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d 1:1000 umpramil 33 abril 2006 tiragem 500 exemplares impressão LPG FAUUSP o umpramil, jornal de todos os estudantes, publica tudo que recebe. vem sendo produzido pela comissão de comunicação, aberta e reunida sempre às quintas às 17h. envio de material para [email protected] enviado por rafael sodré

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revista dos estudantes GFAU

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umpramil 33abril 2006tiragem 500 exemplaresimpressão LPG FAUUSP

o umpramil, jornal de todos os estudantes, publica tudo que recebe. vem sendo produzido pela comissão de comunicação, aberta e reunida sempre às quintas às 17h.

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ATENÇÃO ESTUDANTES!

Nessas páginas, o 1° umpramil do ano. Para quem chega, o umpramil é o jornal de todos os estudantes, em que TUDO é publicado - vontades, escritos, ilustrações...Diante de toda a produção dessa moderna-idade, uma pergunta: como os estudantes vêm comunicando suas inquietações? Coletivo ou individualmente, há nas produções uma expressividade forte?Uma boa referência de produção estudantil foi o que aconteceu na França, em 68. O desemprego, a pobreza, o governo conservador e a falta de perspectivas levaram 10 milhões de estudantes, junto aos trabalhadores do país, a saírem às ruas para protestar contra a precariedade dessas condições. Fez-se passeatas e ocupações. Em fábricas e universidades. A principal escola de arte de Paris, Ecole des Beaux-Arts, foi ocupada. ESTUDANTES TOMARAM OS LABORATÓRIOS GRÁFICOS e iniciaram uma organizada produção de cartazes... intensos, explosivos, alavancas das reivindicações históricas colocadas pela juventude. Essa movimentação - para além da mídia ofi cial, corrompida – constituiu o “Atelier Populaire”, de grande potencial criativo e revelador da inspiração que é a rua.Diferente de hoje, em que a maioria dos artistas se aproveita das situações de crise para suas autopromoções, os cartazistas de 68 não assinavam os trabalhos individualmente. Todas as frases e desenhos propostos eram escritos numa lousa e votados por um amplo comitê de estudantes e trabalhadores.“Os posters produzidos pelo Ateliê Popular são armas a serviço da luta e são partes inseparáveis disso. O lugar correto deles é nos centros do confl ito, isso quer dizer, nas ruas e nos muros das fábricas. Usá-los com fi ns decorativos, expondo-os em lugares burgueses de cultura ou considerá-los como objetos de interesse estético é danifi car sua função e seu efeito”, dizia uma publicação do próprio ateliê. Hoje, num aprofundamento da crise, escancarada já há quarenta anos, viu-se o desemprego chegar a 20% entre os jovens da França, e a 50%, entre os imigrantes - motivos que geraram incontroláveis

protestos ano passado (queima de carros na periferia parisiense). Em março e abril último, por conta da CPE - Contrato do Primeiro Emprego - mais de 60 das 84 universidades francesas e mais de 600 dos 4330 colégios fi caram fechados ou afetados por bloqueios e greves. A elaboração da CPE evidencia que o governo e os empresários franceses têm poucas perspectivas a oferecer à juventude, senão a exploração da sua força de trabalho. Ao contrário de 68, este ano a polícia francesa foi mais rápida e agilizou a desocupação das universidades. Chegaram a construir um muro provisório na entrada da Sorbonne – o “muro da vergonha”, proibindo os estudantes de entrar na Universidade. Mesmo assim, os grevistas saíram às ruas, e com uma forte produção gráfi ca: faixas, pichações, máscaras... mais de 3 milhões de franceses protestaram, e a CPE foi então retirada pelo primeiro-ministro Dominique de Villepin. Ano passado foi a vez das universidades estaduais paulistas (USP, Unesp, Unicamp) entrarem em greve para pressionar o governador, que havia vetado o aumento de 1% da verba destinada à educação. Na FAU, um comitê de greve foi formado pelos estudantes e, junto com as assembléias e passeatas, foram produzidas faixas, camisetas e estandartes. O conteúdo superava a questão do 1%: propunha o MAIS. Nele a denúncia, A FORTE CRISE POLÍTICA QUE AFETAVA (AFETA?) O PAÍS, e o chamado: MAIS ARTE PARA TRANFORMAÇÃO. Os deputados fugiam da votação, o veto permaneceu vetado. A greve acabou, voltou-se à tão prezada normalidade. Diferente da produção que ocorre em momentos de crise (apenas parte dessa constante crise), este jornal está inserido dentro da produção cotidiana. O que ele revela? Não há confl itos por aqui? O que queremos para além da prancheta?A edição 33, pensa então, o que pode ser o umpramil...Temos os instrumentos. A arte para nos colocarmos criticamente diante de nossos confl itos, o jornal como aglutinador e incendiador das belezas, intenções, revoltas, disputas. Uma posição para mil outras.

EXPLODIR PRA MIL TROCAS DE RAMPA, POESIAS DE CARAMELO, POLÍTICAS DE RUA.OCUPÁ-LO!

marco, andrea e amer integrantes da comissão de comunicação

abr.06Ao invés de somente dizer “grève générale” (greve geral), o aviso deixa a primeira letra G subentendida, formando a palavra “rêve” (sonho). Estudantes anunciam assim o “sonho geral”, que estaria muito mais além do que a simples derrubada da CPE.

ago.05O desenvolvimento da greve do ano passado revelou que os estudantes desejavam muito mais do que apenas verbas para a educação. Os estandartes com o “mais” tomavam as ruas e, junto com o maracatu e faixas, reforçavam que “o país tem outra saída”.

mai.68Quando a polícia francesa atacou as fábricas e universidades ocupadas, a rebelião se tornou extremamente violenta. As ofensivas policiais eram tão pesadas que muitos civis se juntaram aos grevistas para protestar contra tamanha brutalidade. Este cartaz apareceu em quase todas as paredes e muros da cidade de Paris.

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SAPOS

“O corpo é uma grande razão, uma multiplicidade com um único sentido, uma guerra e uma paz, um rebanho e um pastor”

“Mesmo em vossa estultice e desprezo, ó desprezadores do corpo, estais servindo o vosso ser próprio. Eu vos digo: é justamente o vosso ser próprio que quer morrer e que volta as costas à vida.(...) Não consegue [o desprezador do corpo] mais o que quer acima de tudo: - criar para além de si.”

F. Nietzsche

“Sabe que, na crise dos grandes valores da história, a estrita lógica formal encontra força de ultima ratio(...) A racionalidade não é mais um guia ou uma luz vinda do alto, mas uma técnica infalível”

G. C. Argan

A realidade tem inúmeras dimensões. Multifacetada, ela é por vezes complexa demais para ser expressa em palavras.Nesta oportunidade ímpar de refl etir sobre a, na, e a umpramil, tento trazer aqui uma refl exão sobre a vaidade da palavra – afi nal este não deixa de ser um jornal, e jornais têm a qualidade de primar pelo texto racional, o dissertativo em detrimento de qualquer outro meio de expressão. Essa primazia não é sem precedentes. Rudolf Arnheim, psicólogo gestaltista e estudioso da percepção humana em relação com a arte, relata, em um de seus livros, Visual Thinking, as origens históricas do preconceito em relação à percepção: “Os fi lósofos sensualistas nos lembraram forçosamente que tudo que está no intelecto já esteve antes nos sentidos. Entretanto, até mesmo eles consideraram a coleta de dados perceptuais um labor sem habilidade, indispensável porém inferior.(...) Dos fi lósofos medievais, como Duns Scotus, os racionalistas dos séculos XVII e XVIII derivaram a noção de que as mensagens dos sentidos são confusas e indistintas e que é necessária a razão para clarifi cá-las. (...) As Artes Liberais, assim chamadas porque eram as únicas dignas de serem praticadas pelo homem livre, se tratavam de linguagem e matemática: gramática, dialética e retórica eram as artes das palavras; aritmética, geometria, astronomia e música eram baseadas na matemática.”

Há, em toda a genealogia do pensamento ocidental, desde os gregos, a separação entre a coleta de informações e o processamento das mesmas em dois domínios independentes. Essa separação é ainda acirrada pela também desconfi ança dos sentidos, o que eleva o pensamento independente da percepção a um nível superior ao da própria percepção – e que chega em talvez o seu extremo com Descartes em “penso, logo existo”.Arnheim, no mesmo livro, mostra que essa separação é apenas teórica: fi siologicamente e psicologicamente, não há diferença cognitiva entre o que ocorre quando uma pessoa olha para o mundo diretamente e quando ela senta com seus olhos fechados e “pensa”. As operações cognitivas chamadas de pensamento não são privilégio de processos mentais acima e além da percepção, mas os ingredientes essenciais dela em si. A racionalidade, deste modo, não só não pode existir sem a percepção, como também as facilidades do sentido são indispensáveis para o funcionamento da mente: segundo Arnheim, “Se a percepção não fosse nada mais que a recepção passiva de informação, esperar-se-ia que a mente não fi caria incomodada ao estar sem tal recepção por um tempo e talvez esse repouso até fosse bem-vindo. Os experimentos com a privação sensorial mostraram, no entanto, que não é bem assim. Quando os sentidos visuais, audíveis, táteis e sinestésicos são reduzidos a uma estimulação sem padrões – nada além de luzes difusas para os olhos e um zumbido constante aos

ouvidos – o funcionamento mental inteiro da pessoa fi ca debilitado. Ajustamento social, serenidade e capacidade de pensamento são profundamente debilitados”. A pessoa, não conseguindo pensar, substitui a estimulação externa por imagens conjuradas – e essas imagens chegam até mesmo a gerar alucinações. A percepção e o pensamento, portanto, embora estudados separadamente por razão de entendimento teórico, interagem na prática: nossos pensamentos infl uenciam o que vemos, e vice-versa.Percebendo-se então que essa separação entre a percepção física e o mental é uma ilusão, entende-se o erro que é prezar o racional – em detrimento, obviamente, do sensorial –, ou o sensorial, em detrimento do racional. Arnheim identifi ca as três atitudes em relação a essa problemática, que gera três tipos distintos de observador: um deles percebe a contribuição do contexto como um atributo do objeto em si. Ele vê, mais ou menos, o que uma câmera fotográfi ca veria: ou porque ele olha ao objeto restritivamente ou sem atenção, ou porque ele faz um esforço deliberado para ignorar o contexto e concentrar-se no efeito local – o que representaria o apreço pelo sensorial –. O segundo procura tirar a infl uência do contexto para obter o objeto local em seu estado puro, sem distorções. O objeto resultante é constante, exceto pelas mudanças ele inicia por si mesmo; ou seja, cria-se um conceito do objeto – o apreço pelo racional –. Há porém um outro modo de compreender a distinção entre contexto e objeto, que não visa eliminar o efeito do fundo no objeto. Pelo contrário, essa terceira atitude aprecia as infi nitas e muitas vezes admiradoras mudanças que o objeto passa ao mover-se de situação a situação. O terceiro observador apresenta uma extraordinária riqueza de visão, ao testar a natureza do objeto expondo-no a condições variadas.Enquanto o segundo observador abstrai um conceito do que se vê, que em razão de o conceito perder o contato com a realidade por meio dos sentidos, torna-se logo abstrato e pouco útil à realidade, o terceiro esforça-se para ver o que realmente há, de alguma forma superando as contradições por nós criadas entre sentidos e mente – caminhando para a percepção de si mesmo como um corpo; como primeiro corpo, um grande corpo, a que está contida a mente e os sentidos. Nietzsche nos fala disso poeticamente:“Aquilo que os sentidos experimentam, aquilo que o espírito conhece, nunca tem fi m em si mesmo. Mas sentidos e espírito desejariam persuadir-te que são eles o fi m de todas as coisas: tamanha é sua vaidade”As palavras são (tal como as imagens, o vídeo, a propaganda), assim, vãs nas mãos de autores que visam unicamente o intelecto, visam difundir seus rígidos e desconcretos, abstratos conceitos, o que por vezes tenta ser justifi cado pela crença em suas utopias – cujo modo de pensar é quando se isola da realidade um caráter, que se crê mais signifi cativo, e fantasia-se o seu desenvolvimento in vitro, sem obstáculos ou contrastes –, que não têm então nenhuma mais conexão com a realidade. Toda abstração de conceito à meta, projetando-se-o ao futuro, é dar vida própria ao conceito, e é, desse modo, utopia. As palavras, entretanto, podem falar também ao corpo, e reconhecer a realidade, acima de negá-la, como o fazem os racionalistas mais entusiasmados. A contradição entre conceito e realidade será somente superada quando deixarmos de tentar superar o corpo por meio do intelecto. O fi lósofo J. Krishnamurti diz-nos que quando temos medo – que é uma realidade

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inegável (temos medo) –, desenvolvemos – inventamos – um conceito totalmente abstrato, que representa o seu utópico oposto, a coragem, que é resistência, contradição, esforço, tensão. Mas quando percebemos completamente o que é medo e não fugimos para o oposto, quando voltamos nossa completa atenção ao medo, então não há apenas a sua cessação, psicologicamente, mas também temos energia que é precisa para o enfrentar. A construção de conceitos irreais, ou des-reais, é deixar-se cair na utopia, na brincadeira mental, no desprezo do corpo.“Perecer, quer o vosso ser próprio, e por isso vos tornastes desprezadores do corpo! Porque não conseguis mais criar para além de vós.

E, por isso, agora, vos assanhais contra a vida e a terra. Há uma inconsciente inveja no vesgo olhar do vosso desprezo.

Não sigo o vosso caminho, ó desprezadores da vida! Não sois, para mim, ponte que leve ao super-homem!–

Assim falou Zaratustra”

F. Nietzsche

Caue Waneck, (que convida a todos que façam suas próprias diagramações dos textos mandados na umpramil, e que tragam à palavra e à imagem o seu signifi cado menos vão, menos vaidoso)

integrante da comissão de comunicação

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RECICLA A responsabilidade de cada um de nós, quanto ao lixo, vai muito além de manter os espaços limpos. O discurso “jogue seu lixo no lixo” está ultrapassado e novos conceitos como a reciclagem passam a fazer parte de nosso cotidianoChamamos de lixo tudo aquilo que não nos serve mais. Esse conceito, porém, não existe na natureza, onde tudo se transforma, tudo se decompõe, tudo se recicla.O lixo tornou-se um dos principais problemas ambientais pois sua produção está sendo cada vez maior, numa velocidade incompatível com a capacidade da natureza em reinserí-lo ao ciclo natural da vida.

A reciclagem é um processo em que objetos dão origem a novos produtos,

semelhantes ou não aos objetos de origem. É uma forma de reduzir o

uso de matérias primas e minimizar a produção de lixo, mas não é sufi ciente.

Não se pode esquecer que essa produção está diretamente relacionada ao consumo. Quanto mais se consome, mais lixo se produz. A questão, então,

envolve a refl exão sobre o consumo e o desperdício e deve ser trabalhada

dentro do princípio dos 3rs, que estabelece a seguinte hierarquia de

valores: 1º, a redução do consumo e do

desperdício, 2º, a reutilização dos materiais e 3º, a reciclagem.

A reutilização e a reciclagem dos materiais são alternativas dentro do sistema onde as coisas são produzidas, consumidas e logo descartadas. Esse tipo de sistema favorece a geração de lixo e nega a idéia de circularidade, própria dos ciclos naturais.Assim, a complexa questão do lixo requer a refl exão sobre nossas reais necessidades de consumo e a reciclagem, antes de qualquer coisa, de nossos pensamentos e atitudes.

thelma sanda hisayasuintegrante da comissão de comunicação

marcos kiyoto fotos

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PASSA LÁ!O chiqueiro é reconhecido internacionalmente pela sua marginalidade peculiar no ambiente acadêmico. Com frequencia tem sido vítima de olhares preconceituosos, enquanto sua existencia e historia se mantém enigmátios para a imensa maioria dos alunos da FAU.De fato algumas presenças e acontecimentos bi-zarros do passado, macularam o fi lme do chicas.Hoje, depois de um período de marasmo e total abandono, estamos repensando o uso desse espa-ço. A idéia é promover ofi cinas todas as quintas-feiras, de silk, de pintura, de música, e outras. Or-ganizamos também um ambiente de estar, para se encontrar e relaxar...Mas isso ainda é pouco. Temos planos de organi-zar a sala maior do chicas como espaço de desen-volvimento de projetos e estudos em grupo, além das ofi cinas e projeções.Como marco simbólico desta ocupação estamos plantando um vaso e um domus lá dentro.Esse pequeno artigo é um convite. Venha visitar e intervir! Qq coisa, fale com a gente.pedrada, gus e nívea.

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Seguem abaixo três documentos relacionados à reestruturação do TFG:

1. A proposta encaminhada aos departamen-tos, publicada no 1:1000 em agosto do ano passado. Essa proposta rodou todos os departamentos para que os professores fi zessem sugestões e críticas ao documento;

2. A estrutura formal do novo TFG, com a ementa das novas disciplinas e os quadros com as mudanças correspondentes. Esse documento procurou incorporar as mudanças sugeridas pelos departamentos;

3. O resumo do debate sobre o novo TFG real-izado em novembro de 2005 com alunos e professores. As questões levantadas neste debate ainda não foram incorporadas na proposta fi nal.

Atualmente, a reestruturação do TFG está sendo discutida na COC-I (comissão de curso) que tem por responsabilidade discu-tir a proposta redigida pela Câmara do TFG para depois encaminhá-la à CG. Essa proposta será novamente discutida com os alunos antes de ser aprovada, e terá sua implantação e gestão coordenadas pela CaTFG.

Atual formação discente da CaTFG

Representantes discentesAriane Stolfi Carolina GimenezMarcela SouzaMaíra SuzukiMarcos Kiyoto

SuplenteAna Luisa Carmona Ribeiro

TFG VOLTARÁ A SER ANUAL?enviado por carolina ribeiro

Leia a proposta que está sendo discutida nos departamentos da fau:

Proposta para o novo TFG na FAUUSP a partir de 2007.

Esta proposta foi construída a partir de debates entre estudantes e professores desde novembro de 2004. Assim, não se trata de uma posição de todos os estudantes da FAUUSP, nem dos professores que participaram desta discussão, mas de um ponto de partida para compromissos maiores com toda a FAU, discussões onde se leve em conta o percurso e o amadurecimento sobre o tema que vem de longa data entre estudantes, professores e funcionários.

Premissas

O TFG volta a ser anual, e será composto por duas disciplinas supra-departamentais, ambas com oferecimento semestral. A primeira sub-stituirá a atual AUP 610, e a segunda pode ser criada em cima de uma optativa de uma tarde do departamento de projeto. (retornando, em parte, as alterações que propiciaram o TFG em seis meses, com o aumento do número de optativas de AUP). Não haverá recuperação nessas disciplinas de TFG.

A Câmara de TFG (CaTFG) continua a existir e coordenara os trabalhos relativos ao processo do TFG com anuência dos órgãos competentes.

A proposta busca a criação de condições para o encontro cotidiano da comunidade FAU (fun-cionários, professores e estudantes) em torno do tema do TFG, debates sistemáticos, a auto organização dos estudantes além de um maior intercâmbio crítico entre os estudantes, profes-sores e o meio urbanístico-arquitetônico, de forma a uma melhor estruturação dos TFGs.

Para tanto é importante a participação ativa de todos os departamentos, principalmente dos professores orientadores de TFG.

Para que o TFG adquira esse novo caráter, foi elaborada uma proposta de organização da nova disciplina (a ser criada):

Proposta

Os alunos devem se inscrever no primeiro semestre do TFG – sendo este o primeiro ou segundo semestre letivo – no mesmo período das matrículas e, neste momento, devem apre-sentar o seu tema, título e professor orientador (dossiê), como já é feito hoje.

Primeira etapa (anterior às disciplinas)

A primeira etapa do TFG continua a ser a en-trega dos dossiês. Estes devem ser entregue no princípio do semestre da primeira disciplina AU 610 (ou a critério da CaTFG, desde que amplamente divulgado) e devem ser avaliados previamente pela CaTFG, que verifi ca sua estrutura, bibliografi a, parecer do orientador ou outros critérios de organização do trab-alho que a câmara achar pertinente, sempre divulgados antecipadamente aos estudantes. Depois de pré-aprovados, esses dossiês serão distribuídos aos professores para que recebam uma avaliação comentário de contribuição ao trabalho. Recomenda-se que sejam encamin-hados àqueles professores que tenham maior afi nidade com o tema proposto. (Uma lista de 10 professores deve ser pe-dida aos estudantes, podendo ser escolhido qualquer um dos 10 professores)

Caso o parecerista identifi que falhas graves no trabalho e as aponte claramente, poderá ser requisitada uma reapresentação do mesmo.

Segunda Etapa: a primeira disciplina – AU 610

1º semestre de TFG

Esta disciplina é composta por dois momentos: o primeiro, trata-se de um agrupamento de discussões bibliográfi cas que se desenvolvem pelas 10 primeiras semanas; e o segundo, nas 6 ou 7 semanas subseqüentes, pelo desenvolvi-mento de grupos de estudo formado pelos estudantes ao longo das discussões.

Discussões Bibliográfi cas

Tendo feito um levantamento prévio dos temas presentes nos dossiês, a Ca TFG defi nirá grandes eixos temáticos semelhante ao que ocorre atualmente na pós-graduação (a diferença é que nesta os eixos são fi xos, e na graduação propomos que sejam revistos a cada semestre). Essa primeira proposta de eixos será encaminhada aos professores orien-tadores para possíveis sugestões em um prazo determinado. A participação dos orientadores neste momento visa assegurar que todos os temas propostos pelos alunos estejam contem-plados em algum grande eixo.

A defi nição dos eixos pela câmara não implica a obrigatoriedade do aluno se inscrever em um eixo específi co que tenha afi nidade com o seu trabalho, nem participar integralmente de todos os seus encontros. Esta defi nição visa ap-enas um esforço de contemplar todos os temas propostos pelos alunos em seus dossiês. Os professores são responsáveis pelas “aulas” de cada um dos eixos. A idéia é que grupos de professores (não necessariamente do mesmo grupo de disciplinas) proponham um conjunto de seminários, com tema e bibliografi a previa-mente divulgados, que serão ministrados ao longo das 10 primeiras semanas do semestre. Os estudantes devem se inscrever nesses seminários, de acordo com seus interesses, sendo que cada aluno deve se inscrever em, ao menos, em uma “aula” por semana (de prefer-ência num mesmo eixo). Os professores e a Câmara devem garantir um número mínimo de seminários ao longo do semestre, por exemplo, dois grupos na manhã e dois a tarde (o que também é fundamental para retirar o caráter “optatório” com o qual sofremos hoje nas optativas). O interessante é que a cada “dia de aula do TFG” aconteçam na FAU diversos seminários simultaneamente, para que os

inscritos no TFG dividam-se entre eles, for-mando grupos menores (o que propiciaria um encontro de todos os formandos, bem como um dia do TFG ao longo do semestre). Assim, os estudantes devem freqüentar 10 “aulas”, nas 10 primeiras semanas de aula.

Sugerimos que este dia seja na quarta-feira, o que não deve impedir a participação de pro-fessores de tecnologia, nem de qualquer outro grupo de disciplina.Os seminários são abertos à presença de qualquer outro aluno da FAU que se interesse, e também poderiam ser divulgados para fora da FAU e da Universidade.Não haverá limites de inscritos por seminário, o que entendemos fundamental para, de fato, enxergarmos os temas de interesse na FAU-USP, bem como valorizar os melhores temas e/ou professores.

Por exemplo: Em um semestre ocorrerão seis grandes grupos de discussão: Estética e Política; A questão ambiental; Inovações Tec-nológicas e Universalização do Conhecimento; Espaços Públicos no Brasil – um balanço das experiências; Novos paradigmas do Desenho Industrial; Linguagem e Sociedade. Cada eixo deste tem na coordenação 2 ou 3 professores que podem organizá-los da seguinte forma: a primeira semana de apresentação e três módu-los de três semanas com leitura obrigatória e debates programados. Lembrando que é fundamental que estes grupos se dividam entre manhã e tarde com isonomia entre os períodos. Nos módulos podemos ter professo-res convidados, apresentação de pesquisas da Pós-graduação, etc e tal... Fundamental que os professores organizadores participem de todos os momentos de forma a colaborar para o de-bate e o conteúdo crítico que possa sair deste.

Grupos de Estudo

Para as outras 7 aulas (semanas) restantes do semestre os estudantes deverão se organizar em grupos de estudo, por temas de TFG, ou assunto de interesse comum. Estes grupos deverão ser organizados até a 6ª semana letiva e serão registrados na Secretaria da Ca TFG com a apresentação de um cronograma de atividades, um programa de desenvolvimento do trabalho e um dia fi xo da semana para a re-alização das atividades propostas. Haverá lista de presença para estes grupos, que deverão ser retiradas e devolvidas no dia de encontro do grupo.

Por exemplo: Estes grupos podem aprofundar temas desenvolvidos ao longo do semestre, ou caminhar em nuances comuns dos trabalhos. Eles podem ou não contar com a presença de professores.

No fi nal deste semestre cada aluno deverá apresentar um produto dos grupos de trabalho (como relatório parcial de andamento do TFG) que deverá ser entregue junto com o Dossiê do começo do semestre (salvo casos de TFGs cole-tivos, onde todos estes processos poderão ser coletivos). Nesse momento, o aluno também indica uma lista de 10 professores para sua avaliação. (este método é pensado para que o aluno tenha a segurança de uma avaliação de alguém com afi nidade ao tema ao mesmo tempo que, devido a extensão da lista, evite a avaliação “do amigo”). A listagem dos 10 pro-fessores não é obrigatória, mas terão preferên-cia nas opções os alunos que indicarem os 10 professores, e assim sucessivamente.

A câmara de TFG distribui os trabalhos para serem avaliados por um dos profes-sores indicados pelo aluno. Neste momento é atribuído 1/3 da nota do TFG. Quem não entregar nada é automaticamente reprovado nesta disciplina, bem como quem não cumprir a presença mínima. Não haverá recuperação.

A orientação individual segue em paralelo a disciplina – de preferência realizada na FAU, no estúdio, e nos mesmos dias das outras ativi-dades do TFG - para reforçar o encontro entre os estudantes e professores.

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Terceira Etapa: a segunda disciplina - AU6122º semestre de TFG

Este semestre possui uma estrutura mais solta. Como hoje é a AUP 610, onde é privilegiada a orientação, bem como a possível continuidade dos grupos de estudo.

Pré-BancasNo meio do semestre são realizadas “pré-bancas” dois meses antes da apresentação fi nal. O papel dessa banca é apontar caminhos para a fi nalização do trabalho, não tendo caráter qualifi catório. Nela devem participar o orientador e, pelo menos, mais um professor. Sugere-se a realização de apresentações coleti-vas com mais de 2 trabalhos afi ns, onde todos os presentes poderiam opinar e intervir.

Bancas No último mês são realizadas as bancas fi nais, onde são atribuídos os outros 2/3 da nota. As bancas devem ser marcadas e encaminhadas à Ca TFG para apreciação com um mês de antecedência. Os trabalhos fi nais deverão ser depositados com uma antecedência de 15 dias da banca, sem fl exibilidade. A banca deverá ser composta pelo orientador, um professor da FAU, um professor convi-dado (externo à FAU) e, a critério do aluno e seu orientador, a banca pode contar com a presença de um convidado não docente ou docente, como quarto integrante da banca. Não haverá recuperação.

Após o TFG: Divulgação dos Trabalhos

Realização, na FAU, do “Dia do TFG” (já real-izado em 2005 em caráter extraordinário) onde os trabalhos são apresentados novamente, sem a rigidez das bancas e com debate entre todos os presentes.Lançamento de uma publicação anual que reúna os TFGs realizados no ano anterior (pre-visão para agosto de 2005), juntamente com exposição dos trabalhos, quando será realizada uma votação para escolha dos trabalhos que irão representar a faculdade nos concursos de TFG que a FAU participa (ex. Opera Prima e Archiprix).

O AI como o espaço do TFG

Para tentar reunir alunos e professores envolvidos no TFG, defendemos a destinação do ateliê interdepartamental como um espaço para a realização do TFG. Onde se propicie um encontro sistemático entre os diversos profes-sores da FAU, seus estudantes e comunidade externa à FAU.

REFORMAS BUROCRÁTICAS

Como já dito, a AUP 610 se transformaria em uma disciplina supra-departamental, a AU 610. E os créditos de uma disciplina optativa de projeto se converteriam para a AU 612, revertendo um aspecto da reforma curricular do departamento de projeto de 1997.

Seriam criadas algumas disciplinas onde os professores seriam alocados, em pares ou trios (ou no número necessário), que corresponde-riam à carga horária dos seminários a serem ministrados na AU610.

Uma viabilização dos seminários fi caria a cargo da Câmara de TFG, juntamente com as secretarias dos departamentos.

Atual formação discente da câmara:

Adriana FerreiraCarolina GimenezIsadora GuerreiroMarcos Kyoto

SuplentesLara FigueiredoWeber Su� i

Proposta de reestruturação do TFG - Curso: Arquitetura e Urbanismo, FAUUSPImplementação: 1º semestre de 2007

1. Apresentação Esta proposta de reestruturação tem o objetivo de transformar o atual TFG, Trabalho Final de Graduação, em um trabalho anual, com o su-porte didático de duas disciplinas interdepar-tamentais novas, oferecidas semestralmente. Pelo fato de reunirem conteúdos temáticos e docentes dos três departamentos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, faz parte dessa proposta que tais disciplinas sejam enunciadas por AU.Para essa reestruturação são propostas as seguintes mudanças quanto às disciplinas relacionadas ao TFG:1º Exclusão de uma disciplina optativa de 8 créditos do 9˚ semestre do AUP e da discip-lina obrigatória AUP 610 - Trabalho Final de Graduação - 10˚ semestre. 2º Criação das disciplinas obrigatórias AU 610 – Trabalho Final de Graduação I - 9˚ semestre e AU 612 – Trabalho Final de Graduação II - 10˚ semestre.Com as atividades das disciplinas, além de for-talecer o suporte técnico e teórico para os alu-nos, tem-se o intuito de promover mais fóruns de discussões e, consequentemente, um maior intercâmbio de idéias e competências entre es-tudantes e professores para o desenvolvimento dos Trabalhos Finais de Graduação.

2. Alteração da estrutura curricular com a pro-posta de reestruturação do TFG para 2007

Os quadros 1 e 2 mostram a seqüência de dis-ciplinas para o 9˚ e 10˚ semestres até 2006 e a partir de 2007, respectivamente. Os semestres de 1˚- 8˚ não aparecem nos quadros uma vez que a nova proposta para o Trabalho Final de Graduação não os modifi ca.

Quadro 1 - Seqüência de disciplinas aconselhada atualmente:

Quadro 2- Sequência de disciplinas proposta a partir do 1º semestre de 2007:

3. Dados sobre as disciplinas envolvidas pro-posta de reestruturação:

3.1. Disciplina: AUP- 610 Trabalho Final de Graduação (a ser excluída)Unidade: Faculdade de Arquitetura e UrbDepartamento: Projeto Créditos aula: 2Créditos trabalho: 8Tipo: SemestralData de ativação: 01/01/1997vagas: alunos regulares do curso de arquite-tura e urbanismo3.2. Disciplina: AUP - 3 Optativa (a ser ex-cluída)

Unidade: Faculdade de Arquitetura e UrbDepartamento: Projeto Créditos aula: 6Créditos trabalho: 2Tipo: Semestralvagas: alunos regulares do curso de arquite-tura e urbanismo

3.3. Disciplina: AU- 610 Trabalho Final de Graduação I (a ser criada)Unidade: Faculdade de Arquitetura e Ur-Departamento: Interdepartamental, sendo 2 créditos para AUP, 2 para AUH e 2 para AUTCréditos aula: 6Créditos trabalho: 2Tipo: SemestralData de ativação: 01/08/2006 em caráter pro-visório para adaptação da grade curricular01/01/2007 em caráter permanentevagas: alunos regulares do curso de arquite-tura e urbanismoResponsável: 3 docentes, sendo um de cada departamentoA disciplina oferece recuperação

Considerações gerais sobre a disciplina:Esta disciplina tem o objetivo de apoiar e acompanhar os alunos nos aspectos de con-teúdo e metodologia para o desenvolvimento de seus projetos, incluindo a elaboração do dossiê. Para a inscrição nessa disciplina é fun-damental que o estudante já tenha a defi nição do seu tema de trabalho, assim como um pro-fessor orientador para acompanhar a evolução das idéias sobre o TFG.A disciplina é composta por duas etapas de atividades pbrigatórias e organizadas pelos professores responsáveis. A primeira delas trata de um conjunto de discussões bibliográfi -cas e de referências de projeto, organizado por grupos temáticos que se desenvolvem pelas 7 primeiras semanas do curso. A segunda etapa compreende as 8 semanas subsequentes, pelo desenvolvimento de grupos de estudo de acordo com os temas de TFG, formados pelos estudantes ao longo das discussões.

Os grupos elaborarão uma agenda de atividades que terão um dia na semana para reuniões e apresentações. Tendo sido feito um levantamento dos temas e intenções de TFG apresentados pelos estudantes inscritos do TFG, os professores responsáveis pela discip-lina defi nirão eixos temáticos para a formação dos grupos de trabalho. Essa proposta de temas será encaminhada aos professores orien-tadores para sugestões e comentários.No fi nal deste semestre, cada aluno deverá apresentar um produto dos grupos de trabalho (como relatório parcial de andamento do TFG) que deverá ser entregue no fi nal do semestre para avaliação. Essa avaliação representa

9º SEMESTRE DISCIPLINAS CRÉDITOS CARGA SEMESTRE CÓDIGO NOME PRÉ-REQUISITO AULA TRAB. TOTAL HORÁRIA IDEAL

AUT-0520 Pratica Profi ssional - 2 0 2 30 9º AUT OPTATIVA AUT-2 - 4 0 4 60 9º AUP OPTATIVA AUP-3 - 6 2 8 150 9º AUP OPTATIVA AUP-4 - 4 3 7 150 9º TOTAL 16 5 21 390 10º SEMESTRE

AUP-0610 Trabalho Final de Graduação 2 8 10 270 10º TOTAL 2 8 10 270

9º SEMESTRE DISCIPLINAS CRÉDITOS CARGA SEMESTRE CÓDIGO NOME PRÉ-REQUISITO AULA TRAB. TOTAL HORÁRIA IDEAL

AUT-0520 Pratica Profi ssional - 2 0 2 30 9º AUT OPTATIVA AUT-2 - 4 0 4 60 9º AU- 610 Trb Final de Graduação I - 6 4 10 270 9º OPTATIVA AUP-4 - 4 3 7 150 9º TOTAL 18 5 23 510 10º SEMESTRE AU-0612 Trb Final de Graduação II 6 4 16 432 10º TOTAL 6 4 16 432

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1/3 da nota fi nal do TFG. Vale ressaltar que aqueles alunos que não entregarem o trabalho fi nal serão automaticamente reprovados, bem como quem não cumprir a presença mínima nos grupos de trabalho.

3.4. Disciplina: AU- 612 Trabalho Final de Graduação IIUnidade: Faculdade de Arquitetura e UrbDepartamento: Supra-departamental, sendo 2 créditos para AUP, 2 para AUH e 2 para AUTCréditos aula: 6Créditos trabalho: 4Tipo: SemestralData de ativação: 01/08/2007 vagas: alunos regulares do curso de arquite-tura e urbanismoResponsável: 3 docentes, sendo um de cada departamento, em conjunto com a Câmara do TFG (tendo em vista que as disciplinas AU 610 e AU 612 serão oferecidas concomitantemente, os docentes responsáveis e representantes dos departamentos devem ser diferentes nas duas disciplinas).Sem recuperação

Considerações gerais sobre a disciplina:A primeira etapa dessa segunda disciplina do TFG é a entrega do dossiê.Quanto ao Dossiê: os dossiês devem ser entregues no início do semestre da disciplina AU 612 e devem ser avaliados previamente pela Câmara do TFG, que verifi ca sua estru-tura, bibliografi a, parecer do orientador ou outros critérios de organização do trabalho que a câmara achar pertinente. Após a pré-aprovação feita pela Câmara, os dossiês serão distribuídos a professores pareceristas para que recebam uma avaliação com comentários de contribuição para o desenvolvimento dos trabalhos. Recomenda-se que os dossiês sejam encamin-hados àqueles professores que tenham maior afi nidade com o tema proposto. Como já é feito, o aluno indica uma lista de professores para sua avaliação. Sugere-se que o aluno indique cinco nomes para pareceristas. Caso o parecerista identifi que problemas signifi ca-tivos no dossiê, poderá ser requisitada uma reapresentação do mesmo pela Câmara.Assim, fi ca claro que quanto aos trabalhos da Câmara junto aos dossiês, com exceção da atri-buição de nota para o mesmo, não é proposta nenhuma alteração em comparação ao modelo atual de TFG. Vale destacar que é importante que haja um esforço da Câmara e dos profes-sores pareceristas para que as avaliações dos dossiês sejam divulgadas aos estudantes ainda no início da disciplina, para que essas possam de fato contribuir para o desenvolvimento do TFG. Quanto às atividades da disciplina: nesse semestre é privilegiada a orientação individual como carga horária da disciplina, bem como a continuidade dos grupos de estudo. Dentre as atividades dos grupos, é sugerido que os alu-nos realizem apresentações sobre o trabalho em andamento.No meio do semestre os grupos de estudo realizarão seminários abertos ao público na forma de pré-bancas, nas quais os estudantes de um mesmo grupo (originário da disciplina AUP 610) apresentarão seus projetos para uma banca composta por um dos professores responsáveis pela disciplina, o orientador e ao menos mais um professor da FAU, que provavelmente pode ser um outro do grupo de professores orientadores. O papel dessas ban-cas é avaliar o desenvolvimento do trabalho e sugerir caminhos para a sua fi nalização, não tendo caráter eliminatório, porém qualitativo do estágio apresentado do TFG. No fi nal do semestre letivo serão realizadas as bancas fi nais, onde são atribuídos os outros 2/3 da nota. As datas e as composições das bancas devem ser marcadas e encaminhadas à Câmara do TFG para apreciação, com 30 dias de antecedência. Os trabalhos fi nais deverão ser depositados com uma antecedência de 15 dias da data marcada para a apresentação do trabalho fi nal à banca examinadora. A banca deverá ser composta pelo orientador, um professor da FAU, um professor convi-dado (externo à FAU) e, a critério do aluno e seu orientador, a banca pode contar com a presença de um convidado não docente ou

docente, como quarto integrante da banca.

4. Considerações fi nais

As disciplinas AU 610 e AU 612 serão ofereci-das todos os semestres.A institucionalização de duas disciplinas para o TFG não interfere nos trabalhos de orienta-ção e nos atendimentos individuais.Vale ressaltar a importância da adaptação cur-ricular para o novo formato do TFG, durante o 1˚ semestre de 2007.

RELATO DO DEBATE ABERTO DA NOVA PROPOSTA DE TFGRealizado em 29 de novembro de 2005 no espaço do MuseuPromovido pela Câmara de TFG e GFAU (através dos RDs)

APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA

DEBATEProf Minoru Pergunta a respeito do produto do primeiro semestre proposto: seria o dossiê? Recorda que a diminuição do TFG não foi uma reestruturação maquiavélica do Departamento de Projeto e sim uma deliberação da Plenária da FAUUSP de 1986. Depois de 11 anos o Departamento acatou. Ressaltou que as propostas sempre são feitas com as melhores das intenções e que o aspecto fundamental do TFG é a liberdade do aluno que, talvez, pela primeira vez na FAUUSP assume toda a responsabilidade de uma proposta, o que não existe no departamento, sendo que nas disciplinas ele sempre cumpre tarefa. “Temos que preservar a capacidade do aluno assumir a responsabilidade no TFG” .Neste sentido a proposta atual mantém o TFG como uma disciplina, sendo o primeiro semestre um momento sem muita pertinên-cia com o trabalho.CaTFG Esclarece que a proposta do primeiro semestre, não são simplesmente grupos de estudo bibliográfi cos ou de referências, mas que a idéia é um espaço para se desenvolver o TFG de forma mais coletiva. Quando se sugeriu esse formato, pensamos nos atendimentos coletivos de TFG que os Profs Alex-andre Delij aikov e a Klara Kaiser (entre outros) fazem há algum tempo, ressaltando que esses espaços não são exclusivos de “projetação”, pois a proposta mantém a diversidade de propostas de TFGs . Não se acredita que o produto do primeiro semestre seja o dossiê, mas sim um relato do desenvolvimento do trabalho. Assim, a CaTFG selecionará, para esses espaços coletivos, temas que saíram das propostas de trabalho dos alunos.Prof Minoru Ressalta que se é isso, que se redij a direito. Se não corremos o risco de uma proposta estritamente burocrática. Outra coisa ressaltada é sobre o caráter do dossiê. O Prof. Minoru lembra que o dossiê foi criado no departamento de projeto junto com a pré-orientação no sentido de estimular que os estudantes iniciassem o seu processo antes da disciplina do TFG. Pretendia-se um estímulo para o estudante iniciar o seu TFG antes: “mas com a nova proposta o dossiê não perde o sentido?”. Outros pontos de interesse: os professores vão receber carga-horária para orientar? Os atendimentos continuam com os horários livres?

CaTFGO dossiê, nesta proposta, é um andamento do trabalho, muito mais que um tema, como vem sendo feito. É uma maneira de possibilitar o aluno construir o problema, como dizia o professor Minoru, pra justifi car o por quê do dossiê.E os atendimentos estão garantidos; isso foi falha do caderninho resumido, mas na proposta fi nal está lá. O professor não recebe crédito nem carga horária, só os responsáveis pela disciplina de TFG associada à Câmara. Mas seria desejável que se estabelecessem créditos para todos os orientadores, e essa ainda não contempla. Precisamos pensar uma maneira de efetivar isso.

Andrei Sobre a pré-banca fi ca a preocupação de se criar um espaço de julgamento moral do trabalho. Será que esse julgamento, ao invés de ajudar o trab-alho, não prejudica?Prof Minoru Não vê sentido em ofi cializar a pré-ban-ca. É o orientador que deve ter a responsabilidade de encaminhar ou não o seu estudante para a banca. Além disso a atribuição da nota no meio do processo é absurdo. O que vale é o processo e o produto, mas se condicionar uma nota no meio busca-se uma

homogeneização do processo que não condiz com a realidade dos diversos estudantes e aqueles que são de chegada em seu processo de produção. “Se a questão é acabar com o 10 generalizado, façamos então bancas coletivas, com vários trabalhos e todos avaliando juntos”.

CaTFGTambém é contra o 10 generalizado, mas não con-corda totalmente com o prof. Minoru. Acha que uma avaliação após um semestre, em um ano de trabalho, não é homogeneizar. Sugere separar a nota da TFG I da nota do TFG II.

RégisElogiou a proposta do 1º semestreMas discordou da divisão de 1/3 da nota.

Prof Reginaldo RonconiO importante é o produto e o processo, mas não o produto TFG, e sim o produto arquiteto e urbanista que se forma na FAUUSP.E sobre a disciplina, sugere fazer uma disciplina anual com oferecimento semestral, resolve-se desta forma a questão da nota no meio do processo e con-solida como um processo único, evitando possíveis rupturas do processo. Falou sobre a importância de se guardar a memória dos TFGs, e de publicizar a discussão. Não só renovar a discussão que o aluno está trazendo, mas também reciclar os professores.

CaTFG Quem fi car de REC ou desistir não é fazer mais um semestre, mas sim um ano. Não há consenso na Câmara sobre isso.As pré-bancas, os grupos de trabalho e os seminários têm esse caráter de publicizar a discussão, que o Reginaldo dizia.A idéia da publicação e do Dia do TFG tem essa intenção.Prof Minoru“Temos que entrar na questão da didática do TFG, temos que buscar novas soluções para os novos prob-lemas e não ter repertórios para os velhos problemas. Existe um modelo de TFG ganhando força que é o de se criar um monte de repertório e depois fi car repro-duzindo as questões, não podemos cair nisso”.Se a avaliação não fosse feita por uma banca fechada onde manda o orientador, se tomaria mais cuidado com a qualidade dos trabalhos por ele orientados. Uma alternativa é organizar apresentações coletivas, onde as notas são dadas por uma banca única. Como se fosse um júri.

Prof Reginaldo Ronconi“Se temos que usar nossa estrutura para avaliar, vamos fazer com que a nota não seja o fundamental neste processo. O fundamental é a presença. Vamos fazer que a nota do primeiro semestre seja a freqüên-cia. Vamos “obrigar” que as pessoas venham... que venham de cara feia e se alegrem com o nosso processo ao longo do dia, ou que ajudem a mudar o processo que estamos pensando”.Prof MinoruRetoma a proposta da avaliação coletiva na primeira semana de semestre de aula como forma de avaliar a produção dos TFGs

SistematizaçãoDúvidasDossiê: se é produto da 1ª disciplina e quando é entregue.Trabalho do 1º semestre: o que é, se tem nota, se deve existir.Grupos de estudo: discussões teóricas ou de projeto (desenho).Orientações individuais no 1º semestre: se há, se o professor recebe créditos e se tem data fi xa.Pré-banca: qual é o seu caráter, qual a sua necessi-dade, como funciona.Banca: novas formas de avaliação da banca não estão claras. SugestõesDossiê: deixar de existir sendo agora o TFG anual. Problema a ser pensado: quando o dossiê é entregue.Trabalho do 1º semestre: não ter nota, a nota ser por freqüência, ou simplesmente não existir. Discussões: serem momentos de produção, não ap-enas teóricas, e ter acompanhamento de professores.Manter as orientações individuais como são hoje durante os dois semestres. Pré-banca: explicitar objetivos e formato.Banca: ter gente de fora (explicitar regra nova). O TFG como disciplina anual, em vez de duas semestrais.

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(sem título) quando estava falida você quis me destruirtenho uma base fi rme agora e seus esforços serão em vãoserá que você nunca vai me aceitar do jeito que sou?isso infelizmente sou eupara seu desgosto eu não faço parte de uma produção em larga escalatenho sentimentosprocuro me privar dos erros humanos, mas sou umdapior espécie. espécie feminina submissao seu mundo machistaessa sociedade me enojame deixa morta-vivatenho mais capacidade e amor do que muitosnesse mundo errado, eu sou mai incorreta que você janis

tudo tão pequenotão irrelevantetão simplesalmas pequenas o que é falso é mais corretosociedade medíocrea mente é deixada de lado gigantes a ser enfrentadoscriados da raiva de coisa algumaanadiálogo : isolação de mundostodos errados intromissão de uma vida incorretaem outra inconcreta refl exão, ódio, destruição janis

que te comam vivo! cuide, alimente-os, dê-lhes saúde para viver, para morrerhipocresia ter animais de estimaçãotenha aves na gaiola, tire-lhes a liberdadecoma-as no natale os peixinhos coloridos, bem alimentados e confi nados,coma-os na paixãoque raios de religião que prega respeito ao próximo!que eu não esteja próximo, pois não quero perder minha dignidadesou livre para saber utilizar o meio, para saber conviver e deixar viverresistir a tentações por um bem comum janisenviados por fl avia alora

PREVISÕESPARA ARQUITETURA:

PROJETOSPARA UMBIGO

julia o� o

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VAIVÉMMuito além da afl içãoDum perdão com desdémQue retém num cristãoA oração de ninguém

É o vintém da porçãoDo seu pão seu refémNo armazém do patrãoO pulmão desse harém

Muito aquém da noçãoDo senão do porémÉ o vaivém sem opçãoNem ação nem amém

rafael sodré craice2° ano - 02/02/2006

ASSINTONIANão fecho os olhos quando chega a noiteSe ela sabe é estrela ou é luaOs fi os cantam numa pauta muito suaNessa desordem a minha vida é tua

Quando chega a noite mil idéias evoluemPorém deitado sono e manhã me reaçamNossos desejos no cerrado se abraçamE na correria do planalto se poluem

Quando chega a noite sou mais euQuando chega o dia sou talvezNa outra noite a certeza vence o breuNo outro dia já é tudo insensatez

Quando chega a noite deixo a lágrima correrPresa pela realidade que não me deixa sonharNossa distância me força a avinharLonge de tudo, dela, só a te ver

Quando anoitece te estou tão afi mQuando clareia sei que quero mas não vouQuanto anoitece será que pensas em mim?Ou nesse sonho foi só eu quem atuou?

zé da noite

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O meu quarto era poderoso... as coisas me puxavam e quase que diziam:”vai vc consegue ser melhor que isso!!!!!, vai este jeito, o de agora, não está bom!!!, o bom mesmo vc vai fazer chegar no próximo segundo....” e esta foi a pior tortura imaginável por todo o universo. Nada parece agradar...em tudo existe uma falha: no jeito de se colocar “de ladinho”, a cama dizia que o meu braço iria explodir caso não mudasse no segundo seguinte a posição. As inseguranças causavam medo e o medo causava insegurança, como um trem num trilho sem curvas... A cadência era sufocante e inexplicavelmente eterna... sim, foi eterno. Pensava o tempo todo na melodia do “silêncio, no hay banda” (cidade dos sonhos) e este trecho da mesma manei-ra que me apavorava, me seduzia incrivelmente: como se a tal cadência fosse mesmo necessária para que o segundo seguinte a esse fosse mais marcante que este.“Silêncio, no hay banda!” Na verdade estou ainda um pouco lesado e escrevo com um mínimo de tortura _o teclado me diz: os seus dedos estão fatigados!!!!_ .; mas eu vou continuar escrevendo, pois senão coisas piores virão. Agora a nuvem já não me assusta, mas antes ela me as-sustou; é um absurdo a quantidade de medos, desejos e fracassos obtidos nestes 19 anos de vida... Na verdade isto é apenas mais uma insegurança, e isto também e isto e isto.........Bom, nisso tudo tinha o meu irmão que cuidava de mim junto com amiga dele. Neste momento houve um embate entre inseguranças: o de se apresentar não vexaminosa-mente a eles versus entrar numa “good trip”... Para isso, saído mais uma vez de um combate eterno para a afi rma-

ção do meu “ID”, a minha resposta foi a metamorfose à um lagartinho que tenta, descontroladamente, se soltar do ninho (meu quarto) para virar uma borboleta!;;;; é uma pena tê-lo feito na frente da amiga do meu irmão... penso agora o tempo todo: ai, que vergonha.Ao mesmo tempo me torturava com meus medos e noínhas, me descobri prepotente... Achava a todo tempo que sabia de um monte de coisas que absurdamente se encaixavam a tudo, só foi uma pena não poder tê-los descrito decentemente, e aconselho até a pular esta parte das minhas falas gravadas no celular:“-grava, o tempo grava!grava! quero ver. Quero ver o tempo durar aí nesta bosta de aparelho azul que vc é...”“-fi co infeliz de ter desgravado a última gravação... Essas coisas acontecem, o tempo passa e agente tem que escol-her... e a nuvem vai fi cando do jeito que agente quer... ““-aparelho idiota, não consegue nem mesmo(grunhido)... sobrepõe-se uma à outra:qual o seu problema, porque o tempo agora dura pra sempre???(grunhido)...não é disso que eu preciso agora.” .o celular é azul e o estofado é nuvem.Uma agonia onipresente; o tempo descongelando e congelando; no carro falando e gravando ao celular sobre a nuvem do estofado do carro já parece um passado remoto, mas não fez, neste momento, sequer cinco horas q o vivi.

thomas len yuba 1º ano - design

RESTOS DE UM DOCE MAL DIGERIDO

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É proibido vender cerveja, é proibido música ou qualquer tipo de barulho... esse é um cenário que vem se ampli-ando em diversas universidades tanto públicas como particulares nos últimos anos. Uma falsa normalidade começa a tomar conta das universidades.Desde 2003 é proibido vender bebidas alcoólicas nas Universidades do Estado de São Paulo. Os controles começaram pelas lanchonetes e hoje em dia são raros os centros acadêmicos que nunca sofreram pressão por parte das diretorias para encerrarem suas atividades ex-tracurriculares que envolvem venda de cerveja. Em vários campus da Unesp já não se fazem mais repiauers desde meados de 2004. Ampliam-se os controles e as punições e com isso sufocam liberdades mínimas dos estudantes. Mas as proibições não pararam por aí. Eles parecem que-rer acabar com qualquer movimentação que se coloque para além das salas de aula.Na FAU em 2004 proibiram o som de quinta que com seus ruídos musicais atrapalhava os trabalhos em hora de almoço. Pouco importava se dezenas de estudantes vinham de várias unidades da USP para se juntar ao movimento. As reclamações anônimas foram mais fortes e pressionados por possíveis suspensões os estudantes recuaram. No ano passado o Urbando (grupo de mara-catu) e a bateria de Atlética, que se reúnem ao lado da FAU foram proibidos de tocar com base em um decreto de 1972 em que constituem infrações disciplinares, entre outras coisas, praticar ato atentatório à moral ou aos bons costumes, praticar jogos proibidos ou promover mani-festação ou propaganda de caráter político-partidário, racial ou religioso, bem como incitar, promover ou apoiar ausências coletivas aos trabalhos escolares. E assim se desmontam ou destroem várias iniciativas dos estudantes que aparentam não conversar com o sentido geral da universidade.As normas estão aí para o que der e vier. Não importa se criadas em período de ditadura ou não, hoje elas servem como nunca aos interesses conservadores da institucio-nalidade. A ordem do dia é o estado de normalidade e a rotina toma conta de todos os espaços da Universidade. Não bastasse isso, a cada dia novas catracas controlam entradas e saídas, praticamente todas as vigilâncias da USP foram terceirizadas e a polícia militar começa a dar ares de sua graça onde nunca foram permitidos de entrar. O repiauer, no entanto, é a bola da vez. já há um bom

tempo que tenta-se proibir o repiauer, espaço essencial-mente livre dos estudantes, cada vez com uma justi-fi cativa diferente. agora, com o curso de design essas justifi cativas tornaram-se mais palpáveis, já que durante o repiauer acontecem aulas. O primeiro problema levan-tado que impossibilitaria as aulas era a música, quando a música foi desligada o problema tornou-se a cerveja e, o próximo passo parece ser proibir a aglomeração de pes-soas, que com toda a sua barulheira também atrapalharia as aulas. As punições também já começaram. na faculdade de letras devido a uma intervenção nas paredes do CA toda a diretoria do centro acadêmico poderá ser suspensa por 6 meses, na FAU quatro estudantes foram responsabili-zados por um repiauer e por isso foram suspensos por 20 dias (posição que já foi revista pelo último CTA, em que mudaram a punição de suspensão para advertência es-crita). na USP várias unidades estão sofrendo proibições desse tipo em que cada vez mais fi ca claro que as ativi-dades extra-curriculares e os estudantes reunidos não se “encaixam” nesse modelo de universidade. Com certeza o fi m dos repiauers representaria uma grande vitória da normalidade institucional. Porém para os estudantes, que sem dúvida respeitam a necessidade da aula, representa a perda de um dos espaços fundamentais de encontro para além das salas. Os ataques são constantes, porém os argumentos a cada momento mudam estranhamente. Ou quer dizer que os eventos particulares que ocu-pam semanalmente o auditório da FAU com toda a sua barulheira não atrapalham as aulas também? quer dizer que a cerveja é proibida para os alunos no repiauer mas não nesses mesmos eventos em que desfi lam copos de cerveja, vinho e champagne? Ou mesmo na própria aula inaugural do curso de design em que nossos mestres desfrutaram de um bom whisky e valorizaram que um dos grandes espaços da FAU eram seus repiauers? Quer dizer que os estudantes não podem comprar cerveja, mas o próprio COSEAS compra, com dinheiro público, chopp para clube dos professores? as contradições são inúmeras e o que realmente devíamos estar nos perguntando é: porque as diretorias se incomodam tanto com os estu-dantes reunidos em festa?

daniel sene e ilana tschiptschincomissão de festas

É PROIBIDO

pier paolo pasolini comissão de fi lmes

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Na visita ao Jardim América/O Grande Desperdício foi lançada essa proposição. Oposição que inaugura um percurso a percorrer....A certeza é uma só: é preciso reinaugurar a ousadia. Frente ao horizonte da completa mediocridade e apatia devemos contrapor poesia e sonho.

A comissão de visitas é o local onde devem ser desenvolvidos os pressupostos teóricos para essa ação, repensar o conteúdo da arquitetura e da arte para além da academia. Procurar, através do estudo e da pesquisa, esboçar um programa arquitetural que supere a atual incapacidade da arquitetura de apontar um conteúdo além do mais puro pragmatismo ou do mais patético pastiche.

Assim é preciso ir atrás de projetos-situações, as contradições no próprio território construído. Identifi car projetos e obras onde esse conteúdo que procuramos apareça, ainda que de forma abstrata.

Assim a comissão se lança nessas últimas semanas a pensar o edifício Copan, de Oscar Niemeyer e convida a todos que participem dessa refl exão. Na busca de um pensamento de cidade ali contido, imaginar sobre que outras formas a ocupação do território pelo homem pode ser confi gurada, e sobre que outras bases essa ocupação poderia ser pensada.

Novamente é colocado: A necessidade de um projetar fundamentalmente contra em oposição a barbárie da cidade atual. Porém agora devemos avançar na determinação dos elementos que compõem concretamente esse embate. Na visita pretendemos dar esse passo.

gabriel sepecomissão de visitas

CONTATOQual é a mais profunda raiz que toca a su-

perfície-incógnita da origem? O caos urbano é o refl exo de um caos interno, quem sabe

inerente ao homem. Quem sabe gerado por um sistema instável e opressor. A cidade é

a transcendência de uma essência humana, pensar a cidade é encarar um espelho coletivo

e inevitável, para então, ver-se nu.

mariana ponze� a

PROJETAR FUNDAMENTALMENTE

A BARBÁRIE DA CIDADE ATUAL

CONTRA