Uma semente que também germina para a evolução. A produção da castanha é uma actividade...
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CASTANHA
Uma semente que também germina para a evolução
CASTANHAA produção da castanha é uma
actividade estratégica para o nordeste transmontano, contribuindo para a fixação da população e para o incremento de actividades económicas ligadas ao meio rural.
Em 2009 decorreu a 4ª edição da rural castanea, uma iniciativa que pretende divulgar a castanha de Vinhais;
CASTANHAEm Vinhais, numa altura em que a
Feira do Fumeiro está plenamente consolidada, o município pretende valorizar a castanha, promover a sua produção, promover e divulgar a investigação científica no sector e apostar em novas vertentes de exploração dos soutos, como o turismo e a produção de cogumelos.
A IMPORTÂNCIA DO CULTIVO DA CASTANHA
Hoje o castanheiro assume o papel de ex-líbris da paisagem localA produção da castanha é uma
actividade estratégica para o nordeste transmontano, contribuindo para a fixação da população e para o incremento de actividades económicas ligadas ao meio rural.A castanha é um produto com um
elevado potencial de crescimento por tratar-se de um fruto com uma procura excepcional
A IMPORTÂNCIA DO CULTIVO DA CASTANHA
Em Portugal Continental assistiu-se, desde a década de oitenta, a um aumento significativo na área de castanheirosPara esta situação foram decisivos alguns
factores:A valorização da castanha nos mercados
internacionais, consequência da diminuição da produção europeia.Os incentivos ao plantio no âmbito de
programas comunitários;As condições edafoclimáticas favoráveis a
sua expansão e ao seu desenvolvimento;A existência de material vegetativo de
qualidade
REPARTIÇÃO REGIONAL DA ÁREA E DO NÚMERO DE
EXPLORAÇÕES COM CASTANHEIROS POR CLASSES DE ÁREA.
PRINCIPAIS MERCADOS
Principais consumidores são o Brasil, Espanha, Itália e França;
O valor e consumo da castanha aumentou em todo o mundo.
Forte concorrência estrangeira, nomeadamente Espanha e França.
Valores da castanha estrangeira são mais acessíveis, que a castanha da terra fria transmontana.
CUSTOS ASSOCIADOS Á SUA PRODUÇÃO
Para o ano de 2002 os preços de custo foram avaliados em 295 euros por hectar
(englobando custos como a mão de obra, essencial sobretudo para a poda e colheita, fertilizantes, lavragens, etc.).
À castanha não é acrescido qualquer valor na origem pelo produtor.
OPERAÇÕES QUE PROMOVEM UM
ACRÉSCIMO DE VALOR AO PRODUTO
LimpezaSelecção de variedadesCalibragemDesinfecção Conservação Embalagem DescasqueCongelamentoProdução de pasta de castanha
CUSTOS ASSOCIADOS Á SUA PRODUÇÃO
Porém existem contra tempos que alteram o valor do produto como:
baixa produtividade dos soutos;aumento dos problemas de fitossanidadedéfice de organização entre os produtores
para a comercialização do produto;desertificação do meio rural e elevada
faixa etária no elo da produção; concorrência desleal; práticas especulativas; assimetria do poder negocial entre as
grandes superfícies e os fornecedores; massificação da produção nacional pela
introdução de variedades estrangeiras e progressiva supressão das variedades regionais
POTENCIALIDADES
entrada de divisas no país com os mercados de exportação;produto muito valorizado e de
prestígio no estrangeiro;produto usado na alimentação
humana e animal; grande facilidade de
escoamento; material genético valioso; produto biológico; investigação em híbridos
resistentes às doenças da tinta e cancro;
VALOR MONETÁRIO
A maior área de produção de castanha na Terra Fria Transmontana representa cerca de 10 milhões de euros.
A castanha é o produto mais produzido na Terra Fria Transmontana
BENEFÍCIOS PARA A
POPULAÇÃO LOCAL
Principal rendimento para grande parte das famílias na região.
Alimentação do gado.
PRINCIPAIS FACTORES DESFAVORÁVEIS A UMA
PRODUÇÃO DE QUALIDADE
Condições climatéricas- Chuvas - Geadas
Pragas- Doença da tinta - Cancro do castanheiro
DOENÇA DA TINTA
Em Portugal a Doença da Tinta, cujo nome se deve à cor negra que a árvore adquire por baixo da casca quando atacada;
É conhecida desde o século XIX e constitui uma das maiores ameaças à cultura do castanheiro, tendo-se verificado em diversas regiões a destruição em massa de extensas áreas de souto.
CANCRO DO CASTANHEIRO
A doença que está presente na Europa há várias décadas foi detectada pela primeira vez, em Portugal, em 1989, na região de Trás-os-Montes
Fig.1 - Tronco infectado com cancro do castanheiro
ZONAS AFECTADAS
A zona de Padrela foi a mais afectada, verificando-se que a variedade Judia apresenta maior sensibilidade à doença.
No território da TFT o cancro do castanheiro afectou com maior intensidade a zona de Parada.
PARASITASAgricultor com nova arma para combater doenças do castanheiro
“Apesar dos inúmeros trabalhos de investigação postos no terreno, ainda não existe uma cura para as doenças que ameaçam os castanheiros, como a tinta ou o cancro. No entanto, no combate ao "bichado", a técnica de atrair para uma armadilha os insectos machos, através da utilização de feromonas, tem "dado frutos" na produção de uma empresa transmontana ”
José Manuel Cardoso 19 de Novembro de 2009A voz de Trás-os-Montes
VARIEDADES DE CASTANHAS DOMINANTES
Predomina nos soutos mais antigosCastanhas pequenas, mas com melhor sabor
É uma variedade de grande dimensão, sendo por isso muito utilizada nas novas plantações , também por ser resistente a doença da tinta.
Variedade de castanha francesa comparada com a variedade judia.
1ºlongal
2ºJudia
3ºMarron
Pontos Fortes
Aumento significativo da área de castanheiros na região de Trás-os-Montes.
Boa valorização da castanha nos mercados internacionais, consequência da diminuição da produção europeia baseada na cultura de montanha.
A castanha portuguesa impõe-se há décadas no mercado externo, sendo um produto que nos permite manter, com larga vantagem, um saldo positivo na balança comercial.
A nível nacional existem quatro “Denominações de Origem Protegida” (DOP) para a castanha. A certificação da castanha pode ser uma mais valia para os produtores, garantindo o escoamento do fruto ao melhor preço.
Existência de unidades industriais, nomeadamente a da congelação da castanha, localizadas junto das zonas de produção, com boa capacidade de laboração e já com tradição nos mercados externos.