é

 preciso atender a algum tipo de necessidade. Existe a necessidade de compartilhar informações entre asdiversas áreas visando resolver diferenças (BOWERSOX E CLOSS, 2001. p.46).

Segundo Ballou (2001, p.22) as atividades que compõem a logística podem variar de acordocom a empresa, sua estrutura organizacional, diferenças de opinião em relação a logística e aimportância das atividades individuais. 

O Conselho de Administração Logística (CLM) identifica os componentes de um sistemalogístico típico como: Serviços ao cliente , previsão de vendas ,comunicação de distribuição , controlede estoque , manuseio de materiais , processamento de pedidos , peças de reposição e serviços de

suporte , seleção do local da planta e armazenagem (análise de localização) , compras , embalagem ,manuseio de mercadorias devolvidas ,recuperação e descarte de sucata , tráfego e transporte , earmazenagem e estocagem.”(BALLOU pág.22).

1.4.2  Logística Reversa

Como procedimento logístico, a logística reversa, segundo Lambert, Stock e Vantine (1998,  p.19) diz respeito ao fluxo de materiais que voltam à empresa por algum motivo (devoluções declientes, retorno de embalagens, retorno de produtos e/ou materiais para atender à legislação).

De acordo com os autores, administração de devoluções envolve o retorno dos produtos àempresa vendedora por motivo de defeito, excesso, recebimento de itens incorretos ou outras razões.

Tradicionalmente, os fabricantes não se sentem responsáveis por seus produtos após o consumo.A maioria dos produtos usados são descartados ou incinerados com consideráveis danos ao meioambiente. A Europa, particularmente a Alemanha, é pioneira na legislação sobre o descarte de produtosconsumidos (LAMBERT, STOCK E VANTINE, 1998, p.19).

Apesar do planejamento logístico muitas vezes priorizar apenas o estudo do fluxo de produtosno sentido Empresa-Cliente, Bowersox e Closs (2001, p.51) ressaltam a importância de também seolhar o fluxo reverso, oferecer apoio ao ciclo de vida dos produtos. Quer seja devido a recalls

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(capacidade de retirar produtos de circulação) efetuados pela própria empresa, vencimento de produtos,responsabilidade pelo correto descarte de produtos perigosos após seu uso, produtos defeituosos edevolvidos para troca, desistência da compra por parte do cliente ou legislação que proíbem o descarteindiscriminado e incentivam a reciclagem, o fato é que o fluxo reverso é um fator comum.

Segundo Leite (2003), os canais de distribuição reversos de pós- consumo são constituídos pelofluxo reverso de uma parcela de produtos e de materiais constituintes originados no descarte dos produtos após finalizada sua utilidade original e que retornam ao ciclo produtivo de alguma maneira.Distinguem-se dois subsistemas reversos: os canais reversos de reciclagem e os canais reversos dereuso. Observamos também, no esquema geral apresentado na figura 2, a possibilidade de uma parceladesses produtos de pós-consumo ser dirigida a sistemas de destinação final, seguros ou controladosque, não provocam poluição, ou não seguros, que provocam impactos maiores sobre o meio ambiente.

Figura 2. Canais de Distribuição – Direto e Reverso 

Fonte: LEITE, 1999, pg.7 

1.4.3  Logística Reversa dos bens de pós-consumoA logística reversa de pós-consumo é a área que atua na operacionalização do fluxo físico e das

informações correspondentes aos bens de pós-consumo descartados pela sociedade em geral, os quais pelos canais de distribuição reversos retornam ao ciclo de negócios ou produtivo. Esta como estratégia busca agregar valor a um produto logístico, formado por bens inservíveis ao “produtor”, os quais foramdescartados pelos motivos de terem alcançado sua vida útil ou por resíduos industriais. Os produtos de

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  pós-consumo podem gerar bens duráveis ou descartáveis, podendo ser reutilizado, através dareciclagem, desmanche (LEITE, 2003, p.18).

O aumento da velocidade de descarte dos produtos de utilidade após seu primeiro uso, motivado pelo nítido aumento da descartabilidade dos produtos em geral, não encontrando canais de distribuição

reversos de pós-consumo devidamente estruturados e organizados, provoca desequilíbrio entre asquantidades descartadas e as reaproveitadas, gerando um enorme crescimento de produtos de pós-consumo. Um doa mais graves problemas ambientais urbanos da atualidade é a dificuldade dedisposição do lixo urbano (LEITE, 2003, p.20).

As atividades relacionadas a reaproveitamento, reutilização, reprocessamentos e reciclagem, éuma forma de uma empresa defender sua imagem, a sociedade através da legislação e regulamentações.  

Ainda segundo o autor, a sociedade desenvolve legislações e novos conceitos deresponsabilidade empresarial, em relação aos impactos dos produtos sobre o meio ambiente adequandoao crescimento econômico buscando minimizar os impactos ambientais e preocupando-se com ofuturo.

Uma das preocupações da logística reversa é com os bens de pós-consumo. Seu processo é o

caminho percorrido até seu “descarte”, ou seja, a classificação dos bens ou materiais após o término desua vida útil, estes em seu destino final podem ser encaminhados a incineração ou aterros sanitários(considerados como meios seguros de ‘estocagem’), ou por sua vez retornarem ao ciclo produtivoatravés da reciclagem, desmanches, reuso estendendo a sua vida útil. Este retorno ao ciclo produtivo éum dos principais estudos da logística reversa e dos canais de distribuição reversos de pós-consumo(LEITE, 2003, p.33).

A vida útil de um bem, de acordo com o autor é entendida como o tempo decorrido desde sua produção original até o momento em que o primeiro possuidor se desembaraça dele. Esse desembaraço  pode se dar pela extensão de sua vida útil, com novos possuidores, quando existe o interesse ou a possibilidade de prolongar sua utilização, ou pela sua disponibilizarão por vias, como a coleta de lixourbano, as coletas seletivas, as coletas informais, entre outras, passando-o à condição de bem de pós-

consumo.Os bens produzidos por uma empresa podem ser classificados como : Bens descartáveis por apresentarem duração de vida útil media de algumas semanas, raramente superior a seis meses; Bensduráveis, que apresentam duração de vida útil variando de alguns anos a algumas décadas e; Benssemiduráveis, caracterizados pela duração média de vida útil de alguns meses, raramente superior adois anos.

1.4.4  Formas de reintegração dos resíduos sólidos à cadeia produtivaA logística reversa, conforme Carlini (2002), divide-se em “ciclos fechados” e “ciclos abertos”

de reciclagem.Destacam que nos ciclos fechados os materiais pós-consumo retornam ao mesmo ciclo

 produtivo, isto é, serão utilizados novamente na fabricação do mesmo produto. Ainda, salientam que asvantagens econômicas obtidas pelos fabricantes de produtos com a atividade de reciclagem que garanteo estabelecimento do ciclo fechado. Neste caso, há um forte empenho dessas empresas a fim degarantirem o retorno do material ao ciclo produtivo.

Já no ciclo aberto, segundo a autora o resíduo sólido não volta ao ciclo produtivo do fabricantedo produto inicial, mas os fabricantes assumem a responsabilidade de coletar e encontrar um mercado para os resíduos pós-consumo.

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Existem diferenças entre os ciclos. Uma delas é que no mercado de produtos pertencentes aciclos fechados, o valor do material reciclado não sofre muitas flutuações de preços, pois ele volta aofabricante original. Em geral esses materiais não sofrem degradação das características originais e,com. isso, voltam integralmente ao ciclo produtivo ou ao processo proporcionando as vantagens

econômicas aos fabricantes. Em contrapartida, os ciclos abertos já sofrem oscilações nos preços dosmateriais reciclados (CARLINI, 2002).Um outro aspecto ressaltado pela autora ocorre quando um produto possui componentes

 perigosos, cuja exposição causa danos ambientais, como as baterias e pilhas, por exemplo. Nesse casoos fabricantes desenvolvem o ciclo aberto para o resíduo do produto por uma questão de imposição dalegislação ou por filosofia da própria empresa. Paralelo a isso, salienta também que as empresas,quando se deparam co um produto que não possui mercado, dedicam-se a desenvolver, através de pesquisas, formas de reciclarem esses materiais para se tornarem viáveis economicamente.

1.4.5  A Logística Reversa e a sua relação com o meio ambienteSurgiu então, a logística verde ou logística ambiental. Neste formato, a logística reversa já

considera o meio ambiente como condição de trabalho. Também, a reciclagem de produtos e materiais,abre novas perspectivas para o consumo sustentável.A relação da logística reversa com o meio ambiente tem importância porque as constantes

movimentações de materiais residuais, provenientes dos processos de fabricação e das devoluções de  produtos, poderão causar de alguma forma acidentes ambientais. Então, um sistema de gestãoambiental quando implantado, fornece ferramentas e procedimentos que serão facilitadores, nacondução da logística reversa dos resíduos sólidos (CARLINI, 2002).

É nesse contexto, segundo o autor, que se insere o problema ecológico nos canais dedistribuição reversos e o campo de atuação da logística reversa, pois observa-se um crescente interessede empresas modernas, entidades governamentais, partidos políticos ‘ verdes’ e comunidades em geral pelo envolvimento ativo, diretamente ou por meio de associações, nos problemas ecológicos, na defesa

de sua própria perenidade econômica e no posicionamento de sua imagem corporativa. Esse interesse eessas ações orientadas deverão contribuir para uma melhor estruturação e organização desses canaisreversos. 

2  METODOLOGIAEste estudo pode ser caracterizado como exploratório com a proposta de entender e descrever 

as questões ambientais e os conceitos da Logística Reversa percebidos no Centro de Distribuição deuma indústria Química. Segundo Gil (1996, p. 126), pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o tema, ou seja, é feito para aprimorar idéias. Seu planejamentoé bem flexível de modo que possibilita considerar os mais variados aspectos relativos ao fato estudado.

O trabalho foi realizado respeitando os critérios definidos por Koche (1997 p. 126) sendo o seuobjetivo fundamental descrever ou caracterizar a natureza das variáveis a serem conhecidas.

Mattar (1996, p. 99) ressalta que os dados primários são os que não estão disponíveis emdocumento, são coletados no campo com o propósito de atender às necessidades específicas da  pesquisa em andamento. Os secundários são os encontrados em documentos, tabulados, ordenados,com propósitos outros ao de atender às necessidades específicas da pesquisa em curso, e que estão adisposição dos interessados. As fontes de dados secundários são: a própria empresa, publicações,agências governamentais e serviços de informação.

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Para a coleta de dados adotou-se neste trabalho a pesquisa bibliográfica (dados secundários) eentrevistas em profundidade (dados primários), caracterizadas pela interrogação direta do que se desejaconhecer. Elaborou-se um questionário com o intuito de traduzir os objetivos específicos do estudo emitens bem redigidos (GIL, 1996, p.46) e contou-se também com uma apresentação oferecida pelos

gestores das áreas de Logística Reversa e Meio Ambiente, visando identificar as aplicações das teorias pesquisadas nas práticas da empresa.A amostra desta pesquisa constituiu-se no resultado de três entrevistas. Uma feita com o

Gerente de Logística, outra com o responsável pelo Sistema de Automação de Processos e uma terceiracom o Gerente do departamento de Segurança Operacional e Meio Ambiente do Centro de Distribuiçãoda empresa.

Para o tratamento dos dados obtidos em relação às entrevistas e observações, foraminicialmente identificados os dados mais relevantes e pertinentes ao tema da pesquisa, em seguida taisdados foram categorizados e posteriormente foram feitas as suas análises e observações sugerido por Gil (1996, p. 52). 

3 O ESTUDO DE CASOTrata-se de uma indústria química nacional, criada em 1991 e pode ser considerada a maior distribuidora de produtos químicos do país. Está presente em todas as regiões do país, distribuindomatérias-primas para os mercados de tintas, borracha, adesivos, agrícola, cosméticos, plásticos, têxtil,eletro-eletrônico e detergentes, entre outros. A empresa atua com cinco unidades de negócios: Tintas eAdesivos; Borracha, Química Diversificada e Agroquímicos; Cosméticos e Formulados Polímeros eServiços. Tais unidades de negócios são compostas por equipes de vendas específicas com estrutura delaboratório, assistência técnica própria e do fabricante, estoque local e logística

Conceitos diferenciais em relação: Segurança Operacional e Meio Ambiente:

• Tanques com sistema de inertização

(Nitrogênio)• Intertravamento de nível nos Tanques eaterramento em CT’s• Sistema de prevenção e detecção devazamentos – Tanques• Concentração do risco – Plataformascentralizadas• Captação e queima de vapores gerados 

• Sistemas de contenção: diques e pisos internos

em concreto• Sistema de captação de vazamentos earmazenamento à distância• Proteção por sprinkler nas Plataformas eArmazém de Embalados• Sistema Fixo de resfriamento em tanques – “Spray System”• URS – Unidade de Recuperação de Solventes

A logística destes mercados é feita por uma rede de Centros de distribuição localizados emGuarulhos/SP, Canoas/RS e Duque de Caxias/RJ, bases logísticas em Araucária/PR, Camaçari/BA eRecife/PE e tancagem nos portos de Rio Grande/RS, Santos/SP, Aratu/BA e Suape/PE.

Seu portfólio de produtos é composto por solventes, óleos de processo, intermediários químicos,especialidades químicas, polímeros e blends especiais alem de serviços como recuperação de solventes,analises químicas, consultoria ambiental e serviços logísticos diversos.

O modelo de gestão é baseado na iniciativa e criatividade de seus funcionários e este foiconcebido a partir do principio que a empresa só tem clientes.

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A empresa considera que seus fornecedores, consumidores e acionistas são seus clientes quecompraram respectivamente a sua capacidade de venda e conhecimento do mercado, a sua capacidadede prover um diferencial competitivo e a sua capacidade de gerar riqueza e expandir o negócio.

Com o objetivo de garantir a performance na realização destes compromissos, foi lançada o SIG

  – Sistema Integrado de Gestão que tem como princípios básicos: Química humana, gestão,sustentabilidade e rentabilidadeA empresa está direcionada para uma gestão que reconhece a importância da aplicação de

normas e legislações de qualidade, meio ambiente, segurança, saúde e responsabilidade social.

3.1 Análise e resultado da pesquisaA seguir foram avaliadas as respostas obtidas em relação às questões voltadas para a

Responsabilidade Social Corporativa, Ações Ambientais e Logística Reversa, praticadas pela empresa.

3.1.1 Responsabilidade Social Corporativa (RSC)

Procurando verificar especificamente se a mesma desenvolve ações ambientais que adequadasao objetivo específico da pesquisa, constatou-se que existem incentivos para ações voluntárias dosfuncionários e identificou-se a existência de duas ações voltadas para a comunidade. Uma promovendoa educação de jovens visando o desenvolvimento do espírito empreendedor e, outra desenvolvendoatividades sócio-educativas diárias e contínuas (educação escolar/atividades lúdicas e culturais/oficinasde artes), como complementação ao ensino regular. Também faz contribuições  pontuais para algumasentidades filantrópicas, analisando as necessidades destas. Existe também uma forte ação social por  parte do Grupo.

Verificou-se ainda que a empresa além de lidar com a questão da responsabilidade social,considera essa prática importante para seus funcionários, como forma de agregar de valor aos mesmos.Por esse motivo, incentiva sue colaboradores a estarem engajados de modo co-responsável com a

empresa. Preocupa-se com a comunidade e o meio ambiente, tem sido um fator diferencial perante nãosó aos clientes/fornecedores como também na comunidade em que atua. Percebeu-se com as entrevistasque existe uma tendência de aumento na adesão dos funcionários envolvidos em ações sociais.

Observou-se que tanto para clientes, fornecedores e consumidores em geral, ou seja, o ambienteexterno, a prática da responsabilidade social pela empresa é bem vista e considerada com muitaimportância. Tais práticas, também acontecem de funcionários para funcionários, no ambiente internoda empresa, proporcionando um trabalho em uma empresa socialmente responsável como sendo muitosignificante e satisfatório.

3.1.2 Ações AmbientaisA empresa é certificada no PRODIR (Processo de Distribuição Responsável), atendendo aos

requisitos que atestam a sua responsabilidade na distribuição dos produtos químicos, nos itens: preservação da saúde; segurança no uso dos produtos químicos; segurança das pessoas e instalações;satisfação dos clientes e comunidade; proteção do meio ambiente; integração com órgãos oficiais eempresas. Nesta amostra inicial, verificou-se que a empresa enquadrou-se no objetivo da pesquisa umavez que a mesma desenvolve além de ações sociais, ações ambientais, embasamento na pesquisa .

Os processos possuem controles que incluem a captação e queima de vapores gerados nossetores operacionais, a contenção e destinação apropriada de qualquer resíduo gerado durante as

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atividades. O atendimento a legislação ambiental vigente, prevê monitoramentos ambientais comoforma de averiguar e garantir que os controles adotados estão sendo eficazes. A partir do momento emque cria condições para se desfazer de produtos que podem causar danos ao meio ambiente, devolve  processos de reaproveitamento e de fabricação de novos itens. Também a queima de substâncias é

adotada ou ainda os materiais que são retirados do meio ambiente são usados para fabricação decimento.Quanto as preocupações de ocorrência de contaminação, a empresa primeiramente encaminha o

 produto para a Fabrica de Sorocaba onde se realiza a queima do material para que o mesmo não sejadescartado, podendo prejudicar o ambiente, como contaminação de água, solo, entre outros.

Outra possibilidade é a de disponibilizar um caminhão para ir até o cliente, onde se encontra o produto contaminado para recolher o mesmo. Dentro do próprio caminhão, utiliza-se de processos paraseparação e retenção da parte contaminada. Ao final deste têm-se o produto químico limpo, pronto paraser utilizado pelo cliente separado do material contaminado. Este material contaminado é encaminhadotambém para a Fabrica de Sorocaba onde se realiza a queima do material para que o mesmo não sejadescartado em aterros, por exemplo, prejudicando o meio ambiente.

3.1.3 Logística ReversaForam identificadas nas respostas que, a logística reversa tem uma presença marcante nos

 procedimentos. Este fato, segundo os respondentes tornam a relação cliente e empresa mais barata, oque é vantajoso para ambas as partes.A empresa além de fornecer o produto esta preocupada tambémcom toda a segurança do mesmo, proporcionando ao seu cliente não só a “venda” mas toda uma infra-estrutura ligada a segurança, que seria o transporte desse produto químico até a empresa de maneirasegura para que não ocorra nenhum imprevisto.

Possui um programa interno de coleta seletiva que visa segregar e enviar para reciclagemmateriais reaproveitáveis como papel, papelão, plástico, metais, pneus, pilhas, baterias, lâmpadas entreoutros. Grande parte do seu resíduo classes I e II são enviados para co-processamento – processo que

 prevê tratamento térmico com reaproveitamento energético do poder calorífico presente nos materiais.Além disso, o cliente pode contar com os serviços da empresas relacionados a reuso dos mini-tanques e nos de caso de contaminação do produto.

Cada produto possui sua respectiva FISPQ – Ficha de Informação de Segurança do Produto, naqual constam, entre outras informações, as características físico química, classificação relativa aotransporte, dados sobre reatividade/incompatibilidade, cuidados ambientais em casos de emergência eformas de disposição final. Trata-se de um referencia literária para os clientes, além disso coloca-se adisposição para assessorar no correto manuseio, armazenamento e disposição os produtos por elafornecidos. 

Uma das práticas de Logística Reversa comentada é um programa de reciclagem de tamboresusados/danificados, os quais inicialmente se transformariam em sucata, que os envia para re-

condicionamento podendo retornar ao mercado. Possuem também um processo de recuperação desolventes que possibilita recurar produtos contaminados e/ou fora de especificação, colocando-osnovamente dentro dos padrões de qualidade que atendam os clientes.

Outra prática é referente à aquisição de mini-tanques de um determinado fornecedor. Nela o  produto químico é colocado e este é encaminhado ao seu cliente. O cliente após o uso do produtoquímico, em vez de descartar o mini-tanque, tem a possibilidade de reutilizá-lo. A coleta do mini-tanque, é feita tomando às devidas providências para a reutilização do mesmo, reabastecendo-o com

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uma nova quantidade do produto em questão. Desta forma, a empresa obtém menores custos no ciclo produtivo, pois não há a necessidade de adquirir junto a terceiros novos mini-tanques.  

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante muito tempo, as empresas foram pressionadas a se preocupar com qualidade dos processos. Um excelente produto, com preço competitivo e bom serviço agregado, deixou de ser umavantagem para se tornar uma obrigação. Hoje há uma tendência pela qualidade nas relações entreempresa, prestadores de serviços, clientes e o meio ambiente. Atingi-la ou não, será um fator determinante para o sucesso dos negócios.

As empresas, sobretudo ligadas à iniciativa privada, dominam as técnicas de gestão, dispõe decapital e concentram um número extraordinário de talentos e pessoas inovadoras que fazem as coisasacontecer.

O estudo abordou a preocupação de uma dessas empresas, pelo “produzir comresponsabilidade”. Não que as empresas deixaram de buscar a excelência de seus produtos ou, nãocontinuam perseguindo níveis cada vez maiores de produtividade, em busca de maiores lucros. O que

realmente mudou foi à descoberta progressiva de que lucro, produtividade e imagem da marca só serãoconseguidos e mantidos de forma consistente por empresas que se propuserem à cidadania.  Neste sentido, foi analisado o setor químico, um setor de grande expansão atual e evidentes

  probabilidades de desenvolvimento tanto interno como externo, especialmente no âmbito dasexportações. Além de estar em evidência, se destaca por uma excessiva necessidade de estar envolvidoem as causas sociais, já que pode ser considerado um segmento da indústria, que gera riscosambientais com alto grau impacto. Por este motivo, possui uma preocupação maior com as questõesambientais, tornando-se explicitamente um setor que deve e precisa estar atrelado a responsabilidadesocial.

A empresa foco do estudo, ilustrou o cenário da indústria química brasileira, que diante dasteorias permitiu perceber a forte presença da Logística Reversa. Pode-se verificar que o programa de

reciclagem de embalagens, o processo de recuperação de solventes, são algumas das ações ambientais  praticadas pela empresa. Também em relação ao programa de reciclagem das embalagens deu-sedestaque a reutilização de mini-tanques ou tambores que, após o uso, eram direcionados para um processo de re-condicionamento, permitindo o seu retorno ao mercado. Este procedimento possibilitouuma redução de custo em até 40% se comparado a utilização de um novo tambor além da redução de  poluentes ao meio ambiente. No processo de recuperação de solventes, verificou-se um recuo de produtos contaminados ou fora de especificações das normas, onde após o tratamento e passam a ser colocados novamente dentro dos padrões de qualidade.

O fato da empresa, preocupar-se com o destino de suas embalagens e ao mesmo tempo buscar alternativas para reutilizá-las, caracteriza uma forte preocupação com as questões ambientais e não permite que se abra mão da ofertas de produtos com melhor qualidade e sem riscos de contaminação.

São processos que seguem as normas da Logística Reversa. Neste caso, mostrou-se que existe a preocupação do fechamento do Ciclo Logístico Reverso Integrado por parte dos gestores.Outro ponto relevante, foi a identificação da intensa preocupação com outras causas ligadas ao

meio ambiente e ao meio social, alinhando suas atividades e toda sua infra-estrutura à constantemelhora da gestão dos processos operacionais internos e a obtenção de maior confiabilidade por partede seus clientes, atendendo assim às demandas ambientais futuras.

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Assim, diante da pesquisa notou-se que na prática, grande parte das teorias levantadas foramidentificadas e que, a tendência da indústria Química, é caminhar para o perfil de um novo mundocorporativo cujo papel fundamental é o de garantir a preservação do meio ambiente, pensando naqualidade de vida de seus funcionários e comunidades de seu entorno, além de oferecer um excelente

atendimento aos seus clientes.Evidências mostram que as empresas socialmente responsáveis, geram valor para quem está próximo e acima de tudo, conquistam melhores resultados, uma vez que a responsabilidade social passaa ser um diferencial que atrai e retêm clientes.

Por outro lado, os consumidores preocupam-se cada vez mais em consumirem os bens  produzidos por empresas responsáveis, e preocupadas com a preservação do meio ambiente e a prosperidade social como um todo.

Finalmente, este estudo sugere um maior aprofundamento nas questões que abordam o cenárioempresarial de outras empresas químicas brasileiras, aumentando-se o tamanho da amostra econhecendo também os processos de gestão empresarial tanto de empresas nacionais como dastransnacionais.

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