Uma Canção Inesperada - Cap. 14

download Uma Canção Inesperada - Cap. 14

of 11

Transcript of Uma Canção Inesperada - Cap. 14

  • 8/2/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 14

    1/11

    An Unexpected Song By Rika1

    Uma Cano Inesperada

    Texto Original:http://darcymania.com/aus/chr/14.htm

    Traduo: Lizzie Rodrigueshttp://lizzierodrigues.blogspot.com.br/

    Captulo 14

    "Ol, Elizabeth."Elizabeth sentiu o pulso acelerar ao som da voz grave do outro lado da linha

    telefnica. Ela fez uma breve orao de agradecimento que chamadas de vdeo nunca tinhampassado pela mente dele - os cabelos midos pendurados nas costas em um emaranhado, esua camisa de dormir at o joelho estava salpicada de manchas de tinta, o resultado de sua

    tendncia a adormecer com uma caneta em sua mo durante as suas sesses de exames tardeda noite."Oi, William. Eu pensei que era voc." Elizabeth se jogou em uma cadeira da mesa da

    cozinha."Porque ningum liga para voc to tarde da noite?""Char e Jane fazer isso algumas vezes, mas s. No se preocupe, est tudo bem, por

    que...""Porque voc uma coruja da noite. Assim como eu.""Sim.""Outra das muitas coisas que temos em comum."Elizabeth riu suavemente. "Eu j desisti desse ponto. Temos muito em comum, eu

    estava errada, eu admito! Mas voc nunca vai me deixar viver sem me lembrar disso, no ?""Mais cedo ou mais tarde, eu suponho. Mas agora eu estou me divertindo demais te

    lembrando."Era o terceiro dia de viagem de William a Chicago, e tambm o terceiro dia consecutivo

    em que ele havia ligado para Elizabeth para um agradvel bate-papo tarde da noite. Duranteessas conversas, ela havia comeado a vislumbrar frequentes flashes de seu senso de humorcalmo, contradizendo sua impresso inicial dele como solene, e mesmo triste. Ele pareciaparticularmente desfrutar provoc-la gentilmente, na maioria das vezes acrescentando que aladainha de "coisas que temos em comum" comeou no caf na noite de tera-feira.

    Tambm pelo terceiro dia consecutivo, um florista local tinha feito uma entrega para oapartamento de Elizabeth. A mais recente entrega floral, exibida em um vaso de cristal,adornava a mesa da cozinha.

    "Obrigado pelas rosas. Elas so lindas, assim como as outras.""De que cor elas so?""Agora, espere um minuto. Voc me disse uma vez que lidava com esse tipo de coisa

    voc mesmo e no mandava sua secretria. Portanto, voc no deveria saber que cor elasso?"

    "Eu fiz um pedido multi-dia antes de sair de New York, e eu no consigo me lembrar deque cor eu pedi para sexta-feira."

    "Elas so amarelas. E elas esto absolutamente lindas." Elizabeth afagou uma dasflores delicadamente. "Mas voc sabe, este um apartamento pequeno. Apenas uma cozinha,sala, quarto e banheiro. J tenho rosas em todo o lugar. Voc no precisa continuar enviando."

    "So quatro cmodos. Eu s lhe enviei trs dzias de rosas at o momento. Assim...""Mas o banheiro minsculo. Eu no posso colocar uma dzia de rosas l dentro!"

    http://darcymania.com/aus/chr/14.htmhttp://darcymania.com/aus/chr/14.htmhttp://darcymania.com/aus/chr/14.htmhttp://lizzierodrigues.blogspot.com.br/http://lizzierodrigues.blogspot.com.br/http://lizzierodrigues.blogspot.com.br/http://darcymania.com/aus/chr/14.htm
  • 8/2/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 14

    2/11

    An Unexpected Song By Rika2

    "Por que no? Voc no poderia... oh, eu no sei, ptalas de rosa flutuando nabanheira?"

    Elizabeth riu. "Voc impossvel.""No, eu s gosto de enviar-lhe flores", ele respondeu, seu tom nada

    arrependido. "Alm disso, como eu disse, eu fiz o pedido antes de deixar New York. tarde

    demais para mud-lo agora."As conversas telefnicas dirias tinham feito muito para eliminar a timidez residualentre eles. Agora parecia natural conversarem relaxados, e muitas vezes flertarem ebrincarem. Talvez seja mais fcil de falar ao telefone. H menos presso, de alguma forma. Eeu no fico abalada com o quo difcil respirar quando ele olha para mim.

    "Como foi sesso de gravao hoje?", Perguntou ela. William estava em Chicago paragravar os concertos para piano de Liszt com a Orquestra Sinfnica de Chicago, e tambm paraum fim de semana de shows.

    "No to bem como eu esperava. Ao final da tarde eu pensei que estvamos com umbom desempenho, mas vamos ter que voltar a gravar quase tudo o que fizemos esta manh."

    "Ah, o perfeccionista em voc que est saindo. E eu vou dizer antes que voc diga,

    essa outra coisa que temos em comum, embora voc seja cem vezes pior do que eu."Ele riu. "Eu deveria estar fazendo uma lista de todas estas coisas. Seriamente,entretanto, eu estou insistindo que descartemos algumas das gravaes de hoje. Isso significaum longo dia amanh, mas eu no vou permitir que as performances neste CD sejaminferiores."

    "E se as pessoas da sinfonia discordarem?""No importa. Meu contrato me d direitos de autorizao definitiva. Se eu no estou

    satisfeito, ns no terminamos."Elizabeth balanou a cabea, sorrindo para as contradies da natureza de William. Ele

    poderia ser autoconfiante a ponto de arrogncia ao falar de um contrato de gravaoimportante, mas a perspectiva de uma xcara de caf com ela tinha o reduziu a um estado depnico completo. "Seria melhor que eles tomassem cuidado, ou voc vai faz-los passar o msque vem nessas sesses de gravao, sempre tentando encontrar a tomada perfeita."

    "Sem chance disso. Eu tenho um encontro muito importante na tera-feira noite,pelo menos, espero eu."

    "Sim, voc tem. Estou disponvel na tera-feira.""timo. Estou feliz que voc encontrou algum para negociar os turnos. Estou ansioso

    para o nosso jantar.""Eu tambm."Seu sorriso desapareceu. Ela no havia mentido para ele, mas ela tinha lhe permitiu ter

    uma suposio falsa, sem corrigi-lo. Ela se mexeu na cadeira, fazendo uma careta, como ascostas cansadas, o resultado de um longo dia de trabalho, registraram sua desaprovao dascadeiras da cozinha desconfortveis.

    "Eu gostaria que tivssemos um longo cabo neste telefone", ela resmungou. "Eu estoupresa aqui na cozinha, e a nica coisa para a qual estas cadeiras foram projetadas foi para sesentar ereta e comer o pequeno-almoo muito rapidamente."

    "Sinto muito. Eu estou estendido no sof da sala e bastante confortvel.""Voc tem uma sala de estar? No hotel? Oh, espere, estou sendo boba. Voc est em

    uma sute, certo? Provavelmente a mais bonita que eles tm.""Eu sempre gosto de ter um piano disponvel, e no h espao para um em um quarto

    de hotel padro. Mesmo em uma sute, eles normalmente tm que tirar alguns mveis paradeixar mais espao."

    Elizabeth notou um tom defensivo em sua voz. "Voc no precisa se justificar por ficarem uma sute."

    "Eu s no quero que voc ache que um desperdcio extravagante."

  • 8/2/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 14

    3/11

    An Unexpected Song By Rika3

    "De qualquer forma, parece que voc est muito mais confortvel do que eu. Eugostaria de poder estar no sof agora tambm." Uma viso brilhou na mente de Elizabeth deela mesma na sute de hotel, sem dvida, luxuosa de William, envolvida por seus braos nosof. "De qualquer forma, eu... me desculpe, eu esqueci o que eu estava dizendo."

    "Quanto voc desejava que estivesse deitada no sof." Sua voz era baixa e rouca, e ela

    suspeitava que seus pensamentos fossem muito parecidos com os dela prpria. Ela sentiu umcalor, uma sensao de formigamento passar por ela."Certo", respondeu ela, as bochechas esquentando. "E eu no posso fazer isso,

    porque, como eu disse, o cabo de telefone no se estende alm da cozinha.""Talvez eu deva enviar-lhe um telefone sem fio, em vez de rosas um dia destes.""Bem ..." Ela fez uma pausa, mordendo o lbio, mas depois respirou fundo e seguiu em

    frente resolutamente. "No importa de qualquer maneira. Eu no vou estar vivendo aqui pormuito mais tempo."

    "Por que no?""Eu finalmente falei com a reitora do Pacific Conservatory esta tarde, depois de alguns

    desencontros, e ela me ofereceu um emprego."

    "Srio?""Sim. Um trabalho fantstico, exatamente o que eu queria, e com um salrio muitomelhor do que eu estava esperando."

    "Bem, parabns! Voc deve estar muito satisfeita. Eu sei o quanto voc queria voltarpara San Francisco."

    Ento por que tenho segundos pensamentos?"Estou contente por eu estarei comJane. Eu estive preocupada com ela. Ela diz que est bem, mas eu tenho certeza que ela esttendo mais dificuldade do que ela admite. E um bom trabalho, alm do salrio, uma escolade prestgio, por isso lisonjeiro que eles me queiram. E eu estou empolgada com as aulas euvou dar." Ela hesitou. "Mas..."

    "Mas?""Eu fui gostando de conhecer voc, e agora...""Eu sei. Mas ainda h tempo. Voc vai se mudar no incio de agosto, eu suponho.""No. Eles me querem para ensinar em um programa de desenvolvimento de vero

    que comea uma semana a partir de segunda-feira. Estou saindo de New York na prximasexta-feira."

    "Na sexta-feira seguinte? Uma semana a partir de hoje?""Sim." Ela fechou os olhos e suspirou baixinho."Mas eu pensei... eu no achei que voc tinha que sair to cedo.""Mesmo se no fosse para o programa de vero, eu ainda estaria indo mais cedo. Jane

    precisa de mim agora, no daqui a dois meses. Na verdade, eu tenho guardado para umbilhete de avio para que eu pudesse ir para uma longa visita, no caso de eu no conseguir oemprego."

    Ela ouviu um suspiro pesado no final da linha de William. "Eu deveria ter percebido.""Eu larguei meu emprego, meu ltimo dia domingo. Eu preciso do tempo extra para

    ficar pronta para me mudar. Na verdade, por isso que eu estou livre para o jantar na tera noite. Se voc ainda quiser ir, claro."

    "Claro que sim. Por que voc acha que eu iria desistir?""Eu s... no, no importa. Isso no importante."Um silncio constrangedor se seguiu, at que ele finalmente falou. "Eu sei que no

    pode soar verdadeiro agora, mas estou feliz por voc.""Obrigada.""S lamento que... Eu desejo que eu no tivesse..." Ele ficou em silncio.Seu humor de corao leve foi completamente destrudo. Elizabeth estava tentando

    pensar em algo para dizer quando William falou de novo."Me desculpe, mas eu tenho que ir praticar agora, antes que fique mais tarde."

  • 8/2/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 14

    4/11

    An Unexpected Song By Rika4

    "Claro. Eu entendo." Isso o que eu esperava. Agora que ele sabe que eu estou indoembora, ele perdeu o interesse. Ele j no pode esperar para sair do telefone. "Obrigadanovamente pelas rosas."

    "No h de qu. Eu no tenho certeza de qual a cor de sbado, ento voc tem queme dizer quando eu ligar amanh."

    "Voc vai ter tempo para ligar? Voc tem um concerto amanh noite, no ?" Etalvez voc preferisse no perder seu tempo."Eu poderia ter que ligar tarde, s.""Isso funciona melhor para mim de qualquer maneira. Alguns amigos vo me levar

    para sair pra uma bebida depois do trabalho, ento eu vou chegar tarde em casa.""Elizabeth" Seu tom era urgente, mas depois ele parou abruptamente."Sim?"Ele ficou em silncio por um momento, e quando falou sua voz estava

    impassvel. "Nada. No foi nada. Boa noite.""Boa noite, William. Espero que tudo corra bem amanh."

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    William estava esperando ouvir a notcia do trabalho de Elizabeth desde que Catherinetinha deixado uma mensagem breve e enigmtica com Sonya ("Diga a William que a resposta sim"), na tarde de quarta-feira. Mas a iminncia de sua partida foi um duro golpe, que tinha-odeixado fora de equilbrio. Ele tinha terminado a sua ligao abruptamente por temer que elediria algo imprudente.Algo como, "Desista do trabalho. Fique comigo. Agora que eu

    finalmente te encontrei, eu no posso deixar voc ir."Sentou-se no sof e massageou a testa, tentando livrar-se de uma dor de cabea

    persistente. Eu deveria ter percebido que ela iria embora para a Califrnia imediatamente. Epor que ela no deveria? No h nada que a mantenha em New York. Ns estivemos umencontro. Ento, isso nos torna... o qu? Amigos?

    No. Amigos no se beijam da maneira que nos beijamos na noite de tera-feira.Ele se inclinou para frente, cotovelos apoiados sobre os joelhos, o queixo apoiado na

    mo, e olhou para o tapete azul e macio debaixo de seus ps, sentindo toda a fora de suaperplexidade. O aquecimento recente de seu relacionamento com Elizabeth tinha obscurecidoa distino entre a mulher real, com quem tinha partilhado um encontro e alguns beijosprolongados, e o fantasma que assombrou seus sonhos, que o adorava, e cuja paixo igualavacom a sua prpria. Ele estava achando um desafio lembrar que somente em sua imaginaoela se aquecida deitada em seus braos, acariciando-o e sussurrando palavras ntimas deamor. No entanto, os sonhos e as fantasias eram to reais, to vvidos.

    O pior de tudo era que, se seu comportamento no tinha colocado uma barreira entreeles, sua inicial atrao em San Francisco teria tido a chance de florescer ao longo do ltimoms. Ele tinha apenas a si mesmo para culpar.

    No final da conversa, ele tinha estado beira de pedir para ela voar para Chicago pelamanh para passar o resto do fim de semana com ele. Felizmente, o bom senso e a sanidadetinham chegado a tempo, e ele lembrou-se que tinham estado apenas em um encontro. Esseera o problema, perfeitamente resumido. O relacionamento deles estava em um estgio inicialtnue, ainda que na mente e no corao de William, ela pertencesse a ele e, ainda mais, elepertencesse a ela.

    Com um suspiro de resignao, ele se levantou e correu os dedos peloscabelos. Mudou-se para o piano, esperando trabalhar com suas frustraes em uma sesso deprtica intensiva. E assim, at tarde da noite, os vizinhos de William no hotel foram entretidoscom - ou atormentado por, dependendo do ponto de vista - por um recital de piano longo,com vrias repeties de uma interpretao brilhante da parte do solista de piano do Concerton 1 de Liszt. *

  • 8/2/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 14

    5/11

    An Unexpected Song By Rika5

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    "Al, Sonya?""William, voc?" A voz de Snia era grosso com o sono. "Sabe que horas so?"

    "No, eu no sei." William no tinha parado para considerar o momento em que oimpulso de ligar para sua secretria havia se apoderado dele."Bem, permita-me esclarec-lo. So duas e meia. Uma e meia, onde voc est. Eu sei

    que no tarde pelos seus padres, mas alguns de ns no so criaturas da noite.""Ser que eu acordei voc?"Ela bocejou. "Eu gostaria de poder dizer que voc interrompeu algo mais interessante

    do que o sono, mas no tive essa sorte.""Eu peo desculpas. Acabei de terminar a prtica, e eu preciso discutir algo importante

    com voc.""O que no podia esperar at de manh?" Sonya bocejou novamente."Eu tenho que estar no Orquestra Hall cedo, e esse vai ser um longo dia. Duvido que

    tenha tempo para ligaes.""Ok, ento, vamos acabar com isso. O que voc precisa?""Reservas para um jantar para tera noite."Este anncio foi recebido com silncio. Ento, ela limpou sua garganta. "Voc disse

    que era importante.""E .""Reservas para um jantar.""E eu preciso que voc me ajude a escolher o restaurante. Tem que ser o lugar

    perfeito.""Voc me ligou no meio da noite para me pedir para fazer reservas para um jantar.""Sim." Ele no estava perdendo o sarcasmo na voz dela, estava escolhendo ignor-lo."Para tera-feira. A que h quatro dias a partir de agora. Ou trs, dependendo de

    como voc olha para isso. Eu acho que agora manh de sbado, no ? Uma manh desbado muito cedo, na verdade."

    "Tudo bem, j chega. Eu no percebi o quo tarde era, e eu j me desculpei. Meupedido pode parecer trivial para voc, mas importante para mim. Eu estava sentado aqui mepreocupando com isso, e eu pensei que voc poderia ajudar."

    "Honesto o suficiente. Por enquanto vamos colocar a questo da importncia delado. Defina o lugar perfeito."

    "Elegante, mas no pretensioso.""Em outras palavras, todos os seus lugares favoritos esto fora."William decidiu ignorar o seu leve sarcasmo. "E tem que ser bem romntico.""Ah, e o outro sapato cai. Voc est levando Elizabeth Bennet para jantar na tera."William decidiu que a evaso era intil. "Sim.""Bom para voc. Eu ouvi sobre a entrega do jantar, por sinal. Bem feito, eu aposto que

    derreteu o corao dela. E o boato que o encontro na noite de tera foi muito bemtambm."

    "Eu no tenho privacidade naquela casa," resmungou."Eu sei que voc acha que inescrutvel, e na maioria das vezes voc , mas quando

    se trata de Elizabeth, sua cara de pau no funciona muito bem.""Isso no justifica todos discutindo sobre mim nas minhas costas. Eu tenho o direito de

    conduzir a minha vida particular... bem, em particular.""Eu sei o que dizer, mas os acontecimentos em sua vida tem um enorme impacto

    sobre o resto de ns, ento voc vai ter que esperar alguma curiosidade. Voc sabe, 90 porcento do que se passa naquela casa gira em torno de voc."

    "Isso no verdade."

  • 8/2/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 14

    6/11

    An Unexpected Song By Rika6

    "Tudo bem, ento, 80 por cento. Voc simplesmente no percebe isso porque vocacha normal. Alm disso, por razes que me escapam no momento, todos ns nospreocupamos muito com voc. Queremos que voc seja feliz, e voc esteve andando com seucorao ferido mostra nas ltimas semanas. Na verdade..."

    "O qu?"

    Ela fez uma pausa. "Basta ter cuidado, ok?""Por qu? Voc est sugerindo que ela est atrs de mim pelo meu dinheiro oustatus? No a insulte dessa maneira. Ela no assim."

    "Eu no estou dizendo que ela assim. S estou dizendo, tenha cuidado. Eu nuncatinha te visto assim antes, e eu no quero que voc se machuque. Embora isso servisse por meacordar no meio da noite para falar sobre sua vida amorosa."

    Ele ouviu o afeto triste em sua voz e sorriu. "Eu tenho sorte de ter voc, Sonya.""Voc certamente tem. Lembre-se que da prxima vez eu pedirei um aumento.""Ento, quais as alternativas para a noite de tera-feira?""Estou muito cansada para pensar com clareza agora. Pode me ligar no domingo, de

    preferncia num momento em que as pessoas normais esto despertas, e vamos rever

    algumas opes.""Tudo bem."" propsito, eu suponho que era o nmero dela que voc tinha me feito colocar em

    sua lista de discagem rpida na manh de quarta-feira?""Estou surpreso que voc no ligou e se apresentou. Voc poderia ter dito a suas

    histrias embaraosas sobre a minha infncia.""Oh, eu considerei isso, mas me contive."Ele riu. "Estou to orgulhoso de voc.""No foi completamente altrusta. Vai ser mais divertido guardar as histrias at eu

    conhec-la. Eu continuo imaginando voc se contorcendo em um canto, enquanto eu asconto."

    "Estou fazendo uma nota mental para manter as duas distantes.""Voc sabe que eu sou muito subserviente para isso. Bem, olha, eu gostaria de ter uma

    ou duas horas de sono esta noite, ento eu espero que isso seja tudo que voc precisava.""Sim, obrigado. E, novamente, me desculpe se eu acordei voc.""Eu diria para voc nunca fazer novamente, mas eu sei que perda de tempo. Agora,

    v dormir um pouco.""Eu vou tentar. Boa noite, Sonya."

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    "Ento, est tudo definido para hoje noite?" Sonya perguntou."Sim, eu acho que sim." William sentou-se mesa para parar o seu ritmo ansioso. Ele

    endireitou os ombros, tentando parecer mais confiante do que ele sentia, e depois consultou orelgio. Quase trs. Ele devia pegar Elizabeth para o jantar em um pouco mais de quatro horas.

    Sonya puxou uma cadeira para perto de sua mesa e sentou-se. "E voc tem certezaque quer jantar aqui?"

    Ele fez uma careta para ela. "Isso foi ideia sua! O que voc est dizendo agora, que euno deveria?"

    "Bem, na verdade, Mrs. Reynolds pensou nisso. Mas voc sabe que no vai ser o queElizabeth est esperando."

    "Olha, eu j estou nervoso, ento voc no precisa fazer tanto esforo na tentativa deme provocar."

    "Eu no sei por que voc est todo tenso. apenas um jantar com uma mulher. Defato, uma mulher cuja sanidade questionvel, j que ela parece gostar de voc."

    O olhar de William secou-a em sua mesa.

  • 8/2/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 14

    7/11

    An Unexpected Song By Rika7

    "Oh, troves," ela respondeu. "Eu estou brincando, obviamente. O que voc vaivestir?"

    Ele pegou uma caneta e comeou a rolar entre os dedos. "Meu palet novo.""Uau! Voc est realmente saindo para todas as paradas."" tarde de tera-feira. Ela est se mudando para a Califrnia na manh de

    sexta. Precisamente o que eu deveria estar esperando?""Ponto aceito. Assim, ento, vai haver uma gravata na sua maaneta esta noite? Issoainda o sinal universal para Coisas acontecendo, no entre, no ?"

    "Sonya, voc est cruzando a linha.""Eu s fico pensando, uma noite romntica sob as estrelas, seu quarto a apenas alguns

    andares de distncia...""Pare com isso. Agora.""Sinto muito." Sonya fez uma careta e balanou a cabea. "Estou to acostumada com

    a forma como Richard fala de suas faanhas que eu esqueci de que ainda existem algunscavalheiros no mundo."

    "Desculpas aceitas, mas isso um tpico que eu no pretendo discutir com voc."

    "Entendido, e novamente, me desculpe por pisar a linha. Olha, eu no tive qualqueralmoo, ento eu vou l embaixo para um sanduche. Voc no quer comer, quer? Quer vir eter um lanche?"

    "No, obrigado. Eu tenho algumas coisas para fazer l em cima."William subiu as escadas, a antecipao inquieta dando-lhe energia extra - embora ele

    pagasse o preo com um momento de falta de ar no patamar do terceiro andar. Ele havia seimaginado muitas vezes sentado com Elizabeth na biblioteca, passeando com ela no jardim, emostrando-lhe as flores exticas na estufa, e esta noite era a chance de ver essas visesrealizadas.

    Mas havia outros, outras vises ainda mais tentadoras - Elizabeth aninhada em seucolo na cadeira de couro em sua sala de estar, ou compartilhando sua banheira dehidromassagem, ou, acima de tudo, intimamente entrelaada com ele em sua cama. Elesentiu-se constrangido com os comentrios de Sonya, no porque ela estava sugerindo umaideia impensvel, mas porque ele tinha pensado nisso muitas vezes. Seu desejo por Elizabethtornou-se ainda mais urgente sob a influncia de sua partida iminente de New York, at queele era continuamente assediado por pensamentos de possu-la.

    Talvez ela compartilhasse este sentimento de urgncia. Embora ele no se iludisse queseus sentimentos fossem iguais aos seus, a atrao fsica entre eles era obviamente mtua. Eembora esta noite fosse apenas seu segundo encontro, essa contagem era enganosa. Eleshaviam conversado, danado e quase se beijado no jantar de ensaio de um ms atrs. Namanh seguinte, eles haviam caminhado na praia e se beijado. Em seguida, houve a recepona Julliard. Talvez eles se conhecessem por tempo suficiente at agora para dar o prximopasso.

    Ele raramente tinha sido confrontado com o dilema de adivinhar se uma mulher estavaamorosamente inclinada. Suas ltimas companheiras do sexo feminino tinham sidogeralmente diretas, tornando o seu interesse por ele claro, e por isso ele no conseguia selembrar de alguma vez ser recusado quando fez propostas. Mas Elizabeth parece tmida sobreessas coisas, ento eu duvido que ela faa o primeiro movimento. E se eu no fizer isso, ela irembora e a vai ser tarde demais.

    Nenhuma mulher, alm da Mrs. Reynolds ou um membro da famlia, nunca tinha postoos ps em seu quarto. Isso se devia em parte sua relutncia em partilhar a intimidade de seurefgio, pelo menos at que ele encontrasse a mulher certa com quem compartilh-la. Eletinha conseguido esse objetivo, mas uma questo prtica permanecia. Solteiros que viviamsozinhos tinham privacidade para conduzir suas vidas sexuais; William, que vivia com sua av,sua irm e uma empregada muito maternal, estava constantemente sob um microscpio.

  • 8/2/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 14

    8/11

    An Unexpected Song By Rika8

    Ento, se alguma coisa for acontecer hoje noite, talvez deva ser na casa dela, quandoeu levar ela para casa. Mas a perspectiva de traz-la para aquela sala e encontrar o xtase comela ali, criando memrias com as quais ele teria que sobreviver uma vez que ela se fosse,provavelmente se revelaria demasiado tentadora para resistir. Ento eu deveria estar

    preparado, apenas no caso.

    Preparado! Eu preciso fazer algo sobre isso. Ele tinha vergonha de perceber que eleno tinha estado com uma mulher, ou mesmo antecipado estar com uma por tanto tempo queele tinha quase esquecido proteo. Ele iria at farmcia mais prxima, ele havia pulado asua corrida de hoje, e o exerccio poderia ajud-lo a se acalmar.

    Pegou a carteira em sua cmoda, com a inteno de sair de uma vez, mas primeiro eledeu uma olhada rpida ao redor. Ser que ela gostaria de seu quarto? Ser que ela se sentiriaconfortvel ali?Tudo estava arrumado, claro - Mrs. Reynolds observava tudo. Mas elagostaria da mobiliria, as pinturas nas paredes, a grande lareira?

    Em seguida, ele saiu para sua varanda. Talvez amanh de manh Elizabeth e eutomaremos caf juntos aqui fora. Imaginou-a sentada mesa com ele bela como sempre,envolta em seu roupo de banho demasiado grande, a sua nuvem de cabelos escuros

    desgrenhados de uma longa noite de paixo. Com um suspiro satisfeito, ele agarrou ogradeamento da varanda de ferro, virou o rosto para o sol quente do meio-dia, e rendeu-se sua imaginao.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    "Oh, meu Deus, foi a campainha?" Elizabeth gritou freneticamente.Sally, sua colega de quarto, apareceu na porta do banheiro. "Sim. Voc quer que eu

    abra?""Como pode ser sete horas j?""Bem, . Devo deix-lo entrar no edifcio?"Elizabeth olhou para seu reflexo quase-nada-pronto no espelho do banheiro. "Sim, por

    favor."Seus telefonemas dirios com William tinham continuado at o fim de sua estadia em

    Chicago, apesar de terem assumido um tom mais srio com a sua partida de New York seaproximando. Ontem noite ele havia ligado de New York aps chegar em casa do aeroporto,e falaram por mais de uma hora. Ele se recusou a nomear o restaurante que ele tinhaescolhido para o jantar; apesar de seus melhores esforos para engan-lo para ele deixarescapar, ele tinha resolutamente, e com muita diverso, mantido o seu segredo.

    Sally ps a cabea para dentro do banheiro. "Ok, ele est subindo.""Ele no sabe que voc deveria estar alguns minutos atrasada para o seu

    encontro? Faa-me um favor. Quando ele chegar aqui, fale com ele enquanto eu termino deficar pronta, ok?"

    "Eu no posso. Eu tenho que ir ou eu vou me atrasar para o trabalho."Elizabeth fez uma careta para seu cabelo, que Sally tinha ajudado a organizar em um

    coque frouxo com uns fios soltos. Ela puxou um dos cachos que caam ao lado de seurosto. "Eu s no sei sobre o meu cabelo. Parece muito... no sei, como eu estivesse tentandoser algo que eu no sou, muito sofisticado e pretensioso."

    "Lizzy, seu cabelo est maravilhoso, e no pretensioso."Elizabeth, vestindo apenas um suti preto e calcinha combinando, correu para o

    quarto para acabar de se vestir. "Bem, acho que est tudo bem. Quero dizer, ele disse que nsestvamos indo para uma espcie de lugar no muito sofisticado."

    Sally entrou no quarto, procurando debaixo da cama at que ela pegou um par desapatos.

    "Voc poderia fechar o zper?" Elizabeth perguntou.Sally obedeceu, e Elizabeth virou-se para encar-la. "Como estou?"

  • 8/2/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 14

    9/11

    An Unexpected Song By Rika9

    "Fantstica. Voc vai derrub-lo quando ele vir voc."Elizabeth inspecionou-se no espelho. "Mas este vestido to apertado. Como que eu

    deixei voc me fazer compr-lo?""Viva um pouco. Voc tem o vestido, ento tambm pode vesti-lo. Alm disso, quantas

    vezes voc vai a um jantar com um famoso milionrio?"

    "Ele no ... bem, ok, ele um milionrio famoso, mas no parece assim quandofalamos. Ele simplesmente... William. Eu no posso explicar.""Sim, apenas William, que pode se dar ao luxo de enviar-lhe uma dzia de rosas todos

    os dias.""Exceto hoje. Agora que ele est em casa, as rosas pararam. Mas eu suponho que

    bom - estamos sem lugares para coloc-las."Ambas se encolheram quando ouviram a batida na porta. " ele", disse Sally. "Voc

    est pronta?""No! Eu tenho que consertar minha maquiagem.""A maquiagem est tima. Olha, eu realmente tenho que ir andando, mas vou dizer-

    lhe para esperar na sala de estar, e que voc estar pronta em breve."

    "Ok. No vai demorar muito.""Divirta-se hoje noite, e no me espere Vou sair com Craig depois do trabalho, eprovavelmente vamos pra casa dele."

    "Obrigado por tudo, Sally. Eu sei que tenho sido um pouco neurtica."" compreensvel. Uma garota no sai com um dos solteires mais cobiados de New

    York todos os dias da semana. Vejo voc amanh."Sally fechou a porta do quarto atrs dela, e Elizabeth ouviu os sons abafados de sua

    saudao a William e sua resposta. Elizabeth reaplicou o batom, limpou um pouco do p nonariz, e, com uma respirao profunda, abriu a porta do quarto.

    William estava de p na sala de estar de costas para ela, inspecionando sua coleo deCDs. Elizabeth se encolheu. O variado top de CDs na coleo era todo caracterizado emnenhum outro que no fosse William Darcy - na verdade, ela tinha cada CD que ele j tinhagravado. timo. Excelente. Ele provavelmente acha que eu tenho algum santurio estranho

    para ele em um armrio em algum lugar. Aposto que ele vai fugir para a porta a qualquermomento.

    "Oi, William."Ele virou-se e, medida que sua aparncia permeava a mente demasiada ansiosa dela,

    todos os outros pensamentos foram arrastados. Ela nunca o tinha visto parecer mais bonito oumais imponente do que ele parecia naquela noite. Ele usava um smoking impecvel adaptado,trespassado com uma camisa impecavelmente branca e pregueada e um lao preto. Ela estavaciente de sua altura, a largura dos ombros, e um ar poderoso de... qual a

    palavra? Virilidade. Sim. Ele exala virilidade.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Oh, meu Deus. Toda vez que eu acho que ela no pode ficar mais bonita... por agoraeu j deveria saber. William simplesmente olhou para ela, a boca aberta. Ele sabia que eledeveria parecer como um idiota, mas ele no podia evitar.

    Os olhos de Elizabeth eram brilhantes, emoldurados por uma franja escura dos cliosque nunca tinha notado antes. Seu cabelo estava escovado, revelando o seu gracioso pescooe ombros, fazendo com que ele ansiasse por tocar e provar a pele macia que havia l. Seuslbios estavam curvados em exatamente o tipo de sorriso acolhedor que muitas vezes tinhaimaginado receber dela. Mas quando o seu olhar continuou descendo, ele perdeu acapacidade de pensar. O vestido preto era simples, com gola redonda e mangas curtas, masera bem montado, mostrando as curvas que o mantinham acordado durante a noite eenviando uma onda gigantesca de pura luxria primitiva atravs dele.

  • 8/2/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 14

    10/11

    An Unexpected Song By Rika10

    "Voc est linda", William resmungou, e ento se lembrou do embrulho segurofirmemente em suas mos. Ele desenrolou o tecido, revelando um boto de rosa vermelhanica, o seu tronco agora ligeiramente esmagado.

    "Eu decidi fazer a entrega pessoalmente hoje", disse ele, estendendo a rosa paraela. "Acho que eu deveria t-lo deixado para os profissionais."

    Ela pegou a flor dele. "Obrigada. absolutamente linda. Vou cortar o caule mais curto,ela vai ficar bem.""Eu sei que j lhe enviei flores demais, mas achei que voc poderia ter espao para

    mais uma.""Claro que posso, especialmente para uma perfeita como essa." Ela aproximou-se dele,

    olhando para ele atravs de seus clios.Ele no podia esperar mais tempo para beij-la. Ele colocou as mos nos ombros dela e

    puxou-a suavemente em direo a ele, inclinando-se para frente. Seus lbios estavam a apenaspoucos centmetros de distncia quando a porta da frente bateu e Sally caminhou para a salade estar. Elizabeth pulou para trs, seu rosto em rubor.

    "Ol de novo", disse Sally. "Voc acredita que eu esqueci a minha carteira? No iria

    muito longe sem ela. Acho que a deixei na jaqueta que eu usava antes." Ela correu por elespara o quarto."Acho que poderamos ir agora." Elizabeth disse com um sorriso triste."Sim, vamos." Talvez eu possa beij-la no elevador."Deixe-me colocar a rosa em um pouco de gua primeiro."Eles deixaram o apartamento juntos, com a mo de William descansando

    possessivamente na cintura de Elizabeth. No exato momento que o elevador chegou, Sally saiucorrendo para se juntar a eles.

    "Oh, boa - cheguei aqui na hora certa. Ns podemos descer juntos."William balanou a cabea e fez o possvel para sorrir. Os olhos de Elizabeth

    encontraram os seus, e o divertimento irnico que ele viu ali aliviou pelo menos um pouco dafrustrao que fervia dentro dele. Ele tocou a mo dela, e sentiu os dedos quentes seentrelaarem nos seus.

    Quando eles saram do edifcio, Allen abriu a porta do carro para eles. Sally parou aolado do carro e olhou suplicante para William e Elizabeth.

    "Talvez eu no devesse perguntar, mas eu j estava atrasada antes que eu esquecesseminha carteira. Existe alguma maneira vocs poderem me deixar no trabalho em seu caminhopara onde vocs esto indo?"

    William, que tinha estado tramando uma maneira de beijar Elizabeth no carro sematrair a vista de Allen, forou um sorriso fraco em seu rosto. "Claro", respondeu ele, sua vozsoando mais frio do que ele pretendia.

    "timo, obrigada."Sally se ajeitou no banco de trs, e depois de um olhar de desculpas para William,

    Elizabeth seguiu seu exemplo. William se acomodou no lado do passageiro no banco da frenteem silncio sombrio. melhor este no ser um pressgio para o resto da noite.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    William estava certo de que levou pelo menos uma hora para chegar a boate Tribeca,onde Sally atendia no bar. Quando ela se foi, finalmente, juntou-se a Elizabeth no banco detrs para o restante da viagem.

    "Eu sinto muito por Sally ter se convidado," disse Elizabeth. "s vezes sutilezasescapam dela."

    "Est tudo bem. Eu no me importava.""Sim, voc sem importava, mas eu entendo. Se isso ajudar em algo, ela estava atrasada

    para o trabalho porque ela passou muito tempo me ajudando com o meu cabelo."

  • 8/2/2019 Uma Cano Inesperada - Cap. 14

    11/11

    An Unexpected Song By Rika11

    "Ento ela est completamente perdoada.""Ela me ajudou a comprar meu vestido tambm. Na verdade, ela realmente aquela

    que escolheu.""Ento ela est mais do que perdoada - sou seu mais novo f", ele murmurou. "Voc

    est... eu nem sei qual a palavra. 'Linda' parece to inadequado."

    Ele tomou sua mo, incentivado por seu sorriso tmido em resposta. Quando o carropassou para a parte superior da cidade, ele deslizou para mais perto dela, inalando o perfumeque tantas vezes parecia permear seus sonhos. Ele sabia, sem a menor dvida, que ia ser umanoite perfeita.

    ------

    *- Concerto de Piano N 1 em Mi Bemol Maior de Franz Liszt, S.124 (PV H4), terceiromovimento (Allegro Marziale Animato). Interpretada por Van Cliburn com a Orquestra deFiladlfia, dirigida por Eugene Ormandy, em Concertos para Piano de Liszt n 1 e 2 e GriegConcerto, Opus 16 . 1988 BMG Music.