UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS · Ribeiro de Melo Paiva, em Abaeté. Ali, os associados e...

8
UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS com a alegria da participação democrática, do respeito, da integração, da união de forças pela construção do bem comum. Umapublicaçãoda CooperativadosProdutores RuraisdeAbaetéeRegiãoLtda 12deAbrila12deMaiode2018 AnoXX-No233-Impresso DistribuiçãoGratuita

Transcript of UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS · Ribeiro de Melo Paiva, em Abaeté. Ali, os associados e...

Page 1: UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS · Ribeiro de Melo Paiva, em Abaeté. Ali, os associados e fami-liares presentes vivenciaram a alegria da participação demo-crática, do respeito,

UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOScom a alegria da participação democrática, do respeito, da integração, da união de forças pela construção do bem comum.

Uma publicação daCooperativa dos Produtores

Rurais de Abaeté e Região Ltda

12 de Abril a 12 de Maio de 2018Ano XX - No 233 - ImpressoDistribuição Gratuita

12 de Abril a 12 de Maio de 2018Ano XX - Nº 233 -ImpressoDistribuição Gratuita

Uma publicação da Cooperativa dos Produtores

Rurais de Abaeté e Região Ltda

Page 2: UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS · Ribeiro de Melo Paiva, em Abaeté. Ali, os associados e fami-liares presentes vivenciaram a alegria da participação demo-crática, do respeito,

12 de Abril A 12 de MAio18PublicAção dA cooPerAtivA dos Produtores rurAis de AbAeté e região ltdA.2

Melhor desempenho

Maior eficiência alimentar

Ótimo custo benefício

Alta energia

Melhor desempenho

Maior eficiência alimentar

Ótimo custo benefício

Alta energia

Melhor desempenho

Maior eficiência alimentar

Ótimo custo benefício

Alta energia

Melhor desempenho

Maior eficiência alimentar

Ótimo custo benefício

Alta energia

CNPJ - 16.505.554/0001-80IE - 002.088.863-0042Praça Amador Álvares, 12235.620-000 - Abaeté - MGGeral: (37) [email protected]

COOPERABAETÉ

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente: Eustáquio Márcio de OliveiraDiretor Administrativo:José Soares dos SantosDiretor Comercial: Rogério Lage de OliveiraConselheiros Vogais: Adelson E. de Campos RamiroEugênio Antônio da Costa Filho Geraldo Magela de Carvalho Jr.Guilherme A. Pereira Mendes

CONSELHO FISCAL

Abaeté - R. Francisco Antônio Rodrigues, 90 - (37) 3541-5456Paineiras - R. Orestes Cordeiro, 69 Fone (37) 3545-1014Biquinhas - R. Goiás, 1015 Fone (37) 3546-1145Morada Nova de MinasAv. Arnaldo Xavier Cordeiro, 1315Fone (37) 3755-2119Av. Arnaldo Xavier Cordeiro, 1293 Fone (37) 3755-1273

FILIAIS:

Jornalista Responsável: Christiane Ribeiro - MTb 4815/MGIMPRESSÃO: Gráfica Imprima TIRAGEM: 2.800 exemplares

Publicação da Cooperativa dos Produtores Rurais de Abaeté e

Região Ltda.

João Mendes Souza FilhoGeraldo Fernandes DamacenaValdelina Maria da Silva e SilvaSUPLENTES:Newton de Sousa Lino FilhoWilma Jane Alves de NoronhaIsmênia de Oliveira Martins

Neste ano de 2018, como parte das come-morações dos noventa anos da Cooperabaeté, estamos realizando entrevistas e homenagens aos colaboradores aposentados e ex-dirigentes, como forma de resgatar um pouco da história da Cooperativa. Nesta edição, a homenageada foi a colaboradora Florinda Lucy Alves de Sousa, que trabalhou quase meio século na Cooperativa e fez uma excelente resenha de toda aquela época.

Neste mês, queremos agradecer aos associa-dos que compareceram às Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária, que permitiram a análi-se e aprovação das contas do exercício de 2017, além de eleger os membros do Conselho Fiscal e, ainda, realizar pequenas alterações estatutárias.

Uma boa notícia aos produtores de leite é que em abril, pelo segundo mês consecutivo, houve aumento no preço do produto, o que, de certa for-ma, alivia um pouco as dificuldades por que passa o setor.

COOPERABAETÉ NOVENTA ANOS, UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS.

Homenagens Especiais na celebração dos 90 anos da Cooperabaeté

Um destaque (muito gostoso) da As-sembleia Geral da Cooperabaeté, dia 24 de março, foram os queijos, iogurtes e doces de leite produzidos, com muito carinho, pelas integrantes do Núcleo de Mulheres da Cooperabaeté.

Uma forma mais do que justa de ho-menagear os nossos associados, produ-tores desse produto tão nobre e essen-cial à nossa existência.

A Cooperabaeté parabeniza a todas as integrantes do Núcleo de Mulheres pela participação ativa em todos os nos-sos eventos!

Núcleo de Mulheres da Cooperabaeté engajado na

CAMPANHA “BEBA MAIS LEITE”.

Fotos AGO: Cristian Fagundes

Page 3: UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS · Ribeiro de Melo Paiva, em Abaeté. Ali, os associados e fami-liares presentes vivenciaram a alegria da participação demo-crática, do respeito,

3Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.12 de abril a 12 de Maio18

Eustáquio Márcio de Oliveira

Segundo o meu amigo Mozart Machado, de Lajinha, município de Paineiras, no final do sé-culo passado, morreu um vizinho dele, pequeno proprietário rural, ainda jovem, que deixou a viúva bonita e muito conservada.

A mulher ficou bastante apaixonada, chorava muito e não conseguia esquecer o falecido. Ape-sar dessa paixão, para não ficar sozinha, já que não tinha filhos, iniciou um namoro com um rapaz da região e se casou antes de completar um ano viuvez.

O casamento não teve o condão de fazer a viúva esquecer o primeiro companheiro. Sempre que podia, ela falava da saudade que sentia do falecido, mesmo na presença do novo consorte, que aprendeu a não se importar com aqueles lamentos, nem com as eventuais comparações sobre o desempenho de um e outro em determi-nadas situações.

Numa tarde, quando a mulher estava sozi-nha em casa, apareceu um forasteiro, que pediu água, conversou um pouco e, quando se prepara-va para sair, foi interrogado pela viúva que queria saber de onde vinha o visitante.

O homem respondeu que veio “lá de cima”. A dona de casa entendeu que ele viera do Céu e foi logo contando que o seu falecido marido também morava lá. O malandro visitante resolveu tirar pro-veito da oportunidade que lhe foi apresentada e informou que conhecia o marido morto, com quem mantinha relação de amizade lá no Paraíso.

Aquela informação gerou logo uma pergun-ta: “ele está bem lá onde mora agora?” “Não”, respondeu o forasteiro, “ele está numa situação financeira muito difícil, endividado, anda malves-tido, triste, envelhecido, mal alimentado, magro”.

A viúva apaixonada acreditou em toda história e logo pediu que o rapaz levasse algumas coisi-nhas para amenizar a situação do ex-marido.

Assim, ela foi ao interior da residência, pegou as melhores peças de roupa do marido, todo o dinheiro que havia na gaveta do quarto, um queijo curado, um tablete de goiabada e uma linguiça caseira que estava em processo de defumação.

De posse da encomenda, o desconhecido se foi, com a promessa de que entregaria tudo ao amado da mulher.

Momentos depois da saída da visita, o mari-do chegou e quis saber quem era aquela pessoa com que a esposa conversava.

Depois de ouvir a história, o homem ficou bra-vo com a esposa, argumentou que ela era muito inocente, que essas coisas não existem e que ele iria recuperar tudo que ela entregara ao malandro.

Para realizar a interceptação, nosso amigo montou em seu cavalo e percorreu um atalho. Ao se aproximar do seu alvo, gritou: “enganador de mulher, pode devolver tudo que é meu, se não quiser levar uma surra. ”

Deu azar, o forasteiro era faixa preta de kara-tê. A luta durou menos de cinco minutos. O mari-dão voltou para casa a pé, triste e envergonhado. Quando a mulher perguntou o que acontecera, ouviu a seguinte resposta: “você tinha razão, a situação do seu primeiro marido é muito triste mesmo. Fiquei tão comovido que mandei para ele até meu cavalo alazão. ”

A VIÚVAAssim foram as Assem-

bleias Gerais Extraordinária e Ordinária da Cooperabaeté, realizadas na noite de 24 de março, sábado, no salão do Parque de Exposições José

Ribeiro de Melo Paiva, em Abaeté.

Ali, os associados e fami-liares presentes vivenciaram a alegria da participação demo-crática, do respeito, da integra-

ção, da união de forças pela construção do bem comum.

Confira alguns registros do evento, feitos por Cristian Fagundes, autor também das fotos da capa desta edição:

João Mendes Souza Filho (eleito com 43 votos); Geraldo Fernandes Damacena (39 votos)e Valdelina Maria da Silva e Silva (34 votos);

com os suplentes Newton de Sousa Lino Filho (24 votos); Wilma Jane Alves de Noronha (13 votos) e Ismênia de Oliveira Martins (04 votos).

SHOW DE DEMOCRACIA!

Os integrantes do Conselho Fiscal 2018/2019 são:

Page 4: UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS · Ribeiro de Melo Paiva, em Abaeté. Ali, os associados e fami-liares presentes vivenciaram a alegria da participação demo-crática, do respeito,

12 de Abril A 12 de MAio18PublicAção dA cooPerAtivA dos Produtores rurAis de AbAeté e região ltdA.4

A Cooperabaeté está em constante inovação de sua linha de produtos, com o objetivo de atender aos desafios da produ-ção leiteira de nossa região e estimular o aumento da lucrati-vidade dos produtores. A novi-dade agora é a linha de ração CooperTop, que visa aumentar a produção leiteira dos animais sem causar aumento no estres-se calórico.

Tendo em vista o clima quente e úmido de nossa região no pe-ríodo das águas, nossos animais estão em constante estresse tér-mico, gerando prejuízos para a atividade leiteira. É que animais em estresse térmico têm sua produção diminuída em razão do aumento do gasto calórico para controle de sua temperatura in-terna. O CooperTop visa diminuir o incremento calórico devido à ingestão de concentrado.

Além de ajudar a amenizar as consequências do estresse térmico, o CooperTop diminui a ocorrência de problemas me-tabólicos, pois possui uma tec-

Guilherme de Freitas Megali, Zootecnista e Supervisor de Vendas Cooperabaeté

Há cerca de um ano e meio, o sargento da Polícia Militar Ar-ley Francisco Pereira, natural de Cedro do Abaeté, resolveu entrar no ramo da produção de leite e realizar um sonho de infância. “Meu pai (Sr. Valdemar Perei-ra), trabalhou em fazenda a vida toda e eu cresci acompanhando essa lida. Sempre gostei de me-xer com animais e, quando voltei para Abaeté, comecei a comprar alguns. Trabalhei com gado de corte de 2009 até 2016 e depois surgiu a oportunidade de mexer com leite, por sugestão de um amigo”, conta ele, que trabalha na PM há 16 anos.

A partir daí, o policial produtor começou a investir. Alugou o Sítio Garibaldi, na região de Potreiro, e, mais que uma nova atividade, acabou descobrindo um hobbie e uma grande paixão. “O início é complicado, principalmente no meu caso, que não tinha experi-ência nenhuma. É muito investi-mento e o retorno, às vezes, não

é tanto, mas é uma questão de gostar do que faz. No meu caso, é também uma válvula de esca-pe, uma forma de espairecer a cabeça, de esquecer um pouco o serviço de policial, que é mui-

to difícil. É prazeroso ir pra roça, ver um bezerro nascendo, cres-cendo, ver o temperamento dócil do gado girolando...”, destaca o sargento, produtor de 300 litros de leite/dia.

Há cerca de cinco meses na Cooperabaeté, após ter entrega-do o leite para duas outras em-presas, ele declara-se bastante satisfeito com a Itambé. “É dife-rente aqui, uma cooperativa mui-

to séria, não tem enrolação”, diz. Para o produtor, uma grande

preocupação é com a qualidade do leite. “Procuro manter tudo bem organizado, limpo e assea-do, além de sempre instruir meu colaborador quanto a isso”, ga-rante ele, que tem a ajuda do ca-sal Celmar e Vanusa no dia a dia.

Arley conta também com a assistência técnica do veteriná-rio Domício e com um programa do Senar para o controle finan-ceiro. “É fundamental você ficar bem atento aos números, senão o leite acaba se tornando uma atividade não rentável”, analisa o Sargento, que está sempre na lida da fazenda durante as folgas da atividade policial. “Não é só o retorno financeiro, mas sinto que estou cumprindo com meu dever, fornecendo um produto bom para a cooperativa, que vai atender a todos. Afinal, o leite do curral é o mesmo que eu sirvo para meus filhos, na maior confiança”, com-pleta.

Sargento Arley: vivenciando o prazer da lida no campo nos intervalos do trabalho policial

Para o novo associado da Cooperabaeté, a atividade leiteira é a realização de um sonho de infância, quando acompanhava o trabalho do pai, Sr. Valdemar Pereira

Cooper Top, uma ração para aumentar a produção leiteira dos animais sem causar aumento no estresse calórico

nologia desenvolvida por nossa parceira Nutron, o uso de um tamponante ruminal, que auxilia na estabilidade de Ph do rúmen.

Desta forma, há uma melho-ra na saúde dos nossos animais e nos sólidos do leite, uma vez que, na grande maioria dos ani-mais de alta produção, ocorre a chamada “acidose subclínica ou clínica”, causada pela alta ingestão de concentrados, oca-

sionando problemas de casco (laminite), queda na produção de gordura do leite, diminuição da ingestão de matéria seca, tendo como consequência queda na produção de leite.

O CooperTop foi desenvolvi-do para atender todas as situa-ções encontradas na pecuária leiteira de nossa região: Cooper-Top Cana - para fazendas que utilizam a cana de açúcar como

volumoso; CooperTop Silagem - para fazendas que utilizam si-lagem na dieta; e o CooperTop Águas - para fazendas que pos-suem o sistema de pastejo.

Lembramos aqui a importân-cia de se fazer uma dieta nutri-cional para a fazenda, visando o máximo de lucratividade. Muitas fazendas utilizam o custo míni-mo, porém nem sempre quando trabalhamos com o custo mínimo

temos uma otimização do lucro. Podemos citar como exemplo uma fazenda que possui um custo alimentar de R$ 10,00 com seus animais produzindo 20 li-tros de leite dia. Considerando o leite a R$ 1,00, temos uma sobra por animal de R$ 10,00. Caso passemos esse custo para R$ 13,00 e a nossa produção suba para 25 litros por animal dia, te-remos uma sobra por animal de R$ 12,00, ou seja, um aumento no retorno sobre o custo alimen-tar de 20%.

Assim, o CooperTop vem para auxiliar nas dietas, melho-rando a produção de sólidos no leite, a saúde de nossos animais, e, como consequência, a nossa eficiência de produção de leite. Importante frisar ainda que o Co-operTop não dispensa o uso de ração balanceada CooperAbae-té, mas auxilia em uma nutrição de ponta.

Na próxima edição do Jornal, vamos apresentar os resultados obtidos em propriedades da re-gião.

Importante ressaltar que, com o uso das rações CooperTop, não temos apenas um incremento na produção de leite, mas também na saúde dos nossos animais.

Page 5: UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS · Ribeiro de Melo Paiva, em Abaeté. Ali, os associados e fami-liares presentes vivenciaram a alegria da participação demo-crática, do respeito,

5Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.12 de abril a 12 de Maio18

BISCOITINHO DA DONA GERALDA

(Muito bom)

Bata 1 ovo, 200 gr de man-teiga e 300 gr de açúcar refina-do. Acrescente meia garrafa de leite de coco. Reserve.

Em outra vasilha, coloque 1 litro de polvilho para amassar.

Faça um buraco no polvilho e, aos poucos, vá misturando os ingredientes batidos.

Sove a massa e corte os biscoitinhos. Asse em tempera-tura média (180 a 200 graus)

BISCOITO DE DOCE 5 PRATOS

Misture 1 prato fundo de polvilho, 1 prato fundo de farinha de trigo e 1 pitada de sal. Coloque 1 prato raso de manteiga derretida. Misture. Acrescente 1 prato raso de açúcar e 1 prato de queijo.

Vá colocando os ovos um a um e amassando (ovos até o ponto de enrolar). Coloque 1 colher de pó Royal com um pouquinho de leite.

Quando der o ponto de en-rolar, acrescente um punhado de erva doce. Asse em forno brando (180 graus.)

Experimente algumas receitas de D. Joaquina Valadares

Uma vida em silêncio pela própria voz, mas cujos atos falaram e hão de sempre falar por ele.

De 1969 a 1978, exerci atividades no Cartório do 1º Ofício da Comarca de Abaeté, quando tive o privilégio de co-nhecer e, profissionalmente, conviver com Dr. Melo. Este período também me conferiu conhecimento suficiente para sabê-lo pessoa de grande sa-ber, notável, caráter, atitudes nobres e desprovidas de vai-dade.

Todas as tardes, após rea-lizadas as audiências que lhe competiam, Dr. Melo descia ao cartório onde eu trabalha-va. Sentava-se na cadeira do Sr. Orlando Andrade, na época o titular. Iniciava-se o nosso diálogo, sempre sobre temas do Direito: sentenças, acórdãos, jurisprudência, trânsito em julgado, recursos. Eu, iniciante, recém-formada em Magistério, absorvia tudo. A cada assunto, a cada tema, havia um conhecimento a

transmitir e um aprendizado a adquirir.

Abro aqui um espaço para parafrasear a grande poetisa goiana Cora Coralina: “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensi-na”. Assim era Dr. Melo, pro-fundo conhecedor do eterno aprendizado da vida e que tão bem sabia transferir. Ho-mem de grande cultura e de uma simplicidade “incontesti”. Simplicidade, sim, em sanar minhas dúvidas de iniciante e humildade em me explicar o que ia além de minhas dú-vidas. Atitude peculiar de sá-bios vultos.

Permanecia no cartório até que se encerrasse o ex-pediente, quando, cavalhei-rescamente, de mim se des-pedia. Um MESTRE. Quanto conhecimento por mim ad-quirido; quantas dúvidas, ora corrigidas, ora transformadas em certeza.

Devo-lhe, DR. MELO, pelo conhecimento adquirido e por tão curto tempo convi-

vido com o senhor. Apesar de terem sido quase 10 anos, quando se trata de vultos do seu porte, o tempo deixa de ser medido pelas horas.

E deve-lhe também Aba-eté. Aqui fundou a CNEG, a Escola Técnica de Comércio, presidiu a nossa primeira Co-operativa por 25 anos, ideali-zou e liderou o movimento de criação da Unidade de Laticí-nios, dentre outras obras, o que levou Abaeté a um perí-odo de expressivo progresso.

Homem de atitudes ex-celsas. Paradigma para nós, abaeteenses, que tivemos o privilégio de receber e convi-ver com sua pessoa.

Sempre que estou em Abaeté, percorrendo suas ruas, praças que são tantas, órgãos públicos, eu me per-gunto: - onde está seu nome DR. JOSÉ DE CAMPOS MELO?

O TEMPO VENCE, MAS NÃO PODE APAGAR A ME-MÓRIA.

Obrigada, DR. MELO.

CROQUETES TIA LIA

Cozinhe 1 kg de carne de boi e 1 kg de carne de porco. Tire a gordura e escorra.

Coloque 3 pães de sal (ve-lhos) de molho em um pouco de água ou leite.

Cozinhe meio quilo de batatas.

Passe na máquina de moer carne (ferro chato): a carne, o pão espremido para tirar excesso de líquido, a batata cozida e 1 xícara de cebola.

Tempere à vontade e amasse bem. Se a massa estiver dura coloque um ovo. Enrole.

Em um prato, bata 2 ovos bem batidos. Acrescente uma xícara de água.

Em outro prato, misture um pouco de farinha de pão e de farinha de mandioca.

Passe o croquete no ovo e depois vá misturando na farinha, balançando como se estivesse fazendo amêndoa.

Frite em óleo quente (bem quente. Coloque de pouco em pouco para não enchar-car. Ao fritar, um não pode ficar sobre o outro.

No ano em que a Cooperativa dos Produtores Rurais de Abaeté e Região Ltda comemora 90 anos, a memória nos traz de volta aquele que a presidiu por 25 anos e, em 1965, idealizou e liderou o movimento de criação da Unidade de Laticínios - Dr. José de Campos Melo. Praticamente tudo o que Abaeté conheceu de progresso entre 1940 e 1971 tem a marca da sua liderança ética, isenta, idealista e empreendedora.

A trajetória de Dr. Melo na Cooperabaeté teve início em 1946, quando substituiu seu cunhado, Dr. Edgardo da Cunha Pereira Filho (eleito Prefeito Municipal em 1947) na Presidência da Cooperativa de Crédito e Produção de Abaeté Ltda (na época, Banco de Abaeté).

Após fundar a Unidade de Laticínios, com a co-laboração, o entusiasmo e dedicação dos diretores Oswaldo Luiz de Oliveira e Rodolpho Mourão (que o sucedeu por 12 anos), Dr. Melo construiu a sede administrativa e o galpão, onde funciona o supermercado. Adquiriu o terreno e cons-truiu a plataforma de recebimento de leite (na época por latões). Posteriormente, o Mourão construiu os galpões e expandiu a cooperativa para os municípios de Paineiras e Biquinhas.

DR. JOSÉ DE CAMPOS MELO Homenagem a um Grande Líder

Nesta edição, a Cooperabaeté presta uma homenagem ao seu grande líder, nas emocionadas recordações da advogada Theresa Luísa de Faria:

Page 6: UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS · Ribeiro de Melo Paiva, em Abaeté. Ali, os associados e fami-liares presentes vivenciaram a alegria da participação demo-crática, do respeito,

12 de Abril A 12 de MAio18PublicAção dA cooPerAtivA dos Produtores rurAis de AbAeté e região ltdA.6

VENDE-SE UM TANQUI-NHO de leite 1.550 litros marca Frigomor: (37) 99918-5591 / 99927-4194

VENDE-SE UM TANQUI-NHO de leite 1000 litros Winter, ótima conserva-ção: (37) 33343- 2579 (Oscar Maia)

VENDEM-SE UM TAN-QUINHO Plurinox, 510 e DUAS ORDENHAS semi-novas: (37) 99939-2240

VENDE-SE UM TAN-QUINHO Westfalia 1.050 litros seminovo: (37) 99801-3027

VENDEM-SE:- UMA ORDENHA de qua-tro conjuntos e circuito fechado - marca Delaval;- QUATRO MEDIDORES DE LEITE - marca Wes-tfalia- UM GERADOR DE ENERGIA de 15 kva – Bambozzi- UM AQUECEDOR SO-LAR – marca Solart com boiler de 300 litros e qua-

tro placas.- UMA ENSILADEIRA JF 50 com carrinho - muito novaTratar: (37) 99969-3166 (Cláudio)

VENDE-SE UM TERRE-NO de 46 hectares em Macaúbas, todo formado. Casa, curral, poço arte-siano: (37) 99952-3388 (Silvano)

VENDEM-SE DOIS RE-PRODUTORES registra-dos: um Tabapuã (4 anos) e um Guzerá (3 anos): (37) 99969.3100 (Luiz)

VENDEM-SE BRAHMAN TOURINHOS: (61) 99995-2330 / (37) 99988-8872

VENDE-SE SILAGEM de Milho - Fazenda Jataí: (37) 99969-5063 (Nengo)

VENDE-SE SILO 110 t: Tião Venerando

VENDE-SE CASA na Av. Dr. Guido, 53 , Bairro Si-mão da Cunha, Abaeté. 3

quartos, sala, copa e co-zinha separada. Lote de 450 m2: (37) 99941-1164

VENDO LOTE de 360 metros quadrados na rua Oscar Viana: (37) 98800-1292 / 99866-1292

VENDE-SE UM CAMI-NHÃO Diesel 608 ano 1979 vermelho, alonga-do, assoalho de barrocha pra fazer carreto de gado: (37) 99967-8002

VENDE-SE CARRETA de 1 eixo nova para transpor-te de equinos: (37) 99837-9529 (Luciano)

MEDIÇÕES E DIVISÕES de fazendas, loteamentos e georreferenciamento: (37) 99965-9027 (Pereira Engenheiro)

CALÇAMENTOS em cur-rais, estradas e ruas, plan-tação e venda de GRAMA BAIANA: (37) 99956-4848 / 98814-8544 (Vando Pe-dra Azul).

A mastite é um processo inflama-tório da glândula mamária, geralmen-te causada por bactérias, que altera tanto a qualidade quanto a quantida-de de leite produzido. Essa é a doen-ça de maior prevalência na atividade leiteira e que causa maior prejuízo econômico para os produtores e para a indústria de laticínios.

A mastite clínica apresenta sinais inflamatórios, como alterações no lei-te, no teto, úbere inchado e até mes-mo febre, desidratação e perda de peso. As consequências são: maior gasto com medicamentos e assistên-cia veterinária, redução da produção de leite, infertilidade, aumento de descarte de vacas e, em casos mais graves, morte do animal.

Quando uma vaca apresenta um caso de mastite clínica, ela produz, em média, 10% de leite a menos durante a lactação. Vamos imaginar uma vaca com média de 15 litros de leite/dia, produzindo por 305 dias e que teve um caso de mastite. Ela produziu 457 litros de leite a menos nessa lactação. Somando R$ 45,00

de gasto com medicamento em um caso simples e mais 90 litros de leite a R$ 1,00/litro, referentes ao descarte de leite durante 3 dias de tratamento e mais 3 dias, em média, de carên-cia do medicamento, chegamos a um total de R$ 592,00 por caso clínico. Isso sem contar aumento na mão de obra devido ao manejo diferenciado desse animal e gastos adicionais com um médico veterinário.

Já a mastite subclínica não é de-tectada através de observações visu-ais do leite ou do úbere, pois estes apresentam uma aparência normal. O aumento da contagem de células somáticas (CCS) no leite é o princi-pal parâmetro para avaliar se a vaca está com mastite subclínica, pois sig-nifica que houve migração de células de defesa para a glândula mamária para combater o agente causador da infecção.

O maior prejuízo da mastite sub-clínica é a redução da produção de leite.

Observe a tabela abaixo que de-monstra essa estimativa:

CCS do tanque (x 1.000 cél/ml)

200500

1.0001.500

Perda na produção de leite (%)

061829

Como exemplo, utilizaremos uma fazenda com produção diária de 1000 litros de leite e com CCS do tanque de 1 milhão de células/ml. Esse reba-nho terá, segundo os dados da tabe-la, uma perda de 18% na produção. Logo, são perdidos 180 litros por dia. O prejuízo é de 180 litros x preço do

leite (R$1,00) x 30 dias = R$ 5.400,00 por mês. Sem contar com a redução no preço de leite pago ao produtor em função do aumento da CCS, de acordo com a política de pagamento de qualidade praticada pelo laticínio.

Produtor, esse pode ser o lucro da atividade que está indo embora!

Thaynan Araújo, Supervisor de Captação da CCPR/Itambé

QUANTO CUSTA A MASTITE?

Animal com mamite clínica. Presença de grumos no leite.

Foto Embrapa Gado de Leite

Page 7: UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS · Ribeiro de Melo Paiva, em Abaeté. Ali, os associados e fami-liares presentes vivenciaram a alegria da participação demo-crática, do respeito,

7Publicação da cooPerativa dos Produtores rurais de abaeté e região ltda.12 de abril a 12 de Maio18

Contagem de Células SomáticasPRODUTOR (MATRÍCULA) CCS

Contagem BacterianaPRODUTOR (MATRÍCULA) CBT PRODUTOR (MATRÍCULA) % PROTEÍNA

Porcentagem de Proteína Total Porcentagem de Matéria GordaPRODUTOR (MATRÍCULA) % GORDURA

Emídio Pereira Neto (3660)Geraldo Evando Pereira (242)Eustáquio Márcio de Oliveira (797)Ricardo Assis Santos (114)Paulo Roberto F Andrade (2066)Sebastião José de Freitas (3573)Geraldo Magela de Noronha (173)Geraldo Donizete Mendes (4638)Céelio Rodrigues César (214)José Paulino Nunes (2194)Sérgio Augusto da Costa Oliveira (1743)Adriana Maria da Costa Oliveira (1710)Valério Alves de Oliveira (353)João Carlos de Oliveira (670)José Edivaldo de Faria (439)Alisson de Sousa Valadares (449)Alexandre de Souza Valadares (276)José de Faria Lemos (2074)Carlos Alberto Silva Lemos (3577)Rogério Lage de Oliveira (370)Guilherme A. Pereira Mendes (962)Ricardo Teófilo Pereira (3174)José Teófilo Pereira (2059)José Ronaldo Pereira (3560)Roberto César de Andrade (2421)Elismar Noronha Lima (3459)Geraldo Magela de Carvalho Jr (3592)Lacerdino Barbosa da Silva (3559)João Batista Ferreira (3474)José Maria da Silva (3522)

2.8284.0004.0004.0004.2434.2434.4725.1965.2925.4775.6575.6575.6575.6575.9167.0007.0008.3678.3678.4858.4858.6608.6608.6608.8328.9448.9449.1659.3819.487

108.388111.225116.653146.642161.997164.000176.989186.145197.732212.765223.074224.433228.631238.076238.076242.652244.459246.414247.366247.992253.557254.045254.912262.263285.373285.865295.677295.677295.973295.973

José Vicente de Castro (268)Ivair César Damasceno (4113)Antônio Maria Xavier Filho (4250)Domício de Campos Maciel (384)José Romeiro de Menezes (93)Isaelmon César Damasceno (4110)Cerenita Cezar da Cunha (402)Oscar Liandro da Cunha (4617)José Gonçalves Rios (2062)Ildeu Alves de Sousa (2)Danilo de Campos Menezes (4588)Ricardo Teófilo Pereira (3174)José Teófilo Pereira (2059)José Ronaldo Pereira (3560)Ives Mendes de Souza Pereira (1724)Edvar Antônio Eloi (2522)José Pereira de Lima 1942 (1558)João Batista Ferreira (3474)Higino Cunha Valadares (782)José Maria da Silva (3522)Hélio Augusto Botelho Vilas (3422)Enivaldo M de Sousa e Outra (4464)Celcino José Ribeiro (4441)Geraldo Mendes Morato Filho (452)Marcio Tulio de Avelar e Out (813)Sebastião Vicente de Paula (3461)Antônio Eustáquio Maia (3677)Paulo Roberto F Andrade (2066)Geraldo Fernandes Damascena (3594)José Ernesto de Freitas (2060)

3,763,723,693,683,673,653,653,643,613,613,593,593,593,593,593,583,583,573,573,563,553,543,543,543,543,533,533,523,523,51

José Maria da Silva (3522)Cerenita Cezar da Cunha (402)Ivair César Damasceno (4113)José Vicente de Castro (268)Isaelmon César Damasceno (4110)Domício de Campos Maciel (384)Júlio Ricardo Ferrão (2117)Luiz Gonzaga de Lima (3046)Agroville Agricultura e Empr (4641)Agroville Agricultura e Empr (4641)Carlos Antonio de Andrade (3125)Mariana Arruda Avelar (387)Marconi Afonso de Avelar e O (243)Geraldo Donizete Mendes (4638)Ildefonso Gonçalves de Olive 296Nilson José da Silva (812)João Eustáquio de Lima (3130)Newton de Sousa Lino Filho (1700)Ari José da Cunha (1530)Alisson de Sousa Valadares (449)Alexandre de Souza Valadares (276)José Pereira de Lima 1942 (1558)Marcelo José Oliveira Maciel (1714)Paulo Roberto F Andrade (2066)Ricardo Assis Santos (114)Edvar Antônio Eloi (2522)Antônio do Carmo Fróes (301)Denis Thiago Gomes (1736)Douglas Marques de Lima (397)Silvano Lourenço da Silva (3154)

4,504,494,434,384,384,294,294,294,234,224,214,194,194,184,174,174,164,164,164,134,134,124,114,074,074,064,044,034,024,01

Enivaldo M de Sousa e Outra (4464)Altivo Rodrigues Pereira (4234)José Ezequiel de Oliveira (2112)Valdir Ferreira de Andrade (2003)João Gomes de Almeida-1942 (2167)José Lino da Cunha (1577)Daniel Gonçalves Rios (3137)Valério Alves de Oliveira (353)José Gonçalves Rios (2062)Geraldo Donizete Mendes (4638)Marco Antônio Arruda (677)Danilo de Campos Menezes (4588)Geraldo Magela de Noronha (173)Ricardo Macedo Valadares ( 406)Francisco E Valadares (3764)José Pereira Ribeiro (2120)Bernardo Mendes Filho (2004)Célio Rodrigues Cesar (214)Paulo Roberto F Andrade (2066)José Romeiro de Menezes (93)Celcino José Ribeiro (4441)Evandir Ferreira (1556)Sebastião Vicente de Paula (3461)Leni de Castro Cordeiro (1664)Hélio Augusto Botelho Vilas (3422)José Maria da Silva (3522)Mariana Arruda Avelar (387)Marconi Afonso de Avelar e O (243)Fabiano de Sousa Machado (4627)Altino de Souza Machado (4591)

DESTAQUES NA QUALIDADE DO LEITE / MARÇO 18

OBS: Samuel José de Freitas (4606), José Carlos de Freitas (3159), Fábio Eugênio Lemos Costa (441), Silvano Lourenço da Silva (3154), Valdelina Maria da Silva e S (3603) e Roberto César de Andrade (2421) também empataram em 30º lugar na Proteína, com 3,51%. Valdelina Maria da Silva E S (3603), Ricardo Romeiro de Menezes (3171), Ricardo Ma-cedo Valadares (406), Francisco E Valadares (3764) empataram em 30º lugar na Matéria Gorda, com 4,01%.

Pelo segundo mês consecutivo, Emídio Pereira Neto (matrícula 3660) foi o campeão na Contagem Bacteriana, com 2.828 ufc/ml.

Na Contagem de Células Somáticas, o primeiro lugar ficou com Enivaldo M de Sousa (4464), um dos cooperados sorteados e premiados na AGO da Cooperabaeté.

Parabéns aos Campeões na Qualidade do Leite

Page 8: UMA COOPERATIVA QUE FAZEMOS JUNTOS · Ribeiro de Melo Paiva, em Abaeté. Ali, os associados e fami-liares presentes vivenciaram a alegria da participação demo-crática, do respeito,

12 de Abril A 12 de MAio18PublicAção dA cooPerAtivA dos Produtores rurAis de AbAeté e região ltdA.8

Exemplo de h o n e s t i d a d e , presteza, com-petência, soli-

dariedade, amizade, D. Florinda Lucy Alves de Sousa trabalhou por 49 anos na Cooperabaeté, acompanhando e ajudando a impulsionar todo o seu processo de crescimento.

Formada pela Escola de Co-mércio São Luiz, em Dores do In-daiá, ela conta que foi admitida, em 03 de agosto de 1956, como contadora da antiga Cooperativa Banco de Abaeté Ltda, presidida por Dr. José de Campos Melo. “Ele era um homem formidável, que impunha muito respeito. Era um exemplo de educação e de coragem. Fundou a unidade de leite da Cooperativa, em 1965, enfrentando muitas dificuldades. No início, a Cooperativa recebia o leite no prédio da antiga fábrica de farinha do Pedro Marques, na Avenida Joaquina do Pompéu. Depois, quando fizeram a sede própria da indústria, falaram que ele estava construindo um elefante branco”, historia Dona Florinda.

Aos 82 anos de idade, ela re-corda quando o armazém da Co-operativa funcionava nos fundos de um velho casarão, ao lado da Casa Moura. “Era pequenininho. Tinha um portão grande e, lá no fundo, eles vendiam remédio ve-terinário, cigarro e outros produ-tos. Depois, quando construíram a sede da Cooperativa, onde é o escritório, foi que passaram o ar-mazém pra frente. Com o tempo, foram aumentando as mercado-rias...”

A construção da loja da Co-operativa ocorreu na gestão do Sr. Rodolpho Mourão, que foi diretor nos dois primeiros man-

datos do Dr. Melo e presidente por 12 anos. “O Mourão era uma alma boa demais, era muito hu-mano, fora de série, olhava muito o lado humano de todos”, cita.

Nos mandatos dele, também foram construídos os galpões da plataforma de leite de Abaeté, a Usina de Biquinhas e com-prados o armazém e a usina de Paineiras. Outro destaque foi a aquisição dos tratores, patrolas e carregadeiras, que eram alu-gados aos produtores, no projeto de popularização das máquinas agrícolas para impulsionar o de-senvolvimento da agricultura da região. “Quando essas máquinas chegaram, foi uma festa, com desfile pela cidade e um churras-

co na usina”, lembra. Dona Florinda ressalta tam-

bém as grandes amizades que fez entre os colegas de trabalho. “Sempre que passo na Coopera-tiva, entro pra ver a Tuti. Outros grandes amigos já morreram, como o Joaquim Andrade, a Ma-ria Alice, o Zé do Quinzinho. Esse era uma peça! Às 6 horas da ma-nhã, ele me ligava e falava: ‘pode levantar e vir que seu café está em cima de sua mesa’. Chega-va na Cooperativa e encontrava bolo, biscoito, leite, manteiga, torrada... A loja abria às oito, mas ele ia cedinho e ficava varrendo o passeio, dando bombom para os meninos que passavam pra escola. Era um homem bom de-

mais...”Quando deixou a Coopera-

tiva, em junho de 2005, Dona Florinda foi homenageada por cooperados, funcionários e ex--presidentes da Cooperabae-té. Um deles foi Aloísio Lucas Pereira, que trabalhou com ela de 1973 a 1989 e destacou: “A Florinda foi tudo na Cooperativa. Aliás, a Cooperativa era a vida da Florinda. Ela se preocupava com a Cooperativa como se fosse sua propriedade. Ou como se fosse sua família. Uma pessoa com uma experiência fantástica, de fácil convívio, simples, inteligen-te, companheira, amiga, conse-lheira. Voltada para o bem, para os amigos, a família, o trabalho”.

E é assim que ela vive seu dia a dia, cuidando da casa, das roupas, da comida, ajudando a tomar conta dos sobrinhos netos. Com o mesmo amor e dedicação dos tempos em que era conside-rada a “prata da casa, a ‘dona’ da Cooperativa”, como destacou Dr. Ricardo Pereira de Souza. “Era quem resolvia tudo do ponto de vista financeiro, e resolvia com mão de ferro. Sabia tudo, nada passava por ela. Uma pessoa incorruptível, com uma rigidez de caráter tremenda e uma eficiên-cia a toda prova. Esses quase 50 anos que ela dedicou à Coopera-tiva são um recorde. A Florinda é única nesse sentido. E todos nós devemos muito a ela”.

Dona Florinda, quase 50 anos de dedicação à Cooperabaeté

De agosto de 1956 a junho de 2005, Dona Florinda acompanhou bem de perto as transformações e o processo de crescimento da Cooperabaeté.Lembra-se do antigo prédio da Cooperativa e de quando as assembleias eram realizadas no galpão da usina de laticínios.

Dentre as boas lembranças de D. Flo-rinda, está o desfile das máquinas que a Coope-rativa adquiriu na década de 70 no desafio de impulsionar a agricultura na região.

E grandes amigos / colegas de trabalho, como Arlete Freitas, Nilda Sousa, Aparecida Portes e o caminhoneiro Arturzinho.