Uniao Rural - 175

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ANO 16 – Nº 175 – Junho de 2010 Balanço Pecnordeste 2010 recebe maior numero de pesquisadores e mantém volume de R$ 28 milhões em negócios Seca verde é discutida na FAEC e dia 8 na Assembleia Legislativa Com a intensificação do período de estiagem, representantes dos produtores de alimentos e alguns parceiros se reu- niram, no dia 28, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) para apresentar algumas sugestões de medidas ao governador Cid Gomes. “A ideia é elaborar um documen- to que traduza o sentimento coletivo, na tentativa de minimizar os impactos da seca verde no Ceará”, explica o presiden- te da FAEC, Torres de Melo. Pág. 3 Nesta edição Produtores, representantes de sindi- catos e entidades ligadas ao agrone- gócio cearense presentes ontem, 29, na reunião semanal do Pacto de Co- operação da Agropecuária Cearense (Agropacto) promovido pelo Sistema FAEC / Senar-AR/CE, foram unânimes em solicitar um maior aprimoramen- to do Programa Seguro Safra, tema exposto pelo coordenador Estadual de Crédito Rural e Políticas Afins e do Programa Garantia Safra da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, José Ari- mateia Gonçalves. Pág. 4 Durante a abertura do XIV Seminário Nordestino de Pecuária (Pecnordes- te), no dia 14 de junho, a presiden- te da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, que foi homenageada com a Medalha Mérito Rural Profes- sor Prisco Bezerra da FAEC, roubou a cena, quando em seu discurso, cri- ticou a agricultura familiar e o atual modelo de repasse do Seguro Safra aos produtores brasileiros. Pág. 6 Produtores querem ampliar Seguro Safra Kátia Abreu critica a agricultura familiar A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, lamentou a ausência das can- didatas do PT, Dilma Rousseff, e do PV, Marina Silva, do encontro “Presi- denciáveis na CNA”, na sede da CNA, em Brasília. Pág. 3 O coordenador do Seminário, o agrô- nomo Jorge Prado, que é o respon- sável pelo Departamento Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), adiantou que além do incentivo, o evento pre- tende despertar o aumento da pro- dução da palma e os seus múltiplos usos. Pág. 4 Debate com os presidenciáveis Palma Forrageira e outras cactáceas AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL. Numa versão preliminar, até às 16 horas, do dia 17, os promotores do evento (Sistema FAEC/SENAR/SEBRAE-CE) afir- mam que houve um crescimento do nume- ro de pessoas em salas de aula aproxima- damente 4.300 pessoas. “Uma das metas do Seminário é transferir conhecimentos a técnicos, produtores e empresários”, res- salta o coordenador da Comissão Técnico Cientifica, Antonio Bezerra Peixoto. “Come- çamos com 379 pessoas em 1997, nossa meta é chegar em 2011 com 5 mil pesso- as em sala de aula. O número de caravanas de produtores também cresceu considera- velmente em relação ao ano passado, fo- ram 55 caravanas, cada uma com média de 40 participantes, totalizando cerca de 2.200 pessoas nos três dias, o que eviden- cia a vontade dos produtores em adquiri- rem novos conhecimentos”, afirma. Pág. 5 Presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (ao centro) participou da abertura do XIV Seminário Nordestino de Pecuária 013100 - FAEC - Jornal Uniao Rural Ano XVI n 175 - Junho 2010.indd 1 013100 - FAEC - Jornal Uniao Rural Ano XVI n 175 - Junho 2010.indd 1 02/07/2010 09:49:38 02/07/2010 09:49:38

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House Organ do Sistema FAEC / Senar-AR/CE

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ANO 16 – Nº 175 – Junho de 2010

Balanço

Pecnordeste 2010 recebe maior numero de pesquisadores e mantém volume de R$ 28 milhões em negócios

Seca verde é discutida na FAECe dia 8 na Assembleia LegislativaCom a intensifi cação do período de

estiagem, representantes dos produtores de alimentos e alguns parceiros se reu-niram, no dia 28, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) para apresentar algumas

sugestões de medidas ao governador Cid Gomes. “A ideia é elaborar um documen-to que traduza o sentimento coletivo, na tentativa de minimizar os impactos da seca verde no Ceará”, explica o presiden-te da FAEC, Torres de Melo. Pág. 3

Nesta edição

Produtores, representantes de sindi-catos e entidades ligadas ao agrone-gócio cearense presentes ontem, 29, na reunião semanal do Pacto de Co-operação da Agropecuária Cearense (Agropacto) promovido pelo Sistema FAEC / Senar-AR/CE, foram unânimes em solicitar um maior aprimoramen-to do Programa Seguro Safra, tema exposto pelo coordenador Estadual de Crédito Rural e Políticas Afi ns e do Programa Garantia Safra da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, José Ari-mateia Gonçalves.

Pág. 4

Durante a abertura do XIV Seminário Nordestino de Pecuária (Pecnordes-te), no dia 14 de junho, a presiden-te da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, que foi homenageada com a Medalha Mérito Rural Profes-sor Prisco Bezerra da FAEC, roubou a cena, quando em seu discurso, cri-ticou a agricultura familiar e o atual modelo de repasse do Seguro Safra aos produtores brasileiros.

Pág. 6

Produtores querem ampliar Seguro Safra

Kátia Abreu critica a agricultura familiar

A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, lamentou a ausência das can-didatas do PT, Dilma Rousseff , e do PV, Marina Silva, do encontro “Presi-denciáveis na CNA”, na sede da CNA, em Brasília.

Pág. 3

O coordenador do Seminário, o agrô-nomo Jorge Prado, que é o respon-sável pelo Departamento Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), adiantou que além do incentivo, o evento pre-tende despertar o aumento da pro-dução da palma e os seus múltiplos usos.

Pág. 4

Debate com os presidenciáveis

Palma Forrageira e outras cactáceas

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO

ALERTA O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL É OBRIGATÓRIO E, ENTRE AS SANÇÕES, ESTÁ A COBRANÇA JUDICIAL.

Numa versão preliminar, até às 16 horas, do dia 17, os promotores do evento (Sistema FAEC/SENAR/SEBRAE-CE) afi r-mam que houve um crescimento do nume-ro de pessoas em salas de aula aproxima-damente 4.300 pessoas. “Uma das metas do Seminário é transferir conhecimentos a técnicos, produtores e empresários”, res-salta o coordenador da Comissão Técnico Cientifi ca, Antonio Bezerra Peixoto. “Come-çamos com 379 pessoas em 1997, nossa meta é chegar em 2011 com 5 mil pesso-as em sala de aula. O número de caravanas de produtores também cresceu considera-velmente em relação ao ano passado, fo-ram 55 caravanas, cada uma com média de 40 participantes, totalizando cerca de 2.200 pessoas nos três dias, o que eviden-cia a vontade dos produtores em adquiri-rem novos conhecimentos”, afi rma. Pág. 5 Presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (ao centro) participou da abertura do XIV Seminário Nordestino de Pecuária

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PresidenteJosé Ramos Torres de Melo Filho

1º Vice‒PresidenteFlávio Viriato de Saboya Neto

Vice‒Presidente de Administração e Finanças Sebastião Almeida Araújo

Vice‒PresidentesCarlos Bezerra Filho, Expedito Diógenes Filho, Francisco de Assis Vieira Filho, João Ossian Dias, Moacir Gomes de Sousa.

Conselho Fiscal ‒ EfetivosInácio de Carvalho Parente, Normando da Silva Soares, Paulo Helder de Alencar Braga.

SuplentesExpedito José do Nascimento, Francisco Francivaldo Cruz, José Beroaldo Dutra de Oliveira

Chefe de Gabinete Gerardo Angelim de Albuquerque

Editora e Redatora Silvana Frota / MTB 432

EstagiárioJailson Silva, Poliana Iorrane

RevisãoGerardo Angelim de Albuquerque

Editoração Eletrônica e Impressão Expressão Gráfi ca

Tiragem 1.000 exemplares

União Rural ‒ Informativo FAEC/SENARAno 16 ‒ Nº 175 ‒ Junho de 2010Publicação Mensal da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR‒CE)

Endereço Rua Edite Braga, 50Jardim América ‒ Fortaleza ‒ CE CEP 60425‒100Fone: (85) 3535 8000Fax: (85) 3535 8001E‒mail: [email protected] Site: www.faec.org.br

Composição da Diretoria

Expediente

Trechos do pronunciamento do Presidente da FAEC, durante a solenidade de abertura

* José Ramos Torres de Melo Filho

Editorial

“Este poderia ser um momento de profunda tristeza, afi nal esta é a última vez, após 14 anos ininterruptos, que utilizamos esta tribuna para falar-lhes, na qualidade de Presidente da Federa-ção da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará. Esta a entidade que deu luz ao PECNORDESTE e, com sua diminuta equipe, ao lado do SENAR-CE, da Con-federação da Agricultura e Pecuária do Brasil ‒ CNA e do SEBRAE-CE, transfor-mando-o no maior evento da pecuária regional. Realidade que, sem falsa mo-déstia, enche-nos de júbilo e permite que digamos com orgulho ‒ realizamos os nossos sonhos ‒ contribuímos, mes-mo que modestamente, nestes quase três lustros, para melhorar a qualidade da nossa pecuária. A caminhada não foi fácil e só foi possível porque soubemos conquistar líderes que se juntaram a nós na ingente tare-fa de INOVAR”.

“O Nordeste, diz a Folha de São Pau-lo, em sua manchete de 30 de maio últi-mo, VIVE CHINÁFRICA, com aceleração e gargalos/ Investimento aumenta e cré-dito salta para 330%, mas a infraestrutra atrapalha. Se esta assertiva nos envaide-ce, a seca que já vivemos após um ano de elevada precipitação pluviométrica, como o de 2009, traz-nos de volta à rea-lidade com a qual é imprescindível con-viver. A busca para encontrar esta forma de convivência sem traumas é, também, um dos objetivos deste 14º PECNOR-DESTE, e adapta-se como uma luva ao tema escolhido: PECUÁRIA E OS NOVOS PARÂMETROS AMBIENTAIS. A força do tema também foi decisiva na escolha daqueles que seriam, este ano, agra-ciados com a Medalha do Mérito Rural “Professor Prisco Bezerra”, nosso maior galardão. Nada mais justo do que unir

Kátia Abreu à Embrapa, considerando--se que foi nessa empresa, da qual todos nos orgulhamos, que a nossa Presidente encontrou o apoio necessário para en-frentar, em base científi ca, os arautos do apocalipse e a ousadia das ONG’S a ser-viço de interesses antinacionais”.

“Com investimento garantido de R$ 20 milhões nos próximos nove anos, a CNA e a EMBRAPA lançaram, em feve-reiro deste ano, o Projeto Biomas que permitirá ao Brasil, no dizer de Kátia Abreu: ‘mostrar ao mundo que o Brasil não é apenas um grande produtor de alimentos, mas que apresenta também uma produção rural embasada em técni-cas científi cas e ambientalmente susten-táveis’. Esta primeira fase do projeto tem

duração de nove anos, incluindo es-tudos específi cos para todos os seis biomas brasileiros: Amazônia, Caatin-ga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Nesta etapa inicial, 240

cientistas pesquisadores da Embrapa e de outras instituições parceiras, palmi-lharão o território nacional aprofundan-do conhecimentos e experiências para, em seguida, disponibilizar aos produto-res, independentemente de seu porte, gratuita e democraticamente, informa-ções tecnológicas, por intermédio de 350 multiplicadores do Sistema CNA/SENAR. Nossa esperança é que, as seis vitrines tecnológicas, que venham a ser implantadas, em 500 hectares de cada um dos Biomas Brasileiros, derramem--se por todo o território do País”.

“A superação do problema da afto-sa permitirá a ampliação da sua escala de produção para atender os promisso-res mercados do Centro-Oeste. Estamos em véspera de eleições convocadas para eleger os mais importantes cargos do

País ‒ O Presidente da República, os Go-vernadores de todos os Estado brasilei-ros, nossos representantes no Congres-so Nacional (Senadores e Deputados) e nas Assembleias Estaduais, momento muito importante para a refl exão e para reivindicações. Aos candidatos e candi-datas ao cargo de Presidente da Repu-blica, a CNA falará por toda a categoria, após ter ouvido em cinco Seminários Re-gionais e um Seminário Nacional, suas bases sindicais.

“Sentimos que ações já executadas e em execução, caracterizam uma ver-dadeira Revolução em andamento no Sistema Sindical Patronal Rural. Uma Revolução por mais expressão que te-nha o seu líder, não pode ser vencedora sem contar com militantes engajados e conscientes que ‒‘a ideia do líder é o farol que ilumina o objetivo’. A transfor-mação dessas ideias em fatos concretos, compete nos Estados aos Presidentes de Federações e nos municípios aos Presi-dentes de Sindicatos que, com coragem e determinação ampliem o seu quadro de associados e assumam a responsa-bilidade de implantar, em sua área de atuação as novas ideias e programações emanadas da CNA. Uma entidade de classe não se afi rma pela subserviência, mesmo tendo o caráter classista, suas ações devem voltar-se sempre para os interesses de estado. Legitimar a repre-sentatividade para conquistar a autori-dade necessária para criticar, sem nun-ca perder o dever de colaborar”.

... a caminhada não foi fácil...

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Medalha Prisco BezerraÁrea Política ou Administração Pública: Senadora Kátia Abreu

Produtor Rural ou Líder Classista:Antônio José Bitar

Desenvolvimento Econômico Científi co, Tec-nológico ou de Ensino:Pedro Antônio Arraes Pereira, representado pelo chefe geral da Embrapa CNPC, Evandro Holanda

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FAEC propõe medidas para reduzir os impactos da seca verdeCom a intensifi cação do perío-

do de estiagem, representantes dos produtores de alimentos e alguns parceiros se reuniram, no dia 28, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) para apresentar algumas sugestões de medidas ao governador Cid Go-mes. “A ideia é elaborar um docu-mento que traduza o sentimento coletivo, na tentativa de minimizar os impactos da seca verde no Ceará”, explica o presidente da FAEC, José Ramos Torres de Melo Filho. O texto fi nal com as propostas

serão apresentadas durante uma Audiência Pública, no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa do Ceará, no dia 08 de julho, e será coordenada pelo presidente da AL, deputado estadual Domingos Filho.Dentre as recomendações, o

grupo pede o reconhecimento do estado de emergência que a agricul-tura cearense vive hoje, o que per-mitiria ao governo estadual acionar

medidas de proteção ao produtor agrícola. O grupo pede o reconhecimento

do estado de emergência, o que pos-sibilitaria medidas previstas em lei, como a abertura de linhas de crédito especiais para o setor. “Precisamos de linhas de crédito para a salvação do rebanho, pela inexistência de pas-to, fato que está mais agravado pelo excesso de chuva do ano anterior”, justifi cou o Presidente da FAEC.O estado de emergência ainda

proporcionaria outros benefícios aos agropecuaristas, como a suspensão das vistorias realizadas nos latifún-dios rurais pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Regularmente, o órgão fede-ral avalia a produtividade das terras e promove a desapropriação daque-las consideradas improdutivas, com vistas à reforma agrária.As propostas pedem mais apoio

aos produtores rurais, o fortaleci-mento da economia rural e de ativi-

dades não agrícolas realizadas nessa área, a capacitação dos produtores rurais e a proteção ao meio ambiente.

O que esperamos do próximo Governador?O cenário eleitoral cearense de-

monstra propício ao envio de pro-postas aos candidatos ao governo, já que o estado viu, nos últimos dias, a composição de várias coligações de oposição ao candidato, até então, único, Cid Gomes (PSB). Com o rompimento do PSDB

e PSB, surgiram outros candidatos ao governo Estadual, Marcos Cals (PSDB), Lúcio Alcântara (PR) e So-raya Tupinambá (PSol) ‒ concorre-rão com o atual governador. “Não pode haver unanimidade, senão a democracia não funciona. É preciso uma assembleia, a mais eclética pos-sível”, considerou Torres de Melo.Outros encontros da FAEC ocor-

rerão até a audiência pública. “A nos-sa estratégia é fortalecer os pleitos e, com o respaldo da Assembleia, essas propostas se tornarão mais fortes”, explicou Torres de Melo. Além disso, a ideia de lançar

propostas aos candidatos partiu da Confederação da Agricultura e Pecu-ária do Brasil (CNA), entidade que a FAEC integra nacionalmente. Desta forma, a CNA reuniu, no dia 1 de ju-lho, os presidenciáveis em sua sede, em Brasília, onde representantes de todas as federações estaduais, inclu-sive a FAEC, esteveram presentes.

Seminário tem repercussão na AL O Seminário “O que espera-

mos do próximo Governador”, promovido pelo Sistema CNA / FAEC / Senar-CE, na última segunda-feira, 28, repercutiu no dia seguinte, na Assembleia Legislativa, onde deputados da bancada ligada ao segmento da agropecuária, Hermínio Resen-de, Neto Nunes e Cirilo Pimenta, lamentaram o tempo que se leva para liberar a verba do seguro--safra, quando já se sabe anteci-padamente desde o mês de abril, que foi confi gurada uma seca verde no estado. O deputado Hermínio Re-

sende, usou a tribuna da Casa para informar a preocupação da FAEC em primeira mão elaborar as propostas do segmento do agronegócio e apresentar aos candidatos ao governo. “Eu in-tegrei a comissão formada por várias entidades e sindicatos ru-rais, tendo como coordenador o Presidente da FAEC, José Ramos Torres de Melo. Entendo como o Dr. Torres de Melo, que não podemos deixar para a ultima hora, precisamos elaborar medi-das emergenciais para amenizar o sofrimento dos produtores ru-rais que passam por momentos de grandes difi culdades desde abril”, disse o deputado Hermí-nio Resende. Complementando as pa-

lavras do deputado Hermínio Rezende, o deputado Cirilo Pi-menta disse que desde abril a Funceme declarou que teríamos chuva abaixo da média o que fi -cou confi gurado uma perda de mais de 60% dos grãos. “Por que só agora em agosto se libera a primeira parcela do seguro-sa-fra”, indagou. Para Cirilo, “não há interesse do Governo em re-solver o problema do produtor rural e muito menos da falta de água, pois tem recursos sufi cien-te em caixa, o que falta é só de-cisão política e gerenciamento. “Estivemos em Brasília, com o deputado Neto Nunes, represen-tantes da FAEC, OCB, Adece, e de outras entidades pedindo ao Ministério da Agricultura a di-minuição do preço do milho bal-cão, graças a Deus conseguimos, foi uma vitória”. Já o deputado Neto Nu-

nes, presidente da Comissão de Agropecuária e Recursos Hídri-cos, também destacou a difi cul-dade dos agropecuaristas, mas destacou que o governo do Esta-do tem feito a sua parte. A pedido dos parlamentares

será realizada uma audiência pública no próximo dia 8 de ju-lho, na Comissão de Agropecu-ária e Recursos Hídricos, para tratar destas questões e do en-caminhamento de propostas do segmento aos candidatos ao go-verno do estado.

Candidato do PSDB à Presidência defende mais investimentos em pesquisaAmpliar os investimentos em

pesquisa é uma ação indispensável para acelerar o desenvolvimento brasileiro, defendeu o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, no dia 1 de julho, durante o Encontro com Presidenciáveis pro-movido pela Confederação da Agri-cultura e Pecuária do Brasil (CNA). “É um setor no qual mesmo se a gente investir muito, ainda será pouco. Se você tiver 5% de retorno em desco-bertas é possível pagar, com sobra, o valor investido. Em pesquisa, todo o investimento é pouco”, disse o ex--governador paulista.O compromisso com o incentivo

na área de pesquisa foi anunciado por Serra ao responder questão en-caminhada pelo presidente da Fede-ração da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) e vice-pre-sidente diretor da CNA, José Ramos Torres de Melo Filho. O dirigente questionou Serra sobre qual seriam os instrumentos ideais para acelerar o desenvolvimento do Nordeste, na

tarefa de igualar os indicadores da região aos números observados no restante do País.“Vou assumir também a supe-

rintendência da SUDENE [Superin-tendência de Desenvolvimento do Nordeste] nos seis primeiros meses de governo”, disse Serra, reforçando uma proposta que havia apresenta-do anteriormente. “É preciso recuperar o papel da

SUDENE como órgão de planejamen-to. Em Pernambuco, por exemplo, há dois ou três pólos industriais, em ações que aconteceram por si mes-mas, sem intervenção governamen-tal. Não há planejamento integrado”, criticou o candidato.Tem que ter esse órgão de pla-

nejamento com poder, em novas ba-ses. Por isso é preciso o presidente da república em cima para fi xar um novo padrão. O fundo de desenvolvi-mento foi criado por mim, na consti-tuinte. Fui o principal autor. Tinha 2 a 3% de FPM sobrando. Iam empres-tar 8 bi este ano.

Serra reforçou a necessidade de conclusão da ferrovia Transnor-destina, como forma de integração e desenvolvimento do Nordeste. A transnordestina é uma ferrovia que liga o Porto de Suape, no Recife, ao Porto de Pecém em Fortaleza, pas-sando por boa parte de Pernambuco. “A transnordestina é essencial”, de-clarou o ex-governador.A presidente da CNA, senadora

Kátia Abreu, lamentou a ausência das candidatas do PT, Dilma Rousse-ff , e do PV, Marina Silva, do encontro “Presidenciáveis na CNA”, na sede da CNA, em Brasília.A ausência das candidatas, ava-

liou a senadora, impede que haja um verdadeiro debate. “Infelizmente, (a ausência) tira a oportunidade de os produtores conhecerem os candida-tos que podem governar o País”. Ela lembrou, no entanto, que a CNA es-tará “sempre” disposta a ouvir o que os candidatos têm a dizer.

As sugestões elaboradas pelo grupo serão debatidas na Assembleia Legislativa

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Produtores pedem ampliação do Seguro Safra e inclusão do leite, milho e caju no Programa

Produtores, representantes de sindicatos e entidades ligadas ao agronegócio cearense presentes, no dia 29, na reunião semanal do Pac-to de Cooperação da Agropecuária Cearense (Agropacto) promovido pelo Sistema FAEC / Senar-AR/CE, foram unânimes em solicitar um maior aprimoramento do Programa Seguro Safra, tema exposto pelo co-ordenador Estadual de Crédito Rural e Políticas Afi ns e do Programa Ga-rantia Safra da Secretaria de Desen-volvimento Agrário, José Arimateia Gonçalves. Entre as reivindicações está a

inclusão dos produtores de leite e de outros consórcios do programa biodiesel com outras oleaginosas, já que hoje para efeito do programa só

é considerado dentro do consórcio a mamona e o feijão. Os cultivos asse-gurados pelo programa Garantia Sa-fra são arroz, feijão, milho, mandioca e algodão. Segundo o vice-presidente da FAEC, Flávio Viriato de Saboya Neto, o programa Seguro Safra não cobre a perda do produtor de leite, atividade mais desenvolvida no Es-tado, com uma produção de 57 mil litros de leite/dia e muito atingida pela estiagem, pela falta de pasto e de milho, sendo uma das atividades mais praticadas pelos agricultores familiares, público-alvo do progra-ma. “Este valor de R$ 600,00 só da para cobrir 2000 kg de feijão”, o in-teressante era liberar uma verba de um salário mínino por produtor, dis-se Flávio Saboya.

O agrônomo Antonio Bezerra Peixoto, que representa a Secreta-ria de Desenvolvimento Agrário no Agropcato, disse que apesar de ser um programa de largo alcance so-cial, o Seguro Safra precisa ser apri-morado, e um dos questionamentos que vem sendo colocado pela Fetra-ece é quanto a das parcelas do segu-ro, que poderiam ser duplicadas, ou seja, passando dos atuais R$ 600,00 divididos em quatro parcelas, para R$ 1.200,00”, afi rma Peixoto. Conforme argumenta o vice-

-presidente da FAEC, Flávio Viriato de Saboya Neto, o produtor só come-ça a receber o seguro-safra a partir do mês de agosto, quando na reali-dade a seca verde já foi defl agrada pelos próprios órgãos governamen-tais desde abril deste ano, através da perda de 60% da produção. As quatro parcelas vão ser repassadas até novembro e nos meses seguintes (dezembro, janeiro, fevereiro), como vai viver o produtor”, indaga. Já o presidente da Associação dos Caju-cultores, João Batista Frota, reivindi-cou a inclusão da perda da safra de caju, que também ocorreu em larga escala prejudicando cerca de 57 mil produtores no Estado. José Arimatéia Gonçalves ex-

plicou que essas demandas devem ser encaminhadas através de mo-

bilizações da bancada federal no Ceará, pois as regras aí postas não podem ser alteradas. O Seguro Sa-fra 2009-2010 irá contemplar 177 municípios - apenas 12 fi caram de fora, quatro porque não quiseram participar: Meruoca, Pacoti, Guara-miranga e Palmácia - e o restante tem até o dia, 29, para aderirem ao programa que é feito de forma com-partilhada entre União (20%), Estado (6%), Municípios (3%) e o Agricultor (1%). Não é um programa gracioso, é um programa de responsabilidade conjunta, disse.Segundo o gestor da Secretaria

de Desenvolvimento Agrário, nestes 177 municípios inscritos até o dia 28 de junho foram benefi ciados 290 mil e 150 famílias, com um aporte de re-cursos da ordem de R$ 300.000,00. Os números justifi cam a importância deste programa, sendo muitas vezes superior ao que recebe alguns mu-nicípios de repasse do ICMS, disse Arimatéia. “E um programa de forta-lecimento da agricultura, do comér-cio, depois de sua criação, não se vê falar mais em saques ao comércio”, destacou ele.Para o seguro safra 2010-211

está previsto um aumento na parcela para R$ 640,00, o que ainda foi con-siderado muito pouco pelos produto-res presentes ao Agropacto.

Simpósio da palma forrageira reúne especialistas e divulga a hortaliça na alimentação humanaO I Simpósio de Palma Forragei-

ra e outras Cactáceas, realizado no Pecnordeste que contou com a parti-cipação de professores das Universi-dades Federal da Paraíba e do Ceará e ainda do Presidente do Instituto do Semiárido da Paraíba, Aldemir Pereira de Andrade, Mário Antônio Pereira de Borba, presidente do Ins-tituto Nacional de Palma e Cactáceas e do Sistema FAEPA. O coordenador do Seminário, o agrônomo Jorge Prado, que é o responsável pelo De-partamento Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), adiantou que além de incentivar, o evento pretende des-pertar o aumento da produção da palma e os seus múltiplos usos.Airton Melo da Universidade

Federal Rural de Pernambuco da unidade acadêmica de Garanhuns, durante palestra que proferiu dentro do seminário palma forrageira no PECNORDESTE, afi rmou que a hor-taliça do momento é a palma. Da fa-mília das cactáceas se adapta a todo tipo de temperatura sendo o local de seu habitat a região Nordeste e não necessitam de cuidados na conserva-ção como os outros alimentos, pois ela tem uma conservação natural. Tem como principais produtores

Pernambuco, Alagoas, Paraíba e o Ceará. Segundo o estudioso a palma é

uma grande fonte de energia, pois a cada 100kg, 65kg são de energia po-dendo ser comparada ao milho que possui 85%, valores esses conheci-dos por nutrientes de ativos totais. A palma possui também a vitamina A e 10% de minerais como o cálcio e o ferro.

Palma na alimentação infantilDevido ao teor de vitamina A

que é elevada, a palma forrageira

apresenta também diversos tipos de minerais como o ferro - que ajuda a evitar a cegueira noturna dos recém nascidos - e o cálcio que auxilia o crescimento das crianças. Caso es-tiverem se alimentando desde cedo com a hortaliça melhor o desenvolvi-mento, pois estes nutrientes são fun-damentais. Quem afi rma é a profes-sora de tecnologia de alimentos da UFPB, Ione Diniz, durante a ofi cina abordando a palma forrageira na ali-mentação humana do PECNORDES-TE. Ela pode ser usada junto com o molho de tomate ou usada no pica-dinho como recheio, e no curso ofe-recido no evento foram produzidos refeições com a palma inclusive uma torta de forno. E o suco da palma.

EntravesO que difi culta a propagação

deste alimento para as crianças é o preconceito. Para vencer o entrave a professora afi rma que será lançado uma campanha de conscientização e, neste sentindo, que ela utiliza o nome de palma de mesa. “Ela pode ser usada como uma cenoura, um chuchu junto com a alimentação”, orienta a professora Ione Diniz. “O que necessita fazer agora é tirar do campo e levar para a mesa, pois são

grandes os benefícios que ela traz pra nossa saúde” completa a profes-sora. Os participantes do PEC Nor-deste aprenderam a produzir a polpa que é a base para a produção de di-versos tipos de alimentos. A palma possui ainda proprieda-

des anti-infl amatórias, conseqüente-mente melhorando as dores crôni-cas, osteoporose, tem também subs-tancias hiperglicêmicas para baixar a diabetes e colesterol.

Pesquisadora Ione Diniz combate o preconceito e estimula o consumo

Os participantes aprenderam a fazer suco, tortas e até patê com a palma forrageira, através das ofi cinas do SENAR

De acordo com José Arimatéia, até agora, 177 municípios aderiram ao consórcio

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Pecnordeste recebe maior numero de pesquisadores e mantém volume de R$ 28 milhões em negócios

Numa versão preliminar, até às 16 horas, do dia 17, os promotores do evento (Sistema FAEC/SENAR/SEBRAE-CE) afi rmam que houve um crescimento do numero de pessoas em salas de aula aproximadamente 4.300 pessoas. “Uma das metas do Seminário é transferir conhecimen-tos a técnicos, produtores e empre-sários”, ressalta o coordenador da Comissão Técnico Cientifi ca, Antonio Bezerra Peixoto. “Começamos com 379 pessoas em 1997, nossa meta é chegar em 2011 com 5 mil pes-soas em sala de aula. O número de caravanas de produtores também cresceu consideravelmente em rela-ção ao ano passado, foram 55 cara-vanas, cada uma com média de 40 participantes, totalizando cerca de 2.200 pessoas nos três dias, o que evidencia a vontade dos produtores em adquirirem novos conhecimen-tos”, afi rma. Os estudantes do Centro de Ci-

ências Agrárias da UFC, da Faculda-de de Veterinária da UECE, da UNITA de Sobral, escolas técnicas, do Cen-tec e do Pro Jovem Campo também formaram um público diferenciado dentro do Seminário. Eram estudan-tes de Fortaleza, Limoeiro do Norte, Quixeramobim, Ibaretama, Quixadá, que frequentam o curso de tecno-logia e agronegócio. O SEBRAE e o Departamento Sindical da FAEC mo-bilizaram seis articuladores de di-versas regiões do interior para guiar as caravanas dentro do Seminário, que apresentou uma programação voltada para os oito segmentos do agronegócio da pecuária: avicultura, aquicultura e pesca, bovinocultura, apicultura, estrutiocultura, caprino-vincultura, equinocultura e suinocul-tura. Os segmentos não agrícolas no meio rural como turismo no espaço rural e natural e o artesanato tam-

bém tiveram participação ativa no evento, com ofi cinas, mesas redon-das e exposição dos produtos .Com relação aos negócios, a Co-

ordenação preferiu manter ainda os números já anunciados anteriormen-te R$ 28 milhões com vendas de pro-dutos agropecuários, com destaque para a linha de ração, equipamentos para ordenha mecânica, máquinas e equipamentos e medicamentos. Empresas de São Paulo, Minas Ge-rais, Rio Grande do Sul, Brasilia, e do Ceará como a Tortuga, Guabi, Inte-gral, Friribe-Nutreco, Pratigi, Supra, Polinutri, do segmento de nutrição animal, a Intervet um laboratório de saúde animal que tem uma indústria no Ceará funcionando no Eusébio; a Avifran e Emape, do segmento de avicultura, a Agroaves, distribuidora de produtos da linha de saúde ani-mal, o Laboratório Ibasa fabricante de produtos de higiene e saúde para pequenos animais, e Vaccinar, foram algumas das 50 empresas que parti-ciparam este ano nos segmentos de saúde e nutrição animal, no Pecnor-deste 2010. Duas empresas a Suli-nox e Suma são respónsáveis pela

montagem da vitrine do leite, que de-monstra para o produtor as formas mais modernas de ordenha animal. No total foram 200 estandes entre comerciais e institucionais O estande mais visitado foi o das

cadeias produtivas onde estavam ex-postos animais como avestruz, pei-xes, suínos, caprinos e ovinos e va-cas. Outro estande bastante visitado pelo público foi o do Sistema FAEC/Senar/Sebrae-CE, onde a Confedera-ção da Agricultura e Pecuária do Bra-sil - CNA e a Embrapa montaram um painel com pôsteres dos seis biomas brasileiros, numa área de 750m2. Uma maquete representativa indicou as possibilidades de produção conci-liando com o meio ambiente. A ma-quete mostrou as áreas frágeis den-tro de uma propriedade que pode ocorrer por erosão e trânsito de fau-na e fl ora, por recarga de aquífero, com potencial de uso agrofl orestal, para usos diversos e zona com po-tencial para povoamento fl orestais. A Galeria de Inovações Tecnóló-

gicas, foi uma atração a parte, onde foram expostos 176 tecnologias e produtos originários de pesquisas re-

alizadas através de instituições como a Embrapa, UFC,/CCA, UECE/FAVET, CENTEC, órgãos estaduais de pes-quisa de outros estados do Nordes-te que realizaram ainda um Semi-nário da Rede de Inovação Caprino e Ovino-Rico. Foram apresentados trabalhos em forma de poster’s e oral através de 116 pesquisadores e técnicos , e 37 tecnologias expostas nas vitrines tecnológicas o que de-monstra uma aceitação e sucesso da Galeria de Inovações Tecnológicas, diz Antonio Peixoto. Os três melho-res trabalhos apresentados na for-ma oral serão premiados. No local foi feito diariamente a degustação de 23 produtos da pecuária, como queijo qualho, defumado adicionado com pequi queijos probióticos, com uso de ervas e plantas da caatinga, linguiça defumada de caprinos, io-gurte, beiju, mel de abelha, lombo fatiado, buchada de tilápia, doce de leite cremoso de cabra, entre outros. Palma forrageira como alimento

humano, novas áreas e novas tec-nologias para produção de leite, o uso da carne de égua na alimentação humana, festival gastronômico, ofi -cinas de capacitação e inovação a cada duas horas em arenas apropria-das, artesanato e turismo no espaço rural, foram outras muitas novidades apresentadas . Este ano ocorreram ainda três palestras globais, uma sobre Biomas, a segunda tratou do uso Múltiplo das Águas e As ações sociais no Campo.

Agropecuária respeitando o meio ambientePara o Presidente da FAEC, José

Ramos Torres de Melo Filho o Pec-nordeste deste ano inovou ao trazer para o debate um tema da maior im-portância que é o respeito ao meio ambiente. O próprio tema central do evento Pecuária e os novos parâ-metros ambientais, mostra a pre-ocupação das classes produtoras com a questão. Durante o evento, foi lançado o Projeto Biomas trata-se de uma iniciativa inédita que vai permi-tir que o Brasil consiga, ao mesmo tempo, manter a liderança global na produção agropecuária e promover a preservação do meio ambiente. O projeto foi tema da palestra global do superintendente geral da CNA Moisés Pinto Gomes realizada no dia 16, tendo como presidente da mesa o presidente da FAEC José Ramos Torres de Melo Filho.Vamos mostrar ao mundo que o Brasil não é apenas um grande produtor de alimentos, mas que apresenta também uma produção rural embasada em téc-nicas científi cas e ambientalmente sustentáveis”, afi rmou o superinten-dente geral da CNA.

Balanço

Participaram do evento 200 estandes comerciais e institucionais, mantendo o volume de R$ 28 milhões em negócios

Pecuaristas cearenses acompanharam as novidades através das oficinas em arenas, em sala de aula, palestras, minicursos e mesas redondas

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Kátia Abreu critica a agricultura familiar e o Seguro Safra“Não temos nada para comemo-

rar, mesmo diante dos aumentos da-dos pelo nosso presidente, que eu até reconheço. Mas dentro das cabeças deles, nós apenas reclamamos por mais dinheiro para o crédito rural. Queremos muito mais que isso. Que-remos uma política agrícola que dê amparo de riscos e de preços a grande classe media rural brasileira que está alheia”, disse a presidente da Confe-deração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, durante a abertura do Pecnordeste 2010. “O que temos para comemorar,

nestas quatro décadas” indaga a senadora. Em seu discurso, ela lem-brou as invasões de terras no Brasil pelo MST. Para ela, há 20 anos o mo-vimento não invade só terras, mas corações, convicções e princípios. “São 20 anos de silêncio, de omissão absoluta e de fi nanciamento público tirados do bolso dos brasileiros de bem”, relata. De acordo com levan-tamento da CNA, são 9 milhões de hectares em litígio agrário por conta das invasões e reintegrações de pos-se sem resultados. A agricultura familiar que re-

cebeu R$ 15 bilhões para a safra 2009/2010 não consegue sacar

nem a metade. “E o ministro da Re-forma Agrária não conhece os as-sentamentos como nós conhecemos, porque essas pessoas não acessaram o crédito, não é porque elas não precisam, é porque elas não sabem como ir em direção e como tomar o crédito”, afi rma. Além disso, Kátia Abreu denuncia que essas pessoas não sabem o que é extensão rural, muito menos como comercializar os seus produtos, não têm qualifi cação profi ssional, “pois o pouco que tem é o Senar faz neste país”. Hoje a nossa luta é a busca de

um novo modelo de política agrícola para esse país. Desse modo, “digo ao nosso representante do MAPA, [Edil-son Guimarães, presente na soleni-dade], o Plano Safra no modelo atual não nós interessa”.“Estamos com a agricultura fa-

miliar, que alguns pensam que está apoiada pelo Pronaf. Estão abando-nadas pelo Pronaf”, denuncia. De outro lado temos os grande produ-tores do Brasil não em terras, mas em produtividade (gergelim, frango, suíno, que são grandes em sua escala de produção), por isso não querem nada de governo a não ser a obriga-ção constitucional como as hidro-

vias, estradas, e portos. E apoio as exportações”, completa.

Renda“Antigamente, as famílias bra-

sileiras gastavam de 48% a 50% da sua renda com alimentos. Hoje, essa necessidade é suprida com cerca de 18% da renda”, lembrou a senadora. “E é diante desses números extraordi-nários que eu digo que são atacados e condenados pelo preconceito, como se nos tivéssemos feito mal ao país”.

Ainda de acordo com Kátia Abreu, a atual legislação trabalhista impõe ao produtor rural o cumpri-mento de 252 exigências. “Nem os fazendeiros do Japão, de Genebra, da Suíça, da França são capazes de cumprir tantas exigências”, afi rma. Segundo ela, essas exigências não são apenas para proteger os traba-lhadores rurais, mas para punir a propriedade privada.

Desenvolvimento da suinocultura brasileiraA Associação Brasileira de

Criadores de Suínos ‒ ABCS lan-çou também no Pecnordeste uma Campanha Nacional de Desenvol-vimento da Suinocultura, tendo como parceiro o Sebrae Nacional. A campanha tem o objetivo de au-mentar o consumo de carne suína per capita no Brasil, que é em tor-no de 13kg. “O Nordeste é um mercado

aberto, já que o consumo per ca-pita é de 5,5kg. Em países como a Espanha, Holanda o consumo chega a 45kg por pessoa”, informa o coordenador setorial da Suino-cultura do PECNORDESTE, Paulo Hélder, que é presidente da As-sociação de Criadores do Ceará e vice-presidente da Associação da Suinocultores do Ceará.Segundo Paulo Hélder, a pro-

posta é reestruturar a cadeia desde a produção a até o varejo para le-var ao consumidor a carne suína da forma desejada, em formatos menores. Além disso, ele destaca que a maioria das pessoas tem uma percepção equivocada, por isso a ABCS quer lançar um novo olhar sobre a carne suína, entida-de que vem desenvolvendo pes-quisas e várias ações educativas e informativas junto aos super-

mercadistas e sociedade brasileira. O projeto já desenvolve ações em sete estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Santa Ca-tarina, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná e, agora, no Ceará. Atualmente, o preço médio da

venda fi ca em torno de R$ 3,40/kg vivo. Os custos médios de produ-ção gira em torno de R$ 2,83 por cada quilo, gerando uma receita que, de acordo com estimativas, al-cançam a marca dos R$ 41 bilhões.De acordo com a Pesquisa Pe-

cuária Municipal (PPM) do IBGE, em 2008, houve um crescimento de 166,8%, totalizando 1.152.598 animais no Estado. Em 2010, o Ceará conta com 50 granjas tecni-fi cadas, sendo 8 mil matrizes aloja-das e um rebanho de, aproximada-mente, 80 mil cabeças, colocando o País na quarta posição de maior exportador mundial.

O Plano Safra no modelo atual não nos interessa, diz a senadora Kátia Abreu

Consumo per capita no Nordeste é de apenas 5,5kg

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Consumo de mel é incentivado no Pecnordeste

A Confederação Brasileira de Apicultura (CBA) juntamente com o Sebrae-CE, e em parceria com a Fundação Banco do Brasil, lan-çaram no dia 17, no estande do Sebrae-CE, dentro do Pecnordes-te, uma campanha nacional de incentivo ao consumo do mel. A campanha intitulada Meu dia pede Mel, busca posicionar o produto como alimento saudável junto à sociedade e, também aumentar o consumo. Segundo o coordenador de

agronegocio da apicultura do Se-brae, Vandi Gadelha, os três pri-meiros meses de 2010, apresen-taram um preço médio do produto por cada quilo de mel como um dos melhores registrados, US$ 2,85, gerando uma receita de US$13,4 milhões com a venda de 4,7 tone-ladas, produzida por 6 mil famílias

cearenses. No mês de março, o preço do mel/kg exportado bateu o recorde de US$ 2,87. Somente neste período, o Estado movimen-tou 761.520 quilos de mel, deixan-do para trás estados como Santa Catarina, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Maranhão e Minas Ge-rais. Apenas em março de 2010, a mercadoria atingiu um volume de 2,42 mil toneladas na pauta de exportações brasileiras, corres-pondendo a US$ 6.923.622,00 em receita.Mesmo diante a queda no vo-

lume total de recursos negociados, em 2009, a apicultura cearense apresentou crescimento 113,2% com a comercialização do mel na-tural. O setor fechou o ano com captação de US$ 14,3 milhões, ele-vando sua participação na pauta de 0,5% em 2008, para 1,3%.

Presidente da CBA, José Correa da Cunha lança campanha nacional de consumode mel no Pecnordeste

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Sinrurais e seus presidentesMUNICÍPIO PRESIDENTE FONE

ACOPIARA FCO CHAGAS DE CARVALHO NETO (88) 9908.9299

ALCÂNTARA JOSÉ OSMAR LOPES (88) 9281.2471

ALTANEIRA RAIMUNDO NOGUEIRA SOARES (88) 9934.3543

AMONTADA HUMBERTO ALBANO DE MENEZES (88) 9955.1178

ARACATI NORMANDO DA SILVA SOARES (88) 8813.9837

ARACOIABA GERARDO ALVES DE MELO (85) 9989.4365

AURORA FRANCISCO TARCISO LEITE (88) 8897.0650

BANABUIÚ JOSÉ ERNANDO DE OLIVEIRA (88) 9965.0181

BARREIRA ELENEIDE TORRES B. DE OLIVEIRA (85) 9207-8450

BATURITÉ FRANCISCO INÁCIO DA SILVEIRA (85) 8681.1243

BEBERIBE SEBASTIÃO FILGUEIRAS BASTOS (85) 9628.8767

BOA VIAGEM FRANCISCO DE ASSIS LIMA (88) 9975.7266

BREJO SANTO FRANCISCO VALMIR DE LUCENA (88) 9964.1518

CARNAUBAL JOSÉ AUGUSTO TAVARES (88) 3650.1449

CASCAVEL PAULO HELDER DE ALENCAR BRAGA (85) 9981.4357

CATUNDA JOÃO BRANDÃO DE FARIAS (88) 9225.2691

CAUCAIA HENRIQUE MATIAS DE PAULA NETO (85) 8126.5243

CEDRO JOSÉ FERREIRA LIMA (88) 3564.0155

COREAÚ JOSÉ PINTO DE ALBUQUERQUE (88) 9928.0245

CRATEÚS ANTONIO NARCELIO DE O. GOMES (88) 9291.4881

CRATO FRANCISCO FERREIRA FERNANDES (88) 9969.6011

GRANJA PEDRO FONTENELE DE SOUSA (88) 9635.8512

GUAIÚBA HAROLDO MOURA SALES (85) 9904.9823

GUARACIABA DO NORTE JULIÃO FERREIRA SOARES (88) 9904.7336

IBARETAMA CARLOS BEZERRA FILHO (88) 9968.1218

IGUATU JOSÉ BESERRA MODESTO (88) 9967.2590

INDEPENDÊNCIA MOACIR GOMES DE SOUSA (88) 9919.3654

IPU FCO DAS CHAGAS PERES MARTINS (88) 9916.0679

ITAPAJÉ JOSÉ BEROALDO DUTRA DE OLIVEIRA (85) 9188.9505

JAGUARETAMA EXPEDITO DIÓGENES FILHO (85) 8124.6940

JAGUARIBE MARIA ZIMAR PINHEIRO DIÓGENES (88) 9218.1412

LIMOEIRO DO NORTE LUIZ MENDES DE SOUSA ANDRADE (88) 9958.8000

MARANGUAPE FRANCISCO DE ASSIS VIEIRA FILHO (85) 8739.2598

MARCO ALEXANDRE MAGNUM LEORNE PONTES (88) 9928.1092

MASSAPÊ JOSÉ T. VASCONCELOS JÚNIOR (88) 9955.6915

MILAGRES FRANCISCO WILTON FURTADO ALVES (88) 9952.5760

MISSÃO VELHA FRANCISCO FRANCIVALDO CRUZ (88) 8833.4008

MONSENHOR TABOSA FCO DAS CHAGAS FROTA ALMEIDA (88) 3696.1254

MORADA NOVA FCO EDUARDO B. DE LIMA JUNIOR (88) 9921.7979

MORAÚJO MARCOS AURÉLIO ARAÚJO (88) 3642.1016

MORRINHOS JOÃO OSSIAN DIAS (88) 9910.5699

MOMBAÇA FRANCISCO DANÚBIO DE ALENCAR (88) 8806.8846

NOVA RUSSAS EUGÊNIO MENDES MARTINS (88) 3672.1231

PIQUET CARNEIRO EXPEDITO JOSÉ DO NASCIMENTO (88) 9964.3118

QUIXADÁ FCO FAUSTO NOBRE FERNANDES (88) 9969.2392

QUIXERAMOBIM JOSÉ MAURO MAIA RICARTE (88) 8818.0090

QUIXERÉ VALDIR GONÇALVES LIMA (88) 3423.6955

RUSSAS PEDRO MAIA ROCHA JUNIOR (88) 3411.0136

SANTANA DO ACARAÚ FRANCISCO HELDER LOPES (88) 9967.8554

SANTANA DO CARIRI JOSÉ CIDADE NUVENS (88) 3545.1456

SENADOR POMPEU JOSIEL BARRETO DA SILVA (85) 9986.4789

SOBRAL HIRAM ALFREDO CAVALCANTE (88) 9171.1032

TABULEIRO DO NORTE EDNARD FERNANDES DE A. FEITOSA (88) 9913.7270

TAMBORIL FRANCISCO EDMILSON SOARES (88) 3617.1160

TAUÁ JOSÉ LÚCIO DO NASCIMENTO FILHO (88) 3437.1431

TIANGUÁ FERNANDO ANTO. V. MOITA (88) 9602.9046

TRAIRI JOÃO ALVES FREIRE (85) 9646.2040

UBAJARA INÁCIO DE CARVALHO PARENTE (88) 9953.5382

VIÇOSA DO CEARÁ WILLAME REIS MAPURUNGA (88) 9955.8643

SINDICATO PRESIDENTE FONESINDICATO DOS PRODUTORES

DE LEITE - SPLJOSÉ DOS SANTOS SOBRINHO (85) 9997-3506

COORDENADOR REGIONAL

COORDENADOR REGIÃO FONE

INÁCIO DE CARVALHO PARENTE REGIÃO DA IBIAPABA (UBAJARA) (88) 9953-5382

Homenagens especiais no Pecnordeste 2010A coordenação do XIV Semi-

nário Nordestino de Pecuária (Pec-nordeste) deste ano, confere ho-menagem especial ao governador Cid Gomes, ao titular da Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará, Antônio Amorim, e ao ex-secretário Camilo Santa-na, pelo apoio e esforço durante a Campanha de Vacinação contra a

Febre Aftosa. No Estado, a doença passou de risco desconhecido para risco médio de febre aftosa.

Foto: (da esq. para dir) Paulo Hélder, Camilo Santana, Zuza de Oliveira - representando o Gover-nador do Estado, Antônio Amorim, Torres de Melo, Alci Porto Gurgel e Flávio Saboya.

Produtores e alunos de escolas técnicas visitam o PecnordesteCom a fi nalidade de aproximar o

produtor as novas tecnologias apre-sentadas no XIV Seminário Nordesti-no de Pecuária (Pecnordeste) é que o Sistema FAEC / Senar e Sebrae-Ce, reuniu cerca de 55 caravanas de produtores de vários municípios do Estado.Desde 2003, os apicultores da

Associação Tabuleirense de Apicul-tura (ATAMEL) participam do even-to. Em 2010, a caravana trouxe 22 produtores de mel com a intenção de receber novos conhecimentos para desenvolver e melhorar a pro-dução do município. Atualmente, a ATAMEL possui cerca de 220 asso-ciados, produzindo mel cifado com registro orgânico. “Essa qualidade foi incentivada aqui no Pecnordeste” afi rma o presidente da ATAMEL, Gil-vanny Jerri.Além de produtores, o Pecnor-

deste recebeu também a participa-

ção de alunos de escolas técnicas de diversos municípios cearenses destacando-se a Escola Técnica de Quixeramobim e também do progra-ma PROJOVEM Campo do município de Ibaretama, programa este coorde-nado pela Secretária do Trabalho e Desenvolvimento Social do Governo do Estado. Os 28 alunos do PROJO-VEM vieram acompanhados de qua-tro professores e a coordenadora do programa.A estudante de Tecnologia e

agronegócio do município de Quixe-ramobim, Vanessa de Castro, esteve no Pecnordeste e disse que o evento “é um dos maiores sobre pecuária, responsável por apresentar as novas tecnologias e temas ligados a nutri-ção animal”. O articulador regional do Sebrae

de Baturité, Everaldo Peixe, coorde-nou as caravanas de produtores de Aracoiaba, Mulungú, Redenção e Ba-

turité, grande parte dos produtores ligados aos segmementos da apicul-tura e bovinocultura. Segundo ele “a expectativa dos pecuaristas é de adquirir mais conhecimentos, prin-cipalmente, sobre as novas técnicas aplicadas na apicultura e bovinocul-tura, programas estes que o Sebrae já vem desenvolvendo naquela re-gião através de ações como o projeto de revitalização da apicultura nos municípios de Ocara e Barreira.” Já a articuladora da regional

do Sebrae de Tauá, Luziran Aurélia Rosa, coordenou uma caravana de 41 produtores acompanhada de três secretários de agricultura: Aiuaba, Parambú e Arneiroz, que vieram com representantes tauaenses, in-tegrantes do projeto Territórios da Cidadania.

MunicípiosQuixadá, Quixeramobim,

Crato, Mauriti, Acopiara, Mis-são Velha, Irapuan Pinheiro, Boa Viagem, Pedra Branca, Ibareta-ma, Ocara, Crateús, Indepedên-cia, Taburiú, Canindé, Beberibe, Cascavel, Aracati, Pindoretama, Russas, Jaguaribe, Limoeiro do Norte, Morada Nova, Solonopó-lis, Jaguaribara, Jaguaretama, Baturité, Barreira, Acarape, Re-denção, Ubajara, Viçosa do Ce-ará, Guaraciaba do Norte, Ipu, Sobral, Hidrolândia, Monsenhor Tabosa, Guaiuba, Catunda, Igua-tu, Jucás, Cariús, Quixeló, Orós, Itarema, Amontaba, Morrinhos, Marco, Juazeiro, Milagres, Brejo Santo, Tianguá, Maranguape e Pacatuba.

Este ano, a Associação comercializou 13t de mel a partir de negócios no Pecnordeste

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Pecnordeste reconhece trabalhos inovadores

Criado esse ano pelos promo-tores do Pecnordeste o Prêmio Pec-nordeste de Inovação Tecnológica dentro da Galeria de Inovações Tec-nológicas foi entregue no dia, 17, no encerramento do Seminário Nordes-tino de Pecuária (Pecnordeste) aos três melhores trabalhos escolhidos

por uma Comissão composta por três avaliadores de cada área de atuação da pesquisa. O primeiro lu-gar com um prêmio de R$ 5.000,00, o segundo lugar: R$ 4.000,00 e o terceiro lugar R$ 3.000,00. (Confi ra relação dos ganhadores abaixo) Segundo a professora Elenise

Gonçalves de Oliveira, chefe do De-partamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, que coordenou a comissão de avaliação, os trabalhos de premiação o valor monetário do prêmio não representa o esforço que cada pesquisador mas serve de estímulo e contribui para o desenvolvimento do país. A Galeria de Inovações Tecno-

lógicas apresentou 176 autores e co-autores, dos quais 18 trabalhos foram avaliados para a premiação. Segundo Elenise Gonçalves, o pro-cesso de avaliação foi baseado no conteúdo da informação, seja da forma escrita ou oral, qualidade dos recursos audiovisuais, originalidade, capacidade de inovação, relevância social, econômica e ambiental, grau de acessibilidade para o pequeno e médio empreendedor e contribuição para a área do conhecimento. Para o presidente da FAEC, José

Ramos Torres de Melo Filho, a Ga-leria de Inovações Tecnológicas foi

o grande diferencial deste ano den-tro do Pecnordeste, uma promoção conjunta do Sistema FAEC, Senar--CE, Sebrae-CE. “Trouxe a academia para dentro do evento, com novas tecnologias para os produtores, par-ticipantes e visitantes do Pecnor-deste até então desconhecidas, com a participação de instituições como a UFC/Centro de Ciências Agrárias, UECE/Faculdade de Veterinária, e a Embrapa Caprinos, de Sobral, Embra-pa Meio Norte e Embrapa Semiárido, Centec, além de outras organizações estaduais de pesquisa agropecuárias do Nordeste (Oepas).

Central de Imprensa faz a memória do PecnordesteDentro do estande do Sistema

CNA/FAEC/SENAR e SEBRAE-Ce, numa área de 750 m², foi montada uma Central de Imprensa, onde duran-te os tres dias do Pecnordeste foram entrevistadas mais de 25 personali-dades. As entrevistas foram aprovei-tadas em programas locais do Ceará, como o Boas Práticas de Gestão, apre-sentado pela jornalista Silvana Frota, que é editora do jornal União Rural e assessora de imprensa da FAEC.

As entrevistas formam agora a memória do XIX seminário Nordesti-no de Pecuária. Os interessados po-derão solicitar uma reprodução em DVD, à FAEC. Rua Edite Braga, nº 50. Jardim América. Setor de Informáti-ca. (3535.8000). Além disso, o Pecnordeste foi

divulgado por todos os veículos de comunicação do Estado, incluindo jornais e emissoras de rádio e tele-visão, com mais de 50 notícias pu-blicadas sobre o evento antes, du-

rante e depois da realização, inclusive uma página temática de artigos no Jornal O POVO, pubblicada no dia 11 de junho, a quem agrade-cemos a todos

pelo apoio e cobertura. Na abertura do evento, a se-

nadora Kátia Abreu concedeu uma coletiva com a presença de todos os canais de TV. Na sala de imprensa trabalharam além da editora Silvana Frota, os estagiários Jailson Silva e Poliana Iorrane.

Entrevistados Senadora Kátia Abreu, presiden-

te da CNA; Rodrigo Sant’ana Alvim- presidente da Comissão Nacional de Pecuária da CNA; Moisés Pinto Gomes, superintendente Regional da CNA; Antonio Rodrigues Amorim, secretário do Desenvolvimento Agrá-rio do Ceará; Marcelo Sousa Pinhei-ro, diretor-presidente do Instituto Agropólos; Alci Porto Gurgel, diretor técnico do Sebrae-CE; José Ramos Torres de Melo fi lho, preidente da FAEC; Aldemir Pereita de Andrade,

diretor do Instituto do semiàrido da Paraíba; Mário Antonio Pereira de Borba, presidente do Sistema FAEPA e do Instituto Nacional da Palma e Outras cactáceas; Jorge Prado, chefe do departamento Técnico da FAEC; professora Elenise Gonçalves , do de-partamento de Engenharia de Pesca da UFC e coordenadora adjunta da Galeria de Inovações Tecnológicas; Antonio Bezerra Peixoto, coordena-dor da Comissão Técnico-Cientifi ca do Pecnordeste; Enio Queijada de Sousa, coordenador do programa de Caprinoovinocultura do Sebrae Nacional; Germano Bluhum, gerente de agronegócio do Sebrae-CE; José Correa da Cunha, presidente da Con-federação Brasileira de Apicultura; Vandi Gadelha, gestor do Projeto de Apis do Sebrae-CE; João Nicédio, pre-sidente da OCB-CE; Alisson Cardoso, Embrapa Caprinos, entre outros.

1º LUGAR Título do trabalho: Queijos de leite de cabra adicionados de óleo de pequi obtido da biodiversidade brasileira. Autores: Selene Daiha Benevides, Karina Maria Olbrich dos Santos, Antônio Silvio do Egito, Luis Eduardo Laguna, Flávia Carolina Alonso Buriti, Antônio Diogo Silva Vieira

2º LUGAR Título do trabalho: Infecção experimental em cabras pelo vírus da artrite-encefalite caprina através da inseminação artifi cial. Autores: Kelma Costa de Souza, Raymundo Rizaldo Pinheiro, Diônes Oliveira Santos, Roberta Lomonte Lemos de Brito, Apoliana de Souza Rodrigues, Lucia Helena Sider, Alice Andrioli

3º LUGARTítulo do trabalho: Água de coco em pó (ACP-104®) na criopreservação de sêmen de pirapitinga (Piaractus brachypomus). Autores: Mônica Aline Parente Melo, Felipe Silva Maciel, Fátima de Cássia Evan-gelista de Oliveira, Cristiane Clemente de Mello Salgueiro, Carminda Sandra Brito Salmito-Vanderley, José Ferreira Nunes

Ganhadores do Prêmio Pecnordeste de Inovação Tecnológica

Presidente da FAEC confere os trabalhos acadêmicos na GIT ao lado da professora Elenise Gonçalves e a aluna da UFC, Reberlene Paiva

Coordenadores da GIT e representantes das três equipes vencedoras

Torres de Melo, jornalista Silvana Frota e o superindente geral da CNA, Moisés Pinto Gomes durante entrevista

88013100 - FAEC - Jornal Uniao Rural Ano XVI n 175 - Junho 2010.indd 8013100 - FAEC - Jornal Uniao Rural Ano XVI n 175 - Junho 2010.indd 8 02/07/2010 09:49:5102/07/2010 09:49:51