Uma Teologia Para a Plantação de Igrejas (Carta Circular 2012 ARBCA)

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Uma Teologia Para a Plantação de Igrejas, por Gordon Taylor, Hank Rast, David Campbell, Jim Dundas, John Miller e Brad Swygard (Carta Circular 2012 ARBCA)

Transcript of Uma Teologia Para a Plantação de Igrejas (Carta Circular 2012 ARBCA)

UMA TEOLOGIA PARA A

PLANTAÇÃO DE IGREJAS

Por Gordon Ta ylor

Hank Ras t

Da vid Campbe l l ,

J im Dundas

John M i l ler

Brad S wygard

Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Traduzido do original em Inglês

A Theology of Church Planting • Circular Letter 2012 — ARBCA

By Por Gordon Taylor, Hank Rast, David Campbell,

Jim Dundas, John Miller and Brad Swygard

Via: ARBCA.com

(Association of Reformed Baptist Churches of America)

Tradução por Camila Almeida

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Fevereiro de 2016

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a graciosa

permissão do Comitê de Publicações ARBCA, representado pela pessoa de Gary Marble, sob a licença

Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

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Uma Teologia para a Plantação de Igrejas Por Gordon Taylor, Hank Rast, David Campbell, Jim Dundas, John Miller e Brad Swygard

[Carta Circular da ARBCA • 2012]

O Comitê de Plantação de Igrejas, de acordo com a sua responsabilidade de incentivar o

plantio de igrejas nos Estados Unidos, tem buscado apresentar esta carta às igrejas para

explorar diferentes aspectos da plantação de igrejas. Nós queremos considerar quatro

aspectos do plantio de igreja local: 1) uma breve teologia da plantação de igrejas; 2) per-

guntas a fazer antes de plantar uma igreja; 3) um olhar para tipos culturais de igrejas que

tendem a plantar igrejas; e 4) uma exortação a “olhar para os campos” que já cercam as

nossas igrejas. A carta é um esforço conjunto do comitê, com diferentes homens contri-

buindo para o esforço. O Comitê de Plantação de Igrejas é composto por Gordon Taylor

(coordenador da ARBCA), Hank Rast (presidente), David Campbell, Jim Dundas, John

Miller e Brad Swygard.

Uma Teologia de Plantação de Igrejas

O que é uma boa teologia de plantação de igrejas? Para conhecer a correta teologia, deve-

mos começar com uma boa definição. Dr. James Renihan deu esta definição em cada uma

das Escolas de Plantio de Igreja. “Plantação de igrejas é sobre dar à luz, pela obra do

Espírito de Deus, a congregações adoradoras”1. Embora essa definição não diga explicita-

mente que meios Deus usa para realizar o plantio de uma igreja, no entanto, isso está clara-

mente implícito. Esta definição pressupõe ou implica que existem dois pilares essenciais da

teologia sobre os quais a plantação de igrejas se apoia: a glória de Deus e a responsa-

bilidade humana.

1) A plantação de igrejas deve ter como base e objetivo a glória de Deus. Este é o princípio

fundamental para toda plantação de igrejas. Por que plantar igrejas? É assim que a sabedo-

ria, o poder e a graça de Deus serão mais bem conhecidos no mundo e nos lugares celes-

tiais, como diz Paulo em Efésios:

“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principa-

dos e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso

__________

[1] Renihan, Dr. James, “The Theology of Church Planting” [A Teologia de Plantação de Igrejas], palestra em

Heritage Baptist Church, Mansfield, Texas, 10 de fevereiro de 2011.

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Senhor, no qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele” (Efésios 3:10-

12).

No livro de Atos, igrejas cresciam com o propósito da glória de Deus. Se um milagre era

realizado ou multidões criam, o resultado era o louvor a Deus. Então, hoje, a glória de Deus

deve ser a base que constitui a plantação de igrejas. A glória de Deus é melhor vista em

congregações adoradoras. Enquanto a igreja se reúne para adorar, ouvir a Palavra pregada

e observar as Ordenanças, Deus é glorificado. Este princípio teológico fundamental, a glória

de Deus, deve ser a verdade fundamental para toda a plantação de igrejas.

2) Um segundo princípio teológico de plantação de igrejas é a verdade da responsabilidade

humana. Deus é completamente soberano quanto ao local onde o Evangelho vai e onde as

igrejas são plantadas (Atos 16:6-10). O Deus soberano Quem determina onde o Evangelho

é pregado, também envia homens para pregar. Estes homens pregam sob o comando de

Cristo. Uma vez que existe um comando, a igreja é responsável por enviar homens para

pregar e plantar igrejas.

A verdade da responsabilidade do homem pode ser explorada a partir de duas perspectivas.

Em primeiro lugar, a Teologia Reformada considera seriamente o mandamento de Jesus

para pregar o Evangelho a toda a criatura (Mateus 28:18-20; Marcos 16:15; Lucas 24: 44-

49; João 20:21; Atos 1:8). A principal forma pela qual isso deve ser feito é por meio de

homens vocacionados para o ministério evangélico. “Nós cremos e afirmamos o ofício

especial do ministro da Palavra e dos sacramentos; que há uma proclamação oficial de que

é conduzida por um ministro que é autorizado a falar em nome de Jesus Cristo, enquanto

ele explica e aplica o seu texto conforme a Palavra de Deus”2. Jesus era um evangelista;

os apóstolos eram evangelistas que plantaram igrejas. Em Atos 1:8 Jesus prescreveu os

lugares onde o Evangelho devia ser pregado. Era para começar em Jerusalém e depois ser

estendido para a Judéia e, finalmente, para o mundo. Este foi o padrão que Jesus seguiu.

Jesus pregou o Evangelho localmente e depois foi para as cidades próximas (Marcos 1:38).

Os ministros são responsáveis hoje a pregar o Evangelho localmente e também nas

cidades próximas, como nosso Senhor fez.

Em segundo lugar, a Teologia Reformada leva a sério a necessidade de que os membros

da nova igreja plantada sejam ativamente envolvidos na promoção do Evangelho entre si e

também com outros em sua comunidade. Efésios 4:15 ensina que o resultado do ministério

__________

[2] Planting, Watering, Growing: Planting Confessionally Reformed Churches in the 21st Century [Plantar,

Regar, Crescer: Plantando Igrejas Confessionalmente Reformadas no Século 21], ed. Daniel R. Hyde and

Shane Lewis (Grand Rapids: Reformation Heritage Books) 72.

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pastoral é que os santos estarão falando a verdade em amor, de modo que o crescimento

em Cristo ocorra3. Romanos 15:14 afirma que Paulo está confiante que os crentes são

capazes de instruir uns aos outros. A Bíblia também ensina que todos os crentes, embora

não pregadores que são enviados e ordenados pela igreja, devem ter Cristo e o Evangelho

em seus lábios, enquanto no mercado (1 Tessalonicenses 1:8).4

Os membros da igreja são capazes de falar sobre Jesus Cristo. Este assunto deveria ser

familiar para as pessoas Reformadas a partir de sua instrução catequética. Na sua

exposição do Credo dos Apóstolos, o Catecismo de Heidelberg explica por que nós

chamamos Jesus “Cristo”: Ele foi ordenado por Deus, o Pai, e ungido com o Espírito Santo,

para ser o nosso principal Profeta e Mestre... o nosso único Sumo Sacerdote... e nosso

eterno Rei” (CH, Pergunta e Resposta 31). Em seguida, pergunta como isso se aplica a

nós: “Mas por que tu és chamado de Cristão?”. A resposta é: “Porque pela fé eu sou um

membro de Cristo, e nisso um participante da Sua unção”. Uma parte desta unção é que

nós também somos não somos somente sacerdotes e reis, mas também profetas, “a fim de

que [nós] também possamos confessar o Seu nome” (CH, Pergunta e Resposta 32). Todos

os membros de Cristo por definição, inata e inerentemente têm uma responsabilidade

profética para falar de Cristo ao mundo.5

Assim, a teologia da plantação de igrejas repousa sobre dois pilares: a glória de Deus e a

responsabilidade do homem. Ambos são essenciais para uma compreensão adequada da

plantação de igrejas. A teologia devidamente compreendida produzirá prática correta. A

plantação de igrejas deve começar com a convicção de que a glória de Deus é o objetivo

final da plantação de igrejas e prosseguir com a convicção de que o ministro Cristão e os

santos devem obedecer aos mandamentos de Deus para espalhar o Evangelho e plantar

igrejas. A frase que caracterizou William Carey também deve caracterizar a plantação de

igrejas: “Tente grandes coisas para Deus. Espere grandes coisas de Deus”.

Devemos plantar uma nova igreja?

__________

[3] A diferença de opinião existe quanto a se uma vírgula deveria ocorrer após a palavra “santos” no verso 9.

Mas, não importa a interpretação do verso 9, o verso 15 refere-se claramente a todos os santos em uma igreja

falando a verdade em amor. O verbo está no presente, particípio ativo, masculino, plural, nominativo.

[4] Alguns sugerem que este é nada mais do que a notícia espalhada, mas é melhor ver esta atividade como

evangelística pelos santos nesta cidade estrategicamente localizados. Como Hendriksen diz em seu

Comentário: “Agora, o ponto não é certamente que apenas o rumor com referência à grande mudança em

Tessalônica foi se espalhando, mas sim que os crentes de lá, no entusiasmo de uma grande descoberta,

propagavam ativamente a sua ‘fé em Deus’” (CNT, 1 Tessalonicenses, p. 53).

[5] Plantar, Regar, Crescer. 73.

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Imagine um grupo de anciãos, ou uma congregação inteira, ou um grupo de Cristãos de

diferentes igrejas, ou os representantes de uma denominação em particular discutindo a

plantação de uma nova igreja. A pergunta é: “Será que devemos plantar uma nova igreja?”.

Nossa pergunta é: “quando a resposta deve ser ‘Sim’”?

1) Quando nenhuma igreja existe em absoluto.

Em Romanos 15:20 Paulo afirma que sua estratégia de missão era pregar o Evangelho

onde Cristo ainda não havia sido pregado. Em sua mente, eram lugares onde Cristo não

era adorado em absoluto, um território virgem para o Evangelho. Se a fundação tivesse

sido colocada por alguém (ou seja, se alguém tivesse plantado uma igreja antes dele) Paulo

estava empenhado em seguir em frente e evangelizar em outro lugar. O desejo do seu

coração era alcançar os não alcançados e vê-los confiar em Cristo e formar igrejas Cristãs.

Comunidades e povos não alcançados existem hoje em grande número. Não há falta de

lugares sem um testemunho do Evangelho. Deveríamos estar tentando plantar igrejas lá?

Tendo em consideração os termos da Grande Comissão e a vastidão da necessidade

espiritual, perguntar é o mesmo que responder.

2) Quando uma igreja adicional é necessária.

A suposição aqui é que, em uma determinada cidade ou comunidade já existe uma igreja

Cristã. Por várias razões, no entanto, é necessária uma igreja adicional.

Talvez porque os números a serem alcançados com o Evangelho são muito grandes. As

presentes igrejas não podem tratar adequadamente as necessidades espirituais de toda a

população. A ajuda de outras igrejas é urgentemente necessária.

Talvez porque as igrejas existentes não estão fazendo a obra do Evangelho. Elas têm se

afastado tanto da verdade que elas têm apenas um falso evangelho a proclamar. As neces-

sidades de uma comunidade onde este for o caso são quase tão grandes quanto as de uma

não alcançada.

Talvez porque a obra do Evangelho não esteja sendo feita tão bem quanto deveria ser. A

igreja pode ser tão introspectiva como tendo pouco coração para o evangelismo. Ou os

seus esforços podem ser limitados por causa de uma visão hiper-Calvinista do Evangelho.

Ou pode ser professamente evangélica e muito ativa em seu alcance e ainda assim, a sua

mensagem ter uma diluição grave do Evangelho bíblico. Se assim for, então há necessida-

de evidente de uma igreja que ativamente faça a verdade ser conhecida.

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O que devemos pensar, no entanto, sobre os Batistas Reformados que desejam plantar

uma igreja, porque eles desejam pertencer a esse tipo particular de igreja? (Uma pergunta

semelhante poderia ser feita sobre os Cristãos de outras convicções). Há perguntas sérias

que devem ser primeiramente abordadas. O plantio de uma igreja Batista distintamente Re-

formada é suficientemente importante para justificar os crentes em deixar sua igreja atual,

se essa igreja é solidamente bíblica e engajada em missões? Será que a sua saída poten-

cialmente contribui para a fraqueza dela? O plantio de mais uma igreja poderia prejudicar

a obra geral do Evangelho em um lugar particular (porque as pessoas ficam duvidosas,

confusas ou desiludidas por causa do que eles veem sobre a fragmentação da igreja)?

Estes crentes estão comprometidos com o plantio da nova igreja em uma área de necessi-

dade genuína? A visão do Novo Testamento sobre pecadores sendo salvos e se tornando

parte da igreja de Cristo honestamente os emociona e os conduz? A adequação de ir

adiante com a desejada igreja a ser plantada precisa ser determinada em função das res-

postas a essas perguntas.

Igrejas que Plantam Igrejas

Existe um tipo de cultura de igreja que tende a plantar igrejas? Nossa limitada pesquisa a

partir da história de igrejas de espírito missionário e algumas igrejas dentro da esfera da

ARBCA mostra pelo menos três características diferentes podem descrever igrejas que

plantam igrejas.

Primeiro, parece existir uma correlação entre igrejas que têm ênfases missionárias em suas

igrejas e igrejas que plantam outras igrejas. A igreja voltada para o exterior tende a ser

solidária e interessada em todos os tipos de atividade missionária, seja a plantação de igreja

local ou plantação de igreja em missão estrangeira. Portanto, as culturas de igrejas que

plantam igrejas são engajadas em missões. Elas tendem a ter ênfase na oração por

missões, conferências sobre missões, oração e grupos de apoio de jovens e mulheres com

particular ênfase missionária. Elas podem envolver os seus jovens em missões de curto

prazo. Elas reservam um tempo em reuniões de oração e cultos de oração pelo avanço do

Reino de Deus. Algumas podem ter épocas especiais de oração ou pensar em maneiras

criativas para incentivar e apoiar os missionários que já estão em campo. Algumas pode-

riam incentivar um zelo por missões e plantação de igrejas por fazer com que o seu povo

conheça homens que já estão no campo, lhes visitando e pregando após receber autoriza-

ção, ouvindo seus testemunhos sobre o chamado do Senhor em suas vidas, os chamados

para o sacrifício, e as alegrias e decepções que eles enfrentam. Elas organizam visitas ao

missionário no campo para obter uma perspectiva prática. Outras igrejas podem ter estudos

ou comentários regulares de biografias missionárias na Escola Dominical ou interação em

pequenos grupos.

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Segundo, as igrejas que plantam igrejas tentam plantar igrejas. Algo mais do que oração

geral pela plantação de igrejas deve ocorrer. Buscas tangíveis, que incluem a pesquisa de

áreas particulares com falta de testemunho evangélico, e busca por portas abertas com

tentativas (até mesmo aquelas do tipo mal-sucedidas), parecem caracterizar igrejas que

plantam. Como observou Brad Swygard, escrevendo em uma das Updates [Atualizações],

o Novo Testamento mostra uma atitude proativa na plantação de igrejas. Observando a

atividade de Paulo em Atos 16: “quando o Espírito Santo proíbe o apóstolo de ir para a Ásia,

Paulo e seus companheiros não se sentam e tornam-se cautelosos, esperando a persuasão

do Espírito. Lucas observa que ‘eles intentavam’ ir para Bitínia, mas a porta estava fechada.

Mesmo assim, eles não esmoreceram, mas passaram a Trôade. Enquanto estavam lá, em

meio ao 'intentar', eles receberam o chamado para ir à Macedônia”6. Um pastor da ARBCA

exorta: “nós devemos ter um compromisso e vontade de plantar igrejas, uma crença de que

devemos fazê-lo”.

Essa mentalidade leva à terceira característica das igrejas que plantam igrejas, uma espiri-

tualidade profunda que move as pessoas para fora de suas zonas de conforto. O recente

livro de Robert Davey, The Power to Save [O Poder para Salvar], narra a história do Evan-

gelho na China, começando com o ministério de Robert Morrison em 1807. Mais tarde, no

mesmo século, Hudson Taylor começou a notavelmente bem-sucedida China Inland Mis-

sion, cujos os frutos permanecem até hoje. Davey revela a prescrição bíblica de Hudson

Taylor para levantar missionários e plantadores de igrejas nas igrejas no seu tempo, para

se esforçarem pela salvação dos chineses.

No estudo sobre o Verbo Divino, eu aprendi que para se obter trabalhadores bem-sucedi-

dos não era necessário elaborar apelos por ajuda, mas em primeiro lugar, fervorosa

oração a Deus para que enviasse trabalhadores, e em segundo lugar, o aprofundamento

da vida espiritual da igreja, de modo que os homens fossem incapazes de ficar em casa.7

O mais impressionante é a insistência de Taylor sobre o aprofundamento da vida espiritual

da igreja e, particularmente, os resultados no coração dos homens que os conduzem do

conforto de suas casas ao campo de trabalho. Essa característica está no próprio coração

do empreendimento missionário e da plantação de igreja. Taylor continua a falar sobre a

responsabilidade do Cristão no seu tempo, quanto aos chineses, para que se preocupas-

sem com a salvação dos perdidos. Comentando frequentemente em Provérbios 24:11-12,

onde se lê:

__________

[6] Swygard, Brad, “Evangelism Shows the Mind of Christ” [O Evangelismo Demonstra a Mente de Cristo],

ARBCA, Update.

[7] Davey, Robert, Power to Save [O Poder para Salvar], 110-11.

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Se tu deixares de livrar os que estão sendo levados para a morte, e aos que estão sendo

levados para a matança; se disseres: Eis que não o sabemos; porventura não o conside-

rará aquele que pondera os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma?

Não dará ele ao homem conforme a sua obra?

Taylor exorta: “A culpa vem sobre todo crente que conhece a salvação de Deus e não faz

nada, ou muito pouco, para auxiliar na realização do comando da Grande Comissão. É o

comando de Cristo. É um dever. Em nome da China, Ele chama, no mínimo, para eficaz

oração fervorosa e abnegado esforço extenuante pela salvação do chinês ignorante. A

apatia e indiferença relativa ao bem-estar eterno dos chineses são uma negação da lei do

amor”.8

David Vaughn, missionário da ARBCA na França, pregando em Lucas 24:44-47 no final da

Assembleia Geral em 2010, falou sobre memória de ouvir sermões evangelísticos de cortar

o coração em sua juventude e como eles fizeram o seu coração arder dentro dele e o

impressionar, mais tarde, o desejo e impulso para pregar o Evangelho aos perdidos. Ele

era um daqueles “incapazes de ficar em casa”. Igrejas que plantam igrejas parecem ter algo

do ardente desejo de coração para ver os homens salvos que flui de suas reuniões que por

sua vez empurram os homens para fora de suas igrejas para que façam esta grande obra.

Que o Senhor possa promover essa profunda espiritualidade em nossas igrejas para que

possamos ver mais igrejas plantadas, mais missionários enviados, pela honra do Seu

grande nome e a salvação daqueles que “estão sendo levados para a matança”.

Olhe para os Campos

A Grande Comissão (Mateus 28:18-20) não limita esforços missionários de uma igreja, seja

a campos missionários estrangeiros ou locais. Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os

pecadores (1 Timóteo 1:15). Os pecadores estão por toda parte, perto e longe, em nosso

redor e no exterior. O pecado, idolatria e adoração falsa são questões do coração, não de

geografia. Onde você encontra pessoas, você encontra uma grande necessidade de Cristo,

da pregação do Evangelho e do plantio de igrejas.

Podemos ver facilmente a partir da Escritura que Jesus foi aonde as pessoas estavam.

Paulo também foi onde as pessoas estavam. Este tem sido o padrão da Igreja ao longo da

História. Deve ser conosco também.

Os Estados Unidos têm a terceira maior população do mundo, China e Índia, estando em

__________

[8] Ibid. 112.

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primeiro e segundo lugar. De acordo com o último censo norte-americano, atualmente, mais

de 313.232.044 pessoas vivem em território americano. Em 2020 as projeções são de que

a população aumentará para mais de 346 milhões. Em 2030, esse número aumentará para

370 milhões. Algumas estimativas são de que, até 2040, a população dos EUA será de

mais de 400 milhões de pessoas!

As duas maiores áreas metropolitanas do mundo são Nova York e Los Angeles. Nova York

tem 19 milhões de pessoas e Los Angeles, 13 milhões. Além disso, o censo de 2010 calcula

que existem 51 áreas metropolitanas dos Estados Unidos, com mais de um milhão de

pessoas. As cinco maiores áreas, em ordem, são Nova York, Los Angeles, Chicago, Dallas-

Fort Worth e Filadélfia, variando de 19 a 6 milhões de almas. Mais de 80 milhões de pessoas

vivem nas dez áreas metropolitanas mais populosas do país.

Cristo veio para salvar os pecadores perdidos. Ele também veio para edificar a Sua Igreja

e estabelecer e promover o Seu reino. Ele deu à Igreja a Sua Palavra e Evangelho, a Gran-

de Comissão e o Espírito Santo para prosseguir a Sua obra de evangelização e plantação

de igrejas até que Ele volte. Se esta é a Sua missão no mundo, deve ser também a nossa.

Em Mateus 9, somos informados de que Jesus percorria as cidades e povoados, ensinando

nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino. Ao ver as multidões, teve compaixão por

elas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Com esta realida-

de triste e preocupante diante dEle, o Senhor disse aos discípulos: “A seara é realmente

grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros

para a sua seara”.

Há 72 igrejas-membro em nossa Associação. Há pelo menos uma igreja ARBCA localizada

em 31 estados em todo o país. Isto significa que existem 19 estados sem uma igreja da

ARBCA dentro de suas fronteiras.

Cerca de cinco anos atrás, uma pesquisa indicou que temos 25 áreas metropolitanas dentro

de uma distância de 100-125 metros de uma igreja ARBCA. Algumas dessas cidades têm

um conjunto de três, quatro ou mesmo cinco igrejas ARBCA dentro deste raio. Não é razo-

ável pensar que é possível, até mesmo desejável, que algumas destas igrejas se reúnam

para planta e apoiar uma igreja em uma ou mais dessas cidades que não tem igreja ARBCA.

A hora de começar a atingir os 400 milhões de pessoas em nossa terra é agora, não em

2040! William Carey sabia o que ele estava falando quando disse que devemos orar, plane-

jar, labutar e pagar por evangelização, plantio de igrejas e pregação do Evangelho do

Reino. A Grande Comissão não é toda sobre isso?

A descoberta mais interessante daquela missão relacionada às 25 cidades mencionadas

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acima é a seguinte: cerca de 105 milhões de almas vivem dentro de um raio de distância

de igrejas da ARBCA. Esta representação é de vários anos atrás e é seguro admitir que o

número seja significativamente maior hoje. As igrejas da ARBCA estão estabelecidas no

meio de um campo missionário muito grande. Muitos de nós estão a 100-125 km de algu-

mas das áreas metropolitanas mais populosas do mundo! A força dos números de pessoas

por si só deve mover-nos a orar e estudar as enormes oportunidades que o Senhor colocou

diante de nós como igrejas individuais e como uma associação de igrejas, cuja missão inclui

a cooperação na propagação do Evangelho em nossos bairros, cidades, país e no mundo.

Tal estudo para nos familiarizar com a condição espiritual e oportunidades de missões de

nossos grandes centros populacionais poderia muito bem ser o primeiro passo em um

esforço frutífero pelo Seu reino, honra e glória.

Temos Seu Evangelho, Palavra e Espírito. Temos a Sua Grande Comissão. Já estamos no

meio de um campo missionário enorme. A seara é realmente grande! A única questão que

permanece é simplesmente esta: De que forma nós, como uma igreja, responderemos a

esse chamado e oportunidade?

Em consideração a tal necessidade de enviar missionários para pronta seara na Índia,

William Carey escreveu quanto ao lar, a John Sutcliffe e disse: “Ficar em casa é agora

tornar-se pecador, em muitos casos, e se tornará mais e mais assim”. As mesmas palavras

poderiam ser aplicadas às nossas circunstâncias? À luz do exemplo do Senhor e do Seu

mandato missionário para as igrejas, quem tentaria verdadeiramente questioná-lo? Mais

cedo ou mais tarde devemos começar a fazer esta pergunta a nós mesmos: o ponto de

Carey é relevante para nós hoje, quando nós, como uma associação de igrejas, ficamos a

uma curta distância confortável de mais de 105 milhões de almas?

“Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara”.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.