Uma história dos povos arabes albert hourani

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UMA HISTÓRIA DOS POVOS ÁRABES, ALBERT HOURANI. SP: CIA DAS LETRAS, 2006.

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UMA HISTÓRIA DOS POVOS ÁRABES, ALBERT HOURANI. SP: CIA DAS LETRAS, 2006.

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O autor

Albert Hourani (1915-1993), inglês, filho de libaneses, convertido ao catolicismo na fase adulta. Morreu em janeiro de 1993. Até então fora Membro Emérito de St. Antony's College, Oxford. As suas publicações incluem Uma História dos Povos Árabes (1990) e Islam in European thought (1991). Difundiu seus conceitos, em forma de conferências, na Universidade Americana de Beirute, na Faculdade das Artes e Ciências em Bagdá, em Oxford, e no Institut des Hautes Études de Túnis.

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Aspectos da Obra

Publicada em 1991; Traz uma história aprofundada do

desenvolvimento da civilização árabe, contemplado o surgimento do Islã e a formação do Império islâmico;

Historiciza o mundo islâmico em diferentes aspectos: político, econômico, cultural;

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•Local de origem: Península Arábica

•Como era antes: Sociedade politeísta Beduínos

•Líder Maomé

•Início da Pregação

•Sucessão do Profeta

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A Criação de Um Mundo – cap.1

Parte I – A criação de um Mundo (séc. VII-X)

- Mostra o quadro social antes do surgimento do Islã;

- Fala dos Impérios Bizantinos e Sassânidas (Último Império Persa), em que às marges deste, surge o Império Islâmico;

- Evidencia a formação do Califado que abarcou partes do Império Bizantino, Sassânida e chegou às portas da Europa, na península Ibérica.

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O mundo em que os árabes surgiram

Os árabes possuíam contatos com diferentes povos do mediterrâneo;

Segundo Hourani, depois que Alexandre, o Grande, conquistou o Irã e, 334-33 a.C., fazendo com que este estabelecesse ligações mais estreitas com o mundo do Mediterrâneo Oriental, as ideias do mundo grego avançaram para o oriente, enquanto que as de um mestre do Irã, Mani, que tentara incorporar todos os profetas e mestre num único sistema religioso, avançaram para o Oriente.

Sob os sassânidas, a doutrina do Zoroastro foi revivida em moldes filosóficos.

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O espaço

A maior parte da península arábica era esterpe ou deserto;

Os habitantes falavam vários dialetos do árabe;

Alguns eram nômades criadores de camelo, tradicionalmente conhecidos como beduínos;

Não eram liderados por um poder de coerção estável, mas por chefes que pertenciam a famílias em torno das quais se reuniam grupos de seguidores;

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A linguagem da poesia

Surge uma linguagem poética comum a partir dos dialetos árabes;

Desenvolve-se a partir do uso de uma linguagem rítmica;

O árabe é uma língua semita central, parente próximo do hebraico e das línguas neo-aramaicas;

Tem mais falantes do que qualquer outro idioma semita, mais de 280 milhões de falantes;

Idioma oficial de 22 países, e uma língua litúrgica, em razão de ser a língua original do Corão.

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Fator histórico da língua

As mais antigas inscrições árabes, em escrita aramaica, remontam ao século IV, e depois evolui uma escrita árabe

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Maomé e o surgimento do Islã

No início do século VII, criou-se uma nova ordem política, que incluiu toda a península Arábica, todas as terras sassânidas, e as províncias sírias e egípcias do Império Bizantino;

Apagaram-se velhas fronteiras e surgiram novas;

Nessa nova ordem, o grupo dominate foi formado não pelos povos dos impérios, mas pelos árabes da Arábia Ocidental, sobretudo Meca.

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Maomé

Uma visão dada por Alá (Deus), por meio do anjo Gabriel;

Religião monoteísta, distinta do judaísmo e do cristianismo;

Família pertencente a tribo dos coraixitas;

Família de mercadores que tinham acordos com tribos pastoris próximos a Meca;

Casa-se com Cadija, uma viúva comerciante, e assume os negócios dela;

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Maomé

Dizia ter recebido uma mensagem enviada por Deus;

Surge em torno dele um grupo de crentes;

Em 622, devido a situação difícil em Meca, foge para um Oásis localizado 300 km ao norte – Yatreb (Medina);

Eis a Hégira, que marca o início da Era muçulmana;

Hégira fuga=proteção;

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“[…] Assim, Maomé assumiu o papel de profeta, renegou a antiga religião politeísta e passou a pregar a crença a uma única divindade, chamada Alá. Nascia, assim, o islamismo, cujos seguidores seriam chamados de muslimin (mulçumanos), ou seja, submetidos a Alá”.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1007229-editor-que-publicou-charge-de-maome-vive-sob-escolta-policial.shtml

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Alianças em Medina

Em Medina, Maomé começa a acumular poderes e alianças e arquiteta planos para tomar Meca;

Com o desenvolvimento da doutrina, Maomé muda a relação com os judeus de Medina;

Depois da morte de Cadija, estabelece casamentos com fins políticos;

Submete outras tribos

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Formação de um Império – cap.2

Após a morte de Maomé, cria-se uma dúvida quanto à sua sucessão;

Dentre os 3 grupos possíveis sucessores do profeta:1. Grupo que fizera a hégira com Maomé,

ligados por laços endógamos;2. Homens importantes de Medina, que

fizera aliança com ele;3. Os membros das principais famílias de

Meca, de conversão recente

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Os sucessores

Em reunião de colaboradores e líderes, escolheu-se um dos primeiros grupos como sucessores do Profeta (khalifa): Abu Bakr, um seguidor e cuja filha (A’isha) era esposa do profeta Maomé;

Coloca-se o exercício do poder religioso e político, com uma dimensão maior do que exercido pelo profeta, afirma-se a autoridade pelo poder militar;

No fim do reinado do segundo califa, Umar al-Khattab, toda a Arábia, parte do Império Sassânida e a província Síria e Egípcia do Império Bizantino haviamn sido conquistadas – cria-se uma teocracia imperial

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SIMBOLOGIA E PILARES

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Cinco pilares

Os cinco pilares do Islamismo é o nome dado aos cinco principais atos exigidos do Islamismo. Os cinco pilares são: Professar e aceitar o credo (Shahada); Orar cinco vezes ao longo do dia (Salah); Pagar dádivas rituais (Zakah); Observar as obrigações do Ramadã; Fazer a peregrinação a Meca (Haj).

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Shahada

É uma declaração através da qual o muçulmano atesta que "Não há outro Deus para além de Alá e Maomé é o seu mensageiro". Em contextos ocidentais, a shahada é por vezes chamada de "credo", mas esta frase nunca foi alvo de um debate teológico controverso e não resulta de uma elaboração doutrinal.

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Salá

Os muçulmanos devem realizar cinco orações diárias:

Ao alvorecer; Depois do meio-dia; Entre o meio-dia e o pôr-do-sol; Logo após o pôr-do-sol; Aproximadamente uma hora após o pôr-do-sol. Os muçulmanos podem realizar estas orações

em qualquer local, desde que este seja um local limpo. É obrigatório virar-se no sentido da cidade de Meca para realizar as orações.

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Jejum

Durante o mês do Ramadã, os muçulmanos abstêm-se de comida, de bebida, de fumar, de relações sexuais ou de pensamentos negativos durante o período que decorre entre o amanhecer até ao pôr-do-sol. As pessoas idosas, os doentes e as mulheres grávidas estão dispensadas deste jejum, mas devem realizá-lo noutra altura ou então alimentar pobres durante um período de dias correspondente aos dias que faltaram ao jejum. As crianças também não realizam o jejum. A primeira vez que um muçulmano realiza o jejum funciona como uma espécie de ritual de entrada na vida adulta. (“Mês do Ramadão foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação para a humanidade e evidência de orientação e discernimento”. Fonte: Al Corão, 2:185. – nono mês islâmico

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BEDUÍNOS Homens nômades do deserto

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O Alcorão (livro sagrado para a religião islâmica)

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“Os Xiitas, ou “partidários de Ali”(shi ‘it’ Ali), eram os que condicionavam sua lealdade à família do Profeta, perpetuada pelos filhos de Fátima, a única filha de Maomé, e Ali, seu genro. Os xiitas não admitiam que o governante fosse um mero administrador da Lei […] o líder deveria também ser um guia espiritual que continuaria a receber a Revelação pelo parentesco com o Profeta. […] Para os xiitas, o governo funda-se em bases teocráticas. Em oposição estavam os sunitas. Estes ortodoxos começaram a surgir após a morte de Maomé, quando seus ensinamentos e a própria Revelação passaram a ser escritos e estudados. […] Para os sunitas, a Revelação estava completa. A religião e a política estavam interligadas pelo papel , sobretudo moral, dos califas de zelarem pelo cumprimento da Lei, sem que pudessem extrair daí nenhum tipo de poder divino.Elaine Senise Barbosa. A encruzilhada das civilizações: católicos, ortodoxos e muçulmanos no Velho Mundo. SãoPaulo: Moderna, 1997. p. 54-5.

Após a morte de Maomé, os muçulmanos tiveram que decidir quem ocuparia o lugar deixado por ele. A disputa sucessória provocou uma hostilidade gratuita entre os muçulmanos, dividindo-os entre sunitas e xiitas.

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A cultura Islâmica

As duas imagens mostram a cidade de Meca em dois momentos . A menor retrata a cidade em 1930, já a maior é uma foto atual. Baseado nas imagens e no texto responda as seguintes questões:

Fé no progressoA Grande Mesquita em 1930 (à esq.) e hoje: a Arábia Saudita investe 345 bilhões de dólares na construção de prédios de luxo e um shopping center, que deram ensejo a uma corrida imobiliária(Fotos Keystone-France/Getty Images e Mustafa Ozer/AFP )

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Bibi Aisha, afegã que teve as orelhas e o nariz cortados pelo marido, como castigo para fugir de casa. (grande vencedora do World Press Foto)

Mulher muçulmana praticando esporte

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Aula 04 – Os Fundamentos Islâmicos

TEXTO 1) […] Meninas proibidas de ir à escola e condenadas ao analfabetismo. Mulheres impedididas de trabalhar e de andar nas ruas sozinhas. […] Mulheres com os dedos decepados por cortar as unhas. Casadas, solteiras, velhas ou moças que sejam suspeitas de agressões – e tudo o que compõe a vida normal é visto como transgressão- são espancadas ou execultadas. E por toda parte aquelas imagens que já se tornaram um símbolo: grupo de figuras idênticas, sem forma e sem rosto, coberta das cabeças aos pés nas suas túnicas – as burcas. […] O cenário de Idade Médianão era uma prerrogativa afegã. Trata-se de uma avenida permnentemente aberta aos regimes islâmicos que desejem interpretar os ensinamentos do Corão a ferro e fogo. A isso se dá o nome de fundamentalismo. Há países de Islamismo mais flexível, como o Egito, e outros de um rigor extremo, como a Arábia Saudita. Para o pensamento ortodoxo muçulmano, a mulher vale menos do que o homem, explica Leila Ahmed, especialista em estudos da mulher e do Oriente Próximo da Universidade de Massachussetts, nos Estados Unidos. Um ‘ínfiel’ pode se converter e se livrar da inferioridadeque o separa dos ‘fiéis’. Já a inferioridade da mulher é imutável, escreveu Leila num ensaio sobre o tema, em 1992.O papel da mulher no Islamismo. Veja On line

http://veja.abril.com.br/idade//exclusivo/islamismo/contexto_debate.html 2009

Texto 2) […] Não existe a mulher muçulmana. Existem as mulheres muçulmanas. Isso depende de vários fatores, como condição social e país de origem. A mulher muçulmana reza cinco vezes por dia, mas não são todas que cumprem, como em qualquer mandamento religioso. […] Porque a mulher muçulmana é vista pelo Ocidente como uma mulher que tem menos direitos, inferiorizada, submissa? Até pela própria veste se associa isso. Para o Ocidente , o fato de a mulher usar o véué sempre associado à submissão e à ignorância.Já para a mulher muçulmana, o vé é entendido como algo que a dignifica, dá valor, que impõe respeito. É uma ideia diametralmente oposta à que o Ocidente faz do véu e da própria mulher.Quanto aos direitos e deveres, o Alcorão é bem claro quando diz que a mulher tem direitos sobre o marido e o marido sobre a mulher. O Islã foi uma religião que inovou nos direitos da mulher em coisas que a Europa só conseguiu há pouco tempo. A mulher no Ocidente não votava. A muçulmana tem esse direito desde o surgimento do Islã. A mulher tem o direito ao divórcio e á herança, o que é bem mais recente na Europa.[…]

Fabiana Fevorini. O véu dignifica a mulher. Isto é Gente on line\

www.terra.com.br/istoegente/exclusivo/outubro2001/muculmanos.htm

2009

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TEXTO 1)

Vincular islamismo a terrorismo é como ligar catolicismo a pedofilia

São Paulo, 11 de agosto de 2011

“[…] Para estudiosos de teologia, após os atentados de 11 de setembro as autoridades islâmicas se posicionaram fortemente contra o terrorismo, mas motivações políticas nortearam um esforço do Ocidente de vincular injustamente a religião a atos de extrema violência. “Acho que a gente poderia fazer uma má comparação dizendo que o catolicismo é pedófilo, como se a gente passasse a tratar algo que acontecesse dentro do catolicismo como alguma coisa caracterizadora”, segere a professora de pós – graduação de ciências da religião da Pontíficia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Maria José Rosado Nunes

“No meu ponto de vista, há um problema do Ocidente nessa identificação de terrorismo e Islamismo. Isso é uma questão política que deveria ser trabalhada e discutida. Não é justo para o Islamismo esse vínculo de terrorismo. O Islã não é terrorista

http://noticias.terra.com.br/mundo/11-de-setembro-10-anos/noticias/0,,OI5279583-EI18316,00-Vincular+islamismo+a+terrorismo+e+como+ligar+catolicismo+a+pedofilia.html

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O Islã e a Política

“A maioria dos muçulmanos compartilha com os não muçulmanos a preocupação com a ameaça do extremismo religioso e o medo do terrorismo. Por mais que se digam identificados com os textos sagrados do Islã, Bin Laden e outros terroristas não são adequadamente muçulmanos. Não são devotos. Nada têm de ortodoxos. Para lançarem-se em suas guerras profanas, eles ignoram ou violaram leis e doutrinas básicas da religião que dizem defender. Eles desrespeitaram os requisitos clássicos do Islã para uma Jihad justa e não reconhecem limites além daqueles estabelecidos por eles próprios. Rejeitaram os regulamentos da lei islâmica sobre os objetivos e meios da jihad: a violência só pode ser proporcional à agressão sofrida; o invasor deve ser repelido com o uso da menor força suficiente para isso; é vedado o ataque a não combatente; a jihad só pode ser declarada por um governante ou chefe de estado. A maioria dos muçulmanos enxerga Bin Laden como o pior inimigo do Islã. Compartilha com os não muçulmanos a preocupação com a ameaça do extremismo religioso e o medo do terrorismo dirigido a suas famílias e sociedades.”

Esposito, John L. Veja: Editora Abril, ed. 2216 – ano 44 – n◦ 19 11 maio de 2011. pp 96-97

TEXTO 2) BIN LADEN: O PIOR INIMIGO DO ISLÃ

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A formação de uma sociedade – cap.3

A passagem de uma unidade política para uma sociedade, tendo em vista a contradição dos sistemas de governos descentralizados;

Surgem dinastias locais, como os safaridas no Irã Oriental (867-1495); os samanidas no Curasão (Ásia central), tulunidas, no Egito (868-905), etc.

Mas isto não é sinal de fraqueza social, pois já se criara um mundo muçulmano cimentado por muitas ligações;

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A articulação do Islã, cap.4

Comenta a disseminação da língua árabe para outros povos, o que possibilitou o surgimento de um novo tipo de literatura em que se articulou o significado e as implicações da revelação entregue a Maomé;

Esta disseminação mudou inclusive a natureza do que nela (língua) estava escrito;

O Deus do Corão é transcedente e uno, na obra é investido de atributos – vontade, conhecimento, audição, visão e fala; o Corão é a sua palavra

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Parte II – Sociedades Muçulmanas Árabes séculos XI-XV

Neste período se expande na Anatólia e na Índia, mas perde os territórios na Espanha;

Os turcos formam a elite dominante em grande parte do lado oriental do mundo muçulmano;

Surge uma vasta divisão política em três áreas: Iraque, em geral ligado ao Irã; Egito, que dominava a Síria e a Arábia Ocidental; e as várias regiões do Magreb;

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Parte III – A Era Otomana – séculos XVI-XVIII

Neste período, a maior parte do mundo muçulmano foi integrada em três grandes impérios – dos otomanos, safávidas e dos grão-mongóis;

Todos países de língua árabe foram incluídos no Império Otomano, com capital em Istambul;

O império foi um Estado burocrático e foi, igualmente, a última grande expressão da universalidade do mundo do Islã;

No fim do século XVIII, a elite Otomana começa a observar o declínio de poder, em vistas do fortalecimento dos Estados europeus;

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Safávidas – Estado xiita iraniano – proveniente dos curdos e azeris governaram a Pérsia no

período

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Safávidas

A dinastia safávida teve sua origem na “Safawiyyah”, que foi criada na cidade de Ardabil na região do Azerbaijão iraniano. De sua base em Ardabil, os safávidas estabeleceram controle sobre toda a Pérsia  e reafirmaram a identidade iraniana  da região, tornando-se assim a primeira dinastia nativa, desde aquela do Império Sassânida, a criar um Estado unificado iraniano.Apesar do seu desaparecimento, em 1722, os safávidas deixaram sua marca na era atual com a criação e disseminação do Xiismo em grandes partes do Cásucaso  e da Ásia Ocidental, especialmente no Irã.

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Ficou conhecido como Império Otomano  um importanteestado que durou de 1299 a 1922, e que compreendia vastos territórios no norte da África, sudeste da Europa e Oriente Médio. Estabelecido por um ramo dos vários povos turcos que migrou para a península da Anatólia (onde hoje existe o moderno estado da Turquia), o Império Otomano é considerada a última potência global do mundo islâmico até os dias atuais.Seu nome é derivado de um de seus mais importantes líderes, Osman I (ou Otman I), o fundador da Dinastia Otomana, que governaria este complexo, poderoso e diverso estado a partir de várias capitais, sendo a primeira Söğüt, depois Bursa, Edime e finalmente a histórica Constantinopla, cuja conquista em 1453 marca o fim da Idade Média e início daModerna.A característica marcante e explicativa da expansão do império era a tolerância dos otomanos com as tradições e as religiões dos povos conquistados. Sob a administração do sultão em Constantinopla, estavam albaneses, sérvios, búlgaros, gregos, romenos, croatas, árabes, curdos, turcos, berberes, e muitos outros; tais povos tinham várias denominações religiosas, entre elas, cristãos católicos, maronitas, coptas e ortodoxos, muçulmanos sunitas e xiitas, judeus, mandeus, drusos, entre outros. Tal era a extensão de seu território, que este dividia-se em 29 províncias e numerosos estados vassalos (pertencentes ao império, mas que haviam chegado a um acordo com o soberano otomano para manter a estrutura administrativa vigente).

Ímpério Otomano

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Solimão, o Magnífico – 1520-1566

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Parte IV - A Era dos Impérios Europeus – 1800-1939

Era de dominação da Europa; Expansão do comércio em larga escala; A primeira conquista de um país de língua árabe foi a da

Argélia pela França (1830-47); O governo Otomano adotou novos métodos de organização e

administração militar, modelados nos da Europa; Tunísia e Egito caem sob controle Europeu, seguidos por

Marrocos e Líbia; O advento nacionalista acaba por interferir na própria

teocracia dos Estados islâmicos; Segundo Hourani, “tirando raros momentos de levante, as

novas ideias quase não alteram a vida das pessoas no campo e no deserto” (p.349)

O término da Segunda Guerra Mundial assinalou também o desaparecimento final do Império Otomano.

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Partilha da África - Egito e Magreb; Imperialismo; Cultura do Imperialismo; Ascensão da intelectualidade

(intelligentsia); Surgimento do nacionalismo;

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Parte V – A Era das Nações Estados depois de 1939

Estrutura de poder do mundo alterada pela II GM; A criação do Estado de Israel assinala uma derrotas dos

Árabes; A ideia dominante nos anos 1950 e 1960 foi a do

nacionalismo árabe, aspirando a uma estreita relação entre os países árabes; independência do jugo das superpotências e reformas sociais para uma maior igualdade, a exemplo das ideias encarnadas por Gamal Abd al-Nasser, governante do Egito;

Porém, a derrota de Egito, Síria e Jordânia, em 1967, contra Israel, obliterou tais ideais;

Porém, o desenvolvimento do ramo petrolífero, possibilitou um grande desenvolvimento dos países árabes, acabando por atrair migrantes de outros países;

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A perda territorial da Palestina

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