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Director: P. Carlos Jorge Henriques Vicente Ano IV ~ Abril 2006 ~ Nº 31 Distribuição gratuita Uma grande caminhada começa com um pequeno passo! “O peregrino é aquele que, num determinado momento da vida, tempo de procura, de inquieta- ção, de desejo e atrac- ção, se põe a caminho em busca de uma nova verdade de si mesmo. A peregrinação envolve a pessoa toda, o passado, o presente e o futuro, a racionalidade, os senti- mentos e a busca da be- leza. Supõe uma atitude humilde e confiante, de quem volta a acreditar na vida, porque a procura numa nova síntese. É ati- tude desprendida, que supõe austeridade e mesmo penitência. Pere- grinar é aceitar contentar- se, durante um tempo, com o estritamente ne- cessário. O peregrino é atraído por uma força interior e conduzido por uma luz superior. A pere- grinação gera a harmonia da tranquilidade e da paz. Esta luz só pode ser a de Cristo ressuscitado, a apontar os caminhos da salvação.” D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa Mensagem para a Quaresma 2006

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1Nº 31 ~ Abril 2006 ~ Ano IV

Director: P. Carlos Jorge Henriques Vicente Ano IV ~ Abril 2006 ~ Nº 31 Distribuição gratuita

Uma grande caminhadacomeça com um pequeno passo!

“O peregrino é aqueleque, num determinadomomento da vida, tempode procura, de inquieta-ção, de desejo e atrac-ção, se põe a caminhoem busca de uma novaverdade de si mesmo. Aperegrinação envolve apessoa toda, o passado,o presente e o futuro, aracionalidade, os senti-mentos e a busca da be-leza. Supõe uma atitudehumilde e confiante, dequem volta a acreditar navida, porque a procura

numa nova síntese. É ati-tude desprendida, quesupõe austeridade emesmo penitência. Pere-grinar é aceitar contentar-se, durante um tempo,com o estritamente ne-cessário. O peregrino éatraído por uma forçainterior e conduzido poruma luz superior. A pere-grinação gera a harmoniada tranquilidade e dapaz. Esta luz só pode sera de Cristo ressuscitado,a apontar os caminhosda salvação.”

D. José Policarpo,Cardeal-Patriarca de Lisboa

Mensagem para a Quaresma 2006

2 Ano IV ~ Abril 2006 ~ Nº 31

Editorial A melhor parte

É

Os nossos Padres

Zé Pedro Salema

Diác. António Costa

Os malesdo mundo

A alegria de viver

É

O Senhor convida-nos para um encontro com Ele. Para nos falar ao coração. A cada coração. Quer seduzir-nos. Apesar das nossas infidelidades e faltas de ternura, continua apaixonado por nós. E anseia que voltemos para Ele. O deserto é o local ideal. Só Ele e nós. E o silêncio, onde nasce a oração verdadeira, e germinam as conversas com corpo e alma. Depois, os beijos, os abraços, os sorrisos. E os compromissos. E a Aliança. Deus também nos vai falar de Jesus, o Filho Amado. Aquele que se deixou derrubar pela morte. Pregado numa cruz, como um criminoso, por causa de um Amor sem limites. Mas o poder de Deus é imenso. O SENHOR JESUS RESSUSCITOU! Esta é a vitória que cantamos na Páscoa! Regressaremos. Amados. Mais livres. Mais felizes. Mais serenos. Mais amáveis. Mais amantes. Voltaremos mais vezes ao deserto, melhor, deixaremos que o deserto venha até nós. AQUELE DESERTO. Onde o AMOR nos aguarda.

tão simples amensagem queBento XVI nos fazchegar nesta

Quaresma, que não hesitoem compartilhá-la: «Nestaperegrinação, Ele próprionos acompanha através dodeserto da nossa pobreza,amparando-nos no ca-minho que leva à alegriaintensa da Páscoa».

A dureza do nosso dia-a-dia, os muitos problemase tantas dificuldades comque estamos sempre atropeçar, é sempre razãopara baixarmos os braço ecair no desalento, noabandono ao desespero. Eé quase sempre assim -sabemos tão bem que,quanto mais nos afun-

damos, mais tendênciatemos para fraquejar.

Valha-nos Deus!Nem mais! Éa certeza de

que o Senhor estáSEMPRE ao nosso lado,atento a todos os nossosapelos, amparando-nos noseu colo, cheio decompaixão e misericórdia,que nos mantemos de pé.E temos de fluir com o seuamor, transmitindo à nossavolta a nossa realidadecristã, a luz que d’Eleirradia, que é verdade ealegria.

Esta Páscoa, Senhor,ajuda-me a vivê-la com osoutros, em Alegria!

P. Carlos Jorge

minha convicçãoque este tempo“novo” em quetudo o que acon-

tece, se diz, se escreve, sepensa, contra o que era, ébom por essa simplicér-rima (perdoem o neo-logismo) razão: a de sernovidade “contra”, nos levapara o único destino dequem não se quer assumircomo destinado, como umser com finalidade, comoum projecto a “ser”...negando, por essa via, oseu direito e dever de serporque apenas quer existir,começando-se e esgo-tando-se em si mesmo,

sem prorrogativa dealteridade.

Não tem o honesto,arguto, sublimado e cultopensador nada contraDeus, contra os valoresmorais, contra o zelo dooutro porque sim, mas detal forma se senteincomodado com essacondicionante de existirpara ser, - na unidadeafectiva e efectiva com osdemais, - manifestação nahistória da grandezadefinitiva que cumulará onosso esforço no tempo,rumo à atemporalidade quenos espera, que, para sersuperior e livre, sente

entranhadas urgências denegar... por nada... só paraparecer livre no confinadoambiente dos seustacanhos critérios.

Se lhes perguntásse-mos que buscam construir,bem espremida aredundância da suaresposta, concluiríamos:“NADA”, e tal é o esforço eempenho no parir dessenada, que de toda estanovidade, um fruto, temospor garantido: o próprioaniquilamento.

Eu daria graças a Deus(não que no projecto deDeus tenha assento o vazioe o nada) se essa “nulida-de, essa va(n)idade, essevácuo de ser, apenascaísse sobre os seusalmejadores, mas, desolidários que somos, noengrandecimento ounegação da nossahumanidade a acontecer(ou a auto - destruir-se),essa banalização frus-trante do humano nãodeixará de nos atingir.

E aqui nasce no maisprofundo de nós mesmosum apelo, uma ânsia, umclamor, um brado... Senhorque farias neste contexto?

E SE É VERDADE QUEDEUS, ESTE SENHOR AQUEM APELAMOS,RESPONDE AO HOMEMEM TODAS AS SUASANGÚSTIAS, é urgenteque escutemos a suaresposta definitiva e plena:JESUS.

Por maior que seja apressão sentida, nuncatocará as raias da violênciasofrida pelo homem doTabor e do Getsemani, ohomem do Pretório e doCalvário, o homem daverdade e da justiça.

Não esperemos outroauxílio ou outra respostapara além desta total plenae indefectível resposta queecoa por todos os cantose recantos do mundo, pordentro e por fora de cadahomem que a ele chegapara nele se auto-criar emDeus, ou se negar contra

Deus: JESUS.E se Este Deus-Homem

nos disse que nãodeveremos temer os que,porventura causando danoao corpo, nada poderiamcontra “a essência eternaque nos conforma”, quemelhor reacção poderemoster, senão a que d’Elemesmo nos vem, no augeda sua vitimização sob asandice dos poderosos esábios?

Qual foi, deste modeloacabado da humanidade aser, a resposta eficaz esalvífica?

PERDOAI-LHES PAI,PORQUE NÃO SABEM OQUE FAZEM!

Ele mesmo sentenciouque poderia conclamarlegiões de anjos em suadefesa e, contudo, achouque a resposta a todos oserros dos “sandeus” estavaem deixá-los percorrer oseu caminho, porque,negar Deus e a sua glória,poderiam sempre quequisessem, fazê-lo, masjamais iriam cancelar oencontro face-a-facequando a placenta dotempo se romper e a vidapresente irrevogavelmenteos parir na vida futura, ondemanará leite e mel ou choroe ranger de dentes.

É talvez esta a hora emque poderíamos, comoesta definitiva plena e eficazresposta de Deus, aosnossos males, dizer: Comque ansiedade esperei estahora... Sim! É chegada a hora! Éesta a hora de Deus e, seformos atormentados comoos causadores destestormentos, saibamos ouviraquela sentença definitiva,resposta ao derradeiroapelo: Lembra-te de mimquando vieres na tuarealeza.

Como será doce ouvir:hoje mesmo estaráscomigo no paraíso!

3Nº 31 ~ Abril 2006 ~ Ano IV

Boletim Abril 2006UNIDADE PASTORAL DE SINTRA

Estes são apenas alguns acontecimentos de carácter maisgeral que se vão realizar na Unidade Pastoral de Sintra.

omo amante deSintra, não possodeixar de me sentir

defraudada com tantaincúria que vejo sempreque circulo pelas ruas daminha amada vila. Se bemque alguns prédios já es-tejam a ter tratamento nassuas estruturas e cicatri-zes temporais, o facto éque muitos, ainda, estãovotados ao abandono. Por-quê? Porque será que sóapenas alguns, (muito pou-cos) beneficiam de obrase melhoramentos?

Já visitaram a Rua Dr.Alfredo Costa? Não? En-tão façam-no e observem.

Já olharam para a outrorabelíssima vivenda SantaAna, mesmo à entrada daEstefânia? Sim, sim…essamesma! Que está aos ra-tos, baratas e outros lúgu-bres animais do estilo hánem sei já quantos anos.Esperando que alguém aolhe merecidamente e lhedê outro destino mais nobredo que apodrecer como umtronco velho e carcomido!

E por falar na Estefânia,que tal a “obra de arte” queé o prédio semi-arrasadoque espera igualmente so-lução e pelos vistos seráuma réplica das famosas“obras de Sta. Engrácia” tão

conhecidas do linguarejarpopular português? Ah!Mas não terminam por aquias “carrancas” de Sintra,infelizmente… o que dizerdas fachadas das lojas“Narciso”? E de todos osprédios que englobam aFarmácia Marrazes, a loja“Silvestre” e por aí fora?

Como é triste passear-mos nesta velhinha vila edarmos de caras com ver-dadeiros “monumentos” dedeterioração, esquecimen-to e desatenção. Prédiosde uma traça que bem me-reciam, pelo menos, ter acara lavada e estão a defi-nhar, a empobrecer e a rou-

bar alegria e viço a uma vilaque foi (será que aindaé???) PATRIMÓNIO DAHUMANIDADE!

Será falta de dinheiro?Desconhecimento da His-tória da região? Não sabe-rão o significado das pala-vras “Património” e “Huma-nidade”? Atenções desvia-das para o sub mundo dastrocas e baldrocas politicasque fecham os olhos à nos-sa edilidade? Ou é, defacto, desatenção, desleixoe desinteresse?

Como não tenho respos-ta para estas questões eme sinto impotente para co-locar algum bom senso e

C

Paula PenaforteIncúria: Apanágio de Sintra.Será?

sensibilidade nas cabeçasdos governantes (será des-governo?), limito-me a dei-xá-las flutuar nesta breveslinhas, porém revoltadacom tamanha afronta aeste povo que sempre pre-zou a sua História e vivên-cia, traduzida em grandeparte nas belas fachadasdos edifícios, de que sem-pre se orgulhou.

E neste grito que é mi-núsculo e fraco mas quenão posso calar, digo:

Chega de incúria,desleixo e desinteresse!Sintra merece mais emelhor!

4 Ano IV ~ Abril 2006 ~ Nº 31

Sopram ventos a Oriente

Elias Colaço*

O “GELMac”

F

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O nosso PatrimónioPostais da Vila Velha

Fernando Marques

S em dúvida nenhu-ma que os aces-sos, se forem bons

e estiverem bem conser-vados e nesses locaisexistirem bons parquea-mentos automóveis, sãofactores que fazem afluirmais as pessoas a deter-minados sítios, para alémdas suas belezas naturais.

Ora, como é do conhe-cimento geral, o CentroHistórico de Sintra teminúmeros problemas deacessibilidade, bem comode falta de estaciona-mento. Tem-se notado ulti-mamente um aumento devisitantes a Sintra, comoum destino turístico de elei-ção, quer externo quer in-terno, graças à reconhe-cida fama que adquiriuoutrora e mais recente-mente ao facto da Unescolhe ter atribuído o estatuto

de património da Humanida-de.

Não vai longe o tempo emque houve tomadas deposição de grupos e as-sociações de pessoas quese intitulam amigas do pa-trimónio. Falo mais concre-tamente de Sintra. Essaspessoas defenderam muitoenergicamente a manu-tenção do estado de coisas,a troco da preservação dasraízes das árvores queproduzem sombras secu-lares.

É evidente que todas asterras têm de evoluir. Maspara isso é necessáriosaber encontrar os meiospara superar as dificul-dades, nomeadamente ascriadas pelo aumento dofluxo de trânsito, sob penade estarem condenadas aperder muitos dos quegostariam de vir a Sintra e,

não havendo condições deacessibilidade e de es-tacionamento, por exem-plo, optam por escolheroutros locais, para ocuparos seus tempos de lazer.Está em curso o alarga-mento do IC19, que embreve estará concluído. Te-remos melhores acessosexteriores a Sintra, semdúvida! No entanto,coloca-se outra questão!Como resolver o problemados carros que afunilam naEstefânia, na Volta do Du-che, na Vila-Velha, nos Pi-sões, na Sabuga, entreoutros? Temos declivessuficientes que poderiamser aproveitados para criarparques subterrâneos eos necessários e adequa-dos acessos ao centrohistórico, como por exem-plo, a viabilização da exis-tência de túneis, elevado-

res e escadas rolantes. Oque não podemos é conti-nuar a ser escravos dedecisões de “velhos doRestelo”, que impediram jáa requalificação do Vale daRaposa e da Volta doDuche, e votaram o “comér-cio” local da Estefânia ealgum do Centro Históricoao mais completo abando-no e desprezo, realidadeque tanto nos envergonhaaos olhos dos inúmerosturistas que diariamentepercorrem o eixo da Vila-Velha até ao Museu de ArteModerna. E não digam quea culpa é dos chineses! Es-pertos foram eles, que sóaproveitaram a cultura do“deixa andar”, à boa manei-ra portuguesa, ganhandodinheiro e dominando onosso “comércio local”,leia-se “uma espécie emvias de extinção”.

Os detentores do poderlocal e não só, aproveitarãosempre as pressões dos“abaixo-assinados” ououtras formas de expres-são popular, para fazer deconta que vão estudar osproblemas. Desse modo, otempo passa enquantoresolvem outros assuntosde “maior interesse” eaguardam calmamente ofinal dos mandatos, poistodos sabemos que emvésperas de um novomandato, aumentam as

promessas numa tentativade “caça” ao voto.

Sintra , em particular S.Martinho, merece mais emelhor empenho por partede quem governa estaparcela à beira mar plan-tada. Que cada visitanteque venha a Sintra, sintaque está num lugardiferente, onde não há lugarpara o desleixo e o des-prezo por um patrimónioque é comum e saia daqui,sempre, com vontade devoltar.

oi com enorme sa-tisfação que me re-encontrei com os

meus companheiros deperegrinação e o reencon-tro não poderia ter sido emlocal e dia mais adequadosque no da chegada ao San-tuário de Fátima. Querodeixar o meu agradeci-mento pelo carinho comque fui recebido por todos.Quem nunca peregrinouconnosco não percebe acumplicidade que existe noseio do grupo durante a-queles dias de caminhada.Somos realmente umafamília.

Como vou permanecerem Portugal mais tempodo que desejava, não querodeixar esta rubrica queiniciei no Verão e, assim,com a colaboração da mi-

nha filha Bárbara e outrosamigos de Macau, voutentar manter as crónicas de“Sopram Ventos a Oriente”sempre actuais.

Desta vez achei por bemfalar-vos sobre o GELMac -Grupo de Escuteiros Lusó-fonos de Macau, o CNE emMacau. O artigo tem acolaboração do NelsonAntónio, Chefe do Agrupa-mento. Infelizmente, e pormotivos de espaço, nãopode ser reproduzido naíntegra, apresentando-seapenas um resumo.

O grupo de EscuteirosLusófonos de Macau (GEL-Mac) arranca a 11 de Maiode 1997 com 25 lobitos, 43exploradores, 41 pioneirose 31 caminheiros. No fim-de-semana de 21 e 22 deJunho, 122 escuteiros parti-

* com a colaboração,em Macau, de:

Bárbara Colaçoe Nelson António

cipam no primeiro acam-pamento na praia de Hác-Sá, na ilha de Coloane.Nada faltou a esta activi-dade, que dificilmenteserá esquecida por todosquantos nela participa-ram, nem mesmo umachuvada torrencial que ossaudou de madrugada,arrancando jovens ador-mecidos das tendas, quejá começavam a inundar.Em meados de Setembro,

no início do ano escutista,o grupo conta já com 140membros. Em Março de1998, 107 jovens fizeram apromessa e receberam oseu uniforme em cerimóniapresidida pelo Bispo deMacau, D. Domingos Lam.

O Grupo de EscuteirosLusófonos tem agora cercade 80 elementos, o quedemonstra claramente queo projecto veio para ficar, eque continuará a dar frutos

nos próximos tempos. 65por cento dos actuais mem-bros são filhos de portu-gueses a residir em Macau,30 por cento são macaen-ses e os restantes são jo-vens chineses e de outrasnacionalidades.

Ao abrigo dos seus esta-tutos, o GELMac pediu asua adesão ao CNE, per-mitindo reactivar o Agrupa-mento 341, o que veio aacontecer a 11 de Maio de1999.

Este grupo desenvolveum importante papel ao ní-vel da promoção e difusãoda língua e da cultura portu-guesas. A nossa actividadeprivilegia estas duas verten-tes, prestando ainda umacolaboração ao Bispo e àDiocese no apoio à comu-nidade católica de matriz

portuguesa que continua aresidir em Macau. O apoioà comunidade é, de resto,um dos objectivos dogrupo, cumprindo assimum dos lemas do fundadordo escutismo.

Os responsáveis doGELMac mostram grandeoptimismo, já que alémdos jovens, também adul-tos, entre os quais os paisdos seus membros maisnovos, têm aderido aomovimento criado no iníciodo Século por RobertStephensos Smyth Baden-Powell.

5Nº 31 ~ Abril 2006 ~ Ano IV

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Consultório médico

Privação do sonoS

A ObstipaçãoA

Elsa Tristão, nutricionista

Miguel Forjaz, médico

e sentir que an-da mais cansa-do do que o cos-

tume, pode dever-se a umrepouso insuficiente,originando dificuldade emacordar, quando odespertador toca.

As necessidades indi-viduais de sono variam.Nos adultos, oscilamentre as 4 horas diárias desono até às 9 horas,embora as 8 horas, emmédia, sejam as reco-mendadas. As pessoasmais idosas necessitamde dormir menos, enquan-to os mais jovens têmuma maior necessidadede dormir.

Por exemplo, as pes-soas que trabalham atétarde, as que têm horáriosfamiliares problemáticos,ou que passem a ter umacriança nova em casa, osadolescentes que sedeitam tarde , podem não

satisfazer as suas neces-sidades de descansodurante a noite. Com opassar do tempo, esta faltade dormir, também cha-mada privação do sono,pode ter graves efeitos nasaúde e no relacionamentopessoal.

Ainda não se sabe porque razão temos de dormir,mas sabemos que o sonoé tão importante como osalimentos e a água. Pensa-se que o sono ajuda o cére-bro a recarregar energias ea armazenar memórias alongo prazo. As pessoascom privação do sonosentem falta de energia,tornam-se irritáveis e/oudepressivas, têm dificul-dades em se lembraremdas suas tarefas, parecemenvelhecer mais depressa, podem ter problemas deconcentração no trabalhoou na escola, e estão maissujeitas a ter doenças

cardíacas.A privação de sono pode

causar acidentes. Milharesde acidentes de trabalhoou de viação ocorrem,anualmente, devido a estasituação. O grave acidenteecológico do Exxon Valdez,em 1989,parece ter sidodevido ao facto de umoperador do petroleiro estarcansado.

Alguns autores referem,que só se está a dormir osuficiente, quando nãonecessitamos do desperta-dor para acordarmos demanhã. Outros sugeremque se verifique quantashoras necessitamos dedormir durante as férias eusemos esse valor comonível de normalidade.

Hábitos de sono parauma boa noite dedescanso:

- Não consuma cafeína,nicotina e álcool durante atarde e noite;

- Tenha um jantar leve;- Levante-se e deite-se

sensivelmente às mesmashoras;

- Faça exercício regular-mente no início do dia, eantes de se deitar façaalguns exercícios derelaxamento muscular, outome um banho quente;

- Mantenha o seu quartofresco, escuro e sosse-gado. Uma música suavepode ajudá-lo;

- Não tome comprimidospara dormir, a menos quesejam prescritos pelo seumédico;

- Evite as sestas duranteo dia, a menos que duremapenas meia- hora e sejamfeitas antes das 15 horas;

- tente contar carneirosou contar de trás para afrente, porque isso podeajudá-lo a adormecer.

CuriosidadesO padrão de sono não é

uniforme e tem várias fasesdiferenciadas. Durante osono nocturno normal, há5 ou 6 ciclos de sono. Osono começa na fase 1(ograu mais superficial, emque a pessoa acordafacilmente) e avança até àfase 4(o grau de maiorprofundidade, em que apessoa acorda comdificuldade).Na fase 4,otónus muscular, a pressãoarterial e as frequênciascardíaca e respiratória,estão diminuídas aomáximo. Para além destas4 fases, existe um tipo de

sono acompanhado demovimentos oculares rápi-dos(REM)e de actividadecerebral. A maioria dossonhos ocorre durante osono REM e na fase 3 dosono, enquanto o falar adormir, os terrores noctur-nos e o sonambulismo,costumam acontecer nasfases 3 ou 4.

obstipação, ouprisão de ven-tre, é apontada

como um dos grandesmales da vida actual. Sóem Portugal, esteproblema afecta cerca dedois milhões de pessoas,na sua maioria mulheres,com maior incidência nasidades mais avançadas.

Regra geral, aprisão de ventre é umadisfunção intestinal quesurge como consequênciade maus hábitos de vidae que pode ser devida ainúmeras causas, entreas quais uma deficitáriaalimentação, com a inges-tão reduzida de água efibras não digeríveis,redução da actividadefísica, atraso do trânsitointestinal, diminuição dasensibilidade rectal ou adoenças várias, como adiabetes, o hipotiroidismo,sequelas de doençasneurológicas, como osacidentes vascularescerebrais, doenças psi-quiátricas, como a depres-são, e a toma de varia-díssimos medicamen-tos,

como diuréticos, e oslaxantes, por causaremperturbações do equilíbriohidroelectrolítico (água esais minerais).

Convém ainda alertar,que existe a ideia errada deque os produtos de ervaná-ria são inócuos, por seremnaturais. Isto é um dispara-te porque ainda que, àsvezes, sejam de factoinócuos, outras há que sãotão ou mais perigosos queos medicamentos.

Quem coma raramentefruta, saladas, legumes,leguminosas (feijão, grão,ervilhas, etc.), e comaapenas “carcaças” ou outropão branco, e nunca comacereais ricos em fibras,certamente terá deficiênciade fibra.

Alimentos que podem serbenéficos para evitar/tratara prisão de ventre:

·Cereais integrais emgrão ou transformados naforma de pão, massas,cereais de pequeno-almoço prontos a consumire outros derivados.Substituao pão branco, porpão de mistura e coma

mais vezes pão integral ede outros cereais. Oscereais de pequeno-almoço, ricos em fibra, sãotambém uma óptima opçãopara variar as suas refei-ções. É importante ter pre-sente que a ingestão defibras, se não for acom-panhada de muita águapode ter um efeito contra-producente, com agrava-mento da obstipação.

·Beber pelo menos 8copos de água por dia, paraalém de outros líquidos.

Outra opção, é a toma dechás que estimulam assecreções intestinais.

·Fruta fresca e legumesverdes folhosos, para alémdas vitaminas e minerais,adicionam fibras solúveis einsolúveis que ajudam amanter em movimento oconteúdo do intestinogrosso, evitando que asfezes permaneçam aímuito tempo. É recomen-dado consumir 2 a 3 peçasde fruta com casca por dia,bem como legumes frescosou na sopa. Certos frutossecos, como as ameixase os figos, são muito bons

para a prisão de ventre, pelasua riqueza em fibra. Asameixas secas possuemainda uma substância queestimula os músculos daparede do intestino grosso,desencadeando um au-mento da actividade docólon e consequenteaceleração do trânsito dasfezes.Comer 3 a 4 ameixassecas e demolhadas emágua, em jejum, ajuda noscasos de prisão de ventremais resistentes, assimcomo a sua água deve serbebida. Pode também

comer 2 ou 3 figos secos,juntamente com oscereais.

·Consumo regular deiogurtes ajuda a regularizara flora microbiana dointestino;

·As sementes de linho(linhaça) ou o germen detrigo, são ricos em fibras epodem ser adicionados ásopa, cereais com leite ouiogurtes, sumos de fruta,etc. Numa fase de forteprisão de ventre, coma 2 a3 colheres de sopa desementes por dia.

Toda a actividade física é

importante, mas deve serdada especial importânciaà musculatura abdominal,por exemplo, utilizandouma bicicleta , ou umasimples caminhada diáriapode ser o bastante paramelhorar a prisão de ventrede alguém que passalongos períodos sentado.

6 Ano IV ~ Abril 2006 ~ Nº 31

Recantos da nossa terra

Palácio Nacional de Sintra

OPaulo Francisquinho

Av. D. Francisco de Almeida, 333-352710-562 SINTRA Telef. 21 923 27 33

Mafalda Pedro

Palácio Nacionalde Sintra é um dospaços reais medie-

vais mais belos de Portu-gal. Reza a tradição queterá sido construído sobrea residência de reis muçul-manos. Os monarcas por-tugueses pretenderamsempre ter um paço real emSintra. As principais cam-panhas de obras que lheconferiram o aspectoactual devem-se a D.João I, que o reconstruiu,e a D. Manuel I, que acres-centou a actual ala manue-lina.

Durante a Idade Moder-na, o Palácio não cessoude ser engrandecido, comoo provam os elementos re-nascentistas do tempo deD. João III, a grande Salados Cisnes, a mais antigaSala de aparato dos Palá-cios portugueses, e ondese encontram os retratosde D. Catarina de Bragan-

ça, de Carlos II de Inglaterrae de D. Pedro II, ou a Salados Brasões, cuja cúpulaostenta as armas de D.Manuel, de seus filhos, ede setenta e duas das ma-is importantes famílias daNobreza, e cujo revesti-mento integral das paredesdata do século XVIII, obrado ciclo dos Grandes Mes-tres da azulejaria lisboeta,dessa altura.

Afectado pelo grandeterramoto de 1755, foi logoreconstruído de acordocom a traça medieval, e du-rante os séculos XIX e XXsofreu ainda outras obrasque transformaram irreme-diavelmente algumas par-tes, como os edifícios quefechavam o Largo Rainha D.Amélia, que então foramdestruídos. Convertido emmuseu a partir de 1940, é

actualmente um monu-mento do I. P. P. A. R., queteve como primeira medidaa recuperação das cober-turas e fachadas, e queprosseguirá com a recupe-ração e restauro do patri-mónio móvel e com a cria-ção de uma nova dinâmicana interpretação e anima-ção do monumento e res-pectiva envolvente.

A capela, reformulada na

Horário:* 10:00 - 17:30 (última

entrada às17:00).Encerrado à quarta-feira

e nos feriados de 1 deJaneiro, Domingo dePáscoa, 1 de Maio, 29 deJunho (feriado municipal) e25 de Dezembro.

Ingresso Normal: € 4.Jovens (15 a 25 anos) e

reformados: € 2.Portadores do Cartão

Jovem: € 1.6.Crianças até aos 14

anos: gratuito.Domingos e feriados até

às 14h00: gratuito.

Telef.: 219 106 840; 219106 841. Fax: 219 106 851.

campanha de D. Manuel I,filia-se no estilo mudéjar,pelo tapete de azulejos his-pano-mouriscos das pare-des, de que subsistempouquíssimos testemu-nhos em Portugal. Dessesdois primeiros períodos, oprincipal destaque vai paraa cozinha, com as suasduas chaminés de 33m dealtura, a Sala Árabe, par-cialmente revestida comazulejos de matriz geomé-trica, ou o magnífico pátiocentral, de arcos gemina-dos. Do seu adro alcança-se uma vista sobre a VilaVelha e a Serra de Sintraemoldurada pelo Castelodos Mouros e o Palácio daPena.

7Nº 31 ~ Abril 2006 ~ Ano IV

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O Direito nas Paróquias:Observatório Jurídico

Francisco Gomes,Advogado

Uniões de Facto

que juridicamente se en-tende por economia co-mum.

Efectivamente, o artº. 2ºdispõe que, economiacomum é a situação depessoas que vivam emcomunhão de mesa ehabitação há mais dedois anos e tenhamestabelecido uma vivên-cia em comum de entre-ajuda ou partilha de re-cursos, não havendo limi-tação ao número de sujei-tos nem ao sexo.

À primeira vista parece-nos uma situação que con-figuraria uma união defacto, mas realmente as-sim não acontece, porquenestas, as condições aná-

logas à do casamentopressupõem, além da co-munhão de mesa e habita-ção há mais de dois anos,também a comunhão doleito, o que pode justificar,talvez, o termo União (defacto).

Uniões de Facto e Casamento

interessante notarque o legisladorquis distinguir o

entendimento sobre as du-as situações, pretendendocom isso, do nosso pontode vista, evitar confusão.

Vejamos: O diploma queregula as situações deEconomia Comum, é a Leinº 6/2001, de 11 de Maio –a qual o legislador de-signou por: Medidas deprotecção das pessoasque vivam em EconomiaComum.

Na referida lei, ao invésdo que sucede na Lei nº7/2001, de 11 de Maio -Medidas de protecçãodas Uniões de Facto, édada uma noção daquilo

União de Facto e Economia comum

omo já dissemos,a matéria do casa-mento será tratada

de forma autónoma nesteartigo. No entanto, não po-demos deixar de lhe fazeruma breve referência paraum melhor entendimentodo que está em causa.

O Casamento, tal comoé definido no artº.1577º doCódigo Civil “é o contratocelebrado entre pessoasde sexo diferente que pre-tendem constituir famíliamediante uma plena comu-nhão de vida, nos termosdas disposições desteCódigo”.

Na nossa tentativa deexplicar a noção de Uniãode Facto, considerámos

que se trata de uma rela-ção idêntica à do casa-mento e à qual faltam ospressupostos legais deste.

Nesta relação, os su-jeitos vivem em comunhãode mesa, leito e habitação,não existindo contrato (es-crito) entre eles, podendoconsiderar-se que existeuma declaração de vonta-des, e não uma relação tor-nada pública, (no sentidojurídico, não é sujeita aregisto).

Pode realizar-se entrepessoas do mesmo sexoe os efeitos jurídicos sãoiguais, quer se trate deheterossexuais ou de ho-mossexuais.

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Poesia

Isabel Afonso

Marasmo Floresta

Paula Penaforte

Há um rastilho no ar paradoUm fogo que arde sem se verUm relâmpago no céu recortadoIra de elementos a estremecer.Nuvens negras, cinza, rosadas,Como pétalas mortas, desfolhadas.O ribombo tonitruante no céuAcorda, na terra, a falsa paz,Levanta a ponta de um véuLança uma gargalhada mordaz.Nuvens negras, cinza, prateadas

Em cada florestaHá uma luz finaQue percorre as arvoresUma a uma,Para que o diaPasse esguioE as suas ancasNão as possamNuncaDerrubar.Pois se cada arvoreNos olhar de frente,Talvez uma vénia baste,A fúria se afaste,E nos perdoe para sempre.

Em espasmos de chuva soluçadas.E este rastilho de fogo latenteQue massacra a vida a cada hora,É como um poderoso mordenteQue nos prende vida fora.Nuvens negras, cinza, doiradas,Fugazes horas compartilhadas.Há um rastilho no ar abafadoE este fogo que deixa o sinalNo espaço amorfo e retalhado,Qual pecado original.

Divulgue oCruz Alta!

8 Ano IV ~ Abril 2006 ~ Nº 31

Peregrinação a Fátima

A caminho,com os Santos!

I mpossível descrever em palavras. Impossível transmitir porimagens. Fica um pequeníssimo apanhado de mais umaexperiência, vivida em 5 dias, para a Vida! As frases foram

escritas pelos peregrinos e enviadas ao nosso Patriarca, por ocasiãodo seu aniversário, que coincidiu com o 3º dia de peregrinação.

Que o tempo de Deus te acompanhe hoje e sempre.

Quero felicitá-lo pelo dom da vida e agradecero bom pastor que tem sido.

Esperamos novos desafios, caminhando lado a lado. Que a sua fé e sabedoria desçam aos corações de todos.

Parabéns! Está convidado para uma partidade cartas na nossa Paróquia.

Parabéns D. José! Tal como a nós nesta peregrinação, rezo para que Eleo ajude neste Caminho com os Santos! Conte comigo, sempre!

Que Deus o abençoe para que continuea ser o nosso Bom Pastor.

Um Pastor em quem confio!

Deus permita que continue a celebrar connosco o dom da vidae que continuemos a contar com as suas iluminadas palavras.

És um tipo bué bacano!

Enxara do Bispo Lourinhã Nadadouro

Enxara do Bispo Lourinhã Nadadouro

Peregrinos de bicicleta Encontro cpm peregrinos de autocarro

A frotaA família peregrina

9Nº 31 ~ Abril 2006 ~ Ano IV

Entrevista

Associaçãode Reformadose Pensionistas

de LourelARR – Esta Associaçãonasceu em 1992, por ini-ciativa de um pequeno gru-po de pessoas que, sensi-bilizados pela causa dosmais idosos decidiu uniresforços para os ajudar,proporcionando—lhes umespaço onde pudessemusufruir de alguns momen-tos de convívio e lazer. Co-meçou pequenina, tem vin-do a crescer e temos o so-nho de a tornar cada vezmaior e mais actuante. Oespaço que estamos aocupar foi-nos disponibili-zado pelo Sporting Clubede Lourel, que o construiupara nós, ao abrigo de umprotocolo celebrado entre oclube, a nossa associaçãoe a Junta de Freguesia deSanta Maria e São Miguel.CA – Quantos associadostem a vossa associação?ARR – Actualmente conta-mos com cerca de 300associados e, o que é derealçar, quase todos comas suas quotas em dia.CA – Quais os objectivos,próximos e de médio prazoque esta direcção se pro-põem atingir?ARR – O nosso grande o-bjectivo é a construção doCentro de Dia. Este foi odesafio que me levou, amim e aos meus colegasde Direcção, a tomar as ré-deas desta Associação.Esse é o nosso grande so-nho, e se Deus quiser, há-de ser um dia uma grati-ficante realidade. Já existeo comprometimento da Câ-mara Municipal de Sintraem nos ceder um terrenonuma urbanização nasimediações do supermer-cado Modelo. Trata-se deum lote de terreno que noalvará de loteamento ficoudesde logo destinado parafins sociais. Surgiram, po-

undada em 7 de Junho de 1992, a Associação de Reformados ePensionistas de Lourel tem vindo, desde então, a desenvolver umaactividade muito meritória no apoio à população mais idosa, não

só de Lourel, mas de toda a Freguesia de Santa Maria e São Miguel.Eleita uma nova direcção em Dezembro do ano passado, impunha-seouvir a nova presidente, uma amiga e colaboradora dedicada das nossasparóquias, Dª Antónia Raminhos Rodrigues (ARR), que se disponibilizoupara nos receber, o que fez com inexcedível simpatia, na companhia dotesoureiro da sua Direcção, o Sr. Avelino Couto (AC). Oiçamo-los:

Guilherme Duarte

F

rém, algumas contrarie-dades que têm vindo a atra-sar todo este processo:primeiro, foi a desanexaçãode cerca de 500 m2 paraserem cedidos ao urbani-zador, por permuta comuma parcela de terreno queele cedeu à Câmara Muni-cipal, para a construção darotunda. Agora, é o proprie-tário de um terreno, contí-guo ao nosso, que solicitouà Câmara uma cedência dep a s s a g e m .Compreendemosas razões dop r o p r i e t á r i odessa parcela,por acaso umassociado nos-so, mas a ver-dade é que seessa cedênciafor concedida àcusta do “nos-so” terreno, eexistem outraspossibilidadesmais vantajosaspara o reque-rente, lá se vãomais 200 m2. Averdade é quetodos estes ca-sos, de há 3 anos a estaparte, que têm vindo a retar-dar a escritura de cedênciado terreno, e sem ela, co-mo se percebe, não serápossível avançar com oprojecto que já existe nopapel, um projecto muitobonito por sinal, a pensarno futuro e prevendo já umapossível valência para “Lar”,o que será óptimo se issoum dia se vier a concre-tizar.AC – É evidente que ficare-mos todos muito contentesquando tivermos a escritu-ra em nossa posse, e cer-tamente que faremos umagrande festa, mas eu tenhodito que é aí que irão come-

çar as nossas maioresdores de cabeça. Porquê?Porque a partir desse mo-mento teremos 5 anos paraconcluir a obra. Vão sertempos muito difíceis queirão exigir um grande em-penhamento de todos, poissó com muito trabalho eboa vontade será possívellevar a nau a bom porto.ARR – Para além de “OsAvós”, que dispõem de umespaço exíguo para a pro-

cura que têm (têm uma listade espera bem extensa), anossa Freguesia não pos-sui nenhum outro Centro deDia. A nossa intenção éque este nosso trabalho re-sulte num benefício para to-da a Freguesia, senãomesmo para toda a vila deSintra, e não apenas paraa população de Lourel.Mas para que isso acon-teça temos de ter condi-ções de acolhimento quenão possuímos actualmen-te.

Contamos com o apoiode todos para conseguir-mos concretizar este nos-so objectivo. E, penso quenão nos fica mal dizê-lo,

ficaríamos imensamentefelizes se tivéssemos o pri-vilégio de sermos nós, aactual direcção, a arrancarcom esta obra.CA – Para além do Centrode Dia, que dá para per-ceber, é a vossa principalpreocupação, e digamosque, “a menina vos vossosolhos”, que outras activida-des estão neste momentoa desenvolver?ARR – O nosso espaço é,

como pode constatar, mui-to reduzido e não dá paragrandes iniciativas. Já tive-mos aqui aulas de ginás-tica, mas tivemos que assuspender dado que nãoestavam reunidas as condi-ções mínimas para queelas decorressem nas con-dições minimamente exigí-veis. Mas temos um grupocoral que ensaia aqui se-manalmente sob a orienta-ção de um maestro concei-tuado; temos ainda aulasde artes decorativas orien-tadas por uma associadanossa, que para além des-tas, dinamiza e motiva ogrupo para a execução devários trabalhos, como por

exemplo, fazer os cenáriospara os espectáculos deteatro. Estiveram, também,muito entusiasmados amontar o corso carnava-lesco que saiu à rua, aquiem Lourel, no Domingo ena Terça-feira de Carnaval.Fazemos questão que esteespaço esteja aberto diaria-mente, da parte da tarde,proporcionando assim, amais de uma de uma deze-na de associados que aqui

se deslocamtodos os dias, apossibilidade deconviverem, dese divertirem ede fazerem al-guns jogos.Conseguimosainda celebrarum acordo coma CERCITOP,(Centro de Edu-cação e Reabi-litação de Defi-cientes de Todoo País), no sen-tido de fornecerrefeições aosnossos associ-ados, a preçosmuito interes-

santes. Em casos muitoespeciais, chegam mesmoa levar as refeições a casade um ou outro associadoem situação mais difícil.Mas agora queria dizeruma coisa: hoje estou,estamos todos, muitofelizes com o teatro que serealizou, feito por um grupomuito especial que aquiconseguimos trazer. Trata-se de um grupo de teatroamador constituído porinvisuais, que montaramum espectáculo extraordi-nário. Tivemos lotação es-gotada e estamos muitocontentes por podermosproporcionar a estes acto-res, que têm uma alegria

de viver espantosa, e queem cima de um palco ultra-passam todas as suas difi-culdades, uma plateia nu-merosa e um ambiente ex-cepcional. Estamos muitofelizes por isso. Temos acerteza que foi um êxito tre-mendo, e estamos já apensar na possibilidadelevar este grupo e esteespectáculo, ao salão daIgreja de S. Miguel.CA – Parece que já disseo suficiente para que os lei-tores do nosso jornal pos-sam fazer uma ideia do queé a vossa Associação e detodo o trabalho que tem si-do desenvolvido, mas prin-cipalmente daquele queirão desenvolver no futuro.AC – Em relação a issogostaria de apelar àsempresas do nosso con-celho para que, quando co-meçarmos a edificação doCentro de Dia, nos apoiem,com dinheiro ou com mate-riais, pois sozinhos não ire-mos conseguir concretizaro nosso sonho, que é o so-nho de todos os idosos quenecessitam de companhia,de convívio e de apoio. E alei do mecenato existe pre-cisamente para apoiar es-tas causas. Contamos comtodos para dotarmos Sintracom um equipamento so-cial de qualidade.

10 Ano IV ~ Abril 2006 ~ Nº 31

Novosassinantes

Novosassinantes

Com as mudanças que temos vindo a efectuar no Jornal Cruz Alta, surgetambém um novo modelo de assinaturas. Os actuais assinantes que tenhama assinatura “em dia” receberão uma carta a explicar as opções que podemfazer. Para novos assinantes deixamos aqui a ficha a ser preenchida e asdiversas formas de entrega. Tentaremos, sempre que possível, que osassinantes recebam o Cruz Alta, por correio azul, antes do fim-de-semanaem que o mesmo é distribuido na Unidade Pastoral de Sintra.

Nome: ___________________________________________________________________________________Morada: __________________________________________________________________________________Localidade: ____________________ Código Postal: _________ - ______ @ __________________________Telefone: __________________ E-Mail: ______________________ @ ______________________________Data de Nascimento: ____/____/____ Obs.: _____________________________________________________

Agregado familiar:Nome: ___________________________________________________ Data de Nascimento: ____/____/____Nome: ___________________________________________________ Data de Nascimento: ____/____/____Nome: ___________________________________________________ Data de Nascimento: ____/____/____Nome: ___________________________________________________ Data de Nascimento: ____/____/____

» Conforme legislação aplicável, os seus dados não serão fornecidos a terceiros e podealterá-los ou anulá-los enviando o pedido por escrito à Direcção do Cruz Alta.

Preencha com letras legíveis e envie-nos numa das seguintes formas:1. Cruz Alta - Assinaturas ~ Igreja de São Miguel ~ Avª Adriano Júlio Coelho ~ 2710-518 SINTRA

2. [email protected] (o pagamento será feito na Igreja de São Miguel)

Forma de assinatura anual:(11 números)

Benemérito - mais de 15€

Amigo - 15€

Só portes - 7,5€

Pode efectuar o pagamento enviando, porcorreio, cheque juntamente com o cupão da

assinatura ou dirigindo-se ao Cartórioda Igreja de São Miguel.

Olá a todos! O meu nomeé Guilherme. A família e osamigos tratam-me por Gui.Há 14 anos que sou irmãoda Leonor. Nô, para osíntimos. Devia ter-lhe maisrespeito por ser mais velha.Porém, não tenho. O meu paipassa a vida a dizer que orespeitinho é muito bonito,mas como todos os irmãos,temos as nossas pegas e osnossos momentos maisamorosos e de maiorcedência. Somos completa-mente diferentes um do outro,quer fisicamente, quer emfeitios. Gostos, amigos einteresses opostos, sãoalgumas das coisas que nosdistinguem.

Une-nos, acima de tudo, ofacto de sermos irmãos, determos pais e casa comuns.Uma família “normal”,portanto, onde todos aindaestão juntos, o que passou aser uma raridade, que habitanuma casa vulgaríssima,perto da praia, mesmo à beira-mar. Na nossa casa, comuma decoração simples, nãofalta nada: gavetas desar-rumadas, camas por fazerporque de manhã é tudo acorrer e também há crucifixosporque, até ver, quem mandaainda lá em casa, são os paise mais ninguém.

A Nô em 18 anos e é umamiúda gira. È minha irmã!Tenho imenso orgulho nela,mas não lhe digo. É alta,morena, magra, tipo topmodel, anda na faculdade atirar enfermagem, nas horasvagas faz surf, tem montesde amigos e até já conseguiu

tirar a carta de condução etudo. Por outras palavras, éuma garota toda pró, cheia deestilo e de boa vibe. Tem aalma sacudida, nunca deixaacumular o pó. É equilibrada,farta-se de queimar as pes-tanas com os livros, mascompensa esses dias declausura e reservados aosestudos, com os amigos.Gosta de se bronzear no solnocturno, como ela costumadizer à mãe, quando sai ànoite com o pessoal. Édeterminada e parece quesabe sempre o que quer.

Não sou nada assim. Parajá, sou ruivo, sardento, gordo,baixo, e míope. Há dois anosque tenho uma espécie defreio na boca, ou seja, umaparelho nos dentes, o que,para além de incomodar bas-tante e de me fazer sentir namoda, fez com que a partirdaí, passasse a trocar os“pês” pelos “éfes”, coisa a quejá não ligo, mas que é sempreum bom motivo para os meusamigos me gozarem. Aocontrário da Nô, sou muitodistraído. Sou desorganizadoq.b, o que já me penalizou um

ano, quando chumbei pelaprimeira vez. Não tenho muitaqueda para o estudo, achouma seca! Brutal! Tenhomontes de horas livres, ecomo gosto imenso depassear e andar por aí adescobrir coisas, distraio-mecom tudo e mais algumacoisa e, quando me lembroque vou ter aula a seguir, jáera. Ando sempre deautocarro. Sou calinas,confesso! Mas gosto de mimque é o mais importante,acho que tenho muita pinta!Como sou o último a sair de

manhã e não me apetecelevantar cedo, perco semprea boleia do pai, que sai decasa às 6,30 h da manhãpara se safar no IC19, a boleiada Nô, que sai às de casa às7 h para ir para a faculdade ea boleia da mãe, que sai às 8h, mas que ainda vai buscara D.Josefa com ar deparalelepípedo e só fala detelenovelas e a D.Mariana,toda tia, com os dentescheios de baton encarnado,e que quer ser simpáticacomigo e me está sempre aperguntar como vão os

estudos e não sei o quê, nãosei que mais. Ora, não tenhoa menor pachorra e, como sóentro às 9,30 h e muitas vezesfalto ao primeiro tempo poratraso, pois sem querer pus odespertador na véspera a tocaruma hora mais tarde, prefiro irde bus, na boa, sem stress,com os phones do mp3 a curtiras músicas preferidas que vousacando da net. Às vezes,quando estou mesmo “podre”ainda arrocho uma beca até àescola.

Na próxima edição continuoa minha apresentação.

11Nº 31 ~ Abril 2006 ~ Ano IV

Descubra as 5 diferenças entre estes 2 desenhos:Soluções do número anterior:

Ria-se, por favor!

Mexilhão comtomate

O Cruz Alta tem a alegria de apresentar os assinantesque festejam neste mês mais um aniversário:

A todos, um grande abraço de parabéns!

Em Abril:

Parabéns a vocês!

Três em um

Receita

Dica

Manuela Alvelos

Pensamento

Provérbio

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Rua Arco do Teixeira, 11 ~ Vila de Sintra

219 232 084

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Tesouras comonovas

Quem sabe calar, evitaguerrear.

O trabalho afasta trêsmales: o aborrecimento, ovício e a pobreza.

Ingredientes:

-1,5 kg de mexilhões-2 tomates-4 dentes de alho-1/2 pimento verde-0,5 dl de azeite-sal e pimenta q.b

-1 ramo de salsa

Preparação:

Lave bem os mexilhões ecoloque-os dentro de umrecipiente com cerca de1,5dl de água. Tape e leveao lume para que osbivalves possam abrir.Retire-os e reserve a água

da cozedura, depois de acoar. Limpe os mexilhões.Pique os alhos e refogue-os lentamente no azeite.Adicione-lhes os me-xilhões, a salsa, gros-seiramente picada.Tempere e agite o tacho,de forma a que tudo se

misture. Entretanto, corteo tomate em gomos e opimento em tiras finas.Coloque os mexilhões norecipiente de servir emisture-lhes os legumesque preparou. Regue commolho e sirva de seguida.

Se as suas tesouras não cortam como antes, passe-as várias vezes, num bocadode papel de lixa. Se estiverem manchadas ou oxidadas, limpe-as com uma cebolacortada ao meio, e ficarão como novas!

Um homem vai pôr gasolina. Arranca a 50km/h e, derepente, uma bicicleta... vuuuuuuummmmmmm!Admirado,a 150km/h, ultrapassa a bicicleta e, derepente... vuuuuuuuummmmmmm, é de novoultrapassado.A 200km/h, ultrapassa a bicicleta e, de repente...vuuuuuuuummmmmm, mais uma vez é ultrapassado pelabicicleta.

O homem já não sabia o que fazer, pensar ou reagir.Então acelera ao máximo, ultrapassa a bicicleta, e...vuuuummmmm,é outra vez ultrapassado.Param num semáforo, o homem da bicicleta bate na janelado ferrari, o homem abre a janela e o da bicicleta diz:- Olhe, podia abrir a porta, é que tenho os suspensóriosaí entalados!

1 – Sara Madeira, Eurico Vasco;2 – José Quintela, M.ª de Lurdes Dordio,Luísa Valentim, Horácio Patrão;4 – Nuno Pedro;5 – Mafalda Pedro, Virgínia Costa, Inês Costa;6 – Paula Silva;7 - M.ª Alice Silva, Pedro Dinis, M.ª Teresa das Neves;8 – M.ª Manuela Dinis, Bernardo Pinto;9 – Pedro Henriques, Marco Domingos;10 – Ivone Penaforte, José Ribeiro de Castro;12 – Paulo Vieira;13 – Guilherme José Ventura;16 – José Pedro Salema, M.ª Fernanda Ratão;18 – Jorge Miguel Dordio, Albertina Sequeira;20 – Marta Quintela;21 – Bernardo Moreira;23 – Gonçalo Morais, Leonilde Faria,Carlos Brito Marques, Elsa Tristão Luís;24 – Sara Ratão;27 – Manuel Louro;28 – M.ª Joana Ribeiro;29 – Marta Martins, Clara Pinto;30 – Ana Maria Augusto, M.ª Rosa Fernandes

12 Ano IV ~ Abril 2006 ~ Nº 31

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Largo Afonso de Albuquerque, nº 24 - Estefânia2710-519 SINTRA

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Propriedade e Direcção Técnica deDra. Célia Maria Simões Casinhas

Quaresma

E

José Pedro SalemaCalendário Litúrgico em Abril - Ano B

Dia 9 - DOMINGO DERAMOS

LEITURA I Is 50, 4-7«Não ocultei o meu rostoaos insultos, e sei que

não ficareienvergonhado. »

SALMO 21Refrão: Meu Deus, meu

Deus, porque meabandonaste?

LEITURA II Filip 2, 6-11«Cristo humilhou-se a simesmo; por isso Deus o

elevou.»

EVANGELHO Mc 14, 1-72; 15, 1-47«Paixão de Nosso senhor

Jesus Cristo.»

Dia 2 - DOMINGO V DAQUARESMA

LEITURA I Jer 31, 31-34«Firmarei uma nova

aliança e a todosperdoarei os seus

pecados»

SALMO 50, 3-4.12-15Refrão: Cria em mim, ó

Deus, um coração puro.

LEITURA II Hebr 5, 7-9«Aprendeu a obedecer e

tornou-se fonte desalvação eterna”»

EVANGELHO Jo 12, 20-33«Se o grão de trigo,

lançado à terra, morrer,dará muito fruto»

Dia 16 - DOMINGO DEPÁSCOA

LEITURA I Actos 10, 34a.37-43

«Comemos e bebemoscom Cristo ressuscitado »

SALMO 117Refrão: Este é o dia do

triunfo do Senhor, aleluia .

LEITURA II Col 3, 1-4«Procurai os bens docéu, onde está Cristo»

EVANGELHO Jo 20, 1-9«Ele devia ressuscutar de

entre os mortos »

LEITURA I Actos 4, 32-35 «Tinham um só coração euma só alma »

SALMO 117, 2-4.16-18.22-24Refrão: A misericórdia doSenhor é eterna. Aleluia.

LEITURA II 1 Jo 5, 1-6«Quem vence o mundo

senão aquele que crê queJesus é Filho de Deus»

EVANGELHO Jo 20, 19-31«Oito dias depois

apareceu-lhes Jesus »

Dia 30 - DOMINGO III DA PÁSCOADia 23 - DOMINGO II DAPÁSCOA

LEITURA I Actos 3, 12-15.17-19 «Entregámos à morte oautor da vida, mas Deus oressuscitou de entre osmortos »

SALMO 4Em ti, Senhor, eu confío.

LEITURA II I Jo 2, 1-5«Só em Cristo, alegria da

nossa consciência,alcançamos a paz »

EVANGELHO Lc 24, 35-48«Com a luz da fé,

encontramos novo gostoe vontade de viver »

stamos em plenaQUARESMA, tem-po de introspec-

ção, preparação, caminho,mudança.

Já todos sabemos quedurante este tempo quenos separa da Páscoa emesmo durante o períodoPascal, vamos ouvir asmesmas leituras, percorreros mesmo passos, fazeros mesmo gestos, viver asmesmas emoções…Masserá que é igual aos outrosanos?

Permitam-me que dis-corde. É que se vamos a-penas repetir o mesmo ce-rimonial, o mesmo ritual,então não estaremos a vi-ver a PÁSCOA DO SE-NHOR, aquilo por que deua Sua vida, ou seja a pos-sibilidade de termos a nos-sa vida, para que pos-samos ter parte com Elenos céus, e seguir o seuexemplo na terra.

Esta Quaresma gostavaque fosse realmente umtempo em que todos olhás-semos para o interior denós mesmos, mas olhás-semos bem fundo nas nos-sas almas, e analisás-semos as nossas vidas;

O que é que nos pedem?Apenas que saibamosAMAR, que nos saibamosENTREGAR POR AMORao outro, que saibamosOUVIR, que saibamos ES-TAR PRESENTES.

Meus amigos: será as-sim tão difícil abrir as por-tas dos nossos coraçõese ouvir a voz que do céudesce (quem sabe comouma pomba, quem sabecomo a brisa suave ao cairda tarde, ou como o ribom-bar do trovão) e somentenos murmura uma palavra:AMOR?

E no fundo é tão simples,ao amarmos verdadeira-mente os que nos rodeiam,estamos já a amar com oamor divino. Um amor de-sinteressado, que está sóporque sim, que se dá masnão espera retorno.

Uma vez mais a Quares-ma, a Páscoa, a morte eressurreição de Jesus,uma vez mais a Via-sacra,os preparativos, as sagra-das escrituras, a VigíliaPascal…Uma vez maistudo o que já sabemos decor e salteado. Mas Jesusvolta em cada dia e passapor cada um de nós, Jesus

deixa o seu perfume desantidade todos os dias nasnossas vidas, vai voltar comtoda intensidade nestaquadra, lembrando-nos quea história se repete a cadapasso diário. Ele morre eressuscita para todos a ca-da segundo em que vive-mos, a cada mão que toca-mos, a cada sorriso queabrimos. Nesta Quaresmasaibamos ver os Seus si-nais, que estão sempre nomeio de nós, e abramos osnossos corações empeder-nidos ao toque doce dasmãos de Jesus. Vejamose vivamos esta época comuma nova força, uma novamaneira de estar, de sentir,de dar, de amar. Que esteseja o ano em que muda-mos o nosso rumo de peca-do e indiferença, de orgulhoe altivez, de desinteressee intolerância, para um tri-lho bem mais belo e difícilporque exige atenção evigilância constante, umcaminho de perdão, mansi-dão, paz, concórdia, humil-dade e entrega, de AMORPOR AMOR.

Proponho que ensaie-mos um exercício estaQuaresma;

- Quando nos ouvirmospensar – Já ouvi isto, já seiisto – Oiçamos de novo avoz que nos interpela bemcá no intimo e tenhamos ahumildade de reconhecerque ainda não ouvimos des-

Paula Penaforte

ta forma, que há mais umavolta a dar ao texto, passoo termo, que esta palavrade Deus ainda não a tínha-mos ouvido assim, e aí simestaremos a VIVER aQuaresma como o Pai nos

pediu e pede ao longo dosséculos; Vivos, Unidos,Irmãos.

Que a mão de Cristo seprenda sempre na nossapara nos guiar os passosaté ao final.

13Nº 31 ~ Abril 2006 ~ Ano IV

Sinais de

JesusCristo

Igrejas hoje. Como? Erich Corsépius

A

Cordeiro/Ovelha

O

P. Carlos Jorge

industrializaçãoque veio a apare-cer, alterou com-

pletamente a relação pa-trão-trabalhador. A depen-dência recíproca era evi-dente, mas o facto de en-volver grandes massas detrabalhadores, vivendo, porvezes, em condições mi-seráveis, tornava o equilí-brio de relações difícil.Alguns patrões sem escrú-pulos exploravam a mão-de-obra, pagando saláriosinjustos e, do outro lado, ostrabalhadores eram apro-veitados politicamente,sendo inúmeras vezesmanipulados por agitado-res profissionais, que nãotinham em mente o bem-estar do homem, masoutros intentos.

Para a resolução desseproblema, propunham umasolução política. Contudo,como cada partido tinhauma proposta diferente, de-sencadeou-se uma luta

que iria custar um preçomuito alto à humanidade.As tentativas de impor osocialismo, tanto na versãonacional-socialista comona comunista, transforma-ram o séc. XX no séculomais sangrento de toda aHistória da Humanidade,com o maior número demártires, desde que existeo Cristianismo.

Uma pergunta impõe-se:E a Igreja? Onde estava?O que fazia?

As dificuldades foram econtinuam a ser imensas,mas houve sempre cristãosà altura e o Céu nunca fal-tou.

O aparecimento de i-deias dos pensadores“iluminados” pode terabalado alguns espíritosmais fracos e as perse-guições aos cristãos abriuvárias brechas nas suasfileiras, mas a “casa cons-truída sobre a rocha”resistiu sempre.

A perseguição aos cris-tãos e à sua Igreja levaramà perda de bens materiais,como foi a confiscação demuito património da Igrejalevada a cabo pelos liberaise por um rei maçon e, maistarde, pela 1ª República,durante a qual foi afirmadoque se queria acabar comDeus e com a religião, emduas gerações.

Na península itálica, o

Estado da Igreja, que seestendia por um vastoterritório, foi reduzido à Ci-dade do Vaticano, com otamanho que hoje conhe-cemos. Perante a invasãodas tropas francesas, oConcílio Vaticano I, tevede ser rapidamente inter-rompido. Estes e outrosacontecimentos, resultan-tes de acções malévolas,contribuiram, apesar de

tudo, para uma reflexãomais profunda acerca datransitoriedade da vidasobre a Terra, chamando-a aos verdadeiros valores.Como consequência detodos estes factores, aIgreja, no seu todo, tornou-se mais desprendida epobre no aspecto mate-rialista, dando, no entanto,vários passos em frente navivência e pregação doessencial, dando preferên-cia à espiritualidade.

Nunca deixando de es-tar atenta ao rebanho quelhe está confiado, a Igrejapreocupou-se, desde aprimeira hora, com asgrandes transformaçõesque se iam operando nocampo social. Os Papas,foram os primeiros apublicar encíclicas, cha-mando a atenção para osdesvios que estavam a serpraticados e condenandoideologias e doutrinas co-mo o liberalismo, o na-

zismo e o comunismo.O Céu, através de diver-

sos avisos e sinais, foi insis-tindo na conversão dos seusfilhos, indicando os cami-nhos do Senhor. Disso, sãoexemplos as diversas apari-ções de Nossa Senhora,desde Lourdes a Fátima.

Entretanto, qual foi aevolução que se foi ope-rando no campo do pensa-mento, das letras e dasartes? O factor dominantefoi, sem dúvida, a liberdade,e daí notória uma certadesorientação, dado que emmuitas vertentes faltava aconsciência do sentidoúltimo das coisas. Entrou-se num período de procurae experimentação.

Embora haja um para-lelismo entre todos estesramos, vamo-nos ocupardaqueles que tiveram umainfluência mais directa sobrea arte sacra contemporâneaem geral e a arquitecturareligiosa, em particular.

cordeiro/ovelha é,em muitas cultu-ras e religiões, o

símbolo da inocência, dadoçura, da paz, da lealda-de, da pureza, da obediên-cia.

Para o povo hebreu, ocordeiro/ovelha simbolizatodo o israelita, membro dorebanho de Deus: “Olhai, oSenhor Deus vem com for-taleza. Como um pastorque apascenta o seu reba-nho, reúne os animais dis-persos, toma os cordeirosem seus braços, e conduzao repouso as ovelhasmães” (Is 40, 10-11).

O cordeiro, dos judeusaos cristãos, e destes aosmuçulmanos, é a vítima sa-crificial de todas as oca-siões, de modo particular,a Páscoa judaica e cristãe o sacrifício do Ramadãodos muçulmanos.

No Novo Testamento, Je-sus é referido como o BomPastor, carregando umaovelha, cuidando do seurebanho, ou salvando aovelha perdida. Referindo-se ao próprio Cristo, a ima-gem do cordeiro/ovelhasimboliza o sacrifício dasua vida como “Cordeiro deDeus”, o inocente servo deDeus que se sacrificoupara remissão dos peca-dos do mundo. Segundo oEvangelho de João, Jesusfoi morto nodia de Pás-coa, na ho-ra em quese imola-vam milha-res de cor-deiros noTemplo deJerusalém.O Livro doApocalipse

apresenta-nos, 28 vezes,Jesus no simbolismo doCordeiro. “O Cordeiro estavade pé, mas parecia ter sidoimolado” (Ap 5, 6); ou seja,Cristo morreu por nós, comoCordeiro pascal, mas estáde pé, isto é, vivo, res-suscitado.O cordeiro/ovelha represen-tado(a) com uma auréola emforma de cruz aponta para amorte de Jesus, e o uso deum pendão ou bandeira,destaca a sua ressurreição.

Intenções do Papapara Abril

••••• Que sejam respeitados os direitos individuais,sociais e políticos da mulher em todas asnações.

••••• Que a Igreja na China possa desempenhar asua missão evangelizadora, com tranquilidade eplena liberdade..

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SINTRA

www.paroquias-sintra.net

14 Ano IV ~ Abril 2006 ~ Nº 31

PIRIQUITAR. das Padarias, 12710-603 SINTRATelf.: 21 923 06 26 / Fax: 21 924 23 99

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Livro dos SímbolosPropostas d´ CA

Vera JesusHugo Ferreira

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Livro do mês

Luz..Câmara..Acção!

A

Q

Roger-Pol DROITRoger-Pol DROITRoger-Pol DROITRoger-Pol DROITRoger-Pol DROIT

As religiões explicadasà minha filha

O

Rui Antunes

uando a minha filhacompletou trezeanos, apercebi-me

que ela não recebera qualquereducação religiosa. Fiqueiadmirado pelas informaçõesque lhe faltavam. A Bíblia, aideia de Deus, o Corão, osignificado do sagrado, porexemplo, nada disso lhe erafamiliar...Nunca ninguém lhe

falara abertamente da unidadedas religiões, e da suadiversidade. No entanto, éindispensável ter referênciasacerca destas questões...Actualmente, em todos ospaíses, acotovelam-sepessoas de crençasdiferentes, que devemaprender a conhecer-semutuamente. Mas não é tudo.

As religiões constituem umelemento essencial daexperiência humana. Se nãofalarmos das religiões aosnossos filhos, corremos orisco de que lhes escapem,por completo, os tesouros dahumanidade.”

site deste mês édedicado à cultura.Sendo ainda um

site recente a informação nãoé muita mas o objectivo é ode sensibilizar para a culturaem Portugal, através daHistória e de eventos que se

realizam no nosso país. Aentidade responsável por estesite é o Centro Nacional deCultura (CNC) que,aproveitando as poten-cialidades das novastecnologias, criou este sitepara divulgar a cultura em

Portugal. De aparênciamuito”clean” e sóbria, estesite é um apontador decultura para ter nos favoritosque nos ajudará a preparar osnossos tempos livres etermos informação sobre anossa Cultura, mostrando por

exemplo “Arte Nova emLisboa”.

Não deixem de visitar econhecer um pouco maissobre a nossa cultura!

próxima “ Noite deCinema” realizar-se-á no dia 8 de Abril,

no salão da Igreja de S.Miguel. Será apresentado oexcelente filme “ DUELO DETITÃS” que conta a história deum treinador de futebolamericano, negro, que foicontratado para treinar umaequipa de alunos brancos.Primeiro vai ter que conquistaro respeito dos rapazes, eenfrentar os preconceitosdaqueles que o rodeiam.

Um filme que merece servisto. Venha vê-lo connosco. S.Miguel 8 de Abril 21.30

15Nº 31 ~ Abril 2006 ~ Ano IV

Ficha Técnica

Jornal Cruz AltaAvª Adriano Júlio Coelho ~ Estefânia ~ 2710-518 SINTRA

.:: [email protected] ::.

Publicação mensal da

Paróquia de Santa Maria e São MiguelParóquia de São Martinho

Paróquia de São Pedro de Penaferrim

António Louro;António Luís Leitão;

Elsa Tristão;Guilherme Duarte;

Direcção:José Pedro Salema;Mafalda Pedro;P. Carlos Jorge;P. Rui Gomes.

Jornalista:

Paula Penaforte.

IMC - Moçambique:Elizabeth;

Raquel;Diogo;

Ricardo.

Correspondentes:IMC - Moçambique:Tina Leal;Filipe Leal.China - Macau:Bárbara Colaço.

Diácono António Costa;Elias Colaço;

Erich Corsépius;Fernando Marques;Francisco Gomes;

Isabel Afonso;

Colaboração:João Amaral;Manuela Alvelos;Miguel Forjaz;Nelson António;Paulo Francisquinho;Rui Antunes.

António Luís Leitão;Arquivo Cruz Alta/Internet;

Guilherme Duarte;

Fotografia:Mafalda Pedro;Maria João Afonso;Rui Antunes.

António Louro;António Luís Leitão;

Edição gráfica e paginação:José Pedro Salema.

Ana Paula Ramos;Ana Rita Brandão;

Revisão de textos:Isabel Afonso.

Mafalda Pedro.

Área financeira:

Almério Alvelos;Fernando Monteiro;Guilherme Duarte;

João Valbordo;

Distribuição e assinaturas:Manuel Sequeira;Manuela Alvelos;Pedro Inácio.

Elsa Tristão..:: 965 693 238 // 919 632 829 ::.

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Publicidade:

Jornal Reconquista.:: Zona Industrial - 6000 CASTELO BRANCO ::.

.:: 272 340 890 ::.

Tiragem deste número:2000 exemplares

Impressão:

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TITULO DA SECÇÃO

Falando de cinema

T

Propostas d´ CA

empos estranhosestes que se vivema c t u a l m e n t e .

Dizem-nos que são temposnovos, tempos de mudançae de libertação. De mudançade mentalidades, conceitos eobjectivos. De libertação decrenças, de princípios e devalores. São tempos em queé de bom-tom questionar,subverter, e ridicularizarmesmo, alguns valorestradicionais que ao longo dosséculos têm sido para ohomem o sustentáculo deuma existência sã eequilibrada. Esses valoresestão agora a serdesacreditados por algumascorrentes de pensamento,pretensamente progressistas,que os consideramultrapassados, reaccionáriose castradores da liberdade decomportamentos a que,alegam eles, o homem temdireito. Vivemos um tempo emque já não chega negar Deus,é preciso também troçar Dele,e daqueles que Neleacreditam. Estamos numtempo em que a moralidadeé considerada como umconceito retrógrado, a famíliaum mito e uma prisão, odireito à vida uma invençãodos padres, a opção sexualum direito de todos, semrestrições e sem princípios.São estes os novos tempos.Tristes tempos!

Mas afinal que tem esteintróito a ver com o filme “OSegredo de BrockebackMoutain”? Com o filme em si,não tem quase nada; com oambiente que se criou em seuredor tem quase tudo.Celebrado efusivamente por

alguns sectores da crítica epela opinião pública ditavanguardista, esta película deAng Lee, tem sido elogiadacomo sendo um exemplo demodernidade e um espelho danova realidade. Fez-se crerque a qualidade deste filme,que é inquestionável, tem aver com a excelência doargumento, que se consideraarrojado e corajoso. Emcontraponto eu afirmo queestamos, na realidade,perante um filme de qualidade…apesar de um argumento,controverso e lamentável.

Dois “cowboys” sãocontratados para guardaremum numeroso rebanho deovelhas, nuns pastosdistantes situados no alto deumas montanhas, onde irãopermanecer acampadosdurante semanas, entreguesa si próprios, enfrentando asagruras do clima e os perigosque um território inóspito ehostil sempre encerra. Como decorrer dos dias, a solidãocomeça a pesar e a fazeremergir as fragilidadespróprias de cada um deles.Em circunstâncias físicas eemocionais adversas, os doishomens aproximam-se,envolvem-se sentimen-talmente e acabam mesmopor começar uma relaçãohomossexual, que irá duraruma vida”

Alguém me quis convencerque este filme não relata umahistória de homosse-xualidade, mas apenas umahistória de amor. Possoaceitar que seja de facto umcaso de amor, embora umamor estranho e nadaortodoxo, mas é também

uma história de homosse-xualidade. É um filmeincómodo, capaz de causaralgum desconforto a espe-ctadores que, como eu, nãoconsideram normais asrelações sexuais entrepessoas do mesmo sexo. Ésabido que a homosse-xualidade é uma realidadecom muitos séculos, pelo queeste filme, quanto a isso nãonos diz nada de novo. Sealguma coisa mudou foiapenas a atitude de quem apratica. No passado, porvergonha, ou por recato, oshomossexuais escondiam asua “diferença”. Hoje, perdidaa vergonha e esquecido orecato, a homossexualidadenão se esconde, pelocontrário, é ostentada comorgulho e exibida delibe-radamente, muitas vezes aultrapassar as fronteiras daprovocação. Estou a recordar-me dos desfiles “gay”, ou deorganizações como oOrgulho, ou a Opus Gay. Sãotempos novos, argumentamalguns. São tempos tristes,insisto eu.

Malgrado o argumento, ofilme tem méritos inques-tionáveis como, por exemplo,uma fotografia soberba, umabanda sonora fabulosa e umarealização exemplar. Derealçar ainda o cuidado comque Ang Lee construiu estaobra, procurando não serostensivo para não chocardemasiado o espectador, elogrou realizar umespectáculo cinematográficobastante bem con-seguido…”apesar do argu-mento, controverso elamentável”.

O fenómeno da homo-ssexualidade tem vindo,progressivamente, a ganharespaço e importância naficção cinematográfica etelevisiva mais recente, o quepor si só não considero queseja preocupante, seráquanto muito incómodo paramuita gente. Preocupante éa promoção que lhe está aser feita, fazendo passar amensagem de que se trata deuma opção sexualperfeitamente natural. Naminha opinião, não é. Háquem afirme tratar-se de umadoença, outros dirão que setrata de um desvio, outrosainda, que é uma perversão.Eu não sei o que será, masatitude natural, isso acreditoque não seja. Os homo-ssexuais têm todo o direito dever respeitada a suapreferência sexual, mas julgoque estão a ir longe demaisquando pretendem que aincensemos. Nada deexageros!

Não devemos esquecer queexiste muita homosse-xualidade no fenómeno dapedofilia. Quero ressalvar, noentanto, que nem todos oshomossexuais são pedófilose que nem todos os pedófilossão homossexuais. Mas quehá muitos, lá isso há.

Não resisto a acabar estecomentário dando voz a umadúvida que me assaltou ao vero filme: O que pensaria JonhWayne sobre esta história, seainda estivesse entrenós?..”Cowboys gays”?Duvido que apreciasse.

AAAAAVISOVISOVISOVISOVISO: Um filme ousado dá, inevitavelmente, origem acomentários polémicos. Este será certamente um deles.

Filme: � O Segredo de Brockeback Moutain�Realizador: Ang LeeIntérpretes: Heath Leadger;Jake Gyllenhaal; Randy Quaid.Género: Drama/Romance ����.Idade; M/12 �Q ����..Duração: 2, 14 h

16 Ano IV ~ Abril 2006 ~ Nº 31

Foto-comentário Guilherme Duarte

SCuriosidades de Sintra

Olho.indiscretoPara participar neste passatempo e habilitar-

se a ganhar um exemplar do “Livro do Mês -Abril”, faça o seguinte:

1. Identifique esta fotografia.2. Envie-nos a sua resposta com nome

completo e telefone de contacto de um dosseguintes modos:

Passatempo

» Por e-mail: [email protected]» Por correio: Passatempo “Olho.indiscreto” - Jornal Cruz Alta - Avª Adriano Júlio Coelho, Estefânia, 2710-518 SINTRA» Em mão: no Cartório da Igreja de São Miguel - Sintra

De entre as respostas correctas e recepcionadas até ao dia 7 de Abril de 2006,será sorteado o prémio acima referido no dia 8 de Abril de 2006, na projecção dofilme do mês “Duelo de Titãs”, pelas 21:30, no salão da Igreja de São Miguel.

Solução do númerSolução do númerSolução do númerSolução do númerSolução do número anterioro anterioro anterioro anterioro anterior:::::Ermida de Santa Eufémia da Serra.

Entrevista com a vencedora: Maria Rosa Pedro

M

Recolha desangue

ais um sorteio dop a s s a t e m p oolho.indiscreto e

mais uma vencedora. Destavez, a feliz contemplada foiMaria Rosa Pedro, de 61anos de idade, aposentadada função pública e resi-dente em S. Pedro de Sin-tra.

Muito satisfeita com omerecido prémio oferecidopelo Cruz Alta, o “Livro doMês” sugerido na passadaedição (Ynari - A meninadas cinco tranças), o C. A.falou com Maria Rosa que

salientou a facilidade comque solucionou a foto, aIgreja de Santa Eufémia daSerra, dado que, como re-feriu, muitas foram as ve-zes que noutros tempos alise deslocou com os seuspais e amigos, para faze-rem piqueniques e passa-rem bons momentos, reco-nhecendo, de imediato, aporta da Igreja.

Leitora assídua do jornal,que considera óptimo, des-tacou como suas preferi-das as rubricas do consul-tório médico do Dr. Miguel

Forjaz e a das receitas.Maria Rosa Pedro, aten-

ciosa e simpática, referiuainda que sempre que po-de colabora com a comu-nidade, sendo que a suaajuda se centraliza maisnum trabalho invisível e derectaguarda, apoiando, in-clusivamente, iniciativas etrabalhos directamente re-lacionados com o jornal eoutros em que, eventual-mente, possa ser útil.

O sorteio teve lugar nopassado dia 11 de Março.

Parabéns, Maria Rosa!

ão muitos os equi-pamentos que Sin-tra deveria ter… e

não tem. Mas também éverdade que há muitosoutros que Sintra tem e queos sintrenses não aprovei-tam. Estou a recordar-me,particularmente, da Biblio-teca Municipal instaladabem no coração de Sintrana antiga casa Mantero,com um magnífico panora-ma pela frente.

Dotado de excelentesinstalações e modelar-mente equipado, este es-paço cultural por excelên-cia, para além de propor-cionar a melhor leitura, tam-bém oferece um interes-sante programa de activi-dades, cuidadosamente

concebido para agradar aadultos e a crianças. Arealidade, porém, é queembora registando umafrequência assinalável, abiblioteca ainda não foidescoberta pela esmaga-dora maioriados sintrenses.

Atrevo-me alançar daqui umdesafio aos me-us conterrâne-os: visitem anossa biblio-teca, quantomais não sejapara lerem alios jornais diári-os, num ambi-ente tranquilo erepousante. Ese gostam de

saber mais algumas coisassobre o passado de Sintra,dirijam-se à Sintriana emergulhem na história fas-cinante da nossa terra. Enão se esqueçam de levarconvosco os vossos fi-

lhos… ou os vossos netos.Eles irão gostar.

Ah! Já me estava aesquecer: também lá po-derão ler o “Cruz Alta”!

Rotary Club deSintra vai promovera recolha de

sangue semestral, que irádecorrer no dia 30 de Abrilde 2006, entre as 9h00 e13h00, no Salão Paro-quial da Igreja de S.Miguel, na Estefânia (em

O Sintra). Este evento é or-ganizado pelo Rotary Clubde Sintra, em colaboraçãocom o Instituto Portuguêsde Sangue e com aUnidade Pastoral deSintra.

Dê sangue!Salve vidas!