UMA HISTÓRIA DA BIODANZA NO RIO DE JANEIRO · ASSOCIAÇÃO ESCOLA DE BIODANZA ROLANDO TORO DO RIO...

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SISTEMA ROLANDO TORO ASSOCIAÇÃO ESCOLA DE BIODANZA ROLANDO TORO DO RIO DE JANEIRO TITULAÇÃO EM BIODANZA UMA HISTÓRIA DA BIODANZA NO RIO DE JANEIRO RUI LEMOS MARROIG RIO DE JANEIRO 2015

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SISTEMA ROLANDO TORO

ASSOCIAÇÃO ESCOLA DE BIODANZA

ROLANDO TORO DO RIO DE JANEIRO

TITULAÇÃO EM BIODANZA

UMA HISTÓRIA DA BIODANZA

NO RIO DE JANEIRO

RUI LEMOS MARROIG

RIO DE JANEIRO

2015

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UMA HISTÓRIA DA BIODANZA

NO RIO DE JANEIRO

RUI LEMOS MARROIG

Monografia apresentada à Escola de Biodanza

Rolando Toro do Rio de Janeiro, para obtenção do

grau de professor titular em Biodanza.

Orientadora: Danielle Tavares

RIO DE JANEIRO, 29 DE MARÇO DE 2015

1 Colagem na capa de desenho de Ivan Leão sobre imagem do Rio na Internet

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Dedico esse trabalho a todos

que construíram e constroem o

movimento de Biodanza no Rio

de Janeiro: diretores, didatas,

facilitadores e alunos, todos

divulgadores do maravilhoso

sistema criado por Rolando

Toro, e que nos enriquece a

vida a cada vivência.

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AGRADECIMENTOS

Às várias pessoas que contribuíram, com conversas, sugestões, documentos,

ideias, na recuperação ou recriação dessa história da Biodanza no Rio.

Em especial agradeço aos que se dispuseram a gravar entrevista com suas

reminiscências e opiniões: Andrea Zattar, Antonio Sarpe, Dalma Campos,

Danielle Tavares, Eliana Almeida, Francisco Trotte, Luciana Pinto, Maria Adela

Cremona, Paulo Lopes, Sergio Barata, Thais de Azambuja e Verônica Swalf.

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“Sonho que se sonha só é só um sonho

que se sonha só; sonho que se sonha

junto é realidade.”

(Raul Seixas, letra da canção

“Prelúdio”, citação ao teólogo belga

Edward Schillebeeck)

“A força que nos conduz é a mesma que

acende o sol, que anima os mares e faz

florescer as cerejeiras. (...) Sob o girassol

da harmonia, todos somos um.”

(Rolando Toro, trecho do poema

“Todos somos um”)

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RESUMO

O presente trabalho busca, usando a metodologia da história oral, contar uma

história da Biodanza no Rio de Janeiro, desde sua chegada em 1977, quando ainda

se chamava Psicodança, até os dias atuais. Para tal, foram feitas entrevistas

semiestruturadas com pessoas que participaram com destaque em diversas fases

dessa história, complementando a pesquisa com acesso a documentos das Escolas

de Biodanza do Rio, de arquivos pessoais dos entrevistados e de outros

facilitadores, além de busca no Acervo Digital do jornal O Globo.

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Sumário

O COMEÇO ................................................................................................................................................... 9

OS CAMINHOS PARA CONTAR ESSA HISTÓRIA ............................................................................... 10

PRIMEIROS ANOS: DA PSICODANÇA PARA A BIODANÇA ............................................................. 12

ANOS 80: ASSOCIAÇÃO, CONGRESSO, ESCOLA E FACILITADORES .......................................... 17

ATÉ O ANO 2000: A ESCOLA SE ORGANIZA – TURMAS, SEDE E ESTATUTO ............................ 28

SÉCULO XXI: A MARCA BIODANZA E UMA NOVA ESCOLA NO RIO ............................................. 36

O QUE VIRÁ? ............................................................................................................................................. 44

A N E X O S................................................................................................................................................. 48

ANEXO I: QUESTIONÁRIO PARA AS ENTREVISTAS SEMIESTRUTURADAS ........................................................................ 49 ANEXO II: CONTROLE DE ASSISTÊNCIAS, CURSO DOCENTE, MAIO DE 1979.................................................................. 50 ANEXO III: MÓDULOS DE FORMAÇÃO DOCENTE EM BIODANÇA ............................................................................... 51 ANEXO IV: EXCERTOS DO CADERNO DE NOTAS DE THAIS AZAMBUJA (1978) ............................................................... 51 ANEXO V: PROGRAMA TEÓRICO DE FORMAÇÃO EM BIODANZA (ANOS 80) ................................................................. 54 ANEXO VI: CNPJ ASSOCIAÇÃO DE BIODANÇA E QUESTIONÁRIO ESCOLA DE DOCÊNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ......... 62 ANEXO VII: CENTRO DE TERAPIA E ARTES DE DALMA CAMPOS ................................................................................ 62 ANEXO VIII: CARTA DE ROLANDO TORO A ALBERTO TAVARES ................................................................................. 64 ANEXO IX: CURRICULUM DOCENTE DE SÉRGIO BARATA ......................................................................................... 66 ANEXO X: CERTIFICADOS DE PARTICIPAÇÃO NA FORMAÇÃO .................................................................................... 67 ANEXO XI: TURMAS DAS ESCOLAS DE BIODANZA DO RIO DE JANEIRO ........................................................................ 68 ANEXO XIII: MARATONAS NAS ESCOLAS DO RIO DE JANEIRO ................................................................................... 86 ANEXO XIII: PROGRAMAÇÃO DE 1993 DA ESCOLA DE BIODANZA DO RIO DE JANEIRO ................................................... 97 ANEXO XIV: ATA E LISTA DE PRESENÇA DA ASSEMBLEIA DE FUNDAÇÃO DA AEBRTRJ ................................................. 101 ANEXO XV: ESTATUTO DA AEBRTRJ .............................................................................................................. 105 ANEXO XVI: ESTATUTO DO CONSELHO REGIONAL DE BIODANZA ............................................................................ 107 ANEXO XVII: DECRETO DE CRIAÇÃO DA ESCOLA DA BARRA ................................................................................... 109 ANEXO XVIII: LIVRO DE OURO DA AEBRTRJ .................................................................................................... 109 ANEXO XIX: SELEÇÃO DE NOTÍCIAS E ANÚNCIOS SOBRE PSICODANÇA ....................................................................... 110 ANEXO XX: SELEÇÃO DE NOTÍCIAS E ANÚNCIOS SOBRE BIODANÇA ........................................................................... 112

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O COMEÇO

Maio de 1977, bairro de

Copacabana. Casa na Rua Cinco de

Julho, nº 296. O dono da casa atende

a porta e vê um homem bem magro,

num terno surrado, com uma mala de

viagem, acompanhado de uma mulher

jovem e também bem magra.

“Dr. Alberto Tavares? Eu sou

Rolando Toro, esta é Cecilia Luzzi”.

Entram na casa e, depois das

conversas iniciais, Rolando pede para

trocar de roupa. Volta vestindo um

quimono azul celeste com uma faixa

preta.

Segundo Paulo Lopes, “uma

mudança de Clark Kent para Super-

Homem”. Paulo, colega de Alberto nos

tempos de curso de Medicina, era

aluno de um curso 202, de formação

em Análise Transacional, que Alberto

ministrava junto com Dina Frutuoso,

desde o ano anterior.

Ali, nesse dia de maio de 1977,

um sábado, tendo como alunos os

participantes desse curso 202, ocorreu

a primeira aula de Biodanza dada por

Rolando Toro no Rio de Janeiro.

Figura 1: Rua Cinco de Julho nº 296 Fonte: Google Street View

Figura 2: Rolando e seu quimono azul [foto de 1973] Fonte: Toro, Rodrigo, 2012, p. 84

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OS CAMINHOS PARA CONTAR ESSA HISTÓRIA

Em linguagem acadêmica, esse trabalho se define como uma pesquisa

qualitativa e exploratória, utilizando a metodologia da história oral, que

consiste em realizar entrevistas gravadas com pessoas que podem testemunhar sobre acontecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida ou outros aspectos da história contemporânea. (...) As entrevistas de história oral são tomadas como fontes para a compreensão do passado, ao lado de documentos escritos, imagens e outros tipos de registro (CPDOC, 2015).

Nosso objetivo nesse trabalho é resgatar a história da Biodanza no Rio de

Janeiro, analisando suas mudanças e contradições de forma a compreender melhor

as tendências e direções do movimento de Biodanza nessa metrópole.

Assim, buscamos inicialmente elencar pessoas que participaram com

destaque dos diversos momentos desse percurso. Procuramos incluir todos os que

ocuparam a direção de escolas e associações de Biodanza nesses quase 40 anos,

e também aqueles facilitadores, listados na IBF (International Biocentric Foundation,

organização que cuida do sistema Biodanza em todo o mundo) como Formados por

Rolando Toro Arañeda (FRTA) antes da organização por escolas atual.

Primeiramente, conforme as recomendações metodológicas, construímos um

pequeno questionário (Anexo I), que serviu de roteiro para os depoimentos, de

forma a explorar o tema sem muitos desvios, o que a teoria chama de entrevista

semiestruturada. A cada entrevista, procuramos obter também documentos do

arquivo pessoal de cada entrevistado. Coletamos ainda documentação sobre as

associações e sobre as escolas, tanto junto aos entrevistados como com alunos das

turmas antigas.

Completando a pesquisa documental, acessamos os acervos digitais do

jornal O Globo e da revista Veja, com buscas às palavras ‘psicodança’, ‘biodança’ e

‘biodanza’, levantando matérias, notas e anúncios contendo alguma dessas

palavras.

Entretanto, o caminho para chegar a essa história teve muitos desvios,

encruzilhadas e paradas, mas também alguns atalhos.

Passaram-se mais de cinco anos entre a primeira entrevista, no consultório

de Paulo Lopes em Copacabana, e a última, feita com Luciana Pinto em um

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restaurante em Botafogo. Cada depoimento trazia novas possibilidades, com novos

nomes que poderiam ser contatados. As interrupções na pesquisa, pelo excesso de

afazeres profissionais durante esse período, mas também por dificuldades de

contato com pessoas para nós essenciais de serem ouvidas, de certa forma fizeram

com que os resultados amadurecessem.

Encruzilhadas surgem pelas informações divergentes entre depoimentos

diferentes, ou mesmo entre depoimentos e documentos obtidos. A questão da

memória, das lembranças e esquecimentos, é realmente fascinante. A neurociência

confirmou recentemente que nossas lembranças são flexíveis, “estão mais para

uma peça de teatro, com suas mudanças sutis noite após noite, do que para um

filme. A cada vez que acessamos uma lembrança, podemos moldá-la novamente”

(CORDEIRO, 2013).

Ou seja, a persistência de nossas lembranças não é estável.

O mesmo evento é narrado de maneira diferente, os detalhes e até mesmo seu significado mudam, como se a memória, em lugar de corresponder a uma fotografia precisa da realidade, fosse um pedaço de massa de modelagem, que vai gradualmente mudando de forma (MALDONATO e OLIVERO).

Por isso preferimos dar a esse trabalho o título de “Uma história da Biodanza

no Rio de Janeiro”. Outras histórias certamente existem, que não foram ouvidas

nem incluídas, que a completariam, que a tornariam talvez mais precisa. Lacunas

ficaram, e em certos casos chamamos atenção para isso no texto. Mas há o

momento de encerrar a pesquisa e transformá-la em documento. Em outra ocasião,

talvez ela possa ser retomada e revista, até mesmo por outras pessoas.

Parte do material dos depoimentos acabou não sendo utilizada no texto,

como as opiniões sobre pontos fortes e pontos fracos do Sistema Biodanza. Os

entrevistados trazem temas importantes e interessantes, como a sexualidade na

Biodanza e as relações e estrutura institucional e de poder. Mas esses temas

merecem um estudo específico, que não caberia na presente pesquisa.

Apresentamos essa história de forma cronológica, fazendo referência aos

depoimentos, documentos e notícias a medida que o texto corre. Ao final, incluímos

uma série de anexos detalhando trechos que julgamos apropriado, além de cópia

dos documentos e notícias mais significativos.

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PRIMEIROS ANOS: DA PSICODANÇA PARA A BIODANÇA

Aquele grupo de formação em Análise Transacional, que participou da

primeira aula de Rolando Toro no Rio, meses antes já havia experimentado a

Biodanza, que na época ainda levava o nome de psicodança.

Francisco Trotte, que era aluno desse curso 202, é quem lembra:

Alberto e sua prima Edna conheceram Rolando em Buenos Aires, durante um congresso de Análise Transacional, e fizeram contato com a psicodança. Na volta, Alberto resolveu fazer uma brincadeira, depois de um dia de curso 202, no Hotel Intercontinental, e junto com sua prima, ofereceu uma miniaula para o grupo. Gostamos tanto que pedimos para ter toda vez.

Ainda segundo Trotte, Alberto então se sentiu seguro para trazer Rolando e

Cecília, pois tinha um grupo de cerca de trinta pessoas para recebê-lo.

E foi assim que começou: Rolando vinha periodicamente, a cada dois ou três

meses. Era um grupo sério, de peso, que começou então um processo de formação.

Algumas pessoas não seguiram, outras foram chegando nos novos encontros.

Thais de Azambuja foi uma das que chegaram. Artista plástica, ainda em

1977 leu no jornal uma entrevista de Rolando falando da “terapia da alegria de

viver”. E convidando para conhecer a psicodança num evento no MAM (Museu de

Arte Moderna do Rio de Janeiro).

Fiquei muito assustada, tinha cerca de sessenta pessoas, ele logo de saída deu grupo compacto. As aulas eram à noite. Ele aplicou renascimento na minha amiga na primeira aula, ela já tinha tentado suicídio, saiu transformada. Eu também saí transformada. Da segunda vez, ele me disse: você tem jeito, quer fazer formação?2

Segundo Thais, no início era um

grupo de cerca de quinze pessoas que

bancava as vindas de Rolando: Alberto

Tavares, Paulo Lopes, Francisco Trotte, Dina

Frutuoso, a própria Thais, mais Ivanê

Bonhaimer e Rita Vaillé, entre outros.

2 “Grupo compacto” e “renascimento” são exercícios de Biodanza usados atualmente com grupos de aprofundamento

Figura 3: Ao alto, Thais, Paulo Lopes, Trotte e Rolando. Abaixo, ao centro, Cecilia Luzzi.

Fonte: Thais de Azambuja

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“Saía muito caro pra gente, trazíamos o Rolando de Buenos Aires, tinha

passagem, hospedagem e a parte dele”, diz Thais. Julieta Buoro, que participou das

aulas de Rolando, entre 1978 e 1981, afirma que um dos motivos que a levou a não

continuar foi o custo.

O Curso Docente ainda não tinha o modelo atual. Havia um controle, pela

Associación Latinoamericana de Psicodanza, das horas de assistências de cada

aluno, além de questionários teóricos a serem entregues de tempos em tempos.

Uma autorização provisória para montar grupos era dada por Rolando, a partir de

um determinado número de horas assistidas e questionários respondidos.

Num documento de maio de 1979, podemos ver que Thais tinha já 360 horas

de assistência, Francisco Trotte tinha 326, Ivanê Bonheimer 324, e Alberto Tavares

152 horas (ver Anexo II).

Mesmo assim, segundo Paulo Lopes,

Alberto foi o primeiro a começar a dar aulas,

montando um grupo às quartas feiras, em sua

clínica na Rua Cinco de Julho. Nesses primeiros

anos, Rolando Toro sempre que vinha ao Rio se

hospedava na casa de Alberto, e tinha por ele um

carinho especial, como comprova o desenho ao

lado, presente de Rolando para Alberto.

Um pouco depois de Alberto, Thais e Trotte

começaram seus grupos.

Pela pesquisa feita no Acervo do jornal O

Globo, podemos ver, que tanto Thais como Trotte,

já divulgavam seu trabalho com psicodança ainda

no final da década de 1970.

Em cinco de outubro de 1978, a coluna

Múltipla Escolha, um espaço de divulgação do

Caderno Rio, publica a nota ao lado, a mais

antiga referência encontrada em nossa pesquisa

no Acervo. Apesar da divulgação, Thais informa

Figura 5: O Globo, 05out78, Caderno Rio

Figura 4: De Rolando para Alberto Fonte: arquivo Danielle Tavares

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que seu primeiro grupo formou-se em 1980, em sua casa no Jardim Botânico.

Durante 1979, a coluna As Dicas, do Caderno de Domingo, outro espaço de

divulgação, dá várias notinhas sobre o trabalho de Trotte com a psicodança, e com

títulos sugestivos, conforme abaixo (ver reprodução das notícias e anúncios sobre

Psicodança no Anexo XIX):

em 15 de abril: Psicodança, uma novidade

em 29 de abril: Psicodança, é uma boa para o seu problema

em 27 de maio: Psicodança – a cura em ritmo de alegria

em 12 de agosto: Psicodança – a alegria de viver

Outras notas, somente com o título

“Psicodança”, são publicadas na mesma coluna em

18 de novembro e 16 de dezembro daquele ano. Em

22 de setembro de 1979, Trotte faz publicar também,

no caderno Cultura do Globo, o anúncio ao lado, do

Instituto de Psicodança do Rio de Janeiro (IPRJ).

Interessante notar que, ainda em 1979, Trotte faz divulgação na mesma

coluna, nos meses de junho e julho, mas já usando o nome Biodança. Na nota de

17 de junho, inclusive, é informado que “estão sendo dados cursos especiais para

graduação desta técnica para médicos, psicólogos, psiquiatras e analistas”.

Entretanto, a partir de agosto e durante todo o ano de 1980, a divulgação

feita por Trotte volta a usar o termo Psicodança, tanto em notas da coluna As Dicas

como em anúncios do IPRJ. Somente em maio de 1981 Trotte passa a usar

novamente o termo Biodança, abandonando de vez a palavra psicodança.

Mas a primeira aparição da palavra Biodança, no jornal O Globo, ocorre em

matéria com Alberto Tavares, no caderno Cultura de 22 de maio de 1979, sobre o II

Congresso Brasileiro de Análise Transacional, intitulada “Nós não tratamos apenas.

Nós Curamos”. Ao final do texto, de mais de meia página, Alberto fala da vinculação

da Análise Transacional com outras ciências e diz: “Eu, por exemplo, pratico

Biodança, Gestalt, bioenergética e terapia primal” (notícias e anúncios selecionados

no acervo de O Globo, com a palavra Biodança estão no Anexo XX).

Figura 6: O Globo, 22set79, Cultura

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Convém aqui registrar alguns aspectos levantados em nosso estudo, tanto

em depoimentos como em documentação disponível, que são importantes para

buscar compreender tanto a mudança do nome, de Psicodança para Biodança,

como as mudanças na liderança da Biodança no Rio de Janeiro, alguns anos mais

tarde.

Em seus anos iniciais no Brasil, a Psicodança, tinha como principais

incentivadores psicólogos e médicos, grande parte deles ligados à Análise

Transacional, como Roberto Shinyashiki em São Paulo, Roberto Crema em Brasília

e, no Rio, Alberto Tavares e Dina Frutuoso. Entre 1977 e 1982, os conselhos

regionais de psicologia questionaram Rolando e a psicodança, e pressionavam os

psicólogos que a utilizavam, inclusive com perda do registro. Roberto Crema foi por

duas vezes convocado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) para prestar

esclarecimentos (NOUSIAINEN, 2007).

Isso culminou, em 1981, com a detenção de Rolando Toro em Curitiba, pela

Polícia Federal sob pressão do CFP, com base no Estatuto do Estrangeiro. Nas

palavras de Cezar Wagner, também psicólogo e um dos organizadores da Biodanza

em sua implantação no Brasil, esse ato “fica gravado na história como uma peça do

absurdo e do moralismo. Tentaram expulsá-lo do Brasil, mas fracassaram, foram

vencidos pela lucidez de outros e pela luta dos que defendiam a Biodança” (GÓIS,

2015).

Por outro lado, havia certo movimento, da parte desses profissionais que

atuavam com psicodança, para que sua aplicação só pudesse ser feita por médicos,

psicólogos e terapeutas3, com o que Rolando não concordava.

O fato é que, em meados de 1978, Rolando decide “denominar Biodanza al

sistema que había creado”. Segundo ele, o termo psicodança possuía o grave

defeito de ser dissociativo.

“Psico” provém do grego “psyché”, alma. Dança da alma, aí estava implícita a dissociação platônica. (...) O prefixo “bio” tem sua origem no termo grego “bios” = vida. A palavra dança, de origem francesa, significa movimento integrado, pleno de sentido. A metáfora estava formulada: Biodanza, Dança da Vida (TORO, 1991, Tomo I, p. 8).

3 Alberto Tavares, Francisco Trotte e Paulo Lopes eram médicos

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Em fevereiro de 1979, a Associação Latino-americana de Biodança, sediada

em São Paulo, onde então morava Rolando, emite a seguinte nota:

Apesar de amplamente conhecido o nome de Psicodança, restringimos seu uso à área clínica exercida apenas por profissionais desse campo, pois esse nome enfatiza uma parcela do conhecimento do homem. Em nosso ponto de vista, a hierarquia taxonômica requer o emprego de “bios” como genérico e “psique” como específico (CREMA, 1979, p. 12).

Note-se que a revista Veja, em fevereiro de 1981, num

quadro sobre terapias alternativas, entre outras cita a

Biodança, explicando que “chamava-se psicodança, mas

seus cultores mudaram o nome para fugir à fiscalização dos

conselhos regionais de Psicologia” (VEJA, Acervo Digital).

A referência mais recente ao termo psicodança, em O Globo, aparece em

abril de 2012, em um anúncio de Cantoterapia, de Sonia Joppert. Interessante que,

bem antes disso, em 1989, a mesma Sonia publicou anúncio usando o termo

Biodança. Sonia foi, durante a década de 1980, aluna de Biodanza no grupo de

Alberto Tavares.

Mas a nota ao lado, plantada por Francisco Trotte

em setembro de 19804, na coluna As Dicas do caderno de

Domingo de O Globo, é a última utilização do termo

Psicodança por aquele grupo de pioneiros da Biodanza no

Rio de Janeiro. Depois disso, durante as décadas

seguintes, o acervo digital do jornal mostra referências

genéricas e esparsas à psicodança, citadas por pessoas

fora do movimento.

4 Pudemos determinar quais notas são de Trotte comparando telefones e endereços das diversas notas e anúncios encontrados

Figura 7: Veja, 11fev81, p. 32

Figura 8: O Globo, 28set1980, Domingo

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ANOS 80: ASSOCIAÇÃO, CONGRESSO, ESCOLA E FACILITADORES

Se examinarmos a lista da IBF com facilitadores de Biodanza titulados do

Brasil, veremos que o ano de titulação mais recente é de 1991.

E antes disso, durante os anos 1980, o que ocorria?

No final da década de 70, como dissemos anteriormente, a formação era

conduzido por Rolando, que dava maratonas5 em lugares diversos do Brasil, e as

horas de participação eram contabilizadas para cada aluno.

Segundo um documento da época, já se referindo à Biodança ao invés de

Psicodança, após 320 horas de treinamento, sendo 70 horas com Rolando, quatro

supervisões, 12 questionários respondidos e a tese entregue e aprovada, o aluno

era submetido a exame prático e teórico pelo próprio Rolando, que então outorgava

o título de facilitador (ver Anexo III).

Thais de Azambuja fala de sua titulação:

Eu me titulei em 1980. Era uma prova do cão, pra se titular! Tinha um questionário. Naquela época ainda não tinha apostila pra estudar. Eu li cem livros pra responder esse questionário. Eu estudava com Francisco Trotte. Eu disse a ele: o que tiver a ver com ciência, tu tens mais capacidade de me orientar, o que tiver a ver com arte eu te oriento. Assim fizemos o questionário.

Depois do questionário, tinha a avaliação pessoal. Rolando botava uma música e você tinha que dizer pra que exercício servia, com o nome oficial, não podia ser aproximado. Daí, tivemos uma base muito sólida com a formação toda pelo Rolando. Todos aqueles assuntos se expandiram na minha vida. Eu tenho quatro publicações na UERJ graças a isso.

Parte dos livros estudados por ela, conforme seu caderno de estudos cedido

em cópia ao autor, está listada no Anexo IV, junto com dois questionários a que os

alunos tinham que responder em 1978. Dois documentos sem data, mas

provavelmente do início da década de 1980, mostram a amplitude e diversidade do

programa teórico de formação de Biodanza. Fotos dos documentos e uma

transcrição do programa detalhado de formação estão no Anexo V.

Esses primeiros facilitadores são chamados de FRTA – Formados por

Rolando Toro. Na página da IBF, encontramos uma lista com 104 nomes, 5 Maratonas de Biodanza são aulas vivenciais com duração maior, normalmente de um fim de semana, enquanto as aulas regulares semanais duram cerca de duas horas

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provavelmente todos da América do Sul – não há identificação de país ou estado,

nem ano de titulação. Mas pudemos identificar que mais de trinta são brasileiros,

sendo dez formados no Rio de Janeiro.

Desses dez, cinco estavam naquele curso 202 da Rua Cinco de Julho:

Alberto Tavares, Dina Frutuoso, Francisco Trotte Filho, Paulo Lopes e Rita Vaillé.

Além deles temos Thais de Azambuja, Dorli Signor (que foi vizinho de Rolando no

pequeno período em que ele morou em Petrópolis, e hoje mora em Santa Maria,

RS, onde realiza maratonas de Biodanza e Argila), Luís Otávio Pimentel (um de

meus primeiros facilitadores, entre 1989 e 1992, hoje diretor das escolas de

Barcelona e Alicante), Iko Medina e Teresinha Mendes.

Alberto, desde o final da década de 1970 até sua morte em 1999, foi sempre

ativo no movimento de Biodanza do Rio. Na Clínica da Rua Cinco de julho, além do

atendimento clínico de Análise Transacional, iniciou logo um grupo de Biodanza, às

4ªs feiras à noite. Com o amadurecimento do grupo, Alberto iniciou um processo de

aprofundamento de vivências e abriu mais um grupo, às 2ªs feiras. Esses grupos

sempre se mantiveram com mais de 20 pessoas, chegando a ter mais de 40 em

alguns momentos.

Rita Vaillé também atuava com Biodanza na Clínica Cinco de Julho, e tinha

um grupo para crianças. Foi ali que Danielle Tavares, filha de Alberto e hoje uma

das diretoras da Escola de Biodanza Rolando Toro do Rio de Janeiro, então com

cinco anos, fez suas primeiras vivências de Biodanza.

A Biodanza sempre teve uma aura meio mágica pra mim, primeiro por causa do meu pai. Eu adorava aquele pai, eu achava ele o máximo. Depois sempre tive paixão por dança, fiz balé com três anos. E participar daquele mundo tão divertido da Biodanza sempre me encantou. (...). Rolando eu conheci desde pequenininha, era o amigo do meu pai que falava estranho e ficava lá em casa.

Nesses primeiros anos, em relação à formação, Paulo Lopes lembra que

“não existia uma escola formal, as aulas do grupo de formação foram em hotéis,

Sheraton e outros”. Paulo destaca, nesses primeiros anos, a atuação de Francisco

Trotte:

Trotte tinha atividade aglutinadora e de liderança. Foi ele quem organizou a Biodanza no Rio. Logo começou a dar aula, tinha dois grupos. Em 1982, fez praticamente sozinho o 1º Congresso de Biodanza, no SESI ou SENAI, mérito extraordinário.

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Em seu depoimento, Trotte confirma que “era muito interessado e ligado à

parte administrativa. Fundei a Associação de Biodança do Rio de Janeiro e fiz o 1º

Congresso Latino-Americano aqui no Rio6, no Riocentro”.

Com CNPJ 30.499.461/0001-11, e sede na Rua Visconde de Pirajá 303, sala

1003, a Associação de Biodança do Estado do Rio de Janeiro foi criada em 3 de

julho de 1981. Esse é o mesmo endereço da Escola de Docência do Estado do Rio

de Janeiro, como se pode ver em documento com questionário referente ao 1º

módulo de formação (ver Anexo VI).

Em paralelo a isso, Trotte divulgava a Biodança no Estado. De abril de 1979

a maio de 1984, pelos arquivos de O Globo, colocou 24 notas de divulgação, além

de oito pequenos anúncios. E organizava jornadas e maratonas para trazer novos

adeptos. É ele quem diz:

Fazíamos maratonas memoráveis. Começávamos às 8 da noite de 6ª feira, íamos até 6 da manhã de sábado, verdadeiras maratonas, veja como a Biodanza mexe com a vitalidade e o ciclo de energia.

Voltávamos às 8h30 e íamos até 6 da tarde. Depois recomeçávamos no domingo de 8 da manhã às 6 da tarde. Fazíamos isso com Ludovina e Chico, em Volta Redonda, que hoje estão em Lorena, ainda fazendo Biodanza.

Antonio Sarpe, diretor da Escola de Biodanza do Rio de Janeiro entre 2000 e

2008, e atualmente diretor da Escola de Biodanza de Portugal, foi um dos que

começaram com Trotte, numa jornada de um dia no Hotel Marina. Depois foi fazer

grupo em Ipanema.

No inicio tinha um choque entre a sensibilidade da aula, Ipanema, e depois voltava pra Cordovil. Rio dividido, racismo e classismo, eu sofri isso. E a Biodanza trazia mensagem de encontro humano, indo além dessas limitações. Biodanza não era política, mas era política. Sem partidarismo, sem ideologia, se encaixava com o que eu queria. Fui movido pela curiosidade, o símbolo da Biodanza era adaptação do símbolo do Tao, tinha corpo, tinha grupo, tinha música. Isso me fez ficar, e Trotte me pegou pela consistência do lado cientifico. Trotte era médico, ele mostrava slides do cérebro, fazia abordagem científica.

6 Aqui podemos confirmar a instabilidade das lembranças: Trote, em seu depoimento, cita o Riocentro como local do Congresso, enquanto Paulo Lopes fala do SESI ou SENAI. Em conversa com Cesar Wagner, em outubro de 2014, falando sobre Trotte, ele lembrou o 1º Congresso, no ano de 1982, mas citou o Hotel Glória como local do evento. O arquivo de O Globo mostra que Paulo Lopes estava certo.

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Já Verônica Swalf, hoje facilitadora e didata7, foi apresentada à Biodanza

num congresso de ioga em Santa Catarina, em 1983, por Ludovina e Chico, aqueles

das maratonas de Volta Redonda. Depois disso, aceitou o convite deles e levou um

pequeno grupo para uma maratona com Trotte em Volta Redonda.

Ele dava o livro pra gente, de manhã teve conteúdo teórico grande e uma pequena vivência, e à tarde tinha uma vivência maior. No meio da aula teve um acariciamento de rosto. Eu fiz primeiro na moça que fez par comigo, na hora de trocar eu disse, “deixa que eu faço de novo”. Trotte disse: “tem que trocar”. Eu achei que ele tinha posto a música duas vezes. No domingo teria um novo módulo. O grupo estava empolgado, fomos e voltamos, adoramos. Depois disso, comecei grupo com ele na Visconde de Pirajá 303.

O livro a que Verônica se refere é outro fruto do

espírito empreendedor de Francisco Trotte. “Fundamentos

básicos em Biodança”8 foi publicado em 1983, e lançado

em evento no Hotel Glória, em maio de 1984, conforme

nota ao lado.

No prefácio, Rolando considera o livro como uma

contribuição de mérito para o conhecimento do sistema de

Biodanza. “Trata-se de uma contribuição clara e didática

dos conceitos fundamentais desta disciplina”. Ao final,

afirma que Trotte “traz com seu livro uma energia nova ao

crescimento da Biodanza e satisfaz uma necessidade que

há tempos se manifesta entre nossos alunos”.

Com Rolando Toro como presidente de honra e Francisco Trotte como

presidente executivo, aconteceu o 5º Encontro Brasileiro e 1º Congresso Latino-

americano de Biodança, de 19 a 23 de julho no SENAI Tijuca, à Rua Mariz e Barros

678. Antonio Sarpe lembra-se bem, foi lá que ele conheceu Rolando, então com 58

anos.

A abertura, conforme lembra Trotte, com a leitura da carta de direitos

humanos, foi feita por Sergio Chapelin, que não cobrou pela participação. Além de

vivências e exposições teóricas sobre a Biodanza, o Congresso contou com a

7 Em Biodanza, facilitador é quem tem a formação para dar aulas regulares; já os didatas se credenciam, através de curso específico, a dar aulas na formação de facilitadores. 8 Este foi o primeiro texto que li sobre a teoria de Biodanza, em final de 1987, quando iniciei no grupo de Ecy Ferreira, na rua Barão do Flamengo.

Figura 9: O Globo, 20mai1984, Jornal da Família

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presença de conferencistas nacionais e estrangeiros. Entre esses, a argentina Ruth

Fridman falou sobre a expressão musical da criança, o também argentino Charles

Franz expôs seu método de aprendizado veloz em teclado e o chileno Samy Frenk

explicou a técnica de Rolfing (Acervo Digital O Globo, ver no Anexo XX).

Paulo Lopes não esquece, pois foi quando deu a primeira aula de Biodanza

em público.

Eram de 60 a 80 pessoas. Foi muito bom pra mim, pois me levou a fazer meu grupo. Congresso foi em maio ou junho, meu grupo foi em setembro de 82. Em outubro Rolando foi lá assistir, interrompeu e elogiou, “vou muy contento, temos um novo professor”.

Paulo lembra também que mais ou menos nessa época ocorreu um conflito

entre Toro e Trotte. Esse é um ponto em que os depoimentos divergem, tanto em

relação a datas como a motivos para o conflito. Antonio Sarpe levanta a hipótese

de que os diretores da Associação do Rio, todos terapeutas, queriam a Biodanza

restrita a médicos e psicólogos, com o que Rolando não concordava. Outra versão,

citada por Paulo Lopes, Verônica e Maria Adela, liga o conflito à entrada de Trotte

para o Exército, como oficial médico. Isso por um lado diminuiu o tempo disponível

de Trotte, mas teria também contrariado Rolando. Thais de Azambuja se queixa:

“Houve uma política errada e Trotte foi colocado de lado. Fiquei muito

decepcionada. Os antigos foram postos de lado, desqualificados”.

O fato é que, num determinado ano entre 1982 e 1985, Rolando nomeou

Dalma Campos como diretora da Escola de Biodanza do Rio de Janeiro. Outro fato

é que Francisco Trotte se afastou da Biodanza, provavelmente a partir de 1985, pois

a última aparição, nos arquivos de O Globo, da Biodanza ligada ao seu endereço

em Ipanema, é de março de 1985.

Trotte, em seu depoimento, minimiza a questão do Exército: “Realmente fiz

R29 no Exército, na Avenida Brasil. No HCE [Hospital Central do Exército] era meio

expediente. Acabaram com isso. Eu tinha uma clínica boa, acabei deixando o

Exército. Mas não foi por isso que deixei a Biodança”. Sobre a Escola, ele diz:

A associação era escola, era muito bem organizada. Algumas pessoas permaneceram, outras saíram, acabei ficando sozinho. (...) Depois tentei passar a direção para outra pessoa, mas ela não quis

9 R2 é um oficial técnico temporário, profissional de nível superior em área de interesse do Exército, como a saúde, no caso de Trotte

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se envolver com a parte administrativa. Associação registrada, com CGC, tinha que fazer IR todo ano.

Trotte conta que se afastou quando se separou: “Foi uma fase ruim da minha

vida, fiquei transtornado e foi quando deixei a biodanza. Mudei radicalmente. Parei

de fazer psicoterapia e psiquiatria, pois não me sentia estável. Foi quando comecei

com nutrição”.

Atuando até hoje com emagrecimento via medicina ortomolecular, cuidou de

corpos famosos, como Claudia Raia, Edson Celulari, Paula Burlamaqui e Rosane

Collor. Mas não esquece a Biodanza. Em setembro de 1988, o Jornal dos Bairros

Barra, de O Globo, noticia uma palestra do Dr. Francisco Trotte Filho, em que ele

“abordará biomovimento, terapia e obesidade, com orientação alimentar”, e

“mostrará que o assunto relaciona-se à prática de movimentos corporais

específicos, ligados a sons e músicas, com enfoque específico”.

Em seu depoimento, ele afirma: “Rolando era um gênio, mas como todo

gênio era meio louco”. Para Trotte, a Biodanza é uma terapia poderosíssima, que

“não tem o lugar que ela merece ter”.

Dalma Campos, também facilitadora FRTA, conheceu a Biodanza em

Goiânia, na academia de ioga de sua irmã Elzi Nascimento, numa aula dada por

Rolando Toro. Ao final, ele a convidou a fazer o curso de didata.

Eu morava em Brasília. Então comecei a seguir o Rolando, fui pra Argentina, vários outros países, o Brasil inteiro. E me apaixonei pela Biodanza. Fiquei um ano mais em Brasília e vim pro Rio, onde fundei no Leblon um espaço, chamado CETA – Centro de Terapia e Artes. Nós começamos a Biodança no Rio, Francisco Trotte, Alberto Tavares e eu.

Aqui temos novamente uma dúvida quanto a datas. Em seu depoimento,

Dalma disse que não é boa de datas. Lembra que o CETA durou cerca de seis

anos. Que depois, a convite de parentes que moravam nos Estados Unidos, fechou

a escola e foi para Miami, onde ficou oito anos e mais um ano em Hollywood.

O CETA foi criado em outubro de 1985, como atesta o registro do CNPJ

(Anexo VII), confirmada por matéria, no dia 7 daquele mês, do Jornal de Bairros

Leblon de O Globo, com o título “Em busca de harmonia, Thais e sua mãe criam

centro de terapia”. Thais, no caso, é Thais de Campos, filha de Dalma e atriz, na

ocasião atuando na novela Tititi, da Rede Globo.

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Mas Dalma chegou ao Rio bem antes disso, como informa outra notícia, da

Revista da TV de O Globo, de 4 de dezembro de 1983, sobre sua filha Thais, que

teria mudado de Brasília para o Rio devido às melhores oportunidades de trabalho

como atriz. Diz a matéria que “a mãe, Dalma Campos, acompanhou Thais na

mudança, há quatro anos”. Informa ainda que “Dalma é também pedagoga, formada

em Belas Artes, pintora e cantora”. E que, na época, era professora de Biodança da

filha e sua colega de curso de teatro no Tablado.

Outro documento, uma carta de Rolando Toro, de agosto de 1980 (Anexo

VIII), para Alberto Tavares, comprova que Dalma já estava no Rio naquele ano. Na

carta, escrita de Belo Horizonte, Rolando diz a Alberto que não pôde se despedir,

pois na última noite foram, ele e Cecilia, a convite de Dalma, ver a peça “Longa

jornada noite adentro”, de Eugene O’Neill.

É provável que Dalma tenha assumido a Escola em 1982. Antonio Sarpe

começou a formação nesse ano, e a diretora era Dalma. Paulo Lopes informa que

“não conhecia Dalma, era de Brasília. Ela não tinha aceitação, não sei por quê (...)

Dalma pegou o touro a unha”.

Antonio Sarpe, em seu depoimento, conta que, nessa época, a formação não

incluía metodologia10, eram 22 maratonas:

Dalma era cantora e eu tocava violão, comecei amizade com ela. Me convidou pra um intercâmbio, eu fazia escola e prestava alguns serviços. A escola era meio diferente, não tinha uma turma. As pessoas iam “a la carte”. Havia muita liberdade, as pessoas ficavam só parte da maratona, alguns iam só a algumas.

Maria Adela Cremona também começou a formação de Biodanza nessa

época. Em seu depoimento, ela se lembra de Dalma com carinho:

Era uma criatura especial, viajava pela Europa com um violão cantando em bares, largou o marido que era pessoa importante em Brasília para abraçar a Biodanza no Rio, se chegou a Rolando, que tinha brigado com os outros, e aproveitou a chance.

Segundo Antonio e Maria Adela, a escola não tinha um ponto fixo, era uma

escola itinerante. Maratonas aconteceram em clínicas, como a do analista

10 Hoje o currículo das escolas de Biodanza incluem, na parte final da formação, sete maratonas de Metodologia de Biodanza, incluindo semântica musical, sessão semanal, grupo, critérios de avaliação e exercícios

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transacional Ralph Berg, na Rua Barão do Flamengo11, e em hotéis diversos, cada

mês em um local. “Bem ao temperamento de Dalma, que chegava carregando

almofadas”, lembra Adela.

As maratonas eram dadas por Rolando ou Carlos Garcia12, que vinham de

São Paulo, por Maria Lúcia Pessoa, de Belo Horizonte e por Cezar Wagner e Ruth

Cavalcante, de Fortaleza. Alberto Tavares, Thais de Azambuja, Paulo Lopes e

Francisco Trotte não participavam, estavam, segundo Adela, “brigados com Dalma”.

Paulo Lopes, entretanto, se recorda de que Dalma o convidou, em 1987, para dar

uma maratona de “Doenças da Civilização”.

Mas tanto Antonio Sarpe como Maria Adela não estavam satisfeitos com a

formação na Escola do Rio.

Maria Adela, que tinha clientes em São Paulo, lembra que agendava com

eles em datas que coincidiam com as maratonas da escola de formação paulista, de

forma a aproveitar as viagens para participar das aulas. “Fazia escola duas vezes

por mês, no Rio e em São Paulo. Já era escola como agora, por volta de 1985”.

Antonio conta que “as pessoas iam à praia e voltavam, dormiam na parte

teórica, zona total”. Junto com um grupo de seis pessoas, foi completar a formação

em São Paulo.

Na 6ª feira pegávamos ônibus à meia noite e chegávamos às seis horas, tomávamos café e íamos pra escola. Rolando morava em São Paulo. (...) Dormíamos as vezes na sala onde rolavam as maratonas, era uma casa onde Rolando morava nos fundos. Não tinha metodologia e não tinha monografia, já tinha supervisão, era sistema de crédito. Em 84, ganhei diploma de licenciado (podia dar aula) e em 85 titulação, fechando a formação. Dois diplomas. Crédito por frequência a maratonas, grupo regular, congressos, minotauros, somados davam licenciatura e titulação.

Na lista da IBF de facilitadores titulados do Brasil em 1985, em São Paulo,

temos, além de Antonio, Rosa Carvalho, de Niterói, e Jane Mutzinguer.

Rosa aparece em nota de O Globo, de 18 de novembro de 1984, que divulga

palestra sobre “biodança-vivência”, junto com Dalma Campos, no Núcleo Cultural

Moksha, em Niterói.

11

Local onde fiz minha primeira aula de Biodanza, em novembro de 1987, com Ecy Ferreira. 12 Didata argentino, que residia em São Paulo na época, com importantes aportes teóricos para o Sistema Biodanza

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Jane, já falecida, foi parceira de Antonio Sarpe em seu primeiro grupo, num

espaço chamado Encontrarte, na Tijuca. Antonio conta que colocaram “um

anunciozinho no Globo, tijolinho, apareceram 25 pessoas. Ficamos três anos dando

aula juntos, Jane é que levava, eu tinha dificuldade para falar”.

Entre 1985 e 1987, no acervo digital do jornal O Globo, a Encontrarte

aparece, ao menos sete vezes, ligada ao nome de Jane e de Antonio, e

promovendo também uma maratona de Rolando Toro no espaço, em 1º e 2 de

agosto de 1986. Outros espaços, nesse período, divulgam cursos de Biodanza com

Antonio Sarpe: a Clínica Imagem, no Humaitá, e o Núcleo Cultural Maha Manu, no

Meier.

Foi na Clínica Imagem que Andrea Zattar, hoje diretora da Escola de

Biodança do Rio de Janeiro, fez seu primeiro contato com a Biodanza.

Não lembro o ano exato, acho que 85, 86. Era publicitária, estava muito estressada, nervosa, com vários problemas psicossomáticos, úlcera, enxaqueca, e estava buscando algo pra melhorar minha qualidade de vida. Vi num jornalzinho do Humaitá o nome Biodanza, achei que era um jazz. Fui a um instituto no Humaitá, numa 5ª feira à noite, e encontrei o Antonio Sarpe. Fiz uma aula com ele e fiquei emocionadíssima. (...) Passou a ser um dia sagrado pra mim. Antonio diz que eu não queria fazer dança, mas Biodança.

Há também, nesse período, referências a Yara Pia Converso13 no Instituto

Miguel Pedro, um asilo de idosos em Vila Isabel, a Dina Frutuoso, divulgando sua

Maratona das Emoções no Clube Trás-os-Montes, na Tijuca, a Edna Tavares com

um curso de zen-biodança e às aulas de Thais Azambuja na Rua Maria Angélica, no

Jardim Botânico, as três últimas facilitadoras FRTA.

Aparecem ainda os nomes de Nizalva (1985), Paulo Roberto, Lígia Diniz, e

Ecy Ferreira (todos em 1987) promovendo seus cursos de Biodança.

O nome de Paulo Roberto não consta da lista IBF de facilitadores do Brasil,

tampouco está nos registros que obtive da Escola de Biodanza do Rio de Janeiro.

Nizalva Couto e Ecy Ferreira fizeram parte de outra leva de facilitadores que

atuavam no Rio de Janeiro e se titularam em São Paulo, em 1988. Junto com elas

13

Titulada em 1980 em São Paulo

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estavam Elizabeth Borup e Marlene Figueiredo. Lígia Diniz14 titulou-se somente em

1994. Tanto Lígia como também Ecy, Nizalva, Marlene, Beth Borup e Maria Adela

faziam parte do que se chamou depois a Turma Zero da Escola do Rio de Janeiro

(ver Anexo XI, com as turmas das Escolas de Biodanza do Rio).

Note-se que Nizalva e Marlene já tinham grupos em 1985, três anos antes de

se titularem em São Paulo. Também Ecy tinha grupo em 1987, um ano antes da

titulação, assim como Lígia, que em abril de 1987, sete anos antes de sua titulação,

fala ao Jornal da Família de O Globo sobre as propostas da Biodanza de reforçar o

lado são das pessoas.

Outras pessoas da chamada Turma Zero também aparecem no Acervo

Digital de O Globo, com matérias ou anúncios no jornal nos anos finais da década

de 1980. Verônica Swalf aparece, junto com Luiz Otávio Pimentel, em notícia de

maio de 1989, no caderno de bairros Ilha do Governador, divulgando a Biodança em

seu Núcleo Cultural Bhadra. Também publica diversos anúncios de Biodança e Ioga

durante o ano de 1989. Maria Arminda Teixeira aparece em matéria do caderno de

bairros do Meier, também em maio de 1989, promovendo a Biodança no Núcleo

Cultural Maha Manu, o mesmo em que Antonio Sarpe atuava alguns anos antes.

Marley Rangel fez publicar anúncio sobre grupo de Biodança, em outubro de 1989.

Interessante registrar a mudança de símbolo ligado à

Biodança nesse período. No tempo da Psicodança, como se pode

ver nos livros de Roberto Crema, era usada uma variação do

símbolo do tao, como na figura ao lado.

Alguns anos depois, como no livro de Francisco Trotte e no

material da Escola de Docência do Estado do Rio de Janeiro,

passa-se a usar o símbolo do tao contornado por pétalas, como a

flor da figura ao lado.

Na publicidade de 1988 e anos seguintes, inclusive no

anúncio de Marley Rangel, já passam a aparecer as duas pombas

que depois, em 1992, estariam na capa dos Tomos publicados por

Cezar Wagner.

14 Lígia, arteterapeuta e irmã da famosa Leila Diniz, foi minha facilitadora entre 95 e 96, numa clínica na rua Martins Ferreira, em Botafogo

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Somente na virada para o século XXI é que se passa a adotar a garça, no

logo que consta do site da International Biocentric Foundation e na capa desta

monografia.

Foi em 1988 que Sérgio Barata e Verônica Swalf

começaram sua formação, na mesma Turma Zero da Escola do

Rio de Janeiro.

Sérgio iniciara na Biodanza em março do ano anterior, com Thais Azambuja,

no Jardim Botânico. “Fui porque um colega de trabalho me chamou, e fiquei porque

foi um desafio, tinha dificuldade de olhar nos olhos, cada vez que olhava a

adrenalina subia”.

Verônica, que iniciara com Trotte em 1983, passou, em 1985, para o grupo

de Marlene Figueiredo, na Gávea, onde conheceu Maria Adela. Depois, durante

1987, participou de um Projeto Minotauro com Rita Vaillé e Regina Labarte. Em

dezembro de 1987, Verônica e Sérgio se conheceram, numa maratona de

Criatividade dada por Rita Vaillé e Thais Azambuja.

Em 1988, ao fazerem um trabalho com Rolando Toro, ele lhes falou da

formação, e que era necessário fazer uma aula de avaliação com a diretora.

“Marcamos com Dalma e fizemos a aula na Pereira da Silva [rua de Laranjeiras]. A

formação era em Petrópolis. Começamos (acho que agosto de 88), mas Dalma

estava mais em Miami que aqui no Rio”.

Dalma conta em seu depoimento que tinha parentes nos Estados Unidos.

“Eles me convidaram e eu fui para Miami. Fechei minha escola e fui pra lá, eu sou

assim aventureira”.

Figura 10: Símbolos da Biodanza no

tempo

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ATÉ O ANO 2000: A ESCOLA SE ORGANIZA – TURMAS, SEDE E ESTATUTO

Sérgio Barata recorda que, no início dos anos 1990, a escola estava

abandonada, que ainda faltavam várias maratonas para completar a formação. As

idas e voltas de Dalma eram cada vez mais constantes, o período em Miami era

maior que o tempo no Rio.

“Fizemos então, sob o comando da Lois15, um grupo de coordenação, umas

oito pessoas, entre elas Maria Adela, Délcio Pereira, Beth Borup, Lois, Verônica e

eu, e escolhemos Maria Adela para coordenar”, lembra Sérgio.

Adela se recorda com empolgação:

Decidimos fazer um movimento para a escola se projetar. Era um momento efervescente no Rio, com a aproximação da ECO-92. Levamos a Biodanza para a rua. Domingos de manhã no Circo Voador, biodanza no Parque Lage, em hospitais e postos de saúde. Alguns achavam que Rolando ia expulsar-nos, pensavam que Biodanza era dentro de quatro paredes.

Assim, Maria Adela atuava num posto de

saúde próximo à Prefeitura, Sérgio Barata e

Verônica Swalf num asilo na Tijuca, Marlon

Brandão no Circo Voador, enquanto Lois Doria e

Margarete de Souza Coelho lançaram o Projeto

Vivências na Natureza, no Parque Lage, com

aulas de Biodanza ao ar livre.

Durante a ECO-92, em junho, foi feita, no Aterro do Flamengo, aula aberta de

Biodanza que fez sucesso, levando a que os diversos grupos em atividade no Rio

se enchessem de alunos. A Rede Manchete cobriu, Marlene Figueiredo tinha um

irmão na Rede Manchete, que gravou a aula e preparou uma espécie do

documentário. A divulgação da Biodanza ganhou força, chegando a ter publicidade

no metrô.

Nos primeiros anos da década de 1990 é que são titulados os primeiros

facilitadores pela Escola do Rio de Janeiro. Temos, em 1991, os nomes de

Margarete Joode, Maria Adela Cremona e Marilda Reis, além de Maria Dulce

15 Lois Doria, facilitadora titulada em 1994, hoje vivendo em Prado, Bahia.

Figura 11: O Globo, 04abr93, 2º Caderno

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Matoso em 1992. Mesmo assim, é em 1994 que surge um grupo que possa ser visto

como uma turma, com oito facilitadores titulados, todos da chamada Turma Zero16.

Em maio de 1992, é criada nova turma na Escola, a Turma I. São dessa

turma, entre outros, Eliana Almeida, atualmente diretora da Escola de Biodanza da

Barra da Tijuca, Francisco Goulart, membro da direção da Escola de Vitória, e as

didatas Gladys Trindade, Hedilane Coelho e Kátia Alves.

Dalma continuava definindo as maratonas e os didatas, assinava os cheques,

vinha de três em três meses. Então, em agosto de 1992, durante o II Congresso

Internacional de Biodança, em Fortaleza, Rolando disse a Maria Adela: “A próxima

diretora do Rio será você”. Segundo Adela, Dalma reagiu mal no inicio, mas foi dada

uma solução: Dalma seguiu como diretora honorária e Adela passou a ser diretora

administrativa. Um ou dois anos depois, Dalma conseguiu o green card americano e

se fixou em Miami.

O controle de participação dos alunos na turma Zero era feito através de um

Curriculum Docente, formulário onde eram anotadas todas as maratonas feitas

pelos alunos, assinadas pelo respectivo docente (ver, no Anexo IX, o curriculum de

Sérgio Barata). A partir da turma I, passou-se a fornecer certificados de participação

a cada encontro de formação17, assinados pelo facilitador-didata e pela diretora da

escola (ver Anexo X). Note-se que o primeiro certificado da turma I, de maratona de

Definição de Biodança, dada por Cezar Wagner, já é assinado por Maria Adela

como diretora, embora Dalma ainda fosse formalmente a responsável pela escola.

Com Maria Adela à frente, antigos didatas, como Alberto Tavares, Paulo

Lopes e Thais de Azambuja, voltam a dar maratonas na Escola.

Thais mantinha seu grupo na Rua Maria Angélica, no Jardim Botânico. Uma

de suas alunas era Neusa Eiras, vice-reitora da UERJ. Em agosto de 1994, a UERJ

criou a UnATI, Universidade Aberta da Terceira Idade, e Neusa convidou Thais para

apresentar a Biodanza. O depoimento de Thais para essa pesquisa foi feito há dois

anos, nas instalações da UnATI, onde pude participar de uma aula.

16 Anthony Sheridan, Délcio Pereira, Isa Freire, Lígia Diniz, Lois Dória, Margarete Coelho, Sérgio Barata e Verônica Swalf (ver Anexo XI) 17 Esses certificados foram dados até a turma III

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Vim pra UERJ para uma oficina de criação, com criatividade radical, em que eu misturava tudo. Mas Neusa disse: quero biodanza, duas turmas, quero que todos os professores façam. Mas não apareceu professor nenhum. (...) A aula aqui [na UnATI] não tem as condições

ideais, é barulhenta, sua-se muito. Tem gente mais jovem e gente mais comprometida. A gente coloca 40 vagas, mas sabe que vão ficar 20 pessoas. Neila também dá aula aqui. (...) Já vamos fazer 20 anos aqui na UnATI.

A Neila a que Thais se refere é Neila dos Santos, mais uma aluna da Turma

Zero da Escola do Rio. Neila, titulada em 1995, antes da criação da UnATI já atuava

com Biodanza e terceira idade. Em dezembro de 1992, encontramos várias

reportagens no Acervo Digital de O Globo, falando da criação de uma Universidade

da Terceira Idade (UTI) na Universidade Gama Filho, na Piedade. Em uma das

matérias, de 6 de dezembro, com o título “Um convite à vida: Gama Filho cria

Universidade da Terceira Idade, com aulas teóricas e Biodança”18, Neila fala de sua

emoção:

Eu choro mesmo. Cada pessoa aqui tem uma história de vida que se reflete nos movimentos do corpo. Uns chegaram se sentindo tão reprimidos que simplesmente não conseguiam dançar. Hoje todos fazem os exercícios das aulas, que acompanham uma programação musical.

Antonio Sarpe, anos antes, ainda na década de 1980, havia dado aulas de

Biodanza na Gama Filho, onde cursava Psicologia, mas não para terceira idade.

“Dei aula de Biodanza para os outros alunos, cheguei a propor a Biodanza como

disciplina, eu era o Antonio da Bio”. Antonio conta que frequentou grupos de Reich,

bioenergética e tantra. Houve um momento em que chegou a ter quatro grupos

semanais de biodanza, mas começou a fazer algumas junções da biodanza com

psicodrama, dinâmica de grupo, Reich, Osho. No início dos anos 1990, Antonio,

entre outros espaços, atuava, conforme mostra a divulgação da época, no Núcleo

de Terapias Integradas – Nuhti, em Vila Isabel.

Osvaldo Luís da Silva era aluno de Antonio e iniciou sua formação em 1994,

já na Turma II. É Antonio que recorda:

Oswaldo me procurou e disse que esteve na escola, que disseram que eu não era ortodoxo. Ele disse que a escola estava mudando, falou da Adela. Liguei pra ela, ela foi muito receptiva, me convidou pra ver maratona da Mirtha e acabamos ficando amigos, criando

18 Ver matéria no Anexo XX

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parceria, fiquei na escola ajudando. Ela disse: A biodanza perde muita gente boa porque não sabe manter pessoas.

A partir daí, vários alunos de Antonio, incentivados por ele, entram para a

Escola de Biodanza. Engajado e participando de maratonas, Antonio volta à

ortodoxia. “O grupo no início reagiu”, diz ele, “mas depois seguimos juntos”. Maria

Adela nos conta que ouviu de Antonio: “Eu estava misturando Biodanza com Reich

e Osho porque não sabia de todo o poder da Biodanza”.

Em 1995, é realizado em São Paulo o primeiro Curso de Didatas, ministrado

por Rolando Toro. Antonio relembra:

Cada escola indicava alunos, hoje infelizmente não é mais assim. Daqui do Rio foram dois, eu e Ecy, depois a Nizalva. Eram cinco dias com Rolando, três módulos de cinco dias em São Paulo. Fui o único que segui. Didatas antigos, nomeados, também fizeram reciclagem. Pra ser didata tem que ser bom facilitador, tem que ter experiência de anos com grupos bons. Adela me convidou pra dar maratona, escolhi Vivência, pois estava interessado em filosofia.

Essa maratona de Vivência foi dada por Antonio para a turma II em

novembro de 1995. Antonio é o didata que até março de 2015, deu mais maratonas

nas escolas do Rio, num total de 45 nesses vinte anos. O Anexo XII apresenta a

lista de maratonas dadas para as turmas do Rio de Janeiro, com as respectivas

datas e didatas.

Com Dalma, a Escola foi itinerante, embora tenha por algum tempo se fixado

na casa nº 493 da Rua Pereira da Silva, em Laranjeiras. Depois de passar por um

CIEP em Ipanema, Maria Adela levou a Escola para a Praça Serzedelo Correia,

onde alugou algumas salas do prédio pertencente à Igreja de Nossa Senhora de

Copacabana.

Sérgio Barata lembra com saudade desse grupo e dessa época. Ele cuidava

das finanças da Escola.

Eu aplicava em RDB, conseguia taxas melhores, deu trabalho, tirava de um banco pra outro, a escola ficou com bastante dinheiro. Chegamos a pensar em comprar uma sala. Tinham duas turmas paralelas correndo, e podíamos pagar qualquer didata. Tinha didata que cobrava bem caro. Depois Rolando colocou ordem, criou uma espécie de tabela, valor a cobrar dos alunos, valor a pagar aos didatas. Aquela foi a melhor época, mas trabalhávamos muito.

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As turmas paralelas a que Sérgio se refere foram as turmas II e III, que

correram juntas durante o ano de 1997. Ainda em 1996, em outubro, Maria Adela

abriu a turma II para novos alunos, e foi nessa abertura que chegaram Andrea

Zattar, Luciana Pinto, Marcio Tavares e Geraldo Magela – todos alunos de Antonio.

Andrea recorda desse início:

Estava com uma vontade absurda de aprender a Biodanza, mas já querendo ser facilitadora, dar aula de Biodanza, não queria aprofundamento pessoal. Minha turma foi a turma III, mas na verdade entrei no final da turma II. Entrei na maratona de seminários, vi os alunos apresentarem, fiquei mais empolgada ainda.

Em fevereiro de 1997, inicia-se a turma III, de que participaram, além de

Andrea e Luciana, as hoje didatas Regina Portugal e Rosimar Girão, e Danielle

Tavares, atual diretora da Escola do Rio de Janeiro, junto com Andrea.

Durante 1997, enquanto a turma III inicia, a turma II completa sua formação.

Entre seus alunos, estavam Denizis Trindade, Laís Araújo, Paulo Botelho, Rosimar

Girão, Solange Barros e Valéria Duarte, todos hoje didatas de Biodanza. Nesse ano

de 1997, a turma fez, entre outras, seis maratonas de metodologia. Isso representou

uma mudança em relação à turma I, que teve três maratonas de metodologia,

enquanto a turma Zero teve somente uma.

O currículo de maratonas a partir da turma II já se parece com o atualmente

em vigor nas escolas de formação, embora o ciclo de metodologias, para as turmas

II e III, tivesse somente seis maratonas, com temas dedicados a posições geratrizes

(metodologia IV) e danças sequenciais (metodologia V). Mas já não incluíam títulos

curiosos que encontramos na turma I, como “Doenças da civilização” e

“Transmutação de energia”. Por outro lado, enquanto as turmas Zero e I tiveram

maratonas sobre “Biodança e Educação”, esse tema não fez parte do currículo das

turmas II e III. Somente na turma IV é que se introduz a maratona de “Educação

Biocêntrica”, presente até hoje.

A escola se manteve durante alguns anos nas salas da Praça Serzedelo

Correa, até ocorrerem conflitos que levaram ao cancelamento do contrato de

aluguel.

Entre 1998 e 1999, a Escola funcionou em Botafogo, na Rua Dezenove de

Fevereiro, nº 157, numa casa intermediada por Marlene Figueiredo. Foi lá que, em

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20 de janeiro de 1999, foi realizada a assembleia de fundação da Associação

Escola de Biodanza Rolando Toro do Rio de Janeiro, dando natureza jurídica à

Escola, que passa a ter um CNPJ e a possibilidade de, entre outras coisas, manter

uma conta bancária.

Isso, para Maria Adela, coroou um processo que havia começado no início da

década de 1990, com a união do grupo de alunos para alavancar a Escola e a

Biodanza no Rio de Janeiro.

Podemos ver, em documento com a programação da Escola para 1993

(Anexo XIII), a participação de várias pessoas, todos alunos das turmas Zero e I, na

organização da Escola. O documento é assinado por Carlos Joaquim Vieira Neto,

do Departamento de Apoio e Integração. Bete (provavelmente Beth Borup) era

responsável pela biblioteca, Vera Rosane e Zoé cuidavam das inscrições para o

encontro regional da ALAB (Associação Latino-americana de Biodança), Leda

coletava participantes para vivências de transcendência em Machu Pichu e Maria

Dulce, junto com Adela, coordenava as inscrições para um curso com Maria Lucia

Pessoa em Belo Horizonte.

Maria Adela se preocupava com o isolamento dos facilitadores após a

formação. O grupo das turmas Zero e I se titulou sem uma visão metodológica clara.

Adela se recorda:

Queria que estudassem, não existia metodologia, só uma maratona com tudo, grupo, música, tudo. Carlos Garcia começou com curso de metodologia na escola de São Paulo, fiz lá e vi como era importante. Depois da formação, dos 24 que concluíam, 18 se comprometeram a continuar. Como vamos nos organizar? Aqui na escola. Uma vez por mês, uma maratona com o facilitador e tema que vocês sugerirem, a escola realiza.

Para fazer cursos de aperfeiçoamento, Adela usou sua experiência com

conselho de classe e formou uma cooperativa, inicialmente com oito pessoas, que

mais tarde evoluiu para um conselho de classe. Durante 1999, essa cooperativa

realizou maratonas de Biodanza Aquática, com Rolando Toro Acuña, e Relato de

Vivência, com Alberto Tavares. Com a participação dos ex-alunos das turmas I e II,

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também fizeram Quatro Animais, com Carlos Garcia, Transcendência, com Sanclair

Lemos e Quatro Elementos com Maria Adela19.

Sobre a criação de uma pessoa jurídica, Adela achava que a Escola tinha

que ser reconhecida. Ajudada por Rita Dornelles, de Juiz de Fora, advogada e

contadora que cursava a Turma II, e com o apoio de Katia Alves, da Turma I,

construíram o estatuto, na forma de associação, com diretoria que incluía

presidente, secretário, tesoureiro, e outros membros, mas sem interferir no poder de

Rolando nomear o Diretor Acadêmico e Pedagógico.

A assembleia de fundação ocorreu em 20 de janeiro de 1999, na Rua

Dezenove de Fevereiro, e contou com a participação de 42 pessoas (ver ata e lista

de presença no Anexo XIV). Esse grupo elegeu a primeira diretoria, com Paulo

Lopes como presidente, Marlene Figueiredo na vice-presidência, Regina Portugal

como tesoureira, Beth Borup como secretária, e tendo no Conselho Fiscal Hedilane

Coelho, Andréa Zattar, Nizalva Couto, Danielle Tavares e Verônica Swalf. Maria

Adela, nomeada por Rolando, permanecia como diretora pedagógica. Na ata consta

declaração de Maria Adela de que “se planta com esta Assembleia uma semente

para o reconhecimento da profissão de professor de Biodança; e esta esperança se

instala em todos os corações presentes e se fortalecerá com união, integração e

muito trabalho”.

Em 2000, a Escola deixa a casa da Dezenove de Fevereiro e passa a

funcionar no Centro Comercial de Copacabana, novamente na Praça Serzedelo

Correia, mas do outro lado, na sala 1020 da Rua Siqueira Campos 43, onde ficou

instalada por cerca de oito anos.

Durante o ano 2000, ocorre a fundação do Conselho Regional de

Facilitadores de Biodanza do Rio de Janeiro, que teve, na primeira diretoria, Thais

de Azambuja como presidente, Lois Dória na vice-presidência e Gladys Trindade

como secretária.

Ao menos desde 1999, Maria Adela começou a preparar sua saída. Já tinha

Antonio Sarpe atuando bem junto com ela. Houve alguma resistência, havia outros

postulantes, e mesmo Rolando no início resistiu. Antonio justifica: “Adela viu o

19 Quatro Animais (Tigre, Hipopótamo, Serpente e Garça) e Quatro Elementos (Fogo, Água, Terra e Ar) são maratonas de extensão da formação de Biodanza,

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investimento que fiz, os cursos em que entrei. Viu que eu daria continuidade ao

trabalho que vinha sendo feito”.

Assim, em 2000, na virada do século XX, Maria Adela muda-se para sua terra

natal, a Argentina, e Antonio Sarpe assume a direção pedagógica da Associação

Escola de Biodanza do Rio de Janeiro.

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SÉCULO XXI: A MARCA BIODANZA E UMA NOVA ESCOLA NO RIO

A IBF - International Biocentric Foundation, entidade responsável por regular

a prática da Biodanza e cuidar do registro e proteção da marca em todo o mundo, é

constituída nos últimos anos do Século XX. É a partir de sua criação que o termo

Biodanza, com a grafia em castelhano, passa a substituir a palavra em português,

Biodança.

Essa mudança, hoje consolidada, foi ocorrendo aos poucos. Podemos

observar que o estatuto da Associação Escola (Anexo XV), de 1999, ainda usa o

termo Biodança, enquanto o estatuto do Conselho, de 2000 (Anexo XVI), já utiliza

Biodanza.

Nos acervo de O Globo, a

primeira referência encontrada ao novo

termo é ainda de 1997, num pequeno

anúncio da Viamestra, espaço de

saúde integral onde Eliana Almeida

montou seu primeiro grupo.

Eliana, titulada em 1997, formada

pela turma I, recorda, em seu depoimento,

da dificuldade inicial, pois tinha Alberto

Tavares como modelo. “Nunca iria saber

tudo o que ele sabia”. Foi após uma

jornada com Juan Jose Tápia, trazido ao

Rio justamente por Alberto, que ela

conseguiu começar. O trabalho de Tápia

era justamente sobre começar do zero

quando numa nova etapa. “Começar com

humildade, esquecer o antes”, diz ela,

recordando o espaço Viamestra.

Era em São Conrado, numa casinha no alto, na estrada das Canoas. Na primeira aula tinha 15 pessoas, depois voltaram cinco homens, um desafio, fiquei um ou dois meses só com cinco homens. Lembro que fiz supervisão com a Mirta, que disse que eu tinha que ganhar

Figura 12: O Globo São Conrado, 18set1997

Figura 13: Eliana Almeida e Alberto Tavares Fonte: arquivo pessoal de Eliana

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paciência com as mulheres, recuperar a mãe. Aí as mulheres foram chegando, já estou nessa há 15 anos.

A Associação Escola do Rio de Janeiro, a partir da turma III, que se iniciou

em fevereiro de 1997, passa a ter uma nova turma a cada três anos, o que vem se

mantendo até a presente data, com o início da turma IX em janeiro de 2015.

O espaço da Siqueira Campos 143, sala 1020, no prédio do Centro

Comercial de Copacabana, se manteve como sede da Escola de Biodanza do Rio

de Janeiro durante nove anos, de 2000 a 2008, abrigando as turmas IV, V e VI.

Antonio Sarpe passa a comandar a Escola com a turma IV, em 2000, contando com

o apoio de Luciana Pinto, formada pela turma III, que atuou como secretária da

Associação Escola durante esses nove anos, inclusive com carteira de trabalho

assinada.

Luciana nos conta que o espaço da Siqueira Campos foi alugado em

conjunto. Inicialmente, Paulo Botelho e Lícia Nepomuceno tinham grupos às 2ªs e

4ªs feiras, Antonio Sarpe, às 3ªs feiras e Maria Adela às 5ªas feiras. Depois, com a

ida de Maria Adela, Luciana, junto com Denizis Trindade, passou a atuar às 5ªas

feiras, e Osvaldo Luís e Ana Rosaura passaram a atuar às 2ªs feiras, quando

Paulinho e Lícia concentraram os dois grupos na 4ªa feira.

“De 6ª feira a domingo, o uso prioritário era da Escola, e nos fins de semana

livres os outros facilitadores podiam usar para jornadas ou maratonas”, recorda

Luciana.

Importante nesses primeiros anos do novo século foi a atuação do Conselho

de Facilitadores. Independente da composição da diretoria, foi Katia Alves a grande

impulsionadora do Conselho. Surgido a partir da cooperativa dos anos 1990, seu

primeiro objetivo, segundo o Estatuto, era “assegura a ortodoxia do Sistema

Biodanza”. Mas também pretendia promover a integração dos facilitadores, defender

seus interesses e estimular estudos e pesquisas, além de divulgar a Biodanza na

cidade e no Estado.

Os facilitadores, titulados ou em titulação, pagavam uma mensalidade e

tinham maratonas de aprofundamento. Luciana Pinto se recorda da parceria entre

escola e conselho:

Foi um espaço muito rico, muito gostoso. Tinha muita gente associada. (...) As maratonas da escola podiam ter a participação

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dos associados do conselho. Fizemos Quatro Elementos e Minotauro com Rolando, Biodanza para Crianças com Cecilia Luzzi e Biodanza nas Organizações com Carlos Garcia. Mesmo quando era fora do Rio, só pagávamos o hotel.

Outra iniciativa importante no aperfeiçoamento dos facilitadores de Biodanza

foi o GEM – Grupo de Estudos Metodológicos, criado por Antonio Sarpe por volta de

2003 ou 2004. Foi um grupo particular, não ligado diretamente à escola, que fazia

reuniões mensais, aos sábados, para discussões e aprofundamento metodológico,

também com participação de facilitadores titulados e em titulação. Como fruto do

GEM, Antonio desenvolveu diversos CD’s, um para cada linha de vivência, dois para

Movimento Humano, e também para os Quatro Animais e para as Posições

Geratrizes. O GEM foi a base inicial para atual projeto de formação continuada

desenvolvido por Antonio, que inclui a chamada Radicalização da Progressividade20.

Buscou-se também a regulamentação da profissão, e como passo inicial

pensou-se, através da Associação Escola, em oficializar o curso de formação como

uma pós-graduação. Mas as exigências de ter ao menos cinco didatas com

Doutorado, e uma infraestrutura maior que a existente forma barreiras muito difíceis

de superar. Quando a IBF retirou o requisito de curso superior para fazer a

formação, esse caminho foi abandonado.

O Conselho também tratou do tema regulamentação. Nas conversas com

advogado e contador, muitos parâmetros a atingir. Luciana Pinto, que junto com

Andrea Zattar tinha a missão de divulgação e publicidade, lembra que “eram muitas

pessoas interessadas, muitas atividades a fazer, muitas pessoas cobrando, mas

poucos participando de forma ativa”.

Nas questões sobre divulgação, outro tipo de problema surgiu: qual o nome

que vai sair na frente? Qual o telefone para informação? Enfim, quem vai ter

prioridade para os novos alunos?

Com as extensões já realizadas e os temores de não ter retorno adequado,

começou-se a parar de pagar as mensalidades e o Conselho acabou se esvaziando.

Até o ano passado, Katia Alves ainda cumpria as obrigações para manter o CNPJ

ativo, mas não há mais atividades em andamento.

20

Radicalização da Progressividade é uma tese desenvolvida por Antonio Sarpe, que propõe a introdução de exercícios aos grupos iniciantes de forma bem progressiva, e que faz parte de um módulo de formação continuada oferecido pelas escolas do Rio de Janeiro

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Em paralelo a isso, Rolando articulava a criação de uma segunda escola de

Biodanza no Rio de Janeiro.

Eliana Almeida havia feito a formação de didata com Rolando Toro, em 1998

e 1999, no Chile. Ela decidiu ir porque teve medo de Rolando morrer, ele havia

estado mal, com aneurisma de aorta. Ela se recorda:

Foi lindo, me trouxe muito, ganhei o diploma do Rolando. Concordo com o Cesar Wagner que didata é uma caminhada, não é um diploma. Não fiquei ansiosa. Antonio depois me convidou pra dar maratona na escola, depois outra, aí Rolando me chamou pra dar uma maratona em Santiago.

Num congresso internacional no Hotel Gloria, organizado por seu filho

Rolandinho, Rolando Toro fez, caminhando pelo congresso, o primeiro convite a

Eliana para a nova escola no Rio. No congresso seguinte, em 2004, ele insistiu. “Ele

disse que ia me nomear meio assim em homenagem ao Alberto. Ele me via como

discípula do Alberto”. Assim, em 1º de março de 2005, por Decreto IBF assinado por

Rolando (ver Anexo XVII), é criada a Escola de Biodanza Sistema Rolando Toro

Rio-Barra, funcionando na sala que Eliana já tinha desde 2003 no Shopping

Downtown.

Mas não começamos logo. Fizemos muitas reuniões, com vários facilitadores, vendo como melhorar, durante mais de um ano: Anna Cristina, Ivo, Ecy, Marcos (que se formou comigo), Lícia Barreto, Hedilane, Othon. Depois foi diminuindo, ficamos eu, Anna Cristina, Hedilane e Othon, até eu me achar preparada pra iniciar, fazendo diferente do que foi a minha formação, sem os problemas.

A primeira turma da Escola da Barra só

começou em março de 2009, quatro anos

depois do decreto de criação. Essa turma

completou sua formação em dezembro de

2011. Dos doze alunos que completaram a

formação, sete já se titularam, e todos têm

grupo montado. A segunda turma, atualmente

em andamento, iniciou-se um ano depois, em

janeiro de 2013.

Figura 14: Turma I da Barra constrói uma mandala. Fonte; Escola Barra-Rio

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Antonio Sarpe, em seu depoimento, recorda um fim de semana com Rolando,

fazendo a Árvore dos Desejos21, ainda nos anos 1990, em que marcou o desejo de

viajar. Após a maratona de Vivência dada na escola do Rio em 1995, ele foi à

escola de Brasília dar Sexualidade. Em 1998, participou de congresso na Suíça e

depois foi à Alemanha dar uma maratona para a escola de Cristina Rieta.

Foi lá que vi que podia ousar, eu sabia mais que eles. Dei uma vivência no congresso, depois da abertura do Rolando, lotou. Dai me chamaram pro ano seguinte, e comecei a ir sempre, Alemanha, França, Espanha, Itália. Em 2002, recebi uma visita de uma brasileira que vivia em Portugal, e que cuidava da escola de lá. Ela viu que a escola aqui tinha estrutura, biblioteca, sala, computador. A partir dai, fui chegando a Portugal.

Antonio conta de uma aula aberta em que estava Nuno Pinto, que vibrou com

a aula. Daí nasce uma parceria que acaba levando a que Antonio seja,

simultaneamente com a escola do Rio de Janeiro, nomeado diretor da Escola de

Portugal.

Isso fez com que o número de viagens e o tempo de ausência aumentassem,

lembrando a situação vivida com Dalma no início da década de 1990. O grupo

regular das 3ªas feiras começa a ser conduzido pelos facilitadores que faziam parte

do grupo, em revezamento. E havia maratonas da Escola em que o diretor não

estava presente.

Na turma VI, em 2007, outras questões ocorreram. Havia um número

considerável de alunos que eram do grupo de Leonardo Cruz, e um conflito entre

Antonio e Leo acarretou a saída da maior parte dos alunos. Isso, além do efeito na

relação com a turma, trouxe um problema de sustentação financeira para a escola.

Roberto Bicca, que era tesoureiro da Associação na ocasião, recorreu a um

Livro de Ouro para equilibrar as contas (ver Anexo XVIII) e lembra que Antonio

decidiu não cobrar pelas maratonas que deu para a turma.

É nesse momento, em 2008, que se cancela o aluguel do espaço da Siqueira

Campos, e a escola passa a alugar espaço somente para as maratonas,

inicialmente na Rua Sorocaba, em Botafogo. Ao final do ano, antes do término da

21 Árvore dos Desejos é um tipo de maratona que busca conectar os participantes com seus desejos mais centrais, e promover a busca da realização desses desejos

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formação da turma VI, Antonio decide mudar-se para Portugal e passar a direção da

escola para outras mãos.

Num primeiro movimento, ofereceu para Eliana Almeida ficar com as duas

escolas. A primeira turma da Barra ainda não havia começado, mas já estava em

final de preparação. Eliana relembra que estava em São Paulo com Rolando. “Ele

me aconselhou a não aceitar, a começar do zero com a escola da Barra”.

Danielle Tavares soube da conversa e ligou para Eliana, dizendo que tinha

interesse em assumir a escola. Eliana confirmou que não tinha aceitado, que já

tinha uma escola. Dani recorda: “Aí disse para Andrea, vamos falar com Antonio que

a gente quer”. Antonio falou com Rolando, que no início relutou, pois não queria

duas pessoas na direção. Mas Antonio insistiu e Rolando concordou. Foi na

passagem de 2008 para 2009.

Andrea e Dani fizeram a formação de didata em 2005, em quatro módulos no

Chile, junto com um grupo do Rio de Janeiro que incluiu Ana Rosaura, Denizis

Trindade, Luciana Pinto, Rosimar Girão e Valéria Duarte, além de Chico Goulart, de

Vitória. Andrea recorda do lado bom e das dificuldades. “Fui de ônibus pro Chile,

junto com o Chico, do Espírito Santo. Foi divertido, estudamos, paramos na

Argentina. Eu ainda trabalhava em agência, difícil o tempo e o dinheiro. Fiquei mais

um ano e pouco pagando essas viagens.”

Como em toda troca de direção, houve resistências, mas foram sendo

superadas. A primeira turma dirigida pelas duas, a turma VII da Escola do Rio,

começou em março de 2009, praticamente junto com a primeira turma da escola da

Barra, e tinha treze alunos, a maioria vinda dos grupos de Andrea e Dani.

Três anos depois, a turma VIII começou com mais de trinta alunos, e a turma

IX, que iniciou em janeiro de 2015, tem perto de quarenta pessoas vindas de

diferentes grupos.

Sob o comando das duas, a Escola mudou-se inicialmente para a clínica da

Rua Cinco de Julho, em Copacabana, onde tudo começou em 1977. Algum tempo

depois, foi criado um espaço na Rua Visconde de Caravelas, em sociedade com

amigos, que ganhou o nome de Instituto Alberto Tavares. Depois de dois anos,

conflitos com os sócios fizeram a escola mudar mais uma vez, passando por alguns

locais em Botafogo, Jardim Botânico e Gávea. Desde o início de 2014, a Escola do

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Rio funciona na Rua da Passagem 172, em Botafogo, nos mesmos moldes do

aluguel da sala da Siqueira Campos: Filipe Freitas, facilitador originário de Minas,

tem um grupo às 2ªs feiras, Andrea e Dani têm grupos às 3ªs e 5ªs feiras e Paulo

Botelho às 4ªs feiras, ficando a Escola com os fins de semana.

Andrea e Dani encerraram a Associação, pois entenderam que o formato

tolhia a ação dos diretores, que dependiam de assembleias para tomar decisões.

Criaram uma sociedade, em que as duas estão como sócias. “Perdemos algumas

coisas”, diz Andrea, “como impostos que a associação não paga, mas ganhamos

em agilidade”.

Eliana nos conta que a Escola da Barra ainda não tem personalidade jurídica,

mas que pretende também ir por esse caminho, abrindo um CGC para sua escola.

Danielle e Andrea sempre tiveram a ideia de trabalhar o branding, a marca da

Biodanza, com um grupo de pessoas atuando em conjunto. A partir das

experiências de Antonio Sarpe em Portugal, veio o plano de organizar aulas abertas

na praia. Danielle recorda que a primeira tentativa, na praia da Barra, fracassou,

choveu muito.

Depois, eu e Nazaré descendo da Serra, falamos em fazer com música ao vivo. Deia no inicio ficou na dúvida, mas depois fomos em frente, já no formato que estamos fazendo na praia do Arpoador. (...) Alguns facilitadores ficam com medo, “vão roubar meus alunos”. Isso por questões históricas, que ocorreram antes.

Em 2014, aconteceram

várias aulas abertas na praia do

Arpoador, a primeira delas em 13

de junho, sempre com música ao

vivo, e conduzidas por um grupo

de facilitadores e didatas,

capitaneados por Andrea e Dani.

O grupo Voz do Corpo,

coordenado por Nazareth

Malafaia, que também atua na

coordenação da Escola do Rio, foi

responsável pela música ao vivo. Esses eventos levaram, cada um, de 300 a 400

pessoas à praia, muitas fazendo seu primeiro contato com a Biodanza.

Figura 15: Aula aberta no Arpoador, 13 de junho de 2014 Foto de Laércio Lourenço

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Tanto Andrea e Dani como Eliana apostam na integração e na união entre

profissionais e escolas. Andreia conta:

Aprendi com esse evento do Arpoador que juntos somos muito mais. Tentamos fazer um evento sozinhas e não deu certo. Quando fomos junto com outros facilitadores, ai o discurso do Rolando fez sentido, aconteceu na prática. Foi maravilhoso ver 400 pessoas dançando, o velho sonho do Rolando de a biodanza tomar as ruas. Temos que deixar de lado a competição, a competição tira alunos, se formos juntos vai ter aluno pra todos. Quanto mais dermos as mãos, mais a roda aumenta.

Daniele acrescenta que o objetivo é integrar.

Com a Eliana, procuramos fazer com que as escolas trabalhassem juntas. Há diferenças na forma de organizar, mas temos trabalhado muito afinadas. Combinamos de trazer duas formações por ano, uma promovida por cada escola, e as duas apoiam.

Assim, a turma VII da Escola do Rio e a turma I da Barra tiveram maratonas

conjuntas. Em julho de 2011, Eliana conduziu Metodologia II (Sessão de Biodanza I)

para as duas turmas juntas. Em setembro, as escolas trouxeram Claudete Santana

para apresentar aos dois grupos a maratona de Metodologia IV (Grupo semanal e

maratonas). E em setembro foi a vez de Andrea e Daniele falarem do Grupo de

Biodanza (Metodologia V) para as duas turmas.

Eliana concorda:

Acho que a missão das diretoras das escolas, e a gente se entende, é fazer a união, pra crescer juntos. Os facilitadores devem se irmanar, Rolando dizia que o outro facilitador não é seu inimigo. Acho que a morte do Rolando leva um pouco a separações, mas começou a se buscar uma união. Acho que a IBF também está buscando isso pela sobrevivência precisamos recuperar nosso instinto gregário.

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O QUE VIRÁ?

Como continuará essa história, da Biodanza no Rio de Janeiro? Nos trinta e

oito anos coberto por esta pesquisa, muito aconteceu. Períodos de euforia e de

trabalho conjunto misturam-se com crises e conflitos.

Foram 340 maratonas nas escolas, 302 alunos que passaram pela formação

ou estão cursando, 82 facilitadores titulados no Rio de Janeiro, afora os sete

titulados em São Paulo na década de 1980 e os dez FRTA.

Concordamos com as palavras de Francisco Trotte, que a Biodanza é um

sistema poderosíssimo e que não ocupa o espaço que merece ter.

Também acreditamos no caminho da união, pregado pelas diretoras das

duas Escolas do Rio.

Caminhos se apresentam. Muitos dos facilitadores titulados não atuam mais,

ou não estão mais no Rio. Mas há um grande número de novos facilitadores que

começam a se movimentar, e outros virão em breve, pois há duas turmas em

andamento, com cerca de 50 pessoas em formação.

Nas entrevistas que fizemos durante a pesquisa, perguntamos ao final o que

o entrevistado diria a um facilitador que está iniciando. Como conclusão desse

texto, apresentamos um apanhado das respostas, e que podem servir de norte para

a continuação dessa história.

Para um novo facilitador, digo que qualquer coisa que você vá começar, tem que partir de uma certeza. A dúvida, o “pode ser, pode não ser”, levam ao insucesso. Tem que estudar, mas mais do que isso tem que ter foco e energia, colocar em ação. (...) E juntos somos muito mais (...). Quanto mais dermos as mãos, mais a roda aumenta. [Andrea Zattar]

Um facilitador que se inicia não precisa de mais nada além da biodanza. Tem que seguir a ortodoxia, acreditar na sua vivência. Descobrir que seu guia está em você mesmo. (...) Hoje, com a autoajuda, diz-se que temos que estar sempre felizes. Nós somos como o tempo: há dias bons e dias ruins. [Thais Azambuja]

A Biodanza reforça muito o ego do facilitador: “você é o máximo!”. Aula não é pra aplauso, não é performance. (...) Os facilitadores devem se reunir, sair da egoicidade e ter alguém experiente com quem discutir critérios, metodologia. [Antonio Sarpe]

Pra quem está começando, eu acho que é preciso ter determinação, é muito trabalhoso montar um grupo. Mas é prazeroso. É preciso

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desenvolver a identidade como facilitador, grupos sociais ajudam muito nisso, o peso é menor sobre o facilitador. [Luciana Pinto]

Para os novos facilitadores, digo que é importante entender a palavra ortodoxia da forma que Rolando coloca. Os mais criativos têm dificuldade, mas ortodoxia é que vai garantir o sucesso. Usem no início só as músicas do elenco oficial, só mais tarde deve acrescentar alguma coisa. Outra coisa é a progressividade, muito importante. (...) Olhando cada grupo, diminuindo a ansiedade de levar a seu grupo regular iniciante as questões do grupo de seu processo. Tem um caminho a ser seguido: integração motora, integração afetivo-motora, exercícios de comunicação e comunhão. Isso é fundamental pra ter grupo. [Eliana Almeida]

Pra um facilitador que está começando, eu digo: calma! Os novos saem com ânsia, as vezes não se titulam por não se sentirem capazes. Outros saem com ânsia de novidade, fazendo novidades antes de adquirir consistência no trabalho. (...) A progressividade, a formação continuada, o facilitador deve usar isso, os exercícios e as músicas que estão testadas. Aí você adquire consistência. [Danielle Tavares]

O que dizer para um facilitador que começa? Primeiro, que em Biodanza não se trabalha sozinho. Tem que sentir vínculo, grupo. Vejo muito individualismo aqui. Em Portugal, vejo grupos enormes, com 50 alunos. Aqui a maioria não consegue ter cinco alunos. Porque não sentam juntos e combinam algo comum?[Maria Adela]

Termino repetindo as frases que usei na epígrafe, que têm toda a relação

com o que é preciso para buscar os caminhos certos para o movimento de Biodanza

no Rio.

Em primeiro lugar, a expressão final do poema de Rolando Toro, nos

lembrando que “sob o girassol da harmonia, todos somos um”. E, finalmente, a

citação de Raul Seixas, em sua canção “Prelúdio”, ao belga Schillebeeck: “Sonho

que se sonha só é só um sonho que se sonha só; sonho que se sonha junto é

realidade”.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORDEIRO, Tiago. O poder do esquecimento. Veja Ciência Online, 11 de agosto

de 2013. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/o-poder-do-

esquecimento. Acesso em: 12 jan 2015.

CPDOC – Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do

Brasil, Fundação Getúlio Vargas. História Oral. Disponível em:

http://cpdoc.fgv.br/acervo/historiaoral. Acesso em: 22 jan 2015.

CREMA, Roberto S. Psicodança e Análise Transacional: uma proposta de

integração. Brasília: H.P.Mendes, 1979.

GÓIS, Cézar Wagner de Lima. Biodança, identidade e vivência. 2 ed. Fortaleza:

Instituto Paulo Freire do Ceará, 2002.

_______________________. Blog do Cézar Wagner. Carta de Rolando Toro aos

alunos de Biodança – 1981. Disponível em: http://cezarwagner.blogspot.com.br/

2014/07/documentohistorico-cartaaos-alunos-de.html. Acesso em: 12 jan 2015.

IBF – International Biocentric Foundation. Facilitadores Titulados. Disponível em:

http://www.biodanza.org/pt/ibf/facilitadores-titulados-de-biodanza. Acesso em: 22 fev

2015.

MALDONATO, Mauro e OLIVERO, Alberto. O fascínio da memória. Scientific

American Brasil. Disponível em: http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/o_fascinio_

da_memoria.html. Acesso em: 13 jan 2015.

NOUSIAINEN, Irene. História da Biodança. Cultura Biocêntrica, publicado em 8 de

maio de 2007. Disponível em: http://biodanca.blogspot.com.br/2007/05/biodana-

abordagem-de-facilitao-do.html. Acesso em: 14 nov 2014.

O GLOBO. Acervo Digital. Disponível em: http://acervo.oglobo.globo.com/. Acesso

em: 02 dez 2013.

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TORO, Rodrigo (org.). Orígenes de Biodanza. Santiago: Corriente Alterna, 2012.

TORO, Rolando. Teoria da Biodança: coletânea de textos. Tomos I a IV. Fortaleza,

Editora ALAB, 1991.

TROTTE Filho, Francisco. Fundamentos Básicos em Biodança: Sistema Rolando

Toro. Rio de Janeiro: Instituto de Biodança do Estado do Rio de Janeiro, 1983.

VEJA. Acervo Digital. Disponível em: http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.

aspx. Acesso em: 08 dez 2014.

VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de pesquisa em Administração. 5 ed. São

Paulo: Atlas, 2005.

ZANELLA, Liane Carly Hermes. Metodologia de estudo e de pesquisa em

Administração. Florianópolis: Departamento de Ciências e Administração / UFSC,

2012.

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A N E X O S

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ANEXO I: Questionário para as entrevistas semiestruturadas

1. Quando começou com Biodanza?

2. Como soube?

3. O que o motivou?

4. O que o fez ficar / sair?

5. Mudanças no estilo de vida? Quais?

6. História da Biodanza no Rio, escola, formação

7. Porque facilitador? Por quê didata?

8. Dá aula hoje? Por quê?

9. Como vê o movimento de Biodanza no Rio?

10. Como vê o movimento de Biodanza em geral?

11. Pontos fortes da Biodanza

12. Pontos a aprimorar na Biodanza

13. Diga o que ainda não disse

14. Quem mais eu devo ouvir?

15. O que diria para um facilitador que se inicia?

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ANEXO II: Controle de assistências, Curso Docente, maio de 1979

(Fonte: arquivo pessoal de Danielle Tavares)

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ANEXO III: Módulos de Formação Docente em Biodança

[Fonte: arquivo pessoal de Danielle Tavares, início dos anos 1980)

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ANEXO IV: Excertos do caderno de notas de Thais Azambuja (1978)

Fonte: Arquivo pessoal de Thais Azambuja

QUESTIONÁRIOS DE 1978 (anotações de Thais de Azambuja) Controle nº 1 (12/07/78)

1. Definição de Psicodança

2. Nomeie os campos de aplicação da Psicodança

3. Que diferença há entre uma terapia “verbal-cognitiva” e uma “corporal-

vivencial”?

4. Por que a dança livre não é terapêutica?

5. Nomeie algumas vivências de efeito auto-regulador

6. Defina brevemente o conceito de identidade

7. Defina brevemente o conceito de transe

8. Desenho e modelo neurológico de Rof Carballo, distinguindo o Neo e o

Arquencéfalo

9. Nomeie os quatro níveis de controle do processo terapêutico em psicóticos

(motricidade, anima, comunicação, realidade?)

10. Por quê não se faz interpretação depois da aula de Psicodança?

11. Qual o lugar do cérebro onde se centralizam as “vivências e emoções”?

12. Como é a relação entre o terapeuta e o doente em Psicodança?

13. Por quê se considera importante o contato em Psicodança?

14. Em Psicodança se usam a música e o canto, mas não os sons isolados. Por

quê?

Controle nº 2 (12/07/78)

1. Que funções tem o córtex cerebral?

2. Que efeito tem a estimulação do parassimpático sobre os órgãos?

3. (ilegível...)

4. Desenhe o caminho das vias piramidais e extrapiramidais.

5. Em que nível do cérebro se cruzam as vias nervosas motoras?

6. Por quê se diz que o simpático é adrenérgico e o parassimpático colinérgico?

7. Nomeie as funções principais da hipófise

8. Faça um esquema dos processos neuroendócrinos durante o stress

9. De que órgãos dependem o equilíbrio e a coordenação motora?

10. Que elementos neurofisiológicos determinam o tônus muscular?

11. Que influência tem a área motora do córtex cerebral no movimento?

12. Quais são as vias neurológicas pelas quais uma emoção repercute em

distintos sistemas orgânicos?

13. Dê um exemplo de servomecanismo em fisiologia do movimento

14. Descubra a relação entre emocionalidade, arqui e neoencéfalo segundo Rof

Carballo

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LISTA DE LIVROS PARA ESTUDO

1. Aspectos do pensamento mágico [Origem e evolução da ideologia] (Otto

Alcides Ohleweiler)

2. Eros e Civilização (Herbert Marcuse)

3. L’homme e ses symboles (C G Jung)

4. A função do orgasmo (Wilhelm Reich)

5. El percepto del cuerpo (Wapner & Werner)

6. Psicomusica y sociodrama (JL Moreno)

7. Eu e tu (Martin Buber)

8. O pensamento selvagem (Claude Levi-Strauss)

9. La danza (Sergio Lifar)

10. Identidade, Juventude e Crise (Erik Erikson)

11. Cuerpo, afecto y lenguage (Luiz A Chiozzo)

12. A incompetência sexual (Masters & Johnson)

13. El mito de la enfermedad mental (Thomas Szasz)

14. El primer año de la vida del niño (René Spitz)

15. El arte de crear danzas (Doris Humphrey)

16. A ordem oculta da arte (Anton Ehrenzweig)

17. Analisis del caracter (Willhelm Reich)

18. El psicodrama (Dalmiro Bustos)

19. A consciência cósmica (Pierre Weil)

20. El devenir de las artes (Gillo Dorfler)

21. O corpo fala (Pierre Weil e Roland Tompakow)

22. Mito e a vida dos índios Carajós (Anton Lukesch)

23. Tratado de psiquiatria (Ey, Bernard & Brisset)

24. Reflexiones sobre el processo creador (Eduardo Pavlovsky)

25. 200 exercícios e jogos para o ator e o não ator... (Augusto Boal)

26. Solidão: o medo do amor (Ira J Tanner)

27. Artaud (Martin Esslin)

28. Maíra (Darcy Ribeiro)

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ANEXO V: Programa Teórico de Formação em Biodanza (anos 80)

Fonte: Arquivo pessoal de Danielle Tavares

Abaixo são mostradas fotos de dois documentos, do arquivo pessoal de

Danielle Tavares, e a transcrição, traduzida para o português, do documento mais

detalhado. Alguns trechos da transcrição têm lacunas pois as fotos estavam

ilegíveis.

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B I O D A N Z A

PROGRAMA DE FORMAÇÃO DOCENTE I MATÉRIAS COMPLEMENTARES

A. BIOLOGIA

UNIDADE 1: A Vida

A origem da vida. Estruturas primordiais

A evolução das espécies

UNIDADE 2: A chave genética

Bases químicas da hereditariedade.

Os genes. Código genético. Enzimas.

Controle genético das sínteses de proteínas.

Mecanismos moleculares da hereditariedade.

Uma linguagem genética universal.

Bases da imunologia.

UNIDADE 3: Energia Biológica

Metabolismo celular. Ciclo de Krebs.

ATP e Energia Biológica

Modelos Bioenergéticos e psicoenergéticos

UNIDADE 4: ?

....

Mecanismos da unidade ...

Sistema neuroendócrino

Sídrome Geral de Adaptação

Sistemas ergotrópico e trofotrópico

Homeostase e ultraestabilidade

UNIDADE 5: Ecosistemas

Ecosistema edáfico

Poluição atmosférica

Criação e destruição de circuitos ecológicos

A cidade como ninho ecológico

O lar ecológico

UNIDADE 6: Envelhecimento e Renovação Biológica

Revalorização do ancião

Reabilitação biológica

Aspectos biológicos do envelhecimento

UNIDADE 7: O Ritmo dos Processos Biológicos

O espectro dos ritmos biológicos.

Aspectos clínicos

Aspectos sociais e evolutivos

Séries cronológicas em Biologia

Relógio genético e crescimento

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B. ANATOMIA E ...........

UNIDADE 1: O Sistema Locomotor

Anatomia do aparato ósseo

A coluna vertebral

Anatomia dos músculos

Regulação postural e do movimento. O ....

A função do caminhar

UNIDADE 2: Respiração

Mecânica da respiração

Transporte de oxigênio

Bases da espirometria

Regulação neurológica da respiração

UNIDADE 3: Função cardio-circulatória

Mecânica do aparato cardio-vascular

Regulação das funções cardiocirculatórias

Transtornos cardiovasculares, enfermidades cardíacas

Hipertensão essecial

Provas de ergometria em pacientes cardíacos

UNIDADE 4: Função Gastrointestinal

...

...

...

UNIDADE 5: Sistema neurovegetativo

Anatomia do sistema nervoso

O cérebro e os sentidos

Funções do córtex cerebral

Os hormônios e os mecanismos de autoregulação.

A regulação neurovegetativa

UNIDADE 6: Fisiologia das emoções

Regulação límbico-hipotalâmica das emoções

Expressão das emoções

Conceitos de instinto, emoção, sentimento...

UNIDADE 7: Fisiologia dos Estados de Transe

Classificação dos estados de transe

Aspectos fisiológicos de distintos tipos de transe (?)

UNIDADE 8: Bioquímica do Sistema Nervoso

Neurotransmissores

Fatores químicos na depressão e na ...

Fatores químicos na Esquisofrenia

Classificação dos Psicofármacos

Farmacologia das emoções

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C. PATOLOGIA GERAL

UNIDADE 1: A doença

Doenças de Civilização

Estilos de viver e estilos de adoecer

Doenças da Existência

A Sociedade enferma

Nomenclatura das doenças

UNIDADE 2: Doenças Psicossomáticas

Concepções de Dumbar e Alexander

Classificação das doenças psicossomáticas

Hipóteses etiológicas das doenças psicossomáticas

UNIDADE 3: Doenças mentais

Classificação das doenças mentais

Etiologia poligênica das doenças mentais

UNIDADE 4: Patologia da Cultura Ocidental

A crise da medicina

Breve história da Psiquiatria

Fontes históricas da Patologia Ocidental (?)

D. ANTROPOLOGIA E SOCIOLOGIA

UNIDADE 1: Origem e evolução do homem

Evolução do homem segundo a paleontologia

Teoria de Teilhard de Chardin

As Raças Humanas

As sociedades primitivas

UNIDADE 2: Religião e Transcendência

Teogonias e Cosmogonias

Apocalipse e Escatologia

Mito e Realidade

Totem e Tabu

A experiência mística

Esquema das religiões

UNIDADE 3: Tempo de sociologia (???)

Sistemas de regulação social

Evolução do conceito de Repressão

Evolução da família

Tabu do Incesto

UNIDADE 4: Exploração e Pobreza

Colonialismo e dominação

Prejuízos raciais e discriminação

O controle econômico

Teorias sobre o Poder e o Estado

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Geografia da fome

UNIDADE 5: Os Regimes Políticos

Evolução do conceito de poder

Análise das ideologias

Erosão das ideologias

UNIDADE 6: Os Direitos do Homem

O problema da sobrevivência

O controle mundial dos Direitos Humanos

Violação institucionalizada dos Direitos Humanos

UNIDADE 7: Recreação

Ocupação do tempo livre

Sentido de recreação

O homem lúdico

Recreação e criatividade

E. CIÊNCIAS HUMANAS

UNIDADE 1: Metodologia em Ciências Humanas

Abordagem experimental e fenomenológica

Epistemologia genética

Linguagem, imagem e símbolo

UNIDADE 2: Integração Corpo – Alma

História da dissociação Corpo – Alma

Teorias sobre a relação Corpo – Alma

Integração e dissociação

UNIDADE 3: Vivência

Conceito de Vivência. Dilthey.

Instinto e Expressão

...

Fenomenologia das emoções

UNIDADE 4: Imagem Corporal na Arte

Expressão da imagem corporal em Pintura ...(?)

Imagem Corporal na Dança

UNIDADE 5: Temas Gerais em Ciências Humanas

Estudo crítico de alguns Modelos Méd... Efeitos iatrogênicos colaterais

Evolução dos Modelos Teóricos em ...

UNIDADE 6: Fundamentos Teóricos da Educação

Para uma definição de Educação

A Educação como expressão dos (...) sociais

A Educação com expressão de um (...)

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F. FILOSOFIA

UNIDADE 1: Oriente

Dialética Taoista. Tao Te King.

Budismo Zen

Tantrismo. Kama Sutra e Ananga Ranga

I’Ching

Princípios de Tai Chi

Crítica da concepção de desenvolvimento (...)

UNIDADE 2: Os Filósofos Gregos

Orfeu: Terapêutica musical

Pitágoras: Harmonia das esferas

Heráclito e Parmênides

Sócrates, Platão, Aristóteles: (...)

UNIDADE 3: Teoria do Conhecimento

Platão: Dualidade do mundo e do homem

Descartes: Racionalismo causalista

Kant: Fenômeno e Nôumeno

Hegel: Dialética

Merleau-Ponty: Fenomenologia

Gaston Bachelard: Epistemologia

Jean Piaget: Epistemologia e Biologia d(...)

O conceito de Modelo em Ciências

Evolução do Modelo Atômico

Evolução do Modelo de Universo

Evolução do conceito de Harmonia

UNIDADE 4: Axiologia

Teorias sobre os valores

Os valores culturais

Patologia cultural implícita na estrutura de valores

UNIDADE 5: Ser e Existência

Descartes

Nietzsche

Heidegger

Kierkegaard

(...)

Jaspers

Sartre

UNIDADE 6: Evolução do conceito de Identidade

O princípio de Identidade clássico

O princípio de Identidade em Heidegger

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G. MÚSICA

UNIDADE 1: Semântica Musical

A Natureza: Maestro de Música

Música dos 4 elementos

Ritmo, Melodia, Harmonia

UNIDADE 2: Origens da Música

Os começos da conduta musical

Música primitiva

Desenvolvimento e evolução da música brasileira

A vos humana

UNIDADE 3: Música Oriental

Japão

China

Índia

Oriente Médio

UNIDADE 4: Música Medieval

(...)

(...)

(...)

UNIDADE 5: Fuga, Contraponto, Cantata

Evolução do contraponto desde Frescobladi

A Arte da Fuga

A Cantata

UNIDADE 6: Música dos Séculos XVI e XVII

Vivaldi

Haendel

Bach

Mozart

UNIDADE 7: Beethoven

Conceito de Sinfonia

UNIDADE 8: Romantismo

Liszt

Chopin

Schubert

UNIDADE 9: Impressionismo

Debussy

Ravel

UNIDADE 10: Música Contemporânea

(...)

Sibelius. Messiaen. Villa-Lobos.

Satie. Stockhausen. Cage.

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UNIDADE 11: Evolução do Jazz

Negro Spiritual

Nascimento do Jazz. Marian Anderson, Pau(...)

Hot Jazz (Louis Armstrong). Dixieland.

Rock and Roll. Elvis Presley.

Aparição do beat. The Beatles.

Jimmy Hendrix. Janis Joplin.

Pink Floyd

Dimensões atuais do Jazz

H. HISTÓRIA DA ARTE

UNIDADE 1: Danças primitivas

Significado ritual da orgia

Bacanais

Danças dionisíacas e apolíneas

UNIDADE 2: Renovadores da Dança Moderna

Isadora Duncan

Marta Graham

Rudolf von Laban

Mary Wigmann

Sergio Lifar

Kurt Joss

Maurice Bejart

Dança Teatro de Nikolais

UNIDADE 3: A Dança da Vida

“Dançar sua Vida”, Roger Garaudy

UNIDADE 4: O Teatro Moderno

Artaud

(…)

(…)

(…)

(…)

(…): Teatro Poético

O’Neil: monólogo interior

Ionesco e Beckett: Teatro do Absurdo

Happening e Teatro Pânico

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ANEXO VI: CNPJ Associação de Biodança e Questionário Escola de Docência do Estado do Rio de Janeiro

Fonte: Arquivos pessoais Francisco Trotte e Danielle Tavares

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ANEXO VII: Centro de Terapia e Artes de Dalma Campos

04-dez-1983, Revista da TV

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07-out-1985, caderno Leblon

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ANEXO VIII: Carta de Rolando Toro a Alberto Tavares

Fonte: Arquivo pessoal de Danielle Tavares

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ANEXO IX: Curriculum Docente de Sérgio Barata Fonte: Arquivo pessoal de Sérgio Barata

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ANEXO X: Certificados de Participação na Formação Fonte: Escolas e arquivos pessoais de Eliana

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ANEXO XI: Turmas das Escolas de Biodanza do Rio de Janeiro Fonte: Escolas e arquivos pessoais de Eliana Almeida, Lais Araujo, Luciana Pinto, Roberto Bicca,

Sérgio Barata e do autor

TURMA ZERO

Nome Titulação Registro

Ana Paula Evangelista

Anthony Sheridan 1994 RJ9407

Carlos Rogério Silveira 2005 RJ0562

Damacyr de Freitas Brito 1999 RJ9924

Dayse de Lima Medeiros

Délcio Rodrigues Pereira 1994 RJ9408

Denise Magalhães

Denise Nunes Alves Costa

Ecy Ferreira* 1988 SP8819

Edma Teixeira de Abreu

Eliani Colla Hannam

Elizabeth Anna Borup* 1988 SP8820

Eva Schneider

Glória Aguirren

Isa Freire 1994 RJ9409

Isis Pinto Guimarães 1997 RJ9720

Ivan Valpassos

Leia Marcia de Farias

Ligia Diniz 1994 RJ9410

Lois Doria Werneck 1994 RJ9411

Lucienne Millen

Lygia Maria Gerk da Câmara

Marcia Evaristo C de Souza

Margarete de Souza Coelho 1994 RJ9412

Margarete Joode 1991 RJ9101

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TURMA ZERO (continuação)

Nome Titulação Registro

Maria Adela de Martin Irigoyen 1991 RJ9102

Maria Amélia Marques 2000 RJ0028

Maria Arminda da Silva Teixeira

Maria Cristina Nogueira

Maria da Salete Artilheiro

Maria Dulce de Queiros Matoso 1992 RJ9204

Marilda Reis Rodrigues 1991 RJ9103

Marina Gimenes Boetiger

Marlene Figueiredo* 1988 SP8821

Marley Rangel

Marli Rosa Cervo de Mello

Marlon José Brandão

Mônica P Valadão Lopes (Petropolis)

Neila Mª dos Santos 1995 RJ9514

Nizalva Couto* 1988 SP8822

Paulo Ignacio de Almeida (advogado) 1997 RJ 9723

Regina Célia Mendes Toledo

Rosângela Andrade Guimarães

Rosani Lourdes Vicentini (Juiz de Fora) 1997 SP 9756

Sérgio Augusto Barata 1994 RJ 9405

Sonia Regina de Araujo

Uwe Peter Kohnen

Vanilda Aparecida Rocha

Vera Rosane Pontes da Silva

Veronica Swalf 1994 RJ 9406

Zoé Catarine

*Os nomes de Ecy Ferreira, Beth Borup, Marlene Figueiredo e Nizalva Couto aparecem

nessa lista porque, embora já tivessem se titulado em 1988 em São Paulo, mantiveram presença na Escola e na turma

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TURMA I

Nome Titulação Registro

Alcenir da Silva Moreira 1997 RJ9715

Amelia Siller

Antonio Durão Guimarães de Souza

Antonio Fernando Ramos Coutinho 1997 RJ9716

Carlos Alberto da Cunha Porto

Carlos Joaquim Vieira Neto

Eliana A. Vieira de Almeida Santos 1997 RJ9717

Elizabete Torres Miigliari

Elizabeth Baptista da Costa Fonseca 2000 RJ0029

Francisco Barros Goulart 1997 RJ9718

Gladys Trindade de Araujo 1997 RJ9719

Hedilane Alves Coelho 1995 RJ9513

Jane Maria Correa 1997 RJ9721

José Mauricio Arca Seda

Josias Honório dos Santos

Jussara Ferreira Alves

Katia M Tereza Alves Silva 1997 RJ9722

Leda Mariza Costa Carvalho 2000 RJ0030

Lilia Maria di Mucci Laranjeiras

Maria Amelia Marques 2000 RJ0028

Maria Cristina Nogueira

Mario Pezzi Filho

Norma Leyla Soler Montalvo (Pepita)

Paulo Ignacio de Almeida 1997 RJ 9723

Sonia Maria Cruz Silva

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TURMA II

Nome Titulação Registro

Ana Lucia de Viveiros Batista

Ana Lucia Vasconcelos Abrantes

Arnaldo Waksman

Denise Henriques Assis Trindade 2001 RJ0135

Elber Melo de Matos

Eliana Nunes Ribeiro 2003 RJ0351

Evanir Leite da Silva 2001 RJ0136

Helani Alves Rodrigues Nunes 2001 RJ0137

Jaubert Knust Cardinot 2002 RJ0248

Lais Franca de Araujo 2001 RJ0138

Licia Maria Lopes Barreto 2001 RJ0139

Licia Nepomuceno Pinto 2000 RJ0026

Ligia Saboia

Lilian Magalhães de Azevedo

Lorena Asrael

Lucca Braga pereira de Araujo

Mabel Botelho

Marcos Antonio Alves de Souza 2002 RJ0249

Maria Beatriz Machado Rubrão 2001 RJ0143

Maria Cristina Pessoa dos Santos

Maria Estela Arca Seda 2000 RJ0025

Maria Helena Genari

Marilda Azeredo Ferreira de Araujo

Marilene Metran 2001 RJ0144

Marisa Borges Facin

Mônica Neves Desmarais

Osvaldo Luis da Silva 2003 RJ 0353

Paulo Cesar Tavares Botelho 2000 RJ 0027

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TURMA II (continuação)

Nome Titulação Registro

Paulo Gawryszewsky

Rita de Cássia Dornelles Alves

Rosemary Paiva Soares

Rosemery Esclauzere 2001 RJ 0146

Rosimar Santos Girão 2003 RJ 0355

Solange Ferreira Pinto Marinho

Solange May Barros 2001 RJ 0140

Sonia Mª Coelho Ferreira do Nascimento

Valéria Duarte Barbosa 2003 RJ 0356

Vera Lucia de Maia Beltrão

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TURMA III

Nome Titulação Registro

Ana Neto

Andrea Lopes Zattar 2001 RJ0132

Angela Ornella Quintella

Anna Rosaura Trancoso 2003 RJ0350

Bernardete Franco Porto

Carlos Eduardo Sicsu Grillo

Cristiane Maria Ferraiuoli de Azevedo 2001 RJ0133

Danielle Tavares 2001 RJ0134

Dayse Lebreiro Guimarães

Edna Nogueira M de Brito 2001 RJ0142

Eliane Boechat de Faria

Fabiana Barbosa Louzada

Gloria Regina Rasteli Santos

Izabel Cristina Valente

Juliana da Silva Leal

Leila Coelho Nagib

Lilian Gradowski Macedo

Luciana Pinto Oliveira 2003 RJ0352

Marcio Tavares da Silva

Martha Bento Lima 2005 RJ0568

Patrícia Simone Dal Col 2003 RJ 0354

Regina Hesketh Nobre 2008 RJ0875

Regina Maria Portugal Barbosa 2001 RJ 0145

Rosimar Santos Girão 2003 RJ 0355

Selma Lúcia P Mendes

Tania Torres do Nascimento 2001 RJ 0147

Teresinha Maria Mansur 2005 RJ 0573

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TURMA III (continuação)

Nome Nome Nome

Tereza Cristina Boaventura Serva 2001 RJ 0141

Yara Soares da Cunha

Zita Balleste Marques

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TURMA IV

Nome Titulação Registro

Anna Cristina Menezes Peralva 2005 RJ 0570

Arlindo Soutelo Salgado Filho 2004 RJ 0457

Carlos Flores Cunha

Dilma Bueno da Silva

Franklin Silva Omena 2005 RJ 0563

Irene Guida Fagin 2005 RJ 0564

Juarez Simões Pinto Jr

Kátia d’Almeida Campos 2005 RJ 0571

Leila Maria Augusta de Almeida 2005 RJ 0565

Leila Mathias Costa

Leonardo Cruz da Silva 2005 RJ 0566

Leopold Robert Lang

Luciana Azevedo Bastos Tavares 2004 RJ 0458

Luiz André Muller Lameira 2005 RJ 0567

Marcia Henriques Anomal

Maria Ines Medina Monnerat 2004 RJ 0459

Marilza Aquino Damasceno

Nedjma Mª Murad Tavares 2005 RJ0572

Paulo Fernando de Carvalho Lopes

Rosangela das Graças Rocha Vasconcelos 2011 RJ 1179

Sandra Regina de Souza 2004 RJ 0460

Teresinha Maria Mansur 2005 RJ 0573

Vera Lúcia Botelho 2005 RJ 0569

Virgínia Lucia Flach de Araujo Lima 2004 RJ 0461

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TURMA V

Nome Titulação Registro

Daisy Broxado dos Santos 2008 RJ0874

Dorival Precinoto

Eveline Emile Ribeiro

Gianfranco Ronca Jr.

Hortência Consuelo Gomes Silva 2008 VITO0808

Isabela Kahl Garcia

Ivo Alberto Peixoto Fortuna

José Augusto de Freitas

Lucia Mara da Silva Santos 2011 RJ1180

Marilza Dias da Silva 2011 RJ1179

Nivea Broxado dos Santos Falcão 2008 RJ0876

Otton Teixeira da S Filho 2008 RJ 0877

Paulo Renato Araujo

Roberto Bicca de Alencastro

Roxane Carlos Guimarães de Luca

Silvia Maria Ribeiro Lopes

Simone Nunes Motta 2015

Solange Ferreira de Azevedo

Uwe Peter Kohnen

Vera Lucia Teixeira Sampaio 2011 VITO 1115

Virgínia Frota de Matos

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TURMA VI

Nome Titulação Registro

Alessandra Moraes da Silva

Beatriz Lima Câmara 2015

Clarice Perdigão Dias

Eduza Madalena Carlos Gomes

Elaine Teixeira Rabello

Helena Ferreira de Alencar

Idalina Silva Zikan

Izabel Cristina dos Santos Valente

Julia Rodrigues Medeiros 2013 RJ1381

Juliana de Moura Quaresma Magalhães

Lana Oliveira Emmanuel

Manuelle Martins Felix

Mara Cláudia Baptista da Silva

Martha Cardoso Gonçalves

Michael Aslan

Márcio Tavares

Nathalia Massi Pires 2015

Rui Lemos Marroig 2015

Selma Barbosa de Oliveira

Solange Ferreira Pinto Marinho

Viviane Penna Dias

Wallace Wetmaneck dos Santos

* Os nomes em vermelho abandonaram a turma no meio do curso

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TURMA VII

Nome Titulação Registro

Adriana Lopes Zattar

André Ladeira Vianna

Bruno Silveira Martins 2013 RJ1382

Camila Carlos da Silva 2015

Camile Felix Linhares

Danielle Miranda (não completou)

Felipe Tupinambá Werneck Barros 2015

Isabela Garcia

Marina Fagundes Gueiros 2015

Mario Fernandes Gomes

Renata Grieco Motta

Tereza Cristina Orvelin Stelman

Valfredo Souza Santos

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TURMA BARRA I

Nome Titulação Registro

Alberto A. Leite

Ana Angélica Guimarães

Ana Beatriz Carvalho Guerra

Ana Luiza Villela Fernandes

Ana Marcela Figueiredo

Annamaria Bruno Riscarolli 2013 RIOB 1302

Ayrton Briones Borges

Claudia Borges da Costa 2015

Erika Mendel Ferreira 2012 RIOB 1201

Geraldo Magela Monteiro

Gisele

Gleice Marcondes Ferreira 2013 RIOB 1303

Jorge Gassetti

José Alberto Levy

Maria Carmen Dallalana 2013 RIOB 1304

Nilcéia Lopes Teixeira

Rafael Alves Coelho de Oliveira 2013 RIOB 1305

Rafael Travassos

Rosane Almeida Nascimento

Sebastiana Castro 2015

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TURMA VIII

Nome Titulação Registro

Ana Claudia Guedes

Ana Claudia Rangel

Ana Cristina Teodoro Ticom 2013 RJ1382

Ana Rabelo

André Bochetti

Anne Melo

Carlos Felipe Curi

Carolina Manni Buoro

Clarisse Goulart

Diva Cristina Portella

Fabiana Rosito Bercht

Frances Valéria Costa e Silva

Ian Toro

Isabel Contino

Izabel Cristina Santos Valente

Juliana Cabral

Karla Melo Mattos

Katia Oliveira

Larissa Lamas de Oliveira

Leila Mendes Barroso

Leonardo da Silva Gonçalves

Luciana de Araujo Fonseca

Luciene Eineck Silva O’Relly

Marcos José Santarossa

Moisés Clemente Marinho

Moisés Santos Silva

Ricardo Vieira Gondim

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TURMA VIII (continuação)

Nome Nome Nome

Roberto Vidigal de Lucena

Rose Mari Costa Avila Lopes

Shizue Tamaki

Simone Maria Nobre da Silva

Simone Neviere Coimbra

* Os nomes em vermelho não completaram a formação

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TURMA BARRA II

Nome Titulação Registro

Ana Cláudia Guedes

Analiza

Claudia Bernardes

Cristina Fernandes Santos

Daniela Cesar da Costa

Fábio Ricardo

José Santiago Fajardo Barbachan

Katherine

Kleber Martins Chaves

Marcia Ometto

Maria Cláudia de Castro Quaresma

Maurício

Neiva Rosane

Simone Oliveira

Telma Villela

Tereza

Vanessa

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TURMA IX

Nome Titulação Registro

Aldenice Sarmento Areias

Ana Silveira

André Bochetti

Aurélio

Brena Marinho

Clarice Goulart

Clarice Perdigão

Cristina Ticom

Daniel Tonacci

Deepta Uozi

Eduardo Saleno

Ely Gonçalves

Elzinea Lucia Moreira

Eugenio Aires

Felipe Aguiar

Gisele Santana

Hercilia Souza Cezar

Izabel Contino

Izabel Vitória Santos Ferreira

Joana da Costa Pinto D'Ávila

Katia Barbosa

Laércio Lourenço

Laura Cristina

Leonardo Gonçalves

Luane Cristina de Souza Bastos

Luisa Toschi

Luiz Eduardo Figueira

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TURMA IX (continuação)

Nome Titulação Registro

Marina Dotti

Nazareth Malafaia

Renata Carpenter

Roberta Cerqueira

Silverio Augusto Souza

Solimar Sobreira

Stephania Suckow

Tereza Ferreira

Waleska Cardoso

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ANEXO XIII: Maratonas nas Escolas do Rio de Janeiro

Maratonas Escola de Biodanza SRT Rio de Janeiro

Data Turma Maratona Didata

set/88 Zero Aspectos fisiológicos Rolando Toro

out/88 Zero Fundamentos biológicos Carlos Garcia

dez/88 Zero Biodança e reabilitação Edna

jan/89 Zero Estr. ação política / social Dorli Signor

fev/89 Zero Ciência do movimento Rolando Toro

mar/89 Zero Mecanismos de Ação Dalma Campos

abr/89 Zero Biodança e direitos humanos Dorli Signor

mai/89 Zero Biodanza nas doenças existenciais Carlos Garcia

jun/89 Zero Biodança, Ars Magna Rolando Toro

jul/89 Zero Metodologia Dalma Campos

set/89 Zero Semântica musical Rolando Toro

out/89 Zero Definição de Biodança Dalma Campos

nov/89 Zero Modelo Teórico Eliane Matuck

jan/90 Zero Criatividade Dorli Signor

mar/90 Zero Aspectos clinicos do contato e carícia Rafael

abr/90 Zero Índices de vitalidade Dalma Campos

mai/90 Zero Afetividade e amnios Mirta Schinini

jun/90 Zero Transcendência Edna

jul/90 Zero Ext. M. teórico poesia / pintura Silvia Eick

ago/90 Zero Biodanza e doenças da civilização Mirta Schinini

set/90 Zero Criatividade Dalma Campos

out/90 Zero Biodança e educação Ruth Cavalcante

nov/90 Zero Identidade e regressão Mirta Schinini

dez/90 Zero Esquema dos instintos Maria Lucia Pessoa

jan/91 Zero Biodança e ecologia Dalma Campos

jan/91 Zero Sexualidade Rolando Toro

mai/91 Zero Semântica musical Sérgio Cruz

mai/92 I Definição Cesar Wagner

jun/92 I Encontro de facilitadores e alunos: "Organização da Escola numa estrutura participativa"

Equipe da escola

jul/92 I Fundamentos Biológicos Maria Inês Castanha

ago/92 I Modelo teórico Mirta Schinini

set/92 I Fisiologia das emoções Sanclair Lemos

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Maratonas Escola de Biodanza SRT Rio de Janeiro (continuação)

Data Turma Maratona Didata

out/92 I Função do toque e da carícia Marina Borges Silveira

nov/92 I Doenças da civilização Paulo Lopes

dez/92 I Avaliação a nível teórico e vivencial Dalma Campos

fev/93 I

Programa complementar de formação: videos das mesas redondas do Congresso de Fortaleza (ago92) "Princípio biocêntrico e sexualidade"

Equipe da escola

mar/93 I Vitalidade Rolando Toro Acuña & Sueli Carvalho

abr/93 I Criatividade Thais Azambuja

mai/93 I Afetividade Maria Lucia Pessoa

jun/93 I Sexualidade Cesar Wagner

jul/93 I Transe nº 1 Alberto Tavares

ago/93 I Transe nº 2 Mirta Schinini

set/93 I Uma nova visão dos problemas sociais e humanos

Marina Borges Silveira

out/93 I Método vivencial Maria Inês Castanha

nov/93 I Movimento (dança) Sanclair Lemos

dez/93 I A música na Biodança Dalma Campos

dez/93 I Transmutação de energia Rolando Toro

abr/94 I Grupo (processo grupal) Sueli Carvalho

mai/94 I Biodança e educação Maria Inês Castanha

jun/94 I Reabilitação Paulo Lopes

jul/94 I Área clínica Alberto Tavares

ago/94 I Leitura postural Sérgio Cruz

set/94 I Metodologia II Maria Dulce Mattoso

out/94 I Metodologia III Maria Adela

out/94 II Definição e Princípio Biocêntrico Maria Adela (??)

nov/94 II Modelo Teórico da Biodança Maria Adela (??)

dez/94 II

Fundamentos Biológicos da Biodança Paulo Lopes

mar/95 II Aspéctos Fisiológicos da Biodança Paulo Lopes

abr/95 II Antecedentes Míticos e Filosóficos Maria Adela

mai/95 II Contatos e Carícias Marina Borges Silveira

jun/95 II Identidade Maria Dulce Mattoso

jul/95 II Transe Maria Lúcia Pessoa

ago/95 -- VI Congresso Latino-Americano de Bio não houve maratona

set/95 II Grupo Operativo Elena Lucca

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Maratonas Escola de Biodanza SRT Rio de Janeiro (continuação)

Data Turma Maratona Didata

out/95 II Vitalidade Rolando Toro Acuña

nov/95 II A vivência Antonio Sarpe

dez/95 II Sexualidade Mirtes Gonzales

mar/96 II Ação Política e Social Maria Adela

abr/96 II Criatividade Thais Azambuja

mai/96 II Afetividade Nélida Perez

jun/96 II Metodologia - Revisão Maria Adela

jul/96 II Mecanismos de Ação Maria Adela

ago/96 II Apresentação de Seminários (1) Alunos

set/96 II Transcendência Alberto Tavares

out/96 II Apresentação de Seminários (2) Alunos

nov/96 II Ars. Magna Maria Dulce Mattoso

dez/96 II Música em Biodança ?

fev/97 III Introdução Antônio Sarpe

fev/97 II Avaliação Maria Adela

mar/97 II Metodologia I Ângela Ribas

mar/97 III Definição e princípio biocêntrico Maria Dulce Mattoso

abr/97 II Apresentação de Seminários (3) Alunos

abr/97 III Modelo teórico Orlando Rocha

mai/97 II Metodologia II Maria Paula Brum

Mai/97 III Fundamentos biológicos Paulo Lopes

jun/97 III Aspectos psicológicos Antônio Sarpe

jun/97 II Metodologia III Carlos Garcia

jul/97 III Aspectos míticos Maria Adela

jul/97 II Metodologia IV Nélida Perez

ago/97 III Aspectos fisiológicos Sérgio Cruz

ago/97 II Música, Movimento e Vivência Sérgio Cruz

set/97 III Identidade Inês Pacífico

set/97 II Metodologia V Maria Lúcia Pessoa

out/97 III Transe e regressão Alberto Tavares

out/97 II Metodologia VI Mirta Schinini

nov/97 III Vivência Antônio Sarpe

nov/97 II Extensões da Biodança Maria Dulce Mattoso

dez/97 II Movimento Humano Sanclair Lemos

fev/98 III Sexualidade Carlos Garcia

mar/98 III Avaliação Antônio Sarpe & Maria Adela

abr/98 III Vitalidade Rolando Toro

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Maratonas Escola de Biodanza SRT Rio de Janeiro (continuação)

Data Turma Maratona Didata

mai/98 III Afetividade Raul Terrén & Veronica Toro

jun/98 III Criatividade Thais Azambuja

jul/98 III Transcendência Alberto Tavares

ago/98 III Contato e carícia Inês Pacífico

set/98 III Mecanismo de ação Antônio Sarpe

out/98 III Ação política e social Maria Adela

nov/98 III Movimento humano Sanclair Lemos

dez/98 III

Música em Biodanza Angelina Pereira & Maria Luiza Appy (Marlise)

mar/99 III Voz, música e movimento Maria Adela

abr/99 III

Metodologia I - importância da música Maria Dulce Mattoso

mai/99 III

Seminários (história da dança), avaliação e revisão metodológica

Alunos, Antônio Sarpe & Maria Adela

jun/99 III Metodologia II Carlos Garcia

jul/99 III

Seminários: Fractais e História da música Alunos

ago/99 III Metodologia III Antônio Sarpe

set/99 III

Seminários: Teoria do caos e Hipótese Gaia Alunos

out/99 III Metodologia IV - posições geratrizes Hedilane Coelho

nov/99 III Metodologia V - danças sequenciais Inês Pacífico

dez/99 III Metodologia VI Maria Adela

fev/00 IV Introdução Antonio Sarpe

mar/00 IV Definição e Princípio Biocêntrico Maria Dulce Mattoso

abr/00 IV Modelo teórico Orlando Rocha

mai/00 IV Inconsciente vital e princípio biocêntrico Antonio Sarpe

jun/00 IV Aspectos biológicos Paulo Lopes

jul/00 IV Aspectos psicológicos Maria Adela

ago/00 IV Aspectos fisiológicos Paulo Lopes

set/00 IV Identidade e integração Inês Pacífico

out/00 IV Transe e regressão Nélida Perez

nov/00 IV Fonte de vivências Hedilane Coelho

dez/00 IV Maratona de avaliação Antonio Sarpe

fev/01 IV Encontro de reinício Antonio Sarpe

mar/01 IV Vitalidade Verônica Swalf

abr/01 IV Afetividade Maria Adela

mai/01 IV Sexualidade Eliana Almeida

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Maratonas Escola de Biodanza SRT Rio de Janeiro (continuação)

Data Turma Maratona Didata

jun/01 IV Criatividade Thais Azambuja

jul/01 IV Transcendência Katia Alves

ago/01 IV Contato e Carícias Hedilane Coelho

set/01 IV Movimento humano Sanclair Lemos

out/01 IV Mecanismos de ação Antonio Sarpe

nov/01 IV Aspectos míticos e filosóficos Katia Alves

dez/01 IV Maratona de avaliação Antonio Sarpe

fev/02 IV Reencontro Antonio Sarpe

mar/02 IV Ars Magna Maria Adela

abr/02 IV Aplicações e extensões José Nivaldo Sobral

mai/02 IV Educação biocêntrica Gladys Trindade

jun/02 IV Metodologia I Antonio Sarpe

jul/02 IV Metodologia II Eliana Almeida

ago/02 IV Metodologia III Inês Pacífico

set/02 IV Metodologia IV Antonio Sarpe

out/02 IV Metodologia V Nélida Perez

nov/02 IV Metodologia VI Antonio Sarpe

dez/02 IV Metodologia VII Maria Adela

fev/03 V Introdução Antonio Sarpe

mar/03 V Definição e Modelo Teórico Hedilane Coelho

abr/03 V Antecedentes míticos e filosóficos Maria Adela

mai/03 V

Inconsciente vital e princípio biocêntrico

Rolando Toro Acuña (Rolandinho)

jun/03 V Vivência Orlando Rocha

jul/03 V Aspectos biológicos Paulo Lopes

ago/03 V Aspectos psicológicos Antonio Sarpe

set/03 V Aspectos fisiológicos Claudete Santana

out/03 V Identidade e integração Inês Pacífico

nov/03 V Transe e regressão Eliana Almeida

dez/03 V Maratona de avaliação Antonio Sarpe

fev/04 V

Projeto Evolução II - Conselho e autogestão Carlos Garcia

mar/04 V

Revisão teórica e incorporação de novos alunos Antonio Sarpe

abr/04 V Mecanismos de ação Maria Adela

mai/04 V Movimento humano Sanclair Lemos

jun/04 V Vitalidade Verônica Swalf

jul/04 V Sexualidade Katia Alves

ago/04 V Contato e carícia Eliana Almeida

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Maratonas Escola de Biodanza SRT Rio de Janeiro (continuação)

Data Turma Maratona Didata

set/04 V Criatividade Antonio Sarpe

out/04 V Afetividade

Sérgio Barata & Verônica Swalf

nov/04 V Transcendência Katia Alves

dez/04 V Maratona de avaliação Antonio Sarpe

fev/05 V Seminários Alunos

mar/05 V Educação biocêntrica Gladys Trindade

abr/05 V Ars Magna Paulo Lopes

mai/05 V Aplicações e extensões Gladys Trindade

jun/05 V Metodologia I Antonio Sarpe

jul/05 V Metodologia II Maria Adela

ago/05 V Metodologia III Inês Pacífico

set/05 V Metodologia IV Antonio Sarpe

out/05 V Metodologia V Nélida Perez

nov/05 V Metodologia VI Maria Adela

dez/05 V Metodologia VII Antonio Sarpe

fev/06 VI Iniciação Antonio Sarpe

mar/06 VI Definição e Modelo teórico Antonio Sarpe

abr/06 VI Inconc Vital e Princ Biocentrico Katia Alves

mai/06 VI Aspect biológicos Solange Barros & Anna Rosaura

jun/06 VI Vivência Regina Barbosa & Rosimar Girão

jul/06 VI Antec Miticos e filosóficos Maria Adela

ago/06 VI Aspect fisiológicos Paulo Lopes & Damacyr Brito

set/06 VI Aspec psicologicos Antonio Sarpe

out/06 VI Identidade e integração Luciana Pinto & Denizis Trindade

nov/06 VI Transe e regressão Andrea Zattar & Daniele Tavares

dez/06 VI Avaliação Antonio Sarpe

fev/07 VI Criatividade Antonio Sarpe

mar/07 VI Educação biocêntrica Rolando Toro

abr/07 VI Movimento humano Sergio Barata & Valéria Duarte

mai/07 VI Vitalidade Veronica Swalf

jun/07 VI Seminários Antonio Sarpe

jul/07 VI Contato e carícia Inês Pacífico

ago/07 VI Afetividade Maria Adela

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Maratonas Escola de Biodanza SRT Rio de Janeiro (continuação)

Data Turma Maratona Didata

set/07 VI Transcendência Antonio Sarpe

out/07 VI Árvore dos desejos Antonio Sarpe

nov/07 VI Mecanismos de ação Tania Torres & Antonio Sarpe

dez/07 VI Sexualidade Antonio Sarpe

fev/08 VI Avaliação Antonio Sarpe

mar/08 VI Ars Magna Paulo Lopes

abr/08 VI Metodologia I Antonio Sarpe

mai/08 VI Aplicações e extensões Gladys Trindade

jun/08 VI Metodologia II Antonio Sarpe

jul/08 VI Metodologia III Inês Pacífico

ago/08 VI Ação política e social Maria Adela

set/08 VI Metodologia IV Inês Pacífico

out/08 VI Metodologia V Maria Adela

nov/08 VI Metodologia VI Antonio Sarpe

dez/08 VI Metodologia VII Antonio Sarpe

Maratonas Escolas de Biodanza Rio de Janeiro e Barra da Tijuca

Data Turma Maratona Didata

mar/09 VII Introdução Andrea Zattar & Danielle Tavares

mar/09 Barra I Definição e Modelo Teórico Eliana Almeida

abr/09 VII Definição e Modelo teórico Antonio Sarpe

abr/09 Barra I Inconsciente Vital e Princípio Biocêntrico Sanclair

mai/09 VII Inconsciente Vital e Princípio Biocêntrico

Andrea Zattar & Danielle Tavares

mai/09 Barra I Vivência Hedilane Coelho

jun/09 VII Vivência Carlos Garcia

jun/09 Barra I Aspectos Biológicos Feliciano Flores

jul/09 VII Aspectos Psicológicos Andrea Zattar & Danielle Tavares

jul/09 Barra I Antecedentes Míticos e Filosóficos Marlise

ago/09 VII Aspectos Fisiológicos Orlando Rocha

ago/09 Barra I Aspectos Psicológicos Hedilane Coelho

set/09 VII Aspectos Biológicos Paulo Lopes

set/09 Barra I Aspectos Fisiológicos Paulo Botelho

out/09 VII Antecedentes Míticos e Filosóficos Maria Adela

out/09 Barra I Identidade e Integração Hedilane Coelho

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Maratonas Escolas de Biodanza Rio de Janeiro e Barra (continuação)

Data Turma Maratona Didata

nov/09 VII Identidade e integração Andrea Zattar & Danielle Tavares

nov/09 Barra I Transe e Regressão Maria Angelina Pereira

dez/09 VII Avaliação Inês Pacífico

dez/09 Barra I Contato e Carícia Eliana Almeida

fev/10 VII Contato e carícia Antonio Sarpe

mar/10 VII Transe e regressão Andrea Zattar & Danielle Tavares

mar/10 VII Afetividade Andrea Zattar & Danielle Tavares

mar/10 Barra I Afetividade Anna Cristina Peralva, Eliana Almeida e Hedilane Coelho

abr/10 Barra I Vitalidade Rolando Toro Acuña

mai/10 VII Movimento humano Sanclair Lemos

mai/10 Barra I Movimento humano Sanclair Lemos

mai/10 Barra I Sexualidade Eliana Almeida

jun/10 VII Vitalidade Andrea Zattar & Danielle Tavares

jul/10 VII Sexualidade Andrea Zattar & Danielle Tavares

jul/10 Barra I Criatividade Silvia Eick

ago/10 VII Criatividade Nélida Perez

ago/10 Barra I Transcendência Sanclair Lemos

set/10 VII Seminários Andrea Zattar & Danielle Tavares

set/10 Barra I Mecanismos de Ação Sergio Rivera

out/10 VII Transcendência Andrea Zattar & Danielle Tavares

out/10 Barra I Seminários I Alunos

nov/10 VII Mecanismos de ação Andrea Zattar & Danielle Tavares

nov/10 Barra I Seminários II alunos

dez/10 VII Educação biocêntrica Gladys Trindade

dez/10 Barra I Minotauro Eliana Almeida

fev/11 VII Ars Magna Nélida Perez

fev/11 Barra I Aplicações e Extensões Hedilane Coelho

mar/11 VII Bidanza e Ação Social Andrea Zattar & Danielle Tavares

mar/11 Barra I Ars Magna Maria Lucia Pessoa

abr/11 VII Festival do Rio Antonio Sarpe

abr/11 Barra I Ação Social Jorge Santos

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Maratonas Escolas de Biodanza Rio de Janeiro e Barra (continuação)

Data Turma Maratona Didata

mai/11 VII Música em Biodanza Andrea Zattar & Danielle Tavares

mai/11 Barra I Música Norberto Lopez

jun/11 VII Met I - Semântica musical Andrea Zattar & Danielle Tavares

jun/11 Barra I Met I - Semântica musical Hedilane Coelho

jul/11 VII e

Barra-I Met II - Sessão de Biodanza I Eliana Almeida

ago/11 VII Met III - Sessão de Biodanza II Andrea Zattar & Danielle Tavares

ago/11 Barra I Met III - Sessão de Biodanza II Rolando Toro Acuña

set/11 VII e

Barra-I Met IV - Grupo semanal e maratonas Claudete Santana

out/11 VII e

Barra-I Met V - O grupo de Biodanza Andrea Zattar & Danielle Tavares

nov/11 VII Met VI - Critérios de avaliação e processo evolutivo

Andrea Zattar & Danielle Tavares

nov/11 Barra I Met VI - Critérios de avaliação e processo evolutivo

Eliana Almeida e Hedilane Coelho

dez/11 VII Met VII - Elenco oficial Andrea Zattar & Danielle Tavares

dez/11 Barra I Met VII - Elenco oficial Eliana Almeida

mar/12 VIII A vivência

Andréa Zattar & Danielle Tavares

abr/12 VIII

Inconsciente Vital e Princípio Biocêntrico

Andréa Zattar & Danielle Tavares

mai/12 VIII Definição e Modelo Teórico Antonio Sarpe

jun/12 VIII Aspectos Biológicos Paulo Botelho

jul/12 VIII

Aspectos Psicológicos Andréa Zattar & Danielle Tavares

ago/12 VIII Antecedentes Miticos e Filosóficos Maria Adela Cremona

set/12 VIII Aspectos Fisiológicos Irene Fagim

set/12 VIII Transe e Regressão Norberto Lopes

nov/12 VIII Identidade e Integração Inês Pacifico

dez/12 VIII

Contato e Carícia Andréa Zattar & Danielle Tavares

jan/13 Barra

II Integração grupal Equipe docente Barra

jan/13 VIII Sexualidade Antonio Sarpe

fev/13 Barra

II Definição e Modelo Teórico Eliana Almeida

fev/13 VIII

Afetividade Andréa Zattar & Danielle Tavares

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Maratonas Escolas de Biodanza Rio de Janeiro e Barra (continuação)

Data Data Data Data

mar/13 Barra

II Inconsciente Vital e Princípio Biocêntrico

Hedilane Coelho

mar/13 VIII

Maratona vivencial: Biodanza, corporeidade e voz

Augusto Madalena

abr/13 Barra

II Aspectos Biológicos Paulo Botelho

abr/13 VIII Criatividade Francisco Goulart

mai/13 Barra

II Vivência Eliana Almeida

mai/13 VIII Vitalidade Rolando Toro Acuña

jun/13 Barra

II Antecedentes Míticos e Filosóficos Sanclair Lemos

jun/13 VIII Transcendência Sanclair Lemos

jul/13 Barra

II Aspectos fisiológicos Claudete Santana

jul/13 VIII

Movimento humano Andréa Zattar & Danielle Tavares

ago/13 Barra

II Aspectos Psicológicos Daniele Tavares & Andrea Zattar

ago/13 VIII

Avaliação Andréa Zattar & Danielle Tavares

set/13 Barra

II Contato e Carícia Eliana Almeida

set/13 VIII Ars Magna Andreina Acri

out/13 Barra

II Identidade e Integração Cesar Wagner

out/13 VIII Mecanismos de ação Runa Terren

nov/13 Barra

II Transe e regressão Hedilane Coelho

nov/13 VIII Seminários Alunos

dez/13 Barra

II Minotauro Eliana Almeida & Hedilane Coelho

dez/13 VIII Ação social Myrtes Gonzales

jan/14 Barra

II Avaliação e escolha de seminários Equipe docente Barra

jan/14 VIII Avaliação

Andréa Zattar & Danielle Tavares

fev/14 Barra

II Movimento Humano Hilda Nascimento

fev/14 VIII Maratona vivencial: Minotauro

Andréa Zattar & Danielle Tavares

mar/14 Barra

II Vitalidade Hedilane Coelho

mar/14 VIII Educação biocêntrica

Andréa Zattar & Danielle Tavares

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Maratonas Escolas de Biodanza Rio de Janeiro e Barra (continuação)

Data Data Data Data

abr/14 Barra

II Sexualidade Eliana Almeida

abr/14 VIII A palavra em Biodanza Adrian Scalise

mai/14 Barra

II Afetividade Eliana Almeida

mai/14 VIII Música Norberto Lopez

jun/14 Barra

II Criatividade Leila Almeida

jun/14 VIII Met I - Semântica musical

Andréa Zattar & Danielle Tavares

jul/14 Barra

II Transcendência Hedilane Coelho

jul/14 VIII Met II - Sessão de Biodanza I

Andréa Zattar & Danielle Tavares

ago/14 Barra

II Seminários Alunos

ago/14 VIII Met III - Sessão de Biodanza II Eliana Almeida

set/14 Barra

II Mecanismos de ação Laury de Oliveira

set/14 VIII

Met IV - Grupo semanal e maratonas Luciana Pinto

out/14 Barra

II Neurociências Claudete Sant'Anna

out/14 VIII Met V - O grupo de Biodanza

Andréa Zattar & Danielle Tavares

nov/14 Barra

II Seminários Alunos

nov/14 VIII

Met VI - Critérios de avaliação e processo evolutivo Helene Levy

dez/14 Barra

II Ação Social Eliana Almeida & Hedilane Coelho

dez/14 VIII Met VII - Elenco oficial

Andréa Zattar & Danielle Tavares

jan/15 IX

Introdução e integração Andréa Zattar & Danielle Tavares

fev/15 Barra

II Ars Magna Antonio Sarpe

fev/15 IX

Definição e Modelo Teórico Andréa Zattar & Danielle Tavares

mar/15 Barra

II A música em Biodanza Norberto Lopez

mar/15 IX

Vivência Andréa Zattar & Danielle Tavares

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ANEXO XIII: Programação de 1993 da Escola de Biodanza do Rio de Janeiro

Fonte: Arquivo pessoal de Sérgio Barata

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99

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100

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101

ANEXO XIV: Ata e Lista de Presença da Assembleia de Fundação da AEBRTRJ

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102

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103

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104

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105

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106

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107

ANEXO XV: Estatuto da AEBRTRJ

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108

ANEXO XVI: Estatuto do Conselho Regional de Biodanza

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ANEXO XVII: Decreto de criação da Escola da Barra Fonte: Arquivo da Escola da Barra

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ANEXO XVIII: Livro de Ouro da AEBRTRJ

Fonte: Arquivo pessoal de Roberto Bicca

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ANEXO XIX: Seleção de notícias e anúncios sobre psicodança

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ANEXO XX: Seleção de notícias e anúncios sobre biodança

22-mai-1979, caderno Cultura

11-jan-1981, sessão Dicas 23-mai-1981, caderno Rio

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17-jun-1979, caderno Domingo

16-jan-1983, caderno Domingo

01-jul-1979, sessão Dicas

20-jul-1982, Tijuca

19-jul-1982, caderno Cultura

15-mai-1982, caderno Rio

28-nov-1982, Ilha

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11-abr-1983, Ipanema 03-mar-1985, Jornal da Família

23-nov-1980, Rio Show

05-jun-1984, Tijuca

11-jun-1985, Tijuca

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115

06-mai-1986, Botafogo

10-jan-1987, caderno Rio

19-set-1988, caderno Rio

02-abr-1989, Ilha

23-nov-1988, Meier 30-out-1989, Ipanema

12-dez-1988, Ipanema

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26-abr-1987, Jornal da Família

10-abr-1989, Copacabana

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117

14-mai-1989, Ilha

24-out-1990, Meier

04-abr-1993, Segundo Caderno

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27-nov-1990, Tijuca

12-mar-1990, Vila Isabel

12-jul-1991, Rio

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09-dez-1992, Meier

13-ago-2001, Tijuca

28-ago-2003, Barra

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120

12-fev-2004, Tijuca

16-out-2005, Barra

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27-jul-2004, Centro

31-jul-2008, Revista O Globo

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122

27-jun-2010, Barra

04-ago-2012, Niterói

08-ago-2014, Rio Show