Uma viagem pela Parahyba

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  • 7/25/2019 Uma viagem pela Parahyba

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    mal feitos, pintando o teto daquele templo. Perguntei seu nome, ele no me respondeu e sorrindo

    desapareceu. E nesse momento percebi que o sacro se edifica utilizando como argamassa o

    sangue e o suor de ilustres desconhecidos. A primeira parte de nossa viagem no tempo chegava

    ao fim, retornaramos ao moderno para nos alimentar.

    Aps o almoo, nos dirigimos para o prximo lugar a ser visitado. Tratava-se da

    Fortaleza Santa Catarina. Logo ao chegarmos, alguns homens vieram nos chamar,

    precisvamos entrar logo, pois, os flamengos estavam se aproximando com suas naus. Ao som

    do disparo de canho, pude ouvir os gritos de um homem ferido e o barulho dos inimigos s

    portas. Minha adrenalina j estava a mil, quando de repente tudo se desfez. Perguntei a todos o

    que havia acontecido, ningum tinha visto nada do que vi. Pensei: estou louco! Mas meu pensar

    foi interrompido pelo chamar de nossa carruagem, nosso prximo e ltimo destino estava a

    nossa espera.

    Colocamos nosso transporte sob uma nau engraada e em poucos minutos estvamos na

    outra margem do rio. Chegamos Igreja de Nossa Senhora da Guia, em Lucena, e lobservamos aquele belssimo templo caracterizado por uma arte ao estilo Barroco Tropical. O

    que chamou a ateno de todos foram as bocas de fogo e o velho portal, lacrado, que dava

    passagem ao antigo manicmio. Mas o que mais me chamou a ateno foi o cemitrio em frente

    igreja. Escutei algumas vozes, cheguei perto e pude ouvir alguns sussurros: me disseram que

    um dia todos ns nos juntaremos a eles...

    Espero que minha narrativa no tenha cansado ao/a leitor/a, perdoe-me se em algum

    momento vacilei na escrita, apenas contei aquilo que os mortos (e os vivos) haviam me dito.

    Sei que fugi do que foi pedido, mas espero que possa compreender o que quis passar. A meu

    ver, nossa visita ao passado foi magnifica. A nica sugesto que tenho a oferecer : na prximaaula de campo, desenvolva apenas uma atividade que mescle aquilo que vimos em sala de aula

    com aquilo que sentimos ao tocar nas pedras secularmente empilhadas e sacralizadas das

    edificaes.

    Obrigado por proporcionar uma das mais belas experincias de um jovem graduando!