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UMA ESTRATÉGIA LÚDICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO NÍVEL MÉDIO LARISSA CODEÇO CRESPO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ DEZEMBRO DE 2007

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UMA ESTRATÉGIA LÚDICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO NÍVEL MÉDIO

LARISSA CODEÇO CRESPO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO

CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ

DEZEMBRO DE 2007

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UMA ESTRATÉGIA LÚDICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO NÍVEL MÉDIO

LARISSA CODEÇO CRESPO Monografia apresentada ao Centro de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte das exigências para obtenção do título de Licenciado em Química.

Orientadora: Prof ª. Drª. Rosana Giacomini

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO

CAMPOS DOS GOYTACAZES, RJ DEZEMBRO DE 2007

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UMA ESTRATÉGIA LÚDICA PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO NÍVEL MÉDIO

LARISSA CODEÇO CRESPO

Monografia apresentada ao Centro de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, como parte das exigências para obtenção do título de Licenciado em Química.

Aprovado em 03 de dezembro de 2007 Comissão Examinadora:

Prof. Dr. Paulo Cesar Muniz de Lacerda Miranda

Prof. Dr. Nilson Sergio Peres Stahl

Profa. Dra. Rosana Giacomini (Orientadora)

UMA ESTRATÉGIA LÚDIC

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Aos meus pais, Manoel Bento Siqueira

Crespo e Clitia Rangel Codeço Crespo pelo

companheirismo, incentivo e apoio em todos

os momentos e decisões da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

A Deus por sempre estar ao meu lado indicando os melhores caminhos e ajudando

nos momentos difíceis.

A professora Rosana pela orientação e ajuda na realização deste trabalho.

Ao professor Paulo Miranda pela disponibilidade em me ajudar sempre que precisei.

A amiga Joice pela amizade, companheirismo e pela ajuda na elaboração dos jogos.

As amigas, Juliana Miranda, Karla, Juliana, Gisele e Josi pela amizade e

companheirismo durante os quatro longos anos do curso.

A todos os professores e colegas da graduação em Licenciatura em Química.

A diretora Silvia e a coordenadora Marcília do Colégio Estadual Nilo Peçanha pela

oportunidade de desenvolver este projeto.

A minha irmã Mirella, a Raphael e a minha amiga Diana por me compreenderem e

me incentivarem.

A minha tia Cláudia e à meus primos Rafael e Laís pela convivência agradável.

Aos meus pais e a minha avó pelo amor indescritível e por estarem ao meu lado em

todos os momentos.

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RESUMO

Nesta monografia foram aplicadas atividades lúdicas, na forma de jogos

educacionais, para trabalhar alguns conteúdos de Química da terceira unidade da 1ª

série do Ensino Médio de forma construtiva.

O jogo aplicado foi o Jogo do “Quí-mico”, cuja modalidade é cartas. No final do

bimestre, através de freqüências e avaliações somativas, foi analisado o

desempenho da turma no terceiro bimestre de 2007, quando comparado com os

dois primeiros do mesmo ano, nos quais os conteúdos foram trabalhados de maneira

tradicional.

Os conteúdos abordados no terceiro bimestre foram: ligações químicas (iônica,

covalente e metálica); número de oxidação; nomenclatura e formulação das funções

inorgânicas (ácidos, bases, óxidos e sais).

A análise dos dados (notas e freqüências) dos três primeiros bimestres do ano letivo

mostrou, ainda que de forma modesta, que o jogo educacional atuou no terceiro

bimestre como um elemento motivador e facilitador da aprendizagem. O fato dos

resultados não serem tão satisfatórios quanto esperávamos podem estar

relacionados aos rumores de greve e paralisações nas escolas Públicas Estaduais

que ocorreram durante o desenvolvimento das atividades no terceiro bimestre.

Palavras-chave: jogos educacionais; ensino de química; construtivismo.

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LISTA DE FIGURAS Figura 1: Carta do Mico ........................................................................................................22

Figura 2: Exemplo de um par de cartas do jogo "Quí-mico" - Ligações Químicas. a) composição da fórmula do NaCl, a partir dos íons sódio e cloro. b) Localização dos elementos na Tabela Periódica e classificação da ligação. .....................................................................................................................25

Figura 3: Exemplo de um par de cartas do jogo do “Quí-mico” – Número de oxidação. a) carta com uma substância composta, o número de oxidação do enxofre deve ser calculado. b) o número de oxidação do enxofre neste composto é +6.........................................................................................................26

Figura 4: Exemplo de um par de cartas do jogo do “Quí-mico” – Nomenclatura dos ácidos e bases. a) fórmula de um ácido. b) ácido clorídrico - nomenclatura de acordo com a IUPAC. .......................................................................................27

Figura 5: Exemplo de um par de cartas do jogo do “Quí-mico” – Nomenclatura dos óxidos. a) fórmula de um óxido. b) monóxido de carbono - nomenclatura de acordo com a IUPAC. .......................................................................................28

Figura 6: Exemplo de um par de cartas do jogo do “Quí-mico” – Nomenclatura dos sais. a) fórmula de um sal. b) brometo de potássio - nomenclatura de acordo com a IUPAC. ............................................................................................29

Figura 7: Exemplo de um par de cartas do jogo do “Quí-mico” - Classificação das funções inorgânicas. a) ácido fosfórico. b) triácido – uma de suas classificações. .........................................................................................................30

Figura 8: Alunos consultando a resolução e as regras de número de oxidação. .......36

Figura 9: Envolvimento dos alunos na mesma atividade................................................36

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Ligações Químicas. ..............................................................................................................24

Tabela 2 - Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Número de Oxidação. ..............................................................................................................25

Tabela 3- Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Nomenclatura de ácidos e bases. ....................................................................................................26

Tabela 4- Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Nomenclatura dos óxidos. .............................................................................................................................27

Tabela 5- Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Sais. .....................28

Tabela 6- Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Classificação das funções inorgânicas.............................................................................................29

Tabela 7- Porcentagem das freqüências dos alunos da turma 1006............................32

Tabela 8- Notas por bimestre dos alunos da turma 1006...............................................33

Tabela 9- Conteúdos dos três primeiros bimestres do planejamento do CENP para a 1ª série do Ensino Médio. ...............................................................................38

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SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................8 1.1- A ESCOLA E O PROFESSOR.............................................................................9 1.2 - JOGOS EDUCACIONAIS .................................................................................10 1.3 - CLASSIFICAÇÃO DO JOGO............................................................................11 1.4 - JOGO DO MICO ...............................................................................................14 2- OBJETIVO ............................................................................................................16 2.1 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................16 3- METODOLOGIA ...................................................................................................17 4 - DESENVOLVIMENTO .........................................................................................19 4.1. PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES LÚDICAS ...............................................19 4.2 - ETAPAS DO PLANEJAMENTO DOS JOGOS DO “QUÍ-MICO” .......................21

4.2.1 - Objetivos e conteúdos específicos de cada j ogo do “Quí-mico” .....23 4.2.1.1- Jogo do “Quí-mico” - Ligações Químicas..............................................23 4.2.1.2- Jogo do “Quí-mico” - Número de oxidação ...........................................25 4.2.1.3- Jogo do “Quí-mico” – Nomenclatura dos ácidos e bases......................26 4.2.1.4- Jogo do “Quí-mico” - Nomenclatura dos óxidos....................................27 4.2.1.5- Jogo do “Quí-mico” - Nomenclatura dos sais........................................28 4.2.1.6- Jogo do “Quí-mico” – Classificação das funções inorgânicas...............29

5- RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................31 5.1 - APLICAÇÃO DOS JOGOS ...............................................................................31 5.2 - AVALIAÇÃO QUANTITATIVA...........................................................................32

5.2.1- Freqüência ..............................................................................................32 5.2.2 - Avaliação somativa ...............................................................................33

5.3 - AVALIAÇÃO QUALITATIVA..............................................................................35 5.4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................37 6 - CONCLUSÃO ......................................................................................................39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................40 APÊNDICES.........................................................................................................41 A: PLANEJAMENTOS DAS AULAS DO 3° BIMESTRE.......... .............................41 B: MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” - LIGAÇÕES

QUÍMICAS......................................................................................................53 C - MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” - NÚMERO DE

OXIDAÇÃO.....................................................................................................54 D - MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” - NOMENCLATURA

DOS ÁCIDOS E BASES.................................................................................55 E - MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” - NOMENCLATURA

DOS ÓXIDOS.................................................................................................57 F - MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” - NOMENCLATURA

DOS SAIS.......................................................................................................58 G - MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” - CLASSIFICAÇÃO

DAS FUNÇÕES INORGÂNICAS....................................................................59 ANEXO..................................................................................................................62 ANEXO A: RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO....................................................62

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1- INTRODUÇÃO

A melhoria do processo ensino-aprendizagem é uma busca que vem sendo cada vez

mais enfatizada em todas as áreas do conhecimento e justifica a necessidade do

professor utilizar diferentes estratégias pedagógicas de ensino.

Os alunos, de uma forma geral, se mostram muito resistentes para participarem das

aulas de Química no Ensino Médio. Estes possuem uma visão distorcida sobre

química, acham que esta disciplina trata somente de decorar fórmulas, tem o

conteúdo muito difícil e que não utilizam esses conhecimentos no seu dia-a-dia.

Um motivo para tal pensamento é que as aulas, em geral, são baseadas nos

métodos tradicionais de ensino (aula expositiva e técnica de pergunta e resposta)

que enfatizam a memorização e a aplicação de “regrinhas” como abordam os

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) sobre os conhecimentos de Química.

Ainda se observa que a grande dificuldade na compreensão dos conteúdos de

química está relacionada com a fragmentação dos conhecimentos que acaba por

descontextualizá-los (SILVA, 2003).

Os recursos materiais de ensino utilizados pelos professores são os livros didáticos,

o quadro e giz, não havendo nenhuma forma de motivação e de envolvimento dos

alunos com o conteúdo ensinado. Os livros didáticos, de acordo com Lopes (1992),

têm atuado como um padrão que é seguido pelos professores sem nenhuma crítica

sobre seu conteúdo, quando sua verdadeira função seria de auxiliar o professor e os

alunos no processo ensino-aprendizagem. Alguns livros didáticos não promovem o

desenvolvimento do raciocínio do aluno nem abordam temas importantes dentro da

realidade social do aluno.

Outros problemas encontrados para ensinar os conteúdos de Química é que, na

maioria deles, são muito abstratos ou requerem conhecimentos relacionados à

Matemática e Física, gerando mais dificuldade no seu entendimento. Algumas

estratégias de ensino que visam diminuir as dificuldades do aprendizado dos

conceitos de Química, quando estão relacionados com a falta de interesse e de

motivação, são os jogos educacionais; o laboratório de química e recursos

tecnológicos, na forma de softwares educacionais.

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Diversos trabalhos na literatura têm utilizado jogos educacionais que atuam como

atividades lúdicas, proporcionando o desenvolvimento intelectual e social dos

alunos, auxiliando nos processos de construção de conhecimento, memorização,

atenção, observação e raciocínio, além de reforçarem habilidades e conceitos já

aprendidos (SOARES, 2003 e GIACOMINI, 2006).

Softwares educacionais e laboratórios de química são estratégias que requerem

maior sofisticação e recursos para serem implementadas e, atualmente, devido à

falta de infra-estrutura da maioria das escolas brasileiras, estas metodologias nem

sempre são viáveis.

1.1- A ESCOLA E O PROFESSOR

A escola, a partir da atuação do professor deve promover a aprendizagem de

conhecimentos e o desenvolvimento de competências e habilidades de forma

duradoura (MACEDO, PETTY e PASSOS, 2000).

Os educandos não deveriam aprender somente leis científicas, mas também

processos para a resolução de problemas, tanto nas ciências quanto em situações

cotidianas (BORGES, 1996).

A idéia de que o ensino é repetir informações para serem memorizadas reduz o

papel do professor ao de transmissor do conhecimento e do aluno ao de

armazenador de informações para posteriores testes, estes avaliados somente pela

capacidade de memorização do aluno (BORGES, 1996).

O comportamento que realmente se deve esperar do professor é o de estimular o

aluno a pensar sozinho e propor situações problemas, proporcionando mais espaço

para o descobrimento e construção de suas idéias sobre o mundo em que vivemos

em vez de fornecer idéias prontas (MACEDO, PETTY e PASSOS, 2000).

A falta de concentração, desinteresse, indisciplina e dificuldade na aprendizagem

são algumas das dificuldades encontradas no dia-a-dia de uma sala de aula. Este

desinteresse pode ser o resultado da fragmentação das disciplinas, que acaba por

dificultar o entendimento. O conteúdo trabalhado teria que apresentar algum

significado ou remeter o aluno a algo já conhecido e serem possíveis de uma

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compreensão profunda. O aluno deve ser o objetivo da aula e o professor deve

selecionar os conteúdos de acordo com o interesse demonstrado pelos mesmos e

não ficar preocupado apenas em cumprir o planejamento da escola (muitas vezes

extenso demais), desconsiderando a capacidade de aprendizagem dos alunos.

Segundo Macedo, Petty e Passos (2000), deve ser difícil modificar todas as

situações problemáticas e melhorá-las em todos os aspectos de uma única vez, mas

iniciando-se a mudança em alguns pontos, em médio prazo poderia ser possível

obter bons resultados. A introdução de novas atividades no contexto escolar pode

resultar em alunos e professores mais motivados para o trabalho em sala de aula.

As atividades desenvolvidas podem ser elaboradas desde materiais simples até

mais sofisticados. Vai depender da infra-estrutura da escola e da criatividade do

professor. Se não há recursos materiais para grandes inovações como utilização de

computadores, que é uma tendência atual, o professor pode propor atividades

utilizando materiais simples, disponíveis e abundantes do nosso cotidiano, e até

mesmo o aproveitamento de sucatas como caixas de papelão, por exemplo.

O importante é propor atividades que mantenham a motivação, o estimulo e sejam

promotoras de uma aprendizagem real. O educando deve, através destas atividades

educacionais aprender a pensar, compreender e construir o seu próprio

conhecimento e não apenas memorizá-lo.

1.2 - JOGOS EDUCACIONAIS

De acordo com Antunes (1998), de forma geral, o jogo é uma das atividades que

mais estimula a inteligência e também o comportamento social, pois ele impõe

regras e faz com que os jogadores controlem seus impulsos, desenvolva e enriqueça

suas personalidades. Para Antunes (1998) os jogos educacionais ou pedagógicos

são aqueles que

são desenvolvidos com a intenção explícita de provocar uma

aprendizagem significativa, estimular a construção de um novo

conhecimento e, principalmente, despertar o desenvolvimento

de uma habilidade operatória (aptidão que possibilita a

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compreensão e a intervenção do indivíduo nos fenômenos

sociais e culturais e que o ajude a construir conexões).

Segundo Carvalho (2004), as diferentes atividades realizadas em sala de aula

devem ser baseadas em situações problematizadoras, envolvendo a resolução das

mesmas e levando à introdução de conceitos que contribuam para a construção do

conhecimento dos alunos. Nesta proposta, o aluno deve deixar de apenas observar

as aulas e passar a agir, interferir e questionar, o que pode ser alcançado com a

utilização de jogos educacionais.

Na maioria das vezes, os jogos educacionais são pesquisados e confeccionados

pelos próprios professores e, portanto, é essencial que este saiba da importância

deste material educacional como um objeto transformador, porque não basta apenas

transmitir o conhecimento é necessário que ocorra a aprendizagem, e esta não

acontece senão pela transformação, pela ação facilitadora do professor e pelo

interesse dos alunos. O professor também deve reconhecer sua responsabilidade e

tentar desenvolver atividades lúdicas com seriedade, que promova a estimulação da

inteligência de seus alunos.

O professor ao aplicar um jogo educacional tem a função de estimulador e avaliador

da aprendizagem. A escolha de um jogo pedagógico deve ser acompanhada por um

planejamento e os objetivos a serem alcançados devem justificar a sua aplicação e

acompanhar o progresso dos alunos.

As atividades lúdicas não devem ter a função dos materiais didáticos da escola

tecnicista, na qual os materiais sozinhos propõem o aprendizado para os alunos e o

professor fica apenas como um aplicador de programas. Portanto, o professor ao

utilizar atividades lúdicas como jogos educativos, deve fazer intervenções que

coordene e conduza as atividades com a finalidade de promover a construção do

conhecimento.

1.3 - CLASSIFICAÇÃO DO JOGO

Piaget (1964) classificou os jogos em três categorias que correspondem aos três

primeiros períodos do desenvolvimento humano. Esses três períodos estão

descritos, de forma sintetizada, a seguir:

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� Período sensório-motor (do nascimento até os dois anos aproximadamente).

No início deste período a vida mental da criança é reduzida a reflexos e

necessidades biológicas, aos poucos ela consegue coordenar movimentos e passa

a adquirir novos hábitos. No final do período, a criança já desenvolveu um tipo de

inteligência chamado de sensório-motor, com a qual ela é capaz de usar um objeto

para tentar alcançar outro, por exemplo. A criança também começa a ser mais

participativa com o que a cerca e só é capaz da fala imitativa, apesar de já

compreender algumas palavras.

� Período pré-operatório (dos 2 aos 7 anos aproximadamente).

Este período é caracterizado pelo aparecimento da linguagem e da intensificação

das relações sociais, sendo que a criança age de maneira egocêntrica.

A criança transforma o real em desejos e fantasias, para ela tudo se comporta como

ela, por exemplo, o sol tem rosto.

No final do período, a criança já entende que algumas coisas possuem regras e que

elas são necessárias para organizar, mas não as questiona.

� Período das operações concretas (dos 7 aos 12 anos aproximadamente).

A criança torna-se capaz de cooperar, de trabalhar em grupo, deixando de ser

egocêntrica, e ao mesmo tempo sendo autônoma. Ela é capaz também de realizar

ações buscando um objetivo e, utiliza para tais, objetos concretos.

A cooperação é uma capacidade que vai, a partir deste período se desenvolver, e as

crianças reunidas em um grupo vão passar a se organizar por regras próprias.

De acordo com as fases descritas anteriormente os jogos, então, são classificados

em (1) jogo de exercício, (2) jogo simbólico e (3) jogo de regras (PIAGET, 1964).

1. Jogo de exercício: tem seu desenvolvimento intensificado no período sensório-

motor e não supõe o pensamento nem qualquer estrutura representativa lúdica. A

criança brinca sozinha, sem ter noção da existência de regras.

O jogo de exercício ainda se subdivide em outras quatro categorias:

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a) Jogo de exercício simples: o indivíduo se restringe a imitar uma ação, pelo único

prazer de exercer tal. Por exemplo: puxar e empurrar.

b) Jogo de exercício de combinações sem finalidade: o indivíduo começa a

construir, com as atividades adquiridas através do jogo de exercício simples, novas

combinações sem querer atingir nenhum objetivo. Por exemplo, quando uma criança

entra em contato com um brinquedo novo, ela inicialmente não saberá para que

serve, mas pode interagir com ele.

c) Jogo de exercício de combinações com finalidade (lúdicas): o indivíduo passa a

fazer combinações que possuem algum significado. Por exemplo: uma criança

brinca de reunir cubos de um tamanho determinado.

d) Jogo de exercício do pensamento: nesse jogo de exercício encontra-se a fase

dos “porquês”. Nela a criança não tem interesse no que pergunta ou afirma e basta o

fato de perguntar ou de imaginá-las para que se divirta.

2. Jogo simbólico: manifesta-se no período pré-operatório. É um jogo individual e um

exercício da imaginação. O símbolo implica a representação de um objeto ausente e

substitui o exercício simples logo que surge o pensamento.

No jogo simbólico, ao contrário do jogo de exercício do pensamento (o que se

aproxima mais do simbólico), a criança se interessa pelo que ela cria. Ela é capaz de

fazer metáforas de objetos em outros (fazer de conta) ou atribuir a objetos ações que

somente serem vivos podem realizar, ou seja, quando uma criança brinca de boneca

ela está simbolizando a boneca como um ser humano igual a ela e por isso atribui à

boneca as mesmas funções que ela realiza.

3. Jogo de regras: só se constitui dos quatro aos sete anos e, sobretudo no período

das operações concretas. O jogo de regras implica numa situação de convívio social.

A regra é uma regularidade imposta pelo grupo, de tal maneira que seu não

cumprimento leva a uma falta.

Um adulto conserva apenas algumas partes dos jogos de exercício simples (brincar

com televisão, radio, celular) e do simbólico (contar estórias), enquanto o jogo de

regras faz parte e se desenvolve durante toda a vida (xadrez, jogo de cartas, etc.). O

homem que vive em sociedade tem como atividade lúdica o jogo de regras.

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O individuo só cria regras semelhantes com as que foram em algum momento

passadas para ele.

A regra não é só uma atividade regular (senão um exercício simples – a repetição de

determinada ação seria um jogo de regra), é uma obrigação, e impõe pelo menos

duas pessoas para fazer existir. As regras podem ser transmitidas ou espontâneas.

Os jogos cujas regras são transmitidas são classificados como jogo de regras

institucional, no qual as ações dos mais velhos, são num primeiro instante, imitadas

e observadas pelos mais novos, mas depois o indivíduo mais novo aprende a fazer e

a pensar sozinho novas estratégias. As regras são passadas de geração em

geração.

O jogo cujas regras surgem espontaneamente são os jogos de regras espontâneas

e passam a existir da socialização dos jogos de exercícios simples ou até dos

simbólicos e não requer uma pessoa para ensinar. Por exemplo: crianças brincando

de pular degraus de uma escada determinam algumas regras para tal exercício de

repetição, como tentar saltar o mais longe possível e quem cair perde o jogo e ainda

todos devem saltar do mesmo degrau.

Os jogos de regras podem ser sensórios-motores (corrida, jogo de bola) ou

intelectuais (xadrez, jogo de cartas) com competição dos indivíduos (sem a regra

seria inútil) e regulamentados por códigos transmitidos de gerações para gerações

ou por acordos momentâneos.

1.4 - JOGO DO MICO

O jogo do mico é uma atividade lúdica de origem desconhecida fabricado por

algumas empresas como: Copag®, Algazarra Brinquedos®. A modalidade deste

jogo é de cartas, as quais possuem figuras de animais e o objetivo do jogo é formar

pares dos animais, por exemplo, galo e galinha; touro e vaca; cachorro e cadela.

Sendo que o mico não possui par.

A dinâmica do jogo ocorre da forma descrita a seguir, segundo Cunha (2000):

1- O número de jogadores compreende no mínimo 2 e no máximo 4 indivíduos.

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2- Cada jogador tira uma carta do monte até que todas terminem.

3- Cada jogador, com suas cartas, deverá formar pares colocando-os sobre a mesa.

4- A seguir, o que tirou a última carta da mesa, mostrará o verso das cartas para o

seu companheiro da esquerda para que ele retire uma delas. Se formar um par,

deverá colocá-lo sobre a mesa. Caso não forme um par deverá ficar com as cartas

que serão mostradas (apenas o verso) ao próximo colega para que este retire uma

carta. E assim o jogo deverá continuar até que todos os pares sejam formados.

5- O jogador que ficar com a carta que apresenta a figura do mico (e não possui par)

perde o jogo e deverá cumprir uma tarefa determinada pelos colegas.

O jogo do mico, cujas regras foram descritas anteriormente, foi inicialmente

adaptado por Cunha (2000) utilizando como conteúdo as funções orgânicas.

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2- OBJETIVO

Este projeto tem como objetivos gerais à utilização de jogos educacionais para:

� Facilitar o aprendizado dos alunos nas aulas de Química;

� Aumentar o interesse e motivação dos alunos;

� Melhorar o desempenho dos alunos nas avaliações somativas;

� Mostrar a viabilidade de adaptar diversos conteúdos à modalidade de jogo

escolhida;

� Verificar a aceitação da estratégia de ensino pelos alunos.

2.1 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos a serem alcançados com a aplicação dos jogos

educacionais são:

� Classificar as ligações químicas (iônica, covalente e metálica) associando às

respectivas fórmulas;

� Aprender a calcular o número de oxidação de determinado elemento químico em

substâncias simples, substâncias compostas e em íons;

� Relacionar as fórmulas dos ácidos e das bases com a nomenclatura correta, de

acordo com a IUPAC;

� Relacionar as fórmulas dos óxidos com a nomenclatura correta, de acordo com a

IUPAC;

� Relacionar as fórmulas dos sais com a nomenclatura correta, de acordo com a

IUPAC;

� Associar as quatro funções inorgânicas de acordo com suas classificações.

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3- METODOLOGIA

Neste trabalho utilizamos como atividade lúdica o jogo do mico, baseando-se no

trabalho de Cunha (2000). Adaptamos a atividade lúdica como um jogo educacional

ao substituir as figuras dos animais por conteúdos planejados de Química do terceiro

bimestre da 1ª série do Ensino Médio de forma dinâmica e contextualizada. Este

jogo foi escolhido pela sua facilidade ao adaptar vários conteúdos, ser de fácil

elaboração, baixo custo e as regras de fácil compreensão.

Os conteúdos abordados foram ligações químicas (iônica, covalente, e metálica);

número de oxidação; nomenclatura e formulação das funções inorgânicas (ácidos,

bases, óxidos e sais) e a aplicação cotidiana desses conteúdos. Para trabalhar estes

conteúdos foram elaborados seis jogos educacionais, cada um contendo 8 (oito)

exemplares.

Os alunos que participaram destas atividades pertenciam a uma turma da 1ª série do

Ensino Médio do Colégio Estadual Nilo Peçanha (CENP).

Os jogos foram aplicados no terceiro bimestre do ano de 2007 no período de 10 de

agosto a 5 de outubro, totalizando 20 horas-aulas (ver planejamentos no Apêndice

A), na turma 1006 do turno da manhã. Devido à carência de professores de química

nesta instituição de ensino, desde o dia 30 de março lecionei aulas como estagiária.

Nos dois primeiros bimestres os conteúdos foram transmitidos de forma tradicional,

utilizando a metodologia de aula expositiva e exercícios de fixação no quadro negro.

No terceiro bimestre, a apresentação dos conteúdos foi feita da mesma forma

utilizando somente quadro e giz, porém os exercícios que inicialmente eram

propostos como problemas no quadro-negro, agora foram trabalhados na forma de

jogos educacionais.

Como forma de validar os jogos educacionais, utilizados neste trabalho, como uma

estratégia de ensino que pudesse atuar como motivador e facilitador da

aprendizagem foram realizadas avaliações quantitativa e qualitativa.

A fim de se obter dados para a realização da avaliação quantitativa, foram

verificados se o interesse em comparecer às aulas e as notas finais dos alunos

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18

sofreram modificações, através da comparação da freqüência e das notas do

primeiro e segundo bimestres com o terceiro bimestre do ano letivo de 2007.

A forma de avaliação que resultou na nota final do terceiro bimestre foi composta por

um teste, um trabalho de pesquisa individual e uma avaliação com todo o conteúdo.

As notas do primeiro e segundo bimestre também foram obtidas com o mesmo

sistema de avaliação somativa.

A avaliação qualitativa da estratégia de ensino foi feita através da aplicação de um

questionário no final do terceiro bimestre. Este serviu de base para conhecermos as

opiniões dos alunos sobre a estratégia escolhida e, então, verificar o grau de

aceitação da mesma.

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19

4- DESENVOLVIMENTO

4.1- PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES LÚDICAS

Para que a aplicação dos jogos torne-se uma proposta bem sucedida, é importante o

seu planejamento prévio requerendo então, a elaboração e organização de todas as

etapas da atividade, a fim de se evitar imprevistos. Essas etapas (MACEDO, PETTY

E PASSOS, 2000) estão descritas a seguir:

a. Objetivo

A definição do objetivo direciona a atividade, a escolha da mesma e o resultado a

ser alcançado.

b. Público

Saber o conhecimento prévio que os alunos possuem sobre a modalidade de jogo e

sobre o tema a ser trabalhado é muito importante para adequar o grau de dificuldade

da atividade. Outros aspectos importantes são o número e a idade dos participantes.

c. Materiais

É importante conhecer o número de participantes para determinar a quantidade de

materiais que serão necessários para a realização da atividade. Os materiais devem

ser preparados com antecedência e com provisão para os casos onde pode haver

necessidade de reposição. Deve-se, sempre que possível, utilizar materiais de baixo

custo assim também como o aproveitamento de sucatas.

d. Tempo

O jogo deve ser aplicado somente quando houver tempo suficiente para que a

atividade tenha início, meio e fim. A atividade deve ter início com a introdução das

regras e os alunos devem ter tempo de concluir pelo menos uma partida no tempo

da aula. Como normalmente as atividades são bastante motivadoras, os alunos

sempre querem continuar brincando. Por isso não há problemas quando existe

tempo para se jogar mais de uma partida.

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20

e. Espaço

Saber onde a atividade irá acontecer evita a perda de tempo para a organização e

adaptação do espaço. Para um jogo de cartas em grupo realizado na sala de aula as

carteiras escolares (quando móveis) são suficientes para a organização dos grupos.

Se as carteiras forem fixas, é necessário providenciar um outro espaço com

antecedência.

f. Dinâmica e relação com o conteúdo

Para que a atividade seja bem sucedida, o professor deve ter conhecimento das

instruções, das regras do jogo e ainda ter em mente o objetivo a ser alcançado.

Saber o objetivo é fundamental para que a atividade não perca seu caráter

educacional e passe a ser somente um momento de entretenimento.

g. Papel do professor

O professor pode assumir várias atitudes no decorrer da atividade com jogos. Pode

somente apresentar os jogos e suas regras e atuar como observador; pode atuar

como jogador; assistir as partidas no caso de os alunos participantes já conhecerem

o jogo. Entretanto, o professor deve sempre estar disposto para responder dúvidas e

atuar como um condutor para o bom andamento da atividade.

h. Avaliação da atividade

Após a atividade, fazer uma análise com os alunos sobre o conteúdo que foi

trabalhado é fundamental para organizar as idéias dos participantes que podem ter

tido um pouco de dificuldade na mesma e assim avaliar a eficiência do jogo como

uma ferramenta educacional e buscar melhoria em alguns casos.

A avaliação pode ser quantitativa, na qual o professor atribui um conceito ao verificar

o grau de aprendizagem com a realização de exercícios ou atividades similares.

Com a avaliação qualitativa o professor pode verificar o grau de participação dos

alunos e o quanto eles gostaram de aprender o conteúdo com o auxílio da atividade

lúdica.

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21

i. Continuidade

O educador ao utilizar atividades lúdicas gera certa expectativa que, geralmente,

resulta em alunos motivados pela introdução da nova metodologia de ensino-

aprendizagem. Entretanto, se estas atividades não forem introduzidas de forma

sistemática nos planejamentos, esta motivação pode ser causa de frustração e atuar

como um procedimento negativo.

4.2 - ETAPAS DO PLANEJAMENTO DOS JOGOS DO “QUÍ-MICO”

A seguir serão descritas as etapas do planejamento especificamente para o jogo do

“Quí-mico” que foram utilizadas de forma genérica em todas as atividades desta

monografia. Seguiremos como padrão as etapas descritas anteriormente como o

público, os materiais, o tempo, o espaço, a dinâmica, o papel do professor e a

avaliação. O objetivo será descrito para cada atividade individualmente de acordo

com o conteúdo a ser trabalhado. A continuidade não será nosso alvo nesta

monografia por não estarmos trabalhando com uma situação real, mas apenas uma

proposta para ser aplicada em um semestre letivo.

Etapa 1 - Público alvo

Os alunos que participaram das atividades pertenciam a 1ª série do Ensino Médio do

turno da manhã do Colégio Estadual Nilo Peçanha localizado na área central urbana

da cidade de Campos dos Goytacazes no Estado do Rio de Janeiro.

A turma denominada 1006 era formada por 35 alunos matriculados, dos quais

apenas 25 freqüentavam as aulas. Dos 25 alunos, 19 eram meninas e 6 eram

meninos e compreendiam a faixa etária entre 15 e 16 anos.

Etapa 2 - Materiais

O jogo do “Quí-mico” é um jogo de cartas adaptado constituído de 25 cartas. Por se

tratar de um jogo com fins educacionais, incluímos em cada exemplar um resumo do

conteúdo para a consulta dos alunos. Das 25 cartas, uma apresenta a figura de um

mico (Figura 1) e as outras 24 vão compor os 12 pares. Os conteúdos das cartas

variam de acordo com os temas trabalhados.

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22

Figura 1 : Carta do Mico

Cada baralho pode ser jogado por um grupo de no mínimo duas e no máximo quatro

pessoas. Como a turma em que os jogos foram aplicados tinha vinte e cinco alunos,

foram confeccionados oito jogos iguais para cada tema, sendo um dos exemplares

extra para eventuais imprevistos. Para confeccionar os jogos foram utilizados papel

cartão, papel A-4, computador, impressora, tesoura e cola. O conteúdo da carta foi

impresso em papel A-4 e depois recortado e colado sobre o papel cartão. O resumo

do conteúdo também foi impresso em papel A-4

Etapa 3 - Tempo

Cada rodada dura em média 15 minutos, portanto o tempo de uma hora-aula foi

suficiente para os alunos brincarem duas ou três partidas. Todos os alunos estavam

bastante motivados e utilizaram todo o tempo da aula com a atividade.

Etapa 4 - Espaço

O jogo do “Quí-mico” foi aplicado na própria sala de aula da turma necessitando

apenas ordenar as mesas e cadeiras (móveis) existentes na sala.

Etapa 5 - Dinâmica

As cartas devem ser embaralhadas e distribuídas para os quatro participantes

(eventualmente dois ou três), de forma que cada um pegue uma carta do monte até

que todas sejam distribuídas. As cartas são primeiramente analisadas pelos

jogadores e, no caso de se formar pares, o participante deve baixá-los na mesa. A

seguir, inicia-se a jogada. O jogador que pegou a última carta do monte deve iniciar

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a jogada mostrando as costas de suas cartas para o jogador da esquerda escolher

uma carta. O jogador que adquiriu a nova carta deve verificar se formou mais algum

par para baixá-lo à mesa e dar continuidade ao jogo mostrando o verso das cartas

para o próximo participante da esquerda. Se não formou nenhum par, deve dar

continuidade da mesma forma. E assim o jogo continua até que todos os

participantes façam seus pares. O participante que terminar com a carta do mico,

perde o jogo.

Etapa 6 - Papel do professor

O professor deve atuar como observador e coordenador da atividade resolvendo

dúvidas que podem estar relacionadas aos conteúdos ou mesmo às regras do jogo.

Ao final da atividade deve verificar se esta foi bem sucedida por meio de avaliações

(qualitativa e/ ou quantitativa) para dar continuidade ao processo da aprendizagem.

Etapa 7 - Avaliação da atividade

Após cada jogo, foram resolvidos no quadro os mesmos exemplos das cartas como

forma de fixação da aprendizagem. Quantitativamente foram feitas avaliações

somativas para verificar o grau de aprendizagem sobre os conteúdos trabalhados

(os dados serão discutidos nos Resultados e discussão). Também foram coletados

relatos dos alunos sobre as atividades para saber o grau de aceitação sobre a nova

metodologia de ensino.

4.2.1 - Objetivos e conteúdos específicos de cada j ogo do “Quí-mico”

4.2.1.1- Jogo do “Quí-mico” - Ligações Químicas

Este jogo tem o objetivo de classificar as ligações químicas (iônica, covalente e

metálica) associando às respectivas fórmulas.

Um exemplo de um par de cartas está na Fig. 2 e o conteúdo das cartas está na

Tabela 1, a seguir:

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24

Tabela 1- Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Ligações Químicas.

Família, Período e

tipo de ligação.

Fórmula Família, Período e

tipo de ligação.

Fórmula

Metal Alcalino 1° período

e Calcogênio 2°período

(Ligação covalente)

H+ O2-+ H2O

Família do Boro 3°período

e Calcogênio 3° período

(Ligação iônica)

+Al3+ S2- Al2S3

Família do Carbono 2° período

e Calcogênio 2° período

(Ligação covalente)

C4+ O2-+ CO2

Família 11 5° período

e Halogênio 5° período

(Ligação iônica)

+Ag+ I- AgI

Metal Alcalino 1° período

e Família do Carbono

2° período

(Ligação covalente)

H+ C4-+ CH4

Família 8 4° período

e Família 8

4° período

(Ligação metálica)

Fe Fe+ Fe Fe

Família do Nitrogênio 2° período

e Família do Nitrogênio 2° período

(Ligação covalente)

+N N N2

Família 11 4° período

e Família 12 4° período

(Ligação metálica)

Cu Zn+ Cu Zn (Latão)

Metal Alcalino 3° período

e Halogênio 3° período

(Ligação iônica)

+Na+ Cl- NaCl

Família 8 4° período

e Família do Carbono

2° período

(Ligação metálica)

Fe C+ Fe C (Aço)

Metal Alcalino Terroso

4° período e

Halogênio 4° período

(Ligação iônica)

+Ca+2 Br- CaBr2

Família do Carbono

6° período

e Família do Carbono

5° período

(Ligação metálica)

Pb Sn+ Pb Sn (Solda)

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+Na+ Cl- NaCl

Metal Alcalino

Terroso 3° período

e Halogênio 3° período

(Ligação iônica)

a) b)

Figura 2: Exemplo de um par de cartas do jogo "Quí-mico" - Ligações Químicas. a)

composição da fórmula do NaCl, a partir dos íons sódio e cloro. b) Localização dos

elementos na Tabela Periódica e classificação da ligação.

4.2.1.2- Jogo do “Quí-mico” - Número de oxidação

Este jogo tem como objetivo calcular o número de oxidação dos elementos nas

substâncias simples, substâncias compostas e em íons e posteriormente encontrar a

carta que possui este número formando um par.

O conteúdo das cartas deste jogo está na Tabela 2, a seguir:

Tabela 2 - Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Número de Oxidação.

Fórmula Número de oxidação

Fórmula Número de oxidação

? H2

0 ? ZnSO4

+6

? LiF

+1 ? -1 MnO4

+7

? Na2S2O3

+2 ? NaBr

-1

? AlCl3

+3

? Na2O4

-1/2

? NaHSO3

+4

? HIO3

-2

? Al(NO3)3

+5

? NH3

-3

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26

?

ZnSO4

+6

A Fig.3 mostra um par de cartas deste jogo. Uma apresenta um composto e uma

interrogação acima do elemento que se deseja descobrir seu número de oxidação e

a outra carta com o número de oxidação respectivo.

a) b)

Figura 3: Exemplo de um par de cartas do jogo do “Quí-mico” – Número de oxidação. a)

carta com uma substância composta, o número de oxidação do enxofre deve ser calculado.

b) o número de oxidação do enxofre neste composto é +6.

4.2.1.3- Jogo do “Quí-mico” – Nomenclatura dos ácidos e bases

Este jogo tem o objetivo de relacionar as fórmulas dos ácidos e das bases com a

nomenclatura correta, de acordo com as regras da IUPAC.

As cartas deste jogo são como as mostradas na Fig. 4 e o conteúdo de todas as

cartas estão na Tabela 3.

Tabela 3- Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Nomenclatura de

ácidos e bases.

Fórmula Nome Fórmula Nome

HCl Ácido clorídrico Ca(OH)2

Hidróxido de cálcio

H2SO4 Ácido sulfúrico Fe(OH)3

Hidróxido férrico ou

de ferro III HNO3

Ácido nítrico

Pb(OH)2

Hidróxido plumboso

ou de chumbo II H3PO4

Ácido fosfórico

CuOH

Hidróxido cuproso ou

de cobre I HClO

Ácido hipocloroso

Cu(OH)2

Hidróxido cúprico ou

de cobre II NaOH Hidróxido de sódio NH4OH

Hidróxido de amônio

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27

HCl

Ácido clorídrico

a) b)

Figura 4: Exemplo de um par de cartas do jogo do “Quí-mico” – Nomenclatura dos ácidos e

bases. a) fórmula de um ácido. b) ácido clorídrico - nomenclatura de acordo com a IUPAC.

4.2.1.4- Jogo do “Quí-mico” - Nomenclatura dos óxidos

Este jogo tem o objetivo de relacionar as fórmulas dos óxidos com a nomenclatura

correta, de acordo com as regras da IUPAC.

As cartas deste jogo estão mostradas na Fig. 5 e o conteúdo das cartas está na

Tabela 4.

Tabela 4- Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Nomenclatura dos

óxidos.

Fórmula Nome Fórmula Nome

CO

Monóxido de carbono

Fe2O3

Óxido férrico ou de

ferro III NO2

Dióxido de nitrogênio

P2O5

Anidrido fosfórico

SO3

Trióxido de enxofre ou anidrido sulfúrico

OF2

Não existe

CaO

Óxido de cálcio

N2O

Óxido de dinitrogênio

Al2O3

Óxido de alumínio

Br2O3

Anidrido bromoso

FeO

Óxido ferroso ou de

ferro II Li2O

Óxido de lítio

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CO

Monóxido de carbono

a) b)

Figura 5: Exemplo de um par de cartas do jogo do “Quí-mico” – Nomenclatura dos óxidos. a) fórmula de um óxido. b) monóxido de carbono - nomenclatura de acordo com a IUPAC.

4.2.1.5- Jogo do “Quí-mico” - Nomenclatura dos sais

Este jogo tem o objetivo de relacionar as fórmulas dos sais com a nomenclatura

correta, de acordo com as regras da IUPAC.

As cartas deste jogo estão mostradas na Fig. 6 e o conteúdo de todas as cartas está

na Tabela 5.

Tabela 5- Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Sais.

Fórmula Nome Fórmula Nome

NaCl

Cloreto de sódio CaCO3

Carbonato de cálcio

K2SO4

Sulfato de potássio BaCl2

Cloreto de bário

Ca3(PO4)2

Fosfato de cálcio

CuSO4

Sulfato de cobre II ou

sulfato cúprico

MgI2

Iodeto de magnésio

Al(NO2)3

Nitrito de alumínio

NH4F

Fluoreto de amônio KBr Brometo de potássio

NaHCO3

Bicarbonato de sódio Na2S

Sulfeto de sódio

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29

KBr

Brometo de potássio

a) b)

Figura 6: Exemplo de um par de cartas do jogo do “Quí-mico” – Nomenclatura dos sais. a)

fórmula de um sal. b) brometo de potássio - nomenclatura de acordo com a IUPAC.

4.2.1.6- Jogo do “Quí-mico” – Classificação das funções inorgânicas

Este jogo tem o objetivo de associar as quatro funções inorgânicas de acordo com

suas classificações.

O conteúdo das cartas está apresentado na Tabela 6 e um exemplo de um par de

cartas esta na figura 7, a seguir:

Tabela 6- Conteúdo das cartas utilizadas no jogo do “Quí-mico” - Classificação das

funções inorgânicas.

Composto Classificação Composto Classificação

H2CO3

(α = 0,18%)

Ácido fraco

SO2

Óxido ácido ou

anidrido

H3PO4

Triácido

H2O2

Peróxido

H2S

Hidrácido

NO

Óxido neutro

NaOH

Base forte e

solúvel CaCl2.6H2O

Sal hidratado

Ca(OH)2

Dibase NaCN

Sal não

oxigenado NH4OH

Monobase,

solúvel e fraca

NaHCO3

Sal ácido ou

hidrogenossal

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30

H3PO4

Triácido

a) b)

Figura 7: Exemplo de um par de cartas do jogo do “Quí-mico” - Classificação das funções

inorgânicas. a) ácido fosfórico. b) triácido – uma de suas classificações.

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31

5- RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 - APLICAÇÃO DOS JOGOS

Durante o desenvolvimento das atividades lúdicas verificou-se que os alunos

estavam motivados a compreender o conteúdo para poder brincar e, até mesmo,

vencer o jogo. Os trabalhos com os jogos foram desenvolvidos após a exposição do

conteúdo no quadro-negro. Ao iniciar a atividade lúdica, os alunos podiam consultar

seu próprio caderno ou o material de consulta disponibilizado na forma de resumos

(ver Apêndices de B a G).

Foi observado que toda a turma estava envolvida em uma única atividade nas aulas

de exercícios quando estes eram propostos na forma de jogos. Já nos dois primeiros

bimestres, em que os exercícios eram colocados no quadro-negro, alguns alunos

sequer tentavam resolver.

Alguns jogos apresentaram certo grau de dificuldade para os alunos fazerem as

correlações entre os pares de cartas. Como por exemplo, podemos citar o jogo do

“Quí-mico” onde foi trabalhado o conteúdo sobre o número de oxidação. Neste caso,

a dificuldade encontrada pelos alunos foi calcular este número (dificuldade sempre

observada quando é necessário algum raciocínio matemático). No jogo do “Quí-

mico” sobre a classificação das funções inorgânicas, a dificuldade encontrada foi

devida a grande quantidade de conteúdo a ser consultada, já que este envolvia as

quatro funções inorgânicas. Para contornar estas dificuldades e não desmotivar os

alunos, foi proposta a resolução prévia de alguns exemplos das cartas. Desta forma,

as dúvidas foram sanadas e, ao retornar à brincadeira, os dois jogos foram bem

sucedidos.

Observou-se também que os jogos foram bem aceitos e que a utilização de apenas

uma modalidade lúdica, o jogo do “Quí-mico”, não desinteressou os alunos,

confirmando que a atividade é muito interessante e atuou como uma excelente

estratégia de ensino.

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5.2 - AVALIAÇÃO QUANTITATIVA

A avaliação quantitativa foi feita com base em dois parâmetros: freqüência, média

dos bimestres.

5.2.1- Freqüência

No primeiro bimestre foram lecionadas 20 horas-aulas, no segundo foram 22 horas-

aulas e no terceiro, 20 horas-aulas. A Tabela 7 mostra a média percentual de

freqüência dos alunos no 1° e 2° bimestres juntos e o percentual no 3° bimestre.

Tabela 7- Porcentagem das freqüências dos alunos da turma 1006

Aluno Média das

freqüências (%) do 1 e

2° Bimestres

Freqüência (%) do 3° Bimestre

Aluno Média das freqüências (%) do 1 e

2° Bimestres

Freqüência (%) do 3° Bimestre

1 91,7% 55,6% 14 71,7% 100% 2 36,7% 33,3% 15 46,7% 55,3% 3 55,0% 55,6% 16 71,7% 77,8% 4 63,4% 88,9% 17 91,7% 88,9% 5 35,0% 44,5% 18 26,7% 44,5% 6 80,0% 100% 19 90,0% 66,7% 7 61,7% 66,7% 20 71,7% 66,7% 8 81,7% 55,3% 21 80,0% 66,7% 9 83,4% 44,5% 22 46,7% 66,7%

10 61,7% 53,3% 23 91,7% 88,9% 11 81,7% 88,9% 24 91,7% 100% 12 83,4% 77,8% 25 56,7% 66,7% 13 81,7% 66,7%

Dos vinte e cinco alunos que freqüentavam as aulas, treze aumentaram a freqüência

no terceiro bimestre com três alunos chegando a 100% de freqüência.

O gráfico 1 a seguir mostra a freqüência dos alunos nas aulas nas quais os jogos

foram aplicados. Podemos observar que a média de alunos presentes nas aulas foi

de 18 alunos (72%), sendo um total 25 alunos na turma.

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33

Gráfico 1: Número de alunos presentes por jogo aplicado.

0

5

10

15

20

25

Ligaçõesquímicas

Número deoxidação

Nomenclaturade ácidos e

bases

Nomenclaturade óxidos

Nomenclaturade sais

Classif icaçãodas funçõesinorgânicas

Jogo do "Quí-mico"

Núm

ero

de a

luno

s pr

esen

tes

5.2.2 - Avaliação somativa

A Tabela 8 mostra as notas finais dos alunos por bimestre. A média mínima

necessária para aprovação do colégio é 5,0 e, portanto notas abaixo deste valor

estão marcadas na Tabela com a cor vermelha.

Tabela 8- Notas por bimestre dos alunos da turma 1006.

Aluno 1°

Bimestre 2°

Bimestre 3°

Bimestre Aluno 1°

Bimestre 2°

Bimestre 3°

Bimestre 1 3,5 5,4 1,1 14 5,6 8,4 7,9 2 5,0 5,0 2,8 15 5,5 7,5 6,8 3 6,2 6,7 5,3 16 5,2 7,1 5,0 4 0,6 5,8 4,1 17 7,9 7,3 7,6 5 5,0 5,0 4,0 18 7,1 6,6 7,0 6 7,6 7,5 8,0 19 7,2 8,9 8,3 7 6,2 5,1 5,7 20 4,5 8,3 6,3 8 5,9 5,7 5,0 21 4,4 8,6 8,0 9 2,5 4,4 3,2 22 5,0 5,0 5,3 10 8,7 6,7 7,2 23 3,4 7,4 6,0 11 6,9 8,4 9,0 24 5,1 5,3 5,0 12 7,2 9,3 8,6 25 5,0 5,0 5,3 13 4,4 6,8 5,0

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34

Vemos que no primeiro bimestre 6 alunos ficaram com nota abaixo da média, no

segundo bimestre 1 aluno e no terceiro bimestre 5 alunos.

A média das notas da turma também diminuiu no terceiro bimestre (5,9) em

comparação o segundo bimestre (6,7), mas aumentou em relação ao primeiro (5,4).

Comparando as médias das notas e das freqüências dos dois primeiros bimestres

com as notas e as freqüências de cada aluno no terceiro bimestre de 2007 podemos

observar, segundo o gráfico 2, um resultado positivo se considerarmos os alunos

que aumentaram e os que mantiveram as médias.

Gráfico 2: Comparação das médias das notas e das freqüências do 1 e 2° bimestres

com o 3° bimestre de 2007

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Mantevenota e

diminuiufrequência

Mantevenota e

aumentoufrequência

Aumentounota e

diminuiufrequência

Diminuiunota e

aumentoufrequência

Diminuiunota e

frequência

Aumentounota e

frequência

Núm

ero

de a

luno

s

Ressaltamos que estes resultados foram influenciados de forma negativa pelas

paralisações ocorridas no período da aplicação dos jogos, pela complexidade e

extensão dos conteúdos do terceiro bimestre, os quais serão discutidos mais

adiante.

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35

5.3 - AVALIAÇÃO QUALITATIVA

A avaliação qualitativa, ao contrário da quantitativa que visa classificar o aluno com

uma nota, tem como objetivo a melhoria da qualidade na educação, refletindo um

ensino que busca a construção do conhecimento.

Desta forma, no final do bimestre foi aplicado um questionário individual para saber o

que os alunos acharam de aprender química utilizando o jogo do “Quí-mico”, com o

propósito de avaliar a eficácia da estratégia lúdica no processo ensino-

aprendizagem.

Dos dezenove alunos que responderam ao questionário quinze acharam muito bom

e divertido; dois não gostaram do jogo; um não jogou e um disse que o jogo não o

ajudou nem atrapalhou, mas é legal. Alguns depoimentos interessantes estão a

seguir e a lista completa está no anexo A.

1. “O jogo foi uma boa idéia porque aprendi brincando, e quando vamos perceber

aprendemos e nos divertimos, apesar de no começo ser difícil de entender o jogo,

mas é bom”.

2. “Eu gostei muito do jogo, porque me ajudou muito na matéria e na aula. A aula

ficou muito melhor depois do jogo, se não tivesse jogo a aula fica mais chata.”

3. “Legal e todos os professores deveriam fazer esse jogo”.

4. “Não gostei”.

5. “Achei legal”.

6. “Eu gostei foi um modo diferente e divertido de aprender”.

A seguir serão apresentadas algumas fotos da aplicação do jogo do “Quí-mico” -

número de oxidação.

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Figura 8: Alunos consultando a resolução e as regras de número de oxidação.

Figura 9: Envolvimento dos alunos na mesma atividade.

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37

5.4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando os dados mostrados anteriormente verificamos que os resultados,

tanto em relação à freqüência quanto às notas, foram modestamente melhorados.

Contudo, esperávamos resultados melhores, dado o grau de motivação observado

durante o período em que foram trabalhadas as atividades lúdicas. Entretanto,

alguns fatos podem ser enumerados para justificar os resultados, não esperados,

mas observados.

O primeiro deles, foram os rumores e a expectativa de greve que rondou os

estabelecimentos de ensino público estadual do nível médio no início do terceiro

bimestre. Por este fato, algumas aulas foram prejudicadas, pois a expectativa de

haver paralisações (que em alguns casos não aconteceram) resultou em uma baixa

na freqüência nestes dias. Algumas aulas foram repostas em horários extras, mas

também nestes casos, a freqüência foi baixa e contribuiu para o resultado negativo.

Outro aspecto a ser considerado foi a quantidade e a complexidade do conteúdo

trabalhado no terceiro bimestre, quando comparado com os conteúdos do primeiro e

segundo bimestre. Na Tabela 9 podemos verificar os conteúdos dos três bimestres

em questão. Os planejamentos das aulas do terceiro bimestre estão no apêndice A.

Considerando que o número de aulas trabalhadas no terceiro bimestre foi igual aos

anteriores (entretanto, prejudicado pelas paralisações) podemos concluir que houve

um tempo menor para trabalhar um maior número de informações.

Um terceiro fato, que poderia ter influenciado os resultados da pesquisa de forma

positiva, foi uma questão acerca da ausência da avaliação formativa. As notas dos

três bimestres foram baseadas apenas em avaliações somativas com notas

objetivas como provas escritas, trabalhos e testes. Se tivéssemos introduzido desde

o primeiro bimestre uma avaliação formativa, onde os alunos recebessem notas pela

sua participação em todos os momentos do processo de aprendizagem, com certeza

teríamos um diferencial no terceiro bimestre. Entretanto, como não previmos a

introdução desta avaliação desde o início do ano letivo, achamos conveniente não

incluí-la apenas no terceiro bimestre.

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Tabela 9- Conteúdos dos três primeiros bimestres do planejamento do CENP para a

1ª série do Ensino Médio.

Bimestre Conteúdo N° de horas-aulas

lecionadas

• Química no cotidiano;

• Átomos, moléculas, misturas (homogêneas e

heterogêneas);

• Métodos de separação de misturas;

• Fenômenos químicos e físicos.

20

• Tabela Periódica: grupos e períodos;

• Propriedades periódicas e aperiódicas,

conhecimento dos Elementos Químicos;

• Distribuição eletrônica em níveis e subníveis de

energia;

• Identificação do elemento na Tabela pelo subnível

de energia.

22

• Ligações Químicas: iônica, covalente e metálica;

• Aplicação cotidiana das ligações químicas;

• Número de oxidação;

• Funções Inorgânicas (ácidos, bases, sais e

óxidos): nomenclatura, formulação, classificação e

aplicação cotidiana.

20

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6- CONCLUSÃO

Os resultados encontrados nesta pesquisa não se mostraram tão satisfatórios

quanto os esperados. Algumas das adversidades que contribuíram para estes fatos

foram: a expectativa de greve no período que as atividades foram trabalhadas, um

dimensionamento não adequado do conteúdo para o período em questão e a

ausência da avaliação formativa que poderia ter atuado como um diferencial.

Entretanto, considerando todos os fatos descritos anteriormente, podemos concluir

que as atividades lúdicas atuaram como excelentes objetos de aprendizagem, pois

apesar de todas as adversidades, as notas se mantiveram na média, os alunos se

mostraram motivados para aprender e a freqüência, mesmo de forma modesta,

aumentou.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 13. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1998, p.11-42. BRASIL, Parâmetros curriculares nacionais de Ensino Médio. Parte III: Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Ministério da Educação – MEC, Secretaria de educação média e tecnológica – Semtec. Brasília: MEC/Semtec, 2000. Disponível em <portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf > Acesso em: jun. 2007. BORGES, R. M. R. Em debate: cientificidade e educação em ciências. Porto Alegre: SE/CECIRS, 1996, p. 24-26,57-59. CARVALHO, A. M. P. et al. Ensino de Ciências: Unindo a Pesquisa e a Prática. São Paulo: Thomson, 2004, p.20-25. CUNHA, M. B. Jogos didáticos de química. Santa Maria: M. B. Cunha, 2000. GIACOMINI, R. A. et al. Jogo educativo sobre a Tabela Periódica aplicado no ensino de química. Revista Brasileira de ensino de química, v.1, n.1, p.61-72, jan/jun.2006.

LOPES, A. R. C. Livros didáticos: obstáculos ao aprendizado da ciência química. Química Nova, n. 15, p. 254-261, 1992. MACEDO, L.; PEETY, A.L.S.; PASSOS, N. C. Aprender com jogos e situações-problema. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000, p.13, 15-21, 33, 38-40. PIAGET, J. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho. Imagem e representação. 3. ed. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1964, p. 114-228. SILVA, R. M. G. Contextualizando Aprendizagens em Química na Formação Escolar, Química Nova na Escola, n 18, p. 26-30, 2003. SOARES, M. H. F. B.; OKUMURA, F e CAVALHEIRO, E. T. G. Proposta de um jogo didático para o ensino do conceito de equilíbrio químico. Química Nova na Escola, n. 18, p. 13-17, 2003.

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APÊNDICES

APÊNDICE A: PLANEJAMENTOS DAS AULAS DO 3° BIMESTRE.

Planejamento de Aula 1

Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1ª Turma: 1006 Tema da aula: Ligações Químicas Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 100 min Data: 10/08/2007

Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Entender e diferenciar os tipos de ligação química; • Associar a valência dos elementos químicos com família a que pertencem, utilizando a Tabela periódica; • Compreender a formação de compostos polares de acordo com a diferença de eletronegatividade entre os átomos que estão participando da ligação química.

• Ligações Químicas: - Ligação iônica; - Ligação covalente; - Ligação metálica.

• Polaridade.

• Aula expositiva; • Exercícios na forma de Jogo educacional.

• Humano: - Professor e aluno.

• Material:

- Quadro; - Giz; - Tabela Periódica

grande; - Jogo do “Quí-mico” –

ligações químicas.

• Formativa.

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. Volume único. 4 ed. Ática: São Paulo, 2000, p. 60-65. [2] USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 94-104, 109-116, 121-122.

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Planejamento de Aula 2 Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1ª Turma: 1006 Tema da aula: Número de Oxidação Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 100 min Data: 31/08/2007 Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Revisar os conceitos de ligações químicas; • Entender as regras do número de oxidação; • Aprender a calcular o número de oxidação dos elementos nas fórmulas de substâncias simples, substâncias compostas e em íons.

• Ligações Químicas; • Número de oxidação.

• Aula expositiva; • Revisão do conteúdo do jogo sobre ligações químicas.

• Humano: - Professor e

aluno. • Material:

- Quadro; - Giz.

• Formativa.

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. Volume único. 4 ed. Ática: São Paulo, 2000, p. 70-71. [2] USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 156-158.

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Planejamento de Aula 3 Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1ª Turma: 1006 Tema da aula: Número de oxidação Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 50 min Data: 05/09/2007 Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Aprender a calcular o número de oxidação dos elementos nas fórmulas de substâncias simples, substâncias compostas e em íons.

• Número de oxidação. • Aula expositiva; • Exercícios na forma de Jogo educacional.

• Humano: - Professor e aluno.

• Material:

- Quadro; - Giz;

- Jogo do “Quí-mico” – número de oxidação.

• Formativa.

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. Volume único. 4 ed. Ática: São Paulo, 2000, p. 70-71. [2]USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 156-158.

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Planejamento de Aula 4 Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1ª Turma: 1006 Tema da aula: Ácidos e Bases Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 50 min Data: 05/09/2007 Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Compreender o conceito de ácidos;

• Reconhecer algumas substâncias ácidas utilizadas no dia-a-dia.

• Funções da Química Inorgânica e aplicação cotidiana

- Ácidos – conceito.

• Aula expositiva.

• Humano: - Professor e

aluno. • Material:

- Quadro; - Giz.

• Formativa.

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. Volume único. 4 ed. Ática: São Paulo, 2000, p. 74-75. [2] USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 130-136.

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Planejamento de Aula 5 Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1ª Turma: 1006 Tema da aula: Ácidos e Bases Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 100 min Data: 14/09/2007 Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Compreender o conceito de base; • Saber dar nomes as fórmulas dos ácidos e das bases; • Saber formular ácidos e bases a partir de seus nomes; • Reconhecer algumas substâncias utilizadas no dia-a-dia que são classificadas como ácidos e bases.

• Funções da Química Inorgânica:

-Ácidos e bases – conceito, nomenclatura, classificação e aplicação cotidiana.

• Aula expositiva.

• Humano: - Professor e

aluno. • Material:

- Quadro; - Giz.

• Formativa.

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. Volume único. 4 ed. Ática: São Paulo, 2000, p. 74 – 79. [2] USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 134 -149.

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Planejamento de Aula 6 Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1ª Turma: 1006 Tema da aula: Ácidos e Bases Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 50 min Data: 19/09/2007 Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Classificar os ácidos e as bases de acordo com as regres pré-estabelecidas.

• Classificação de ácidos e bases.

• Aula expositiva; • Exercício na forma de Jogo educacional.

• Humano: - Professor e aluno.

• Material:

- Quadro; - Giz; - Tabela Periódica

grande; - Jogo do “Quí-mico” – ácidos e bases

• Formativa.

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. Volume único. 4 ed. Ática: São Paulo, 2000, p. 74 – 79. [2] USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 134 -149.

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Planejamento de Aula 7 Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1ª Turma: 1006 Tema da aula: Óxidos Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 50 min Data: 19/09/2007 Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Reconhecer algumas substâncias utilizadas no dia-a-dia que são classificadas como óxidos; • Compreender o conceito de óxidos; • Saber dar nomes as fórmulas dos óxidos. • Saber formular os óxidos a partir de seus nomes.

• Funções da Química Inorgânica

- Óxidos – conceito, nomenclatura, e aplicação cotidiana.

• Aula expositiva.

• Humano: - Professor e aluno.

• Material:

- Quadro; - Giz.

• Formativa.

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. Volume único. 4 ed. Ática: São Paulo, 2000, p. 82-83. [2] USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 165-169.

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Planejamento de Aula 8 Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1º ano Turma: 1006 Tema da aula: Óxidos Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 100 min Data: 21/09/2007 Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Saber formular os óxidos a partir de seus nomes;

• Classificar e diferenciar os óxidos.

• Funções da Química Inorgânica:

- Óxidos - formulação, classificação.

• Aula expositiva; • Exercício na forma de Jogo educacional.

• Humano: - Professor e aluno.

• Material:

- Quadro; - Giz.

- Jogo do “Quí-mico” – nomenclatura de óxidos.

Formativa

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. Volume único. 4 ed. Ática: São Paulo, 2000, p. 82-83. [2] USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 165-169.

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Planejamento de Aula 9 Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1ª Turma: 1006 Tema da aula: Teste Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 100 min Data: 26/09/2007 Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Verificar a aprendizagem.

• Ligações Químicas; • Número de Oxidação; • Funções da Química Inorgânica (ácidos e bases).

• Teste em dupla. • Humano: - Professor e

aluno. • Material:

- Folha do teste.

• Somativa.

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. V único, 4ed. Ática: São Paulo, 2000, p 60 – 83. [2]USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 94 -169.

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Planejamento de Aula 10 Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1ª Turma: 1006 Tema da aula: Sais Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 100 min Data: 28/09/2007 Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Compreender o conceito de sais;

• Nomear as fórmulas dos sais;

• Saber formular sais a partir dos nomes;

• Diferenciar e classificar os sais;

• Reconhecer algumas substâncias utilizadas no dia-a-dia que são classificadas como sais.

• Funções da Química Inorgânica

- Sais – conceito, nomenclatura, classificação e aplicação cotidiana.

• Aula expositiva; Exercícios na forma de Jogo educacional.

• Humano: - Professor e aluno.

• Material:

- Quadro; - Giz.

- “Jogo do Quí-mico” – nomenclatura de sais.

• Formativa.

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. Volume único. 4 ed. Ática: São Paulo, 2000, p. 80-81. [2] USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 152-162.

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Planejamento de Aula 11 Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1ª Turma: 1006 Tema da aula: Revisão do conteúdo do 3°b imestre Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 100 min Data: 05/10/2007 Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Revisar os conteúdos vistos no terceiro bimestre (ligações químicas, número de oxidação, funções inorgânicas).

• Ligações químicas: iônica, covalente e metálica;

• Número de oxidação; Funções Inorgânicas (ácidos, bases, sais, óxidos) conceito, nomenclatura, classificação e aplicação cotidiana.

• Aula expositiva; • Exercícios na forma de Jogo educacional.

• Humano: - Professor e aluno.

• Material:

- Quadro; - Giz.

- “Jogos do Quí-mico” utilizados durante as aulas do bimestre.

• Formativa e diagnóstica.

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. Volume único. 4 ed. Ática: São Paulo, 2000, p. 60-81. [2] USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 94-162.

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Planejamento de Aula 12 Escola: Colégio Estadual Nilo Peçanha Localidade: Campos dos Goytacazes Curso: Ensino Médio Disciplina: Química Série: 1ª Turma: 1006 Tema da aula: Avaliação do 3° Bimestre Professora: Larissa Codeço Crespo Cronograma: 100 min Data: 10/10/2007 Objetivos Conteúdo Procedimentos Recursos Avaliação

• Avaliar o grau de entendimento e de resolução de problemas dos conteúdos do terceiro bimestre; • Verificar se os jogos educacionais utilizados ajudaram na compreensão do conteúdo.

• Ligações químicas: iônica, covalente e metálica; • Número de oxidação; • Funções Inorgânicas (ácidos, bases, sais, óxidos) conceito, nomenclatura, classificação e aplicação cotidiana.

• Aplicação da avaliação.

• Humano: - Professor e

aluno. • Material:

- Quadro; - Giz.

- Prova.

• Somativa.

Bibliografia consultada: [1] SARDELLA. Química: série novo Ensino Médio. Volume único. 4 ed. Ática: São Paulo, 2000, p. 60-81. [2] USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4 ed. Saraiva: São Paulo, 1999, p. 94-162.

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APÊNDICE B: MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” - LIGAÇÕES QUÍMICAS.

TABELA PERIÓDICA

Ligação Iônica Ligação Covalente Ligação Metálica

Metal +Ametal Ametal + Ametal Ametal + Hidrogênio Metal + Metal

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APÊNDICE C - MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” - NÚMERO

DE OXIDAÇÃO.

Número de Oxidação (NOX)

1. A soma do nox de qualquer substância será sempre zero. 2. O nox de qualquer substância simples será sempre zero. 3. O nox dos metais alcalinos e da prata é +1. 4. O nox dos metais alcalinos terrosos, do zinco e do cádmio é +2. 5. O nox do alumínio e do bismuto é +3. 6. O nox do enxofre é -2 nos compostos não oxigenados.

• O nox do S nos compostos oxigenados vai depender do nox dos outros elementos, sendo o nox do oxigênio -2.

7. O nox dos halogênios é -1 nos compostos não oxigenados.

• Nos oxigenados vai depender do nox dos outros elementos, sendo o nox do oxigênio -2.

8. O nox do hidrogênio é +1, exceto nos hidretos.

• Nos hidretos – metal + H o nox é -1. 9. Geralmente o nox do O é -2.

• PEROXIDOS (metal alcalino ou terroso + O) nox -1. • SUPEROXIDO (metal alcalino ou terroso + O) nox -1/2.

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APÊNDICE D - MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” -

NOMENCLATURA DOS ÁCIDOS E BASES.

NOMENCLATURA DOS ÁCIDOS

1. Hidrácidos (ácido sem oxigênio):

ácido + nome do elemento+ ídrico Exemplos: a) HCl ácido clorídrico b) H2S ácido sulfídrico c) HCN ácido cianídrico 2. Oxiácidos (ácido com oxigênio):

ácido + nome do elemento + ico ou oso

Exemplos:

a) H2SO4 ácido sulfúrico b) H2SO3 ácido sulfuroso c) H2CO3 ácido carbônico

d) HNO3 ácido nítrico e) HNO2 ácido nitroso f) H3PO4 ácido fosfórico

g) H3PO3 ácido fosforoso

Os oxiácidos com halogênios (Cl, Br e I) podem formar quatro ácidos variando o número de átomos de oxigênio na fórmula.

Ácido Padrão Cl, Br, I

HClO3 Ácido clórico

HIO3 Ácido iódico

HBrO3 Ácido brômico

Ácido padrão:

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Exemplos:

a) HClO4 - ácido perclórico b) H ClO2 - ácido cloroso c) HClO - ácido hipocloroso

Obs: Para o bromo e iodo segue a mesma regra de nomenclatura do cloro.

NOMENCLATURA DAS BASES

1. Metal com nox fixo:

Hidróxido de + nome do metal Exemplo: a) Al(OH)3 - hidróxido de alumínio 2. Metais com nox variável:

Hidróxido de + nome + oso ou ico Exemplos: a) Fe(OH)2 hidróxido ferroso b) Fe(OH)3 hidróxido férrico

METAL OSO ICO

Au +1 +3

Cu, Hg +1 +2

Fe, Ni, Co +2 +3

Sn, Pt, Pb +2 +4

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APÊNDICE E - MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” -

NOMENCLATURA DOS ÓXIDOS.

NOMENCLATURA DOS ÓXIDOS

1. Ametal + oxigênio

Prefixo que indica a quantidade de oxigênio

(O)

Prefixo que indica a quantidade do outro

elemento

Mono-, di-, tri-...

Óxido de

di-, tri-, tetra- ...

Nome do elemento

Exemplos:

a) CO – monóxido de carbono b) CO2 – dióxido de carbono ou anidrido carbônico c) SO3 – trióxido de enxofre ou anidrido sulfúrico d) SO2 – dióxido de enxofre ou anidrido sulfuroso

O elemento diferente do oxigênio pode apresentar mais de um número de oxidação (nox). Comparando dois óxidos de um mesmo elemento, o que apresentar maior nox fica com o sufixo ico e o de menor nox com o sufixo oso . Estes sufixos devem vir após o nome do elemento. A palavra óxido também pode ser substituída por anidrido quando o óxido for ácido.

2. Metal + oxigênio

Metal com nox fixo

Óxido de + nome do elemento Exemplo: a) CaO – Óxido de cálcio

Metal com nox variável

óxido de + nome do elemento + ico ou oso Maior nox: ico Menor nox: oso Exemplo: a) Fe2O3 – Óxido férrico ou de ferro III

METAL OSO ICO

Au +1 +3

Cu, Hg +1 +2

Fe, Ni, Co +2 +3

Sn, Pt, Pb +2 +4

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APÊNDICE F - MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” -

NOMENCLATURA DOS SAIS.

NOMENCLATURA DOS SAIS

ânion de + nome do metal

ânion de + nome do metal + ico ou oso

Sais não oxigenados:

ÂNION ETO

Cl- cloreto

Br - brometo

I- iodeto

F- fluoreto

S-2 sulfeto

CN- cianeto

Sais oxigenados:

ÂNION NOME

SO4 -2 sulfato

SO3 -2 sulfito

PO4 -3 fosfato

NO3-1 nitrato

NO2-1 nitrito

CO3-2 carbonato

HCO3-1 bicarbonato

Obs: Metal com nox variável

METAL OSO ICO

Au +1 +3

Cu, Hg +1 +2

Fe, Ni, Co +2 +3

Sn, Pt, Pb +2 +4

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APÊNDICE G - MATERIAL DE CONSULTA DO JOGO DO “QUÍ-MICO” -

CLASSIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES INORGÂNICAS.

CLASSIFICAÇÃO DOS ÁCIDOS

1. Quanto ao número de elementos presentes na molécula:

• Binário – Exemplo: H2S • Ternário – Exemplo: H2SO4 • Quaternário – Exemplo: HSCN

2. Quanto ao número de hidrogênio ionizáveis na molécula (H ligado ao Oxigênio):

• Monoácido – Exemplo: HCl, HNO3 • Diácido – Exemplo: H2SO4 • Triácido – Exemplo: H3PO4

Obs: Nos hidrácidos, todos os hidrogênios são ionizáveis. 3. Quanto à presença de oxigênio:

• Hidrácido: ácido sem oxigênio • Oxiácido: ácido com oxigênio

4. Quanto ao grau de ionização (força):

• Hidrácido o forte (α> 50%): HCl, HBr e HI o moderado (5%<α < 50%): HF o fraco (α<5%): os demais

• Oxiácido (n° de O menos n° de H) o forte = 2 ou 3. Exemplo: H2SO4 o moderado = 1. Exemplo: H3PO4 o fraco = 0. Exemplo: H3PO3

5. Volatilidade: Indica a maior ou menor facilidade com que os ácidos passam do estado líquido para o gasoso.

• Voláteis: HCl, HBr , HNO3, etc. • Fixos: pouco voláteis. Ex: H2SO4e H3PO4

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CLASSIFICAÇÃO DAS BASES

1. Quanto ao número de hidroxilas (OH-)

• Monobase – 1 OH- • Dibase – 2 OH- • Tribase – 3 OH- • Tetrabase – 4 OH-

1. Quanto à solubilidade

• Solúveis: bases com metais da Família 1 e NH4OH. • Pouco solúveis: bases com metais da Família 2, exceção do Mg(OH)2

e Be(OH)2 que são insolúveis. • Insolúveis: as demais

2. Quanto ao grau de dissociação (força):

• Fortes: família 1, Ca(OH)2, Ba(OH)2, Sr(OH)2 • Fracas: as demais

CLASSIFICAÇÃO DOS ÓXIDOS

• Óxido básico ou metálico: apresentam caráter iônico. O metal apresenta

número de oxidação +1,+2 ou +3. Reagem com água formando bases.

• Óxido ácido ou anidrido: apresentam caráter covalente e geralmente são

formados por ametais. Reagem com água formando ácidos.

• Óxidos neutros ou indiferentes: são óxidos covalentes (formados por

ametais), e não reagem com água, ácidos ou bases.

• Óxidos duplos ou mistos: resultam da combinação de dois óxidos de um

mesmo elemento.

• Óxidos anfóteros: comportam-se como óxidos básicos na presença de um

ácido, e como óxidos ácidos na presença de uma base.

• Peróxidos: apresentam o oxigênio com numero de oxidação igual a -1.

• Superóxidos: apresentam o oxigênio com numero de oxidação igual a -1/2.

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CLASSIFICAÇÃO DOS SAIS

• Sal neutro: na sua formula não aparece nem H+ nem OH. Exemplo: NaCl.

• Sal ácido ou hidrogeno-sal: apresenta dois cátions, sendo um deles o H+ e somente um ânion. Exemplo: NaHCO3

• Sal básico ou hidróxi-sal: apresenta dois ânions, sendo um deles o OH- e

somente um cátion. Exemplo: Ca(OH)Cl

• Sal duplo ou misto apresenta: o Dois cátions diferentes de H+ . Exemplo: NaLiSO4 o Dois ânions diferentes de OH- . Exemplo: CaCl(ClO)

• Sal hidratado: apresenta em sua estrutura moléculas de água.

Exemplo: CuSO4. 5H2O

• Sal anidro: não apresenta água em sua estrutura.

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ANEXO

ANEXO A: RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO

O que você achou de aprender Química com jogos educacionais como o Jogo do “QUÍ-MICO” ?

1. “O jogo foi uma boa idéia porque aprendi brincando, e quando vamos perceber

aprendemos e nos divertimos, apesar de no começo ser difícil de entender o

jogo, mas é bom”.

2. “Eu gostei muito do jogo, porque me ajudou muito na matéria e na aula. A aula

ficou muito melhor depois do jogo, se não tivesse jogo a aula fica mais chata”.

3. “Eu gostei ajudou bastante”.

4. “Legal e todos os professores deveriam fazer esse jogo”.

5. “Eu gostei, é interessante e ajudou bastante”.

6. “Eu gostei, mas os últimos foram mais difíceis”.

7. “Eu gostei foi muito legal aprender a matéria jogando”.

8. “Eu joguei pouco, mas o que joguei valeu, pois aprendi um pouco mais da

meteria, que por sinal estava difícil”.

9. “Gostei do jogo”.

10. “Não gostei do jogo”.

11. “O jogo não me ajudou nem atrapalhou, mas é legal”.

12. “Muito legal, é uma aprendizagem bem fácil de se entender”.

13. “Eu gostei foi um modo diferente e divertido de aprender”.

14. “Não sei, não joguei”.

15. “Eu achei legal’”.

16. “O jogo é divertido”.

17. “Não gostei”.

18. “Achei legal”.

19. “Foi interessante e divertido”.